SANCHES, M. J. (2003), Escrever na paisagem – sentido para as \"artes rupestres\", Arquitectando Espaços. Da Natureza à Metapolis, (Atas da 7ª mesa-Redonda da Primavera, V.O. Jorge (coord.), Porto-Coimbra, DCTP/FLUP, pp. 85-104.
Descrição do Produto
Nesta série de edições DCTP-FLUP I CEAUCP-FCT: Recintos Ml~radosda Pré-história Recente (Mesa-redonda Internacional. coord.' por S. O. Jorge), 2003 Arquitectando Espaços: da Natureza a Metapolis (7' Mesa-redonda de Primavera, coord.' por V. O. Jorge). 2003
Conservar para Quê? (8' Mesa-redonda de Primavera, coord.' por V. 0. Jorge), 2004 (em prepara~ão)
Vítor Oliveira Jorge /Cooi'deriadi~iI
ARQUITECTANDO ESPACOS: DA NATUREZA À METAPOLIIS
7;' Mesa-redonda de
Primavera
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Fiiiaremos de seguida dalgumas formas cle marcar a paisagem pela inscricâo de gravuras e de pinturas no contexto das sociedades pré-históricas, recorrendo quer à documeiira~ãoarqiieológica; quer à etiiográfica.
3. GRAVURAS E PINTURAS RUPESTRES NAS SOCIEDADES PItÉ-HWÓRICAS
As gravuras e pinturas rupestres são iiornxilmente denominadas de "arte" pré-histórica, e existem na Europa e na Austrália desde liá cerca de 40 000-35 000 anos (Flood. 1998: l i ) embora possam ser igualmente antigas na África do Sul e mais recentes na América (anteriores a 6 500)7.Contudo, o conceito tle arte, quando referido a estas grafizis é muito discutido por alguns pré-historiadores, como John Cleg_e"' ou Moure Rom~iiillo;que o considerain claramente eurocêntrico". Moure Rornanillo prefere denominar estas gravuras e pinturas simplesmente de "griifismos", mas coiicede-liies um superior no contexto das inanifesta$ões humanas. Uma das questtíes inerentes à polémica reside tio facto de iniiitas das gravuras e piiituras nas rochas parecerem não ter sido realizadas coni o objectivo claro de conseguir qualquer efeito estético. Exclui-se naturalmente a arte ailimalista europeia do Paleolíiico superior que tanto fascínio exerce sobre nós e que, segiindo se conta, terá levado Picasso a dizer, ante as belíssimas imagens polícromas de animais ein movimento da sala I de Altamira, "depois de Altamira toda a arte é declínio". Na realidatle. a maioria destas figurzis consistem em riscos. linhas. círculos, por vezes mal desenhados, diríamos. ou então sâo figuras geometrizantes, às vezes muito complexas. mas inidentificáveis com o mundo real. Dest;ica-se neste conjiinto ;i impressão de mãos, em negativo e em positivo. que é comiim à grande niuioria tlas pinturas rupestres pré-históricas, o que é considerado precisamente um iiidício do nicircaçcio hiriliirila dos sítios pelo gesto, qualquer que seja o significado específico que cada cultura lhe atrihui. De qualquer inodo. estas representacões abstractas nâo são feitas ao acaso; resiiontariis do ,errou (o que n5ni sci~,prté pacifico pois a m:im pode t e i cuido c rem de ser coiocnda de iiorn]. :lçtua1iiain as sii:ii i:iaqõci rocinis dc iirinhan?ii. Ihi iluiro :ado toua,rd/riioga". 13ci-g. Oxi!>. 42-72. Loi;tii.~~í~ii& n . (iC)9?). I. lnti-odiiciinii. cai>. de Kock ,iit ii~ iiie Olii.cli~iicogi-;i»liic spaces nnd patiis i n ilie Serra de Passos and sui-i-i>iiiidiiij loivl;iiids (T~is-iis-Cl«iiti.\. iii~i-ilieini'oitiigul) i n l;,tc pi-eliisi. 65.105. S*.scliris. hl. i.. S i i r o s . I'. bl.. ~$K.~»I.!;Y,R. ti Fiiii:ii!-;i\c!-!iiilIi:iil;i í:ii>ins. di> V"