Storytelling em Vídeos de Treinamento

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INTRODUçÃO Storytelling nada mais é do que a arte de contar histórias. Desde os primórdios da humanidade as

histórias se fazem presentes no cotidiano e no desenvolvimento dos indivíduos. Contar histórias talvez seja a forma mais antiga de compartilhar conhecimento.

Boa parte de nossas crenças e valores começaram a ser formados quando nossos pais nos contavam histórias, sejam elas de suas vidas ou mesmo dos livros infantis.

Nossa vida é repleta de histórias. Imagine quantas vezes as utilizamos para exemplificar algo difícil de ser explicado. Uma boa história conecta pessoas.

Nossa cultura e opiniões, nada mais são do que nossa interpretação das histórias em que

resolvemos acreditar. Quem nunca se enxergou em uma história, seja ela um filme, um livro ou até mesmo uma piada?

Essas conexões emocionais são o primeiro passo quando falamos em engajamento ao aprendizado utilizando storytelling.

“Aqueles que contam as histórias dominam o mundo.” Nesse e-Book, iremos apresentar técnicas do uso de storytelling em vídeo, aprovadas por quem precisa ensinar e quem precisa aprender.

Bom, chega de história e vamos ao que interessa.

Filósofo Platão

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2. CONQUISTAR A ATENÇÃO Você já passou pela situação onde contando alguma história, alguém do grupo te ignora dedicando a

atenção à tela de um smartphone? Se não foi vítima, provavelmente já teve vontade de fazer isso em uma roda de amigos, não é verdade?

Estamos na era do excesso de informação. Prender a atenção das pessoas tem se tornado um desafio

cada vez mais difícil. Se em uma conversa informal, onde ninguém está ali por obrigação, temos perdido a audiência para os aparatos tecnológicos, imagine essa realidade no universo dos treinamentos

corporativos. Abordagens tradicionais tem se tornado cada vez mais ineficientes em salas de aula. Nesse

contexto, o storytelling tem ganhado muita força para engajar, reter e principalmente motivar audiências. Com tantos textos espalhados pela internet as pessoas estão lendo cada vez menos, a maioria apenas “visualiza” a informação. Por isso a cultura de aprender com vídeos vêm se tornando cada vez mais comum.

Trazer uma pessoa motivada para uma sala de treinamento não é tarefa fácil, principalmente porque a grande maioria ainda enxerga treinamento como algo enfadonho e desestimulante. Muitas vezes isso não é um preconceito infundado, já que boa parte das corporações ainda trata treinamentos como uma obrigação.

3. STORYTELLING EM VÍDEOS PARA TREINAMENTO Em uma época onde pessoas assistem filmes, navegam pela internet e utilizam um smartphone quase que simultaneamente, nada mais natural que utilizar vídeos como ferramenta para ensinar e, principalmente, reter a atenção.

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SOCIEDADE MULTISCREEN - DADOS DE CONSUMO • 63 milhões de brasileiros usam pelo menos duas telas diariamente (TV + computador); • 30 milhões de brasileiros usam três telas (TV + computador + smartphone);

• Metade da população online (52%) assiste à TV e acessa a internet ao mesmo tempo; • 68% dos multitelas assistem à TV e interagem com smartphone simultaneamente.

Infográfico Google sobre o consumo combinado de telas pelos usuários.

No treinamento corporativo o uso de vídeos com storytelling amplia significativamente a absorção

da mensagem. Isso acontece porque, normalmente, a estrutura de causa e efeito das histórias é semelhante à forma como funcionam os nossos pensamentos.

Um dos conceitos da andragogia diz que adultos aprendem melhor quando enxergam no conteúdo

uma utilidade prática para a sua vida. Imagine a reação de um operador de algum equipamento, ou mesmo um executivo de alguma área administrativa, assistindo um vídeo que retrata problemas do seu cotidiano de maneira cinematográfica, atrativa e emocionante.

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Essa identificação com situações de sua própria realidade cria empatia, conecta e envolve, tornando o aprendizado algo natural, sem esforço.

Processo de criação de personagens. Veja também: TRANSFORMANDO UM TEMA ÁRIDO EM UMA HISTÓRIA DIVERTIDA

Outro aspecto importante do uso de storytelling nos vídeos é que a criação e interpretação da história, pode envolver não só quem detém o conhecimento como também quem precisa aprendê-lo. Trabalhar com os colaboradores no processo de criação do roteiro pode transformar essas pessoas em verdadeiros evangelizadores do treinamento e seus conceitos.

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Essa aproximação entre quem produz o vídeo, quem ensina o conteúdo e principalmente quem irá aprender, funciona como uma workshop do conhecimento, onde o aprendizado e a revisão das práticas atuais já começa a acontecer bem antes do vídeo ficar pronto.

Alguns objetivos do uso de storytelling no ambiente corporativo: • Conexão entre líderes, equipe e novos contratados; • Transmissão de mensagens inspiradoras; • Compreensão da importância do seu papel na missão da empresa; • Identificação e transferência de novos conhecimentos; • Obtenção de cooperação e engajamento; • Criação de cultura organizacional.

Veja também: ENVOLVENDO A EQUIPE EM TODAS AS ETAPAS DE PRODUÇÃO

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4. CONTANDO UMA BOA HISTÓRIA O poder de uma boa história é tão forte que estudos feitos, por pesquisadores de Princeton, perceberam uma espécie de sincronia entre os cérebros de quem conta e o de quem ouve histórias.

O papel de cada personagem, a sucessão de fatos que formará o enredo e o desfecho conclusivo são

os elementos básicos de uma boa história. No caso dos treinamentos, as histórias podem ser ficcionais ou baseadas em fatos reais, nesse caso, o resultado pode ser muito melhor se forem contadas por quem vivenciou os fatos.

Em treinamentos com foco em segurança do trabalho, onde o objetivo é mudança de comportamento,

o impacto de uma história verdadeira sobre um acidente, por exemplo, pode levar a momentos de reflexão importantes. Em uma história desse tipo, contada por quem vivenciou a situação, a conexão emocional é praticamente automática.

"Conte-me e eu esquecerei. Mostre-me e eu lembrarei. Envolva-me e eu compreenderei." Filósofo Confúcio

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5. 7 DICAS “PIXAR” PARA CRIAR UMA BOA HIStÓRIA 1. Um personagem deve se tornar admirável pela sua tentativa, ao invés de seu sucesso. Essa é uma boa forma de criar empatia mesmo com aqueles que acham que sabem tudo. Utilizar um personagem que comete pequenos deslizes nas suas atividades pode ser uma boa ideia. Além de ensinar, isso também reforça os conceitos para aqueles que adoram pegar os erros do personagem. 2 - Pense no roteiro de trás pra frente. O que você pretende ensinar? Que reflexão pretende causar? Finais de histórias são complicados. Um final bem resolvido pode facilitar bastante a criação do meio e do início. Pense no final. 3 - Não siga a primeira ideia. Reescreva. A primeira ideia nunca é a melhor, quase sempre ela é muito óbvia. Se a intenção é basear em histórias reais, escute as mais variadas versões, combine os fatos e crie a versão mais interessante. No cinema também é assim, se o filme for muito real ele pode ficar desinteressante. 4 - O que é interessante para você pode não ser para o seu público alvo. Escute opiniões de pessoas que irão aprender com a sua história. Procure ter o feedback do público alvo antes de filmar, isso pode te salvar do retrabalho.

5 - Pense sempre no seu objetivo ao contar a história. Analise se o enredo levará o espectador à reflexão que você deseja. Anote os conceitos básicos que

precisam estar na história. Evite que conceitos importantes passem como mensagens subliminares. Seja óbvio e às vezes até redundante.

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Evite situações forçadas. Isso é muito perigoso quando queremos ensinar algo contando histórias em vídeo. Muitas vezes as pessoas pensam em situações totalmente desconexas da realidade da empresa. Isso pode causar um efeito contrário no seu público.

6 - Identifique-se com a reação dos seus personagens. Você agiria daquela maneira? Evite situações forçadas. Isso é muito perigoso quando queremos ensinar algo contando histórias em vídeo. Muitas vezes as pessoas pensam em situações totalmente desconexas da realidade da empresa. Isso pode causar um efeito contrário no seu público. 7 - Ao final reavalie se a história cumpre o objetivo. Essa certeza você só terá quando chegar ao final. Reavalie. Localize os conceitos básicos definidos no início. O que você pretende ensinar ficou bem claro? Se for preciso reescreva.

CONCLUSÃO Um bom roteirista nada mais é do que um bom contador de histórias. O grande desafio sempre será prender a atenção do espectador até o final. Mantenha o foco no tema central mas crie em sua história situações que surpreendam o espectador a cada minuto. Pequenas

“quebras de protocolo” tornam o vídeo mais interessante e menos previsível. Essa expectativa de qual será a próxima “quebra” funciona muito bem para manter as pessoas atentas.

Ao escolher os recursos audiovisuais distribua por igual o peso e importância de cada um deles. Por exemplo, uma animação com ótimos personagens e cenários, não funcionará bem com um locutor mediano ou sem trilha e efeitos sonoros.

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Quando o objetivo é ensinar, os recursos didáticos devem ser complementares. Apresentador , trilha sonora, computações gráficas, infográficos animados, tudo isso pode ser usado como tempero na sua história, mas lembre-se do “menos é mais”, ideias simples costumam ser as grandes sacadas.

Pense sempre no áudio como o responsável por 50% do sucesso do seu vídeo. Se trabalhar com um locutor faça com que ele interprete o texto. Coloque carga emocional na trilha sonora e na voz do locutor. Isso somado a uma boa história e imagens bem feitas é o segredo do sucesso.

Tudo isso se traduz em saber contar uma boa história. Isso é como estar em uma roda de amigos e

começar a contar um caso engraçado. Para este caso ser envolvente você precisa escolher uma boa narrativa e usar recursos interessantes, como: linguagem corporal, expressões engraçadas e até mesmo

um certo tempero de ficção (uma dose de exagero nas partes mais “emocionantes” ou “engraçadas”). É como

contar uma piada, se não tiver uma interpretação e uma escolha das palavras certas no momento certo, a piada mais engraçada do mundo perde totalmente o poder.

Um roteiro com emoção, foco bem definido, bons recursos e palavras, e que surpreende a cada minuto do vídeo, sempre levará a uma boa história.

A Target Multimídia é uma empresa especializada em soluções para Comunicação e Treinamento. Atuando no mercado desde 1997, somos especializados na gestão e desenvolvimento de grandes projetos multimídia, que reúnem conceitos, ferramentas e recursos adequados às necessidades de cada cliente. O núcleo de treinamento é responsável pela pesquisa, desenvolvimento e implantação de projetos de capacitação. Pesquisamos as necessidades e conteúdos de cada cliente, desenvolvemos as ferramentas de capacitação e implantamos a solução de acordo com o ambiente de treinamento disponível. Acreditamos que um projeto de aprendizado só atinge resultados expressivos quando as soluções propostas geram motivação e engajamento das pessoas. Dessa forma, um dos fundamentos que utilizamos é não oferecer tudo pronto para o treinando. Estimulamos o “buscar” para que as pessoas saiam do estado passivo e se tornem agentes curiosos e estimulados. 10

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