Trabalho Imaterial e a ideologia DIY - Processos de valoração, linguagens e Identidades

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Trabalho Imaterial e a ideologia DIY Processos de valoração, linguagens e Identidades IBICT - 2015 Pedro Diaz Resumo: Esse artigo trata-se acerca de uma analise das novas fronteiras de trabalho imaterial dentro do capitalismo cognitivo. Seus regimes de signos e estratégias para atualizar e adaptar os modos e meios de produção junto a novas tecnologias e formas de comunicação e construção em rede. A constituição de um empreendorismo DIY (faça você mesmo) e os diferentes agenciamentos de identidades, fluídas e interligadas, em processos de disputa de autonomicidade e visualidade. Palavras-chave: Capitalismo Cognitivo – Trabalho Imaterial – Redes - Semiótica Cognição – Hacker – DIY – Empreendedorismo

A grande mutação tecnológica é dada com a emergência das técnicas da informação, as quais – ao contrário das técnicas das máquinas – são constitucionalmente divisíveis, flexíveis e dóceis, adaptáveis a todos os meios e culturas, ainda que seu uso perverso atual seja subordinado aos interesses dos grandes capitais. Mas, quando sua utilização for democratizada, essas técnicas doces estarão ao serviço do homem. SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal

Introdução Na guinada da era informacional pós industrial, temos a virada cognitivista englobando novas abordagens e análises dos novos processos comunicacionais emergentes. Uma investigação dos processos sociais que se desenvolvem através do poder criativo, do desejo coletivo, do produto imaterial (idéia, marca, mídia, artefato, evento) remetem a imagem de uma “fábrica social”, produzindo a maior parte do valor (e do conflito) circulante. Busco a análise nesse espaço de forças, onde a produção e criação coletiva de valor e sua forte competição cognitiva através do capital simbólico coletivo, onde a cultura é explorada pelo capitalismo no domínio imaterial – “winning the hearts and minds”. Delineando tais objetos a partir de seu exterior fronteiriço, de seus conflitos e entraves, materiais e ideológicos, buscar analisar processos e ferramentas de empoderamento e autonomicidade. Pensar no debate das condições dos trabalhadores precarizados e na exploração da propriedade intelectual como um campo em disputa cada vez mais acirrado pelo comum do domínio público. Esta é uma tentativa de responder a uma outra pergunta: se a produção se torna criativa e cognitiva, coletiva e social, quais são os espaços e as formas de conflito? “Socializando” as externalidades, custos e acidentes e privatizando o capital é uma das tendências da disputa pelo comum (“Commons”, Negri, 2011). Um cenário de uma “guerra civil imaterial”, um espaço semiótico do qual a Indústria Criativa é apenas uma pequena parte (Pasquinelli, 2006). O lema Hobbesiano “Homo homini lúpus” (o homem é o lobo do homem) poderia ser aplicado à mídia, marcas, sinais, a qualquer tipo de “máquinas semióticas” da economia do conhecimento. Enzo Rullani foi um dos primeiros a introduzir o termo capitalismo cognitivo (1998, 2000), ressaltando o processo de valorização cognitiva numa competição pela hegemonia do domínio da economia “imaterial”. Uma corrida “cultural” pela produção cada vez mais veloz e globalizada, com aspectos subjetivos em pontos cruciais e estratégicos. Num primeiro momento, a Indústria Criativa torna-se hegemônica (como um fato e como um conceito), no segundo, ela enfrenta uma entropia de significado e de produtores. Graças à internet e à revolução digital, testemunhamos todos os dias os

conflitos desse último estágio, em constelações de galáxias, compactadas em interfaces interconectadas, entre simulacros e simulações. Uma economia do conhecimento, administrada por “caixas pretas” nos centros de produção de poder, saber e verdades informacionais. Processos de Valoração O conceito de redes tem assumido grande significância como um estilo de pensamento no século XXI. Um publico conectado como interseções da vida doméstica, Estado-Nação, cultura de massas e a mídia comercial em um contexto cotidiano junto as comunicações virtuais de mídia de massas. A linguagem de nossos tempos fala sobre sistemas, complexidade, multidimensionalidade, feedbacks e retroalimentação, matrizes e reentrâncias, conexões e conectividade, associações e teias, hibridismos, fluidez... Sua emergência é provocada através dos efeitos intensivos da globalização e da revolução digital assim como dos processos de reestruturação econômica junto a privatizações, desregulação e mercados abertos. A ideologia ciberlibertária dos engenheiros de computador e da cultura hacker empreendedora do Vale do Silício tem sido difundida através da cultura pop assim como em diversos “nichos” em estilos de pensamento e imaginação do publico/consumidor, assim como por dentro dos planos de marketing englobando toda cadeia produtiva, desde das companhias transnacionais à gestão pública. Redes de aprendizagem nomádicas, convergência transmidiática, “smart mobs”, crowdsourcing, conteúdos gerados por usuários, dados abertos, cultura de nuvem, recursos variados de iniciativa “faça você mesmo” ou “DIY” (Do it Yourself), etc. Não é apenas um simples caso de tecnologias minoritárias e cultura de livre acesso contra o modelo corporativo de cultura de massas, e sim em como os conflitos e disputas se engajam e se formam em outras fronteiras de disputa, em formas de desenvolvimento e inovação sóciotécnica. É o que o grupo de teóricos em torno de Negri tem priorizado ao falar em biopotência, em contra partida ao biopoder - o poder sobre a vida, mas também um sentido positivo referente ao poder da vida. Nessa perspectiva, e voltando ao nosso tema, se é claro que o capital se apropria da subjetividade e das formas de vida numa escala nunca vista, a subjetividade é ela mesma um capital biopolítico de que cada vez mais

cada um dispõe, virtualmente, loucos, detentos, índios, mas também todos e qualquer um e cada qual com a forma de vida singular que lhe pertence ou que lhe é dado inventar e com conseqüências políticas a disputar. Aí temos o biopoder “vampirizando” a biopotência criativa e produtora do trabalhador, do corpo, dos afetos. O conhecimento (afeto) por simulação, com os critérios e reflexos mentais ligados ás tecnologias intelectuais, coloca em perspectiva a relativização das formas teóricas e críticas de se pensar modos fundamentais de gestão social, desfazendo e refazendo as ecologias cognitivas. Técnicas de armazenamento e processamento das representações que tornam possíveis e condicionam hibridizações culturais, novas tecnologias da comunicação e Informação, viralização memética, liquidação imagética - embaralham circuitos do voyeurismo, do ativismo, da vigilância, do jornalismo, do amadorismo, da autoria, etc. (BRUNO, F. 2013). De modo mais incisivo, o capitalismo cultural ou hiperindustrial (STIEGLER, 2007), reside justamente no controle sistemático da cultura para orientar os comportamentos de consumo, a partir da manifestação da diferença e de sua extenuação, por condicionamento e esgotamento do desejo. A produção do conhecimento a partir do conhecimento

que

sustenta

o

capitalismo

pós-industrial

e

informacional

contemporâneo (LAZZARATO, 2001), mas que também abre novas rachaduras nesse tecnocosmos, intensidades e transversalidades de fluxos (SANTOS, M. 1994). Linguagens Muitos anos depois da obra-de-arte de Benjamin, o artista de massa entra na era da sua reprodutibilidade social, e a “criatividade” é vendida como um símbolo de status. A hipótese de transição do problema modernista da reprodutibilidade técnica para o da reprogramabilidade tecnológica contemporânea é um dos enfoques a ser explorado junto a processos e práticas de hackeamento. Isso porque, com a etapa de esquematização do conhecimento tecnocientífico pela telemática, as formas sensoriais de expressão pela linguagem, automatizadas na fotografia, fonografia, telefonia, indústria gráfica, rádio, televisão e vídeo, convergem na estrutura cerebral, sistêmica e maleável de mídias processuais (SANTAELLA, 2003). De forma semelhante, Deleuze e Guattari (2005) identificam a bricolagem como procedimento conectivo de produção primária das máquinas desejantes e do “produtor

universal” esquizofrênico, que semeia uma produção potencialmente regenerativa naquilo mesmo que é produzido. O produto não seria uma conclusão, mas apenas um ponto em meio ao fluxo contínuo de transformação e conflito. O código, para além de linguagem, deve ser abordado como fator processual, gramatical e composicional, que gera transformações e efeitos práticos para a expressão e compartilhamento da diferença. Toda tática de hackeamento necessita ser compreendida como agenciamento coletivo, englobando todo espaçamento e temporalização autônoma da produção da diferensa (Ranciere, 2008) e multiplicidade (máquinas mutantes, minoritárias, revolucionárias, etc.). Para Lev Manovich (2001), a transcodificação é o princípio mais relevante da mídia digital, ao lado da linguagem numérica, organização modular, automação e variabilidade. Por um lado, afirma o autor, a computação impõe uma estrutura particular caracterizada por listas, arquivos, vetores, variáveis e algoritmos separados de bancos de dados. Mas, por outro, preserva as condições necessárias para que seja entendida e reapropriada. Por isso, conforme Galloway (2004), a capacidade de resistência do hackeamento e da reflexão a seu respeito serão decorrentes do tratamento dado aos ritmos políticos de especificação, programação, desenvolvimento e desinfecção (debugging) da tecnologia, em suas dimensões informacionais e sóciológicas. O hackeamento é uma excentricidade, um transbordamento, uma ciência nômade. Opera em termos de marginalidade, no sentido de que sua posição do lado de fora acompanha e ajuda a delimitar os contornos do poder vetorial. Tanto pode desenvolver aparatos e usos dissidentes, quanto romper a caixa-preta indevassável de cada artefato projetado para operar como “mecanismo de controle estratificado” (WARK, 2004). Para Marazzi, o salto paradigmático do capitalismo industrial para o cognitivo, a “virada de época”, ocorreu quando da entrada da comunicação – portanto, da linguagem – na esfera da produção. A redução do poder aquisitivo e do consumo das mercadorias conduziu hoje a produção “just in time”, isto é, estruturar a produção de modo a poder aumentar o rendimento sem aumentar excessivamente a quantidade produzida. É um capital-remix, recombinante, de customização massificada e especulação financeira. Isso porque a produtividade desse capital é extraída – em tempo real, usando das tecnologias informáticas – do controle das novas demandas de consumo.

Os departamentos de marketing passam a ditar todo o ritmo da produção do chão de fábrica, criando novas demandas tanto para os consumidores quanto para que a indústria esteja preparada para produzi-las. As técnicas de apropriação das variações do consumo vão exigir novos valores de uso para o trabalho, como a criação, a gestão, a manipulação de informação, a produção de serviços e afetos, a adaptabilidade às mudanças repentinas; nesse sentido, a força de trabalho também passa a ser contratada “just in time” – terceirização no trabalho para cada nova demanda do consumo, um novo valor de uso do trabalho. Nesse domínio, completa Marazzi, um nível de exploração e contradição ao mesmo tempo, porque a demanda surge por causa da comunicação instaurada no social, ou seja, das subjetividades, gostos, estilos e linguagens desejadas. Quanto maior é a socialização de conhecimentos, saberes, informação e cultura, mais rápida é a atualização do desejo no consumo e a criação de novos valores de uso para o trabalho. Os processos sóciotécnicos raramente são objetos de deliberações coletivas explícitas, menos ainda de decisões tomadas por conjunto de cidadãos, o próprio meio de interface se torna domínio da produção da realidade, caixas pretas informacionais. Uma reapropriação mental do fenômeno técnico (hackeamentos híbridos) nos parece um pré-requisito indispensável para a instauração de uma possível tecnodemocracia. Uma ecologia cognitiva traz o andamento sobre o devir do sujeito, da razão e da cultura, atualização de virtualidades funcionais na contracorrente da disseminação dos aparelhos como produtos comerciais. Identidades Nas condições subjetivas e afetivas das novas formas de “ligação” e de “desligamento” que caracterizam a multidão contemporânea, e que se deixam ler na “comunidade dos que não têm comunidade”. Um dispositivo “ativo” como a prática e formação de identidades autodidatas “DIY”, cria-se competências psicológicas em investigação e criatividade, desenvolvem seus próprios projetos como um empenho de vida e uma rede de valoração “DIY” – “Think Globally act locally”. Identidades prospectivas que são construídas ao lidar com a mudança cultural, econômica e tecnológica. Os indivíduos são encorajados a se engajar constantemente através de processos de desenvolvimento e produção, dentro das redes e comunidades de valoração específica, assegurando a sua credibilidade, confiança e reputação de

seus perfis de empreendedores e colaboradores. O discurso DIY de auto-remix, promove um tipo de reflexividade social que é ativa e responsável em suas práticas de auto-formação e auto-domínio. Em tal contextos, a identidade humana não é mais pensada em termos de sua unidade, mas sim em termos de multiplicidade, heterogeneidade e a fragmentação do ciberego. A multiplicidade da identidade pode ser interpretada tanto positivamente quanto negativamente. As dimensões virtuais das redes sociais permite a fluidez e multiplicidade da identidade como um processo constante de criação e construção. Também permite ao contrario, a construção fraturada, confusa e deslocada da personalidade. As identidades digitais permitem nos ver como tecnocorpos plugados em um plano flexível, múltiplo e a-centrado em diferentes propósitos, em diferentes configurações e diferentes tempo-espaços. Um dos contra efeitos dos fluxos reprogramáveis da era digital é o deslocamento e transitoriedade da consciência e memória histórica. O tempo se torna objeto em virtude da manipulação da velocidade nas imagens tecnológicas. Surge daí uma nova disposição perceptiva, causada pela metamorfose da noção natural de tempo e pela adesão ao tempo tecnológico, marcado pela instabilidade cronológica em relação à duração dos eventos, decorrente da apreensão dos registros como atualidade e da plasticidade ilusória dos dados históricos (VENTURELLI, 2004). Reafirma Virilo: “ O homem deslumbrado consigo mesmo fabrica seu duplo, seu espectro inteligente, e confia o entesouramento de seu saber à um reflexo. Nesse ponto, continuamos no campo da ilusão cinemática, da miragem da informação precipitada na tela do computador. O que se oferece é justamente informação, mas não sensação, é apatheia, essa impassibilidade científica que faz com que, quanto mais informado é o homem, mais se estenda ao redor dele o deserto do mundo e mais a repetição da informação (já sabida) desregule os estímulos da observação, captando-os de forma automática e sumamente veloz, não só na memoria (luz interior), mas no olhar. Na informática eletrônica, é a própria velocidade da luz que limita a leitura da informação e centralidade da visualidade na tela.”

Através da crítica da representação histórica, contextual do poder e da linguagem, o pós-estruturalismo desafia o conceito de capital social, agenciamento humano, em seu discurso capitalista com noções do ser social e pessoal que excedem medições quantitativas de valor, assim como desafia os privilégios temporais e ontológicos da

simples e restrita economia sobre a abundância geral econômica da produção do significado, valor, poder e riqueza (Negri, 1999). A cultura cibernética e hacker a partir dos anos 80, a sociedade em rede dos anos 90, a corrida pelos domínios “.com” acerca de 2000 e agora as grandes nuvens de metadada marcam a evolução e revolução do “phylum” digital. O crescimento das visualidades semióticas cognitivas, dos conflitos e problemas sociais, marcam também a era das multidões e o acirramento pelo “Commonwealth” e zonas de poder de decisão. As questões de identidades sexuais, religiosas, étnicas, a questão da liberdade e da responsabilidade dos indivíduos e dos grupos frente a construção de uma consciência ecológica e uma sustentabilidade no mundo, implica em processos de novas disputas e problemáticas. A capacidade de abstração e inserção de dissonâncias na modulação dos aparatos de controle compõe o devir interno do Hacker dentro dos agenciamentos totalitários, sempre por dentro e contra, permeia a disputa pela cultura e formas de vida na multiplicidade contemporânea. Seja qual for a estratégia de ativação e resignificação da realidade, seja qual for seus códigos, um mapa nunca é um território. A linguagem transmuda à novas substâncias de expressão. ou até mesmo à sua dissolução em uma nova cadeia polimorfa de signos e códigos registrados da rede social. A criação e combinação em sua própria forma de expressão, forma esta que pode se conectar a outras tantas, cristalizando no tempo novas linguagens e sistemas de interação. O sistema de linguagem que ainda usamos no nosso cotidiano é um sistema de software cristalizado em um regime universal e binário do Império Patriarcal-Capitalista. O bifurcamento desta cadeia permite novos rearranjos, do material ao inconsciente, retroalimentados em cadeias produtivas e criativas. As produções desejantes são distorcidas e codificadas quando processadas pelo software social da linguagem em seu desdobramento ao fora. A linguagem portanto, é como uma peneira, que está sempre em vias de transfigurar o desejo, seja pelos códigos da repressão, da moral e do medo, seja pelos novos ciclos de valoração de linguagem. Uma ação de arte, uma prótese, um código, uma identidade… fazer o múltiplo. Language is not life; it gives life orders. Life does not speak; it listens and waits. Deleuze; Guattari. A Thousand Plateaus (1987: 76)

Um manifesto pelo artista Saul Williams, 10 janeiro 2013 – Twitter http://martyrloserking.com/post/40177802677/coltan-as-cotton COLTAN AS COTTON Hack into dietary sustenancetradition vs. health. Hack into comfortcompliance. Hack into the rebellious gene. Hack into doctrinecapitalism in relation to free labor and slavery. Hack into the history of bank. Is beating the odds a mere act of joining the winning team? Hack into desperation and loneliness. The history of community and the marketplace. Hack into land rights and ownership. Hack into business law proprietorship. Hack into ambition and greed. Hack into forms of government. The history of revolutions. Their relation to suffering and sufferance. Hack into faith and morality. The treatment of one faith towards another. Hack into masculinity/femininity sexuality. What is taught? What is felt? What is learned? What is shared? Hack into God. Stories of creation: serpents and eggs. Hack into nature. Bio-dynamics. Bio-diversity. Cycles and seasons. Hack into time. Calendars. Descartes. It’s relationship to doubt.

Is it wired to fear? The notion of control. The space/time continuum. The force of gravity. Whether the opposite of gravity is freedom? Hack into freedom. Power. Responsibility. Justice. The Bill Of Rights. Hack into coincidence. The summer of ‘68. The 27 club. The number of people with Facebook profiles. People who choose to share. People who share too much. People who seem lonely. People who want to uplift. People who need uplifting. People in search of followers. Hack into self-help self-sufficiency and self indulgence. Hack into crazy. Hack into lunatic. Hack into star. Hack into infamous/notorious. Hack into narcissism. The effects of poverty on the psyche. The effects of race. The effects of cruelty. The victims that survived. THERE IS A PANEL MARKED survival. THREE SIMPLE COPPER WIRES COILED ROUND AN ORB. Hack into orbit. Equatorial land mines. Useful and precious metals. COLTAN AS COTTON. Hack into hazardous. Nuclear blue clear. Cloud form and fish farm.

Cow farts and pig shit. Hack into horse. Industrial. Digital. Hack into code. Use your instrument as metaphor. Harness your craft. Hack into the mainframe. Dismantle definition dogma and duty. Hack into destiny. Hack into dreams subtext and subconscious. Hack into heartcardio-Congo blood rich in oil. Hack into suffering and despair. Hack into the unfair advantage of those lucky enough to be born into one family or another into one condition or another. Hack into the circumstantial evidence that proves the obvious and wakes the oblivious. Hack into birthright. Bloodlines, royal and tainted. Hack into superstition. Old Wives Tales. The rituals of the shaman. Hack into chemistry. The pharmaceutical industry. The modern-day rape of the forest. Hack into DNA. The coiling serpents. The time it takes for modern man to determine whether ancient men were foolish or not. Hack into the database. Hack into the subconscious. THE PANEL MARKED survival. Hack into celebrity. Hack into the cultural development of taste.

Hack into violence

fear and ignorance.

How are they linked

Bibliografia: BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: ______. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 165-196 BRUNO, F. Máquinas de ver, modos de ser: visibilidade e subjetividade nas novas tecnologias de informação e de comunicação. Revista Famecos: mídia, cultura e tecnologia, n. 24, 2004. DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 2000. GALLOWAY, Alexander R. Protocol: How Control Exists After Decentralization. Cambridge, Massachusetts/London: MIT, 2004. GUATTARI, Félix. Caosmose: Um novo paradigma estético. São Paulo: Editora 34, 1992. HARVEY, D. The art of rent: globalization and the commodifi cation of culture. In: Spaces of Capital. New York: Routledge, 2001. LAZZARATO, Maurizio; NEGRI, Antonio. Trabalho imaterial. Formas de vida e produção de subjetividades. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. NEGRI/HARDT. Commonwealth. Harvard University Press. 2009. NEGRI. Insurgencies: Constituent Power and the Modern State, translated by Maurizia Boscagli. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1999. MARAZZI RANCIÈRE, Jacques. O Espectador Emancipado. 2008. Lisboa, Orfeu Negro, 2010. SANTAELLA, Lucia. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003 SANTOS, Milton. Técnica, espaço, tempo. São Paulo: Editora Hucitec, 1994. _____________. A natureza do Espaço. São Paulo: Ed. Hucitec, 2 ed. 1997. STIEGLER, Bernard. Quando fazer é dizer: Da técnica como diferensa de toda fronteira. ReVISta, n. 3, Brasília, UnB, 2001. WARK, McKenzie. A Hacker Manifesto. Cambridge, MA/ London: Harvard University Press, 2004.

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