Sixteenth and seventeenth century Portuguese Military Orders insignia from the House of Sousa (Arronches)--Insignias quinhentistas e seiscentistas das antigas Ordens Militares Portuguesas no espólio da ilustre Casa de Sousa (Arronches)

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Descrição do Produto

Em co-organização com:

Centro de História de Além-Mar (CHAM) / Univ. Nova e Univ. dos Açores; Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR) / Univ.Católica Portuguesa; Centro de Estudos em Ciências das Religiões (CECR) / Cátedra A Ordem de Cristo e a Expansão / Univ. Lusófona de Humanidades e Tecnologias; Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Univ. de Évora (CIDEHUS) / Univ. de Évora; Centro de Estudos de População, Economia e Sociedade (CEPESE) / Univ. do Porto; e Grupo dos Amigos do Convento de Cristo (GACC)

CONGRESSO INTERNACIONAL A ORDEM DE CRISTO E A EXPANSÃO Lisboa, 24 a 27 de Julho de 2013

PROGRAMA

Rua das Portas de Santo Antão, 100, 1150-269 Lisboa – Portugal T. 213425401 – 213464552 www.socgeografialisboa.pt

QUARTA, 24 de JULHO

TARDE

SALA PORTUGAL SESSÃO DE ABERTURA 15h.00m – Palavras do Prof. Doutor Luís Aires de Barros, Presidente da Sociedade de Geografia, do Prof. Doutor Augusto Pereira Brandão, Presidente da Secção da Ordem de Cristo e da Expansão, e do Prof. Doutor Fernando Larcher, pelo Conselho Cientifico e pelo Conselho Executivo

15h.15m -16h.00m - Conferência de Abertura: LUIS ADÃO DA FONSECA, *1945, Prof. Cat. [U.Porto], CEPESE, APH, Director da col.”Militarium Ordinum Analecta”, A Ordem de Cristo, a monarquia e a expansão marítima 16h.00m – 16h.15m - Pausa

Painel I 16h.15m -17h.50m Coordenador: Prof. Doutor Luís Adão da Fonseca MARIA ISABEL RODRIGUES FERREIRA, Doutora [U.Porto]; CEPESE, Para uma apresentação das fontes normativas da Ordem de Cristo (desde a fundação a D. Sebastião) FERNANDA OLIVAL, Doutora [U.Évora]; CIDEHUS, A Ordem de Cristo e a economia da mercê (século XVI-XVII) NELSON VAQUINHAS, Doutorando [U.Évora]; Arq.Mun.Loulé; CIDEHUS/U.Évora, O sistema de informação do Mestrado da Ordem de Cristo no século XVIII. As provanças sob o prisma da Arquivística

17h.50m – 18h.15m - Debate

AUDITÓRIO ADRIANO MOREIRA Painel II

Padroado no Oriente

16h.15m-17h.50m Coordenador: Prof. Doutor João Paulo Oliveira e Costa MANUEL LOBATO, * 1956, Eq.Doutor [IICT], Centro Hist. IICT, As Filipinas e as relações entre os padroados ibéricos na Ásia do Sueste e no Extremo Oriente JOHN M. FLANNERY, Doutor; U. Londres, Ambassadors of the King of Spain’: Portuguese Augustinian missionaries in Persia and beyond MARCIA ELIANE ALVES DE SOUZA E MELLO, Doutora [U.Porto], U.Fed.Amazonas, As Juntas das Missões e a defesa do Padroado Português no Oriente 17h.50m – 18h.15m - Debate

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QUINTA, 25 de JULHO

MANHÃ

SALA PORTUGAL Painel III 10h.00m – 11h.15m

Ordem de Montesa

Coordenador: Prof.Doutora Fernanda Olival FERNANDO ANDRÉS ROBRES, *1957, Doutor [U.Valência]; Prof. Cat. [U. Autónoma de Madrid], Origen análogo, discordantes trayectorias. Montesa: caracterización histórica y avances en la investigación de la orden militar valenciana en los tiempos modernos (s. XVI- XVIII) FRANCISCO FERNÁNDEZ IZQUIERDO, *1959, Doutor [U.Complutense]; CSIS; Grupo de investigación Hist.social, econ.e historiogr.de Europa en la Edad Moderna, Las visitas de la Orden de Montesa por la Orden de Calatrava en el siglo XVI JOSEP CERDÀ I BALLESTER, *1973, Doutor [U.Valência], Cronista Oficial de Montesa, Los caballeros y religiosos de la orden de Montesa en tiempo de los Austrias (1592-1700)

11h.15m-11h.30m - Debate 11h.30m – 11h.45m - Pausa

Painel IV 11h.45m -13h.00m

Convento de Cristo

Coordenador: Prof. Doutor Fernando Larcher ANA DUARTE RODRIGUES, Doutora, FCSH-UNL, CHAM, O Claustro de Diogo Torralva: Um Caso Único? ERNESTO ALVES JANA, Mestre [U.Lisboa], Arq.Gabinete Estudos Olisiponenses, CEHR, GACC, As alterações ao edificado na sede da Ordem de Cristo (sécs. XVI – XVII) decorrentes das diferentes concepções de poder e de visão política MILTON PACHECO, Doutorando [U.Coimbra]; CHAM; Centro Inter-Univ.de Estudos Camonianos U.Coimbra, Convento de Cristo nas Cortes de 1581 13h.00m – 13h.20m - Debate

AUDITÓRIO ADRIANO MOREIRA

Iconografia e Heráldica Painel V 10h.00m-11h.15m Coordenador: Prof. Doutor Mário Farelo ANTÓNIO FORJAZ PACHECO TRIGUEIROS, Eng. IST; SGL, Estudos inéditos da emblemática das antigas Ordens Militares: insígnias quinhentistas com iconografia oriental do espólio da ilustre Casa de Sousa (Arronches) RUI MIGUEL DA COSTA PINTO, Doutor [U.Lisboa], SGL-Secção História, Acad. Marinha; Centro Hist.U.Lisboa, Cruz da Ordem de Cristo – simbologia e iconografia VÍTOR ESCUDERO, *1958, Dr. [U.Lusof.], SGL-Secção G.H.F., ANBA, A Cruz da Ordem de Cristo nos Ex-Líbris Portugueses - representações, identidades e legitimações da política colonial e celebrativa do Estado Novo 11h.15m-11h.45m - Debate Painel VI 11h.45m-13h.00m

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Coordenadora: Prof. Doutora Susana Goulart Costa ISABEL L.MORGADO DE SOUSA SILVA, Doutora [U.Porto]; CEPESE /U.Porto; CLIP-Colégio Luso Internacional do Porto, A Ordem de Cristo e o projecto dinástico: no caminho da Expansão. Uma reflexão global. JUAN DE ÁVILA GIJON GRANADOS, Doutor [U.Complutense], Algunos aspectos sobre la Orden de Cristo en la etapa filipina de los Habsburgo (1580-1640). CRISTINA MARIA DE CARVALHO COTA, Doutoranda [UNL], CESEM/UNL, Ordem de Cristo: o Direito de Padroado e a música nos primeiros séculos do Brasil colonial HUGUES DIDIER, Doutor, Prof. Emérito U.Jean Moulin Lyon 3, La Complexité de la Croisade Portugaise et l'anamorphose de la Relation Luso-Maure, selon l'Ásia de João de Barros et selon les Lusíadas de Luís de Camões

13h.00m – 13h.20m - Debate 13h.20m - Almoço

QUINTA, 25 de JULHO

TARDE

SALA PORTUGAL Painel VI Padroado 15h.00m – 16h.15m Coordenadora: Prof. Doutora Fernanda Olival M.MADALENA PESSÔA JORGE OUDINOT LARCHER, *1959, Doutora [U.C.Lovaina]; IPT; CHAM; GACC, A Vigararia de Tomar: as suas remodelações nos rumos quinhentistas do Padroado MARIA MANUEL FERRAZ TORRÃO, *1964, Doutora [U.Açores], Inst.Inv.Cient.Tropical, Negócios negros para a obtenção de uma cruz: Mercadores negreiros na senda dos hábitos da cruz de Cristo TATIANA PASSOS, Doutora U.Fed.Fluminense, Bols.FUNCAP; GEPHO, Terra Real e Santa: as missões religiosas e a formação territorial cearense 16h.15m -16h.45m - Debate 16h.45m -17h.05m - Pausa

Painel VII Ordem de Cristo, Padroado e Cabo Verde 17h.05m – 18h.20m Coordenadora: Prof. Doutora Madalena Larcher FRANCISCO FIGUEIRA DE FARIA, Doutorando [UNL]; CHAM; Pres.ISCAL, O Padroado, a Ordem de Cristo, e o financiamento das missões ultramarinas MARIA JOÃO SOARES, *1965, Dra. [UNL], IICT, A Ordem de Cristo e a diocese de Cabo Verde (séculos XV-XVIII) MARIA TERESA AVELINO PIRES CORDEIRO NEVES, Doutora [UNL]; CHAM; IICT, Os cavaleiros da Ordem de Cristo nas ilhas de Cabo Verde (séculos XVI a XVIII)

18h.20m – 18h.50m - Debate

AUDITÓRIO ADRIANO MOREIRA Painel VIII Biografias 15h.00m – 16h.10m Coordenador: Prof.Doutor Fernando Andrés Robres MARIA BARRETO DÁVILA, * Doutoranda [UNL], A Infanta D. Beatriz - Governadora Temporal do Mestrado de Cristo

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MARIA LLUM JUAN LIERN, Doutora [U.Valência], El rector de la Universidad de Valencia Vicente Blasco García (1735-1813) y la biblioteca de la Orden de Montesa en el siglo XVIII FERNANDO LARCHER,*1955, Doutor [U.C.Lovaina]; IPT; SGL-Secção OC e Expansão; CHAM; GACC, O Doutor D.Diogo Pinheiro, de Vigário Geral de Tomar a Primeiro Bispo do Funchal e Primaz das Índias

16h.15m -16h.45m - Debate 16h.45m – 17h.05m - Pausa

Painel IX Ordem de Cristo e nobreza 17h.05m-18h.20m Coordenador: Prof.Doutora Maria Isabel Morgado Silva ANTÓNIO MARIA FALCÃO PESTANA DE VASCONCELOS, *1964, Doutor [U.Porto], CEPESE, A nobreza e a Ordem de Cristo - estratégias nobiliárquicas: 1385-1521. JOSÉ MARIA SIMÕES DOS SANTOS, Eng.[IST], D. Frei Gonçalo de Sousa , Comendador-Mor da Ordem de Cristo CARLOS CALINAS CORREIA, *1930, Eng.[IST], Mestre Hist.Descobrimentos [FL-UL], A participação dos mebros da Ordem de Cristo no fenómeno da expansão 18h.20m-18h.50m – Debate

SEXTA, 26 de JULHO

MANHÃ

VISITA AOS JERÓNIMOS 10h.00m – 12h.00m Visita guiada pela Senhora Dra.Isabel Cruz Almeida [U.Coimbra], directora dos Jerónimos e da Torre de Belém

12h.45m - Almoço

SEXTA, 26 de JULHO

TARDE

AUDITÓRIO ADRIANO MOREIRA Painel X Património da Ordem de Cristo 14h.30m – 15h.45m Coordenadora: Mestre Cristina Cota CARLOS RODARTE VELOSO, Mestre [U.Coimbra]; IPT, O Colégio Universitário da Ordem de Cristo em Coimbra: memória de um património perdido MARISA COSTA, Mestre [U.Coimbra], FLUL, Estudo de topografia social: os bens da Ordem de Cristo na Lisboa manuelina MARTA PAIS VAZ PEREIRA SCHNEEBERGER DE ATAÍDE, Mestre [U.Évora], O conjunto religioso e hospitalar de Nossa Senhora da Luz

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SALA ALGARVE Painel XI Padroado na contemporaneidade 14h.30m – 15h.45m Coordenador: Prof. Dr. Manuel Baeta Neves HUGO GONÇALVES DORES, *1983, Doutorando ICS/Univ.Lisboa e CEHR/UCP, O Modus vivendi de Barbosa Leão: contornar a posição da Propaganda Fide em favor do padroado (1906) RITA MENDONÇA LEITE, *1982, Doutoranda CEHR/UCP e U.Lisboa, A Expansão do protestantismo no séc.XIX: a estruturação das comunidades evangélicas portuguesas sob a égide de um protectorado britânico ANTÓNIO MATOS FERREIRA, *1952, Doutor; FL-U.Lisboa, FT-UCP; CEHR, Propaganda fide e progressivo esvaziamento do padroado: reconfiguração das políticas missionárias nos sécs.XIX e XX 15h.45m – 16h.00m – Debate 16h.00m – 16h.15m - Pausa

SALA PORTUGAL Painel XII Coordenador: Prof. Doutor Luís Aires de Barros AUGUSTO PEREIRA BRANDÃO, Arq.to, Prof.Cat., SGL – Secção OC e a Expansão, APH, ANBA, ACL, Mito do nascimento de Portugal, a Ordem Templária e a Ordem de Cristo JORGE PAULINO PEREIRA, Eng., Prof.Cat. [IST], Os ceptros da Ordem de Cristo no século 16

16h.15m -17h.30m Convento de Cristo Painel Final Coordenador: Prof.Doutor Luis Aires de Barros JORGE CUSTÓDIO, Doutor [U.Évora], UNL, Inst.Hist.Contemp., ex-Director do Convento de Cristo, A salvaguarda e conservação de um “monumento-chave” do património da nação: o caso do Convento de Cristo (1834-1947) SOTERO DIAS FERREIRA, Arq., Visita Virtual: A charola do Convento de Cristo

SESSÃO DE ENCERRAMENTO

SÁBADO, 27 de JULHO – MANHÃ

VISITA A SANTA MARIA DO OLIVAL

Saída de Lisboa – 8h.45m Chegada a Tomar – 10h.30m Visita a Santa Maria do Olival

Lançamento das Actas Cristianismo e Império

ALMOÇO SÁBADO, 27 de JULHO – TARDE

VISITA AO CONVENTO DE CRISTO

Visita ao Convento de Cristo 17h.30m – Regresso a Lisboa

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Comissão de Honra Presidente da Academia das Ciências Prof.Doutor Luís Aires de Barros Presidente da Academia Portuguesa da História Profª. Doutora Manuela Mendonça Presidente da Academia da Marinha Almirante Nuno Gonçalo Vieira Matias Reitor da Universidade de Coimbra Prof.Doutor João Gabriel Silva Reitor da Universidade do Porto Prof.Doutor José Carlos Marques dos Santos Reitor da Universidade Nova de Lisboa Prof.Doutor António Rendas Reitor da Universidade dos Açores Prof.Doutor Jorge Manuel Rosa de Medeiros Reitor da Universidade Lusófona de Ciências e Tecnologias Prof.Doutor Mário Moutinho Presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal Prof.Dr.José Alarcão Troni Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa Prof.Doutor Luís Aires de Barros

Conselho Executivo Prof.Doutor Augusto Pereira Brandão Prof.Doutor Fernando Larcher Prof.Doutora Maria Madalena Larcher

Conselho Científico Prof.Luís Aires de Barros (Presidente) Embaixador António Pinto da França Prof.Doutor Augusto Pereira Brandão Prof.Doutora Fernanda Olival Prof.Doutor Fernando Andrés Robres Prof.Doutor Fernando Larcher Prof.Doutor Hugues Didier Prof.Doutora Isabel Morgado Sousa e Silva Prof.Doutor João Paulo Oliveira e Costa Prof.Doutor José Augusto França Prof.Doutor Luís Adão da Fonseca Prof.Doutora Maria Cristina Cunha Prof.Doutora Maria Madalena Pessôa Jorge Oudinot Larcher Prof.Doutor Mário Farelo Prof.Doutora Susana Goulart Costa

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Congresso Internacional A Ordem de Cristo e a Expansão _____________________________________________________________________________

de Coimbra e, mais tarde, um dos discípulos que deixa em Portugal, Diogo Marques Lucas, volta a inspirar-se no cripto-pórtico de Diogo Torralva e do seu mestre (Terzi) e constrói um claustro semelhante ao de Coimbra no Convento de São Bento da Vitória no Porto, entre 1608 e 1728. O Claustro Grande do Convento de Cristo em Tomar foi sempre visto como um caso único, derivado da tratadística, mas a nossa investigação também o coloca como modelo para uma outra série de claustros, mais tardios, mas que não deixam de se inspirar diretamente no desenho do Claustro Grande de Diogo Torralva.

ANTÓNIO FORJAZ PACHECO TRIGUEIROS, Coimbra, 1944; Eng.IST; SGL; Invest.de Numismática e Medalhística Estudos inéditos da emblemática das antigas Ordens Militares: insígnias quinhentistas com iconografia oriental do espólio da ilustre Casa de Sousa (Arronches)

O estudo iconográfico das insígnias quinhentistas preservadas no espólio da ilustre Casa de Sousa (Arronches), actualmente na posse de um descendente de D. Segismundo Álvares Pereira de Melo, 3.º duque de Lafões, permite um olhar inédito sobre a representação emblemática dos distintivos dos graus de Cavaleiro e de Comendador das Ordens Militares do antigo regime, materializando na prata lavrada as insígnias que até agora só eram conhecidas pelas suas representações pictóricas em retratos da época dos Descobrimentos e da Expansão. De entre as muitas peças que compõem esse antigo espólio emblemático, o autor seleccionou um conjunto de insígnias das Ordens Militares de Cristo e de Avis, identificadas como tendo pertencido a D.Jorge de Sousa, capitão-mor das armadas da Índia de 1560 e de 1563, cujas gravações ornamentais apresentam figurações de inspiração Namban, presentes em biombos e em lacas japonesas fabricadas durante o século cristão (1550-1630); bem como, uma insígnia caixa relicário da Ordem Militar de Cristo e uma insígnia da Ordem Militar de Santiago, da mesma proveniência. A importância histórica destas insígnias provém também da sua identificação e descrição em inventários manuscritos oitocentistas da Casa Lafões, documentos inéditos cuja apresentação pública é feita pela primeira vez nesta comunicação. Outros conjuntos de insígnias mais tardias, de finais de Seiscentos, de Comendador das três Ordens Militares, igualmente importantes pelo seu ineditismo emblemático e pela sua identificação como provenientes da Casa de Sousa, apresentam estilos de fabrico orientais de rara beleza iconográfica.

ANTÓNIO MARIA FALCÃO PESTANA DE VASCONCELOS, *1964, Doutor [U.Porto], CEPESE, A nobreza e a Ordem de Cristo - estratégias nobiliárquicas: 1385-1521.

O trabalho que nos propomos apresentar teve por base, o estudo de algumas linhagens da Nobreza e o seu relacionamento com as Ordens Militares, desde o reinado de D. João I até ao reinado de D. Manuel. Assim, começaremos por fazer uma reflexão sobre o comportamento da nobreza ao longo do período em causa; em seguida iremos destacar as sucessivas interferências por parte da Coroa nesta instituição; debruçar-nos-emos também sobre a importância da Ordem de Cristo no comportamento da

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Estudos inéditos de falerística das antigas Ordens Militares portuguesas: insígnias quinhentistas e seiscentistas com iconografia oriental do espólio da ilustre Casa de Sousa (Arronches) António Pacheco Trigueiros *

Introdução - Insígnias nos retratos da Galeria dos Vice-Reis de Goa, 1545 - 1668

Numa anterior comunicação, apresentada em 1998 ao Congresso Internacional “Vasco da Gama, Homens, Viagens e Culturas”, tive a oportunidade de divulgar os diferentes tipos de insígnia das antigas Ordens Militares portuguesas dos séculos XVI e XVII patentes nos retratos pintados na galeria dos vice-reis e governadores da Índia Portuguesa, em Goa. No seu conjunto, esta galeria de retratos constitui uma das mais importantes fontes de informação sobre a evolução cronológica do desenho das insígnias das antigas Ordens Militares portuguesas, desde meados do século XVI até à importante reforma emblemática decretada por D. Maria I a 19 de Junho de 1789. 1 Para esta comunicação seleccionaram-se os seguintes retratos, com indicação do tipo de insígnia representada: - D. António de Noronha, vice-rei 1571-73 (insígnia de Cristo oval) - General Matias de Albuquerque, vice-rei, 1591 -1592 (insígnia de Avis oval) - Pedro da Silva, vice-rei 1631-1639 (insígnia de Cristo losangular) - Manuel Mascarenhas Homem, governador, 1656-1657 (insígnia de Cristo tetralobada) __________________________ * António Forjaz Pacheco Trigueiros (Coimbra, 1944) é engenheiro químico-industrial pelo IST. Além da sua actividade profissional, é autor de uma vasta obra de investigação histórica que cobre os campos da Numismática, da História Monetária, da Notafilia, da Medalhística e da Emblemática/Falerística, cujos principais trabalhos estão publicados no editor digital www.estudosdenumismatica.org, uma organização sem fins lucrativos por si criado em 2010, como contribuição para o acesso livre e universal ao conhecimento nas ciências e humanidades. Foi director e editor da Revista Portuguesa de Numismática e Medalhística entre 1974 e 1985; coordenador dos sectores de Numismática e Medalhística da XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura (1983); director técnico e comercial da Casa da Moeda de Lisboa (1985-1996); vogal da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (1986-2001); e é director da Sociedade de Geografia de Lisboa desde 1995. Recebeu em 1992, em Basileia (Suíça), o ‘‘Prémio Europeu de Numismática – Vreneli’’, sendo até agora o único português distinguido com este galardão. [email protected] 1

“Ínsignias das Ordens Militares Portuguesas dos séculos XVI e XVII”. Actas do Congresso Internacional Vasco da Gama: homens, viagens e culturas. Lisboa: CNCDP, 1998, vol. I, pp. 551-558. Uma versão digital em formato pdf encontra-se em www.estudosdenumismatica.org / Emblemática

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António de Noronha Vice-Rei 1571-73

Pedro da Silva Vice-Rei 1631-39

Manuel Mascarenhas Homem Governador 1656

O vice-rei Matias de Albuquerque, 1591-92 e a sua insígnia de Comendador da Ordem de Avis (Olivença)

Os diferentes tipos de insígnias pendentes de fitas ao pescoço foram ordenados em três conjuntos principais, dos quais se ilustram imagens ampliadas, com indicação da estatística da sua distribuição pelos 59 retratos pintados abrangidos neste período em estudo, de 1545 a 1668:

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Tipo 1: oval

Tipo 2: losangular

Tipo 3: tetralobada (Cristo e Avis)

tipo 1, insígnias ovais: 34, das quais 30 de Cristo, 3 de Avis e uma de Santiago tipo 2, insígnias losangulares: 2, de Cristo tipo 3, insígnias tetralobadas: 3, das quais duas de Cristo e uma de Avis Destaca-se o retrato do governador general Matias de Albuquerque (? – 1609), não só pela raridade da ilustração de uma insígnia da Ordem de Avis, perfeitamente representada em todos os pormenores emblemáticos (cor e formato da cruz), como também, por ser conhecida a data da sua atribuição, como insígnia da comenda de Olivença na Ordem Militar de Avis, em 1590, por ocasião da sua nomeação como vicerei da Índia (18 de Janeiro), insígnia essa que Matias de Albuquerque levou consigo para Goa. 2

D. Vasco da Gama, retrato de 1597

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D. Francisco de Almeida, retrato do séc. XVII

Conforme a base de dados sobre as datas das atribuições das Comendas das Ordens Militares, organizada pelo Prof. Nuno Gonçalo Monteiro, que teve a gentileza de me informar. 3

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Outros retratos – No mesmo ano de 1998, a exposição “Os Construtores do Oriente Português”, organizada pela CNCDP, revelou dois retratos pintados onde se encontram representadas insígnias quinhentistas do mesmo tipo oval, respectivamente, de D. Vasco da Gama (retrato de 1597, insígnia da Ordem de Cristo), e de D. Francisco de Almeida (do século XVII, insígnia da Ordem de Santiago, pendente de uma corrente). 3 A mesma insígnia oval dos Cavaleiros da Ordem de Santiago aparece representada pendente de uma laça ao peito numa cópia tardia de um retrato seiscentista do navegador Fernão de Magalhães, pertencente ao acervo do Museu Naval de Madrid. 4

Fernão de Magalhães, cópia tardia de um original do século XVI (Museu Naval, Madrid)

No Congresso Internacional de 1998 foram também divulgadas algumas insígnias dos mesmos tipos quinhentistas e seiscentistas existentes em acervos familiares e colecções particulares, cujo estudo comparativo permitiu concluir da existência de um tipo predominante: -- um pendente oval, bojudo e oco, de prata com gravados ornamentais, com a cruz da Ordem burilada ou aplicada, sem esmaltes, tendo no topo aplicações para suporte da argola de suspensão, e dimensões médias (altura, largura e espessura da oval) 96x60x22 mm (para Comendador); 35x20x11 mm (para Cavaleiro).

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Os Construtores do Oriente Português, catálogo da exposição. Lisboa: CNCDP, 1998. (Nr. 2, retrato de D. Vasco da Gama; nr. 34, retrato de D. Francisco de Almeida) 4 Museo Naval de Madrid, catálogo nr. 646: «Óleo sobre lienzo (72 x 61 cm), anónimo. Copiado en 1848 de un original que estaba en 1787, según Vargas Ponce, en la casa del canónigo de la catedral de Toledo don Felipe Vallejo, y del que Fernando Selma sacó el grabado que figura en la Relación del último viaje al Magallanes, publicado en Madrid en 1788». 4

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Os retratos do Teatro Genealógico da Casa de Sousa (1694)

O grande incremento da arte da gravura artística verificado por todo o século XVII traduziu-se num aumento significativo dos livros impressos adornados com retratos, e que hoje constituem uma inesgotável fonte de análise iconográfica. Faz parte desse conjunto o Theatro Histórico Genealógico y Panegyrico erigido a la Immortalidad de la Excelentissima Casa De Sousa, impresso em Paris em 1694 e no qual figura uma importante galeria de retratos dos primeiros condes de Miranda e marqueses de Arronches, comendadores honorários de Alvalade, na Ordem de Santiago, em Ourique (com rendas anuais de 1.000 ducados). 5

Em cima: retratos do 1.º conde de Miranda (à esq.) e do 3.º conde e 1.º marquês de Arronches (à dir.) Em baixo: retratos do 4.º conde de Miranda (à esq.) e dos 2.º marqueses de Arronches (à dir.)

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Genericamente designado por Teatro dos Sousas (ver a bibliografia), com os retratos datados de 1693. 5

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Como se pode verificar em muitos retratos pintados ou gravados por todo os séculos XVII e XVIII, em que a personagem retratada pertencia a uma época histórica muito anterior, os artistas, desenhadores, pintores e gravadores representavam as insígnias das Ordens Militares como as viam no quotidiano da sua época, sem cuidar, ou sem saber, como eram na época da pessoa retratada. É assim que vemos figurar nos retratos dos condes de Miranda, cujo primeiro título foi concedido em 1611, insígnias ovais de comendador pendentes de grossas cadeias ao pescoço (em vez da tradicional fita de seda com a cor da Ordem), cujo uso tudo indica só começou a ter grande divulgação no final de Seiscentos, prolongando-se pelo século seguinte. O uso desta prisão para as veneras ou insígnias das Ordens Militares seria depois proibido por Alvará de 13 de Maio de 1765 (D. José I). que também proibiu o uso de fitas de outras cores além das próprias de cada Ordem, e insígnias de formas diferentes da cruz singela. Uma proibição nem sempre acatada. É interessante verificar que, nesta obra, o início da ilustração de insígnias ovais das Ordens Militares coincide com o retrato do primeiro conde de Miranda do Corvo, prolongando-se em todos os seguintes até ao último, a quem, aliás, o livro é dedicado, com uma particularidade: D. Carlos José de Ligne (1661-1713), que nela aparece retratado juntamente com a sua mulher, a marquesa D. Mariana Luísa, era cavaleiro da Ordem de Santiago, e não comendador, pelo que a insígnia oval que ostenta está pendente de laça ao peito, e não de fita ao pescoço. (não poderá passar despercebido o paralelo desta representação de 1693, com a cópia tardia do retrato de Fernão de Magalhães, do Museu Naval de Madrid, onde o navegador figura também com a insígnia de cavaleiro de Santiago, pendente de laça ao peito)

O acervo emblemático da Casa de Lafões

Trata-se de um espólio emblemático de grande valor histórico, não só pela sua antiguidade e expressiva dimensão de uma centena de peças, quase todas brasonadas ou com etiquetas de identificação, quinhentistas, seiscentistas e setecentistas, atribuídas a membros das famílias relacionadas com a casa dos duques de Lafões (casas de Sousa, Soure, Redondo, Vimioso, Miranda do Corvo, Arronches, Marialva e Cadaval), mas também, porque muitas dessas insígnias figuram em inventários manuscritos do século XIX da mesma casa de Lafões, onde se registam o nome do seu recipiente e vários pormenores da sua tipologia ou ornamentação. Um dos exemplos mais expressivos e que aqui se ilustra, é uma insígnia de Comendador da Ordem de Cristo pertença do 1.º duque de Lafões, D. Pedro Henrique de Bragança 6

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Sousa Tavares Mascarenhas da Silva (1718-1761), descrita no livro de inventário, no fólio 11, como “Chapa doirada e Pendente doirado da Ordem de Cristo. Pertença do 1.º Duque de Lafões”, cuja etiqueta manuscrita no pendente oval esclarece ainda que estas duas insígnias se destinavam ao “uniforme de gala” (Placa, prata dourada, dia. 104 mm, peso 101,0 g. Pendente, prata dourada, oval 98x58x28 mm peso 63,5 g). Tendo em conta que estas insígnias (placa e pendente) só devem ter sido inicialmente usadas por volta dos seus vinte anos, corresponderão ao período de 1738 a 1761.

Pendente e placa do 1.º duque de Lafões, para uniforme de gala, período 1738 – 1761

Ainda do mesmo titular merecem referência duas insígnias de Cavaleiro, que ainda conservam as fitas originais, de cor vermelha da Ordem de Cristo e de cor preta da Ordem de Malta, descritas no mesmo livro de inventário, no fólio 11 verso, como “Hábito da Ordem de Cristo do 1.º Duque, com fita de origem” (prata dourada, oval 36x26x10 mm, peso 10,2 g); e “Hábito pequeno da Ordem de Malta, pertença do mesmo Senhor” (prata dourada, oval 35x20x11 mm, peso 7,2 g). A sua existência, neste pequeno formato oval, vem preencher um vazio no estudo emblemático das insígnias do antigo regime.

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Hábitos de Cavaleiro do 1.º duque de Lafões, da Ordem de Cristo (à esq.) e da Ordem de Malta (à dir.)

Os inventários de condecorações da Casa de Lafões

Os inventários manuscritos oitocentistas que acompanharam o espólio emblemático das antigas Ordens Militares da casa Lafões são poucos e muito incompletos. O conjunto mais antigo consta de dois fólios avulso, sem data, identificados como “Lafões Inventário n.º 6 (continuação)”, existindo outro grupo semelhante de dois fólios avulso, sem data, identificados como “Casa Lafões”. No total são inventariadas 44 insígnias das Ordens Militares, algumas muito antigas da Ordem de Santiago, da casa dos condes de Miranda do Corvo, sem dúvida as insígnias representadas nos retratos gravados no Teatro dos Sousas. Outras entradas referem-se ao “nosso Senhor Duque” e a insígnias “pertença de D. Henriqueta”, ou seja, referem-se ao 2.º duque de Lafões, D. João Carlos, falecido em 1806. Finalmente, um registo de “ 3 colares da Ordem da Torre e Espada”, instituída no Rio de Janeiro em 1808, permite concluir a datação destes fólios entre 1810 e 1815.

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Alguns dos fólios dos inventários de condecorações da casa Lafões: em cima, fólios avulso; em baixo, livro com as armas ducais e os dois fólios 11 e 11 v. onde vêm descritas as peças acima ilustradas

O outro inventário sobrevivo é um livro encadernado, com as armas ducais de prata aplicadas na capa, com início no fólio 11, tendo as anteriores páginas sido rasgadas, muito provavelmente por ocasião das grandes partilhas realizadas no ano de 1878. Consta de 5 fólios, sem data, descrevendo 32 insígnias das Ordens Militares e Honoríficas (Cristo, Avis, Santiago, Malta, Santa Isabel, Torre e Espada, Tosão de Ouro), que foram pertença da casa de Sousa, da casa de Vimioso, do arcebispo de Évora D. Teodósio de Bragança, dos três primeiros duques de Lafões (com insígnias anteriores e posteriores à reforma emblemática de 1789) e do capitão-mor D. Jorge de Sousa, e ainda, cinco peças de ourivesaria de prata (as quais também sobreviveram e fazem parte deste acervo familiar), terminando com uma “Nota: Foram depositadas no Arsenal Real, várias Ordens e Pratas para serem reparadas”. A sua datação aponta para cerca de 1840. 9

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Em cima: conjunto de insígnias ditas “do Oriente”, placa e pendente transfurado e recortado Em baixo: conjunto de Santiago com as armas antigas dos Sousa

Insígnias ditas do Oriente, do espólio da Casa de Sousa

Outro conjunto existe que sobressai pela originalidade do desenho das insígnias, de nítido recorte indiano, sem paralelo com quaisquer outras de manufactura europeia. De acordo com a identificação manuscrita na etiqueta colada numa placa da Ordem de Cristo, tratam-se de “Peças ditas do Oriente (Espólio da Casa de Sousa) = Capitão D. João de Sousa = ” (julgamos que terá sido erro do escrivão, na redacção do nome do capitão D. Jorge de Sousa). Outras peças são identificadas como provenientes da “Casa de Sousa”, existindo um conjunto da Ordem de Cristo identificado como tendo sido pertença de “D. Jerónimo Coutinho”. 6 Entre as várias insígnias deste tipo oriental, seleccionamos para ilustração nesta comunicação as duas seguintes: - Ordem Militar de Cristo dita do Oriente: placa com resplendor circular, tendo ao centro uma moldura de pontas encurvadas; pendente oval transfurado e recortado em forma de kriss indiano, tendo no anverso a cruz da Ordem aplicada e, no reverso, as

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Encontramos um Capitão-mor com este nome, na armada à Índia de 1586 10

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armas reais gravadas (Placa, prata, dia. 97mm, peso 114,2 g. Pendente, prata, oval 99x60x29 mm peso 81,3 g). - Ordem Militar de Santiago dita do Oriente: grande placa do tipo para manto cerimonial, com resplendor circular recortado em pontas emboladas e transfurado em forma de kriss indiano, tendo ao centro a cruz da Ordem aplicada e, no reverso, as armas de Sousa antigo; pendente oval com a cruz da Ordem gravada no anverso em campo liso limitado por moldura de ornatos e pequenos furos, tendo o reverso transfurado e recortado em forma de kriss indiano (Placa, prata, dia. 136mm, peso 115,7 g. Pendente, prata, oval 112x67x33 mm peso 124,9 g).

Insígnias do Capitão -mor D. Jorge de Sousa

Trata-se se um importante conjunto de insígnias quinhentistas, o qual, a fazer fé nas etiquetas de identificação que acompanham as peças, será proveniente do espólio da casa de Sousa. Nos registos do livro de inventário da casa Lafões são descritas como segue: fol. 11 - 1 Pendente da Ordem Militar de Santiago de D. Jorge de Sousa fol. 11 verso - 1 Chapa de Cristo 1684, pertença de D. Jorge de Sousa 7 1 Pendente de Cristo (caixa relicário), pertença de D. Jorge de Sousa

Em cima: fólios 11 e 11 verso do livro de inventário Em baixo: as correspondentes insígnias acima inventariadas (de Santiago, à esq.; de Cristo, caixa-relicário, à dir.)

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Esta insígnia não se encontra no espólio da casa de Sousa. A data indicada nada tem a ver com o Capitão-mor de 1560-63 11

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Os dois pendentes encontram-se ainda hoje no acervo do espólio da mesma casa, identificados por etiquetas manuscritas, conforme a ilustração junta: - Ordem Militar de Santiago: pendente oval, bojudo e oco, com a cruz da Ordem gravada no anverso, e o reverso finamente burilado e tracejado ao centro. Na argola de suspensão, a etiqueta “D. Jorge de Sousa / Capitão-Mor” (Prata, oval 98x60x28 mm peso 62,8 g). - Ordem Militar de Cristo, caixa relicário: pendente oval, bojudo e oco, cortado ao meio, com a cruz da Ordem aplicada no anverso, e o reverso finamente burilado e ornamentado com elementos vegetalistas. No interior, a etiqueta “D. Jorge de Sousa / Capitão-Mor” (Prata, oval, peso 71,7 g).

D. Jorge de Sousa, Capitão-mor do mar da Índia (1560-1563)

De entre os vários Jorge de Sousa catalogados nas genealogias dos Sousas, apenas um vem referido como Capitão-mor de uma armada à Índia, na linha dos senhores de Sagres e de Beringel, descendentes dos Sousa Chichorro, de varonia bastarda real. Trata-se de D. Jorge de Sousa, filho de D. António de Sousa (c.1475-?), comendador de Alcácer e alcaide-mor de Souzel; neto de D. Martinho de Távora (c. 1450-?), senhor de Sagres e de Niza, alcaide-mor de Fronteira e capitão de Alcácer Ceguer; bisneto de D. Rui de Sousa (1423-1498), senhor de Sagres e 1.º senhor de Beringel; quarto neto de Martim Afonso de Sousa, capitão de ginetes do infante D. Fernando e 2.º senhor de Mortágua; quinto neto de Matim Afonso Chichorro, do conselho del-rei D. Dinis; e sexto neto de Martim Afonso, por sua vez filho bastardo del-rei D, Afonso III. 8

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Vide o conhecido Nobiliário de Felgueiras Gayo, título dos Sousas, pp. 69, § 66; p. 236, § 332 nr.17; p. 241, § 335, nr. 18; e p. 245, § 337, nr. 21. 12

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A ele se referem as descrições das duas armadas à Índia que comandou nos anos de 1560 e de 1563: 9 1560 - D. Jorge de Sousa, Capitão-mor. Partiu a 20 de Abril na nau Castelo e outras cinco tendo como capitães Vasco Lourenço de Barbuda (nau São Vivente), Jorge de Macedo (nau Rainha), Lourenço de Carvalho (galeão Drago), Rui de Mello da Câmara (nau São Paulo, que no ano passado havia arribado ao reino, o qual invernou no Brasil, e tornando a fazer viagem se foi perder na Ilha de Samatra), e Francisco Figueira de Azevedo (galeão Cedro, que regressou ao reino). Dado a atraso na partida, ao passarem o cabo da Boa Esperança foram forçados a tomar a rota por fora da ilha de São Lourenço (Madagáscar), com muitos trabalhos e muitas mortes. As naus São Vicente e Rainha conseguiram chegar a Cochim em meados de Novembro. As naus Castelo e o galeão Drago quase que se perderam nos baixios da costa, antes de se safarem e arribarem a Cochim no início de Dezembro de 1560, onde se encontrava o vice-rei D. Constantino de Bragança. As naus Rainha e São Vicente saíram de Cochim carregadas de pimenta em Janeiro de 1561 e regressaram ao reino a salvo. A nau Castelo, por trazer muita fazenda, foi de Cochim para Goa, onde invernou, tendo regressado ao reino em finais de 1561. 1563 - D. Jorge de Sousa, Capitão-mor. Partiu a 16 de Março na nau Castelo e outras três: capitães Diogo Lopes de Lima (nau Garça), Vasco Lourenço de Barbuda (nau São Filipe), e Vasco Fernandes Pimentel (nau Algarvia, que regressou ao reino). As restantes três naus chegaram a Goa no início de Setembro, sendo vice-rei D. Francisco Coutinho, conde de Redondo. A nau São Filipe soçobrou à vista de terra e perdeu-se. Terminada a carga da pimenta e a escritura das cartas para el-rei, partiram as duas naus Castelo e Garça nos primeiros dias de Janeiro de 1564, tendo regressado ao reino a salvo em finais desse ano.

Insígnias das Ordens Militares com iconografia Namban

Chegamos finalmente ao conjunto emblemático que motivou a apresentação desta comunicação. Encontra-se identificado nos inventários avulso da “Casa Lafões”, fol. 2, como segue: - 1 Pendente oval em prata da Ordem de Cristo com motivos orientais no verso, oriundo da Ilustre Casa de Sousa; - 6 Pendentes de várias Ordens semelhantes e vindos da mesma casa Assim e no total temos sete pendentes das várias Ordens Militares, de prata, com motivos orientais no verso, ou seja, bem diferentes dos pendentes ditos do Oriente, acima ilustrados. No espólio da casa de Sousa do acervo da casa de Lafões, existem três pendentes com figuras orientais no verso; outros três pendentes semelhantes, da mesma proveniência, foram adquiridos em antiquários na década de 1990, encontrando-se dois deles actualmente no acervo do Museu de Marinha (inventário nrs. CO-1087 e CO-1089) e um terceiro numa colecção particular em Lisboa.

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Narrativa composta pelo autor, vistas as descrições constantes no documento Armadas que partiram para a Índia (1509-1640), da Biblioteca Nacional de Lisboa: Reservados, caixa 26, nº 153; e a crónica Da Ásia de Diogo de Couto, Década Sétima, Parte Segunda, Livro IX, páginas 334 e 560. 13

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Em cima: pendentes Namban nrs. 1 e 2; em baixo: pendentes nrs. 3 e 4 (com escudo e âncoras)

Em baixo: as quatro representações do “Mãozinhas”, o comerciante português de bombachas indianas e chapéu cónico com a espada à cinta, em figuras aplicadas ou gravadas nos pendentes

Das sete insígnias inventariadas são conhecidas seis, que foram divididas pelo tipo de figura Namban que ostentam no reverso. O seu estudo permitiu chegar a algumas conclusões inéditas, fascinantes, mas também intrigantes. 14

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A. Pendentes com a mesma personagem Namban no verso (“O Mãozinhas”) 1 - Ordem Militar de Cristo: anverso com a cruz aplicada em campo liso, com moldura ondulada gravada; reverso com figura de Português Namban aplicado em campo martelado, com a mesma moldura gravada (dimensões e peso não registadas – Acervo da casa de Lafões). 2 - Ordem Militar de Avis: anverso com a cruz burilada em campo liso, com moldura de pequenas cruzes; reverso com a figura de Português Namban burilada em campo liso, limitado por cercadura lisa, com a mesma moldura gravada. (prata, oval 97x60x22 mm, peso 104,1 g - Acervo da casa de Lafões). 3 - Ordem Militar de Cristo: anverso com a cruz burilada em campo liso, com moldura ondulada gravada; reverso com a figura de Português Namban burilada sobre um campo martelado, limitado pelo mesmo tipo de moldura (prata, oval 98x59x30 mm, peso 93,0 g - Acervo da casa de Lafões) B. Pendente com a mesma figura, de menor dimensão, tendo ao alto o escudo real sobre âncoras cruzadas 4 - Ordem Militar de Avis: anverso com a cruz aplicada em campo raiado; reverso com a figura de Português Namban, como acima, mas de menor dimensão, aplicada sobre campo raiado, tendo ao alto o escudo real coroado sobre duas âncoras cruzadas. (prata, oval 97x59x28 mm, peso 83,2 g – Colecção particular)

Reversos dos pendentes Namban nrs. 5 e 6 (com armas reais e âncoras)

C. Pendente com a figura do Capitão-mor vermelho 5 – Ordem Militar de Avis: anverso com a cruz aplicada em campo liso (com uma perfuração); reverso com a figura do Capitão-mor à esquerda, aplicada em campo liso Na argola de suspensão, uma etiqueta de atribuição com o nome de D. Sebastião de 15

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Menezes, Mestre de Campo (do Terço da Armada do Mar Oceano, hoje seriam os Fuzileiros Navais) (Museu de Marinha, inv. CO-1087) D. Pendente com duas figuras Namban e o escudo real sobre âncoras cruzadas 6 – Ordem Militar de Santiago: anverso com a cruz aplicada em campo liso, limitada por moldura de gravados florais; reverso com duas pequenas figuras Namban, aplicadas em campo liso com a mesma moldura, tendo ao alto o escudo real coroado sobre duas âncoras cruzadas (Museu de Marinha, inv. CO-1087)

As lacas Namban das colecções portuguesas

O estudo destas figuras Namban foi facilitado pelo facto do autor ter sido vogal da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, entre 1987 e 2000, de ter feito parte do grupo de trabalho que preparou as comemorações Luso-Nipónicas de 1993, alusivas aos 450 anos do Encontro de Culturas entre Portugal e o Japão, e ainda, de ter sido o editor responsável pelo livro Portugal e o Japão – O Século Namban, da autoria de João Paulo Oliveira e Costa (INCM, Departamento de Moeda e Valores Metálicos. Edições em Português, Japonês, Inglês e em Alemão). Além dos elementos bibliográficos do seu arquivo pessoal, foram consultadas as bibliotecas do Museu do Oriente, em Lisboa e do Centro de Estudos de Cartografia Antiga, cujos valiosos acervos em imagens de peças e biombos Namban permitiram identificar as figuras gravadas nestas insígnias das antigas Ordens Militares portuguesas.

Lacas japonesas sobre madeira (Urushi) saídas da mesma oficina de cerca 1600: em cima, a caixa-escrivaninha do Museu do Caramulo; em baixo, o famoso polvorinho adquirido em 1954 do espólio de embaixador de Portugal em Tóquio, José da Costa Carneiro 16

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Assim, foi com espanto que demos com a figura do “mãozinhas” pintado a ouro numa das faces do famoso polvorinho do Museu Nacional de Arte Antiga e, na outra face, a mesma composição do português e do seu pequeno escravo que figura no pendente n.º 6. Figuras essas que também se encontram pintadas noutra famosa peça, a caixaescrivaninha do Museu do Caramulo.

Nos pendentes nrs. 1 a 4, das Ordens de Cristo e de Avis, os ourives (portugueses ou indianos) gravaram a figura Namban saída de um atelier japonês de cerca de 1600.

Que existe de particular nestas duas peças lacadas? Segundo Maria Helena Mendes Pinto, ambas são produto da mesma oficina japonesa, do período Momoyama (15731614) e de cerca de 1600; ambas foram fabricadas para consumo interno japonês e não

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para exportação; ambas foram adquiridas na primeira metade do século XX no Japão por coleccionadores particulares portugueses. 10 Ou seja, as figuras Namban gravadas na prata destes seis pendentes de Comendador das antigas Ordens Militares portuguesas, copiaram um dos motivos clássicos mais usados nas lacas japonesas do chamado século cristão, a figura do português com calças indianas largas (bombachas), chapéu cónico (com uma excepção) e espada à cinta. O que nos permite desde logo datar os pendentes como seiscentistas.

No pendente nr. 6, de Santiago, da Armada Real, as duas figuras Namban foram gravadas em posição simétrica com que foram pintadas cerca de 1600, no polvorinho (em cima) e na caixaescrivaninha (em baixo), peças atribuídas à mesma oficina japonesa.

Uma outra particularidade existe no pendente n.º 6 (Museu de Marinha, inv. CO 1089), onde o grupo de duas figuras é representado em posição simétrica à do original pintado e lacado no polvorinho e na caixa-escrivaninha. Já o mesmo não sucede na representação do “mãozinhas” nos quatro primeiros pendentes. 10

Estas duas icónicas peças são bem conhecidas dos especialistas e estudiosos (ver a bibliografia) 18

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Terão sido gravadas por ourives portugueses ou por artífices indianos? Terão existido outras lacas com as mesmas figuras, que tenham sido exportadas para Goa ou para Lisboa no início do século XVII, que tenham servido de modelo a ourives indianos ou portugueses e que entretanto desapareceram na voragem dos séculos? Se não houve, como se explica que essas figuras apareçam gravadas em pendentes de prata no espólio da Ilustre Casa de Sousa? Um Capitão-Mor vermelho num biombo que nunca saiu do Japão

Igualmente intrigante é a figura do Capitão-mor da nau do trato, o famoso navio de Amacao, que não coincide com nenhuma figura representada em outras lacas ou biombos conhecidos em museus portugueses (Museu do Oriente e MNAA) ou nas colecções estrangeiras consultadas, mas que foi reconhecido num único par de biombos do Museu da Cidade de Kobe, no Japão, proveniente de uma colecção particular. Tal como muitos outros, teriam guarnecido as paredes das salas de castelos dos senhores daimios, tendo sobrevivido até aos nossos dias, sem nunca terem saído do Japão. No catálogo do Museu de Kobe este par é descrito como segue:

O par de biombos do Museu de Kobe (em cima, a partida; em baixo, a chegada), onde figura o Capitão-mor vermelho

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“Namban Screens by Kanô Naizen. Azuchi-Momoyama period (1573-1603). Pair of sixfold screens, color on gold-leaf paper. 155,5 x 364,5 cm (each). Kobe City Museum. (Sakamoto, 2008, num. 3).” 11 São atribuídos ao pintor Kano Naizen (n.1570- m.1616) e portam a sua marca pessoal, sendo datados do período 1593 a 1603 pelos especialistas japoneses. Esta datação é importante para nós, pois irá permitir, por sua vez, atribuir uma datação aos pendentes de prata.

No pendente nr. 5, de Avis, a figura coincide (em posição simétrica) com o Capitão-mor vermelho, cujo único retrato conhecido figura num biombo de cerca de 1593-1603 do Museu de Arte Namban de Kobe, no Japão.

Interessa-nos ver em pormenor a figura do Capitão-mor no biombo da chegada, reconhecido pelo pára-sol que o guarda. Ao contrário de outras representações em biombos semelhantes da mesma escola e artista, como os do MNAA, onde o Capitãomor é sempre representado envergando vestes pretas e chapéu cónico, neste, o Capitãomor usa bombachas vermelhas ricamente decoradas, gibão vermelho também ricamente bordado, capa preta bordada a ouro e chapéu de copa direita, num estilo que logo o distingue de todos os outros. Além disso, usa bigode e pêra pontiaguda, espada comprida de grande copa aberta no flanco esquerdo, cuja ponta é visível por detrás, 11

Via Internet é possível aceder tanto ao biombo do Museu de Kobe, em http://www.city.kobe.lg.jp/culture/culture/institution/museum/meihin_new/elements/405bL.html, como também a uma grande base de dados sobre biombos e artefactos Namban, organizada pelas embaixadas do Japão na Europa, em http://japanesembassies.wordpress.com/namban-byobu-catalogue/

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adaga comprida no flanco direito e colar ao pescoço onde se prende o apito. O calcanhar direito levantado imprime à figura um movimento para a frente.

A representação da procissão do Capitão-mor da nau do trato, em quatro biombos: em cima, dois biombos do MNAA, Lisboa; em baixo, do leilão Christies de 2011 (à esq,) e do Museu do Oriente, Lisboa(à dir.). Nenhuma destas figuras coincide com a figura gravada no pendente nr. 5

Em 2011 foi leiloado em Londres um par de biombos atribuídos à mesma escola e artista, e que são uma cópia do par do Museu de Kobe. A figura do Capitão-mor neles representado tem chapéu de copa direita e apresenta-se na mesma posição do anterior, mas as vestimentas são pretas, não tem a espada comprida à cinta e todo o conjunto revela inferior qualidade de composição e de pintura. 12 Comparando esta emblemática figura com a do pendente n.º 5 (Museu de Marinha, inv. CO-1087), verificamos que as duas são perfeitamente coincidentes em todos os

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Descrito no catálogo japonês como «Namban Screens atributed to Kanô Naizen. Each sealed Kano Naizen and Shigeasto. Pair of six-panel screens. Ink, color gold and gold leaf on paper. 160 x 360 each. Christie’s 23 March 2011, Sale 2426. Lot 854.». O texto desse catálogo do leilão vem em http://www.christies.com/features/southern-barbarians-come-to-trade-1281. 21

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pormenores, muito embora a figura aplicada na prata do pendente seja representada em posição simétrica do original pintado. Também neste caso se poderá concluir que, sendo o par de biombos de Kobe datado de 1593 a 1603, o pendente de prata onde foi depois reproduzido terá que ser seiscentista, mas a sua datação remete para um período largo de quase um século. Permanecem, no entanto, as mesmas questões anteriores: como é possível, que a única representação conhecida do Capitão-mor vermelho num biombo de c. 1593 – 1603, que nunca saiu do Japão, tenha aparecido gravada numa insígnia de Avis de um militar português do séc. XVI-XVII? Terá sido gravada na Índia ou em Portugal? Pode-se colocar a hipótese de que o biombo de Kobe tenha sido visto e admirado, dado a sua excepcional qualidade de manufactura, num grande castelo senhorial, e o seu desenho, ou do seu capitão-mor vermelho, levado de volta por outro Capitão-mor português para Goa ou para Lisboa, antes do encerramento dos portos japoneses em 1637.

Conclusão

O estudo iconográfico das insígnias quinhentistas preservadas no espólio da ilustre Casa de Sousa (Arronches) – Lafões, permite um olhar inédito sobre a representação emblemática dos distintivos dos graus de Cavaleiro e de Comendador das Ordens Militares do antigo regime, materializando na prata lavrada as insígnias que até agora só eram conhecidas pelas suas representações pictóricas em retratos da época dos Descobrimentos e da Expansão. De entre as muitas peças que compõem esse antigo espólio emblemático, o autor seleccionou um conjunto de insígnias das Ordens Militares de Cristo e de Santiago (caixa-relicário), identificadas como tendo pertencido a D. Jorge de Sousa, Capitão-mor das armadas da Índia de 1560 e de 1563; e um outro importante conjunto de seis pendentes cujas gravações ornamentais apresentam figurações de inspiração Namban, presentes em lacas japonesas sobre madeira (Urushi), fabricadas cerca de 1600, e num biombo existente no Museu de Kobe, pintado cerca de 1593-1603. Outros conjuntos de insígnias mais tardias, de finais de Seiscentos, de Comendador das três Ordens Militares, igualmente importantes pelo seu ineditismo emblemático e pela sua identificação como provenientes da Casa de Sousa, apresentam estilos de fabrico luso-indianos de rara beleza iconográfica.

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A importância histórica destas insígnias provém também da sua identificação e descrição em inventários manuscritos oitocentistas da Casa Lafões, documentos inéditos cuja apresentação pública foi feita pela primeira vez nesta comunicação. O autor deseja agradecer a sempre amável colaboração recebida dos actuais detentores deste espólio familiar da ilustre casa de Lafões, que possibilitou o seu estudo, fotografia e reprodução de algumas das peças nesta comunicação.

Lisboa, 25 de Julho de 2013

Bibliografia Actas do Congresso Internacional Vasco da Gama: homens, viagens e culturas. Lisboa: CNCDP, 1998, 1.º volume, pp. 551-558 Costa, João Paulo Oliveira e: Portugal e o Japão – O Século Namban. Lisboa e Tóquio: INCM / CNCDP, 1993. Coordenação editorial de António Pacheco Trigueiros, director do

Departamento de Moeda e Valores Metálicos (Casa da Moeda) Encomendas Namban: Os Portugueses no Japão da Idade Moderna, catálogo da exposição, Museu do Oriente. Lisboa: Fundação Oriente, 2010, pp. 49 e 50 Gayo, Felgueiras. Nobiliário de Famílias de Portugal – Título de Sousas. Braga: 1941 Mendes Pinto, Maria Helena. Lacas Namban em Portugal: presença portuguesa no Japão. Lisboa: Inapa, 1990 (Polvorinho, p. 54-55; Escrivaninha, p. 49-50) Mendes Pinto, Maria Helena. Arte Namban: os portugueses no Japão. Lisboa: Fundação Oriente / MNAA, 1990 (Polvorinho, p. 37; Escrivaninha, p. 45) Mendes Pinto, Maria Helena. Biombos Namban. Lisboa: MNAA, 1993 Moreira, Manuel de Sousa. Theatro Histórico Genealógico y Panegyrico erigido a la Immortalidad de la Excelentissima Casa De Sousa. Paris: 1694. Os retratos foram gravados a buril por B de Almeida, em 1693. Museu do Oriente. Lisboa: Fundação Oriente, 2008 (Biombo, p. 80-81) Valeriano de Sá, Francisco. Vice-Reis e Governadores da Índia Portuguesa. Lisboa: Sociedade de Geografia de Lisboa, 1998. Onde os retratos estão fotografados a cores pelo autor. Via Orientalis, catálogo da exposição EUROPÁLIA´91.Bruxelas: Fundação Oriente / CGER, 1991 (Polvorinho, p. 192)

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