UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - O ENDOMARKETING EMPRESARIAL COMO FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS E ANÁLISE AMBIENTAL

Rogério Celeste

O ENDOMARKETING EMPRESARIAL COMO FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

São Paulo 2015

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ROGÉRIO CELESTE

O ENDOMARKETING EMPRESARIAL COMO FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito para aprovação no curso de pósgraduação em Ciências Ambientais e Análise Ambiental, da Estácio de Sá, sob a orientação da Professora Dr.ª Nádia Gilma Beserra de Lima.

São Paulo - SP 2015

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Ciências Ambientais e Análise Ambiental

Rogério Celeste

O ENDOMARKETING EMPRESARIAL COMO FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Estácio de Sá, como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Ciências Ambientais e Análise Ambiental.

Aprovado em, _____ de ______________ de 20___.

Examinador

Prof.ª Dr.ª Nádia Gilma Beserra de Lima

NOTA FINAL ____________

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RESUMO

O objetivo deste estudo é demonstrar que a adoção de práticas sustentáveis em micro e pequenas empresas, aliadas ao poder de seus colaboradores como vetores dos conhecimentos nelas adquiridos, podem trazer tanto o importante e premente resultado ambiental, quanto bons resultados financeiros. Além deste objetivo, o trabalho foi moldado de forma a apresentar as características dos fatores necessários a atingir os resultados esperados, utilizando-se para isso a racionalização de seus processos e a difusão dos impactos positivos causados junto aos clientes e à circunvizinhança. Para o desenvolvimento do trabalho, realizou-se um estudo exploratório por meio de levantamentos de estudos bibliográficos, teóricos e empíricos da área, além de experiências pessoais obtidas junto ao próprio autor. Por fim, concluiu-se que o investimento em procedimentos e práticas sustentáveis, bem como na educação e conscientização de seus funcionários, podem assegurar uma melhoria da qualidade ambiental, bem como garantir maior competitividade e visibilidade das micro e pequenas empresas.

Palavras-chave:

sustentabilidade,

racionalização, endomarketing.

desenvolvimento

sustentável,

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ABSTRACT

The objective of this study is to demonstrate that the adoption of sustainable practices in micro and small businesses, combined with the power of its employees as vectors of knowledge acquired them, can bring both important and urgent environmental outcome, as good financial results. Apart from this objective, the work was shaped in order to present the characteristics of factors required to achieve the expected results, using for this streamlining of its processes and the dissemination of positive impacts to customers and the surrounding region. For the development of the work, there was an exploratory study through surveys of bibliographical studies, theoretical and empirical area, as well as personal experiences obtained from the author himself. Finally, it is concluded that investment in sustainable practices and procedures, as well as education and awareness of its employees, can ensure better environmental quality as well as ensure greater competitiveness and visibility of micro and small businesses. Keywords:

Sustainability.

Sustainable

rationalization, Internal marketing.

development.

Environmental

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SUMÁRIO

SUMÁRIO.................................................................................................................... 6 LISTA DE ILUSTRAÇÕES .......................................................................................... 7 DEDICATÓRIA ............................................................................................................ 8 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9 DESENVOLVIMENTO............................................................................................... 10 1.

O Trabalhador como propagador de ideias ..................................................... 10

2.

Conservação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável ............................... 11

3.

Gerenciamento Ambiental ............................................................................... 12 Motivadores Ambientais da Economia ................................................................ 13 Prevenção da Poluição (P2) ............................................................................... 14 Produção Mais Limpa (P+L) ............................................................................... 14 Sistema de Gestão Ambiental – ISO 14000 ....................................................... 16

4.

O Endomarketing propagando a sustentabilidade ........................................... 18 O endomarketing no caso concreto .................................................................... 19

CONCLUSÃO ............................................................................................................ 25 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 26

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Tanque de Água de Reuso em operação, com capacidade de 300m3 .... 21 Figura 2 – Filtro de Areia e Carvão já em operação, utilizado no tratamento final da água de reuso ........................................................................................................... 21 Figura 3 – Gráfico demonstrativo da redução do consumo de água desde o início do projeto em 2010. ....................................................................................................... 22 Figura 4 - Dia do Meio Ambiente realizado em Setembro/2011 nas Oficinas de Manutenção............................................................................................................... 23 Figura 5 – Escola EMEF Barraquet na apresentação Viagem ao Mundo da Natureza - Visita á Pirelli - Julho/2011. ..................................................................................... 24

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DEDICATÓRIA

Agradeço à minha esposa que, mais uma vez, teve compreensão em minhas ausências para que eu me dedicasse à pesquisa, vendo o despertar em mim, a cada dia, da descoberta do prazer da pesquisa e do estudo.

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INTRODUÇÃO

Segundo o SEBRAE-SP (2013), existem no país cerca de 6,4 milhões de empresas, sendo que micro e pequenas representam 99% deste número, as quais empregam mais de 16 milhões de trabalhadores, isto é, aproximadamente 52% do total de empregados com carteira assinada. Por outro lado, verifica-se na iniciativa privada uma evolução tímida, mas constante, por parte dos empresários, em direção à sustentabilidade. Seja por necessidades legais, seja por interesses econômicos, o fato é que tal evolução ainda não atinge o seu público interno ou, quando isto é feito, não há uma manutenção do pensamento ambiental. Isto fica latente pelo pequeno estudo de caso que o presente trabalho trouxe: o objetivo inicial daquela empresa (Pirelli Pneus) era desenvolver e instalar uma nova planta cujo processo de produção fosse mais eficiente e que minimizasse impactos ambientais, sociais e econômicos sendo que, para alcançar a meta estabelecida seria necessário também envolver

seus

colaboradores,

investindo

em

uma

mudança

interna

de

comportamento em torno de uma nova conscientização. O investimento em recursos humanos transcendeu os limites da empresa, contagiando inicialmente comunidade e escolas do entorno, e posteriormente alcançando toda a região. Por fim, este trabalho demonstrará que os trabalhadores possuem um grande potencial vetorial ainda pouco explorado para disseminar a sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável, influenciados por meio das próprias iniciativas ambientais dos empresários.

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DESENVOLVIMENTO

1. O Trabalhador como propagador de ideias Um assunto muito comum entre os funcionários de uma empresa pública ou privada, seja qual for o porte ou ramo de atividade, gira em torno da capacidade que se deve ter para separar a vida pessoal da vida profissional, o que originou a famosa frase popular “não levar problemas pessoais para o trabalho”. O fato é que as pessoas são realmente sensíveis a boas ou más influências, sendo algumas mais influenciáveis do que outras. Vários são os fatores que contribuem para a existência desta confusão entre trabalho e vida pessoal, o que vem se agravando ainda mais com o advento da “globalização e o avanço das comunicações em função da tecnologia, fazendo os valores profissionais tomar mais espaço na vida das pessoas” (ROBBINS, 2009, p14). Uma parcela dos trabalhadores abala-se profundamente com uma decepção amorosa ou por uma situação financeira desequilibrada, enquanto outra parte abalase “apenas”1 nos casos de doenças graves ou diante da morte de algum ente querido. Estes abalos têm, frequentemente, influência direta no desempenho do funcionário (ITAÚ, 2015 apud SMITH, 2015). Por outro lado, a empresa possui também a capacidade de exercer influência na vida pessoal de seus funcionários (CIMBALISTA, 2010). Por exemplo, o salário dita as condições de sobrevivência, boas ou ruins, durante toda a vida profissional de um ser humano, assim como o tempo que este gasta para se deslocar até o local de trabalho, ou dele retornar, influenciará nas suas condições físicas e no seu humor (ou ausência deste) ao final do dia, vindo a refletir diretamente em seus familiares ou outras pessoas de seu convívio. Até mesmo uma “bronca” mais ríspida dada pelo chefe pode não ser muito bem assimilada e seja “descarregada” no primeiro infeliz desavisado que porventura venha a cruzar-lhe o caminho. Outro fato é que as empresas podem ser consideradas também como espécies de escolas de ofício, onde cada trabalhador adquire conhecimentos práticos e nuances que não se aprende em instituições de ensino. Assim foi também considerado por FRIGOTTO, CIAVATTA E RAMOS (2012) apud SAVIANI (1989): O advérbio “apenas” está entre aspas para deixar claro que se refere às poucas possibilidades, não significando, portanto, que doenças graves ou a morte sejam banalidades. 1

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“O trabalho pode ser considerado como princípio educativo em três sentidos diversos, mas articulados entre si [...]”. (grifo do autor)

O trabalhador investe aproximadamente um terço de sua vida em seu ofício, fornecendo mão de obra em troca de remuneração. Essa interação durante tanto tempo faz com que muitos de seus hábitos e costumes pessoais sejam adquiridos por meio das normas e procedimentos de suas atividades profissionais e na convivência com seus colegas de trabalho (incluindo aqui seus patrões), convívio este que muito comumente estende-se além da empresa, transformando-se em uma amizade mais sólida. Como consequência, sua família será influenciada e adquirirá os mesmos hábitos, podendo ainda propagá-los entre vizinhos e amigos seus e de cada integrante de seu lar. 2. Conservação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável Dos pontos de vista ambiental, econômico e social, o período entre o final da década de 1960 e o início da década de 1970 foi marcado pelo despertar dos países desenvolvidos com relação à qualidade de vida de todos os habitantes do planeta, pobres ou ricos, afetados pelas implicações globais que o consumo desenfreado de recursos naturais, aliado à poluição ocasionada pelo descontrole das emissões de gases e resíduos realizados indiscriminadamente na natureza. Assim, nasceu em 1968 a expressão e o conceito de “desenvolvimento sustentado” na Biosphere Conference, em Paris, um modelo de desenvolvimento econômico que levava em consideração a disponibilidade dos recursos e as implicações que seu consumo desenfreado traria à longo prazo. Em 1969 os EUA lançam sua National Environmental Policy Act, a Lei da Política Ambiental Americana prevendo entre outras regras, a Avaliação de Impacto Ambiental (Environmental Impact Statement – EIS) para projetos, planos, etc. de intervenção no meio ambiente.

A onda de racionalização de recursos e minimização de impactos ambientais culminou com a Primeira Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em 1972, com vários debates formais sobre os temas, com a ordenação de estudos sobre a qualidade de vida e do planeta (MMA, 2014).

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Esta onda ambientalista trazida pela primeira conferência não foi vista com bons olhos pelos líderes dos países em desenvolvimento, inclusive no Brasil, onde as questões ambientalistas estavam em segundo plano, uma vez que frear a economia e o desenvolvimento econômico diante dos altos índices de pobreza, desnutrição e analfabetismo seria, sob a ótica conservadora destes governantes, uma sentença de eterna subserviência aos países do chamado “primeiro mundo”, os verdadeiros culpados pela desestabilização da Natureza. Porém, a ONU, por meio de seus braços financeiros, incorpora mecanismos e parâmetros para a liberação de recursos à título de empréstimos que visem novos projetos. A avaliação de impactos ambientais é um destes.

No Brasil do final da década de 1970 e início de 1980, os empréstimos junto ao BIRD e ao BID eram cruciais à efetivação de projetos extremamente necessários, como as hidrelétricas de Sobradinho e de Tucuruí, entre outros. Mas para receber tais recursos, estudos de impacto foram realizados em conformidade com as exigências internacionais, uma vez que o país não possuía suas próprias normas (MMA, 2009, p.15/16). Diante desta situação de submissão às normas estrangeiras, muitas vezes em dissonância com nossa biodiversidade e peculiaridades ambientais e com o agravante de estarmos sob uma ditadura militar extremamente nacionalista, passouse a perseguir nossa própria regulação. Assim, em agosto de 1981 é editada a Lei 6.938, que criou a Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA (MMA, 2009, p16). Os posteriores movimentos, tratados, reuniões e normas em prol de um planeta sustentável, como a ECO92 e a Carta da Terra, o Protocolo de Kyoto e os créditos de carbono, muito mais divulgados pela grande mídia, são (ou tentaram ser) multiplicadores dos ideais e estudos ambientais germinados nas décadas anteriores.

3. Gerenciamento Ambiental Conforme menciona o Eng. Cyro do Valle, “conciliar as características ambientais dos produtos e serviços com os paradigmas da conservação ambiental é, cada vez mais, um requisito essencial para as organizações serem competitivas e manterem posições comerciais arduamente conquistadas” (VALLE, 2012, p.139). Mas quais os meios para alcançar o objetivo da conservação ambiental? Vejamos alguns:

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Motivadores Ambientais da Economia De acordo com Celeste & Pardelli (2013, p.16), existem três formas de motivação que levam os empresários a adotarem posturas ambientalmente corretas: a OBRIGAÇÃO, a CONSCIÊNCIA e a ECONOMIA. 

OBRIGAÇÃO: subdivide-se em duas formas, a Legal e a Comercial.

a) Legal: postura imposta pelo Poder Público ou órgãos reguladores por meio de legislações, normas, resoluções, etc. Por exemplo: Política Nacional do Meio Ambiente – lei 6938/1981, Resolução CONAMA 237, etc. b) Comercial: postura exigida por clientes e/ou fornecedores como condição para o fechamento de um negócio. Por exemplo, empresas com certificação ambiental ISO 14001 procuram negociar apenas com fornecedores que também sejam certificados. 

ECONOMIA: baseada apenas em pensamentos racionais, esta motivação está relacionada ao recente aumento da procura por produtos, serviços ou relações comerciais de empresas cujos processos e imagem ajustam-se às questões sustentáveis e ambientais. Inerente aos empresários tem sua origem na intenção de maiores lucros e menores prejuízos, os quais podem ter origem na racionalização de seus processos internos, como resultado da adoção dos outros dois motivadores. Portanto, este pode ser também um motivador subproduto do resultado de um ato de obrigação ou de um ato de consciência.



CONSCIÊNCIA: motivador cuja origem é contrária ao anterior, pois é passional, ainda que dentro da razoabilidade e da racionalidade, pois nasce quando se vislumbra, por conhecimentos próprios ou através dos meios de comunicação, um futuro caótico. Inerente ao empresário

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mais bem informado ou com melhor formação, o qual adquire um entendimento de que o lucro visado não seria apenas na forma financeira,

mas

principalmente

a

possibilidade

de

utilizar

racionalmente os recursos naturais para que atenda esta as futuras gerações.

Dentre os três motivadores mencionados, os dois primeiros ainda são os mais incidentes. Mas vejamos algumas ferramentas disponíveis aos empresários:

Prevenção da Poluição (P2) A P2 está relacionada às práticas, processos, tecnologias ou técnicas que visem reduzir ou eliminar volume, concentração e toxicidade de poluentes gerados. Inclui ainda a modificação de processos, equipamentos, replanejamento ou reformulação de produtos, substituição de matérias-primas ou otimizar seu uso bem como o uso de energia, água ou outros recursos naturais, eliminação ou minimização de substâncias e melhorias nos gerenciamentos administrativos e técnicos. O sucesso deste programa depende tanto do comprometimento da direção da empresa

quanto

da

participação

dos colaboradores,

conforme

o

manual

“Implementação de um Programa de Prevenção à Poluição”, disponibilizado pela CETESB: A chave para a manutenção de um programa de P2, que permitirá a sua sustentabilidade dentro da empresa, é a conscientização e a participação dos funcionários, em todos os níveis, incluindo a direção da empresa. (CETESB, 2002, p.13)

Produção Mais Limpa (P+L) Conceito introduzido pela ONU através do PNUMA - Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP - United Nations Environment Programme) e do ONUD Organização das Nações Unidas pelo Desenvolvimento Industrial (UNIDO - United Nations Industrial Development Organization), definido como a aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva integrada aos processos, produtos e serviços com o intuito de aumentar a ecoeficiência e reduzir os riscos à saúde e ao meio ambiente (UNEP, 1990).

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A preocupação com o aquecimento global contribuiu para a evolução do P+L, inserindo então a ideia de Produção e Consumo Sustentáveis (PCS) a qual une os extremos dos processos produtivos que impactam diretamente no meio ambiente e, consequentemente, na sustentabilidade (MMA, 2015).

Exemplos:

- A empresa Theobaldo De Nigris desenvolveu, em sua linha de serigrafia, um projeto de reuso das águas utilizadas na lavagem de telas serigráficas. Segundo Giselen Cristina Pascotto Wittmann (2009), professora da Escola SENAI Theobaldo De Nigris, a ação contribuiu para: a melhoria do ambiente de trabalho; redução ou eliminação de resíduos, efluentes e emissões atmosféricas; conservação de recursos naturais; eliminação de produtos tóxicos e perigosos, além de trazer benefícios econômicos às empresas (WITTMANN, 2009);

- Um estudo quando da ampliação da capacidade de produção na unidade do produto anidrido maleico da empresa Elekeiroz, em Várzea Paulista/SP, identificou a viabilidade de utilização do calor gerado, na forma de vapor, durante a produção daquele material. Além disso, uma parcela da matéria prima não era aproveitada e transformava-se em compostos orgânicos voláteis, oriundos desse processo, sendo dissipados no meio ambiente por meio de chaminés. Foram então desenvolvidas duas células de reaproveitamento de energia: uma turbina a vapor acoplada a um gerador elétrico para aproveitamento daquele vapor gerado; e a instalação de um incinerador catalítico para oxidação dos sólidos voláteis remanescentes nos gases de exaustão, representando mais um ponto de recuperação de calor (CETESB, 2002);

- A empresa Jóias Morozini utiliza banhos de desengraxe de peças à base de cianeto de sódio. Após um determinado tempo de uso há uma redução da eficiência destes banhos, quando já saturados de impurezas. Sem saber se ainda possuía ou não poder desengraxante, transformava-se em efluentes com alta toxicidade, devido ao cianeto, o que impossibilitava seu descarte diretamente no meio ambiente e obrigava a empresa a efetuar seu tratamento por meio de uma ETE (Estação de Tratamento de Efluentes) própria. Com a implantação da P+L, a

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empresa encontrou uma forma de tratá-lo para uso constante: foi instalada uma filtração para limpeza dos resíduos da solução, corrigindo-a em seguida aos seus parâmetros ideais com alguns produtos químicos, ocorrendo tais ajustes sempre que há uma redução do tempo de desengraxe, isto é, uma perda da eficiência. Esta iniciativa possibilitou: redução dos agentes químicos utilizados para tratamento dos efluentes; redução do lodo gerado pelos efluentes; redução do consumo de água, uma vez que é reusada ao invés de ser descartada; economia na utilização do sal de cianeto uma vez que, o fato de filtrar o efluente, ao invés de tratá-lo e descartá-lo, mantém-se no veículo (água) uma boa parte da matéria-prima em condições ativas, adicionando-se apenas a quantidade necessária a atingir os níveis adequados. Para ilustrar melhor: a utilização de cianeto sódio reduziu de 75 g/l para 15 g/l, representando um ganho econômico de R$ 1.620,00/ano, sem mensurar ainda as outras economias em produtos e, claro, a redução de impacto ambiental ao deixar de descartar o efluente e ao utilizar-se menor quantidade de água no processo (CETESB, 2007).

Portanto, como se pode observar por estes exemplos, o advento da P+L tem papel fundamental na economia de matéria-prima e na conservação dos recursos naturais, dentro da produção industrial. Sistema de Gestão Ambiental – ISO 14000 - ISO 9000

Para falarmos sobre a ISO 14000, mister se faz introduzirmos brevemente a ISO 9000. Em primeiro lugar, a palavra ISO é uma referência à palavra grega iso que significa igualdade, portanto não foi à toa sua escolha como abreviação para International Organization for Standardzation (Organização Internacional para Normalização). O propósito da ISO é estabelecer normas técnicas e padrões mundiais visando facilitar o comércio internacional. A nossa ABNT é o representante brasileiro naquela organização (VALLE, 2012, p.135). Dentro deste sentido de padronização e normatização, foi criada a série ISO 9000 com quatro normas internacionais de Gestão da Qualidade e Garantia da Qualidade, cujo objetivo é a implantação de sistemas de qualidade nas empresas.

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Implantar estes sistemas e obter, por exemplo, uma certificação ABNT ISO 9001 significa que o Sistema de Qualidade da empresa foi avaliado por uma entidade independente, reconhecida por um organismo

nacional de

acreditação

e

considerado de acordo com os requisitos internacionais de produtos ou serviços. Além de ser uma exigência frequentemente exigida por grandes empresas e/ou conglomerados, ocasionando maior participação no mercado, a certificação da qualidade traz ainda grandes benefícios, tais como: maior satisfação dos clientes e maior confiança nos produtos da organização, redução de custos, melhoria na produção, maior competitividade e maiores lucros (VALLE, 2012, p.137).

- ISO 14000

Com o sucesso alcançado e a experiência necessária obtida pela elaboração da ISO 9000, e diante das ações tomadas individualmente por diversos países no sentido de normatizar suas gestões ambientais impulsionados pela ECO92 e pelos reflexos dos movimentos ambientais, a ISO constituiu um novo comitê visando elaborar normas internacionais para a certificação ambiental de empresas e produtos. Deste comitê técnico chamado de TC-207 surgiu esta nova série denominada ISO 14000 (VALLE, 2012, p.138). Assim como a série 9000, as normas ISO 14000 são voluntárias e visam a melhoria contínua do desempenho ambiental da organização por meio de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Criou-se assim mais um condicionante para o êxito das empresas que disputam uma boa posição no mercado, seja ele nacional ou internacional (VALLE, 2012, p.138). Para obter esta certificação ambiental uma empresa deve cumprir três exigências básicas da norma certificadora da série ISO 14000, a ISO 14001:

- implantação de um SGA; - cumprir a legislação ambiental do local da instalação; - assumir o compromisso de melhoria contínua do desempenho ambiental.

Em suma, as normas ISO 14000 têm como objetivo um sistema de gestão ambiental que auxilia a empresa a cumprir os objetivos assumidos em benefício do meio

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ambiente, levando-a a obter uma certificação que possibilitará distingui-la entre as empresas que atendem à legislação ambiental e cumprem os princípios do desenvolvimento sustentável (VALLE, 2012, p.140). 4. O Endomarketing propagando a sustentabilidade Há uma afirmação muito difundida no meio empresarial que poderia sintetizar muito bem o que é o Endomarketing: “Antes de vender um produto aos clientes, a empresa precisa convencer seus próprios funcionários a comprá-los”. De acordo com a Microsoft em seu projeto chamado Pensando Grande (Pensando Grande, 2014): “Endomarketing é uma prática corporativa que adapta estratégias e elementos do marketing tradicional para o público interno de uma empresa [...]. O objetivo final é conquistar bons resultados mercadológicos, econômicos, administrativos e humanos”.

Toda e qualquer metodologia a ser implantada em uma organização somente logrará êxito se o treinamento e o engajamento de seus funcionários forem eficientes,

portanto,

o

papel

dos

colaboradores

na

implantação,

com

responsabilidade pró-ativa, é de suma importância para o alcance dos resultados da gestão ambiental. Em contrapartida, a empresa investirá na formação profissional e na qualificação de mão de obra, reduzindo os índices de acidentes no trabalho. Concederá ainda informações de interesse direto quanto à atividade explorada, investimento no estudo e lazer dos funcionários, entre outros benefícios.

Em pesquisa realizada por Isnard Marshall Junior, Administrador e Mestre em Engenharia da Produção, permitiu-se deduzir que “o ser humano submetido a uma determinada condição não só se amolda à mesma, mas, tendo em vista sua relevância, pode ser adaptado a novos padrões por ela estabelecidos e, por que não dizer, desenvolver uma verdadeira cultura neste sentido” (MARSHALL JR, 2000). Segundo ele, atendendo aos requisitos da certificação ambiental, a empresa contribui para o aumento da conscientização ecológica de seus colaboradores e suas famílias em relação aos membros da comunidade vizinha e, portanto, o

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processo e sua respectiva certificação “gera externalidades positivas, contribuindo para elevar os padrões de comprometimento dos indivíduos, independentemente de estarem presentes na organização” (MARSHALL JR, 2000).

Nossos legisladores também enxergaram esta propagação. A educação ambiental no âmbito empresarial foi prevista na própria Política Nacional de Educação Ambiental (Lei Federal Nº 9795/1999):

Art. 3º - Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação ambiental, incumbindo: [...] V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio ambiente.

O endomarketing no caso concreto A unidade Campinas/SP da Pirelli Pneus recebeu em 2012 o Prêmio FIESP de Conservação e Reuso de Água na categoria Grande Porte. De acordo com aquela entidade (FIESP, 2012):

O Prêmio (Conservação e Reuso de Água) tem como finalidade conhecer, difundir e homenagear, anualmente, empresas que utilizam boas práticas na promoção do uso eficiente de água, com medidas efetivas na redução do consumo e do desperdício de água, gerando benefícios ambientais, econômicos e sociais e aumentando a competitividade do setor. O Prêmio também procura dar ampla publicidade às ações realizadas pela indústria paulista na construção do desenvolvimento sustentável. De 2006 a 2012, recebeu 113 projetos de 88 empresas dos mais variados segmentos. Ao todo, foram premiadas 12 empresas, divididas entre as categorias micro, pequena, média e grande. Contabilizando todas as edições, as empresas participantes do Prêmio investiram

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mais de R$ 37,3 milhões em conservação e reuso, gerando uma economia equivalente à 20.092.552 metros cúbicos de água por ano.

Aquela unidade possui 2.097 postos de trabalho diretos e 430 indiretos (estes aproximados) e é certificada ISO14001 desde 1998 (CELESTE & PARDELLI, 2013, p.23). Com relação à planta industrial, possui duas Estações de Tratamento de Efluentes (ETE), sendo uma para os efluentes industriais e outra para o esgoto classificado como doméstico. Possui ainda uma Estação de Tratamento de Água (ETA) cuja água bruta advinha de duas origens: captação superficial do Rio Capivari, para uso no processo industrial, e captação subterrânea, também para uso nos processos de fabricação bem como para o consumo humano. Pensando em contribuir ainda mais com o princípio da sustentabilidade, a empresa resolveu desenvolver e implantar um projeto que pudesse reduzir o consumo de água em seus processos industriais por meio da reutilização de seus efluentes já tratados, reduzindo a captação superficial. Uma determinada parte do projeto buscou intensificar as campanhas internas e treinamentos já existentes, com vistas ao uso racional e à maior conscientização de seus colaboradores.

Segundo CELESTE & PARDELLI (2013, p.24), a água é parte indispensável do processo industrial de pneus, sendo necessária sua existência com qualidade e quantidade, de forma economicamente viável, sendo o reuso um meio de reduzir a captação sem prejuízos à produção. Além disso, o reuso reverteria também em economia financeira, uma vez que, consequentemente, haveria a redução de: energia elétrica (uso de bombas para captação); produtos químicos para tratamento da água e; consumo de água.

PANORAMA FINAL

- Projeto principal: Sistema de Reuso de água. Resultados: Reutilização de 100% do efluente tratado, 130 m3 de efluente industrial e 170m3 de efluente doméstico, totalizando 300 m3 de efluentes que deixaram de ser descartados no corpo hídrico.

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Figura 1 – Tanque de Água de Reuso em operação, com capacidade de 300m 3 Fonte: Pirelli/2012

Figura 2 – Filtro de Areia e Carvão já em operação, utilizado no tratamento final da água de reuso Fonte: Pirelli/2012

Dados coletados no início da operação do projeto apontaram que o índice específico de consumo de água, que era de 1,87 m3/TPA, após o acompanhamento mensal da implantação do projeto, demonstrou redução média de 11,7% nos três primeiros meses, e apontando em dezembro de 2011 uma redução total de 19,7% no consumo específico de água, caindo para 1,50 m3/TPA (figura 3).

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Figura 3 – Gráfico demonstrativo da redução do consumo de água desde o início do projeto em 2010. Fonte: Pirelli/2012

A empresa conclui que o reuso é viável, pois não altera a qualidade da água no processo industrial e permite a redução da captação de água.

Projeto auxiliar: Programa de Educação Ambiental Interna/Redução do Consumo de água.

Resultados: Criação do Dia do Meio Ambiente onde, durante um dia por mês, em todas as áreas e em todos os turnos de trabalho, são montados grupos de 15 a 25 pessoas no local de trabalho para a realização de diálogos fornecendo informações, curiosidades, etc. sobre temas ambientais, com maior parte do foco no consumo de água, utilizando-se de recursos audiovisuais (som, cartazes, microfone). O formato do programa facilitou a interação dos colaboradores com as equipes de Meio Ambiente, trazendo maior comprometimento de todos a alcançar as metas (figura 4).

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Figura 4 - Dia do Meio Ambiente realizado em Setembro/2011 nas Oficinas de Manutenção Fonte: Pirelli/2012

O sucesso desse programa atingiu todos os setores (manutenção, produção, administração, etc.). Devido à sua ótima aceitação, vem sendo utilizado pela equipe de Saúde e Segurança, inclusive nas comunicações e instruções de segurança no trabalho. O investimento inicial foi aproximadamente R$ 15.000,00. Para sua realização mensal, são disponibilizadas mão-de-obra interna, com custos apenas de horas extras, se necessário (CELESTE & PARDELLI, 2013, p.24).

Projeto: Programa de Educação Sócio Ambiental.

Resultados: Expansão do Programa de Educação Ambiental até as escolas públicas e outras entidades do entorno da fábrica; estímulo à consciência ambiental de crianças e jovens, transmitindo conceitos e informações por meio da educação, com visitas monitoradas ao sistema de tratamento e de reuso em turmas de 30 a 60 crianças e jovens, os quais recebem didática interativa (figura 5). O sucesso do projeto despertou o interesse regional, fazendo com que o programa sofresse uma adaptação para receber até 120 alunos por mês. Datas específicas com fundo ambiental (Dia da Árvore, Semana do Meio Ambiente e Dia da Agua) possuem atividades mais densas, com brinquedoteca de materiais reciclados, peças de teatro sobre o tema, entre outras atividades.

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Figura 5 – Escola EMEF Barraquet na apresentação Viagem ao Mundo da Natureza - Visita á Pirelli - Julho/2011. Fonte: Pirelli/2012

O envolvimento das escolas públicas da região próximas da fábrica aproximou escolas e suas crianças e jovens com sonhos, esperanças e vontade de vencer, da indústria, com toda sua dinâmica, metas e objetivos. Aproximadamente 890 crianças entre 7 e 15 anos, além de um grupo de 180 crianças da educação infantil (entre 3 e 5 anos) foram recebidas nas dependências da fábrica. Sob a influência das crianças, a população do entorno aproximou-se também, disseminando com maior eficácia todo o conhecimento disposto. Todo este sucesso junto à comunidade das imediações teve reflexos entre as escolas da região metropolitana de Campinas, incentivando escolas de cidades vizinhas solicitar a participação nesse programa.

Neste ponto fecha-se o ciclo em torno do conceito inicialmente proposto pelo presente trabalho, pois a constatação feita por Marshall Junior, anteriormente citada, vai ao encontro daquilo que foi exposto inicialmente no item 1 sobre o trabalhador como um propagador de ideias.

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CONCLUSÃO

Adotar processos produtivos ecoeficientes e cumprir as legislações ambientais leva uma empresa a colher melhores frutos econômicos e a obter maior credibilidade junto aos fornecedores e clientes. Mas a conservação ambiental não é apenas uma fonte de lucros e de marketing fácil. Conservar os recursos da natureza, seja reduzindo o uso, seja minimizando os impactos ambientais, é conservar a própria existência humana, pois sem recursos não há vida. Portanto, se os micros ou pequenos empresários, detentores de 60% de todo potencial de mão-de-obra empregada no país, adotassem quaisquer programas de qualidade

ambiental,

sistemas

de

gestão

ambiental,

mecanismos

de

desenvolvimento limpo (MDL) ou quaisquer outros métodos de ecoeficiência, tornariam os ambientes de trabalho de suas empresas grandes multiplicadores das ideias e dos ideais ambientais. Empresas destes portes que se empenham para alcançar, manter e perpetuar uma imagem socioambiental exemplar estarão produzindo, ao longo de toda sua área de influência, uma longa cadeia de consciências sustentáveis, diretas e indiretas, em seus mais de 56 milhões de colaboradores melhores capacitados, eficientes, incentivados e sãos, vetorizando ainda a educação ambiental em seus núcleos familiares, em suas próprias vizinhanças e na comunidade do entorno da empresa. E claro, sem abrir mão de produzir seus bens de consumo e serviços, mantendo ainda o equilíbrio ecológico, social e econômico sem comprometer a capacidade e o equilíbrio das gerações futuras.

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