\" Cada vez que nomeio alguém para um cargo vago, gero 100 descontentes e 1 ingrato\"

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"Cada vez que nomeio alguém para um cargo vago, gero 100 descontentes e 1 ingrato"
By Sávio Ferreira de Souza


Mario S. Cortella em sua fala na CBN as 6:32h, usou em ocasiões e assuntos distintos duas frases de efeito que se complementam. A primeira dá título a este post, pronunciada por Luiz XIV, mas atribuída a Voltaire. A outra, transcrita abaixo, de Bertolt Brecht, usada na peça "A Vida de Galileu":

Quem não conhece a verdade é apenas um imbecil. Quem conhece a verdade e a chama de mentira é um criminoso.

As duas frases aceitam um paralelo com a crise brasileira, fruto das sandices de grupos que dizem acreditar em doutrinas humanas do Comunismo / Socialismo falidas há séculos, mas revividas por mentiras descaradas dos que se aproveitam da ignorância popular, por eles mesmo fomentadas, responsáveis por mais de 100 milhões de mortes na Rússia. A estes se juntam os que acreditam em políticos que, conhecendo a verdade sobre os efeitos destas doutrinas (pobreza, esface-lamento do Estado, corrupção, carência dos elementos básicos como alimentos e água), chamam-nas de mentiras, o que, pelos conceitos de Brecht, as torna criminosos explorando imbecis.
O título deste post também se aplica ao momento que vivenciamos, eis que nas crises todas as benesses recebidas alegremente por subalternos promovidos por seus líderes são, quase sempre, esquecidas quando eles são dispensados por contenção de despesas. Os então agradecidos, se voltam contra o mentor que um dia acreditou em seus potenciais e este se dá conta, por tamanha ingratidão, de que talvez não tenha valido a pena haver fomentado tantos descontentes quando escolheu aquele colaborador específico para nele depositar sua confiança e indica-lo a ocupar o cargo vago, mas que agora, despedido, revelou-se um ingrato que se volta contra seu mentor por "tamanha injustiça".
Por que isto? Ora, não se nasce líder, gestor ou chefe. Salvo péssimas exceções familiares, ninguém é galgado a estes postos sem ter conhecido um superior que acreditou em suas aptidões e apostou seu próprio prestígio e cargo ao alçá-lo à frente de uma boa equipe que necessitava de um líder. Infelizmente, poucos são os que se mostram dignos deste favor e risco inutilmente tomado pelo seu gestor que esperava dele, pela revelação de suas aptidões, viesse a se TORNAR AQUILO QUE É! expressão cunhada pelo poeta grego Píndaro para acordar aos homens que desperdiçam suas habilidades.
Mas porque o escolhido não se tornou o líder esperado? Duas razões: por engano de seu gestor que viu nele qualidades que ele não possuía ou apenas por haver dados asas à sua preguiça, escolhendo tornar-se apenas chefe, função que só aproveitaria a ele, nunca à empresa e jamais ao seu mentor.
 O líder raramente é despedido, pois dele depende o sucesso das empresas. O chefe, ao contrário, encabeça a lista da dispensa em vista de sua remuneração versus o baixo retorno auferido no processo produtivo. No fundo o chefe faz pouca falta, abrindo espaço para outro que, por menor salário, talvez mostre sinais de liderança.
Afinal, como se reconhece um líder? Percebendo nele os hábitos básicos que deveriam nortear toda a humanidade pela educação!
Veracidade, pois tendo a mentira perna curta, rapidamente o mentiroso é isolado e tido como não confiável. A política brasileira, por exemplo, vive seus dias de inferno, principalmente os ex-presidentes, experiências recentes desta certeza expresso na frase jocosa: nunca se mentiu tanto neste país!
Respeito: ninguém confia, segue ou promove um desrespeitador ou um desdenhoso. Para estes o desemprego será sempre a sua realidade e a culpa será sempre colocada por eles no sistema, nos chefes e todos aqueles que nunca os compreendem.
Fidelidade: São raros os que percebem ser esta virtude o oxigênio da sociedade. Um mero exercício de raciocínio é capaz de mostrar, por exemplo, que a vida dos passageiros à bordo depende da fidelidade do piloto à sua profissão. Recordem o acidente da Germanwings em que o piloto, doente e infiel aos passageiros, à profissão e à seu empregador jogou a aeronave contra os Alpes. Já se deram conta de quantos bilhões de Euros foram gastos para encontrarem o Airbus da Air France no fundo do Atlântico? Ora, ali não se buscava corpos, até por que os que foram encontrados, ali mesmo foram deixados. O investimento na busca era conhecer quem havia sido o infiel: o avião ou os pilotos. Desta simples resposta depende toda a indústria da aviação. Pense! Se a cada 100 vôos um avião caísse, você embarcaria um filho neles?
Responsabilidade: A falta deste bom senso é causa dos infortúnios, insucessos e acidentes. No entanto, há inúmeros chefes, presidentes e autoridades transitando por aí totalmente despreocupada com os efeitos de seus atos e, por incrível que pareça, há gente (regiamente recompensada) que ainda os defendem acirradamente,
Outras virtudes como a laboriosidade, bondade, humildade, honestidade, coragem e etc, quando reunidas em um líder, faz com que seus admiradores cheguem a dar sua vida por ele ou por suas memórias, como São Pedro, São Paulo e milhares de outros mártires do Cristianismo, imitados por milhões de anônimos que ajudam a sociedade a progredir e melhorar pelo simples fato de existirem. É em cima destes que a sociedade se ampara.
Ao ver a esquerda peleando para recompor o Ministério da Cultura, que se mostrou um antro de corrupção e fomento à desconstrução cultural do País, é de se pensar qual é, de fato, a questão que se discute: medo dos aproveitadores de que se estanque o jorro de dinheiro fácil patrocinado pela estatais e empresas de economia mista pelos autodenominados de intelectuais ou se a briga se dá pelos famintos e iletrados cidadãos, que sem comida em seus pratos, deveriam estar sendo alimentados e após isso aculturados, missão que por certo não passa por peças teatrais com ânus e dedos ou pela apologia à liberação do sexo infantil, outro crime que se pretende legalizar na Câmara dos deputados.
 Cultura se ganha com as praticas das virtudes, que não se difunde por leis! Virtude se aprende em casa pelo ENSINAR A FAZER, hábitos percebidos como bons pelos sentidos da criança quase que exclusivamente por osmose, já que ela imita o ato de seus pais sem muita necessidade de correção.
Ensinar é diferente de instruir e INSTRUI-SE O COMO FAZER. Por isso aceita-se que esta função deixe a família e que se repasse à escola em vista da complexidade de se alcançar bons resultados em casa a partir do ensino fundamental. Também é diferente de educar que nada mais é do que a exigência que se faz à criança a colocar em prática o ensino e a instrução recebida. Por isso EDUCA-SE A FAZER, quando se exige que o educando coloque em prática, por obrigação, correção ou forte exigência as virtudes e hábitos básicos proporcionados pelo ensino e instrução recebidas adaptando-o a vida em sociedade, em busca da felicidade!
Desenvolver a Cultura é antes de tudo mudar radicalmente a educação pátria e, quem sabe, não passa pela extinção da estabilidade de empregos de professores, principalmente os universitários que experimentariam a meritocracia que os outros mortais, contribuintes, experimentam em seus labores.
Precisamos de líderes, não de chefes, mormente os ingratos!
 Trata-se de uma questão de VONTADE, não de DESEJOS. Mas, outras nações conseguiram fazê-lo e hoje conrestão melhores do já foram. 





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