VALORIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO - Igreja de São Francisco de Paula

June 7, 2017 | Autor: Matthaus Sobrinho | Categoria: Arquitetura e Urbanismo
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ARQUITETURA E URBANISMO


MATTHAUS SOBRINHO DE ASSIS













VALORIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Igreja de São Francisco de Paula – Salvador-BA








SALVADOR
2013
MATTHAUS SOBRINHO DE ASSIS









VALORIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Igreja de São Francisco de Paula – Salvador-BA




Proposta solicitada pelo professor Kleber Saba, orientador do PEX (Programa de Extensão) de Valorização do Patrimônio Histórico, como parte de requisito avaliativo para conclusão do curso.







SALVADOR
2013
Igreja de São Francisco de Paula
A preservação do patrimônio histórico e cultural edificado e sua gestão são de extrema importância e requer um conjunto de ações complementares com o objetivo de valorização, ou seja, criar políticas públicas que buscam despertar a atenção e o compromisso da comunidade em geral na tarefa coletiva de preservar a sua história.
Aplicando estes fundamentos no nosso meio, percebemos que a nossa cidade de Salvador tem um patrimônio histórico e cultural significativo digno de ser preservado para as futuras gerações. Porém, a falta de conscientização do valor a ele atribuído, inclusive pela importância do seu significado, denota tanto descaso por parte da população, do poder público e privado. Embora algumas pessoas da comunidade e entidades estejam inseridas no processo de conservação, percebe-se que mais ações precisam ser efetuadas no sentido de envolver um maior número de todos em prol do patrimônio.
Assim, tendo como objetivo deste trabalho propor a recuperação de um monumento histórico ou ambiental apresento por interesse a recuperação da Igreja de São Francisco de Paula, situada na Ladeira São Francisco de Paula, ladeira que liga os bairros da Lapinha e Água de Meninos. Trata-se de um templo com um grande valor histórico e que se encontra abandonado, destruído e invadido pela vegetação.
Este monumento pode ser classificado pelos seguintes elementos:
Histórico:
A capela foi construída em fins do século XVIII pelo padre Antônio Borges Monteiro. 1819 - Faleceu o seu fundador que deixa todos os seus bens, inclusive capela, sob a administração de Theotônio de Amorim Falcão, na condição de que ele passasse a seu sobrinho, caso este se ordenasse, ou a um padre da Ordem de São Francisco de Paula que algum dia chegasse à Bahia. Como nenhuma das duas hipóteses tenha se realizado, a administração foi confiada ao Desembargador Joaquim Anselmo Alves Branco, que era juiz de capelas, passando-a a um sobrinho seu e com a morte deste, à Fazenda Nacional; 1843 - Os irmãos da confraria de N. S. Mãe dos Pobres requerem licença para passar esta devoção à dita capela, o que foi concedida. Criou-se, pouco depois, a Irmandade de S. Francisco de Paula.


Estrutural:
Arquitetura menor, de valor principalmente ambiental. Igreja com corredores laterais superpostos por tribunas. O do lado direito é de construção recente (vide Falcão, E. C. - Relíquias da Bahia), fachada singela, sem torres.
A igreja é uma construção inacabada do final do século XVIII. A julgar pelos elementos originais da fachada, ela teria sido projetada segundo o modelo corrente no século XVIII, isto é, nave central com corredores laterais superpostos por tribunas. Esta disposição se refletia em elevação na fachada tri-partida, formada pelo corpo central flanqueado por duas torres sineiras. A construção, todavia, parou no nível da cornija, não tendo sido executadas nem as torres nem o frontão. O corredor lateral direito só foi executado em data recente, embora pareça ter sido previsto originalmente. Sua planta, que se inscreve num retângulo perfeito, ainda não apresenta sacristia transversal, e é o desenvolvimento natural do partido em "T" (vide Palma) adotado no século XVII. Outras igrejas baianas apresentam a mesma planta como: Saúde, São Bartolomeu de Pirajá, Aflitos etc.
Artístico:
Não possui, atualmente, nem altares nem imagens, por terem sido retirados em consequência do estado de arruinamento e abandono. Há notícias de que possuía duas estátuas de seu padroeiro, uma atribuída a Bento Sabino dos Reis e outra a João Guilherme da Rocha Barros.







Foto antiga da Igreja de São Francisco de Paula.
Fonte: http://www.igrejas-bahia.com
Proposta
Trata-se de um templo erguido no final do século XVIII, cuja arquitetura é difere das demais igrejas antigas de salvador, por apresentar características simples e singelas, mesmo sendo um templo inacabado. Hoje em dia, ocupada por vegetação, escombros e devido a seu total abandono, proponho que esta igreja seja transformada em um espaço cultural para a comunidade, seguindo o exemplo da Igreja da Barroquinha, que também estava abandona e foi recuperada.
Por formar com as pequenas casas, do século XIX, escalonadas na encosta, um dos mais pitorescos e característicos conjuntos da cidade de Salvador, além da grande proximidade com a Igreja da Lapinha e da Casa dos Caboclos, símbolo da Independência da Bahia; por estar próxima a escola, posto policial, unidade de saúde, posto de combustível e local para estacionamento; por estar localizada numa bairro de grande movimento populacional e cultural, acredito que o melhor futuro para este patrimônio abandonado seja transformá-la num espaço de socialização comunitária.
Por fim, proponho que seja feita uma restauração da sua estrutura conservando a fachada, a instalação de um auditório para receber espetáculos de teatro, dança e música ou de salas de aulas para oferecer cursos. Além disso, pode ser usado como área para exposições. O possível ambiente poderia se manter cobrando um valor pelos cursos oferecidos ou pelo acesso aos shows e exposições.












Foto atual da Igreja de São Francisco de Paula.
Fonte: http://www.igrejas-bahia.com
REFERÊNCIAS:

SALVADOR: CULTURA TODO DIA. Vivendo Cultura, Igreja de São Francisco de Paula. Disponível em: . Acesso em: setembro de 2013.











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