13 de Maio de 1767 - comemoração do dia de aniversário do nascimento do Conde de Oeiras no seu Palácio

June 24, 2017 | Autor: M. Gonçalves | Categoria: Século XVIII, Patrimônio Cultural E Festa, Teatro francês, Festa privada no século XVIII
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Sociabilidades mundanas na segunda metade do século XVIII As assembleias privadas - funções

A família do Conde de Oeiras

Teresa Violante…, n. 1746



1759 António de São Paio Melo e Castro ... Lusignan, 1º Conde de São Paio

Henrique José…, 2º Conde de Oeiras e Marquês de Pombal, n. 1748



1764 D. Maria Antónia de Menezes

Maria Francisca Xavier…, n. 1751



1763 D. Cristovão Manoel de Vilhena

José Francisco Xavier …, 3º Conde de Oeiras e Marquês de Pombal, 1º Conde da Redinha, n. 1753

Maria Amália…, n. 1756

Entre os convivas da função…

Entre os estrangeiros que promoviam assembleias e concertos privados de aparato, encontravam-se Gerard de Visme, David Purry e Daniel Gildemeester, todos eles locatários do palácio dos Carvalhos, na rua Formosa

Sulpice-Edme Gaubier de Barrault (? - 1773) é um personagem de algum modo comparável a Giuseppe Gorani, com quem se cruza entre 1766 e 1767. São ambos aventureiros mais ou menos apátridas, cuja passagem por Portugal oscila entre o acesso à esfera mais privilegiada da nobreza e da alta burguesia de Lisboa – designadamente, ao círculo político e familiar do próprio Conde de Oeiras - e a passagem episódica pela prisão. As nove cartas autógrafas, por ele dirigidas em 1771-72 ao 2º conde de Oeiras (códice 619 da Coleção Pombalina, BNP), constituem um manancial de informação sobre os espetáculos músico-teatrais e as receções do período pombalino.

François Emmanuel de Guignard, Cavaleiro de Saint-Priest e embaixador de França na corte de Lisboa entre 1763 e 1766, testemunha as iniciativas particulares que organizavam representações e o gosto pelo teatro francês entre nós: «O conde de Lavrian, ministro plenipotenciário da Sardenha, lembrou-se de organizar, entre os ministros estrangeiros, um espetáculo. Pela minha parte acedi da melhor vontade e montámos um teatro em casa do embaixador da Espanha, que então estava ausente. Escolhemos a tragédia de Voltaire Mahomet e por complemento L’Epreuve, de Marivaux. O papel de Mahomet foi-me distribuído, assim como o de Pasquino na segunda peça. Para o papel de Palmira, convidáramos uma rapariga francesa que tinha talento. Aliás, a nossa plateia não era muito exigente, composta, como foi por, tudo o que havia de mais distinto nos dois sexos da corte portuguesa. Depois do espetáculo, todos os assistentes foram convidados para uma ceia em minha casa, à qual se seguiu um grande baile que durou toda a noite.»

ETIQUETA Pela Centelha viva De fogo, cujo súbito ardor Como um Raio passou no meu coração, Em vós, Menino encantador, reconheço o Zelo. ZELO Ah ah! Queríeis pois fazer aqui um motim! ETIQUETA Eu continuo confuso… mas no entanto…

DIRETOR Sabeis vós que as representações que neste dia preparamos, Das quais ele é a alma e o organizador; Se fazem em honra da festa Dum mortal, que sempre seguiu as suas Bandeiras! Ao seu génio, aos seus trabalhos, A vossa Velhice deve a doçura consoladora, De ver vossa Pátria feliz e florescente, Viver ao abrigo das Leis, no seio do repouso: Para fixar numa só palavra a vossa alma vacilante; SEBASTIÃO é o nosso herói.

MOMO E que reforço tinha escolhido a vossa prudência? ZELO O Sentimento e o Reconhecimento. Ó meus companheiros alegres: Apressai-vos a aparecer nestes Sítios; Vinde ao nosso amigo fazer a reverência.

(O Sentimento e o Reconhecimento

aparecem, abraçam o Zelo, que os apresenta ao Sr. Etiqueta, abraçando-se os três) ETIQUETA Que espetáculo tocante! Sinto-me enternecer. Vinde, meus belos Meninos. Choro de prazer. Com um tal reforço, estamos bem certos de vencer. MOMO Oh! Eu sabia bem que haveríamos de vos convencer. ETIQUETA Momo, eis a melhor razão. ….

Louis de Boissy (1694 - 1758) Jornalista e autor de numerosas comédias e sátiras para a Comédie Française, o Teatro dos Italianos e a Ópera Cómica Membro da Academia Francesa

Nicolas Lancret (Paris, 1690 – 1743) Os Atores da Comédia Italiana ou o Teatro Italiano Primera metade do Século XVIII Museu do Louvre

La Vie est un songe, Comédia heróica em três atos e em versos livres, representada pela primeira vez no Théâtre italien de Paris, em 12-XI-1732 Inspirada na comédia original de Caldéron de la Barca (séc. XVII). Intriga: Basílio, rei da Polónia, mandou encarcerar o seu filho Segismundo, desde a mais tenra idade, e mantém-no a ferros seguindo o conselho de um oráculo que lhe anunciou que esse filho, tornado rei, seria o flagelo do seu país. Contudo, pressionado pelos seus súbditos para escolher um sucessor, Basílio cede à ternura paternal e consente em por o seu filho à prova, fazendo-lhe retirar os ferros durante o sono e colocandoo no trono, rodeado de todo o aparelho do poder real. O jovem príncipe, mal se encontra livre, prepara-se para a vingança e dispõe-se a matar os seus opressores. Basílio volta a pô-lo a ferros. Uma princesa polaca, à qual o rei reserva o trono, sacrifica generosamente os seus interesses aos do príncipe real, subleva o povo a favor de Segismundo e liberta-o, ficando à cabeça dos seus súbditos armados. O príncipe, entregue a si mesmo, retoma sentimentos de humanidade, perdoa aos seus antigos inimigos, repõe a coroa sobre a cabeça de seu pai e desposa Sofrónia, a princesa que se tinha devotado tão nobremente para o salvar das mãos dos seus perseguidores.

Le Français à Londres Comédia de um ato e em prosa. A ação passa-se em Londres, onde uma jovem viúva inglesa, Eliante, filha de Lord Craff, deve escolher um novo marido entre três pretendentes: o seu compatriota, o negociante Jacques Rosbif, e dois franceses que são também primos, o Marquês e o Barão de Polinville. Ainda que Eliante sinta a princípio maior inclinação pelo marquês, um jovem fátuo que se pavoneia e tagarela à maneira de Mascarilha, e que o seu pai lhe tenha feito valer as vantagens de uma união com Rosbif, acaba por desposar o barão. As diversas personagens da peça incarnam aspetos significativos de cada um dos caracteres nacionais. O casamento da jovem Eliante e do barão de Polinville surge assim como o símbolo de uma aproximação franco-inglesa segundo um ideal eclético de sabedoria e de civilidade, associando as qualidades complementares de cada uma das duas nações. Este ponto de vista parece ter sido bem acolhido pela opinião coeva, pois a peça de Boissy alcança um grande sucesso. Levada 17 vezes à cena em 1727, número elevado para a época, mantém-se inscrita no repertório durante todo o século XVIII e atinge em 1790 o número de 213 representações.

Dançarinos Silvia Balletti e Thomassin em palco a interpretar Arlequim e Colombina Frontispício da peça Je ne sais quoi

Bailado “Don Juan” (dança de Angélica), de Christoph Glück (1761) Interpretado na Ópera real do Palácio de Versalhes pela companhia L'Eventail, acompanhada pela orquestra Les Siècles –https://youtu.be/l2vLhUqU-aQ

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