Silva, F.C. (2016). Para além da vida. In: Lima, A. M. (Coord.). Mudar de Vida. Tongobriga. Exposição Permanente

May 25, 2017 | Autor: F. Cortesão Silva | Categoria: Cremation, Roman Archaeology, Roman Funerary Practices, Roman Death and Burial
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mudar de vida António Manuel Lima (coord.) António Manuel S. P. Silva Filipa Cortesão Silva Maria Pilar Reis José d’Encarnação Rui Morais Virgílio Hipólito Correia

Prefácio Comemora-se este ano o trigésimo aniversário da classificação da Área Arqueológica do Freixo como Monumento Nacional. Com os seus 50 hectares este monumento, cuja gestão está a cargo da Direção Regional de Cultura do Norte, constitui uma das maiores extensões de área classificada a merecer esse estatuto no nosso país. Como se a sua enorme dimensão não constituísse, por si só, uma garantia de afirmação no panorama português do património cultural classificado, a Área Arqueológica do Freixo soube afirmar-se também por outras vias. O projeto de investigação, formação, gestão, dinamização e valorização patrimonial que aqui foi implementado desde 1980 sob a liderança de Lino Augusto Tavares Dias, permitiu desde logo afirmar as ruínas romanas de Tongobriga e a aldeia histórica de Santa Maria do Freixo como as duas realidades patrimoniais – distintas mas complementares – mais relevantes do espaço classificado. A elas acresce uma vasta extensão de terrenos que foram sendo adquiridos pelo Estado e que, além de constituírem uma fonte inesgotável de conhecimento científico pela imensa riqueza arqueológica que os seus solos encerram, constituem também – fruto do trabalho de permanente manutenção e tratamento dos cobertos vegetais – imensos espaços de lazer ao serviço de todos.

A qualificação patrimonial da Área Arqueológica do Freixo foi ainda mais além através de um conjunto de intervenções arquitetónicas contemporâneas que permitiram, para além de albergar os diferentes serviços ligados à investigação e formação, alargar o conjunto de equipamentos culturais ao serviço da comunidade. Entre eles permitimo-nos realçar o Auditório e o Centro Interpretativo, ambos construídos ainda na primeira década do século XXI, mas só agora verdadeiramente postos à disposição de todos, mercê da execução de um projeto que em boa hora juntou, como parceiros e co-promotores, a Direção Regional de Cultura do Norte e a Câmara Municipal de Marco de Canaveses e que contou com financiamento comunitário para o efeito. Eis-nos, pois, perante um momento de vital importância na vida deste sítio: depois da inegável afirmação das suas ruínas arqueológicas no contexto da comunidade científica nacional e internacional, a abertura da exposição permanente do Centro Interpretativo de Tongobriga irá permitir acrescentar uma nova dimensão à sua existência. Estamos, finalmente, em condições de narrar uma história, dando sentido aos achados arqueológicos que, deste modo, passam a estar integrados num discurso coerente que permite a apreensão do seu significado. António Ponte DIRETOR REGIONAL DE CULTURA DO NORTE

Para uns, o romano seria uma fonte de admiração. Transformar-se num deles, seria uma legítima aspiração pessoal. Para outros, uma inaceitável negação da sua identidade. Para outros ainda, apenas uma estranha forma de vida. Para todos, em duas ou três gerações, seria uma realidade. Em menos de um século, todas as resistências e inércias seriam vencidas. E, do nascimento à morte, todas as etapas da vida estariam impregnadas de romanidade.

morrer PARA ALÉM DA VIDA

Para além da vida Filipa Cortesão Silva

Na época romana, tanto os escritos de autores antigos como os epitáfios e o mobiliário funerário das sepulturas, atestam a existência de uma crença na sobrevivência da alma após a morte. Esta dependeria, no entanto, do comportamento e atos realizados em vida, implicando algum tipo de responsabilidade moral sobre o passado do defunto relativamente ao seu futuro. Acreditava-se, de igual modo, que os mortos repousavam na Terra Mãe (Terra Mater) de onde provinham, designadamente, na sepultura ou perto desta, o que explica as inscrições funerárias nos epitáfios: “S(it) T(ibi) T(erra) L(evis)” (“que a terra te seja leve”), e expressões como “cinis sum cinis terra est terra dea est ergo ego mortua non sum” (“eu sou cinza, a cinza é terra, a terra é a deusa, portanto não estou morta”), onde está subentendida a noção de imortalidade na união com a Terra Mãe. Num primeiro momento, os mortos seriam vistos como uma coletividade de seres divinos, denominados Manes ou Lares. Estes, na mitologia romana, correspondiam a deuses familiares e domésticos, espíritos de antepassados, que atuavam como protetores da família. Por ora, as referências literárias mais antigas aos Manes, assim como as primeiras associações entre estas divindades e

os mortos, relatadas através da epigrafia, datam do século I a.C.. Entretanto, a partir da era de Augusto, as inscrições das sepulturas passam a combinar a habitual fórmula de coletividade D(is) M(anibus) ou D(is) M(anibus) S(acrum) (“consagrado aos deuses Manes”) com o nome do defunto. Outra convicção generalizada respeitava ao facto de mortos e vivos se poderem afetar mutuamente. Na ótica dos romanos, os mortos só conseguiam alcançar o descanso eterno se fossem alvo da correta realização dos ritos funerários, sobretudo dando-lhes uma sepultura, o que era fundamental. Quando se cumpriam tais requisitos, os vivos logravam beneficiar da ajuda dos mortos. Por outro lado, caso estes últimos não tivessem família ou fossem esquecidos por ela, podiam tornar-se espíritos malévolos e perigosos sob a forma de Lemures ou Larvae. Os defuntos suscetíveis de ingressar neste grupo de espíritos errantes malignos respeitavam não só àqueles a quem não era dado um funeral obedecendo aos ritos romanos (os insepulti) bem como os que pereciam vítimas de uma morte prematura (mors acerba) ou violenta (saeuus finis). É de crer que pelo menos alguns desses indivíduos fossem alvo de práticas funerárias atípicas imbuídas de carac-

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ter mágico-religioso. Acresce-lhe o facto de os romanos considerarem a sepultura não apenas a casa do morto, mas também um locus religiosus decorrente da correta realização dos ritos funerários, existindo, inclusive, legislação contra aqueles que as profanavam ou violavam. Além destas crenças, a morte era encarada pelos romanos como uma fonte de poluição, física e espiritual, não só para a casa e a família do falecido como também para outros indivíduos que tivessem qualquer forma de contacto com o corpo do morto, caso, por exemplo, dos pontífices e dos profissionais funerários. Para eliminar esta contaminação afigurava-se essencial realizar diversos atos purificatórios, designadamente: a limpeza/purificação da casa do falecido; o silicernium, refeição efetuada perto da sepultura durante o funeral; a porca praesentanea, sacrifício onde se imolava uma porca à deusa Ceres; o suffitio, limpeza com água e fogo daqueles que tivessem assistido às exéquias com um ramo de louro depois de terem passado pelo fogo; e o novemdial sacrificium ou cena novemdialis, que consistia num banquete de purificação realizado na sepultura no nono dia após a morte mediante libação de vinho, leite, água e sangue. Importa sublinhar que, durante o período de luto (funesta) tanto os familiares e amigos como o pró-

prio cadáver, ocupavam uma zona liminar, poluída e poluente, fora das normas da sociedade. Os funerais romanos, apesar de poderem exibir diferenças do ponto de vista cerimonial subsequentes da posição social do falecido, partilhavam entre si uma série de ritos. O primeiro procedimento consistia em beijar o moribundo, que estava em sua casa rodeado da sua família e amigos próximos, após o seu último suspiro, com o intuito de não deixar escapar a alma pela boca e mantê-la no corpo. Em seguida fechavam-se-lhe os olhos (oculos premere), tarefa que costumava ser realizada pelo filho varão, sendo-lhe, por norma, removidos quaisquer anéis (anulus detrahere). O nome do falecido era, entretanto, evocado por diversas vezes (conclamatio) de modo a assegurar que a morte não seria aparente. Com semelhante propósito se retirava depois o corpo do leito fúnebre e se ajoelhava (supra genua tollere). O corpo era então depositado no chão (deponere) para estar em contacto com o seu elemento de origem, a terra, sendo lavado com água quente e perfumado com unguentos elaborados com sal, mel e mirra (unctura). Vestia-se, em seguida, com as melhores roupas disponíveis, designadamente a toga, no caso dos cidadãos masculinos, ou um vestido, nas mulheres. Os indivíduos mais pobres

apenas seriam envolvidos numa mortalha de tecido de cor negra ou vestidos com velhas roupas. A etapa de preparação do corpo terminava com a colocação de uma moeda, o Óbolo a Caronte, na mão, boca ou olhos do defunto. A moeda servia pagar ao barqueiro Caronte a passagem do rio para o Outro Mundo, o Hades. Para o velório, o morto era colocado na cama mortuária, o lectus funebris, no átrio da casa, com os pés em direção à porta de entrada. Esta era rodeada de flores sendo queimados perfumes nos incensórios dispostos aos pés do defunto. Outro gesto consistia em colocar à frente da porta da casa ramos de pinheiro ou cipreste para advertir os transeuntes, e sobretudo os pontífices, de que existia um morto exposto na casa. Uma vez concluída a exposição do defunto, realizava-se a procissão funerária (pompa), durante a qual o morto era transportado pelos filhos, familiares mais próximos, ou herdeiros, numa padiola/maca (feretrum), até à pira funerária e/ou sepultura. O enterro costumava ocorrer dois dias depois do óbito, sendo que, no caso dos indivíduos muito pobres, poderia ter lugar no espaço de horas. No que concerne ao tratamento funerário dado aos cadáveres, verifica-se que, entre os séculos II a.C. e o III d.C., a cremação e a inumação

coexistem ainda que com predomínio de uma ou de outra segundo o período histórico e a região geográfica. Assim, no século I a.C. a cremação prevaleceu em Roma, no restante território italiano e na parte ocidental do Império Romano, ao contrário do que sucedeu na zona oriental deste último. Importa salientar que mesmo nos locais onde a cremação reinava, ocorriam exceções, ditadas por distintas circunstâncias, optando-se nesses casos pela inumação do morto. Uma dessas situações respeitava às crianças falecidas antes de terem os dentes erupcionados, como o comprovam os escritos de autores antigos como Plínio ou Juvenal. Já no século II d.C., ocorre o retorno à inumação, tanto em Roma como em toda a Itália, culminando, a partir de meados do século III d.C., na sua adoção, de forma quase exclusiva, em todo o Império. Os locais de cremação e de enterramento situavam-se extramuros, mais concretamente fora do pomerium, isto é, dos limites religiosos da cidade, que podiam coincidir ou não com as suas muralhas. Este costume estaria em conformidade com a legislação vigente, designadamente, a lei das XII Tábuas, a qual, de acordo com o autor antigo Cícero, determinava que “os mortos não deveriam ser enterrados nem queimados na cidade”.

139

POTE

No que respeita à cremação, podia ocorrer no mesmo local do enterramento ou num lugar específico para o efeito, apelidado de ustrinum. Nesta segunda modalidade procedia-se à recolha, mais ou menos minuciosa, dos restos ósseos cremados da pira funerária para serem sepultados noutro local. Os restos ósseos cremados, independentemente de serem enterrados no mesmo lugar onde ocorria a combustão, podiam ser depositados: diretamente na terra, em covachos ou em fossas de formato geralmente retangular, dentro de sacos de tecido, pele e/ou em urnas de distintos materiais, tais como cerâmica, vidro, metal ou pedra. O sepultamento propriamente dito tendia a dar-se em simples covas abertas no solo, conquanto pudesse ocorrer em estruturas mais elaboradas, como sejam caixas quadrangulares de tegula ou lateres, cistas de pedra, fossas retangulares revestidas com tijoleira, entre outras. Por vezes, os restos ósseos cremados encontravam-se inclusivamente depositados em edifícios funerários de carácter coletivo, como sejam os columbários ou os mausoléus. Já as inumações costumavam ser realizadas em fossas escavadas na terra sendo suscetíveis de apresentar ataúde em madeira e, em alguns casos, caixões em chumbo ou sarcófagos em pedra, mas também ânforas ou outros recipientes,

como potes de cerâmica ou imbrices, utilizados para bebés/crianças pequenas. Pontualmente, as fossas podiam apresentar-se mais elaboradas ostentando, por exemplo, caixa em ladrilho, ou cista em pedra. Os restos mortais podiam, igualmente, ser depositados em edifícios funerários coletivos como mausoléus, entre outros. Um último aspeto a salientar diz respeito ao mobiliário funerário patente nas sepulturas romanas. É comum apresentarem uma ou mais peças em materiais como a cerâmica ou o vidro, nomeadamente, pratos, copos ou jarros. Podem, de igual modo, ser encontrados unguentários, lucernas ou moedas, bem como objetos de adorno pessoal, de cosmética, peças de jogo ou relacionadas com a profissão do defunto. Algumas sepulturas de crianças incluem biberões, peças em miniatura, brinquedos ou mesmo amuletos. Todos estes objetos visavam honrar o defunto assim como dar resposta às suas necessidades no Além.

141

CRONOLOGIA Séc. IV d.C. DESCRIÇÃO Pote (olla). Base de assentamento discoidal.

CONTEXTO Necrópole, Sepultura 5

Corpo de perfil ovoide, bordo voltado para o exterior

ALTURA 151 mm

com face interna oblíqua e lábio arredondado. Super-

DIÂMETRO BORDO 130 mm

PARA SABER MAIS…

fícies alisadas, cobertas por ligeiro engobe ou simples

DIÂMETRO BASE 75 mm

Alfayé Villa 2009; Hope 2000; Hope 2007;

aguada. Este tipo de recipientes é frequentemente usa-

Hope 2009; Noy 2005; Requena Jiménez 2006;

do como urna funerária em sepulturas de incineração.

Toynbee 1971; Vaquerizo Gil 2011

(PUBL.: DIAS 1993-94, p.125 e EST. VIII, 3; DIAS 1997, pp.122, 217)

MORRER SEPULTURA DO SÉCULO IV d.C

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ÍNDICE

03

PREFÁCIO

07

DO GALAICO AO ROMANO

13

Fragmentos de vida

19

NASCER

24

Infância

27

SOBREVIVER Agricultura, arboricultura e recoleção

32 34 36

Criação de gado Tecelagem

48

Moagem Metalurgia

51

VIVER

56 60

Serviço de cozinha Serviço de mesa

75

Despensa/ armazenamento

47

79

DESFRUTAR

86

Adereços Joalharia

93 104 110 111 118 119 121 125 128 130

Cerâmica de luxo Entesouramento Decoração Iguarias Lazer ORAR Amuletos Iluminação/ ambiente Epigrafia

135

MORRER

141 150

Sepultura do século IV d.C. Sepultura do século II d.C. Sepultura do século I d.C.

154

BIBLIOGRAFIA

148

FICHA TÉCNICA

TÍTULO Mudar de vida CATÁLOGO

EXPOSIÇÃO CONCEÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL

CONSERVAÇÃO E RESTAURO

CONCEÇÃO

CONCEÇÃO E DESIGN EDITORIAL

António Manuel Lima

CERÂMICAS

António Manuel Lima

Rui Mendonça

ARQUITECTURA E DESIGN

NOVARQUEOLOGIA

Rui Mendonça

José António Pereira, Hélder Moura,

ASSESSORIA TÉCNICA

e Rosa Geraldes

Isabel Silva

PEÇAS METÁLICAS

TEXTOS

António Manuel S. P. Silva, António Manuel Lima,

REVISÃO

Virgílio Hipólito Correia, Rui Morais,

António Manuel Lima

SELEÇÃO DE PEÇAS

MUSEU D. DIOGO DE SOUSA

António Manuel Lima

Vítor Hugo Torres

e António Freitas

Maria Pilar Reis, José d’Encarnação,

e Palmira Ramoa

e Filipa Cortesão Silva

TEXTOS

António Manuel Lima TRADUÇÃO (PORTUGUÊS – CASTELHANO)

Belém Campos Paiva (PORTUGUÊS – INGLÊS)

Jorge Martins Araújo e Elsa Correia AUDIOVISUAIS

Estação Arqueológica do Freixo Museu D. Diogo de Sousa Escola Profissional de Arqueologia Digivision

Materiais provenientes de intervenções arqueológicas em Tongobriga, dirigidas por Lino Tavares Dias (1980 – 2013), Lino Tavares Dias/ Rudolf Winkes (2004 – 2008) e António Manuel Lima (2014 – 2016)

COLABORAÇÃO

Noémia Guarda

DESCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

Rosa Salvador Mateos, António Manuel Lima, António Freitas, e Inés López-Doriga

e Jorge Martins Araújo ISBN

0000000000 DEPÓSITO LEGAL

0000000000

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