Tipologia de Processos Erosivos Canalizados e Escorregamentos – Proposta Para Avaliação de Riscos Geomorfológicos Urbanos em Barra Mansa (RJ)

August 24, 2017 | Autor: Cleber Castro | Categoria: Geomorphology, Soil Erosion, Natural Hazards and Risks
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Anuário do Instituto de Geociências - UFRJ

Volume 25 / 2002

Tipologia de Processos Erosivos Canalizados e Escorregamentos – Proposta Para Avaliação de Riscos Geomorfológicos Urbanos em Barra Mansa (RJ) Cleber Marques de Castro1, Eduardo Vieira de Mello 2 & Maria Naíse de Oliveira Peixoto 3 (1 )Geógrafo, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Geografia/UFRJ, NEQUAT/UFRJ [email protected] (2) Graduando em Geografia/UFRJ, bolsista CNPq /PIBIC, NEQUAT/UFRJ - [email protected] (3) Professora do Depto. de Geografia, IGEO/UFRJ, NEQUAT/UFRJ - [email protected] NEQUAT - Núcleo de Estudos do Quaternário e Tecnógeno -I. Geociências / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Ilha do Fundão, 21949-900, Rio de Janeiro - RJ, Brasil

Pesquisa realizada com o apoio financeiro da FAPERJ, CNPq e FUJB/UFRJ

Resumo O trabalho apresenta uma proposta de tipologia de feições erosivas e escorregamentos baseada na forma geométrica, nas relações com os canais fluviais e com padrões evolutivos de cabeceiras de drenagem em anfiteatro definidos para o Médio Vale do Rio Paraíba do Sul. Palavras-chave: erosão, cabeceiras de drenagem em anfiteatro, planejamento urbano

Abstract A classification applied to erosion and mass movements in Middle Paraíba do Sul River Valley is presented. It was based on gullies and slides geometry and relationships with river channels and geomorphic evolution patterns of amphitheater-like headwaters. Key words: erosion, amphitheater-like headwaters, urban planning

1 Introdução A cidade de Barra Mansa, localizada no Médio Vale do Paraíba do Sul fluminense, tem experimentado um intenso crescimento urbano ao longo das últimas décadas, que conjugado à ausência de políticas efetivas de planejamento, vem resultando em problemas acentuados de erosão e escorregamentos de encostas. Frente a estes problemas e aos seus desdobramentos - o assoreamento dos cursos fluviais e a intensificação das enchentes - impõe-se a necessidade de se desenvolver estudos que permitam não apenas o diagnóstico dos níveis de degradação gerados, mas principalmente o fornecimento de bases para uma intervenção eficaz no controle e prevenção de danos ao ambiente físico/ biótico e, especialmente, à população. Na esfera do planejamento urbano municipal, os efeitos diretos e indiretos dos processos erosivos e escorregamentos assumem caráter particularmente relevante, uma 11

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vez que tanto nas áreas de ocupação já consolidada como nas frentes de expansão urbana o poder público é chamado constantemente a solucionar os inúmeros problemas gerados. Ainda que a ausência e/ou inadequação da infra-estrutura urbana sejam fatores responsáveis pelo agravamento destes processos, bem como de seus efeitos, o conhecimento e apreensão dos mecanismos atuantes e suas condições desencadeadoras, destacam-se como aspectos importantes para o ordenamento territorial, assim como para a definição e coordenação de estratégias de ação emergenciais. A elaboração de mapeamentos sistemáticos, levantamentos de campo e análise espacial dos processos fundamentais na avaliação da dinâmica dos fenômenos em destaque, norteando a atuação dos órgãos públicos envolvidos (Castro, 2002). No município de Barra Mansa, demonstrando uma expressiva variedade de processos erosivos, foram desenvolvidos trabalhos nesta linha durante os últimos anos (Barroso, 1997; Iervolino, 1999) associados a uma estreita relação com a dinâmica de evolução quaternária do relevo (Lessa et al., 1995; Moura et al., 1992; 1997; entre outros). A existência de estudos geomorfológicos, estratigráficos e pedológicos sistemáticos produzidos pelo NEQUAT/UFRJ (Barros et al., 2000; Mello et al., 1995; Moura, 1990; entre outros) acerca da evolução da paisagem em escala geológica (Período Quaternário) e histórica na região do Médio Vale do Paraíba do Sul têm fundamentado a discussão das relações entre os controles naturais e antrópicos dos processos erosivos, constituindo uma base teórica e metodológica de grande importância para a investigação e mapeamento da suscetibilidade e do risco a erosão e escorregamentos de encostas (Castro, op cit.). No presente trabalho é apresentada uma proposta de tipologia de feições erosivas canalizadas e movimentos gravitacionais de massa em elaboração, com o objetivo de dar subsídios à análise espacial e caracterização destes processos, além do aprimoramento do cadastro de feições erosivas e movimentos de massa (Peixoto et al., 2001c), também em desenvolvimento. Estes aspectos têm se revelado especialmente importantes para a discussão de critérios de avaliação de riscos geomorfológicos de erosão, escorregamentos e enchentes em áreas urbanas.

2 Metodologia As cabeceiras de drenagem em anfiteatro constituem unidades fundamentais de evolução do relevo no Quaternário tardio, guardando o registro dos episódios erosivos/ deposicionais tanto na sua estrutura subsuperficial, como na geometria de superfície, e associando-se ao desenvolvimento de diferentes tipos de solos Moura et al. (1991a). As diferentes combinações de morfologias e materiais (depósitos/solos) condicionam e associam-se aos processos geomorfológicos, constituindo arcabouço necessário à melhor sustentação de modelos de previsão do comportamento das encostas e fundos de vale, uma vez que permitem avaliar as respostas dos fluxos hídricos às alterações ligadas a intervenção humana. Deve-se salientar que, apesar do reconhecimento cada vez maior das cabeceiras de drenagem como unidades importantes para a investigação de processos e a previsão de riscos à erosão, conforme aponta Oliveira (1999), a sua utilização na

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cartografia de riscos ainda mostra-se bastante incipiente. A metodologia utilizada no presente estudo enfoca a utilização das cabeceiras e sub-bacias de drenagem como unidade de reconhecimento e mapeamento das feições erosivas canalizadas, movimentos de massa e da situação de retenção de depósitos quaternários, conforme metodologia de avaliação ambiental proposta por Moura e colaboradores (Moura et al., 1997; Peixoto et al., 2000; 2001a; b). Cabeceiras e subbacias de drenagem de sistemas fluviais tributários do rio Paraíba do Sul vêm sendo analisados no município de Barra Mansa, individualizadas e classificadas segundo os padrões geomórficos-estratigráficos de cabeceiras de drenagem em anfiteatro definidos por Moura et al. (1991b). A primeira etapa destes mapeamentos vem sendo realizada a partir das fotografias aéreas pertencentes à Prefeitura Municipal de Barra Mansa (PMBM), na escala 1:8000 (AGROFOTO, 1989). Foram selecionadas áreas que contemplam situações representativas do processo de expansão urbana, e ainda que permitem uma boa visualização dos processos erosivos e movimentos de massa, abrangendo parte das bacias do córrego Cotiara e do rio Bocaininha, localizadas no setor sul da cidade. A partir dos mapas elaborados, foram realizados levantamentos de campo para checagem das feições e tipos identificados, descritas as formas e as características das erosões e dos escorregamentos, e suas inter-relações, alimentando a construção de uma tipologia dos fenômenos em estudo. Durante o reconhecimento de campo foi efetuada a descrição dos mecanismos atuantes (cf. Oliveira, 1999) através do reconhecimento de feições, como marcas de escoamento, dutos, surgências, etc., dos materiais e da situação geomorfológica de ocorrência, além das interferências humanas. Para o mapeamento das feições de estocagem de sedimentos foram mapeadas as feições deposicionais relacionadas à retenção de sedimentos holocênicos nos vales fluviais: rampas de alúvio-colúvio e nível de terraço superior (T1), níveis de sedimentação fluvial inferiores recentes e ainda feições de fundo de vale esvaziado, conforme Moura et al. (1992). A individualização e o mapeamento das cabeceiras de drenagem em anfiteatro segundo a tipologia proposta por Moura et al. (1991b) foram efetuados por fotointerpretação e também checados em campo. As cabeceiras foram delimitadas a partir do traçado das linhas divisórias de águas das cabeceiras e sub-bacias de zero e primeira ordem tributárias dos canais coletores de segunda ordem ou superiores a esta. Moura et al. (1991b) reconhecem dois tipos principais de cabeceira de drenagem em anfiteatro: a) as com hollows côncavo-planos (HCP), identificadas por uma ruptura abrupta entre as encostas laterais e a reentrância plana, relacionadas ao preenchimento de paleocanais erosivos por materiais alúvio-coluviais holocênicos – rampas de alúvio-colúvio. As cabeceiras com hollow côncavo-plano podem apresentarse parcialmente reafeiçoadas, caracterizando-se pela articulação suave das encostas laterais com o fundo plano - denominado de hollow côncavo-plano 13

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reafeiçoado (HCPr). b) as com hollow côncavo (HC) em planta e perfil, associadas à geração e reafeiçoamento das rampas de colúvio. Os hollows côncavos subdividem-se em: · cabeceiras com hollows côncavos articulados (HCA), caracterizadas pela articulação do eixo principal da cabeceira de drenagem com o nível de base atual, que tiveram grande parte de seus depósitos retrabalhados e/ou removidos durante as fases subseqüentes de encaixamento da drenagem, associados ao reafeiçoamento dos Complexos de Rampa de Colúvio e; · cabeceiras com hollows côncavo-suspensos (HCS), unidades desarticuladas do nível de base atual que apresentam maior preservação de depósitos coluviais pleistocênicos e holocênicos, uma vez que não foram atingidas pelos re-encaixamentos da drenagem no Holoceno.

3 Resultados 3.1 Tipologia de Voçorocas/Ravinas e de Movimentos Gravitacionais de Massa para a região do Médio Vale do Rio Paraíba do Sul (RJ/SP) As informações geradas através da fotointerpretação e dos levantamentos de campo possibilitaram, através do cadastramento (ver sub-item 3.2), a elaboração de uma classificação preliminar das feições erosivas canalizadas e dos movimentos de massa, apresentada no quadro 01. As ravinas e voçorocas foram primeiramente divididas em dois grandes grupos, de acordo com a relação estabelecida entre a feição erosiva e a rede de drenagem existente, sendo classificadas em conectadas ou desconectadas da rede de drenagem, conforme Oliveira (1990; 1999) e Moura et al. (1997). A forma geométrica das feições, os mecanismos atuantes (Oliveira, 1999) e seu padrão de evolução foram considerados para a definição da classificação proposta. Com relação à situação de atividade das feições erosivas, utilizou-se como critério geral a presença de vegetação nas paredes expostas, de fácil identificação na fotointerpretação, uma vez que constitui bom indicador da condição de remoção de materiais por fluxos superficiais e de sub-superfície (Castro, op. cit.), conforme verificação nas campanhas de campo. A noção de atividade foi considerada, no entanto, como evidência atrelada ao intervalo de tempo de ocorrência dos eventos e suas possíveis reativações (cf. Flageollet, 1996). Segundo Oliveira (1999) observações qualitativas são, em geral, suficientes para um diagnóstico preliminar sobre a atividade da feição erosiva, tendo sido utilizadas as características apontadas por Wijdenes et al. (2000). 3.2 Cadastramento de Processos Erosivos e Movimentos Gravitacionais de Massa

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CLASSIFICAÇÃO DE FEIÇÕES EROSIVAS E MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS DE MASSA TIPO

SUB-TIPO

1. Vo ço ro cas co ne ctad as. Fe içõ e s q ue se e nco ntram inte rlig ad as co m canal fluvial ad jace nte (re d e d e d re nag e m atual)

DESCRIÇÃO

SITUAÇÃO

1.1 Vo ço ro ca co ne ctad a" re mo ntante "

Canal e ro s i v o g e ral m e nte p ro fund o , al o ng ad o e c o m r a m i fi c a ç õ e s , d e s e n v o l v i d o e ram p as d e al úv i o -c o l úv i o d e ho llo ws/fund o s d e vale cô ncavo sp lano s (cab e ce iras d o tip o HCP M o u r a e t a l . 1 9 9 1 ) ; a p r e s e n ta m c re s c i m e nto re m o ntante e m d i re ç ão às ram p as d e al úv i o co lúvio trib utárias d o e ixo p rincip al, p o r me c ani s mo s as s o c i ad o s p re d o m i nante m e nte a fl ux o s d e s ub -s up e rfíc i e no p ac o te se d ime ntar e no co ntato d e ste co m o e mb asame nto cristalino .

A - Ativa PA - Parcialme nte Ativa I - Inativa

1.2 Vo ço ro ca co ne ctad a" e strang ulad a"

Fe iç ão e ro s iv a, p ro fund a e larg a e m s e u tre c ho s up e rio r/ mé d io e e s t r e i t a n o t r e c h o i n f e r i o r, d e s e n v o l v i d a g e r a l m e n te e m s e g m e nto s d e m é d i a e al ta e nco sta, e m g rand e p arte so b re o e mb asame nto alte rad o ; ap re se nta p re d o m íni o d e e x p ans ão l ate ral p o r m e c ani s m o s as s o c i ad o s a fl ux o s s ub -s up e rfi c i ai s no e m b a s a m e n to a l te ra d o e n o c o n ta to d e s te c o m c o b e r tu r a s c o luv iais p o uc o e s p e s s as ; g e ral m e nte re s ul ta d a e x p ans ão d e fe i ç õ e s e s trang ul ad as d e s c o ne c tad as até o v al e ad jac e nte o u d a s ua junç ão c o m antig o s c anais e ro s iv o s re mo ntante s.

A - Ativa PA - Parcialme nte Ativa I - Inativa

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CLASSIFICAÇÃO DE FEIÇÕES EROSIVAS E MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS DE MASSA TIPO

SUB-TIPO 1.3 Vo ço ro ca co ne ctad a d e "canais ad jace nte s"

2. Ravinas e Vo ço ro cas d e sco ne cta d as Fe içõ e s não co ne ctad as à re d e d e d re nag e m p e rmane nte

DESCRIÇÃO

SITUAÇÃO

A - Ativa 1.3 Vo ço ro ca co ne ctad a d e "canais PA - Parcialme nte Ativa ad jace nte s" I - Inativa

Fe ição e ro siva e stre ita e alo ng ad a, c o m p ro fund i d ad e v ari áv e l ; d e s e nv o lv e -s e tanto e m ho llo ws co mo e m e nco stas late rais/fro ntais e no s e s q uand o as s o c i ad as à co nce ntração d e fluxo s sup e rficiais e m v al as , c e rc as e c am i nho s 1.4 Vo ço ro ca p ro d uz id o s p e lo g ad o (1.4.1), o u c o n e c t a d a e m h o l l o ws q u a n d o a s s o c i a d a p re d o minante me nte à "line ar c o nv e rg ê nc ia d e flux o s s u p e r fi c i a i s e s u b - s u p e r fi c i a i s d e v i d o à g e o m e tr i a d o te r r e n o ( 1 . 4 . 2 ) ; g e r a l m e n te r e s u l ta m d a c o ne x ão e ntre v o ç o ro c as / rav inas d e s c o n tín u a s , a n te r i o r m e n te d e sco ne ctad as d a d re nag e m.

A - Ativa PA - Parcialme nte Ativa I - Inativa

Fe ição e ro siva única o u co njunto s d e fe iç õ e s e ro s iv as d e se nvo lvid as e m face s e xp o stas d o te rre n o , p o r m e c a n i s m o s as s o c i ad o s ao e s c o am e nto s u p e r fi c i a l c o n c e n tr a d o e / o u à fl ux o s s ub -s up e rfi c i ai s ; p o d e (m ) o c o rre r e m c ic atriz e s d e e s c o rre g am e nto s (2. 1. 1) o u e m co rte s d e e strad a/e d ificaçõ e s e /o u e m áre as d e e mp ré stimo (2.1.2).

A - Ativa PA - Parcialme nte Ativa I - Inativa

2.1 Vo ço ro ca d e sco ne ctad a "e m se çõ e s e xp o stas d o te rre no "

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CLASSIFICAÇÃO DE FEIÇÕES EROSIVAS E MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS DE MASSA TIPO

SUB-TIPO

DESCRIÇÃO

2.2 Vo ço ro ca d e sco ne ctad a "e strang ulad a"

Fe i ç ão e ro s i v a p ro fund a e l arg a e m s e u tre c ho s up e rio r/ mé d io e e s t r e i t a n o t r e c h o i n f e r i o r, d e s e n v o l v i d a g e r a l m e n te e m s e g m e nto s d e m é d i a e al ta e nco sta, e m g rand e p arte so b re o e mb asame nto alte rad o ; ap re se nta p re d o m íni o d e e x p ans ão l ate ral p o r m e c ani s m o s as s o c i ad o s a fl ux o s s ub -s up e rfi c i ai s no e m b a s a m e n to a l te ra d o e n o c o n ta to d e s te c o m c o b e r tu r a s co luviais p o uco e sp e ssas.

2.3 Vo ço ro ca o u ravina d e sco ne ctad a d e "canais ad jace nte s"

F e i ç ão e ro s i v a p ro d uz i d a p e l a A - Ativa junç ão d e c anais e ro s iv o s PA - Parcialad jace nte s d e vid o à sua e xp ansão me nte Ativa late ral. I - Inativa

2.4 Vo ço ro ca d e sco ne ctad a "line ar"

Fe ição e ro siva e stre ita e alo ng ad a, c o m p ro fund i d ad e v ari áv e l d e s e nv o lv e -s e tanto e m ho llo ws co mo e m e nco stas late rais/fro ntais e no s e s q uand o as s o c i ad as à co nce ntração d e fluxo s sup e rficiais e m v al as , c e rc as e c am i nho s p ro d uz id o s p e lo g ad o (2.4.1), o u e m h o l l o ws q u a n d o a s s o c i a d a p re d o minante me nte à c o nv e rg ê nc ia d e flux o s s u p e r fi c i a i s e s u b - s u p e r fi c i a i s d e v i d o à g e o m e tr i a d o te r r e n o ( 2 . 4 . 2 ) ; p o d e c o n s ti tu i r fe i ç õ e s e ro sivas d e sco ntínuas q ue te nd e m a se inte rco ne ctar.

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SITUAÇÃO

A - Ativa PA - Parcialme nte Ativa I - Inativa

A - Ativa PA - Parcialme nte Ativa I - Inativa

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CLASSIFICAÇÃO DE FEIÇÕES EROSIVAS E MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS DE MASSA TIPO

SUB-TIPO

DESCRIÇÃO

3.1 Esco rre g ame nto Circular (ro tacio nal) o u e m Cunha

M o v i m e n to c o m p r o fu n d i d a d e e l i m i te s l ate rai s b e m d e fi ni d o s c uj o m a te r i a l r o ta c i o n a a o l o n g o d e sup e rfície (s) d e rup tura circular(e s) o u curva(s); o co rre asso ciad o a co rte s d e e s tr a d a e e d i fi c a ç õ e s ( 3 . 1 . 1 ) , as s o c iad o a e ntalhe s e ro s ivo s e /o u fl u v i a i s ( 3 . 1 . 2 ) o u i n d e p e n d e n te d e ste s (3.1.3).

3.2 Esco rre g ame nto Planar (translacio nal)

M o v i m e n to g e r a l m e n te c o m p r i d o , raso , se m sup e rfície d e rup tura b e m d e fi n i d a e c o m e s p r a i a m e n to d o m ate ri al d e e nc o s ta; o c o rre a s s o c i a d o a c o r te s d e e s tr a d a e e d i fi c a ç õ e s ( 3 . 2 . 1 ) , a s s o c i a d o a e ntalhe s e ro sivo s e /o u fluviais (3.2.2) o u ind e p e nd e nte d e ste s (3.2.3).

3.3 Que d a

M o v i m e n to r á p i d o d e b l o c o s o u lascas d e ro cha asso ciad o s a p lano s d e fr a q u e z a s , n ã o a p r e s e n ta n d o o b rig ato riame nte uma s up e rfíc ie d e d e slizame nto (q ue d a livre ).

3.4 Co rrid a

M o v i m e nto ráp i d o e m q ue o s mate riais co mp o rtam-se co mo fluxo s altame nte visco so s, fruto d a p e rd a d o atrito inte rno , as s o c iad o à co nce ntração d e fluxo s d ' ág ua.

3. Mo vime nto s Gravitacio nais d e Massa

4. Co mp le xo

SITUAÇÃO

Sine rg ia d e me canismo s o b se rvad o s no s tip o s d e scrito s ante rio rme nte , o q ue imp o s s ib ilita uma c las s ific aç ão p re cisa.

Quadro 1 Tipologia de feições erosivas e movimentos de massa proposta para a região do Médio Vale do Paraíba do Sul (RJ/SP).

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O cadastramento de feições erosivas e escorregamentos corresponde a uma etapa essencial na investigação e entendimento dos mecanismos atuantes. A sua importância se deve ao fato de permitir a reunião de informações produzidas em estudos isolados, revelar a distribuição dos processos enfocados em escala semi-regional ou de semi-detalhe, viabilizar a documentação sistemática dos mecanismos e processos deflagradores e o conhecimento dos processos ocorridos no passado, configurando uma base fundamental para a compreensão da distribuição espacial e as respostas às intervenções humanas (Amaral, 1996), além de constituir etapa de grande importância para a elaboração de cartas de suscetibilidade e de risco a ocorrências. Neste intuito foi elaborada uma ficha de cadastramento, buscando abarcar de modo integrado os processos erosivos e escorregamentos. Os modelos utilizados pela CPRM/Movmassa (Pimentel, 1999) e IPT-SP/DAEE (São Paulo, 1989), considerados como as principais experiências e/ou propostas identificadas para o sudeste brasileiro, serviram de base para a ficha exposta no Quadro 2.

4 Discussões A caracterização da dinâmica dos processos erosivos canalizados e dos movimentos de massa através dos mapeamentos sistemáticos efetuados permitem a discussão de alguns aspectos considerados fundamentais para a construção de critérios hierárquicos para a definição de riscos geomorfológicos urbanos na região considerada. Fundamentada nos levantamentos bibliográficos efetuados e na base de conhecimentos existente, a classificação dos fenômenos estudados buscou enfatizar a distinção quanto à sua geometria e características de desenvolvimento (mecanismos, materiais e atividade). A análise do contexto geomorfológico (tipologia de cabeceiras de drenagem em anfiteatro e dinâmica evolutiva) das feições erosivas e movimentos de massa, possibilitada pelos mapeamentos elaborados, permitem identificar dois aspectos principais da avaliação de riscos: o risco atual e o risco potencial das feições estudadas. Entende-se por risco atual, o risco advindo dos processos já instalados de magnitude considerável, sendo freqüente o fato de já haverem acarretado algum dano 19

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F I CHA DE CADAS T RO PARA E ROS ÃO CANAL I ZADA E E S CORRE GAM E NT OS PA R Â M E T R O S

ITENS

SUB - ITENS

R E G I S TR O c o o rd e nad as g e o g ráfi c as Po s ic io name nto Ge o g ráfic o L O C A L I ZA Ç Ã O / D A D O S L O CA IS

c o o rd e nad as m é tri c as p arâm e tro s i ni c i ai s b as e c arto g ráfi c a

Lo g rad o uro , M uni c íp i o , Di s tri to , B ai rro e Ac e s s o Bacia Hidrográfica

DA DO S RE G IO NA IS

Ge o l o g i a Ge o m o rfo l o g i a Data d o E v e nto Vo ç o ro c a/ rav i na c o ne c tad a

DE S CRIÇÃ O

Cl as s i fi c aç ão d o m o v i m e nto

Vo ç o ro c a/ rav i na d e s c o ne c tad a M o v i m e nto s d e m as s a Ti p o c o m p l e x o

E s p e c i fi c aç ão c o m p ri m e nto Di m e ns õ e s

l arg ura p ro fund i d ad e v o l um e

C A R A C TE R I ZA Ç Ã O

ti p o d e c o b e r tu r a

Co b e rtura Ve g e tal

d e ns i d ad e e d i s tri b ui ç ão

Ge o m e tri a l o c al

d e c l i v i d ad e

S i tuaç ão g e o mo rfo ló g ic a Carac te rís ti c as d a áre a d e c o ntri b ui ç ão

áre a d e c o ntri b ui ç ão m o rfo l o g i a us o e o c up aç ão

TI P O D E M A TE R I A L H I S T Ó R I C O D A O C O R R ÊN C I A M E C A N IS M O S / C A U S A S P R O V Á V E IS P R O V I D ÊN C I A S A D O TA D A S A S P E C TO S TÉ C N I C O S LA UDOS R E F E R ÊN C I A S CROQUI

Quadro 2 Ficha de cadastro para erosão canalizada e escorregamentos elaborada para a região do médio vale do Paraíba do Sul com base nos cadastros do IPT/SP e CPRM 20

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material, ou até mesmo perda de vidas humanas. O risco potencial, por sua vez, relaciona-se aos processos que podem acarretar em prejuízos sócio-econômicos não o representando atualmente, como é o caso, por exemplo, de pequenas incisões erosivas ou deslizamentos e escorregamentos rasos fartamente documentados na área de estudo. No Quadro 3 encontram-se sintetizados as principais relações identificadas entre as feições mapeadas, sua situação geomorfológica e o tipo de cabeceira de drenagem em anfiteatro.

Ti po de Fei ção E rosi va / M o vi m en to s d e M assa

L o cal d e o co r r ên ci a p r ed o m i n an te

Ti po de cab ecei r a

Vo ç o ro c a c o ne c tad a/ d e s c o ne c tad a " c anai s ad j ac e nte s "

e nc o s tas

HCP HCA

Vo ç o ro c a c o ne c tad a/ d e s c o ne c tad a " e s trang ul ad a"

e nc o s tas

HCP HCA

Vo ç o r o c a c o n e c t a d a r e m o n t a n t e

fu n d o s d e v a l e

HCP

M o v i m e n to s d e m a s s a tr a n s l a c i o n a i s e r o ta c i o n a i s (s l u m p s )

e n c o s ta s ; c o r te s d e e s tr a d a / a te r r o s

i nd i s ti nta

e n c o s ta s ; c o r te s d e i nd i s ti nta e s tr a d a / a te r r o s Quadro 3 Situação de ocorrência dos processos identificados como de maiores dimensões em área, nas bacias do rio Bocaininha e do córrego Cotiara em Barra Mansa (RJ).

Mo v ime nto s c o mp le x o s

Os movimentos de massa ocorrem indistintamente em cabeceiras do tipo HCP, HCA, bem como em segmentos de encostas retilíneas e/ou convexas adjacentes aos cursos fluviais. Nas áreas de ocupação mais densa, associam-se às seções expostas de cortes efetuados nas encostas, que, ao expor os materiais à ação direta do escoamento superficial (especialmente o saprolito), podem gerar processos erosivos canalizados, podendo dar origem, inclusive, ao tipo denominado complexo. As voçorocas estranguladas e de canais adjacentes (estejam conectadas ou desconectadas da rede de drenagem) também figuram como feições importantes de risco atual, haja vista a magnitude que alcançam e sua expressão areal. Ocorrem predominantemente nas encostas associadas a cabeceiras do tipo HCP e HCA, podendo conectar21

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se com os eixos de drenagem, resultando em aporte considerável de sedimentos para estes. As voçorocas conectadas remontantes desenvolvem-se sobre rampas de alúviocolúvio, em direção aos hollows tributários do eixo principal da cabeceira de drenagem. Responsáveis pela remoção de materiais aluviais e alúvio-coluviais, contribuem igualmente com elevado aporte sedimentar para os cursos fluviais adjacentes (Castro, 2002). Com relação às ravinas e voçorocas lineares, Vieira (2002) documentou que os parâmetros morfológicos de área de contribuição e declividade contribuem de forma diferenciada para sua ocorrência de processos erosivos nos diferentes tipos de cabeceiras de drenagem. A desestabilização dos materiais aluvio-coluviais constitui risco atual, sendo que o aporte de sedimentos associado a estas feições deve ser considerado frente às características da rede de drenagem, no tocante à capacidade de transporte e regime fluvial. Em cabeceiras com hollow côncavo-plano, a conectividade de ravinas/voçorocas lineares com voçorocas remontantes tende a intensificar a remoção dos materiais alúvio-coluviais. A ocupação humana, de maneira geral, privilegia as feições de fundo de vale e as rampas de alúvio-colúvio, devido a sua topografia plana que permite maior facilidade para diversos tipos de uso. Verificase também, uma expressiva ocupação de fundos de vale esvaziados, áreas de elevado nível freático e também sujeitas a inundações ocasionais quando as chuvas são concentradas e a descarga proveniente das encostas torna-se muito elevada, ou seja, em situações onde a área de contribuição de escoamento é elevada. Desta forma, a transformação da paisagem, a partir de uma antropomorfização, destas áreas (construção de residências, vias, cortes e aterros, instalação de infra-estrutura, etc.) contribui sobremaneira para a desestabilização de materiais alúvio-coluviais. As conseqüências da intensificação dos processos de remoção de materiais tendem a acarretar em mudanças importantes nos corpos hídricos à jusante e na aceleração de processos erosivos.

5 Conclusões A análise dos fenômenos erosivos e escorregamentos como processos integrados à dinâmica da rede de drenagem e das cabeceiras de drenagem em anfiteatro mostrase, deste modo, importante para a avaliação de riscos geomorfológicos urbanos. Acreditamos, assim, que a avaliação dos processos erosivos e de movimentos de massa no contexto dos padrões evolutivos de cabeceiras de drenagem em anfiteatro (e da estocagem de sedimentos quaternários) representa base fundamental para a hierarquização dos riscos geomorfológicos urbanos, sendo um instrumento capaz de subsidiar ações eficazes de planejamento a médio e longo prazos para cidades do Médio Vale do Rio Paraíba do Sul.

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