Visita não oficial do lider norte coreano a China

August 8, 2017 | Autor: Renata Thiebaut | Categoria: International Studies, China, North Korea (politics and society)
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Renata Thiebaut
2007

Visita nao oficial do lider norte coreano na China

A visita nao oficial do lider norte coreano na China, semana passada, reafirma as fortes relacoes entre os dois paises comunistas. Entre os temas da conversa destacam-se as relacoes economicas entre os dois paises e a questao nuclear norte-coreana.

A crise alimentícia, falta de investimentos e o atraso economico da Coréia do Norte, sao os fatores que motivaram essa inesperada visita. É importante ressalta que desde 2006 Kim Jong-il nao visita a China.

Sem dúvida, a China é o maior parceiro economic da Coréia do Note. As principais exportações da China para Coréia do Norte incluem combustíveis minerais e de petróleo, maquinaria elétrica, máquinas, vestuário de malha, plástico, veículos de filamentos, sintéticos, ferro e aço. Já importações incluem minérios, combustíveis minerais (carvão), ferro e aço, peixes e mariscos, sal, enxofre, terras, pedra.

O meu ponto de vista sobre a economia Norte-coreana é baseada em minha visita ao país em 2008.

O país enfrenta sérios problemas economicos. A crise energetica é sentida quando o sol de poe. As ruas, sem iluminacao pública, as casas em sua gande maioria sem luz e até mesmo a ponte que liga a China a Coréia do Norte, metade iluminada (na parte chinesa), metade sem iluminacao (na parte norte-coreana).

A crise alimentícia também é alarmante. Segundo as Nacoes Unidas, milhoes de norte-coreanos sofrem com a falta de alimentos. As vastas plantacoes de arroz no interior do país parecem nao atender as necessidades da populacao. Mas é o atraso economico o fator mais importante, responsável por desencadear as outras crises no país. O sistema de transporte e as contrucoes antigas relatam a falta de modernizacao do país.

As reformas economicas e aos poucos, a abertura para investimentos estrangeiros sao as tentativas do governo para desenvolver o país. O governo central tem desenvolvido zonas economicas especiais com foco na industrializacao.

Certa feita, nas montanhas do país, o frio era tanto que tive que comprar um casaco em uma loja de conveniencia em um desses hotéis internationais da Coréia do Norte. Surpreendentemente, havia uma jaqueta esportiva em duas versoes, uma norte-coreana e uma chinesa. A chinesa era consideravelmente mais barata.

Este ano, a feira internacional de commodities de Pyongyang contará com mais de duzentas empresas. Um número maior de empresas internacionais estarao participando (consta na lista de expositors empresas brasilieiras).

A Coréia do Norte, vem aos poucos abrindo as portas para o mundo. Sem dúvida, a necessidade tem feito com que Kim se afaste cada vez mais das raízes comunistas e se entregue cada vez mais ao capitalismo. Agora basta saber quais vertentes o país vai tomar na era pós Kim Jong-il.

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