A Administração Compartilhada da Informação Turística Divulgada no Portal Brasileiro do Turismo

July 9, 2017 | Autor: Myrian Schüler | Categoria: Turismo, Guia virtual
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Universidade Católica de Brasília MBA em Turismo - Planejamento, Gestão e Marketing Autora: Myrian Costa Schüler

A Administração Compartilhada da Informação Turística Divulgada no Portal Brasileiro do Turismo

Guarapari (ES) 2007

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Universidade Católica de Brasília MBA em turismo - Planejamento, Gestão e Marketing Autora: Myrian Costa Schüler

A Administração Compartilhada da Informação Turística Divulgada no Portal Brasileiro do Turismo

Este trabalho constitui um quesito necessário à conclusão do MBA em Turismo - Planejamento, Gestão e Marketing. Orientadora: Profª. Gladis Lucia Maddalozzo Granemann

Guarapari (ES) 2007

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Universidade Católica de Brasília MBA em turismo - Planejamento, Gestão e Marketing Autora: Myrian Costa Schüler Este trabalho será apreciado por uma banca examinadora constituída pelos(as) seguintes professores(as):

______________________________ Gladis Lucia Maddalozzo Granemann

______________________________ Maialú Ferreira Neves de Andrade

Guarapari (ES), 28 de novembro de 2007.

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EPÍGRAFE

"Não se pode tratar o Inventário como algo estático, como a simples ação de preencher formulários. É preciso perceber a realidade do lugar e interpretá-la. O momento de preparação e realização do Inventário deve ser de harmonia, unindo, no que diz respeito ao pesquisador, conhecimento técnico e sentimento, em uma convergência de interesses - artesãos e proprietários de hotéis, pousadas e restaurantes, guias e agentes de turismo, prefeitos e vereadores, líderes comunitários e dirigentes de associações, a doceira e o comerciante, professores e alunos, a florista e o engraxate, os servidores públicos municipais e estaduais, todos são igualmente importantes". Ministério do Turismo

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RESUMO De fundamental importância para a escolha do destino e o planejamento da viagem, a informação turística se encontra, na Web, pulverizada em páginas de estados, municípios e empreendimentos diversos, fazendo com que sua localização demande, por parte do internauta, tempo e visita a diversos sites. Por outro lado, guias virtuais que se propõem a disponibilizar toda a informação sobre um destino em um único endereço enfrentam sérios problemas com relação à atualização de informações às vezes tão díspares quanto data e local de realização de um evento e horários e tarifas de viagens rodoviárias. Este trabalho se propõe a demonstrar a conveniência e a viabilidade do desenvolvimento de um guia turístico virtual do Brasil baseado em um sistema de informações de administração compartilhada e segmentada, que embora contemple toda a informação turística disponível sobre um destino qualquer, descentralize o levantamento, a conferência, a divulgação e a atualização dessa informação entre os diversos agentes, públicos ou privados, a ela relacionados.

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ABSTRACT Of fundamental importance to the choice of final destination and the planning of a trip, the touristic information is found, on the web, scattered on pages of States, Counties and various enterprises, making the process of finding them demand, on the part of the internaut, time and the visit to several sites. On the other hand, virtual guides which propose itselves into making available all the information about a destination in one single webpage face serious problems in regards to the updating or the information they provide, sometimes are so unmatched as date and place of an event and time and prices of trips by land. This work's proposition is to demonstrate the suitability and viability of the development of a virtual touristic guide based in a system of information of segmented shared administration, that even though contemplates all the touristic available information about any destination, will decentralize the mapping, the checking up, the divulgation and the updating of all the data between the many public or private agents to it related.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Comida Nordestina ilustrada por prato típico da região norte. ...................12 Figura 2: Vitória (ES) abrindo texto sobre Brasília (DF). ...........................................12 Figura 3: Mapa do Brasil com os roteiros turísticos não abre....................................13 Figura 4: Rota ecoturística Caminhos da Revolução sem imagem. ..........................13 Figura 5: Contato com a EMBRATUR não funciona. ................................................14 Figura 6: Contato com MTur não funciona. ...............................................................14 Figura 7: Página do Educacenso para acesso aos dados de uma escola. ...............18 Figura 8: Exemplo de conteúdo de um SGBDR. .......................................................19 Figura 9: Exemplo de relacionamento entre tabelas de um SGBDR.........................20 Figura 10: Exemplo de tabela relacionada em um SGBDR. .....................................20 Figura 11 e Figura 12: Exemplo de consulta a todos os municípios cadastrados. ....21 Figura 13 e Figura 14: Exemplo de consulta a municípios de UFs especificadas.....21 Figura 15 e Figura 16: Exemplo de consulta a municípios de nome específico. .......21 Figura 17: Exemplo de formulário de busca de dados. .............................................22 Figura 18: Exemplo de formulário para a edição de dados. ......................................22 Figura 19: Exemplo de estrutura de relatório. ...........................................................23 Figura 20: Exemplo de impressão de relatório. .........................................................23 Figura 21: Exemplo da estrutura de uma página da MSI. .........................................23 Figura 22: Exemplo de visualização de página da MSI.............................................24 Figura 23 e Figura 24: Exemplo de automatização de ações. ..................................24 Figura 25: Estrutura de uma Página de Quadros. .....................................................25 Figura 26: Visualização de uma Página de Quadros. ...............................................25 Figura 27: Conteúdo de "Conheça o Roteiro" e "Experimente".................................26 Figura 28: Mudança do conteúdo de "Conheça o Roteiro" e "Experimente". ............26 Figura 29: Conteúdo da página "Notícias" do MTur. .................................................27 Figura 30: Conteúdo da página "Calendário de Eventos" do MTur. ..........................27

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ACCESS - Microsoft Office Access, programa de gerenciamento de bancos de dados relacional. EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo. HTML - Hyper Text Markup Language (Linguagem de Marcação de Hipertexto). INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira. INVTur - Sistema de Inventariação da Oferta Turística. MEC - Ministério da Educação. MSI - Matriz de Sistematização de Informações do Programa de Regionalização do Turismo. MTur - Ministério do Turismo. OMT - Organização Mundial do Turismo. PRTur - Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil SGBD - Sistema Gerenciador de Bancos de Dados. SGBDR - Sistema Gerenciador de Bancos de Dados Relacional. SQL - Microsoft Structured Query Language (Linguagem de Consulta Estruturada), programa de gerenciamento de dados relacional. UF - Unidade da Federação. UH - Unidade Habitacional. URL - Uniform Resource Locator (Localizador de Recurso Uniforme). WEB - Redução de World Wide Web (Rede de Alcance Mundial) ou WWW.

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SUMÁRIO 1 JUSTIFICATIVA ..................................................................................11 2 OBJETIVOS ........................................................................................15 2.1 OBJETIVO GERAL .........................................................................................15 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...........................................................................15

3 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................16 4 INFORMAÇÕES PRELIMINARES......................................................18 4.1 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO .......................................................................18 4.2 BANCOS DE DADOS .....................................................................................19 4.3 GERENCIADORES DE DADOS .....................................................................19 4.4 PÁGINAS DA WEB .........................................................................................24

5 ESCOPO DO SISTEMA ......................................................................29 5.1 CONTEÚDO ....................................................................................................29 5.2 ALIMENTAÇÃO ..............................................................................................34 5.3 PARCERIAS....................................................................................................36 5.4 RETROALIMENTAÇAO..................................................................................36

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .............................................38 REFERÊNCIAS ......................................................................................40

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1 JUSTIFICATIVA O acesso a informações pertinentes e atualizadas é hoje tão importante para as mais diversas áreas da atividade humana que alguns autores já consideram que estejamos vivendo a Era da Informação1, e a informação, quando disponibilizada na Web, pode ser consultada até mesmo através de um telefone celular, a qualquer hora e de qualquer lugar com acesso à Internet. No caso específico da informação turística observa-se que, entre as informações levantadas com o propósito de subsidiar o planejamento turístico, como capacidade de carga e quantidade de leitos e UHs disponíveis, encontram-se informações que facilitam a turistas, agências e operadoras a escolha de um destino e o planejamento de uma viagem, entre elas a quantidade e tipo de atrativos turísticos, as formas e condições de acesso, as opções de hospedagem e de alimentação etc. Mas essa informação, no Brasil, encontra-se em poder de empreendimentos públicos e privados dos mais variados ramos de atuação, como órgãos e empresas públicas, organizações não-governamentais e empresas do trade, e pode ser de localização trabalhosa e demorada, quando não impossível. Por outro lado, em um país com as dimensões, a quantidade e a variedade de atrativos turísticos do Brasil, deixar a cargo de um único órgão o trabalho de levantamento, conferência, cadastramento, divulgação e atualização da informação turística não só onera e dificulta o processo como favorece a divulgação de informações incorretas, incompletas, desatualizadas ou inúteis (figuras 1 a 6). Este trabalho sugere a inclusão, na base de dados do Sistema de Informações Turísticas do Programa de Regionalização do Turismo - PRTur e entre as informações disponibilizadas aos visitantes da página do Ministério do Turismo na Web, de toda a informação capaz de subsidiar o planejamento de uma viagem e da estada em um destino do Brasil. Para isso propõe a adequação do sistema à gestão descentralizada, compartilhada e segmentada da informação, de forma que possa ser alimentado e atualizado diretamente pelos diversos atores envolvidos, dando origem a um portal de informações turísticas que contemple o máximo de informação possível, em páginas cuja criação e atualização seja rápida, fácil e de baixo custo.

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CASTELLS, 2001.

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Figura 1: Comida Nordestina ilustrada por prato típico da região norte.

Figura 2: Vitória (ES) abrindo texto sobre Brasília (DF).

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Figura 3: Mapa do Brasil com os roteiros turísticos não abre.

Figura 4: Rota ecoturística Caminhos da Revolução sem imagem.

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Figura 5: Contato com a EMBRATUR não funciona.

Figura 6: Contato com MTur não funciona.

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2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Demonstrar a conveniência e a viabilidade da administração compartilhada da informação turística divulgada no Portal Brasileiro do Turismo.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Levantar o tipo de informação necessária ao planejamento, por parte de turistas, agências e operadoras, da viagem a um destino qualquer do Brasil. Indicar os órgãos públicos, empreendimentos privados e organizações nãogovernamentais que detém essas informações atualizadas, configurando-se como potenciais parceiros. Identificar quais destas informações não são contempladas pelo Projeto Inventário da Oferta Turística, da EMBRATUR. Sugerir formas de retro-alimentar o banco de dados coletando informações úteis ao planejamento turístico.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO Segundo Castells2 está em curso uma revolução, cujo cerne é o desenvolvimento

de

novas

tecnologias

de

informação,

processamento

e

comunicação, que afeta todos os domínios da atividade humana. Característico da nova era, o acesso à informação seria tão importante para as mudanças em curso quanto o uso de novas fontes de energia foi para a Revolução Industrial. Em sua experiência com planejamento turístico municipal no interior de Minas Gerais e São Paulo, entre 1993 e 1996, Bissoli3 comprovou o quanto o uso de sistemas de informação facilita e agiliza a administração de recursos e atrativos turísticos. Em 2003, com intenção de aproveitar o potencial da atividade turística para gerar emprego e renda e reduzir as desigualdades sociais, o Governo Federal lança o Plano Nacional de Turismo - PNT, que tem como principal objetivo aumentar a qualidade e o consumo do produto turístico do Brasil. Como forma de alcançar as metas propostas, prevê a construção de uma base de dados confiável, que permita conhecer a oferta, a demanda e os impactos econômicos do turismo, e dê suporte às ações de promoção e marketing e às decisões de gestores e investidores do trade. Em continuidade a essa ação o Ministério do Turismo - MTur lança em 2004 o Programa de Regionalização do Turismo - PRTur, em que reconhece que o uso da tecnologia da informação e da comunicação é [...] uma das estratégias mais eficazes para melhorar a relação custo-benefício da difusão de informações turísticas, [e] proporciona ao setor aumento da qualidade e competitividade de seus produtos, garantindo informações relevantes, com acesso facilitado.4

e propõe reunir toda a informação sobre o turismo no Brasil em um único banco de dados e, através de uma estratégia de comunicação, permitir sua circulação. Para resgatar e reunir dados confiáveis e atualizados sobre municípios e regiões turísticas do Brasil, projeta o Sistema Nacional de Informações Turísticas, banco de dados composto por sistemas correspondentes às diversas áreas e programas do ministério e alimentado por instâncias estaduais, regionais e municipais. Entre

os

sistemas previstos está o Sistema de Informações Turísticas do Programa de

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2007. 1999. 4 Plano Nacional do Turismo, p. 39. 3

17 Regionalização do Turismo5, capaz de gerir as informações criadas e coletadas no âmbito do programa e os dados levantados a partir do inventário da oferta turística, de forma a organizar e disponibilizar na Internet informações que auxiliem os setores público e privado no planejamento de suas políticas, ações e investimentos, e os turistas na escolha de destinos e produtos. Por melhor que seja a oferta de uma região, não existe demanda se o consumidor não sabe da existência do produto6, e é a divulgação que dá início ao desenvolvimento turístico. E um poderoso canal de divulgação é a Internet, ao mesmo tempo uma ferramenta de distribuição, propaganda e promoção7 que alcança atualmente 18,6% da população mundial - um aumento de 244,7% em relação a 20008 - e tem mais de 36 milhões de usuários só no Brasil9. Mas apesar do papel fundamental do estado na incorporação e divulgação de novas tecnologias sustentado por Castells10, da tendência mundial de uso de novas tecnologias na busca dos destinos turísticos11 e do lançamento do Plano Nacional do Turismo 2008-2011 (que novamente contempla a inventariação da oferta turística e seu sistema de informações), o Portal Brasileiro do Turismo contém pouca informação turística e diversos erros, e o INVTur ainda é um protótipo12. Seria conveniente, portanto, acelerar a disponibilização na Web das informações de interesse de turistas e gestores, o que pode ser feito através da implantação de uma gestão da informação realmente "descentralizada e participativa, atingindo em última instância o município, onde efetivamente o turismo acontece."13

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Chamado de Sistema de Gerenciamento das Informações do Programa de Regionalização do Turismo no Projeto Inventário da Oferta Turística. 6 OMT, 1966. 7 MIELENHAUSEN, (?). 8 Internet World Stats, dados de setembro de 2007. 9 IBOPE/NetRatings, dados de setembro de 2007. 10 CASTELLS, 2007. 11 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Turismo do Espírito Santo, p. 33. 12 http://200.143.12.71/invtur/swfs/prototipo.html. 13 Plano Nacional do Turismo, p. 12.

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4 INFORMAÇÕES PRELIMINARES Para facilitar a exposição da proposta deste trabalho e a viabilidade de sua implantação fez-se necessário um breve esclarecimento do funcionamento de sistemas de informação, bancos de dados e páginas da Web e, na medida do possível, procurou-se aqui exemplificar esse funcionamento com base em sistemas de informação, bancos de dados e sites do poder público ou relacionados ao turismo, como o Portal Brasileiro do Turismo, do Ministério do Turismo - MTur14; a Matriz de Sistematização de Informações do Programa de Regionalização do Turismo, do Instituto Brasileiro de Turismo - Embratur15; e o Educacenso do Ministério da Educação - MEC16.

4.1 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Sistema de informação é o conjunto de componentes inter-relacionados, capaz de receber, armazenar, processar e disponibilizar informação. Exemplo de sistema de informação do poder público do Brasil é o Educacenso, com informações sobre alunos, professores e escolas públicas do país. Nesse sistema, cada tipo de usuário tem permissão de visualizar e editar dados de abrangência pré-determinada, seja nacional, estadual, municipal ou institucional, por determinado período. A imagem abaixo (figura 7), exibe os dados acessíveis ao responsável por uma escola.

Figura 7: Página do Educacenso para acesso aos dados de uma escola. 14

http://www.turismo.gov.br. http://200.189.169.135/regionalizacao/zip/Matrz_de_Sistematizacao_de_Informacoes.zip. 16 http://www.educacenso.inep.gov.br 15

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4.2 BANCOS DE DADOS Banco de dados é o conjunto de informações referentes a determinado assunto, como uma agenda ou um catálogo telefônico. Quando informatizados, os bancos de dados são geralmente administrados através de programas ou softwares específicos, chamados sistemas gerenciadores.

4.3 GERENCIADORES DE DADOS Sistema Gerenciador de Bancos de Dados - SGBD é o programa que se destina a permitir o acesso e a manutenção de uma base de dados. Quando são relacionados entre si, esses dados são administrados por um Sistema Gerenciador de Banco de Dados Relacional - SGBDR. Um exemplo de SGBDR é o Access, programa da Microsoft utilizado pela Embratur na Matriz de Sistematização de Informações do Programa de Regionalização do Turismo (figura 8), que gerencia os dados através de tabelas, formulários, consultas, relatórios, páginas, macros e módulos.

Figura 8: Exemplo de conteúdo de um SGBDR.

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Tabelas As tabelas, compostas de linhas e colunas, armazenam os dados e, em um modelo relacional, é o relacionamento entre elas que permite o estabelecimento de vínculos entre os dados. Na Matriz de Sistematização de Informações do Programa de Regionalização do Turismo, por exemplo, o relacionamento existente entre as tabelas "municipios", "estados" e "regioes" (figura 9) faz com que todo município incluído na base de dados seja obrigatoriamente vinculado a uma unidade da federação e a uma região turística previamente cadastradas.

Figura 9: Exemplo de relacionamento entre tabelas de um SGBDR.

É esse relacionamento que faz com que na tabela "municipios" da MSI, mostrada abaixo (figura 10), o campo "Estado" seja obrigatoriamente preenchido por um dos dados cadastrados na tabela "estados".

Figura 10: Exemplo de tabela relacionada em um SGBDR.

Consultas As consultas se destinam a localizar informações que atendam a critérios especificados. Funcionam como modelos de pesquisa que, previamente preparados, facilitam a busca de uma informação, com os mesmos ou com diferentes parâmetros. Dessa forma, o resultado de uma consulta à tabela "municipio" da MSI pode

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variar de acordo com os critérios especificados na consulta, e pode resultar, por exemplo, na informação de todos os municípios cadastrados na base de dados (figuras 11 e 12), apenas os municípios de um ou de mais estados (figuras 13 e 14), ou somente os municípios com determinado nome (figuras 15 e 16).

Figura 11 e Figura 12: Exemplo de consulta a todos os municípios cadastrados.

Figura 13 e Figura 14: Exemplo de consulta a municípios de UFs especificadas.

Figura 15 e Figura 16: Exemplo de consulta a municípios de nome específico.

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Formulários Os formulários permitem a administração dos dados sem acesso direto ao conteúdo do banco de dados, isto é, sem a edição de suas tabelas. Podem ser criados com base em tabelas ou consultas, e permitir uma ou algumas ações como visualização, inclusão, alteração e exclusão de dados. As figuras abaixo mostram, respectivamente, os formulários utilizados pela MSI para a consulta (figura 17) e a edição (figura 18) de dados da tabela "municipios".

Figura 17: Exemplo de formulário de busca de dados.

Figura 18: Exemplo de formulário para a edição de dados.

Relatórios Os relatórios se destinam à impressão dos dados constantes de tabelas e consultas. Podem ser personalizados pelo administrador tanto quanto à forma (alinhamento do texto, tipo e tamanho da fonte etc.) como quanto ao conteúdo (dados exibidos, cabeçalho, rodapé etc.).

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Abaixo demonstração da estrutura (figura 19) e da forma impressa (figura 20), de um relatório construído com base em uma consulta à tabela "municipios" da MSI.

Figura 19: Exemplo de estrutura de relatório.

Figura 20: Exemplo de impressão de relatório.

Páginas As páginas de um SGBDR se destinam à publicação, na Web, de tabelas e consultas, e também podem ser personalizadas. No exemplo abaixo estão demonstradas a estrutura (figura 21) e a visualização (figura 22), no navegador, de página desenvolvida a partir da tabela "estados_reg_mun" da MSI.

Figura 21: Exemplo da estrutura de uma página da MSI.

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Figura 22: Exemplo de visualização de página da MSI.

Macros e Módulos Macros e módulos servem para automatizar ações do banco de dados, evitando que o usuário tenha que repetir comandos. Abaixo o exemplo de uma macro, construída sobre o conteúdo da MSI, que comanda a impressão de um relatório específico sempre que determinada tabela for salva (figuras 23 e 24).

Figura 23 e Figura 24: Exemplo de automatização de ações.

4.4 PÁGINAS DA WEB Uma página da Web é um documento multimídia disponível na World Wide Web, e pode conter textos, imagens e sons. Chama-se site ao conjunto de páginas de um mesmo endereço virtual ou URL.

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Normalmente as páginas de um mesmo site têm aparência semelhante porque são construídas sobre um mesmo modelo, molde ou template, uma espécie de gabarito que tem layout pré-definido (tamanho, forma, fundo etc.) mas também possui áreas editáveis, como no exemplo abaixo (figura 25).

Figura 25: Estrutura de uma Página de Quadros.

Essas áreas podem conter imagens, páginas da Web, formulários, relatórios, scripts etc, e esse conteúdo pode ser alterado pelo administrador da página ou em conseqüência de uma solicitação do internauta. No exemplo acima, os quadros buscam documentos disponíveis no site do MTur, exibidos abaixo (figura 26).

Figura 26: Visualização de uma Página de Quadros.

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No Portal Brasileiro do Turismo (figuras 27 a 30), por exemplo, o conteúdo do quadro "Conheça o Roteiro" é alterado automaticamente ou por um clique do internauta; o conteúdo do quadro "Experimente" muda a cada vez que a página é carregada; e o corpo da página "Notícias" pode exibir o Calendário de Eventos ou qualquer outro dos tópicos do menu, dependendo da escolha do usuário.

Figura 27: Conteúdo de "Conheça o Roteiro" e "Experimente".

Figura 28: Mudança do conteúdo de "Conheça o Roteiro" e "Experimente".

27

Figura 29: Conteúdo da página "Notícias" do MTur.

Figura 30: Conteúdo da página "Calendário de Eventos" do MTur.

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As páginas da Web podem ser desenvolvidas e editadas manualmente ou através de programas específicos para sua criação e edição mas, dependendo do volume da informação veiculada, a atualização manual do conteúdo pode demandar uma enorme quantidade de tempo ou o trabalho de diversas pessoas. A informação turística é especialmente mudável, o que torna necessário atualizar regularmente dados como o estado de conservação de estradas, horários de vôos, preços de bilhetes, datas de feriados móveis etc. Em muitos casos esses dados, sempre atualizados, estão armazenados em um sistema de informações que pode ser acessado através de tecnologias específicas, eliminando a necessidade de atualização manual. Nesse caso, as solicitações do internauta são traduzidas em uma consulta ao sistema, e a resposta gerada é automaticamente exibida como uma pagina da Web17.

17

O'CONNOR, 2001, p. 103.

29

5 ESCOPO DO SISTEMA Embora

o Infodesign, responsável pela contextualização, planejamento e

produção da interface gráfica,

tenha papel fundamental na otimização do

gerenciamento da informação, este projeto foca apenas o conteúdo das páginas propostas, não se atendo a seu layout e a aspectos como espaços em branco, cores, tipos e texturas ou posição, proximidade, alinhamento, balanço e contraste entre os elementos. Como aqui se propõe incluir na base de dados do Sistema de Informações Turísticas do PRTur, para disponibilização aos visitantes18, todas as informações úteis ao planejamento de uma viagem dentro do Brasil, foram relacionadas apenas aquelas que não se encontram entre as atualmente levantadas pelos Instrumentos de Coleta do Inventário da Oferta Turística. Para demonstrar a viabilidade de divulgar e manter atualizada, através da formação de parcerias, a informação originada de outros órgãos e entidades, identificou-se também pelo menos algumas de suas possíveis fontes.

5.1 CONTEÚDO O planejamento de uma viagem pelo próprio turista normalmente se inicia a partir de duas situações: ou ele tem a intenção de visitar um lugar específico, isto é, já definiu o destino e falta apenas definir a forma e a época da viagem, ou já tem definida a época em que pode ou deseja viajar, ou seja, já determinou o período, e falta-lhe apenas definir a forma e o destino da viagem. Definidos o período e o destino, restam ainda uma série de escolhas a fazer, como adquirir um pacote de viagem ou viajar por conta própria, o tipo de transporte e de hospedagem utilizados. E para cada um desses serviços existe ainda uma variedade de escolhas, como a empresa que irá prestá-los, o melhor preço, o horário mais conveniente e o roteiro mais interessante, entre outros. Para disponibilizar ao potencial turista informações sobre os diversos componentes da oferta de cada município, facilitando assim a escolha do destino e o planejamento da viagem, propõe-se aqui publicar na Web uma página que funcione como um índice em que estejam relacionadas todas as informações de que ele possa necessitar e lhe permita obter mais detalhes sobre os itens de seu interesse, 18

Projeto Inventário da Oferta Turística, p. 30.

30

inclusive através do contato direto com os prestadores dos serviços, que podem mesmo aproveitar o contato para vender on-line serviços como pacotes de viagem, hospedagem, passeios, ingressos etc. Uma vez que o Projeto Inventário da Oferta Turística já prevê a possibilidade de inclusão de fotografias, textos ou imagens por área e estabelecimento pesquisado, parte-se do pressuposto que todos os produtos e serviços oferecidos poderão ser ilustrados. E como os instrumentos de pesquisa registram o site e o email de cada órgão, atrativo e empreendimento, presume-se que seja possível incluir links para suas páginas e disponibilizar formas de contato através de formulários que encaminhem as mensagens para o correio eletrônico, quando for o caso.

Destino Para que o potencial turista que está à procura de informações sobre um destino específico encontre as informações disponibilizadas pelo sistema, é indispensável fazer com que sua página apareça nos resultados dos sites de busca, e recomendável que essa página ofereça uma visão geral do mesmo, com fotos, informações e formas de contato de cada um de seus atrativos e atalhos para os demais componentes de sua oferta turística, além de links para as páginas das Regiões Turísticas e dos Roteiros Turísticos em que o destino está inserido. Como forma de aumentar a permanência do turista e estimular o desenvolvimento turístico de toda a região, divulgando a existência de seus atrativos, ou mesmo suprir a própria carência de serviços, quando for o caso, seria conveniente também colocar nas páginas links para as informações sobre os municípios limítrofes, já levantados pelos instrumentos de pesquisa, e sobre os municípios próximos, que se situam a até uma hora de viagem do destino, informação que teria que ser incluída entre as contempladas.

Época Principalmente em Turismo, em que a oferta de serviços e até mesmo de atrativos pode ser sazonal e os preços variam nos períodos de alta e baixa temporada, a definição do período é fundamental ao planejamento da viagem. É interessante portanto deixar à disposição do usuário, nas páginas do site e nos formulários de contato, especialmente com os meios de hospedagem,

um

31 calendário como os disponibilizados por WebCalc19 e WebCalendar20, além do Calendário de Eventos do município. No intuito de permitir ao internauta a busca por período e a escolha de um entre os vários locais adequados à visitação na época em que planeja viajar, seria necessário incluir, na base de dados e nos instrumentos de pesquisa, a informação da melhor época para visitação, se houver, não só do destino mas de cada atrativo. No caso dos atrativos, bastaria adequar o item "Locais e Épocas de Observação" que, embora previsto no Manual do Pesquisador - Módulo C - Atrativos Turísticos21 não foi incluído nos formulários do Inventário da Oferta Turística - Categoria C Atrativos Turísticos22.

Previsão do Tempo A previsão do tempo é útil principalmente quando a data da viagem está próxima ou quando a mesma é motivada por atividades ao ar livre, e pode ser obtida gratuitamente, por cidade ou por região, em diversos sites especializados, como o Climatempo23, Tempo Agora24 e Canal do Tempo25. A previsão do tempo pode ser disponibilizada em todas as páginas de acesso público geradas pelo sistema, e segmentada em conformidade com a abrangência da informação divulgada na página (regional, estadual, municipal) e a fonte dessa informação também teria que ser inserida entre os dados levantados.

Acesso Além das informações sobre as rodovias de acesso direto ao destino e suas condições, constantes dos formulários, para o turista que pretende viajar de carro outras informações úteis podem ser oferecidas, como: o trajeto rodoviário a ser percorrido, serviço utilizado pela Petrobrás26, pelo Portal Mundo GNV27 e pelo Banco Real28, entre outros, e que pode ser contratado junto a empresas como Apontador29, 19

http://www.webcalc.com.br/datas/datas.html. http://www.k5n.us/index.php. 21 http://institucional.turismo.gov.br/regionalizacao/arqreg/doc_download/manual_c.pdf. 22 http://institucional.turismo.gov.br/regionalizacao/arqreg/doc_download/formularios_c.zip. 23 http://www.climatempo.com.br. 24 http://tempoagora.uol.com.br. 25 http://br.weather.com. 26 http://www.apontador.com.br/ext/petrobras/rota_cidade/main.php. 27 http://maplink2.com.br/gnvrodoviario/cidades.asp. 28 http://www.bancoreal.com.br/form_popup/veja_maplink/index2.htm. 29 http://www.apontador.com.br. 20

32 MapLink30 e BR Express31, inclusive com a indicação da existência de postos de abastecimento e pedágios no caminho; a distância entre cidades, informada por exemplo pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias - ABCR32 e pela

WebCalc33; e a consulta, com possibilidade de impressão, de mapas

rodoviários dos estados do Brasil, disponibilizados entre outros pelo Ministério dos Transportes34 e pelo Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes DNIT35. As condições de conservação das rodovias federais, também informadas no site do DNIT36, podem tanto auxiliar no planejamento do percurso rodoviário como subsidiar a escolha do meio de transporte utilizado. Quanto

às

condições

das

rodovias

estaduais

e

municipais,

seria

recomendável que, sempre que possível, em vez de levantar essa informação durante o inventário e atualizá-la periodicamente, como previsto no Projeto Inventário da Oferta Turística,

a mesma ficasse a cargo dos órgãos públicos

responsáveis pela manutenção das estradas e que muitas vezes a divulgam na Web, como é o caso da Agência Goiana de Transportes e Obras37 e do Departamento de Estradas e Rodagens do Estado de São Paulo - DER-SP38. Ainda quanto ao transporte rodoviário, e em atenção aos turistas que pretendem viajar de ônibus partindo lugares não atendidos por linhas diretas entre origem e destino, a Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT39 detêm, pelo menos em tese, a relação de todas as linhas e empresas de transportes de passageiros interestadual e internacional do país, informando inclusive seus preços, horários e freqüência, e um link para a página de consulta a essa informação pode ser disponibilizado em todas as páginas acessíveis aos visitantes do portal. Com relação às outras formas de acesso ao município, utilizando os meios de transporte aéreo, hidroviário e ferroviário, sugere-se incluir no inventário e na base de dados também informações sobre aeroportos, portos, marinas e estações rodoviárias e ferroviárias localizados em cidades próximas, e que também podem

30

http://maplink.com.br. http://www.brexpress.com.br. 32 http://www.abcr.org.br/geode/index.php. 33 http://www.webcalc.com.br/viagens/viagens.html. 34 http://www.transportes.gov.br/. 35 http://www1.dnit.gov.br/rodovias/mapas/index.htm. 36 http://www1.dnit.gov.br/index.asp. 37 http://www.agetop.go.gov.br/index.php?idEditoria=657. 38 http://www.der.sp.gov.br. 39 https://appweb.antt.gov.br/transp/secao_duas_localidades.asp. 31

33

ser utilizados pelos visitantes.

Mapas Os mapas turístico e urbano do município facilitam a localização de atrativos e serviços e a visualização do caminho até eles. Embora nem todos os municípios disponham de um mapa turístico ou o disponibilizem na Web, eventualmente outros órgãos o fazem, como é o caso do mapa turístico de Caldas Novas, publicado inclusive em versão para impressão pela Ágape Administradora40, ou do de Guarapari, disponibilizado pelo Rotas do ES41. Já os mapas urbanos são disponibilizados, gratuitamente, por serviços como Google Maps42, Live Search43 e TeleListas44, entre outros. Neste caso bastaria incluir, entre os dados inventariados e cadastrados, a fonte dos mapas escolhidos.

Equipamento turístico Na categoria hospedagem seria conveniente incluir, entre os meios disponíveis, a oferta de imóveis por particulares para locação por temporada, não contemplada pelo projeto mas forma de hospedagem muito utilizada em alguns municípios turísticos e, na categoria agenciamento, permitir a divulgação de pacotes de viagem oferecidos por empresas situadas em outros estados e municípios, cujos responsáveis poderiam ser cadastrados pelos órgãos turísticos de instância nacional, estadual ou regional.

Telefonia Móvel Além da utilidade de informar ao internauta se sua operadora atua na região, o desenvolvimento da tecnologia GSM possibilitou o envio de mensagens publicitárias aos aparelhos celulares que se encontrem em determinada área, e já se pode pensar em parcerias com as operadoras na intenção de, em um futuro próximo, convidar à visitação os turistas que se aproximem de determinado local.

40

http://www.agapeadministradora.com.br. http://www.rotasdoes.com.br/guarapari/imagens/mapaturistico.gif. 42 http://maps.google.com. 43 http://www.livemaps.com.br. 44 http://www.telelistas.net. 41

34

Câmbio A cotação do real é uma informação muito útil ao turista estrangeiro, é disponibilizada em diversos sítios da Web, como Banco Central45 e FinanceOne46, e pode ser divulgada em todas as páginas de acesso público do portal.

5.2 ALIMENTAÇÃO O PRTur prevê a elaboração de um Sistema de Informações Turísticas "que possibilite estruturar um ambiente virtual de documentações de todo o país, alimentado pelas instâncias federal, estadual, regional e municipal"47, permitindo "resgatar, reunir, organizar e fazer circular dados e informações, confiáveis e atualizados"48. Estabelece que esse sistema deverá dispor de "fácil acesso a todos os interessados e [...] versatilidade quanto à contínua alimentação, atualização e disponibilização de informações"49, e ser " desenvolvido em código aberto, a fim de que possa ser compatibilizado com as demais bases de informação do País"50. Para tornar

possível essa compatibilização,

prescreve "articulações

com

outros

Ministérios e Instituições que possuam banco de dados com informações relevantes para o Projeto Inventário da Oferta Turística visando estabelecer interfaces com o Sistema de Informações Turísticas do Programa." 51 Para que as informações divulgadas possam ser incluídas, atualizadas e excluídas diretamente pelos administradores dos diversos componentes da oferta turística de um destino, como aqui proposto, é necessário adequar o sistema previsto à gestão compartimentada da informação, em que cada um dos inúmeros usuários tenha permissão para editar somente os dados de sua alçada. Seriam necessários, portanto, alguns ajustes nos critérios que asseguram a segurança e a qualidade da informação cadastrada e no nível de acesso de cada um dos perfis previstos no Projeto - com exceção do perfil visitante52 -, e a criação de novos perfis. Ao Ministério do Turismo, gestor do sistema e do portal, caberia a formatação das páginas, a edição das informações de abrangência nacional e o cadastramento 45

http://www.bc.gov.br/?TXCAMBIO. http://www.financeone.com.br/conversores.php?lang=br. 47 Idem, p. 27. 48 Idem. 49 Idem. 50 Idem, p. 28. 51 Idem. 52 Idem, p. 29-30. 46

35

de usuários próprios, de parceiros e de estados, regiões e roteiros turísticos; os usuários responsáveis pelas informações sobre as diversas regiões e roteiros se encarregariam da administração das informações referentes às suas Regiões ou Roteiros Turísticos, como mapas e eventos, e do cadastramento de eventuais parceiros; aos estados caberia a edição das informações de abrangência estadual e o cadastramento de parceiros e dos usuários dos municípios; e os municípios se responsabilizariam

pelas

informações

de

abrangência

municipal

e

pelo

cadastramento dos responsáveis por incluir, atualizar e excluir a informação sobre cada um dos componentes de sua oferta turística. Para garantir a segurança e a qualidade da informação, cada usuário cadastrado receberia um login e uma senha, que lhe permitiriam a edição de dados pré-determinados de acordo com os diversos perfis de usuário, e assumiria a responsabilidade por sua atualização e veracidade. O cadastramento de um usuário pode comandar automaticamente a impressão de uma declaração em que o cadastrado se responsabiliza pelos dados que tem permissão de editar, e o sistema pode e deve registrar data, hora e qual o usuário responsável por cada inclusão, alteração ou exclusão realizada. Para certificar-se da clareza das informações os formulários disponibilizados on-line deverão então ser segmentados por categoria, fornecer eles mesmos as instruções de preenchimento e permitir a pré-visualização dos dados editados. O formato pré-definido da informação veiculada pode garantir a veiculação de textos sem erros, palavras ou expressões inapropriadas. Para garantir a atualidade dos dados o sistema pode exigir sua revalidação periódica. Para isso, ao incluir ou alterar qualquer informação, o usuário deve ser avisado da data-limite para sua revalidação, e pode inclusive ser lembrado pelo sistema da necessidade de fazê-lo, através do envio de um e-mail ou de uma mensagem de texto para um celular. Dessa forma, decorrido o período prédeterminado sem que a informação seja alterada ou revalidada, a mesma é excluída pelo menos da área visualizada pelos visitantes, forçando o responsável a comparecer novamente perante a instância que o cadastrou para permitir novamente sua veiculação nas páginas do portal. A exigência do comparecimento a uma das instâncias governamentais para cadastramento é uma medida de segurança que visa garantir a veracidade da informação. Dessa forma é possível, no ato do cadastramento, exigir que o pretenso

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usuário se identifique e comprove e propriedade ou a gestão do objeto do cadastro, além de implicar também no conhecimento, pelo poder público, de que aquele produto ou serviço é oferecido em sua jurisdição.

5.3 PARCERIAS Muito embora a maioria da informação citada esteja disponível na Web, com acesso gratuito a todos os interessados,

a formalização da parceria com seus

detentores é muito importante. Isso porque essas informações podem ser disponibilizadas de formas e em formatos diversos, como selos, códigos e páginas que podem ter o formato ou a URL alterados, o que exigiria alterações também no portal. A parceria, portanto, asseguraria a definição conjunta, ou pelo menos mutuamente satisfatória, de localização, forma e formato da veiculação no portal, e sua manutenção até novo acordo. Como retribuição o parceiro recebe, além da visita a suas páginas, a veiculação de sua marca em um portal de grande visibilidade e sua associação ao desenvolvimento turístico das localidades contempladas.

5.4 RETROALIMENTAÇAO Embora fique muito aquém do levantamento da demanda pretendido pela EMBRATUR, qualquer formulário disponibilizado no site permite levantar algum dado do internauta, nem que seja apenas um e-mail para futuros contatos. No contato com os meios de hospedagem, por exemplo, é normal solicitar, pelo menos, a origem do internauta, as datas de chegada e de partida e a quantidade de pessoas que compõem o grupo. Aliados ao carimbo de data, registrado automaticamente, esses dados permitem detectar alguns hábitos de viagem do internauta, como antecedência da procura por informações e orçamentos, tamanho do deslocamento necessário, duração da estada e tamanho do grupo e, com o passar do tempo, se planejam retornar, com que sazonalidade e freqüência. Esses dados permitem identificar, também, a localização geográfica da demanda e a melhor época para o início das campanhas de publicidade do empreendimento, além de amparar seu gestor em decisões como ampliar sua oferta através do aumento da quantidade de UHs disponíveis ou apenas da de hóspedes por UH. Considerados todos os empreendimentos, têm-se uma visão geral da demanda por hospedagem

37

no destino, e esses dados podem ser disponibilizados em tempo real a todos os interessados, inclusive em forma de gráficos e tabelas que facilitem sua interpretação. É através do "Fale Conosco" que é possível obter mais informações sobre o potencial turista. Isso porque normalmente, quando entra em contato com o que acredita ser o proprietário ou administrador do site, o usuário está empenhado em encontrar o que procura, elogiar ou reclamar de alguma coisa, obter ajuda ou informações, e para conseguí-lo se disporá a fornecer outros dados, como sexo, idade, profissão, nível de escolaridade e de renda. Mas apesar da utilidade dessas informações na segmentação da demanda, é principalmente na mensagem que se pode detectar tendências como a procura por novas tipologias e atividades turísticas, ou a necessidade de veiculação nas páginas de outras informações. É fundamental, portanto, que a resposta a esse contato fique a cargo de alguém capaz de identificar os desejos e necessidades do turista, e de redigir uma resposta correta, clara e cortês.

38

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES O levantamento dos dados previstos pelo Projeto Inventário da Oferta Turística certamente proporcionaria um amplo panorama do turismo no Brasil. Entretanto a abrangência e a profundidade desses dados dificulta o processo, visto que a divulgação de dados facilmente obtidos, como os referentes a um estabelecimento de hospedagem, fica na dependência do levantamento de dados dos quais a maioria dos municípios brasileiros não dispõe, a exemplo de "o número total de visitantes, assim como na baixa e na alta temporada, os meses em que acontecem e o ano base das informações".53 E a divulgação de seu produto ou serviço no portal oficial de turismo é, para o trade, publicidade gratuita, de forma que permitir que cada um dos atores cadastre sua oferta, disponibilizando-a ao internauta independentemente da iniciativa dos demais, não só desoneraria a máquina pública e agilizaria o levantamento dos dados desejados como também levaria o empresariado a pressionar o poder público a se empenhar no processo. Ou, como dito no projeto, permitiria a "cada um fornecer a sua contribuição, de acordo com as suas possibilidades, o que torna o Inventário muito mais ágil e completo."54 Entendendo que a inclusão de Instituições de Ensino Superior de Turismo e Hotelaria e de outros cursos afins proporcionaria qualidade às informações coletadas, o MTur determinou que dois professores - de preferência o coordenador do curso de turismo e seu substituto - de cada IES participante seriam habilitados para participar do projeto e assumiriam a função de multiplicar o conhecimento adquirido entre os demais professores e estudantes, capacitar os estudantes selecionados para realizar as pesquisas de campo e de gabinete e coordenar os trabalhos. De acordo com o Projeto Inventário da Oferta Turística, esses estudantes, sob a supervisão dos professores orientadores, assumiriam a responsabilidade de realizar as pesquisas de campo e de gabinete, preencher os formulários de pesquisa e inserir os dados no sistema55. Esses estudantes seriam, portanto, responsáveis por informações como a simbologia e a temática de atrativos culturais do tipo escultura, pintura e outros56 e a fidelidade à origem histórica e o grau de

53

Projeto Inventário da Oferta Turística, Manual A, p. 37. Projeto Inventário da Oferta Turística, pg. 24. 55 Projeto Inventário da Oferta Turística, p. 21-23. 56 Projeto Inventário da Oferta Turística, Manual C, p. 40. 54

39 conservação das manifestações culturais57. Mas deixar a cargo de especialistas ou que profissionais que já possuam essa informação, de forma que os curadores fossem responsáveis pelas informações de museus e galerias, e administradores ou proprietários se responsabilizassem por dados como tipo, modelo, ano de fabricação e quantidade dos veículos que compõem a frota de sua empresa de transportes58 tornaria mais confiável, rápida e barata a inventariação da oferta turística. O Turismo também está sujeito a tendências e modismos, e ocasionalmente surgem novas necessidades e novas demandas, por novos serviços ou segmentos turísticos, gerando a necessidade da construção de novas parcerias e da a divulgação de novas informações. Também o surgimento de novas tecnologias ou a nova aplicação das já existentes pode gerar demanda por novos serviços ou informações, e já está prevista no projeto a responsabilidade de seus desenvolvedores de "prestar manutenção periódica para ajustes, inclusão de funções ou melhorias propostas pelos usuários."59 A identidade visual das páginas é importante, e convém agrupá-las em função da região ou roteiro turístico que contemplam, incorporando ao layout geral, inclusive das páginas traduzidas para outros idiomas, aspectos comuns da cultura e do ambiente dos municípios contemplados. O custo do processamento da informação está cada vez menor, caindo de cerca de US$ 75 por milhão de operações em 1960 para menos de um centésimo de centavo de dólar em 199060, tanto que já existem de sistemas de informação de uso público e gratuito, como Orkut61 e You Tube62. Tendo em vista o baixo custo e a facilidade de desenvolvimento do sistema sugerido, a divulgação da oferta turística no formato aqui proposto pode ser implantada por iniciativa de qualquer estado, região, município, distrito ou mesmo empreendimento, ainda que de forma independente do poder público.

57

Inventário da Oferta Turística - Instrumentos de Pesquisa, p. 38. Idem, p. 73. 59 Projeto Inventário da Oferta Turística, p. 31. 60 CASTELLS, 2000, p. 80. 61 https://www.google.com. 62 http://www.youtube.com. 58

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GLOSSÁRIO Atrativo Turístico: Todo lugar, objeto ou acontecimento de interesse para o turismo. Design: Concepção visual de um projeto ou modelo. Infodesign: Design da Informação. Área do Design Gráfico responsável pelo layout de sistemas de informação. Oferta Turística: Conjunto de atrativos, serviços e equipamentos turísticos e toda infra-estrutura de apoio ao turismo de um determinado destino turístico. Layout: Composição visual ou disposição física de um espaço. Produto Turístico: Somatório de atrativos, serviços turísticos, infra-estrutura básica e serviços de apoio ao turismo. Sistema de Informação: Conjunto inter-relacionado de componentes capaz de recolher, armazenar, processar e disponibilizar informação. Template: Gabarito, modelo ou molde de documento HTML, com áreas livres ou bloqueadas à edição definidas pelo criador, que definem estilos de imagens, caracteres, parágrafos etc. Trade Turístico: Cadeia de negócios relacionados com a oferta de produtos e serviços turísticos. URL: Uniforme Resource Locator, o endereço das páginas na Web. Virtual: Produto da externalização, através da tecnologia, de construções mentais em espaços cibernéticos.

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