Wittgenstein e Fernando Pessoa - Entre as Investigações, sensacionismo e seus fragmentos

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FERNANDA BARROS DA SILVA

WITTGENSTEIN E FERNANDO PESSOA ENTRE AS INVESTIGAÇÕES, SENSACIONISMO E SEUS FRAGMENTOS

SÃO PAULO 2015

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS

WITTGENSTEIN E FERNANDO PESSOA ENTRE AS INVESTIGAÇÕES, SENSACIONISMO E SEUS FRAGMENTOS

FERNANDA BARROS DA SILVA

Dissertação de graduação em Filosofia da Linguagem com o requisito avaliativo que compõe a média final do semestre. Professor: Marcelo Carvalho. Número de matrícula: 93.353

São Paulo 2015

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 2 SENSACIONISMO 2.1 Origem, revista Orpheu 2.2 O que é sensacionismo? 2.3 Sobre Alberto Caeiro 2.4 Sensação sendo a única realidade; como a consciência da sensação.

3 WITTGENSTEIN 3.1 Questão entre consciência e realidade 3.2 Linguagem 3.3 Investigações, usos, jogos de linguagem 3.4 Argumento da linguagem privada

4 SENSACIONISMO E WITTGENSTEIN 4.1 A Consciência e a Matéria 4.2 Todo conhecimento provém dos sentidos. 4.3 O modo de organização das estruturas das relações entre estética e filosofia 4.4 Jogo de linguagem das sensações.

CONCLUSÃO REFERENCIAS

INTRODUÇÃO

Fernando Pessoa parte de um axioma da análise linguística pelo pensamento poético culminando em um sistema filosófico de acordo com o "sensacionismo", onde defende o sentido da efemeridade da palavra sensação sendo a única realidade e pela estética (arte), como a consciência da sensação. A partir de Wittgenstein em Tratactus Logico-Philosophicus, que diz s"obre o que não se pode falar, deve-se fazer silêncio", podemos entrar na questão entre consciência e realidade conjuntamente com a linguagem para analisar essa conexão diante de tais regras lógicas. Pessoa acredita no processo de transformação entre objetos (sensações exteriores) e literatura (sensações interiores), pois só há duas realidades: a Consciência e a Matéria, para ele, todo conhecimento provém dos sentidos. Esta pesquisa tem como objeto de estudo uma análise entre Fernando Pessoa e Wittgenstein, a partir do conjunto de obras Tratactus-Lógico Philosophicus, Investigações Filosóficas e o Livro do Desassossego (não somente esses). O objetivo é estudar o modo de organização das estruturas das relações entre estética e filosofia nas obras desses dois autores e a forma que ambos se dão. Em outros termos, no enfoque wittgensteiniano, na pretensão de desenvolver aqui o argumento a respeito da linguagem privada em meio a uma investigação gramatical de acordo com a descrição de seu uso e por fim, chegando na dissolução da problemática ilusória e obscura por meio do jogo de linguagem das sensações.

SENSACIONISMO

Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Ricardo Reis, figuras extremamente importantes na introdução do sensacionismo, são heterônimos de Fernando Pessoa1. Cada um possuí obras poéticas distintas (e complementares) entre si. Dado século XX e suas transformações políticas e culturais em Portugal, chega também com toda força, o movimento artístico, como o Futurismo e Cubismo. Diante disto e sem muita demora, surgem grupos de escritores e pintores interessados em fundar uma revista para ecoar a defesa do modernismo no país. Nasce então, Orpheu2. A maior parte dos poemas sensacionistas não foram publicados durante a vida de Fernando Pessoa. Inicialmente, na revista Orpheu, destinada a um público específico e exigente, consistia num grupo intelectual do qual Pessoa e outras figuras como Mário de Sá 3, faziam parte. Alguns poemas de Álvaro de Campos foram publicados nesta revista, dando um “início”, um esboço sobre a estética sensacionista. Fernando Pessoa não define o que é sensacionismo, o termo fala por si sobre a sensação como substância primordial em uma construção estética, sendo a única realidade na vida e a arte como consciência dessa sensação. Como uma síntese entre passado e o acréscimo de coisas novas. A arte de todas as artes. Com um elemento fundamental, o sonho, que seria a separação entre pensamento e ação numa transição de realidade e sonho. O conjunto de linguagem aqui, é marcado pelo sentir e o pensar. Tais ideias ficam mais fáceis de compreender lendo os seis poemas que compõem “Chuva Oblíqua”, que unifica a ideia de realidade (vivida) com o sonho. Pessoa guardava em um baú, como forma de organização pessoal, a maioria de seus poemas, cartas e fragmentos. Apenas postumamente muitos desses escritos (em vida) foram publicados por sua família. Entre eles, fragmentos sobre o sensacionismo. Pressupõe-se que “Ode Triunfal”4 de Álvaro de Campos, enquadra-se neste período. Desenvolve-se assim o Sensacionismo, onde tal estética anuncia o princípio de que não existe realidade, apenas sensações. O sensacionismo manifesta três juízo, onde todo o objeto é uma 1 2 3 4

Fernando António Nogueira Pessoa (13 de Junho de 1888 – 30 de Novembro de 1935), popularizado como Fernando Pessoa. Orpheu era uma revista composta por intelectuais que deram início ao Modernismo em Portugal, surgiu em meados de 1914. 1890 – 1916, escritor e poeta português, sobretudo, amigo íntimo de Pessoa e um dos principais nos do Modernismo. Poema sensacionista de Álvaro de Campos.

sensação nossa, toda a arte é a conversão de uma sensação em objeto e a arte é a conversão de uma sensação em outra sensação. Fernando Pessoa aproximava suas produções estéticas às literárias (materiais), assim como em alguns poemas de Álvaro de Campos, durante sua passagem pelo grupo Orpheu, à qual teve oportunidade para se destacar e estabelecer a “emoção e pensamento” em suas poesias. Alberto Caeiro, um dos heterônimos de Fernando Pessoa, em “Um Guardador de Rebanhos” onde divagava pelo campo, é conhecido também como sensacionista pela força de sua busca no imediato da natureza e como ela é expressada em seus juízos filosóficos. Ressaltemos também a importância dos sentidos, especialmente sobre a visão indefinida do universo, o “ver” que ele transmite em suas poesias, assim como Álvaro de Campos dizia: “O meu mestre Caeiro não era um pagão: era o paganismo. (...) Em Caeiro não havia explicação para o paganismo; havia consubstanciação. (…) Referia-me ele, aliás desenvolvendo o que diz num dos poemas de O Guardador de Rebanhos, que não sei quem lhe tinha chamado em tempos poeta materialista. Sem achar a frase justa, porque o meu mestre Caeiro não é definível com qualquer frase justa, disse, contudo, que não era absurda de todo a atribuição”.5 Fernando Pessoa, dentre os seus diversos textos teóricos, define o Sensacionismo como a estética literária. Para tanto, observa a sensação sendo a única realidade da vida e a arte como a consciência da sensação. O mesmo analisa, dizendo que “(…) partindo de aí, o sensacionismo nota as duas espécies de sensações que podemos ter — as sensações aparentemente vindas do exterior, e as sensações aparentemente vindas do interior. E constata que há uma terceira ordem de sensações resultantes do trabalho mental — as sensações do abstracto.”6 Compreendendo que o sensacionismo não pode ser articulado por sensações exteriores, pois é o campo da ciência e também, nem pelas sensações interiores, que é o campo da filosofia. Pessoa acredita que deve partir do abstrato de acordo com o domínio da realidade e da emoção. “A arte, devendo reunir, pois, as três qualidades de Abstracção, Realidade e Emoção, não pode deixar de tomar consciência de si como sendo a concretização abstracta da emoção (a concretização emotiva da abstracção)”, mas não uma abstração que nos leva a metafísica. Podemos analisar essas ideias nos poemas “Acordar a cidade de Lisboa”, "Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir", "Meu olhar é nítido com um girassol", entre outros citados.

5

“Nota para recordação de meu mestre Caeiro (algumas delas)”, de Álvaro de Campos. 1931. 1ª publ. in “Presença”, nº 30. Coimbra: Jan/Fev.

6 Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação. Fernando Pessoa. Lisboa.1916.

WITTGENSTEIN

Wittgenstein7 e suas obras filosóficas de crítica e auto crítica, dividida em dois períodos como “primeiro Wittgenstein” em Tractatus Logico-Philosophicus e o "segundo Wittgenstein" em Investigações Filosóficas. Ainda que destacado em duas fases, a linguagem permanece com pano de fundo de toda a sua reflexão. Em Tractatus Logico-Philosophicus, Wittgenstein tenta romper com a visão tradicional da filosofia, para ele tanto as coisas como as palavras, apenas ganham significado quando relacionadas com outros objetos e/ou inseridas em frases, num determinado “estado” para que possa ser pensado como verdadeira ou não, de acordo com a estrutura do mundo. As Investigações Filosóficas, apresentam uma concepção geral em oposição às ideias agostinianas sobre a linguagem. Para Wittgenstein, a problemática na linguagem logo se dá no platonismo, na filosofia grega, ocidental. Ele mesmo diz em seus escritos que o caminho que ele seguirá é claramente o oposto da estrutura que Sócrates apresenta em seus diálogos platônicos, já que discorda dos conceitos de essência e natureza nos diálogos que incorporam a essa linguagem. Wittgenstein não tem como objetivo atacar uma teoria filosófica em especial, mas sim mostrar uma outra possibilidade na linguagem na visão agostiniana. Nas Investigações, Wittgenstein tenta romper com a ideia de que cada palavra corresponde a um objeto. Em sua obra, ele debate justamente sobre os jogos de linguagem e o desenvolvimento dessa concepção, se preocupando em como os conceitos e seus usos são caracterizados. Wittgenstein, também fala de uma imagem do funcionamento da linguagem que nos mantêm presos na nossa forma de falar e que para podermos nos livrar dela, é preciso analisar para então eliminála. É como se essa “imagem” nos deixasse cegos e nos obrigasse a aceitá-la como única sobre a essência da linguagem.

A concepção de jogos de linguagem é uma das contraposições centrais entre a imagem agostiniana e a linguagem de Wittgenstein. O significado das coisas não deve ser algo fixo e determinado, e sim como uma expressão que ganha sentido quando é inserida em contextos e em objetos específicos. O significado varia de acordo com o seu uso, sabendo que existem imensas opções na utilização das palavras diante de seus contextos e significados específicos. Aprendemos junto com a linguagem uma determinada forma de vida que provém do uso em nosso cotidiano. É 7 Ludwig Joseph Johann Wittgenstein foi um filósofo austríaco; foi um dos principais atores da virada linguística na filosofia do século XX.

“compreender algo que já está aberto diante de nossos olhos” 8. Wittgenstein argumenta também a respeito da “dor”, em como podemos saber sobre a dor que uma pessoa está sentindo, sem recorrer à resposta de que somente a pessoa que passa por aquela situação a compreende? Essa linguagem privada parece se desenvolver como um “privilégio” pormenor das experiências. Uma pessoa pode ter a noção em relação as dores ou sentimentos, mas não saber em exatidão a dor do outro. Ou seja, essa reflexão de acordo com Wittgenstein nos faz concluir que falar em uma linguagem privada é algo impossível, a descrição da dor é algo muito subjetivo.

SENSACIONISMO E WITTGENSTEIN

Um heterônimo pouco conhecido chamado António Mora, de Fernando Pessoa, na Introdução ao estudo da Metafísica9, acredita no processo de transformação entre objetos. Para ele todo conhecimento provém dos sentidos, pois só há duas realidades: a consciência e a matéria. Mora, trabalha com o pressuposto de dualismo entre esses dois pontos e nega a existência da ideia abstrata da consciência. É semelhante ao idealismo que se trata no Tratactus Lógico-Philosophicus. Na lógica da linguagem podemos anexar essa ideia em relação a subjetividade, como na linguagem privada em Wittgenstein. Os conceitos de sensação e objeto em Pessoa, tem fundamentos materialistas que tratam e elucidam os contextos linguísticos restritos nas Investigações. Mora afirma, “quanto mais a evolução se complica, mais complexo e nítido vai sendo o nosso senso da Realidade. Ela é cada vez mais real, mais material.” e que “a filosofia é um antropomorfismo em todos os sistemas”. Os conteúdos da consciência jamais poderão reproduzir exatamente o mundo exterior, pois todo o processo de observação resigna-se aos critérios subjetivos. Em Wittgenstein, observamos que o seu argumento da linguagem privada rejeita que seja possível a ideia de que as palavras tenham relações de forma direta com as sensações que elas representam. Aceitar tal fato, seria como se pudesse inventar um vocabulário que somente o criador fosse o único que conseguiria compreender, algo que não pudesse ser compartilhado por ter sido 8 Wittgenstein, 1994. p 64. 9 Introdução ao estudo da Metafísica, princípios basilares. 1915.

criado de acordo com percepções particulares e isso implica em como saber se quando falamos sobre algo, falamos da mesma coisa. Nas poesias de Alberto Caeiro, “pensar” é estar doente dos olhos. Ver é conhecer e entender o mundo. Para ele, sensacionista, só interessa o que é possível apreender pelas sensações. Mas então, como teríamos noção das “coisas em si”, digo, como saberíamos relacionar as palavras e os objetos diante de seus contextos? Wittgenstein tem em seus escritos o exemplo da caixa contendo um besouro: “"Suponhamos que cada um tivesse uma caixa e que dentro dela houvesse algo que chamamos de 'besouro'. Ninguém pode olhar dentro da caixa do outro; e cada um diz que sabe o que é um besouro apenas por olhar seu besouro. Poderia ser que cada um tivesse algo diferente em sua caixa". Compreendemos melhor em Wittgenstein, que não somos ensinados deste modo, a relacionar uma palavra a um objeto, e sim a entender os seus diferentes usos diante de uma expressão para as sensações. É aquilo que chamamos de jogos de linguagem, ou seja, não importa a sensação que tenhamos, mas sim sua função no uso cotidiano. O sensacionismo aqui, falha diante do modelo de linguagem em Wittgenstein. Não se pode afirmar com exatidão que “todo o conhecimento vem dos ou pelos sentidos”10, pois há um “privilégio” quando tratamos da questão da linguagem privada que envolve nossas próprias experiências particulares. As sensações e sentimentos de dor, por exemplo, é caracterizado pela expressão, a descrição da mesma. As palavras só ganham significação quando condicionadas pelo cotidiano e seus jogos de linguagem. A oposição à possibilidade de tal linguagem privada, refere-se aos objetos particulares na linguagem pública, não tem como nos referirmos numa linguagem privada. Portanto, não podemos nos referir a eles, o que significa que independente do que seja as chamadas sensações, elas de forma alguma são privadas. A tentativa de provar o contrário implicaria em perder as suas distinções e a ideia objetiva. Fernando Pessoa, em suas contradições, vê o mundo sem a necessidade de explicações. Para Caeiro o mundo é sempre diferente. De forma rasa, as ideias de Caeiro sobre o imediatismo, se assemelham na ideia agostiniana de que as palavras da nossa linguagem se referem as sensações imediatas e privadas. E de forma errônea, este pensamento implica novamente no debate que apenas uma linguagem referente as sensações é apenas compreendida pelo próprio indivíduo. É um falar restrito a si mesmo. 10 Textos Filosóficos. Vol. II. Fernando Pessoa. (Estabelecidos e prefaciados por António de Pina Coelho.) Lisboa: Ática, 1968. - 223.

CONCLUSÃO

Os textos teóricos escritos por Fernando Pessoa, a cerca do sensacionismo, são falhos na medida em não podemos encontrar uma definição exata da origem do próprio movimento sensacionista. A sua ideia se mostra contraditória, ora Pessoa afirma que sua origem veio de uma amizade entre Álvaro de Campos e Mário de Sá-Carneiro e ora afirma que o sensacionismo se constitui a partir da poesia do mestre dos heterônimos, Alberto Caeiro. A falta de uma clareza prejudica a compreensão desse movimento, ainda que é possível entender a definição e suas principais características do sensacionismo em diversos poemas de Álvaro de Campos e Caeiro, ainda que inicialmente uma ideia primeira das sensações apareça com algumas semelhanças em ambos autores, e claro, se fazendo necessário deixar claro que ambos às obras tem ideias distintas. Há de se levar em consideração que a ideia do sensacionismo nasceu anos antes das obras de Wittgenstein. Nas Investigações, temos a dissolução dessa problemática falha em Fernando Pessoa quando analisamos a ideia do argumento da linguagem privada que acarretou toda uma estrutura dos conceitos por meio de seu uso, descrições e composição nos jogos de linguagem. Campos propõe, de acordo com os princípios do sensacionismo fazer uma análise das sensações e com a consciência exprimi-las e outras novas sensações. Wittgenstein, por sua vez, traça um caminho que nos mostra que não aprendemos que uma palavra signifique a sensação de algo, como uma dor, mas sim que aprendemos por meio da linguagem (pública) a expressar os comportamentos. É um equívoco dizer que uma determinada palava signifique um objeto ou sensação, essas relações variam a partir do seu meio, de como é construído nossos contextos e jogos de linguagem. É interessante pensar que em uma comparação entre o conceito de jogos de linguagem de Wittgenstein e o processo de criação heteronímica Pessoano, nos faz pensar que cada personalidade dos heterônimos é um tipo de jogo de linguagem, por sua particularidade. Desta maneira, os jogos de linguagem se bastam sem o “privilégio” de algo privado. Por fim, tendo por base o estudo em Wittgenstein e de Pessoa, essa dissertação que submetemos a avaliação quis estudar as relações entre estética e filosofia nas obras desses dois autores com uma certa ideia de aproximação entre eles em suas estruturas da linguagem. No entanto, na reflexão wittgensteiniana e pessoana, encontramos o desenvolvimento das sensações e a sua solução por meio da recusa de uma linguagem privada diante da gramática e sobre os jogos de linguagem. E apesar das semelhanças que aproximam a produção destes dois autores, são escassos e contraditório os estudos do sensacionismo.

REFERÊNCIAS

RUY, Mateus Cazelato. Os conceitos de jogos de linguagem nas Investigações Filosóficas de Wittgenstein. Universidade Estadual de Londrina, 1998. COELHO, Maria Priscilla. Linguagem e os limites da filosofia: uma leitura de Wittgenstein. PUC-RJ, 2009. WITTGENSTEIN, Ludwing. Investigações Filosóficas. São Paulo: Ed. Nova Cultural (Coleção Os Pensadores – trad.: José Carlos Bruni), 2000. DONAT, Mirian. Linguagem e significado nas Investigações Filosóficas de Wittgenstein: uma análise do argumento da linguagem privada. Universidade Federal de São Carlos, 2008. COELHO, António Pina. Os fundamentos filosóficos da obra de Fernando Pessoa. Lisboa: Verbo. 1997. PESSOA, Fernando. Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação. Lisboa: Ática, 1966. PESSOA, Fernando. O Guardador de Rebanhos. 1ª publ. in Athena, nº 4. Lisboa: Jan. 1925. COELHO, António Pina. Textos filosóficos, Vol. 1. Lisboa: Ática, 1968 (imp 1993).

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