A abertura do Cogito através do discurso.docx

May 24, 2017 | Autor: S. Masi Elizalde | Categoria: Michel Foucault, Cogito, The order of Things, Discurso, As palavras e as coisas
Share Embed


Descrição do Produto





GUTTING 2014 - Seção 4.2
FOUCAULT p. 40
Id. Ibid. p. 40
Id. Ibid. p. 40
Id. Ibid. p. 89
"Na idade clássica, o discurso é essa necessidade translúcida através da qual passam a representação e os seres — quando os seres são representados ao olhar do espírito, quando a representação torna visíveis os seres em sua verdade" (FOUCAULT p. 428).
FOUCAULT p. 85
FOUCAULT p. 86
"Quando se trata de ordenar as naturezas simples, recorre-se a uma máthêsis cujo método universal é a Álgebra". (FOUCAULT pg 99)
Quando se trata de pôr em ordem naturezas complexas (as representações em geral, tais como são dadas na experiência), é necessário constituir uma taxinomia (FOUCAULT pg 99)
Ora, esses dois momentos opostos (um, negativo, da desordem da natureza nas impressões, outro, positivo, do poder de reconstituir a ordem a partir dessas impressões) encontram sua unidade na idéia de uma "gênese". (FOUCAULT pg 96)
Id. Ibid p. 88
Id. Ibid p. 88
Id. Ibid p. 429
Id. Ibid p. 428
Id. Ibid p. 418
Id. Ibid p. 340
Id. Ibid p. 308
Id. Ibid p. 316
Id. Ibid p. 311
Id. Ibid p. 313
Id. Ibid p. 320
Id. Ibid p. 322
Fusão no sentido físico, da mudança do estado sólido para o estado líquido.
FOUCAULT p. 324
Id. Ibid p. 395
Id. Ibid. p. 88
Id. Ibid. p. 326
GUTTING, Gary. Tradução minha do trecho: "[…]it becomes possible to raise the question of whether ideas do in fact represent their objects and, if so, how (in virtue of what) they do so."
Id. Ibid. p. 447
Id. Ibid p. 346
Id. Ibid. p. 441
Id. Ibid. p. 428
Id. Ibid. p. 455
Id. Ibid. p. 445
Id. Ibid. p. 421
Id. Ibid. p. 421
Id. Ibid. p. 456
Id. Ibid. p. 457
Id. Ibid. p. 458
Id. Ibid. p. 458
Id. Ibid. p. 459
Id. Ibid. p. 445
Id. Ibid. p. 102
Id. Ibid. p. 429
Foucault descreve na página 87 do livro As palavras e as coisas, Hobbes, Berkeley, Hume e Condillac como individualidades de uma certa época, reforçando o pressuposto que é a partir do subterrâneo no qual se apoia o saber que surgem "indivíduos", não como sujeitos, mas como processos.
FOUCAULT p. 445
FOUCAULT p. 412


UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES




A abertura do Cogito através do discurso


Trabalho apresentado à disciplina de Tópicos Especiais Em Estética I, do Curso de Filosofia.
Ministrada pelo prof. Dr. Walter Menon










Santiago Masi Elizalde


CURITIBA
2017

RESUMO: Michel Foucault, no livro As palavras e as coisas delineia, sobre o pensamento ocidental, uma análise de como se produzia o saber desde o renascimento até o momento de publicação do livro. Ele dispõe esta história em três períodos: o final renascimento (século XVI), a Idade clássica (séculos XVII e XVIII) e a modernidade (séculos XIX e XX). Focaremos a análise do trabalho na transição do período clássico para o moderno, buscando realçar como na abertura do discurso neutro da idade clássica, o ser humano aparece como objeto de saber, e como este ser humano se acha rodeado, como que cercado, pelas positividades que aí encontra. Para auxiliar no trabalho utilizaremos o artigo Michel Foucault do filósofo Gary Gutting, disponível no site Stanford Encyclopedia of Philosophy.


A transparência do saber clássico

Embora Michel Foucault, na sua obra As palavras e as coisas trabalhe o período do renascimento (século XVI), vamos nos ater ao período clássico (do século XVII ao final do século XVIII) e na sua transição para o período moderno (do final do século XVIII até o momento de publicação do livro).

Para o filósofo Michel Foucault, a semiologia, isto é, o "conjunto de conhecimentos e de técnicas que permitem distinguir onde estão os signos" se sobrepunha, no período clássico, à hermenêutica, ou seja ao "conjunto de conhecimentos e de técnicas que permitem fazer falar os signos e descobrir seu sentido". Isto se dava através do poder que a representação tinha de representar-se a si mesma, característica que Foucault denomina reduplicação da representação ou representação reduplicada. Esta sobreposição, para o filósofo, era a de duas peças que se refletem, pois "entre o signo e seu conteúdo não há nenhum elemento intermediário e nenhuma opacidade", portanto as leis do signo são as do conteúdo, o seu local é sua maneira de se evidenciar. O discurso e o que o discurso representava se emulavam.

Tal reduplicação era possível devido ao fato do signo do conhecimento (signo arbitrário) ser uma imposição sobre o signo da natureza (signo natural), embora estes só se diferenciem no que diz respeito à maneira com a qual foram estabelecidos. Referente à relação dos signos com o conhecimento do período clássico, Foucault, no capítulo 3 do livro As palavras e as coisas escreve:

"Na sua perfeição, o sistema dos signos é essa língua simples, absolutamente transparente, que é capaz de nomear o elementar; é também esse conjunto de operações que define todas as conjunções possíveis. A nossos olhos, essa busca da origem e esse cálculo dos agrupamentos parecem incompatíveis, e nós os explicamos facilmente como uma ambigüidade no pensamento dos séculos XVII e XVIII. O mesmo ocorre com o jogo entre o sistema e a natureza. De fato, não há para esse pensamento nenhuma contradição. Mais precisamente, existe uma disposição necessária e única que atravessa toda a epistémê clássica: é a pertença de um cálculo universal e de uma busca do elementar a um sistema que é artificial e que, por isso mesmo, pode fazer aparecer a natureza desde seus elementos de origem até a simultaneidade de todas as suas combinações possíveis." (FOUCAULT p.86)

É, portanto, a partir da sua transparência que os signos, no período clássico, eram capazes de nomear a natureza e de identifica-la na sua totalidade. Tal movimento era possibilitado pelo sistema de signos que se expandia dentro de um quadro, onde todo acontecimento era reduplicado num discurso já estabelecido. Foucault evidencia, na descrição do período clássico, a formação desse quadro utilizando três variáveis, que são identificáveis no final do trecho recém citado. Quando o filósofo se refere a um "cálculo universal", podemos identificar ali o projeto da Máthêsis, quando se refere à "busca do elementar", podemos identificar a Taxinomia, e, onde se refere ao movimento que faz aparecer estas duas variáveis no quadro, encontramos a Gênese. Estas são as três variáveis que se entrelaçam e permitem a constituição de um quadro do saber que abarque qualquer conhecimento possível.

A partir do quadro, fica mais fácil evidenciar o papel do signo no período clássico. Para Michel Foucault, neste período da representação reduplicada, embora existisse uma transparência que vinculasse o elemento significado ao elemento significante, este último "só se torna signo sob a condição de manifestar, além do mais, a relação que o liga àquilo que significa", movimento que, dentro do quadro da ordem, está pressuposto. Devido à neutralidade do elemento significado, a representação que o elemento significante representava, se achava representada nele.

Vemos, consequentemente, que o saber do período clássico, para Michel Foucault, era constituído através de um sistema de signos que, graças à sua neutralidade, serve como representação reduplicada da natureza, como sua evidenciação e sua explicação. No saber clássico, qualquer signo já tem um lugar estabelecido no quadro, isto devido ao movimento de identificação da Taxinomia, também já se encontra dentro das relações que a Máthêsis propõe, e já tem o seu processo de criação previsto na Gênese.

Devido a essa perfeita sobreposição, o "Eu penso", a representação do eu, e o "Eu sou", o ser e suas relações, estavam ligados, eram a mesma coisa. Era no discurso que se entrecruzavam natureza e natureza humana, no "ponto de encontro entre a representação e o ser". É esta ordem, esta sobreposição perfeita, que cai no início da modernidade, quando a unidade da representação começa a diluir-se nas relações externas que a constituem.

A diluição da unidade

Para o filósofo francês, a modernidade é marcada pelo desmantelamento da unidade que residia no discurso da ordem. No território da economia, Foucault utiliza o Adam Smith como exemplo da mudança de pensamento que começa a instaurar-se na modernidade. A troca, antes pilar da economia, passa a se dar em relação ao que ela esconde, ao que percorre o seu subterrâneo, isto é, o trabalho. Foucault, porém, evidencia também como essa unidade de trabalho, no exemplo referente ao economista britânico, já possui o suficiente para diluir-se no externo.

Este movimento da economia é emulado no que diz respeito à análise da vida, porém, ao invés da unidade de trabalho, o que se toma é a organização dos seres. Essa organização é o território de onde serão demarcados os caracteres e as funções nos quais os últimos estão acoplados.

No que diz respeito à linguagem, o mesmo tipo de diluição ocorre, porém de maneira mais lenta, pois, como vimos, o discurso estava atrelado ao conhecimento da época clássica, era intrínseco a este e garantia a sua estrutura. Quando os outros saberes vão se emancipando o espaço se abre para que ocorra o mesmo com a linguagem. As línguas passam a ser confrontadas umas às outras, e nessa colisão surge a flexão, isto é, a "figura intermediária entre a articulação dos conteúdos e o valor das raízes". Ao invés de confrontar palavra por palavra, as línguas passam a ser confrontadas por aquilo que encadeia as palavras. A representação da linguagem passa por um processo de fusão, as palavras se tornam líquidas, não são mais as suas raízes constantes o que as sustentam, mas aquilo que as rodeia. Assim como, analogamente, os caracteres se encontram em relação às organizações, as palavras se encontram em relação àquilo que as une desde o seu subterrâneo.

A linguagem deixa de ser esse signo transparente da época clássica e adquire uma natureza vibratória, fluída. O signo perde sua transparência, perde seu local evidente, se mescla com o que lhe é externo, se no período clássico o elemento significante se evidenciava perfeitamente através do elemento significado, como que nele mesmo, na modernidade o elemento significante se funde com o externo, como acontece com a representação da troca ou dos caracteres.

A grande mudança, como colocada pelo comentador Gary Gutting, no artigo da universidade de Stanford sobre o Michel Foucault, é "a possibilidade que se abre de formular a pergunta referente às ideias representarem, de fato, os seus objetos, e, se o fazem, como (em virtude do que) o fazem". O comentador reforça a possibilidade que o Foucault abre para o pensamento, possibilitando a sua origem em algo que não seja a representação.

Michel Foucault mostra, como, a partir da abertura do espaço entre "Eu penso" e "Eu sou" encontramos o ser humano. No trecho a seguir, as novas problemáticas que se abrem no que diz respeito à filosofia, na transição do período clássico para o moderno, após a crítica Kantiana:

Por um lado, coloca-se o problema das relações entre o campo formal e o campo transcendental (e nesse nível todos os conteúdos empíricos do saber são postos entre parênteses e permanecem em suspenso no que diz respeito a toda validade); e, por outro lado, coloca-se o problema das relações entre o domínio da empiricidade e o fundamento transcendental do conhecimento (então, a ordem pura do formal é posta de lado como não-pertinente para explicar essa região onde se funda toda experiência, mesmo aquela das formas puras do pensamento). Mas, num caso como noutro, o pensamento filosófico da universalidade não está no mesmo nível que o campo do saber real; constitui-se, quer como uma reflexão pura suscetível de fundar, quer como uma retomada capaz de desvelar. (FOUCAULT pg 341)

Se abre, portanto, o espaço entre o real e o pensamento, é entre estes dois níveis que se formula o espaço do que é o "ser humano". A partir da abertura nos campos da economia, linguagem, biologia e filosofia, se evidencia o problema referente ao que é o sujeito. Ainda sobre o movimento ao qual a representação é submetida na modernidade, após a emersão do ser humano no saber ocidental, Foucault escreve:

A representação que se faz das coisas não tem mais que desdobrar, num espaço soberano, o quadro de sua ordenação; ela é, do lado desse indivíduo empírico que é o homem, o fenômeno — menos ainda talvez, a aparência — de uma ordem que pertence agora às coisas mesmas e à sua lei interior. Na representação, os seres não manifestam mais sua identidade, mas a relação exterior que estabelecem com o ser humano. (FOUCAULT pg 431)

Após a problematização exposta na crítica Kantiana, o ser humano passou a se evidenciar como problema, como o centro através do qual se evidenciam as relações que os seres têm com ele, a verdade se bifurca. De um lado a encontramos no objeto, na relação do empírico com o transcendental e de outro a verdade se encontra no discurso, na relação do formal com o transcendental. É para esse sujeito duplo empírico-transcendental que os seres, o externo, se reportam, porém sempre de maneira parcial, insuficiente, ao significar os seres, sempre falta algo, sempre algo foge desse território do que foi significado.

A prisão humana

Se por um lado, a modernidade mostra como o território do ser humano se constitui como o espaço onde as coisas mostram a sua superfície, por outro lado, o ser humano se mostra como ser intrínseco à historia das representações que o cercam, isto é, à linguagem, ao trabalho e à vida, como se estas o rodeassem e o determinassem, como se moldassem a maneira com a qual os objetos vão expor a representação das relações.

Se na idade clássica o ser humano não existia devido à sobreposição perfeita entre o "Eu Penso" e o "Eu Sou", no final da modernidade, no momento no qual nos encontramos, para Michel Foucault, o ser humano se encontra em um duplo empírico-transcendental. Por um lado como afirmador das positividades, por outro, porém parece estar presente somente nas diluições nas quais as representações se formam.

O movimento, posterior à problematização do homem, que Foucault evidencia, é, portanto, o que ocorre no momento em que o próprio ser humano se mostra como parte do objeto que se revela ao discurso. É isso que o filósofo problematiza, após estipular a questão Nietzschiana "quem fala?" Foucault mostra como Mallarmé responde à questão, "dizendo que o que fala é, em sua solidão, em sua vibração frágil, em seu nada, a própria palavra". Porém a extensão da pergunta deve ser realçada.

Para Foucault, essas mesmas representações que são formuladas pelo ser humano, na modernidade, incluem o próprio ser humano, é a partir de um ponto focal, a partir do originário, que elas se formulam, porém, é a partir destas representações que o originário eclode. O ser humano se vê, portanto, rodeado por algo que não é ele próprio, mas que "o dispersa através do tempo e o expõe em meio à duração das coisas".

Esse ponto de origem, segundo Foucault, não chega a delimitar o ponto de origem do ser humano, do "Eu sou", mas, pelo contrário, "liga-o ao que não tem o mesmo tempo que ele", o acopla a tudo o que o rodeia, afasta-o de uma origem, e acaba mostrando que "as coisas começaram bem antes dele e que, por essa mesma razão, ninguém lhe poderia assinalar uma origem". O homem isolado, portanto, está como que recuado da própria origem, e está em relação a ele, porém, ele existe como a concretização do que já está dado, ele é o que possibilita aquilo que o precede. A gênese do período clássico se mostra ilusória, submissa a uma relação de coisas que fogem àquele que interpreta, porém ainda em relação àquilo que gera o ser que atribui os significados.

Ainda sobre a relação da origem e o tempo do ser, sobre como surge e onde se encontra o ser humano, Michel Foucault escreve:

E assim, nesta tarefa infinita de pensar a origem o mais perto e o mais longe de si, o pensamento descobre que o homem não é contemporâneo do que o faz ser — ou daquilo a partir do qual ele é; mas que está preso no interior de um poder que o dispersa, o afasta para longe de sua própria origem, e todavia lha promete numa iminência que será talvez sempre furtada; ora, esse poder não lhe é estranho; não reside fora dele na serenidade das origens eternas e incessantemente recomeçadas, pois então a origem seria efetivamente dada; esse poder é aquele de seu ser próprio. (FOUCAULT pg 462)

O ser humano não pode, portanto, ser tratado como o cogito que era, ao contrário ele passa a ser uma dimensão, um território do real, a partir do qual se relacionam e se geram as representações que são percebidas, captadas pelo pensamento após os processos que o geram se realizarem, e que através das representações no pensamento visa delinear a "ascensão desordenada dos conteúdos".

A implosão do cogito a partir da linguagem

Vimos como, para o filósofo Michel Foucault, durante o período clássico, o saber se mostrava a partir de uma ordem, de um quadro, composto pelas três variáveis (Máthêsis, Taxinomia e Gênese). Neste período, se sobrepunha a semiologia à hermenêutica de tal forma que não se deixavam espaços porosos entre os dois planos. A representação era representada pelos signos na sua totalidade, o que gerava o fenômeno da representação reduplicada. O "Eu sou" e o "Eu penso" estavam ligados através do discurso que percorria a superfície do conhecimento como reflexo do subterrâneo.

No final do século XVIII a continuidade do pensamento começa a evidenciar uma rachadura, neste período surgiram individualidades tais como Adam Smith, Georges Cuvier, Gaston-Laurent Coeurdoux e Immanuel Kant. A unicidade a partir da qual o saber emergia neste período começa a se desfazer, e as representações começam a diluir-se nas relações que as compunham. O quadro antes unido pela linguagem, que acoplava o "Eu sou" no "Eu penso" se desfaz, e logo se abre a problemática referente ao ser humano.

Começam então as perguntas referentes a esse ser para o qual as coisas se apresentam, para esse possuidor de discurso que interpreta a realidade e recebe parte dos objetos, que se move a partir da linguagem, do trabalho e da vida. É do centro desse indivíduo que emanam as representações, é a partir dele que se constituem os símbolos. Este período é caracterizado pela fusão da linguagem, ela se torna líquida, movimento evidenciado pelo começo dos movimentos de exegese.

Esse movimento de exegese, de fluidez ao redor dos conceitos, logo passa para o ser humano, para essa superfície que, no período clássico, demarcava e invadia o real evidenciando os signos que lá existiam. O ser humano logo se volta para si mesmo, para o Cogito, para a representação do pensamento no qual se encontrava, ao fazer isso, assim como todas as outras representações que foram fundidas a partir da exegese, o ser, o "Eu penso" se encontra na mira da interpretação. Quando isso ocorre se revela um subterrâneo sobre o qual se apoiava o Cogito, os próprios recortes que este fazia, referentes à linguagem, economia e à vida, o cercam o constringem, acabam por isolá-lo de si mesmo.

Portanto, concluímos que, para o filósofo Michel Foucault, foi necessário que o discurso se abrisse para que se pudesse formular a questão do que é o homem no saber moderno. Seja para então enquadrá-lo dentro do empírico que o rodeia, ou deslocá-lo para o território transcendental de origem. O problema do que é o homem só pôde existir devido à certos deslocamentos no subterrâneo daquilo no qual se construía o saber.






Bibliografia

FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. Trad. de Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martin Fontes, 1999

GUTTING, Gary, "Michel Foucault", The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Winter 2014 Edition), Edward N. Zalta (ed.), URL = .


Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.