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June 1, 2017 | Autor: I. Guedes Alcoforado | Categoria: Smart City, Smart city innovations, Smart Green City, Smart City Research
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SALVADOR Uma Smart City Como Instrumento de Controle Ihering Guedes Alcoforado

A adoção na Bahia do conceito de Smart City foi feito sem qualquer debate envolvendo o conceito e suas possibilidades e limites com a instalação do Centro de Operações e Inteligência de Segurança Pública 2 de Julho,a despeito da magnitude dos investimentos (R$ 260 milhões) e do lock in que a implantação do projeto introduz na politica urbana focada no referido conceito.

Este fato deve alimentar um debate a ser realizado no âmbito dos Cursos de Economia Urbana e, da Economia da Tecnologia que tratam entre outros assuntos, da contribuição do conceito de Smart City na modelagem e equacionamento dos problemas que enfrentam as metrópoles no século XXI e, das possibilidades das compras governamentais na promoção da inovação tecnológica. Este debate tem um desdobramento no âmbito do Observatório de Políticas Governamentais (GT-Políticas Públicas Urbanas) que tem como eixo o debate sobre Novos Modelos de Cidade, Novos Instrumentos de Politica Urbana.

O debate sobre os novos modelos de cidade no século XXI, já em curso, é dado em vários planos, tendo em vista contemplar os novos conceitos a exemplo do CHARTER CITY do economista Paul Romer e o de SMART CITIES.

As SMART CITIES são tratados, a partir da sua consideração como uma estratégia agressiva de marketing das grandes empresas produtoras e provedoras da nova infra estrutura necessária a sua implantação. Esta constatação é uma premissa que deve balizar o debate em devir, não só no curso de Economia Urbana, mas também no Observatório de Política Públicas (GT-Politicas Urbanas) sobre os novos modelos de cidade.

O programa de pesquisa em realização

no âmbito do Observatório

de

Politicas Governamentais (GT-Politicas Urbanas) em torno das Smart Cities enfatiza a relação das estratégias de negócios das empresa inovadoras com base nas TICs que fornece a infra estrutura para a implementação de tais cidades e as políticas urbanas. Esse debate se estrutura do

agasalhamento da relação aludia acima no

a partir

âmbito das compras

governamentais. Este enquadramento se justifica no fato das compras governamentais ser um dos locus da interação da iniciativa privada com as iniciativas governamentais e podem assumir múltiplas configurações: umas condenáveis, a exemplo das ações corruptas, e, outras louváveis, a exemplo do uso das compras governamentais na promoção da P & D e do sistema local de inovação. .[SMITH, 1990]

Dai o foco nas compras governamentais vinculadas a difusção das SMART CITY no Brasil em geral e, na Bahia em particular com a implantação do Centro de Operações e Inteligência de Segurança Pública 2 de Julho, ter como objetivos. O primeiro é

evidenciar dois aspectos referentes ao seu desenho: i)

se tais projetos foram

desenhados e implementados de forma a atacar a

problemática a que se propõe equacionar as Smart City em sua totalidade, ii) se foram estruturados como um eixo na

política de incentivo ao

desenvolvimento do sistema local de inovação, a exemplo do que acontece com

as

compras

desenvolvimento.

governamentais

em

boa

parte

dos

países

em

O segundo objetivo é avaliar as possibilidades de ajuste do

modelo de smart city adotado em Salvador tendo em vista, o equacionamento da a totalidade da problemática urbana e, a estruturação de um sistema de inovação local.

Em função do exposto acima, o Programa do GT-SMART CITY do Observatório de Políticas Governamentais, deverá tomar como um dos seus objetos

a primeira compra relevante neste âmbito na Bahia, realizada pelo

Governo Estadual já que custou R$ 260 milhões O projeto é localizado no a no CAB, onde ocupa uma área de 13 mil metros quadrados, num prédio de quatro andares, onde devem trabalhar mais de 400 profissionais de diversos setores da segurança: Polícias Civis, Militares e Técnicas, corpo de Bombeiros e Inteligência, além de entes federais e municipais, como órgãos de trânsito, guardas municipais e de Defesa Civil. [PACHECO, 2016, p. 16]

E, surge com uma ambiguidade semântica, já que o projeto foi anunciado pela imprensa como dois nomes: i) durante a fase de planejamento e execução foi nomeado como

Centro Integrado de Gestão de Emergências (Cige), e

foi

concebido orignalmente para atender às necessidades de segurança publica e defesa civil durante os grandes eventos esportivos como Copa das Confederações 2013 e Copa do Mundo FIFA brasil 2014.1 e ii) e no ato da inauguração foi nomeado de

Centro de Operações e Inteligência de

Segurança Pública 2 de Julho.2

BIBLIOGRAFIA

PACHECO, Clarissa, Observação e Integração IN COREIO DA BAHIA, 19 de julho de 2016, p. 16]

PACHECO, Clarissa, Com centro integrado, Salvador e 13 cidades da RMS terão vigilância por câmeras: Esta será a maior estrutura de segurança baiana. 1

http://copa2014.gov.br/pt-br/noticia/bahia-apresenta-projeto-de-centro-integrado-de-gestao-eemergencias-para-copa-das 2 http://www.secom.ba.gov.br/modules/noticias/makepdf.php?storyid=133670

http://www.correio24horas.com.br/detalhe/bahia/noticia/com-centro-integradosalvador-e-13-cidades-da-rms-terao-vigilancia-porcameras/?cHash=338bc68f88924375a4f9a02afa82a8dc

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