Vinicius de Moraes nasceu no Rio de Janeiro

July 23, 2017 | Autor: Rosane Santos | Categoria: N/A
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Texto analisado de "Vinicius de Moraes" – cem melhores crônicas Brasileiras, Editora Objetiva – Rio de Janeiro, 2007, pág. 95.
Vinicius de Moraes nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913, foi um dos poetas e compositores brasileiro que marcaram a história da MPB. Ele em parceria com Antônio Carlos Jobim compôs "Garota de Ipanema", música considerada um hino da música popular brasileira, além de escrever poesia e compor, Vinicius foi também diplomata, formado em direito, e dramaturgo. O seu prazer era compor e escrever sobre amor. Vinicius vivia intensamente o amor, podemos perceber pela vasta experiência conjugal que marcaram a sua vida. Casou-se nove vezes e as suas esposas foram Beatriz Azevedo, Regina Pederneira, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nellita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues e a última Gilda Matoso e teve cinco filhos. Além de tom Jobim o poeta compôs com grandes nomes da música popular brasileira. Fez parcerias musicais com Toquinho, Tom Jobim, Baden Powell, João Gilberto, Francis Hime, Carlos Lyra e Chico Buarque. Entre suas músicas destacam-se: "Garota de Ipanema", "Gente Humilde", "Aquarela", "A Casa", "Arrastão", "A Rosa de Hiroshima", "Berimbau", "A Tonga da Mironga do Kaburetê", "Canto de Ossanha", "Insensatez", "Eu Sei Que Vou Te Amar" e "Chega de Saudade". As produções literárias de Vinicius de Moraes passaram por três fases: A primeira é carregada de misticismo e profundamente cristã, como expressa em "O Caminho para a Distância" e em "Forma e Exegese", a segunda fase, vai ao encontro do cotidiano, e nela se ressalta a figura feminina e o amor, como em "Ariana, A Mulher" e a terceira fase se inclina para os grandes temas sociais do seu tempo. O carro chefe é "A Rosa de Hiroshima". A parábola "O Operário em Construção" que é considerada um dos maiores poemas de denúncia da literatura nacional. Marcus Vinícius de Mello Moraes morreu no Rio de Janeiro, no dia 09 de julho de 1980, devido a problemas decorrentes de isquemia cerebral.

Resumo
Na crônica o batizado na Penha, Vinicius de Moraes conta um fato que ele presenciou a mais ou menos vinte anos. Ele e mais cinco pessoas que segundo Vinicius eram seu parentes. Eles estavam subindo os degraus da Igreja da Penha, cerca de trezentos degraus, para participarem do batizado de seu afilhado. Após o evento, todos se despediram e começaram então a descida da escadaria da Igreja. Junto com eles estava Leonor, como diz Vinicius: uma pretinha de uns cinco anos. Ela era criada pelos dos avós paternos do escritor. A menina iniciou a descida pulando o degrau de dois em dois. Ao perceberem o ato da menina, logo a advertiram do perigo, mas não obedeceu e decidiu então pular os degraus de três em três, depois, de quatro em quatro, até que resolveu tentar um nível maior: de cinco em cinco degraus. De repente, Leonor perdeu o equilíbrio e desceu a escadaria rolando e aos berros. Todos se desesperaram por não poder ajuda-la já que a menina estava muita a frente. Para alivio de Vinicius e seus acompanhantes, surgiu um herói no fim do primeiro lance que se pôs em frente à menina e ambos rolaram um para cada lado. A menina não sofreu nenhuma fratura, somente escoriações e ficou em choque. Após o episódio, Leonor não conseguiu falar uma palavra, só depois de uns chocalhos disse: "Virge Nossa Senhora! Virge Nossa Senhora!".

Texto analisado de "João Ubaldo Ribeiro" – cem melhores crônicas Brasileiras, Editora Objetiva – Rio de Janeiro, 2007, pág. 235.
João Ubaldo Ribeiro foi o sétimo ocupante da Cadeira nº 34, eleito em sete de outubro de 1993. O escrito nasceu em Itaparica, Bahia, em 23 de janeiro de 1941. Onze anos da sua infância, viveu em Sergipe com sua família. Viveu logo depois, em Lisboa, onde ficou por um ano e em seguida foi com a família para o Rio de Janeiro e lá também permaneceu por um ano. Voltou para Itaparica e lá viveu por sete anos. O escritor era um tanto nômade, pois mudou-se no decorrer de sua vida em muitos lugares: Entre 1990 e 1991, morou em Berlim, período em que estava a convite do DAAD - Deutscher Akademischer Austauschdienst – um instituto Alemão de intercambio. Quando voltou, foi morar novamente no Rio de Janeiro. Casou-se com Mônica Maria Roters, com a qual teve duas filhas, mas acabou se separando e em seguida casou-se com Berenice de Carvalho Batella Ribeiro e com ela teve dois filhos.
O currículo de João Ubaldo Ribeiro é exemplar, foi formado Bacharel em direito no ano de 1962 pela Universidade Federal da Bahia, mas nunca exerceu a profissão. Fez pós-graduação na área de Administração Pública na mesma universidade. Não se conformou com as duas graduações, formou-se Mestre em Administração Pública e Ciência Política pela Universidade da Califórnia do Sul. Atuou como professor na Escola de Administração, na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia e também na Escola de Administração da Universidade Católica de Salvador. Não obstante, atuou como jornalista, repórter, redator, colunista do jornal da Bahia, Além de ser colunista, editorialista e editor chefe da Tribuna da Bahia e em São Paulo colaborou com a Folha de S. Paulo, O Globo, O Estado de S. Paulo e A Tarde. No exterior atuou como colunista do jornal Frankfurter Rundschau, na Alemanha, Diet Zeit (Alemanha), The Times Literary Supplement (Inglaterra), O Jornal (Portugal), Jornal de Letras (Portugal).
A formação literária do escritor não fica atrás. Iniciou ainda quando era estudante participando do internacional Writing Program da Universidade de Iowa. Foi a partir daí que começou a escrever os livros de ficção e construir sua carreira como romancista, cronista, jornalista e tradutor. O primeiro trabalho literário do escritor foi publicada em coletâneas : Reunião, Panorama do conto baiano. Escreveu o primeiro livro aos vinte e um anos com o tema "Setembro não tem sentido". A segunda produção foi "Sargento Getúlio" publicado em 1971, essa obra foi considerada um marco do moderno romance brasileiro, de acordo com os críticos, uma vertente literária que sintetizou o melhor de Graciliano Ramos e de Guimarães Rosa, uma vez que a obra de João é recheada com a cultura e o costume do nordestino em especial os sergipanos. Três anos depois publicou "Vence cavalo e o Outro Povo" (1974). João Ubaldo foi escolhido no ano de 1999 para fazer um depoimento ao jornal francês Libération expondo as suas ideias sobre o Terceiro Milênio.
O brilhante escritor recebeu diversas premiações no decorrer de sua carreira: O Prêmio Golfinho de Ouro, do Estado do Rio de Janeiro, conferido, em 1971, pelo romance Sargento Getúlio; Dois prêmios Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1972 e 1984, respectivamente para o Melhor Autor e Melhor Romance do Ano, pelo romance Sargento Getúlio e Viva o povo brasileiro; O Prêmio Altamente Recomendável - Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil,1983, para Vida e Paixão de Pandonar, o Cruel ; O Prêmio Anna Seghers, em 1996 (Mogúncia, Alemanha); O Prêmio Die Blaue Brillenschlange (Zurique, Suíça); O Detém a cátedra de Poetik Dozentur na Universidade de Tubigem, Alemanha (1996). O Prêmio Lifetime Achievement Award, em 2006, e o Prêmio Camões, em 2008.
João Ubaldo Ribeiro faleceu no dia 18 de julho de 2014, no Rio de Janeiro, aos 73 anos.

Resumo
A crônica "O dia em que nós pegamos papai Noel" retrata a história de quinze meninos com idade entre 9 e 10 anos que queriam saber se Papai Noel realmente existia. Um dos coleguinhas se apelidava Neném e era muito respeitado pelo resto da turma. Quando esses meninos se reuniam para conversar, falavam sempre do mesmo tema: mulheres, mas um certo dia Neném ficou adoentado e não pode mais estar com os colegas enquanto não melhorasse. Então aqueles meninos esqueceram-se das conversas que tinham sobre mulheres e resolveram mudar o repertório. Passaram a conversar sobre a verdadeira historia sobre o Papai noel. Um certo dia Neném melhorou e saiu a rua para brincar e rever os colegas. Quando chegou percebeu que eles conversavam sobre a existência do Noel, então aproveitou para afirmar que realmente o Papai Noel existia. Neném contou que uma noite de natal viu o papai Noel colocando presentes na árvore de sua casa. Os meninos se maravilharam com essa história, Neném decidiu então que ele e seus amigos ficariam acordados até depois da meia noite para verem a chegada do velhinho. O local escolhido por neném foi o quintal de um dos coleguinhas: o Zezinho. Chegado o momento, todos foram para o quintal e se esconderam estrategicamente e de repente chega um homem, barbudo, com chapéu e uma sacola e pulou a janela do quarto da Laleca, empregada da casa do Zezinho, e os meninos eufóricos diziam é o papai Noel. Os moleques ficaram um tempo esperando o papai Noel sair do quarto e nada, Então resolveram ir até a janela e perguntar se era o papai Noel quem entrou naquele quarto. Quando de repente saiu de lá assustado o homem que havia entrado vestido de Noel, sem camisa. Perceberam que Laleca ajeitava os cabelos e então perguntaram a ela se aquele velho era o papai Noel e a moça respondeu que sim. Os meninos não se conformaram, pois perceberam que o homem era o pai de Zezinho e descobriam que ele tinha um caso com ela.



Reflexão
A crônica "O batismo na Penha" de Vinicius de Moraes e "O dia em que nós pegamos papai Noel" de João Ubaldo Ribeiro, eu classifico de crônica humorística, pois os autores fazem graça do cotidiano, neste caso, eles falam de um episódio que presenciaram, de forma engraçada. Vinicius e João descrevem o evento de acordo com a sua própria visão crítica dos fatos. Em alguns momentos incorpora frases dirigidas ao leitor com objetivo de estabelecer um diálogo com ele.


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