\" Novo Paradigma Jurídico da Proteção Internacional dos Refugiados \"

Share Embed


Descrição do Produto

HELISANE MAHLKE

“Novo Paradigma Jurídico da Proteção Internacional dos Refugiados” Tese de Doutorado Orientador: Professor Associado Dr. André de Carvalho Ramos

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO São Paulo – SP 2016

HELISANE MAHLKE

“Novo Paradigma Jurídico da Proteção Internacional dos Refugiados” Tese apresentada à Banca de Examinadora do Programa de Pós-Graduação em Direito, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, como exigência parcial para a obtenção do título de Doutor em Direito na área de concentração Direito Internacional, sob a orientação do Professor Associado Dr. André de Carvalho Ramos. Versão Corrigida em 22 de julho de 2016. A versão original, em formato eletrônico (pdf), encontra-se disponível na CPG da Unidade.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO São Paulo – SP 2016

RESUMO

MAHLKE, Helisane: Novo Paradigma Jurídico da Proteção Internacional dos Refugiados. 2016. 363f. Tese (Doutorado em Direito Internacional). Faculdade de Direito. Universidade de São Paulo. São Paulo. 2016.

O modelo existente de proteção aos refugiados demonstrou ser insuficiente diante dos desafios atuais impostos pela complexidade da mobilidade humana e o agravamento de conflitos em várias regiões do globo, que têm provocado um deslocamento em massa de seres humanos sem precedentes. Tal modelo, nacionalista e anacrônico, compreende o refúgio como parte da política estatal e, portanto sujeito aos interesses do Estado. Assim, ao invés de cooperação e proteção, os Estados respondem unilateralmente estabelecendo políticas restritivas e violando os direitos humanos daqueles que buscam refúgio. O papel do ACNUR é limitado diante da discricionariedade dos Estados. Contudo, o refúgio não é uma prerrogativa do Estado, mas um direito do indivíduo, previsto em normas internacionais e regionais às quais diversos países se comprometeram e, portanto, têm a responsabilidade de cumprir. Nesse sentido, as Cortes Internacionais têm atuado como instrumentos de interpretação e aplicação das normas sobre refúgio, estabelecendo um novo paradigma jusinternacionalista sobre o Direito Internacional dos Refugiados. Esse novo paradigma, considera o Direito Internacional dos Refugiados parte do Direito Internacional dos Direitos Humanos e, reconhece o papel das Cortes Internacionais como intérpretes deste direito. Essa perspectiva faz com que os Estados que violarem o Direito Internacional dos Refugiados possam ser responsabilizados internacionalmente.

Palavras-chave: Direito Internacional dos Refugiados. Direito Internacional dos Direitos Humanos. Cortes Internacionais.

ABSTRACT The existing regime for the protection of refugees proved itself to be insufficient concerning the actual challenges posed by the complexity of human mobility and the recrudescence of conflicts in many regions of the globe that had provoked an unprecedent mass influx of individuals. This model, nationalistic and anachronistic, considers asylum as part of state policy and, thus, subjected to the interests of the State. Therefore, instead of cooperation and protection, the States respond unilaterally stablishing restrictive policies and violating the human rights of those who seek refuge. The role of UNHCR is limited before the discretionary power of the State. Nevertheless, asylum is not a State’s prerogative, but a human right, written in international and regional norms, binding those countries who ratified them and, thereby have the responsibility to fulfill them. In the same sense, the International Courts have been acting like instruments of interpretation and enforcement of refugee law, pointing to a new internationalist paradigm of the International Refugee Law. This new paradigm considers International Refugee Law part of the International Human Rights Law, and recognizes the role of International Courts as their interpreters. This perspective makes that States which violated International Refugee Law can be held responsible internationally.

Keywords: International Refugee Law. International Human Rights Law. International Courts.

RESUMÉ Le modèle actuel de protection des réfugiés avéré insuffisant face à des défis actuels posés par la complexité de la mobilité humaine et l'aggravation des conflits dans diverses régions du monde, qui ont provoqué des déplacements massifs de l'homme sans précédent. Ce modèle, nationaliste et anachronique, comprend le refuge dans le cadre de la politique de l'Etat et donc soumis aux intérêts de l'Etat. Ainsi, au lieu de la coopération et de la protection, les États répondre unilatéralement l'établissement de politiques restrictives et de violer les droits de l'homme de ceux qui cherchent refuge. Le rôle du UNHCR est limitée à la discrétion des Etats. Toutefois, le refuge est pas une prérogative de l'État, mais un droit individuel prévu dans les normes internationales et régionales à laquelle de nombreux pays se sont engagés et ont donc une responsabilité à assumer. En ce sens, les tribunaux internationaux ont agi comme des instruments d'interprétation et d'application des règles en matière d'asile, la fixation d'un nouveau paradigme de jusinternacionalista sur le droit international des réfugiés. Ce nouveau paradigme, estime la partie internationale du droit international des droits de l'homme de droit des réfugiés et reconnaît le rôle des tribunaux internationaux comme interprètes de ce droit. Cette perspective rend les Etats qui violent le droit international des réfugiés peuvent être tenus responsables à l'échelle internationale.

Mots-clés: Droit International des réfugiés. Droit International des Droits de l’Homme. Tribunaux Internationales.

SUMÁRIO Introdução.............................................................................................................................1 PARTE I – O MODELO ATUAL DE PROTEÇÃO AOS REFUGIADOS Capítulo 1 – O marco regulatório internacional 1.1 A construção do Direito Internacional dos Refugiados....................................................6 1.2 A política global do refúgio............................................................................................34 1.2.1 A resposta institucional à migração forçada................................................................42 1.2.2 O papel das agências...................................................................................................45 1.2.2.1 A UNRWA...............................................................................................................45 1.2.2.2 A OCHA...................................................................................................................49 1.2.2.3 A IOM......................................................................................................................50 1.3 O mandato do ACNUR..................................................................................................51 1.3.1 O papel do ACNUR na supervisão do Direito Internacional dos Refugiados............54 1.3.2 A implementação das soluções duradouras.................................................................59 1.3.2.1 A repatriação voluntária...........................................................................................60 1.3.2.2 A integração local.....................................................................................................61 1.3.2.3 O reassentamento.....................................................................................................62

Capítulo 2 – A crise atual do modelo de proteção aos refugiados 2.1 As causas do deslocamento forçado...............................................................................65 2.1.1 As diferentes faces da mobilidade humana.................................................................70 2.1.1.1 A apatridia................................................................................................................72 2.1.1.2 Os migrantes econômicos.........................................................................................75 2.1.1.3 Os migrantes ambientais..........................................................................................77 2.1.1.4 Vítimas de tráfico de pessoas...................................................................................80 2.1.1.5 Deslocados internos..................................................................................................82 2.2 A nacionalização da proteção aos refugiados.................................................................85 2.2.1 Os parâmetros da exclusão..........................................................................................89 2.2.2 A politização do refúgio..............................................................................................96 2.3 As alternativas dos Estados face o esgotamento do atual modelo de proteção............100 2.3.1 A cooperação interestatal (“burden sharing”)...........................................................103 2.3.2 O acordo com um terceiro país de acolhimento (“third safe country”)....................105 2.3.3 As zonas de segurança (“safety zones”)....................................................................107 2.3.4 O fechamento de fronteira (“border closure”)..........................................................108 2.3.5 Os centros de detenção..............................................................................................109 PARTE II – A CONSTRUÇÃO DO NOVO PARADIGMA Capítulo 3 – O Refúgio e a Justiça Internacional 3.1 A proteção dos refugiados no Sistema Interamericano de Direitos Humanos.............113 3.1.1 Normas Regionais.....................................................................................................122 3.1.2 A jurisprudência da Corte Interamericana.................................................................128 3.2 A proteção dos refugiados no Sistema Europeu de Direitos Humanos........................137 3.2.1 A jurisprudência da Corte Europeia de Direitos Humanos.......................................143

3.3 O Refúgio na Integração Europeia...............................................................................150 3.3.1 A política migratória europeia...................................................................................154 3.3.2 A jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia.....................................162 3.4 A proteção aos refugiados no Sistema Africano de Direitos Humanos.......................167 3.5 O papel da Corte Internacional de Justiça....................................................................177 3.6 O refúgio e o Tribunal Penal Internacional..................................................................182 Capítulo 4 – Fundamentos do Novo Paradigma Jurídico da Proteção Internacional dos Refugiados 4.1 A hermenêutica do Direito Internacional dos Refugiados...........................................191 4.2 A composição das fontes do Direito Internacional dos Refugiados.............................203 4.3 A proteção complementar ao Direito Internacional dos Refugiados...........................212 4.3.1 Normas Complementares do Direito Internacional dos Direitos Humanos stricto sensu...................................................................................................................................217 4.3.2 Normas Complementares do Direito Internacional Humanitário..............................230 4.4 O papel das Cortes Internacionais na interpretação do Direito Internacional dos Refugiados..............................................................................................................243 4.5 A construção de um novo paradigma jurídico de proteção aos refugiados..................251 PARTE III – O NOVO PARADIGMA JURÍDICO DA PROTEÇÃO AOS REFUGIADOS E O BRASIL Capítulo 5 – O Modelo Nacional de Proteção aos Refugiados 5.1 A evolução da proteção dos refugiados no Brasil........................................................254 5.2 O marco regulatório nacional.......................................................................................267 5.3 A estrutura tripartite.....................................................................................................278 5.3.1 O CONARE...............................................................................................................279 5.3.2 A participação da sociedade civil..............................................................................282 5.3.3 A atuação do ACNUR no Brasil...............................................................................285 5.3.4 A atuação da Polícia Federal como autoridade migratória........................................286 5.4 A implementação das soluções duradouras..................................................................287 5.4.1 A repatriação voluntária............................................................................................288 5.4.2 O reassentamento solidário.......................................................................................290 5.4.3 A integração local......................................................................................................292 Capítulo 6 – Críticas ao Modelo Nacional de Proteção aos Refugiados 6.1 A proteção do refugiado do acolhimento à integração.................................................295 6.2 Análise crítica do processo de reconhecimento do status de refugiado.......................303 6.3 A judicialização do refúgio..........................................................................................310 6.3.1 O judicial review da decisão do CONARE...............................................................312 6.3.2 A busca pela garantia de direitos...............................................................................318 6.4 A responsabilidade do Estado Brasileiro face o Direito Internacional dos Refugiados..........................................................................................................................323 6.5 Pela construção de um novo modelo de proteção aos refugiados................................331 Conclusão..........................................................................................................................336 Referências Bibliográficas...............................................................................................341

INTRODUÇÃO

A situação dos refugiados no mundo cresce em número e complexidade, desafiando os instrumentos legais e institucionais vigentes, a corresponderem adequadamente às novas demandas. Conforme se pretende demonstrar no desenvolvimento deste estudo, o crescimento exponencial do número de solicitantes de refúgio contrasta com a falta de articulação política e institucional capaz de administrar os fluxos cada vez mais numerosos e diversificados quanto à origem e causa do deslocamento forçado. Todavia, mesmo diante dessas novas demandas, a anacrônica estrutura de proteção ainda continua a mesma do período que sucedeu as duas Guerras Mundiais, caracterizada pela fragmentação da interpretação normativa; pela fraca institucionalização; e pela apropriação do direito ao refúgio pela agenda de política externa dos Estados. Dessa forma, tem-se um modelo de proteção aos refugiados totalmente dependente de iniciativas nacionais. Com essa estrutura, o poder de decisão sobre o status do refugiado acaba por se convertem em domínio do Estado e segue, previsivelmente, os interesses por ele definidos, frequentemente em detrimento dos direitos daqueles aos quais deveria proteger. Apresenta-se, então, um modelo de proteção no qual cada Estado constrói sua própria política para refugiados, geralmente estabelecida por uma legislação nacional, a qual é interpretada e aplicada segundo os ditames locais. Essa “nacionalização” do instituto do refúgio pode resultar em incongruências, na medida em que, mesmo tendo se comprometido com as normas internacionais, o Estado ainda detém o monopólio sobre sua aplicação. É justamente neste momento que a atuação dos países quanto ao refúgio revelase mais seletiva que humanitária e, como consequência, estabelece-se uma dicotomia entre os compromissos assumidos pelo Estado e a realidade nacional do refúgio. Esse quadro revela a necessidade de buscar coerência na implementação do Direito Internacional dos Refugiados, identificando os instrumentos capazes de promover uma harmonização entre as instâncias internacionais e nacionais. Entende-se que é fundamental, para garantia de proteção daqueles que detêm a titularidade desse direito, que os Estados respeitem um standard de interpretação das normas internacionais, que privilegiem seu verdadeiro fundamento: o reconhecimento do direito subjetivo ao refúgio, que transcende a soberania do Estado, mas que é parte de sua responsabilidade internacional.

Portanto, para evitar que o solicitante de refúgio se veja refém dos interesses políticos, é fundamental que haja uma internacionalização dos modelos jurídicos de proteção ao refugiado, incorporando-os aos mecanismos de proteção internacional dos direitos humanos. A fundamentação para tal afirmativa é simples: é da natureza do instituto do refúgio sua universalidade, característica comum aos direitos humanos. Essa internacionalização deve se dar por meio da harmonização das legislações e procedimentos de determinação do status de refugiado em diversos países, por meio do estabelecimento de um standard de interpretação que vincule os Estados à aplicação uniforme das Convenções Internacionais. Na tentativa de buscar harmonizar as políticas nacionais de proteção aos refugiados com as normas internacionais, as Cortes Internacionais têm se manifestado sobre a responsabilidade dos Estados em reconhecer o direito ao acolhimento daqueles que solicitam o refúgio, bem como quanto à necessidade de aprimorar o sistema de proteção em diversos países. Observa-se, a partir da análise da jurisprudência das Cortes Internacionais, a emergência de um “novo paradigma” jurídico de interpretação e aplicação do Direito Internacional dos Refugiados. Caracterizar os fundamentos deste novo paradigma e analisar sua repercussão sobre a proteção dos refugiados, especialmente em nosso país, é o objeto deste estudo. Para desenvolvê-lo, a Tese é dividida em três partes conexas. A Primeira Parte lança um olhar crítico sobre o atual modelo de proteção aos refugiados, confrontando suas bases normativas e institucionais com a atual demanda pela proteção aos refugiados por meio dos dois capítulos que a compõem. O Primeiro Capítulo delineia a construção do marco regulatório internacional do Direito Internacional dos Refugiados e o papel das instituições na tentativa de governança do refúgio. Analisa-se, especialmente, o mandato do Alto Comissariado das Nações Unidas, como supervisor do Direito Internacional dos Refugiados e na implementação das soluções duradouras. Assim, o intuito deste Primeiro Capítulo é caracterizar o atual “estado da arte” do refúgio por meio da análise dos instrumentos normativos e institucionais disponíveis. O Segundo Capítulo, por sua vez, aponta as causas, do que se denomina como a “crise global do refúgio”. Para tanto, investiga-se tanto o que tem motivado o deslocamento forçado de milhares de seres humanos nas últimas décadas, como as diferentes faces da mobilidade humana que tornam a questão cada vez mais complexa.

Neste capítulo, ainda é observado o comportamento dos Estados quanto ao fluxo de refugiados, analisando criticamente seus sistemas de proteção e as medidas utilizadas como forma de se eximir da responsabilidade pelo acolhimento destes indivíduos. Enfim, o objetivo deste Segundo Capítulo é denunciar o esgotamento do atual modelo de proteção aos refugiados e sua flagrante ineficácia diante dos novos desafios impostos pela migração forçada. Em um exercício de reflexão sobre a necessidade de revisão e superação do atual modelo de proteção, a Segunda Parte destina-se à construção do novo paradigma, o qual se convenciona chamar de “jusinternacionalista”, pois considera o Direito Internacional dos Refugiados (que é tido como lex specialis) como parte integrante do Direito Internacional dos Direitos Humanos lato sensu. Essa consideração implica em duas importantes consequências: primeiro, ela insere o Direito Internacional dos Refugiados dentro da esfera de competência das Cortes Internacionais; e, segundo, por coerência hermenêutica, entende-se que devem ser aplicados, ao Direito Internacional dos Refugiados, os mesmos Princípios e, de maneira complementar, as Convenções Internacionais que compõem o do Direito Internacional dos Direitos Humanos. Como se pretende demonstrar no Terceiro Capítulo, as Cortes Internacionais têm produzido importante jurisprudência sobre o tema. Assim, o mote deste Terceiro Capítulo é demonstrar, por meio da análise normativa e jurisprudencial do Sistema Europeu de Direitos Humanos; da Integração Europeia; do Sistema Africano de Direitos Humanos; da Corte Internacional de Justiça, do Tribunal Penal Internacional e, principalmente, do Sistema Interamericano de Direitos Humanos, que essa jurisprudência forma um standard de

interpretação,

que

possui

duas

características

principais:

a

perspectiva

jusinternacionalista e a complementaridade normativa, que serão analisadas no próximo capítulo. O Quarto Capítulo, por conseguinte, estabelece os fundamentos do novo paradigma jurídico da proteção aos refugiados, expresso no reconhecimento da primazia das normas internacionais e da legitimidade do intérprete internacional para determinar a aplicação destas e na relação de complementaridade entre as três vertentes do Direito Internacional dos Direitos Humanos. Quanto à mencionada complementaridade normativa, é decorrente da concepção de que o Direito Internacional dos Refugiados é um parte integrante do Direito Internacional dos Direitos Humanos (em conjunto com o Direito Internacional dos Direitos Humanos stricto sensu e o Direito Internacional Humanitário) e,

portanto, suas disposições podem oferecer proteção complementar em situações que não estão previstas pelas normas específicas do refúgio. As principais normas de intersecção, citadas na jurisprudência internacional serão analisadas neste capítulo. Por fim, outro objetivo deste Quarto Capítulo é demonstrar que uma das principais consequências desse novo paradigma é o reconhecimento de que o instituto do refúgio pertence ao rol dos direitos humanos, possibilitando a legitimatio ad causam perante as Cortes Internacionais que exercem competência para julgar eventuais violações cometidas pelos Estados. Por essa razão, os países que ratificaram tais Convenções, que asseguram a Proteção Internacional dos Direitos Humanos e que, eventualmente, tenham reconhecido a jurisdição dessas Cortes, estão vinculados a standards de interpretação por elas produzidos, o que inclui o Brasil. Dessa forma, após caracterizar os fundamentos desse novo paradigma, é fundamental analisar como ele repercutiria sobre os Estados, em especial o nosso. Dessa forma, a Terceira Parte da Tese dedica-se a analisar criticamente o modelo nacional de proteção e as possíveis consequências que a implementação do novo paradigma jurídico jusinternacionalista pode trazer sobre a aplicação do Direito dos Refugiados no Brasil. No Quinto e Sexto Capítulos, que compõem esta Terceira Parte, observa-se que uma das consequências a serem investigadas é a eventual responsabilização do Estado perante as Cortes Internacionais. Considerando que o refúgio é um direito do indivíduo, a negação indevida deste, consistiria na violação das Convenções Internacionais às quais o Estado se submete. Como consequência dessa responsabilização, deve haver a vinculação das instâncias nacionais aos standards jurídicos internacionais de proteção aos refugiados e seus princípios universais. Nesse sentido, entende-se que, a “judicialização do refúgio” pode ser outra consequência, propiciando que as Cortes Nacionais (em consonância com a interpretação internacional a qual elas também devem se submeter), manifestem-se sobre as incongruências desse processo do reconhecimento do status de refugiado, ou mesmo sobre a não observância de direitos que devem ser garantidos a estes indivíduos. Por fim, outra consequência que pode resultar da aplicação desse novo paradigma jurídico é impor a necessidade de revisão do próprio modelo nacional de proteção aos refugiados, para adequá-lo aos parâmetros de um modelo coerente com os princípios do Direito Internacional dos Direitos Humanos, do qual o Direito Internacional dos Refugiados é parte. Essa revisão deve pautar-se pela busca da harmonização do sistema nacional de

proteção com as normas internacionais às quais o Brasil se comprometeu, por meio de medidas (jurídicas e políticas) que garantam a sua efetividade. O Direito Internacional dos Refugiados tem como fundamentos a hospitalidade, a solidariedade e a universalidade dos direitos humanos e, portanto, proteger os direitos destes indivíduos é, também, afirmar estes valores como elementos essenciais à comunidade internacional. Essa reflexão torna-se a premissa fundamental desta Tese, que tem como objetivo principal contribuir para a construção de um modelo de proteção mais justo e efetivo, que verdadeiramente reconheça o refúgio como um direito do indivíduo e não como mera concessão do Estado.

CONCLUSÃO A reflexão desenvolvida neste estudo partiu do princípio de que há uma crise no atual modelo de proteção aos refugiados, o qual é caracterizado pela sua insuficiência diante da atual demanda, pela fragmentação de suas iniciativas políticas e normativas. Diante dessa realidade buscou-se compreender como se estabeleceu o modelo atual, a partir da evolução do seu marco normativo e institucional, de sua estrutura política e operacional e de sua atuação na proteção dos refugiados, para poder identificar os motivos dessa construção. Fundamental, foi analisar detidamente o mandato do ACNUR como órgão encarregado da coordenação e supervisão do Direito Internacional dos Refugiados. Após a descrição dos fundamentos e características do modelo atual de proteção, passou-se a analisar profundamente os motivos que levaram ao seu esgotamento: como a complexidade da mobilidade humana contemporânea, expressa na intersecção entre suas diferentes faces, ou os fluxos mistos. Também se analisou o fenômeno da nacionalização da proteção ao refugiado, que é marcada por uma apropriação do refúgio pelos interesses políticos, descaracterizando a natureza jurídica do instituto. Essa perspectiva leva, como se observou, a afirmação de políticas migratórias seletivas e restritivas e à politização do refúgio como instrumento da política externa dos Estados. Nessa mesma direção, verificou-se as medidas, nem sempre adequadas do ponto de vista da proteção dos refugiados, utilizadas pelos Estados para a gestão do fluxo migratório. Em virtude da análise feita na Primeira Parte deste estudo, a qual aponta para o esgotamento do modelo atual de proteção, especialmente quanto ao seu objetivo primordial que é a proteção efetiva do refugiado, constatou-se a necessidade de mudança de paradigma quanto ao refúgio. Assim, a Segunda Parte dedicou-se a analisar a construção de um novo paradigma jurídico da proteção internacional dos refugiados. Observou-se que esse paradigma foi forjado a partir de uma construção jurisprudencial e doutrinária que aponta para a internacionalização do refúgio. Colheu-se informações sobre a manifestação das Cortes Internacionais nos diferentes sistemas jurídicos sobre o tema, analisando como cada um construiu seus mecanismos próprios de proteção aos refugiados. Observou-se que, diante do fato de que o Direito Internacional dos Refugiados não conta com um mecanismo próprio de supervisão e controle, as Cortes Internacionais vem cumprindo esse papel, estabelecendo standards internacionais de interpretação das normas sobre refúgio.

Com base nessa análise, pode-se construir uma reflexão sobre os fundamentos teóricos e normativos sobre o novo paradigma jurídico da proteção internacional dos refugiados. Observou-se, que o Direito Internacional dos Refugiados, apesar de ser um conjunto normativo especial, está inserido dentro de um contexto jurídico mais amplo, que lhe faz estabelecer uma relação de especialidade e de complementaridade com outras normas do Direito Internacional. Essa premissa impõe que o Direito Internacional dos Refugiados seja interpretado em conjunto com outras normas, respeitando o fato de que toda norma deve ser compreendida a partir do contexto jurídico no qual ela está inserida. Para tanto, foi fundamental identificar e classificar as fontes do Direito Internacional dos Refugiados e analisar como elas se relacionam com as demais fontes do Direito Internacional. Essa relação entre as fontes também está ancorada na concepção das “três vertentes do Direito Internacional dos Direitos Humanos lato sensu”, que compreendem o Direito Internacional dos Direitos Humanos stricto sensu, o Direito Internacional Humanitário e o Direito Internacional dos Refugiados. Essa relação entre elas aponta para convergências e para a complementaridade entre elas, fazendo com que as normas provenientes das demais vertentes do Direito Internacional dos Direitos Humanos possam abarcar situações não contempladas pelas normas do Direito Internacional dos Refugiados, ampliando, assim, a possibilidade de proteção. A aplicação da proteção complementar é parte do novo paradigma jurídico que é estabelecido, essencialmente, a partir do papel das Cortes Internacionais na interpretação e aplicação de normas. Por essa razão, também se entendeu ser fundamental discutir o papel das Cortes Internacionais e a relação entre as diversas ordens jurídicas, assim como a legitimidade destas para estabelecerem um padrão de interpretação que vincula os Estados e estabelece sua responsabilidade para com a proteção internacional dos refugiados e dos direitos humanos, em nível mais amplo. Dessa reflexão, resultou a proposta do que se convencionou chamar de “novo paradigma jurídico da proteção dos refugiados”, cujas características podem ser sumarizadas como: i) a compreensão de que o Direito Internacional dos Refugiados está inserido em um contexto normativo mais amplo, que é o Direito Internacional dos Direitos Humanos lato sensu, informando e sendo informado por ele. ii) que o novo paradigma jurídico

jusinternacionalista

pressupõe

a

superação

do

paradigma

nacionalista,

estabelecendo como parâmetro de interpretação e aplicação das normas sobre refúgio,

aquele cunhado pelas Cortes Internacionais. iii) Desse paradigma jusinternacionalista decorre a responsabilidade do Estado em relação ao Direito Internacional dos Refugiados, pautada na concepção de que o refúgio é um direito reconhecido e declarado pelo Estado, em conformidade com as normas com as normas com as quais se comprometeu. Após estabelecer as características do novo paradigma jurídico da proteção aos refugiados, voltou-se o olhar para o modelo nacional de proteção. Primeiro, foi importante analisar a evolução da proteção aos refugiados no Brasil, desde o início do século XX até os dias atuais. Essa análise demonstrou as raízes do modelo nacional de proteção e como o refúgio relacionou-se com as mudanças no contexto político e econômico do país. Posteriormente, foi fundamental identificar o marco normativo nacional sobre refúgio, apontando não apenas as normas internacionais ratificadas pelo Brasil, mas também as previsões constitucionais sobre o tema, e, principalmente a elaboração do Estatuto do Refugiado (a Lei 9474/1997), analisando suas características, suas qualidades e suas falhas. A partir da Lei, estabeleceu-se a estrutura tripartite que compõe o sistema nacional de proteção. Compreender o funcionamento dessa estrutura foi essencial para determinar as características do modelo nacional de proteção e, posteriormente, tecer considerações críticas sobre ele. No âmbito da estrutura tripartite, foi avaliada a atuação de cada um de seus elementos integradores: i) o CONARE, órgão deliberativo e colegiado especialmente criado para a condução da política nacional sobre refúgio e para conduzir o processo de reconhecimento do status de refugiado. ii) o ACNUR e sua atuação no Brasil. iii) E a participação da sociedade civil, partícipe essencial na assistência e proteção dos refugiados. A análise do sistema nacional de proteção não estaria completa sem a avaliação da implementação das soluções duradouras, requisito essencial para o efetivo cumprimento das normas internacionais sobre refúgio: a repatriação, a integração local e o reassentamento. Compreender as origens, estrutura e funcionamento do sistema nacional de proteção permitiu tecer uma análise crítica sobre ele, com o objetivo de, ao apontar suas deficiências, contribuir para seu aperfeiçoamento. Assim, iniciou-se com uma reflexão acerca da estrutura de proteção, desde o acolhimento até a integração, verificando que ela é insuficiente e inadequada para atender o fluxo de refugiados que se destinam ao país. Posteriormente, era fundamental também analisar de forma crítica o processo de reconhecimento do status de refugiado, apontando suas falhas e incongruências à luz da legislação nacional e internacional.

Porém, observou-se, também, a tendência emergente da judicialização do refúgio a qual é parte do debate sobre a ação do Poder Judiciário em áreas que pertencem, em tese, à competência dos outros Poderes da República. Observou-se que o papel do Poder Judiciário é essencial na efetivação dos direitos dos refugiados, agindo na falha do Estado e cobrando a responsabilidade deste pelo compromisso assumido em garanti-los. Mas, também, a judicialização do refúgio se expressa na possibilidade do Supremo Tribunal Federal revisar as decisões do CONARE (ou do Ministro da Justiça, em grau de recurso). A possibilidade do judicial review é fruto da competência do Supremo Tribunal Federal, como Corte máxima, zelar pela efetividade, não apenas das normas constitucionais, da legalidade do processo administrativo, pela adequada interpretação e aplicação do Estatuto do Refugiado e, sobretudo, das normas internacionais que o Brasil ratificou e incorporou ao seu ordenamento jurídico. Reconhecendo que o refúgio é um direito do indivíduo e não uma prerrogativa do Estado, verificou-se também, que a não observância deste direito ou das condições que possibilitam o direito de solicitá-lo, implicam na responsabilidade internacional do Estado. Nesse sentido, foram analisados os fóruns internacionais nos quais o país pode responder pela eventual violação dos direitos humanos dos refugiados, em especial o Sistema Interamericano de Direitos Humanos. O Brasil, inserido na ordem internacional, está sujeito ao escrutínio dos organismos políticos e jurídicos de proteção aos direitos humanos. Devendo, portanto, harmonizar discurso e prática quanto à proteção dos refugiados diante da possibilidade de ser responsabilizado internacionalmente. Por fim, diante dessas considerações, propugnou-se por uma revisão do atual modelo de proteção, o qual se mostra incongruente com os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil e, em dissonância com o novo paradigma jurídico da proteção internacional dos refugiados. Propôs-se alguns pontos essenciais para o aprimoramento do sistema nacional de proteção, os quais podem ser resumidos da seguinte maneira: i) o aperfeiçoamento da estrutura de acolhimento; ii) a adequação do processo de reconhecimento do status de refugiado aos standards internacionais estabelecidos, sobretudo pela jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos; iii) a participação efetiva das Cortes na garantia de direitos aos refugiados e na possibilidade de revisão das decisões do CONARE; iv) melhorias na implantação das soluções duradouras, ampliando seu escopo de proteção; v) a observância quanto à responsabilidade do Estado

pelo não cumprimento das normas internacionais sobre refúgio; vi) a interpretação em harmonia com os standards estabelecidos pelas Cortes Internacionais. Vive-se uma das mais graves crises de refugiados da história, resultante de complexos e duradouros conflitos em diversas regiões do globo. A complexidade da mobilidade humana e o aumento do fluxo transnacional de pessoas impõem aos Estados e aos organismos internacionais um desafio sem precedentes. A necessidade de reconhecer o esgotamento do modelo atual de proteção e a necessidade de mudança de paradigma é essencial para atingir uma solução mais justa e humana para a situação de milhares de deslocados no mundo. O Brasil não está alheio a esses desafios. O aumento do número de solicitantes de refúgio, refugiados reconhecidos, migrantes humanitários e outras categorias de mobilidade humana que se dirigiram ao país, tornaram mais evidentes as deficiências do atual modelo nacional de proteção. É necessário que a estrutura seja revista, pois não há mais lugar para soluções provisórias. O Brasil, pela sua natural dimensão e posição econômica, tem condições de assumir maior protagonismo em questões humanitárias e contribuir de forma mais efetiva com a proteção dos refugiados, que pode, perfeitamente, desenvolver-se em paralelo às soluções para os graves problemas sociais que o país enfrenta. Mas, para isso, é fundamental aperfeiçoar seu sistema nacional para que a proteção a fim de fazer jus aos compromissos internacionais assumidos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABBOT, Kenneth W., KEOHANE, Robert O., MORAVICSIK, Andrew, SLAUGHTER, AnneMarie, SNIDAL, Duncan. The Concept of Legalization. In GOLDSTEIN, Judith, KAHLER, Miles, KEOHANE, Robert e SLAUGHTER, Anne-Marie, Legalization and World Politics. Cambridge: MIT Press, 2001. ABBAS, Ademola & MYSTRIS, Dominique. The African Union Legal Framework for Protecting Asylum Seekiers. In ABBAS, Ademola & IPPOLITO, Francesca. Regional Approaches do the Protection of Asylum Seekers: an international legal perspective. Ashgate Publishing Limited, 2014. ACNUR – Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados. (a.a.) Memoria del Vigésimo Aniversario de la Declaración de Cartagena Sobre los Refugiados (1984-2004). San José: Editorama, 2005. AGAMBEN, Giorgio. “Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I”. 2ª ed. Editora UFMG: Belo Horizonte, 2010. AGIER, Michel. Refugiados Diante da Nova Ordem Mundial. In Tempo Social Revista de Sociologia da USP. V.18, n.2. p. 197 a 215. _____________. On the Margins of the World: the refugee experience today. Cambridge: Polity Press, 2008 ALEXY, Robert. Teoria dos Direitos Fundamentais. São Paulo: Malheiros, 2008. ALMEIDA, Guilherme Assis. “Direitos Humanos e não-violência”. São Paulo : Ed. Atlas, 2001. ALMEIDA, Guilherme Assis de; ARAÚJO, Nádia de (orgs.). O direito internacional dos refugiados – uma perspectiva brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Renovar, 2001. ALMEIDA, Guilherme Assis de, CARVALHO RAMOS, André de, RODRIGUES, Gilberto. (Orgs.). 60 Anos de ACNUR: perspectivas para o futuro. São Paulo: Editora CL-A Cultural, 2011. ALSTON, Philip. e WEILER, J. H.H. An Ever Closer Union in Need of a Human Rights Policy: The European Union and Human Rights. In ALSTON, Philip. (ed.) The European Union and Human Rights. New York: Oxford University Press, 1999. ANDERSON, Benedict. Imagined Communities: reflections and spread of nationalism. São Paulo: Verso, 1991. ANDRADE, José H. Fischel. “Direito Internacional dos Refugiados. Evolução histórica (19211952”). Rio de Janeiro: Ed. Renovar, 1996. _________________. A política de proteção a refugiados da Organização das Nações Unidas: sua gênese no período pós-guerra (1946-1952). Tese (Doutorado em Relações Internacionais). Universidade de Brasília, Brasília, 2006. ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. BARBOSA, Luciano Pestana e HORA, José Roberto Sagrado da. A Polícia Federal e a Proteção internacional dos Refugiados. Brasília: ACNUR, 2007. BAENINGER, Rosana (org). A Imigração Boliviana no Brasil. Campinas: Núcleo de Estudos de População-Nepo/Unicamp; Fapesp; CNPq; Unfpa, 2012. BARRETO, Luiz Paulo Teles (org.). Refúgio no Brasil: a proteção brasileira aos refugiados e seu impacto nas Américas. ACNUR, Brasil, 2010. BARRETO, Fernando de Mello. A Política Externa após a Redemocratização. Brasília: FUNAG, 2012.

BATES, Ed. The Evolution on European Convention on Human Rights: from its inception to the creation of a permanent Court of Human Rights, Oxford: Oxford University Press, 2010. BEZELAIRE, Jean-Paul e CRETIN, Thierry. A Justiça Penal Internacional. Sua evolução, seu futuro. De Nuremberg a Haia. Trad. Luciana Pinto Venâncio. São Paulo: Manole, 2004. BENHABIB, Seyla. The Rights of Others: aliens, residents and citizens. Cambridge: Cambridge University Press, 2004. BESSON, Samantha. Theorizing the Sources of International Law. In BESSON, Samantha e TASIOULAS, John. (ed) The Philosophy of International Law. Oxford: Oxford University Press, 2010. BETHLEHEM, Daniel; LAUTERPACHT, Elihu. The Scope and Content of the Principle of Non-refoulement. In FELLER, Erika, TURK, Volker e NICHOLSON, Frances (edits), “Refugee Protection in International Law.” Cambridge: Cambridge University Press, 2003. BETTS, Alexander. Protection by Persuasion: International Cooperation in the Refugee Regime. New York: Cornell University, 2009. BETTS, Alexander; LOESCHER, Gill. Refugees in International Relations. New York: Oxford University Press, 2011. BOBBIO, Norberto. Liberalismo e Democracia. 22ª. ed., São Paulo: Brasiliense, 2000. BOSWORTH, Mary. Inside Immigration Detention. New York: Oxford University Press, 2014. BUCHANAN, Allen. The Legitimacy of International Law. In BESSON, Samantha e TASIOULAS, John. (editores) The Philosophy of Internatoional Law. Oxford: Oxford University Press, 2010. CANÇADO TRINDADE, Antônio Augusto. A humanização do direito internacional. Belo Horizonte: Del Rey, 2006. _________________________________. Brasília: FUNAG, 2013.

Os

Tribunais

Internacionais

Contemporâneos.

_________________________________. O Direito Internacional em um Mundo em Transformação. Rio de Janeiro: Renovar, 2002. _________________________________. General Couse on Public International Law – International Law for Humankind: towards a new jus gentium. In Recueil de Cours de l’Académie de Droit International de l’Haye. Cap. I – XXVII, 2005. _________________________________. The Proper Interpretation of Human Rights Treaties. In Recueil de Cours de La Académie de Droit International de la Haye. Vol II, Tomo 202, 1987. CARVALHO RAMOS, André. Processo internacional de direitos humanos. São Paulo: 4ª ed. Saraiva, 2015. __________________. “Teoria Geral dos Direitos Humanos na Ordem Internacional”. São Paulo: Saraiva, 2014. __________________. Direitos Humanos na Integração Econômica: análise comparativa da proteção de direitos humanos na União Europeia e no Mercosul. São Paulo: Renovar, 2008. ____________________. Responsabilidade Internacional do Estado por Violação dos Direitos Humanos. Rio de Janeiro: Renovar, 2004. __________________. Asilo e Refúgio: semelhanças, diferenças e perspectivas. In 60 Anos de ACNUR: Perspectivas de futuro. São Paulo: Editora CL-A Cultural, 2011. p.15 a 43. __________________. Direito dos Estrangeiros no Brasil: a Imigração, Direito de Ingresso e os Direitos dos Estrangeiros em Situação Irregular. In Igualdade, Diferença e Direitos Humanos. 2ª edição. Rio de Janeiro: Editora Lúmen Juris, 2010. (p. 721 a 745).

__________________. Direito ao acolhimento: principais aspectos da proteção aos refugiados no Brasil. In: ROCHA, João Carlos de Carvalho; FILHO, Tarcísio Humberto Parreiras Henriques; CAZETTA, Ubiratan. (Org.). Direitos Humanos - Desafios Humanitários Contemporâneos - 10 anos do Estatuto dos Refugiados. 1ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2008, v. 1, pp. 89-132. __________________. Pluralidade das Ordens Jurídicas: a relação do direito brasileiro com o direito internacional. Curitiba: Editora Juruá, 2012. CASELLA, Paulo Borba, ACCIOLY, Hildebrando, NASCIMENTO e SILVA, G. E. do. Manual de Direito Internacional Público. 20ªedição. 2012. CASTANHEIRA NEVES, Antônio. O Actual Problema Metodológico da Interpretação Jurídica. Vol.1, Coimbra: Coimbra Editora, 2003. CASTLES, Stephen. The International Politics of Forced Migration. In Development, vol.46, nº3, setembro de 2003. CHAYES, Abram e CHAYES, Antonia Handler. The New Sovereignty Compliance with International Regulatory Agreements. Harvard University Press, 1998. CHETAIL, Vincent. Are Refugee Rights Human Rights? In RUBIO-MARÍN, Ruth. Human Rights and Immigration. Oxford Scholarship, 2014. CHATAIL, Vincent. Armed Conflict and Forced Migration: systematic approach to International Humanitarian Law, Refugee Law and International Human Rights Law. In GAETA, Paola e CLAPHAN, Andrew. The Oxford Handbook of International Law in Armed Conflict, março de 2014. COMPARATO, Fábio Konder. A Afirmação Histórica dos Direitos Humanos. 7ª edição, São Paulo: Saraiva, 2010. CONFORTI. Benedetto. The Law and Practice of United Nations. 3ªedição. Leiden: Martinus Nijhoff. 2005. CROWFORD, Emily e PERT, Alisson. International Humanitarian Law. Cambridge: Cambridge University Press, 2015. CRAWFORD, James. State Responsibility: General Part. Cambridge University Press: New York, 2013. ____________________. Commentary to the ILC Articles on Responsibility of States for Internationally Wrongful Acts, ILC Ybk 2001/II(2) 31, In CROWFORD, James. (ed) The International Law Commission’s Articles on State Responsilibility: Introduction, Text and Commentaries. Cambridge: Cambridge University Press, 2002. DAUVERGNE, Catherine. Making People Illegal: what globalization means for migration and law. New York: Cambridge University Press, 2008. DELMAS-MARTY, Mireille (ed.) The European Convention for the Protection of Human Rights: International Protection versus National Restrictions. Leiden: Martinus Nijhoff, 1991. DEMBOUR, Marie-Bénédicte. When Humans Becomes Migrants: study of the European Court of Human Rights with an Inter-American counterpoint. Oxford: Oxford University Press, 2015. ________________________. Are Human Rights for Migrants? Critical Reflections on the Status of Irregular Migrants in Europe and United States. New York: Routledge, 2011. DENG, Francis M. (et. al.) Sovereignty as Responsibility: conflict management in Africa. R.R Donolly and Sons Co.: Virginia, 1996. DERRIDA, Jacques. Da Hospitalidade. São Paulo: Escuta, 2003. DERRIDA, Jacques. Adeus a Emmanuel Levinas. São Paulo: Perspectiva, 2004.

DOYLE, Michael. The UN Charter – a Global Constitution? In DUNOFF, Jeffrey L. e TRATCHTMANT, Joel P. Ruling the World: Constitutionalism, International Law and Global Governance. Cambridge: Cambridge University Press, 2009. DUPUY, Pierre-Marie. International Criminal Responsibility of the Individual and International Responsibility of the State. In CASSESE, Antonio; GAETA, Paola; JONES, John. R. W. D. (ed.). The Rome Statute of the International Criminal Court: a Commentary. Vol. II. New York: Oxford University Press, 2009. EDWARDS, Alice. Crossing Legal Borders: the interface between Refugee Law, Human Rights Law and Humanitarian Law in the ‘International Protection’ of Refugees. In CANTOR, David James e DURIEUX, Jean-François (editors). Refugee from Inhumanity? War Refugees and International Humanitarian Law. Leiden: Nijhof Editores, 2014. FELLER, Erika, TURK, Volker e NICHOLSON, Frances (edits). Refugee Protection in International Law. Cambridge: Cambridge University Press, 2003. FERRAZ Jr., Tércio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito: técnica, decisão, dominação. Sexta edição revisada e ampliada. São Paulo: Editora Atlas, 2011. FISCHEL de ANDRADE, José H. Direito Internacional dos Refugiados: evolução histórica (1921-1952). Rio de Janeiro: Renovar, 1996. FISCHEL de ANDRADE, José H. Breve Reconstituição Histórica da Tradição que Culminou na Proteção Internacional dos Refugiados. In ALMEIDA, Guilherme Assis de & ARAÚJO, Nádia de. O Direito Internacional dos Refugiados: uma perspectiva brasileira. São Paulo: Renovar, 2001, pp118-119). _____________________________. Refugee Protection in Brazil (1921-2014): an analytical narrative of changing policies. In CANTOR, David. FREIER, Luísa Felini, GAUCI, Jean-Pierre (ed.) A Liberal Tide? Immigration and Asylum Law and Policy in Latin America. Londres: Institute of Latin American Studies, 2015. FITZPATRICK, Joan. Human Rights in Crisis: the international system for protecting rights during states of emergency. Procedural Aspects of International Law Series, 1994. FOSTER, M. International Refugee Law and Socio-Economic Rights: Refuge from Deprivation. Cambridge: Cambridge University Press, 2007. FRANCK, Thomas. The Power of Legitimacy among Nations. Oxford: Oxford University Press, 1990. GADAMER, Hans-Georg. Verdade e método: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. Petrópolis: Vozes, 2002. GAWANAS, Bienes. The African Union: concepts and implementation mechanisms relating to human rights. In In BÖSL, Anton & DIESCHO, Joseph. Human Rights in Africa: legal perspectives in their protection and promotion. Namibia: Macmillan Publication Namibia, 2009. GAMMELTOFT-HANSEN, Thomas. Access to Asylum. Dissertation Thesis submitted for the degree of PhD in law at the Institute of Law, Aarhus University May 2009. GEIGER, Martin; PÉCAUD, Antoine. The Politics of International Migration Management. Londres: Palgrave Macmillan. 2010. GEOFF, Gilbert. Current Issues in the Application of the Exclusion Clauses. In Refugee Protection in International Law: UNHCR’s Global Consultation on International Protection. E. Feller, V. Turk & F. Nicholson (eds.), Cambridge, Cambridge University Press, 2003, p. 426 – 478. GIBNEY, Matthew. The State of Asylum: democratization, jucialization and evolution in refugee policy in Europe. New Issues in Refugee Research. Working Paper nº 50. Refugee Studies Centre: Oxford. Outubro, 2001.

________________. The Ethics and Politics of Asylum: liberal Democracies and the response to refugees. New York: Cambridge University Press, 2004. GONZÁLES, Juan Carlos Murillo. El Derecho de Asilo y la Protección de Refugiados en el Continente Americano: contribuiciones e desarollos regionales. In XXXIV Curso de Derecho Internacional: aspectos jurídicos e desarrollo regional. Departamento de Direito Internacional da Organização dos Estados Americanos, 2008. ______________________________. A Importância da Lei Brasileira de Refúgio e suas Contribuições Regionais. In BARRETO, Luiz Paulo Teles Ferreira (org.). Refúgio no Brasil: a proteção brasileira aos refugiados e seu impacto nas Américas. Brasília:ACNUR, 2010. GOODWIN-GIL, Guy. The International Law of Refugee Protection. In FIDDIAN-QASMIEH, Helena; LOESCHER, Gil; LONG, Katy; SIGONA, Nando. The Oxford Handbook of Refugee and Forced Migration Studies, 2014. GOODWIN-GILL, Guy S., McADAM, Jane. The Refugee in International Law. 3ª edição. New York: Oxford University Press, 2007. GRAHL-MADSEN, Atle. The Status of Refugees in International Law. Leyden: A.W. Sijthoff, 1966. GRIFFIN, James. On Human Rights. New York: Oxford Univerisity Press, 2008. GUZMAN, Andrew. How International Law Works: a rational choice theory, 2008. HABERMAS, Jürgen. A Constelação Pós-Nacional: Ensaios Políticos. São Paulo: Littera Mundi, 2001. _________________. A inclusão do outro, estudos de teoria política. São Paulo: Loyola, 2007. __________________. Between Facts and Norms: contributions to a discourse theory of law and democracy. Cambridge: The MIT Press, 1996. __________________. Comentários à Ética do Discurso. Lisboa: Instituto Piaget, 1999. __________________. Direito e Democracia: entre a facticidade e a validade. 2 Vols. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2012. HADDAD, Emma. The Refugee in International Society: between sovereigns. Cambridge Studies in International Relations. Nº106. Cambridge: Cambridge University Press, 2008. HALLIDAY, Fred. Repensando as Relações Internacionais. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1999. HAMMERSTAD, Anne. The Rise and Fall of Global Security Actor: UNHCR, Refugee Protection and Security. Oxford: Oxford University Press, 2004. HANSUNGULE, Michelo. African Courts and the African Commission on Human and Peoples Rights. In In BÖSL, Anton & DIESCHO, Joseph. Human Rights in Africa: legal perspectives in their protection and promotion. Namibia: Macmillan Publication Namibia, 2009. HART, L. A. The Concept of Law. Oxford: Oxford University Press, 1961. HATHAWAY, James C. The Rights of Refugees under International Law. Cambridge University Press, 2005. HATHAWAY, James. The Law of Refugee Status. Vancouver: Butterworths Canada Ltd., 1991. HELTON, Arthur C. The Price of Indifference: refugees and humanitarian action in the new century. New York: Oxford University Press, 2002. HENKIN, Louis. How Nations Behave. Law and Foreign Policy. 2ª edição, Council of Foreign Relations, 1979.

HOBSBAWN, Eric. A Era dos Extremos: o breve século XX. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2ªedição, 1995. HOBSBAWM, Eric J. Nação e Nacionalismo Desde 1780: Programa, mito e realidade. 3ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. HÖFFE, Otfried. A Democracia no Mundo de Hoje. São Paulo: Martins Fontes, 2005. HORWITZ, Betty. The Transformation of the Organization of American States: a multilateral framework for regional governance. New York: Anthem Press, 2011. HURD, Ian. After Anarchy: legitimacy and power and the United Nations Security Council. Princeton: Princeton University Press, 2008. ___________. Legitimacy and Power in the United Nations Security Council. Princeton: Princeton University Press, 2007. HYNDMAN, Jennifer. A Refugee Camp Conundrum: geopolitics, liberal democracy and protracted situations. In Refuge, Canada’s Journal on Refugees. Vol.28. nº2. Toronto: York University, 2011. JAYAWICKRAMA, Nihal. The Judicial Application of Human Rights Law: national, regional and international jurisprudence. New York: Cambridge Universilty Press, 2002. JAYME, Erik. Identité culturelle et intégration: le droit international privé postmoderne. Recueil des Cours de l’Académie de Droit International de la Haye, II, Kluwer, Haia, 1995. JUBILUT, Liliana Lyra. O direito internacional dos Refugiados e sua aplicação no Ordenamento Jurídico Brasileiro. São Paulo: Editora Método, 2007. KALDOR, Mary. New and Old Wars: organized violence in a global era. 2ªedição. Cambridge: Polity Press, 2006. KÄLIN, Walter. Conseptualising Climate-Induced Displacement. In Climate Change and Displacement: Multidisciplinary Perspectives. Oxford: Hart Publishing, 2010. ______________. Flight in Times of War. In IRRC, Vol. 83, nº 483, setembro de 2001 KANT, Immanuel. À Paz Perpétua. Trad. Marco Zingano. Porto Alegre: L&PM, 2008. KELLER, Helen e ULFSTEIN, Geir. UN Human Rights Treaty Bodies: law and legitimacy. Cambridge: Cambridge University Press, 2012. KEOHANE, R. O.; NYE Jr., J. Power and interdependence: world politics in transition. Boston: Little, Brown, 1977. KOIFMAN, Fábio. Quixote nas Trevas: o embaixador Souza Dantas e os refugiados do nazismo. São Paulo: Editora Record, 2002. KEETHARUTH, Sheila B. Major African Legal Instrument. In BÖSL, Anton & DIESCHO, Joseph. Human Rights in Africa: legal perspectives in their protection and promotion. Namibia: Macmillan Publication Namibia, 2009. KNEEBONE, Susan (editor). Refugees, Asylum Seekers and the Rule of Law: comparative perspective. Cambridge: Cambridge University Press, 2009. KRASNER, Stephen. Sovereignty: organized hypocrisy. Princeton: Princeton University Press, 1999. KOURULA, Pirkko, Broadening the Edges: Refugee Protection and International Protection Revisited. Haia: Martinus Nijhoff Publishers, 1997. KUHN, Thomas S.. A Estrutura das Revoluções Científicas. 5ª edição. São Paulo: Editora Perspectiva, 2009.

LAFER, Celso. A internacionalização dos direitos humanos: constituição, racismo e relações internacionais. Barueri: Manole, 2005. _____________. A reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt. São Paulo : Cia. das Letras, 1988. LEÃO, Renato Zerbini Ribeiro. O Reconhecimento dos Refugiados pelo Brasil: decisões comentadas do CONARE”. Publicações do ACNUR, 2007. ________________. Memória Anotada, Comentada e Jurisprudencial do Comitê Nacional para Refugiados – CONARE. Disponível em: http://www.acnur.org/biblioteca/pdf/5405.pdf?view=1. Acesso em: 10/06/2012. LÉVINAS, Emmanuel. Entre nós. Ensaios sobre a alteridade. Petrópolis: Vozes, 1997. LONG, Katy. The Point of no Return. New York: Oxford University Press, 2013. LOESCHER, Gil. The Origins of International Refugee Regime. In Beyond Charity: International Cooperation and the Global Refugee Crisis. Twentieth Century Fund.: Oxford University Press, 1996. ______________. The UNHCR and the World Politics: a perilous path. Oxford: Oxford University Press, 2001. _________________. Beyond Charity: international cooperation and global refugee crisis. New York: Oxford University Press, 1996 LOESCHER, Gil; BETTS, Alexander (Editores). Refugees in International Relations. New York: Oxford University Press, 2011. LOESCHER, Gil; BETT, Alexander; MILNER, James. The United Nations High Commissioner for Refugees (UNHCR): the politics and practice of refugee protection into the 21st Century. New York: Routledge, 2008. LUHMANN, Niklas. Sociologia do Direito, volumes I e II. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro, 1983. MADURO, Miguel Poiares. Courts and Pluralism: essay on a theory of judicial adjudication in the context of legal and constitutional pluralism. In DUNOFF, Jeffrey L. e TRACHTMAN, Joel P. Ruling the World: constitutionalism, International Law and governance. Cambridge: Cambridge University Press, 2009. MANDAL, Ruma. Protection Mechanisms outside 1951 Convention ‘Complementary Protection’. UNHCR – Legal and Protection Policy Research Series, junho de 2005. McADAM, Jane. Complementary Protection in International Refugee Law. Oxford: Oxford University Press, 2012. MAC-GREGOR, Eduardo Ferrer. El Control Difuso de Convencionalidad en el Estado Constitucional. UNAM – Instituto de Investigaciones Jurídicas. 2010. MILNER, James H. S. Refugees, the State and the Politics of Asylum in Africa. New York: Palgrave MacMillan, 2009. MOORE, Jennifer. Protection Against Forced Return of War Refugees: an interdisciplinary consensus on humanitarian non-refoulement. In CANTOR, David James e DURIEUX, JeanFrançois (editors). Refugee from Inhumanity? War Refugees and International Humanitarian Law. Leiden: Nijhof Editores, 2014. MORSINCK, Joannes. Universal Declaration of Human Rights: origins, drafting and intent. Philadelphia: University of Pensylvania Press, 2011. MORAVICSIK, Andrew. Liberal Theories of International Law. In DUNOFF, Jeffrey L. e POLLACK, Mark A. (ed) Interdisciplinary Perspectives on International Law and International Relations: the state of the art., 2012.

___________________. The Origin of Human Rights Regimes: democratic delegation in postwar Europe. In International Organization.Vol.54, 2000. NALDI, Gino J. & D’ÓRSI, Cristiano. The Role of the African Human Rights System with Reference to Asylum Seekers. In ABBAS, Ademola & MYSTRIS, Dominique. The African Union Legal Framework for Protecting Asylum Seekiers. In ABBAS, Ademola & IPPOLITO, Francesca. Regional Approaches do the Protection of Asylum Seekers: an international legal perspective. Ashgate Publishing Limited, 2014. NEWLAND, Kathleen, TANAKA, Hiroyuki, BARKER, Laura. Bridging Divides: the role of ethnic-community based organizations in refugee integration. Migration Policy Institute, 2007. ORCHARD, Phil. A Right to Flee. Cambridge: Cambridge University Press, 2014. PACÍFICO, Andrea Pacheco, RAMOS, Erika, CLARO, Carolina Abreu Batista e FARIAS, Nara Braga Cavalcanti de. The Immigration of Haitians in Latin America: significance for Brazilian Law and policy on asylum and immigration. In CANTOR, James David, FREIER, Luísa Feline, GAUCI, Jean-Pierre (ed) A Liberal Tide? Immigration and Asylum Law and Policy in Latin America. Institute of Latin American Studies – University fo London, 2015. PHUONG, Catherine. The International Protection of Internally Displaced Persons. New York: Cambridge University Press, 2004. PICTET, J.S. Humanitarian Law and the Protection of War Victims. Henri Dunant Institute, 1975. PIETRO, Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. 28ª ed. São Paulo: Atlas, 2015. RAZ, Joseph. The Authority of Law. Oxford: Clarendom Press, 1979. RODRIGUEZ-PINZÓN, Diego & MARTIN, Claudia. The Prohibition of Torture and Illtreatment in the Inter-American Human Rights System. World Organization Against Torture, 2006. RISSE, Thomas; ROPP, Stephen C.; SIKKINK, Katryn. (ed.). The Power of Human Rights: international norms and domestic change. Cambridge: Cambridge University Press, 1999. SARLET, Ingo Wolfgan. A Eficácia dos Direitos Fundamentais: uma teoria geral dos Direitos Fundamentais na perspectiva constitucional. Porto Alegre: Livraria do Advogado. 2011. SASSEN, Saskia. Guests and Aliens. New York: The New York Press, 2000. SINGH JUSS, Satvinder. The UNHCR Handbook and the Interface between ‘soft law’ and ‘hard law’ in International Refugee Law. In SINGH JUSS, Satvinder e HARVEY, Colin. Contemporary Issues in Refugee Law. Northhampton: Edward Elgar Publishing, 2013. SEN, Amartya. A Ideia de Justiça. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. SCHABAS, William A. An Introduction to the International Criminal Court. 4th edition. New York: Cambridge University Press, 2011. SHAPIRO, Martin, SWEET, Alec Stone. On Law, Politics and Judicialization. New York: Oxford University Press, 2002. SHEERAN, Scott. The Relationship of International Human Rights Law and General International Law: hermeneutic constraint or pushing boundaries. In SHEERAN, Scott e RODLEY, Sir Niegel. Routledge Handbook of International Human Rights Law. New York: Routledge, 2013. SHELTON, Dinah L. The Promise of Regional Human Rights Systems. In SHELTON, Dinah & CAROZZA, Paolo G. Regional Protection of Human Rights, 2nd. Edition, New York: Oxford University Press, 2013. SIKKINK, Kathryn. A Era da Responsabilização: a era da responsabilização penal individual. In A Anistia na Era da Responsabilização: o Brasil em perspectiva internacional e comparada.

Brasília: Ministério da Justiça: Comissão de Anistia; Oxford: Universidade de Oxford: Centro de Estudos Latinoamericanos, 2011. SIMMA, Bruno. Human Rights Before the International Court of Justice: Community Interest Coming to life? In TAMS, Christian J. e SLOAN, James. The Development of International Law by the International Court of Justice. E-book by Oxford Scholarship on line, 2013. SIRKECI, Ibrahim; COHEN, Jeffrey H.; RATHA, Dilip (editores). Migration and Remittances During the Global Financial Crisis and Beyond. World Bank, 2012. SOUCHAUD, Sylvain. A imigração Boliviana em São Paulo. In FERREIRA, Ademir Pacelli, VAINER, Carlos, PÓVOA NETO, Helion, SANTOS, Miriam de Oliveira. Deslocamentos e reconstruções da experiência migrante, Garamond, 2010. SOGUK, Nevzat. State and Strangers: Refugees and displacements of Statecraft. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1999. STEINER, Niclaus; GIBNEY, Mark; LOESCHER, Gil. Problems of Protection: the UNHCR, refugees and human rights. New York: Routledge, 2003 TATE, C. Neal, VALLINDER, Tobjorn. The Global Expansion of Judicial Power. New York: New York University Press, 1997. TIBURCIO, Carmen. The Human Rights of Aliens under International and Comparative Law. Hague: Martinus Nijhoff Publishers.2001. TILLY, Charles. Coerção, Capital e Estados Europeus: de 990 a 1992. São Paulo: Editora da USP, 1996. VATTEL, Emer de. O Direito das Gentes. Prefácio e tradução de Vicente Marota Rangel. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2004. VIDMAR, Jure. Norm Conflicts and Hierarchy in International Law: towards a vertical international legal system. In WET, Erika de e VIDMAR, Jure. Hierarchy in International Law: the place of human rights. Oxford: Oxford University Press, 2012. WALZER, Michael. Esferas da Justiça: uma defesa do pluralismo e da igualdade. São Paulo: Martins Fontes, 2003. VEDOVATO, Luís Renato. O Direito de Ingresso do Estrangeiro: a circulação das pessoas pelo mundo no cenário globalizado. São Paulo: Atlas, 2013. WEIS, Paul. The Refugee Convention, 1951: the travaux preparatoires analysed with the commentary by the late. Cambridge: Cambridge University Press. 1995. WEISS, Thomas G.; FORSYTHE, David P.; COATE, Roger A.; PEASE, Kelly-Kate. The United Nations and the Changing World Politics. 7ª ed. Boulder: Westview Press, 2010. WERNECK VIANNA, Luiz. A judicialização da política e das relações sociais. Rio de Janeiro: Editora Revan, 1999. WHITE, Ana Guglielmelli. A Pillar of Protection: solidarity resettlement for refugees in Latin America. New Issues on Refugee Research. Research Paper nº239. US Committee for Refugees and Immigrants. Washington, june, 2012. WILSHER, Daniel. Immigration Detention: law, history and politics. New York: Cambridge University Press, 2012.

Artigos em periódicos ALFORD, Roger P. The Proliferation of International Court and Tribunals: International Adjucation in Ascendence. ASIL, 2000.

ALLAIN, Jean. The Jus Cogens Nature of Non-Refoulement. In International Journal of Refugee Law Vol. 13, 2002. ALMEIDA, Guilherme. A Lei 9474 /97 e a Definição Ampliada de Refugiado: breves considerações. In Revista da Universidade de São Paulo, 2000. ALMEIDA, Paulo Roberto. Uma Nova Arquitetura Diplomática? Interpretações Divergentes sobre a Política Externa do Governo Lula (2003-2006). In Revista Brasileira de Política Internacional. Vol.49(I), 2006). AMARAL Jr., Alberto do. O Diálogo das Fontes: fragmentação e coerência no Direito Internacional contemporâneo. In III Anuário Brasileiro de Direito Internacional, Vol.2, 2008. AMORIM, Celso. O Brasil e os Direitos Humanos: em busca de uma agenda política positiva. In Política Externa. Vol.18, nº18, 2009. ANDERSON, Bridget. What does “The Migrant” tell us about the (Good) Citizen? Working Paper nº94. Centre on Migration, Policy and Society. University of Oxford, 2012. ANDRADE, José H. Fischel de. O Brasil e a Organização Internacional para Refugiados. In Revista Brasileira de Política Internacional. Nº 48, 2005. (p.60-96). _______________. Regional policy approaches and harmonization: a latin american perspective. In International Journal of Refugee Law. Oxford, v. 10, n. 3, 1998. (p. 389-409). ANDRADE, José H. Fischel de; MARCOLINI, Adriana. A política brasileira de proteção e de reassentamento de refugiados – breves comentários sobre suas principais características. In Revista Brasileira de Política Internacional. Brasília, v. 45, n. 1, jan/jul de 2002. (p. 168-176). ANKER, Deborah. Refugee Law, Gender and Human Rights Paradigm. In Harvard Human Rights Journal. Spring/2002. AKRAM, Susan. Palestinian Refugees and their Legal Status: rights, politics, and implications for a just solution. In Journal of Palestine Studies, XXXI, nº3, 2002. APOLINÁRIO, Silvia Menicucci O. S. e JUBILUT, Liliana Lyra. A População Refugiada no Brasil: em busca da proteção integral. In Universitas: Relações Internacionais. Brasília: UNICEUB. vol.6 nº2, 2008. ARBOLEDA, Eduardo. La Declaración de Cartagena de 1984 y sus semejanzas con la Convención de la Organización de la Unidad Africana de 1969: uma perspectiva comparativa. In NAMIHAS, Sandra. Derecho Internacional de los Refugiados, Cap.III, Perú: Pontifícia Universidad Católica del Perú – Instituto de Relaciones Internacionales, 2001. BARROSO, Luís Roberto. Judicialização, Ativismo Judicial e Legitimidade Democrática. In Revista Synthesis. Vol 5, nº1, 2012. BATCHELOR, Carol. Statelessness and the Problem of Resolving Nationality Status. In International Journal of Refugee Law, vol. 10, nº1, 1998. BECKER, Gina. The Protection of Asylum Seekers and Refugees Within African Regional Human Rights System. In African Human Rights Law Journal. Vol.13, 2013. BENHABIB, Seyla. Borders, Boundaries and Citizenship. In Political Science and Politics. Vol.38, nº4. 2005. BESSOM, Samantha. The Authority of International Law: lifting the State veil. In Sydney Law Review. Vol.31, 2009. BETTS, Alexander. Global Migration Governance. Oxford: Global Economic Governance Program, Working Paper nº43, 2008. __________________. The Refugee Regime Complex. In Refugee Survey Quaterly. Vol. 29, nº1, UNHCR, 2010.

______________________. International Relations and Forced Migration. In The Oxford Handbook of Refugee and Forced Migration Studies. New York: Oxford University Press, 2014. _______________________. Soft Law and the Protection of Vulnerable Migrants. Georgetown University Law Center, 2010. BOCCO, Riccardo. UNRWA and the Palestinian Refugees: a history within history. Oxford Journals. Março, 2010. BOED, Roman. The State of the Right to Asylum in international Law. In Duke Journal of Comparative and International Law. Vol.5:1, 1994. BOSWELL, Christina. Burden-Sharing in the New Age of Immigration. Migration Policy Institute, 2003. Disponível em: http://www.migrationpolicy.org/print/4805#.U5JKbfldWVM. CANÇADO TRINDADE, A. A. Derecho Internacional de los Derechos Humanos, Derecho internacional dos Derechos Humanos stricto sensu e Derecho Internacional Humanitário: aproximações e convergências. In Seminário 10 Anos de la Declaración de Cartagena, Refugiados e pessoas deslocadas. 1994. CANÇADO TRINDADE, A. A.. Coexistence and Coordination of Mechanisms of International Protection of Human Rights (At Global and Regional Levels). 202 Recueil de Cours de l’Académie de Droit International, 1987 (pp.1-435). _______________________. CANÇADO TRINDADE, Antônio Augusto. Derecho Internacional de los Derechos Humanos, Derecho Internacional de los Refugiados y Derecho Internacional Humanitário: aproximaciones y convergências. In 10 Años de la Declaración de Cartagena sobre Refugiados – Declaración de San José sobre Refugiados y Personas Desplazadas, 1994 (Memória del Coloquio Internacional) San José, ACNUR/IIDH, Gobierno de Costa Rica, 1994. ______________________. Uprootedness and the Protection of Migrants in the International Law of Human Rights. In Revista Brasileira de Política Internacional. Nº51 (I). 2008. CARENS, Joseph. H. The Dispossessed: responsibilities of refugees. In Ethics and Politics of Refugee Global Refugee Regime (workshop). Princeton University, 14-16 de março de 2013. CARVALHO RAMOS, André de. O Princípio do non-refoulement no direito dos refugiados: do ingresso à extradição. In Revista dos Tribunais, Ano 99, Vol. 892, fevereiro/2010. (p.347 a 376). _________________________. O Diálogo das Cortes: O Supremo Tribunal Federal e a Corte Interamericana de Direitos Humanos. In: JUNIOR, Alberto do Amaral e JUBILUT, Liliana Lyra (Orgs.). O STF e o Direito Internacional dos Direitos Hmanos. São Paulo: Quartier Latin, 2009, pp. 805-850. CARVALHO RAMOS, André de. Direito dos Estrangeiros no Brasil: a Imigração, Direito de Ingresso e os Direitos dos Estrangeiros em Situação Irregular. In Igualdade, Diferença e Direitos Humanos. 2ª edição. Rio de Janeiro: Editora Lúmen Juris, 2010. CASELLA, Paulo Borba. Refugiados: conceito e extensão. In ARAÚJO, Nádia, e ALMEIDA, Guilherme Assis de. (org.) O Direito Internacional dos Refugiados: uma perspectiva brasileira. Rio de Janeiro: Editora Renovar, 2001. CASTLES, Stephen. The International Politics of Forced Migration. In Development, vol.46, nº3, setembro de 2003. _________________. Enviromental Change and Forced Migration: making sense of the debate. In New Issues on Refugee Research. Nº70. UNHCR; Refugee Studies Centre: Oxford University, outubro de 2002. CHIMNI, B. S. The Geopolitics of Refugee Studies: a view from the south. In Journal of Refugee Studies. Vol.11. (p. 350-373).

_____________. Globalisation, Humanitarianism and the Erosion of Refugee Protection. Working Paper nº3. Refugee Studies Centre: Oxford, fevereiro de 2000. _____________. From Ressetlement to Involuntary Repatriation: towards a critical history of durable solutions for refugee problems. In Refugee Survey Quaterly. Vol. 23-3, 2004. (p. 56-73). COSTELLO, Cathryn. Human Rights and the Elusive Universal Subject: immigration detention under international human rights law and UE Law. In Indiana Journal of Global Legal Studies, Vol. 19, nº1, 2012. CRAWFORD, James & HYNDMAN, Patricia. Three Heresies in the Application of Refugee Convention. In International Journal of Refugee Law, vol. 1, nº2, Oxford University Press, 1989. CRISP, Jeff. A New Asylum Paradigm? Globalization, migration and the uncertain future of the international regime. In New Issues in Refugee Research. Working Paper nº100, dezembro de 2003. __________ . The Local Integration and Local Settlement of Refugees: a conceptual and historical analysis. In UNHCR – New Issues on Refugee Research. Working Paper nº102, 2004; CRISP, Jeff & SLAUGHTER, Amy. A Surrogate State? The Role of UNHCR in Refugee Protracted Situations. In New Issues on Refugee Research. Research Paper nº168. UNHCR – Police Development and Evaluation Service, janeiro de 2009. DUPUY, Pierre-Marie. The Danger of Fragmentation or Unification of the International Legal System and the International Court of Justice. In International Law and Politics. Vol. 31, 1999. DURIEUX, Jean-François & HURWITZ, Agnès. How Many is too Many? African and European Legal responses to Mass Influxes of Refugees. In German Yearbook of International Law nº47, Duncker & Humblot: Berlim, 2004. DURIEUX, Jean-François. Salah Sheek is a Refugee: new insights on primary and subsidiary forms of protection. Working Paper nº49. Refugee Studies Centre – University of Oxford, 2008. DURIEUX, Jean-François; MAcADAM, Jane. Non-refoulement Through Time: the case of a derogation clause to the Refugee Convention in a mass influx emergencies. In International Journal of Refugee Law. Vol 16, nº 1, março/2004. (p.4-24). FARMER, Alice. Non-refoulement and Jus Cogens: limiting anti-terror mesures that threaten refugee protection. In Georgetown Immigration Law Journal. Vol.23:1, 2008. FELLER, Erika. The Evolution of the International Regime Protection Regime. In Journal of Law & Policy. Vol. 5. 2001.(p. 129-139). ______________. The International Refugee Protection 50th Years on: the protection challenges from past, present and future. IRRC. September, Vol.83. nº843, 2001. (pp.581-606). ________________. Asylum, Migration and Refugee Protection: realities, myths and promises of things to come. In International Journal of Refugee Law. Oxford University Press, 2006. FISCHEL DE ANDRADE, José Henrique. Regionalización y Armonización del Derecho de los Refugiados: uma perspectiva lationamericana. In Derechos Humanos y Refugiados en las Américas: lecturas seleccionadas, San José, ACNUR/IIDH, 2001. ___________________________. Derecho de los Refugiados en America Latina: reflexiones sobre su futuro. In NAMIHAS, Sandra. Derecho Internacional de los Refugiados. Pontifícia Universidad Catolica de Perú – Instituto de Estudios Internacionales – Fondo Editorial 2001. ____________________________. Protection of Refugees in South America. In FYDDIANQASMIEH, Elena; LOESCHER, Gil; LONG, Katy; SIGONA, Nando. The Oxford Handbook of Refugee and Forced Migration Studies. New York: Oxford University Press, 2014.

____________________________. FISCHEL de ANDRADE, José Henrique e MARCOLINI, Adriana. Brazil’s Refugee Act: a model refugee law for Latin America? In Forced Migration Review, Vol.12, 2003. ___________________________. O Brasil e a Organização Internacional para Refugiados (1946-1952). In Revista Brasileira de Política Internacional, Vo. 48, I, 2005. ____________________________. On the Development of the Concept of ‘Persecution’ in International Refugee Law. In II Anuário de Direito Internacional. Vol.II, 2008. ____________________________. Refugiados y Repatriación Voluntaria. In XXII Curso de Derecho Internacional Organizado por el Comité Jurídico Interamericano. Rio de Janeiro, agosto 1995. FISCHEL De ANDRADE e MARCOLINI, Adriana. A Política Brasileira de Proteção e de Reassentamento de Refugiados – breves comentários sobre suas principais características. In RBPI, Vol.45, I, Brasília, janeiro-junho de 2002. FISCHER-LESCANO, Andreas; LÖR, Tillmann; TOHIDIPUR, Timo. Border Controls at Sea: requirements under international human rights and refugee law. In International Journal of Refugee Law, Oxford University Press, 2009. FISCHER-LASCANO, Andreas e TEUBNER, Gunther. Regime Collisions: the vain research for legal unity in the fragmentation of global law. In Michigan Journal of International Law. Vol.25, 2004. FLYNN, Michael. The Hiden Costs of Human Rights: the case of immigration detention. Global Detention Project, Working Paper nº7, setembro de 2013. FORSYTHE, David P. Refugees and the Red Cross: an underdeveloped dimension of protection. Working Paper nº76. UNHCR – New Issues in Refugee research, 2003. ________________. Humanitarian Protection: the International Committee of Red Cross and the United Nations Commissioner for Refugees. In IRRC, Vol, 83, nº843, setembro de 2001. FOSTER, Michele. Responsibility Sharing or Shifting? “Safe” Third Countries and International Law. In Refuge. Vol. 25. Nº2, 2008. GEISSLER, Nils. The International Protection of Internally Displaced Persons. In International Journal of Refugee Law, vol.11, nº3, 1999. GIBNEY, Matthew J.. Beyond the Bounds of Responsibility: western states and measures to prevent the arrival of refugees. In Global Migration Perspective. Nº22. Refugee Studies Centre. Oxford. Janeiro, 2005. ________________. GIBNEY, Matthew. The State of Asylum: democratization, jucialization and evolution in refugee policy in Europe. New Issues in Refugee Research. Working Paper nº 50. Refugee Studies Centre: Oxford. Outubro, 2001. GIL-BAZO, María Teresa. The Charter of Fundamental Rights of the European Union and the Right to be Granted Asylum in the Union’s Law. In Refugee Survey Quaterly, Vol.27, nº3, UNHCR, 2008. ______________________. The Protection of Refugees under the Common European Asylum System. The Establishment of a European Jurisdiction for Asylum Purposes and Compliance with International Refugee and Human Rights Law. In Cuadernos Europeus de Deusto. Nº36/2007. ________________________. Refugee Protection under International Human Rights Law: from non-refoulement to residence and citizenship. In Refugee Survey Quaterly. 2015. _________________________. Introduction: the rol of International Organizations and Human Rights Monitoring Bodies in Refugee Protection. In Refugee Survey Quaterly, 2015.

GILBERT, Geoff. Rights, Legitimate Expectations, Needs and Responsibilities: UNHCR and the new world order. In International Journal of Refugee Law. Vol.10, 1998. (p. 350-388). _______________. Current Issues on the Application of Exclusion Clauses. UNHCR: Global Consultations on International Protection in the context of the 50th anniversary of the 1951 Convention relating to the Status of Refugees, 2001. _________________. Is Europe Living Up to Its Obligations to Refugees? In The European Journal of International Law. Vol 15, nº5, 2004. GONZÁLES, Juan Carlos Murillo. Forced Displacement in the Americas and its Impact on Regional Migrations. In Revista Multidisplinar de Mobilidade Humana. Ano XVI, nº31, 2008. _____________________________. El derecho de asilo y la proctección de los refugiados en el continente americano. In XXXIV Curso de Derecho Internacional: “Aspectos Jurídicos del Desarollo International”, Organización de los Estados Americanos – Departamento de Derecho Internacional, 2008. _____________________________. El Sistema Interamericano de Protección de Derechos Humanos y su Relevancia para la Protección de Refugiados y Otras Personas Necesitadas de Protección en el Continente Americano. XXXIV Curso de Derecho Internacional de la OEA: “Aspectos Jurídicos del Desarollo Regional”, 2007. _____________________________. El Fortalecimiento de la Protección Internacional de los Refugiados a través del Sistema Interamericano de Derechos Humanos. In XXXV Curso de Derecho Internacional de la OEA: “Nuevos Desarollos del Derecho Internacional en las Américas, 2008. _____________________________. La Protección Internacional de los Refugiados en el Continente Americano: nuevos desarollos. In XXXV Curso de Derecho Internacional "Nuevos Desarrollos del Derecho Internacional en las Américas", 2009. GOODWIN-GILL, Guy S. Refugees and Migrants at Sea: Duties of care and protection in the Mediterranean and the need for international action. Presentation at “Jean Monnet Centre of Excellence on Migrants’ Rights in the Mediterranean University of Naples ‘L’Orientale’ Palazzo du Mesnil”, 11 de maio de 2015. GOODWIN-GILL, Guy; MCNAMARA, Dennis. UNHCR and International Refugee Protection. In Refugee Studies Program: University of Oxford. RSP Working Paper nº2, Junho de 1999. HAAS, Hein de. Turning the Tide? Why Development instead of migration policies are bound to fail. In International Migration Institute Working Paper 2, 2006. HARRELL-BOND, Barbara. Refugees and the International System: the evolution of solutions. Refugee Studies Centre – Oxford University, 1995. HARREL-BOND, Barbara. Repatriation: under what conditions is it the most desirable solutions for refugees? In African Studies Review, nº32, 1989. HARVEY, Colin. Time for Reform? Refugees, Asylum Seekers and Protection under International Human Rights Law. In Refugee Survey Quaterly Vol.34, 2015. HATHAWAY, James C. The Right of States to Repatriate Former Refugees. In Ohio State Journal of Dispute Resolution. Vol.20-1, 2005. (p. 175-216). ___________________. New Directions to Avoid? Problems: The distortion of the Palliative Role of Refugee Protection. In Journal of Refugee Studies 1995, Vo.8, nº3, pp.288-294. ____________________. Who Should Watch Over Refugee Law? Working Paper - IARLJ Conference, 2002. ____________________. Leveraging Asylum. In Texas International Law Journal. Vol. 45, nº3, 2010.

HATHAWAY, James C; NEVE, R. Alexander. Making International Refugee Law Relevant Again: a proposal for a collectivized and solution-oriented protection. In Harvard Human Rights Journal, spring/1997. HATHAWAY, James C.; HICKS, William. Is There a Subjective Element in the Refugee Convention’s Requirement of Well-founded Fear? In Michigan Journal of International Law. 2005. (p.510-562). HARRELL-BOND, Barbara. Refugees and the International System: the evolution of solutions. Refugee Studies Centre – Oxford University, 1995. HENCKAERTS, Jean-Marie, DOSWALD-BECK, Louise. Humanitario Consuetuniario. Vol I – Normas. CICV. 2007.

El

Derecho

Internacional

HELFER, Laurence R. The Burdens and Benefits of Brighton. ESIL Reflections. Vol.1, Issue 1, 2012. HELFER, Laurence R. e SLAUGHTER, Anne-Marie. Toward a Theory of Effective Supranational Adjudication. In Yale Law Journal.Vol.107, 1997. HELFER, Laurence R. e SLAUGHTER, Anne-Marie. Why States Create International Tribunals: a response to professors Posner and Yoo. In California Law Review. Vol.93, 2005. HELFER, Laurence R. e ALTER, Karen J. Legitimacy and Lawmaking: a tale of three international courts. In Theoretical Inquiries in Law. Vol.14. 2013. HIGGINS, Rosalyn. Human Rights: some questions of Integrity. In Modern Law Review. Nº52, Vol.I, 1989. HOLZER, Vanessa. The 1951 Refugee Convention and the Protection of People Fleeing Armed Conflict and Other Situations of Violence. Legal and Protection Policy Research Series. UNHCR – Division of International Protection. Genebra, setembro de 2012. HURREL, Andrew. Order and Justice in International Relations: What is at stake? In Rosemary Foot, John L. Gaddis, Andrew Hurrel (eds.), Order and Justice in International Relations, Oxford University Press, 2003. HUSSEINI, Jalal Al. L’UNRWA et les Refugies: enjeux humanitaire, intérêts nationaux. In Révue d’etudes Palestinienne, 86, 2003. JACOBS, Francis G. Judicial Dialogue and the Cross-Fertilization of Legal Systems: the European Court of Justice. In Texas International Law Journal. Vol.38, 2003. JACOBSEN, Karen. The Forgotten Solution: local integration of refugees in developing countries. In UNHCR – New Issues on Refugee Research. Working Paper nº45, 2001. JAQUEMET, Stephane. The Cross-Fertilization of International Humanitarian Law and International Refugee Law. In IRRC, Vol. 83, nº843, setembro de 2001. JENKS, Wilfred C. The Conflict of Law-Making Treaties. In British Yearbook of International Law, 1953. JUBILUT, Liliana. Refugee Law and Protection in Brazil: a model in South America? In Journal of Refugee Studies, Vol.19, nº1, 2006. _______________. Acolhida da População Refugiada em São Paulo: a sociedade civil e a proteção aos refugiados. In SILVA, César Augusto (org.) Direitos Humanos e Refugiados. Dourados: Editora UFGD, 2012. _______________. A Judicialização do Refúgio. In ALMEIDA, Guilherme Assis de, CARVALHO RAMOS, André de, RODRIGUES, Gilberto. 60 Anos do ACNUR: perspectivas de futuro. Brasília: ACNUR, 2011 KAGAN, Michael. Is Truth in the Eye of the Beholder? Objective Credibility Assessment in Refugee Status Determination. In Georgetown Immigration Law Journal. June, 2003. (p. 1-68).

KÄLLIN, Walter. Supervising the 1951 Convention on the Status of Refugees: article 35 and beyond. Global Consultations on International Protection in the Context of the 50th anniversary of the 1951 Convention relating to the Status of Refugees. UNHCR – Experts Round Table, 2001. KINGSBURY, Benedict. Foreword: is the proliferation of International Courts and Tribunals a systemic problem? In International Law and Politics. Vol.31, 1999. KIRCH, Philippe. Applying the Principles of Nuremberg in the International Criminal Court. In Washington University Global Studies Law Review. Vol.6, 2007. KOH, Harold Hongju. Why do Nations Obey International Law. In Yale Law Journal. Vol 106. KNEEBONE, Susan. The Refugee-Trafficking Nexus: making good (the) connections. In Refugee Survey Quaterly, nº29, vol.1, 2010. KOREMENOS, Barbara. Institutionalism and International Law. In: Jeffrey L. Dunoff and Mark A. Pollack (ed.), Interdisciplinary Perspectives on International Law and International Relations: the state of the art. Cambridge University Press, 2013. KOSKENNIEMI, Matti. e LEINO, Päivi. Fragmentation of International: postmodern axieties. In Leiden Journal of International Law, 2002. LAMBERT, Hélène. Introduction: European Refugee Law and Transnational Emulation. In LAMBERT, Hélène; MAcADAM, Jane; FULLERTON, Maryllen. The Global Reach o European Refugee Law. Cambridge: Cambridge University Press, 2013. LANGDAM, Karin. Safety Zones and International Protection: a dark grey area. In International Journal of Refugee Law. Vol.7, nº3. Oxford University Press, 1995. LEÃO, Renato Zerbini. CONARE: balanço de seus 14 anos de existência. In ALMEIDA, Guilherme Assis de, CARVALHO RAMOS, André de, RODRIGUES, Gilberto (org). 60 Anos do ACNUR: perspectivas de Futuro. ACNUR, 2010. LOESCHER, Gil. UNHCR and the Erosion of Refugee Protection. In Forced Migration Review. Nº10. Oxford, 2001. LONG, Katy. No Entry! A Review of UNHCR’s Response to Border Closures in Situation of Mass Refugee Influx. UNHCR – Policy Development and Evaluation Service. Junho de 2010. MALKII, Liisa. Refugee and Exile: from ‘Refugee Studies’ to the ‘National Order of Things’. In Annual Review of Anthropology. Nº24, 1995 (p. 495-523). MARTIN, Susan. Forced Migration, Refugee Regime and the Responsibility to Protect. In Global Responsibility to Protect, Martinus Nijhoff Publishers, 2010. MCADAM, Jane. An Intellectual History of Freedom of Movement in International Law: the right to leave as a personal liberty. In Melbourn Journal of International Law, Vol.12, 2011. _______________. Status Anxiety: Complementary Protection and the Status of NonConventional Refugees. In UNSW Research Paper nº2010-1, janeiro de 2010. _________________. Complementary Protection and Beyond: how States with Human Rights Protection. In Legal Studies Research Paper – University of Sydney – Sydney Law School. Nº6/18, setembro de 2006. ___________________. Climate Change, Displacement and International Law: complementary protection standards. UNHCR – Legal and Protection Research Series, 2011. ___________________. Climate Change, Displacement and the Role of International Law and Policy. Apresentação no International Dialogue on Migration de 2011 – Climate Change, Environmental Degradation and Migration. 2001. MILESI, Rosita; LACERDA, Rosane. Políticas públicas e migrações: o acesso a direitos previdenciários e sociais. In: ACNUR/IMDH. Cadernos de Debates Refúgio, Migrações e Cidadania, v.3, n. 3, p. 33-53. Brasília: Instituto de Migrações e Direitos Humanos, 2008.

MILNER, James. Introduction: understanding global refugee policy. In Journal of Refugee Studies. Vol.27. Nº4; outubro de 2014. MORRISON, John e CROSLAND, Beth. The Trafficking and Smuggling of Refugees: the end game in European Asylum Policy? In UNHCR - New Issues on Refugee Research. Working Paper, nº9, abril de 2001. MORAVCSICK, Andrew. In Defense of Democractic Deficit: reassing legitimacy in the European Union. JMCS, Vol. 40, nº4, 2002. NEWLAND, Kathleen. Rethinking Global Protection: new channels, new tools. Migration Policy Institute. Abril de 2015. NORMA, Steve. Assessing Credibility of Refugee Applicants: A Judicial Perspective. In International Journal of Refugee Law. julho/2007. (p. 1-17). NORMA, Steve. Assessing Credibility of Refugee Applicants: A Judicial Perspective. In International Journal of Refugee Law. julho/2007. (p. 1-17). PACÍFICO, Andrea Pacheco e JOSÉ-MARCELINO, Pedro. Interdisciplinary Perspectives on Multiculturalism in Brazil: multicultural society in Brazil and the quest for refugee’s integration. Presentation at LASA – Latin America Studies Association, 2010. PATARRA, Neide Lopes. Migrações Internacionais de e para o Brasil Contemporâneo. In São Paulo em Perspectiva, Vol.19, nº3 jul/set de 2005. PAULUS, Andreas. International Adjudication. In In BESSON, Samantha e TASIOULAS, John. (editores) The Philosophy of Internatoional Law. Oxford: Oxford University Press, 2010. PEARCE, Emma. Refugees and Displaced Persons with Disabilities – from ‘forgoten’ to ‘vulnerable’ to ‘valueble’. In Forced Migration Review – Disability and Displacement, 2010. PÉCOUD, Antoine & GUCHTENEIRE, Paul de. Migration Without Borders: an investigation into the free movement of people. In Global Migration Perspectives. Nº27, UNESCO: Paris, abril de 2005. PHILIPS, Janet. The Pacific Solution Revisited: a statistical guide to the asylum seeker caseloads on Nauru and Manus Island. Australian Parliament. PHUONG, Catherine. The International Protection of Internally Displaced Persons. New York: Cambridge University Press, 2004. RAZ, Joseph. Human Rights Without Foundations. In University of Oxford Faculty of Law Research Paper Series. Nº14, março de 2007. REIS, Rossana Rocha; MOREIRA, Júlia Bertino. Regime Internacional para Refugiados: mudanças e desafios. Dossiê “Relações Internacionais: novos cenários e agendas”. In Revista de Sociologia Política. V.18, N.37, 2010. (p. 17-30). REISMAN, Michael. W. Sovereignty and Human Rights in Contemporary Internacional Law. In American Journal of International Law. Vol.84. Nº4 (outubro, 1990). (p.866-876). RIISKJAER, Maria; GALLAGHER, Anna Marie. Review of UNHCR’s Efforts to Prevent and Respond to Human Trafficking. UNHCR – PDES, 2008. SAN JUAN, César & MANLY, Mark. El Asilo y la Protección de los Refugiados em América Latina: análisis crítico del dualismo “asilo-refúgio” a la luz del Derecho Internacional de los Derechos Humanos. In FRANCO, Leornardo (coord.) El Asilo y la Protección Internacional de los Refugiados en la América Latina. San José. 2004. SASSEN, Saskia. The Economic Determinants of International Migration. In GIBNEY, Mathew; HANSEN, R. (editores). Immigration and Asylum: From 1900 to the Present. Oxford: ABC-CLIO, 2005. SHACKNOVE, Andrew E. Who is a Refugee? In Ethics. Nº95, janeiro/1985.

_____________________. From Asylum to Containment. In International Journal of Refugee Law. Vol. 5.nº4. Oxford University Press, 1994. SHARPE, Marina. The 1969 Refugee Convention: inovations, misconceptions and omissions. In McGill Law Journal. Nº58. Vol.1, 2012. SHELTON, Dinah. The Rules and Reality of Petition Procedures in the Inter-American Human Rights System. In The Future of the Inter-American Human Rights System. Working Paper nº2, maio de 2014. SIMMA, Bruno. Of Planets and the Universe: self-contained regimes in International Law. In The European Journal of International Law. Vol 7, nº3, 2006. SIMPSON, John Hope. The Refugee Problem. Royal Institute of International Affaires. Vol.17, nº5, Setembro de 1938. SOENNECKEN, Dagmar. The Growing Influence of the Courts over the Fate of Refugees. In Review of European and Russian Affaires. Vol.4. issue 2/2008. THIELEMANN, Eiko. Burden Sharing: the international politics of refugee protection. Center of Immigration and Refugee Studies - University of San Diego. Working Paper nº134, março de 2006. _____________________. The Soft Europeinisation of Migration Policy: European integration and domestic policy change. Paper to be presented at the 2002 ECPR Joint Session of Workshops, Turin, 22-27 March Workshop 3: "How Economic Integration Matters: Europeanisation, Discourse and Policy Regimes", 2001. THIELEMANN, Eiko & DEWAN, Torun. Why States don’t Defect: refugee protection and burden-sharing. Paper prepared for presentation at the ECPR Joint Session of Workshops, Uppsala, Sweden, 14-18 April 2004. TROELLER, Gary G. Refugees in Contemporary International Relations: reconciling state and individual sovereignty. In New Issues in Refugee Research. Working Paper nº85. UNHCR – Evaluation and Policy Analysis Unit. Março de 2003. TURK, Volker. UNHCR’s Supervisory Responsibility. In Revue Québécoise de Droit International, 14.1, 2002. VALLINDER, T. The judicialization of politics: a world-wide phenomenon: introduction. In International Political Science Review, nº 15. V. 2, 1994.(p. 91-99). VÉLEZ, Francisco Galindo. El Asilo en América Latina: uso de los sistemas regionales para fortalecer el sistema de protección de los refugiados de las Naciones Unidas. In ACNUR. La Protección de los Refugiados em las Américas. Quito, 2011. ZÜRN, M. Global Governance and Legitimacy Problems. In: Government and Opposition. Oxford: Blackwell Publishing, 2007.

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.