Uma Proposta de Análise do Campo da História Medieval no Brasil
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Angelita Marques Visalli Pamela Wanessa Godoi André Luiz Marcondes Pelegrinelli (Org.)
ANAIS X CICLO DE ESTUDOS ANTIGOS E MEDIEVAIS XIII JORNADA DE ESTUDOS ANTIGOS E MEDIEVAIS V JORNADA INTERNACIONAL DE ESTUDOS ANTIGOS E MEDIEVAIS Saberes e Fazeres
Londrina - 2014 Universidade Estadual de Londrina
UMA PROPOSTA DE ANÁLISE DO CAMPO DA HISTÓRIA MEDIEVAL NO BRASIL Eduardo Cardoso Daflon 1 Resumo: O presente trabalho inspira-se no estudo realizado por Marcelo Badaró Mattos, intitulado As bases teóricas do revisionismo: o culturalismo e a historiografia brasileira
contemporânea, em que desenvolve uma análise dos fundamentos teóricos que embasam as pesquisas históricas no Brasil de hoje tomando por base as últimas atas dos encontros nacionais da Associação Nacional de História (ANPUH) e os últimos números da Revista Brasileira de História (RHB). Proponho-me, assim a, baseando-me em sua metodologia, promover um balanço da recente produção medievalística nacional. Para tanto, focarei meus esforços nas atas dos dois últimos Encontros Internacionais de Estudos Medievais, promovidos bienalmente pela Associação Brasileira de Estudos Medievais (ABREM), com o intuito de estabelecer os rumos que a produção brasileira dedicada à história medieval vem tomando nos últimos anos, as influências que sobre ela incidem e as suas consequências para o conhecimento das sociedades humanas do passado. Palavras-chave:História Medieval; Historiografia; Teoria
1PPGH-UFF/
NIEP-Marx-PréK/ TranslatioStudii
196
Eduardo Cardoso Daflon
No corrente ano de 2014 publicou-se
históricas no Brasil partindo de duas
um livro organizado pelo professor da
frentes.Uma primeira quantitativa e outra
Universidade Federal Fluminense (UFF),
qualitativa com base, respectivamente, nas
Demian Melo sob o nome A miséria da
atas
historiografia: uma crítica ao revisionismo
Associação
contemporâneo (MELO, 2014a). Essa obra,
Universitários de História (ANPUH) entre os
apesar de formada por artigos que tratam
anos de 1997 e 2013 e nos dois dossiês
de momentos históricos bastantes distintos,
sobre historiografia publicados nas dez
que vão desde a era Vargas até a
últimas publicações da Revista Brasileira
Revolução
de História (RBH).
dos
Cravos,
constitui
uma
dos
espécie de “unidade crítica”. Trata-se de
Encontros
Nacionais
Nacional
de
da
Professores
Ao quantificar os grandes temas
um conjunto de trabalhos que atacam o
reunidos
nos
revisionismo atual, que nas palavras de
Temáticos
(STs)
Demian: “acaba por fazer (...) nada menos
demonstrou
que uma releitura reacionária do passado,
predomínio bastante evidente do chamado
ao serviço de um projeto conservador (e
culturalismo
por que não, reacionário) no presente”
Aplicando uma divisão, de certa forma
(MELO, 2014b, p. 48). O somatório das
usual
críticas feitas por diversos pesquisadores
econômico/social;
nacionais e internacionais visa desconstruir
(entendida como do poder e das ideias
o edifício da historiografia revisionista
políticas);
recente, demonstrando os pilares de areia
(compreendendo a chamada história das
sobre os quais se apoia.
mentalidades e os estudos sobre as
Um desses artigos me interessa mais diretamente para os fins dessa comunicação. Refiro-me ao estudo feito pelo professor Marcelo Badaró, titular de História do Brasil da UFF, intitulado As
bases
teóricas
do revisionismo:
o
culturalismo e a historiografia brasileira contemporânea (MATTOS, 2014). Nele, Badaró traça uma análise dos fundamentos teóricos
que
embasam
as
pesquisas
chamados da
ANPUH,
claramente nas
entre
e
Simpósios
que
análises os
Badaró há
um
históricas.
historiadores história
história
–
política
da
cultura
ideologias) – os resultados obtidos foram: (...) que [dos 84STs] 37 deles se concentraram no eixo da história cultural, 10 no eixo de história política/do
poder
e
6
no
de
história
econômico/social. Nos cruzamentos, outros onze STs foram híbridos de história cultural e história política, três mixaram história econômico-social e a história política e outros três, história da cultura e história econômico-social. Registre-se ainda que sete STs discutiram ensino de História e dois questões teóricas mais amplas que atravessavam o conjunto de eixos temáticos. Cinco dos STs, (...),
197
Saberes e Fazeres na Antiguidade e no Medievo não cabem de forma alguma nessa classificação. (MATTOS, 2014, p. 69)
Ou seja, os trabalhos dedicados diretamente à história cultural, ou suas vertentes laterais como a “cultura política” somam
juntos
quase
60%
das
apresentações. Se desconsiderarmos os STs não classificados, de teoria e os dedicados ao ensino esse número sobe para quase 70%!Algo que, além de atestar o
predomínio
quase
absoluto
dessa
vertente, Confirma também a ideia de uma retomada dos estudos
em
história
política,
particularmente
daqueles que articulam à primeira dimensão, na linha do que é tratado por ‘cultura(s) política(s)’ (em geral denominados ‘nova história política’). Por
Mediante impositivo
esse
uma
quadro
avaliação
torna-se
acerca
do
conceito de “cultura” que é usado pelos historiadores. Segundo Badaró, valoriza-se “uma definição ‘ampliada’ e ‘antropológica’ de cultura (...)”. Contribuindo, sob o título de “relativismo cultural” e de um “antideterminismo econômico” para a uma determinação de polo inverso, onde a cultura
é
vista
de
maneira
absoluta
(MATTOS, 2014, p. 70; MATTOS, 2012, p. 117-204). Feitas essas considerações, é válido que comecemos a nos voltar para os
estudos
estudos medievais, objeto específico dessa
de
história
econômico-social
[que
trabalhos]” (MATTOS, 2014, p. 69).
Além disso, nas referências colhidas RBH
e
no
mercado
editorial,
Badaródemonstra como certas escolas ou certos autores são predominantes entre os pesquisadores
brasileiros.
O
destaque
certamente fica com os historiadores da chamada “Terceira Geração da Escola dos
Annales”, sendo os mais citados e mais traduzidos para o português, juntos com o italiano Carlo Ginzburg. Sendo, apesar das especificidades,
“quase
sempre
identificados pelos que os citam com as problemáticas da chamada história cultural, (...)” (MATTOS, 2014, p. 72). Por sua vez, os
mais raras aparições...
fim, constata-se a pequena expressividade dos perfazem apenas pouco mais de 10% dos
na
concepção marxista de história são os com
autores
identificados
com
uma
comunicação. Ressalto que se trata de uma primeira investida no tema, que pretendo desenvolver em trabalhos futuros a fim de atingir um panorama mais preciso acerca
dos
rumos
do
medievalismo
brasileiro. Convém, contudo, antes de me voltar para a análise das atas em si, debruçar-me sobre uma tentativa pretérita de
configuração
do
campo
da
medievalística brasileira, feita há cinco anos por Mário Bastos e Leandro Rust, publicada na Revista Signum sob o título de TranslatioStudii – A História Medieval no Brasil (BASTOS e RUST, 2009). Nesse reconstituem
artigo, a
formação
os da
autores História
198
Eduardo Cardoso Daflon
Medieval brasileira desde os importantes
especialistas europeus; bibliotecas mal
debates sobre as “raízes medievais” do
equipadas e com políticas de aquisição que
Brasil, nas obras de Nelson Werneck Sodré
deixam a desejar; etc.
e
Roberto
exemplo.
Junto com o trabalho de Marcelo
Percorrem os chamados “anos de chumbo”
Badaró, o esforço empreendido por Mário
e as heranças que legaram ao nosso
Bastos e Leandro Rust em sua avaliação
recorte temporal, quase sempre associado
da medievalística brasileirafoi um ponto de
a uma despolitização, quando não um
partida fundamental para meu desejo de
reacionarismo
mapeamento. Apesar de ser uma excelente
estudiosos.
Simonsen,
por
por
parte
Discorrem
de
a
publicação, cuja erudição estou longe de
segunda onda de interesse pelos estudos
ser capaz de igualar, é evidente que tem
medievais, que se deu a partir da década
seu foco na produção feita por professores
de 1980 com a chegada das traduções
empregados nas principais universidades
portuguesas das obras de Le Goff, Duby e
do país, deixando de lado uma grande
Le Roy Ladurie, culminando com a criação
quantidade de pesquisas desenvolvidas por
do primeiro setor de pós-graduação em
graduandos e pós-graduandos. Pretendo,
História Antiga e Medieval no Brasil dentro
portanto, nesse primeiro momento, ampliar
do
o espaço amostral a fim de abarcar essa
Programa
de
ainda
seus
sobre
Pós-Graduação
em
História da UFF (PPGH-UFF). Percorrido
esse
enorme quantidade de estudos que vem caminho,
sendo produzida entre nós.
demonstram, de maneira crítica, a grande
Assim sendo, me pareceu bastante
diversidade da produção nacional. Essa
razoável optar pelas atas dos Encontros
conta
Internacionais
com
historiadores
vinculados
a
de
Estudos
Medievais
diversas perspectivas como os Nouveaux,
(EIEM)
ou aqueles que colhem referências na
quantificável. Isso pelo fato de que, além
filosofia política mais clássica e até mesmo
dos principais professores universitários
os que se identificam de forma bastante
que ali se encontram presentes, contamos
direta com o chamado pós-modernismo.
ainda com mais de uma centena de outros
Diversidade, que para Bastos e Rust
trabalhos vinculados asmais diversas fases
seriam a expressão de um vigor no campo,
de maturação acadêmica, desenvolvidos
capaz de superar as várias dificuldades
por
que
variados níveis de formação.
nos
assolam:
tais
como
a
de
como
estudantes
suporte
de
documental
diversas
áreas
financiamento; distância dos arquivos e
199
e
Saberes e Fazeres na Antiguidade e no Medievo
Nos anais do IX EIEM, realizado em
explicação, ainda que provisória, visto o
2011 na Universidade Federal do Mato
grau ainda embrionário da corrente análise.
Grossocontamos com um total de 76
O que explicaria essa discrepância tão
trabalhos e, adotando divisão de eixos
abissal – superior inclusive à encontrada
similar a de Marcelo Badaró,classifiquei-os
nas atas dos encontros nacionais da
da seguinte forma: 5 trabalhos versaram
ANPUH – entre os estudos que se dedicam
sobre poder e ideias políticas; 3 sobre
a história cultural e os outros eixos
história econômico-social; 9 sobre teoria e
temáticos?;
metodologia; 3 não se enquadram nessa
metodológicas informam – ainda que não
classificação; e nada menos do que 56
de maneira declarada ou sequer consciente
trabalhos seguiram a linha da história
– esses estudos?; Quais as consequências
cultural. Em outras palavras, os estudos
disso para os estudos medievais, e indo
culturais responderam por quase 75% de
além deles, para os estudos de qualquer
todos os trabalhos publicados e podem
sociedade pretérita?
mesmo
superar
desconsideremos
os
85%,
os
de
Que
perspectivas
teórico-
caso
A notória superioridade dos estudos
cunho
culturais advém, em algum nível, da
metodológico e os “inclassificáveis”!
influência, como bem destacaram Bastos e
Já nas atas do X EIEM, ocorrido em
Rust (2009),annaliste, em sua terceira
2013 na Universidade Nacional de Brasília,
geração (pós-1969). Graças às traduções
dispomos de 60 textos que se dividem da
portuguesas das obras francesas, dentre
seguinte forma: 3 avançam sobre questões
os
relacionadas a poder e ideias políticas; 4
Terceira geração essa bastante oposta às
sobre história econômico-social; 1 sobre
noções de história problema e a busca por
teoria e metodologia, 2 não se enquadram
uma compreensão holística da realidade.
nessa classificação. Mais uma vez vemos,
Essa terceira fase que se inicia após a
com ampla margem, os estudos culturais
saída de Braudel teria, nas palavras de
liderando, agora somando 50 trabalhos. Ou
Ciro Cardoso, as seguintes características:
seja, os estudos culturais correspondem a não
menos
que
83%
do
total
de
publicações! Apresentados esses dados, restame explorar seus significados, levantar algumas perguntas e tentar avançar uma
quais
muitos
eram
medievalistas.
1.Valorização do periférico em relação ao central, preferindo objetos de estudo como os loucos, os marginais,
os
homossexuais,
as
bruxas,
as
prostitutas (ao sabor, na verdade de modismos descartáveis); 2. Valorização, não da realidade social, das condições reais da existência, e sim do seu avesso – sonhos, imaginário, ideologias –, numa “leitura” que analisa o discurso verbal ou
200
Eduardo Cardoso Daflon não-verbal (iconografias, por exemplo) partindo do princípio de um divórcio da evolução ideológica em relação
à
econômico-social;
pululam
as
danças
tematicamente,
e resumos abundam em referências ao
“pulsões
imaginário ou às representações. Assim
reprimidas do desejo”, os sabbats, os fantasmas e
sendo, estou totalmente de acordo com
macabras,
as
obsessões, e é frequente o anacronismo na forma da projeção de percepções atuais feitas em função
Badaró
quando
ele
afirma
que
o
da sociedade de hoje (feminismo, “problema gay”),
“referencial culturalista é a forma própria
a épocas em que elas carecem de qualquer
através
sentido ou realidade; 3. O tecnicismo que valoriza o computador e outras técnicas de vanguarda
da
qual
os
historiadores
absorveram, desde meados da década de
oculta uma grande pobreza metodológica: as
1980, o influxo do chamado ‘paradigma
fontes são escolhidas em forma arbitrária, tratadas
pós-moderno’” (MATTOS, 2014, p. 73).
sem rigor, usadas de maneira pouco crítica e racional (CARDOSO, 1988, p. 100).
Em outras palavras, uma história que trocou o objetivo pelo subjetivo, o social amplo pelo cultural local, a realidade pela representação, o movimento pelo estático, o material pelo imaginário, o todo (totalidade)
pelo
tudo
(micro
história).
Análises das continuidades, não mais das rupturas
e
transformações,
com
o
predomínio do tempo “quase imóvel” e fazendo uso de conceitos capazes de amplas
aplicações.
Conceitos
etéreos,
aparentemente desvinculados do mundo que os produziu, que acabam por turvar as capacidades analíticas dos historiadores, de
anais dos dois eventos, nos quais os títulos
maneira
à
homogeneização
da
sociedade por uma aparente ausência de conflitos,
estando
a
aos
valores
direcionada
preocupação e
ideias
compartilhados por Napoleão e o último de seus soldados. Algo que está bastante de acordo com que somos capazes de encontrar nos
É possível ainda perceber que a expressividade
de
uma
hermenêutica
documental. Nos encontros de 2011 e 2013 cerca de 60% dos trabalhos publicados tinham como escopo documental poucas, ou até mesmo uma única fonte. Estudos limitados a uma paráfrase, mais ou menos erudita
do
documento
elegido;
uma
descrição mais ou menos densa, porém nada além disso: uma descrição. O que consiste em algo profundamente ancorado em
um
referencial
pós-moderno
(CARDOSO, 1997, p. 41, 50-51), por mais que os historiadores recusem admitir. A própria perspectiva perante o mundo que nos cerca é radicalmente diferente, nas palavras de Ciro Cardoso: É provável que o “cosmo” humano, como é encarado por tais historiadores, não seja o mesmo – estruturado, explicável – em que acreditavam os historiadores dos Annales do passado, e em que acreditam
os
marxistas;
e
sim
um
cosmo
contingente e inexplicável, no qual só constatações são
possíveis,
mas
nenhuma
explicação
(CARDOSO, 1988, p. 108).\
201
Saberes e Fazeres na Antiguidade e no Medievo
Exposta a problemática e essas
contribui para que a História se transforme
análises incipientes resta-me, a guisa de
em um inventário infinito de singularidades
conclusão, manifestar aqui os pressupostos
absolutas. Fatores que, como o saudoso
que
professor Ciro uma vez disse,
constituem
historiográfica.
minha
prática
um
completo
Sendo
não consiste numa apologia aberta do capitalismo, mas se dá em forma bem mais sutil: uma vez que
descrente da ideia de produção acadêmica
eliminados o racionalismo e em especial o
isenta, julgo necessário fazer saber ao
marxismo, o que permanece, embora isso não se diga, é o próprio capitalismo – e uma série de
leitor das premissas das quais parti para
concepções que não o incomodam.
formular essa crítica, estando intimamente associado a uma concepção marxista que vê, no estudo do passado, um instrumento fundamental de transformação do presente. Dito isso, finalizo afirmando que, do meu ponto de vista, o paradigma que informa boa parte do medievalismo atualmente,
Algo que certamente dificulta – quiçá impossibilita – o cumprimento do papel social do historiador de explicar o passado e promover a compreensão do presente na busca constante por transformação da nossa realidade!
Referências:
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Anais Eletrônicos do IX Encontro Internacional de Estudos Medievais: O ofício do Medievalista.Cuiabá: ABREM, 2011 Disponível em: http://www.abrem.org.br/biblioteca.php (acessado em 18/08/2014). ARÓSTEGUI, Julio. A pesquisa histórica: teoria e método. Bauru: EDUSC, 2006. BASTOS, Mário Jorge da Motta; RUST, Leandro. TranslatioStudii – A História Medieval no Brasil. Signum, 10, pp. 163-188, 2009. BLOCH, Marc. Apologia da história, ou, O ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001. CARDOSO, Ciro Flamarion. Uma “Nova História”?. In CARDOSO, Ciro Flamarion. Ensaios
Racionalistas. Rio de janeiro: Editora Campus, 1988.
202
Eduardo Cardoso Daflon
__________.História e Paradigmas Rivais. In CARDOSO, Ciro; VAINFAS, Ronaldo (Orgs).
Domínios da História – Ensaios de Teoria e Metodologia. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1997. GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido
pela Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. GUERREAU, Alain. El Futuro de um Passado: La Edad Media enelsiglo XXI. Barcelona: Crítica, 2002. MELO, Demian Bezerra de (Org.) A miséria da Historiografia: uma crítica ao revisionismo
contemporâneo. Rio de Janeiro: Consequência, 2014a. __________. Revisão e revisionismo na historiografia contemporânea. In A miséria da
Historiografia: uma crítica ao revisionismo contemporâneo. Rio de Janeiro: Consequência, 2014b. MATTOS, Marcelo Badaró. As bases teóricas do revisionismo: o culturalismo e a
historiografia brasileira contemporânea. In A miséria da Historiografia: uma crítica ao revisionismo contemporâneo. Rio de Janeiro: Consequência, 2014. __________. E. P. Thompson e a tradição de crítica ativa do materialismo histórico. Rio de Janeiro: EDUFRJ, 2012.
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