UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
ADRIANO SANTOS DE SOUSA
Fichamento: A União Europeia e o Brasil: os desafios de uma parceria estratégica GOIÂNIA 2016
3. As teorias das Relações Internacionais. (pp. 111 – 113) Pecequilo, Cristina Soreanu. Introdução às relações internacionais: temas, atores e visões/ Cristina S. Pecequilo. 9. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. “[…] as Relações Internacionais se orientam segundo dois eixos básicos, o da cooperação e o do conflito. Em termos teóricos, estes eixos se dividem em três correntes básicas, o realismo, o liberalismo e o marxismo.” (p.111) “Dentro do liberalismo encontramos o idealismo, o liberal institucionalismo (ou neoliberalismo), as teorias funcionalistas, de integração, o construtivismo e, no realismo, podemos falar de realismo clássico, neorrealismo, as variantes da teoria da estabilidade hegemônica, a teoria dos jogos, dentre outros. Por sua vez, o marxismo trabalha com avaliações sobre o imperialismo, a divisão norte/sul, núcleo/periferia, avançando na teoria da dependência e na construção do marxismo contemporâneo. (p.112) “É preciso destacar a proximidade das Relações Internacionais com seu objeto de estudo sendo pressionada pelas demandas da realidade.” (p.113) 3.1 O realismo: conflito e poder. (pp. 115 – 136) Pecequilo, Cristina Soreanu. Introdução às relações internacionais: temas, atores e visões/ Cristina S. Pecequilo. 9. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. “Mesmo por seus críticos o realismo é reconhecido como a corrente teórica ainda dominante das Relações Internacionais apontando uma maneira bastante específica de analisar a ordem mundial, seu caráter, o comportamento e motivações dos atores nela inseridos. (p.115) “Em retrospecto, as origens clássicas do realismo datam do trabalho de Tucídides na Grécia Antiga, História da Guerra do Peloponeso, que analisa as origens, motivações e dinâmica do relacionamento entre Atenas e Esparta, elaborando os princípios do equilíbrio de poder.” (p.116) “Na política, não se aplicam critérios valorativos ou morais, mas si avaliações relativas à capacidade dos governantes para controlar suas unidades políticas, preservando e avançando seu poder de maneira eficiente e equilibrada.” (p.117) “O sistema internacional será formado por estes Estados soberanos, que se relacionarão entre si tendo como sustentáculo esta autonomia e identidade própria, inexistindo qualquer outro agente que possa se impor a eles.” (p.119) “[…] os tratados vieram a formalizar situações de fato, representando a consolidação de fronteiras nacionais e a sustentabilidade de conceitoschave: território, governo, autonomia e soberania estatal.” (p.120) “Originado na França (Richelieu), a razão de estado privilegia, acima de tudo, os interesses do Estado Nacional constituído, cujos objetivos são a sua preservação como entidade autônoma expansão, podendo ser utilizados quaisquer meios disponíveis para isso, definidose critérios visões também passaram a ser definidas como realpolitik (Bismarck), a prática política em busca do interesse nacional a partir de cáculos racionais, individuais e egoístas de cada Estado.” (p.120)
“As formulações do equilíbrio de poder partem das concepções mais básicas da Teoria clássica de que os Estados Nacionais, como entidades soberanas e sem nenhuma autoridade acima da sua, atuam no sistema para preservar sua independência e aumentar seu poder, em um cenário de anarquia.” (p.122) “Os Estados buscam o equilíbrio de poder não para obter paz, mas para prevenir o surgimento de um poder único que subjugue os demais, para garantir sua independência e sobrevivência e para preservar o sistema anárquico de soberanias autônomas.” (p.123) “No século XX, a prática e a teoria realista estarão associadas diretamente às duas Guerra Mundiais e à Guerra Fria.” (p.123) “Racionalmente, os Estados devem identificar as ações que maximizem seus benefícios e minimizem seus custos.” (p.129) “[…] o neorrealismo propõe oferecer uma abordagem mais científica para o estudo da política internacional. Mais do que uma revisão dos preceitos do realismo clássico, o neorrealismo é uma tentativa de sic reteorização da escola e uma alternativa às abordagens liberais que ganhavam cada vez mais espaço.” (p.131) “Como o mercado se define pela lei da oferta e da procura, o sistema também se definiria pelos intercâmbios de interesses entre seus membros constitutivos, fornecendo – lhe seu campo de ação.” (p. 132) “[…] o neorrealismo mantém suas concepções mais fundamentais como a centralidade do Estado como ator na política internacional e a ausência de uma instância superior a ele para impor regras, controles ou construir a ordem no sistema, predominando a anarquia.” (p.134) “O neorrealismo não considera que os Estados agem no sistema somente para maximizar poder em nome do ‘interesse nacional definido em termos de poder’, mas para assegurar a sua posição e capacidades dentro do sistema em relação aos demais Estado.” (p.134) “Enquanto o realismo pensa a paz e a guerra, o poder, os interesses e a reacionalidade dos Estados, o liberalismo lida com as perspectivas de paz, da prosperidade e do progresso e com as possibilidades e oportunidades para a criação, o aumento e o aprofundamento da cooperação.” (p.136) 3.2 O liberalismo e o idealismo: cooperação e ética. (pp. 137 – 151) Pecequilo, Cristina Soreanu. Introdução às relações internacionais: temas, atores e visões/ Cristina S. Pecequilo. 9. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. “Ao se consolidar como as classes mais importante dos Estados, esta burguesia, diante do declínio do absolutismo e da nobreza, tratá consigo um novo pensamento e proposta de ação que dará origem ao liberalismo clássico.” (p.137) “Como mencionamos, no liberalismo é central a crença de que os homens são naturalmente ‘bons’ (no realismo eles são ‘maus’) e que lhes falta apenas o incentivo correto para poder conviver em harmonia e paz.” (p.139)
“[…] os realistas atribuem aos atores não estatais um atribuem aos atores não estatais um peso bastante menor, o que não significa dizer que eles negam a sua existência.” (p.140) “Em seu surgimento, o idealismo se definirá como uma visão americana de Relações Internacionais, quebrando os padrões europeus clássicos do equilíbrio de poder e interesse nacional, oferecendo uma perspectiva opcional de ordem que não contemplava o conflito como única realidade. Tal concepção corresponde diretamente aos valores domésticos americanos de liberdade e democracia, sugerindo ser possível a construção de um mundo pacífico e próspero.” (p.144) “[…] apesar dos arranjos políticos e econômicos construídos pelos Estados Unidos para sustentar a ordem terem claramente uma inspiração idealista de cooperação, autodeterminação e democracia, o termo será evitado, sendo a estratégia classificada de internacionalismo liberal.” (p.146) “O Estado hegemônico faz uso de sua habilidade de projetar ideias e princípios, tornando seus valores e propósitos comuns a todo o sistema.” (p.148) “Os realistas continuarão compreendendo que a cooperação não é um bem valorizado em si mesmo, mas apenas uma estratégia alternativa de poder que se esgota à medida que seus objetivos sejam atingidos.” (p.149) “[…] para as Relações Internacionais, teoria marxista ganha espaço no século XX, no momento em que a economia consolidava um sistema internacional, permitindo observar novos fenômenos.” (p. 151) 3.3 O marxismo: economia e dominação. (pp. 160 ) Pecequilo, Cristina Soreanu. Introdução às relações internacionais: temas, atores e visões/ Cristina S. Pecequilo. 9. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. “Com relação à determinação histórica, o marxismo estabelece que a história passada influenciar influencia o comportamento presente e que se desejamos compreender ou mudar esta realidade é preciso uma visão abrangente de seu processo formativo.” (p.160) “Para Marx, as classes são os principais agentes da vida política doméstica e internacional, constituindose nas ‘locomotivas’, ‘parteiras’, da história a partir de seu conflito permanente.” (p.160) “Para o marxismo, o sistema internacional é produto de fatores econômicos e um espaço ordenado segundo os interesses de classe, havendo o domínio da burguesia e sua imposição de normas e valores sobre o cenário e sua dinâmica.” (p.164) “A teoria do imperialismo de Lenin argumentava que, internacionalmente, as grandes potências, cujo ação estaria orientada segundo os interesses de sua burguesia, levariam à autodestruição o sistema capitalista.” (p.166) “[…] a teoria Dependência, desenvolvida na América Latina na segunda metade do século XX e com influência nos campos da política e da economia.”(p.168)
“[…] elaborada no âmbito da Cepal (Comissão Econômica das Nações Unidas para América Latina e o Caribe), tendo como representantes autores como Raul Prebisch e Fernando Henrique Cardoso, o sistema internacional encontrase estruturalmente dividido entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Ricos e pobres, norte e sul, núcleo e periferia também são termos que podem ser aplicados, e que foram desenvolvidos em teorias separadas, em especial a premissa Norte/Sul.” (p.168)
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