A ansiedade e seus efeitos na aprendizagem

July 18, 2017 | Autor: Eduardo Camargo | Categoria: Teacher Education
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Universidade de León – España Departamento de Psicología, Sociología y Filosofía

A ansiedade e seus efeitos na aprendizagem

Elaborado por Eduardo Vieira Camargo Doctorado en Psicología y Ciencias de la Educación Curso: Comunicación, lenguaje y acción pedagógica Profesora: Dra. María Antonia Melcón Álvarez Septiembre de 2009

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Índice Introdução..........................................................................................................03 Conceito de Ansiedade......................................................................................05 Causas e motivos que produzem ansiedade.....................................................09 Reações do aluno ansioso.................................................................................12 Ação da escola frente a ansiedade....................................................................15 Papel da família na prevenção da ansiedade....................................................18 Conclusão..........................................................................................................21 Bibliografia.........................................................................................................23

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Introdução A sociedade moderna exige cada dia mais que seus alunos frequentem a escola durante um bom período de suas vidas e que possam aprender ali os conhecimentos que precisarão para a sua vida. A educação escolar contribuir para o desenvolvimento psicológico e social do estudante, preparando-o para se tornar um indivíduo autónomo, critico e com capacidades de relacionamento com outros, garante Silva e Fernandes (2002) Na vida escolar do aluno, é normal a verificação do fenômeno da ansiedade. Com frequência professores tem verificado uma queda abrupta de rendimento nos seus alunos. Numa análise superficial nos levaria a crer que determinado aluno perdeu o interesse nos estudos ou que se tornou um estudante rebelde. Porém, ao analisar de forma mais profunda, descobre-se que, estão relacionados aos problemas de fórum psicossociais, como a tal ansiedade. Freud (citado por Costa e Boruchovitch, 2004) classificou a ansiedade em ansiedade normal e ansiedade neurótica. A primeira esta diretamente relacionada com a consciência, que esta ligado ao perigo externo e real, como exemplo a morte. A segunda a ansiedade neurótica, ocorreria por sua vez em determinadas situações com ausência de risco de perigo real. Ansiedade que não seria percebida de forma consciente, uma vez que seria reprimida. O homem de nossos dias está cada vez mais cercado de inquietudes e desassossego. A melancolia permeia o homem da sociedade moderna. O ritmo de vida atual é caracterizado por tensões e estresses constantes. A sociedade urbana industrializada convive com os mais diversos problemas, dentre eles, neuroses, crimes, violências, crise econômica, gerando uma ansiedade e uma insegurança crescente em toda a sociedade, é o que garante Rojas (2001).

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Toda essa situação tem implicações direta dentro do contexto escolar atual. Atingindo frontalmente o aluno, influenciando diretamente no seu rendimento escolar, nas suas atitudes cotidianas dentro e fora da sala de aula. Para a maioria dos alunos, a educação escolar provoca um certo nível de ansiedade, a qual, provavelmente aumenta a actividade facilitando a aprendizagem. No entanto, quando a ansiedade se torna aguda, inibindo a natural predisposição para aprender, produz a desorganização das respostas cognitivas. Elevados níveis de ansiedade assumem um carácter prejudicial porque provocam dificuldade em transformar tensão em acção construtiva, tornando difícil enfrentar um problema é o que garante Diniz (2003). A ansiedade de acordo com Zandomeneghi (2008) esta ligada a uma resignação passiva, ou seja, aprende-se a reagir com ansiedade quando tem o sentimento de ser indefeso, incapacitado, impotente para reagir frente à pessoa de autoridade, pai, mãe, professor. É bem verdade que atualmente não existe muitos estudos que nos dão dados empíricos sobre o efeito da ansiedade no desempenho escolar, sobretudo que utilizam como referencia teórico a psicologia cognitiva, segundo Costa e Boruchovitch (2004). Assim, diante disto e da importância da ansiedade como variável importante da personalidade do educando, faz-se necessário que este tema seja investigado nas mais diversas direções possíveis. Por outro lado pesquisa revelam que o bom desempenho escolar deve estar envolvido o uso suficiente de estratégias eficazes para que o processo ensino-aprendizagem seja de todo bem procedido e ainda do controle das variáveis psicológicas dos educandos. Diante desta situação, escola e família devem juntas ter um plano de ação para combater esta anomalia. Qual o papel que a escola tem a desempenhar? Que métodos pedagógicos podem ser aplicados? Como a família pode contribuir? São perguntas que tentaremos responder nesta investigação.

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Conceito de ansiedade A ansiedade define Sibile e Diomário (2001) é um sentimento vago e desagradável de medo e apreensão, caracterizado por tensão, estado de alerta contínuo, desconforto global e expectativa de alguns perigos. As crianças podem não ter uma crítica acurada sobre a possibilidade de seus medos serem exagerados ou irracionais, mas, não obstante, sentem a ansiedade em toda sua plenitude. “Via de regra a ansiedade pode ocorrer em varias condições psiquiátricas, tais como nas depressões, psicoses, transtorno hiperativo, etc. A causa dos transtornos ansiosos infantis é muitas vezes desconhecida provavelmente multifatorial, incluindo fatores hereditários e ambientais”. (Sibile e Diomário, 2001, Pag. 7) De acordo com Galvão (2001), a ansiedade é um sentimento desagradável, vago, indefinido, que pode ser acompanhado de algumas sensações, como frio na barriga, coração apertado, aumento do ritmo cardíaco, tremores, etc. A ansiedade é um sinal de alerta, que surge a partir de uma necessidade para defender-se e proteger-se de ameaças. Por isso pode ser uma reação natural e necessária para a auto-preservação. As reações normais de ansiedade não precisam ser tratadas. Sentir-se ansioso é uma experiência comum a qualquer ser humano. Quem já não se sentiu apreensivo, com dor de cabeça, palpitações, respiração rápida, aperto no peito, desconforto abdominal ou inquietação? A ansiedade é uma resposta normal para diversos acontecimentos na vida: para um bebê ameaçado com o afastamento dos pais, para as crianças no primeiro dia de escola, para os adolescentes no primeiro namoro, para os adultos que contemplam a velhice e a morte e para qualquer um que enfrente uma doença.

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A ansiedade é um acompanhante normal do crescimento, das mudanças, de experiências novas e inéditas, do encontro da própria identidade e do sentido da vida de uma pessoa. É uma emoção natural. Portanto, a ansiedade mantém um pouco de semelhanças com outras reações emocionais, como a felicidade, a raiva, a tristeza, o medo, etc. A ansiedade é experimentada como uma emoção desagradável, negativa que surge em uma situação em que o indivíduo percebe uma ameaça (possíveis consequências negativas). A própria palavra – ansiedade – que vem do latim tendo seu significado “sufocar”, “apertar”: às vezes, está escondido por detrás de uma sensação de tremor e de fraqueza nas pernas, de respiração ofegante, de uma sensação de palpitação no coração, de uma possível sudorese abundante. Também é sinônimo de ansiedade considerar insuperáveis as dificuldades da vida cotidiana, seja quanto ao estudo, ao trabalho ou à família, define Sepoloni (2008). Sibile e Diomário (2001), dizem que quando a situação de ansiedade desencadeia sintomas com intensidade e duração maiores que o esperado, causando significativo grau de sofrimento, é bem provável que esta pessoa esteja apresentando algum transtorno de ansiedade. O propósito, segundo Costa e Boruchovitch (2004), ou a função da ansiedade é provavelmente facilitar a detectação do perigo ou ameaça em potencial. Alguns indivíduos ansiosos podem desenvolver um processo de detectação do perigo que os torna hipervigilantes e altamente exagerados nos eventos ameaçadores do ambiente. Ajuriaguerra (1976) (citado por Costa e Boruchovitch, 2004) define a ansiedade como caracterizada por uma "sensação de perigo iminente, aliada a uma atitude de expectativa, que provoca uma perturbação mais ou menos profunda".

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A ansiedade, embora possa ser acompanhada de uma manifestação de medo, sua tendência é de ser mais difusa, com seus estímulos menos definido, por natureza tende a ser mais permanente podendo até se transformar numa situação crônica, garante Trianes (2002). De acordo com Callegari (2000) existe a ansiedade generalizada, que se manifesta de forma intensa como distúrbio que aparece com sintomas recorrentes

físicos

ou

psicológicos,

podendo

ser

definida

como um

desagradável estado emotivo que vai desde um mal-estar apenas ao medo intenso. Acrescenta ainda: “…o distúrbio de ansiedade generalizado é aquele que se distingue por um estado contínuo de ansiedade extrema durante um período de pelo menos 6 meses, associado a três ou mais dos seguintes sintomas: irrequietação, tensão e nervos à flor da pele; fadiga fácil; dificuldade de concentração ou perdas de memória; tensão muscular; alterações do sono (dificuldade em adormecer ou em manter o sono, ou sono inquieto e insatisfatório). (Callegari, 2000, p. 131) De acordo com Pinto (2000) existe a ansiedade social ou fobia social, ou seja a ansiedade vivida e experimentada nas mais diversas situações sociais, é uma experiência comum aos seres humanos e que está diretamente ligada com a nossa estrutura social, e sua organização hierárquica. Esta experiência vivida de ansiedade social afeta em graus ligeiros em certas situações sociais, não impede um funcionamento social adequado, podendo, em certos casos, até ser benéfico para o desempenho social. Porém Pinto (2000) adverte que em alguns indivíduos esta ansiedade social que se experimenta, torna-se tão elevado que interfere com o seu funcionamento social e em alguns casos conduz mesmo ao evitamento dessas situações. Quando isso ocorre estamos perante uma fobia social (distúrbio de ansiedade social). A forma de ansiedade mais grave na visão de Callegari (2000), é o chamado “pânico”: um ataque de pânico se manifesta como uma reação que não se pode controlar perante objetos, atividades ou situações, como são os

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casos dos distúrbios fóbicos, podendo ainda ser verificado a inexistência de estímulos externos. De Acordo com a Sociedad Española para el Estudio de la Ansiedad e Estrés a reação emocional dada pela ansiedade pode ser observada a um nível triplo: cognitivo-subjetivo (a experiência), fisiológico (mudanças corporais) e motor (de comportamento-observável). A nível cognitivo-subjetivo, a ansiedade é caracterizada por sentimentos de intranqüilidade, preocupação, hiper-vigilância, tensão, temor, insegurança, sensação de perda de controle, percepção de mudanças fisiológicas fortes (cardíacos, respiratórios etc.) A nível fisiológico, a ansiedade se caracteriza pela ativação de sistemas diferentes, principalmente o Sistema Nervoso Autônomo e o Sistema Nervoso Motor, embora e também se ativam outros, como o Sistema Nervoso Central, ou o Sistema Endócrino, ou o Sistema imune. De todas as mudanças que acontecem, o indivíduo percebe só algumas mudanças em respostas como a taxa de coração, taxa respiratória, temperatura periférica,

tensão muscular,

sensações

gástricas,

etc. A

persistência destas mudanças fisiológicas podem levar uma série de desordens psico-fisiológicas transitório, como dores de cabeça, insônia, contraturas musculares, disfuncões gástricas, etc. A nível motor, a ansiedade é manifestada como inquietude motora, hiperactividade, movimentos repetitivos, dificuldades para a comunicação (gagueira) e tensão na expressão facial.

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Causas e motivos que produzem ansiedade São as situações que podem ter conseqüências ameaçadoras para o indivíduo. A reação de ansiedade é uma reação de alarme em face a um perigo potencial. A Universidade autônoma de Barcelona levou a cabo um estudo com 197 crianças entre 6 e 17 anos para descobrir os fatores que estimulavam a ansiedade nelas, e chegaram à conclusão que a presença de psicopatologias nos pais, eram os mesmo temperamento do menino, a presença de antecedentes no menino, são fatores que determinam mais ou menos o grau deles/delas de ansiedade. - Situações de perigo físico (perigo a sobrevivência ou a integridade do indivíduo) - Situações de avaliação (o companheiro é avaliado e o resultado desta avaliação pode ser positivo ou negativo), - Situações de ameaça interpessoal ou social (situações mais cara-a-cara que as anteriores), - Situações em que se encontram elementos de fobia (viajar de avião, injeções, sangue, tratamento dental, animais inofensivos, aglomerações, espaços fechados, etc.), -Situações ambíguas ou de novidade (situações estranhas para o indivíduo, que ele não tem experiência), - Situações que o indivíduo perceba uma perda de controle (perda de controle nos resultados, sobre a ansiedade, e no comportamento, etc.) A ansiedade tem que ser compreendida a partir de alguns aspectos cognitivos, particularmente porque uns dos aspectos básicos da ansiedade parece ser a incerteza. As origens da ansiedade são obscuras ou incerta para o sujeito. Contudo a ansiedade pode ser motivadora e parece ser um aspecto inevitável da condição humana, é o que garante Strongman (1998).

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Um fator preponderante causador de grande ansiedade entre os estudantes segundo Trianes (2002) é o receio do insucesso escolar. Este agente afecta diretamente a conduta escolar, desde que a criança desenvolve um sistema de explicações das causas dos seus sucessos e insucessos e passa a ter consciência do que isso lhe representa, ou seja, a partir dos sete, oito anos de idade. “O receio de ser avaliado negativamente, de parecer ridículo, desajeitado, tolo, de não estar à altura da situação e ver o seu estatuto pessoal diminuído desperta graus tão elevados de desconforto e medo, que a vida diária fica severamente limitada.” (Pinto, 2000, p. 18) Mas qualquer situação diária (como tentar dormir, trabalhar, estudar, etc.) pode ser um de situação de ansiedade, se o indivíduo está pensando em coisas ameaçadoras, ou que podem ter consequências negativas para seus interesses. Ainda as situações que o indivíduo se sente avaliado, como por exemplo: falar em público, fazer exames, fazer entrevistas, ser observado, ou supervisionado, tomar decisões, etc. Em todas estas situações existe a possibilidade de ser avaliado negativamente. Então, existe a possibilidade de se obter conseqüências negativas para nossos interesses. As causas dos transtornos de ansiedade nas crianças são muitas vezes desconhecidas, provavelmente causas múltiplas, incluindo fatores hereditários e ambientais diversos, dependendo do peso que se impõe cada fator, variando de caso para caso. O transtorno da ansiedade de separação é o mais comum, afetando 4% das crianças. Sendo caracterizada por uma ansiedade não apropriada e excessiva em relação à separação do lar ou de pessoas intimamente ligadas a criança (Sibile e Diomário, 2001) De acordo com a Sociedad Española para el Estudio de la Ansiedad e Estrés ver um filme de suspense ou de terror, nos coloca em alerta e nos ativa, causando ansiedade. Na vida cotidiana, as situações ambiguas, sem resultado certo, também nos ativa e nos coloca em alerta; os transtornos físicos, que é o caso do aparecimento de doenças, também provocam ansiedade.

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Situações que produzem uma interação direta com outras pessoas. Situações semelhantes às situações de avaliação, embora mais pessoal, cara a cara, como por exemplo: - Ter uma conversação a só com uma pessoa do outro sexo, - Ter uma entrevista pessoal, - Ir a uma reunião social, - Conhecer pessoas novas, etc. Nestas situações existe a possibilidade de ser (ou sentir) rejeitado pelo outro. Por que a mesma situação pode causar grau maior ou menor de ansiedade? Depende de como o individual interpreta a situação. Se um indivíduo interpreta que uma situação pode supor uma ameaça e que ele não tem recursos para confrontar a ameaça, então reagirá com ansiedade. Diante da mesma situação outro individual, pode interpretar as consequências como menos ameaçador, e concluir que tem mais recursos para confrontar essas possíveis consequências negativas. Este segundo indivíduo reagirá com menos ansiedade que o primeiro antes da mesma situação. A interpretação que cada indivíduo faz de uma situação determinará em grande medida a intensidade da reação de ansiedade. Conforme a estimação subjetiva que leva a cabo cada pessoa, quanto mais ameaçadoras sejam as consequências da situação e quanto menos recursos para confrontar tem o indivíduo, maior será a reação de ansiedade.

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Reações do aluno ansioso O ser humano normal é dotado de um equipamento psico-biológico suficiente para fazê-lo sentir ansiedade diante de situações específicas e que exigem uma atitude mais incisiva e imediata, entretanto, assim que tal situação se resolve, tudo voltará ao normal fisiologicamente. Para a maioria dos alunos, a educação escolar provoca um certo nível de ansiedade, a qual, provavelmente aumenta a actividade facilitando a aprendizagem. Porém, para algumas pessoas ansiedade é algo incontrolável e não deixa de existir, simplesmente, quando a situação que a deveria causar ansiedade desaparece. O ansioso sente um medo, apreensão e tensão constante, além do normal. Muitas vezes existe uma razão concreta para a pessoa estar reagindo à vida com ansiedade, como por exemplo, quando há estresse provocado por algum acontecimento externo ou conflito interno, quando há alguma doença em curso, uma emergência de vida, etc. Mas, existem situações de ansiedade onde não se detecta nenhum motivo aparente, inclusive nenhuma doença física que

possa

justificar

esse

estado

emocional,

nenhum

acontecimento

estressante. O enviesamento das avaliações cognitivas por pensamentos irracionais é uma das características mais marcantes dos sujeitos muito ansiosos face aos testes. Entre um sem número de pensamentos irracionais podemos destacar quatro tipos: a) os sujeitos tendem a encarar os acontecimentos em termos absolutos, ou seja, nas situações de avaliação podem perspectivar apenas duas opções; obter um resultado brilhante ou reprovar; b) costumam fazer generalizações a partir de um conjunto muito restrito de dados, assim, quando obtêm um insucesso julgam que este resultado vai continuar a repetir-se;

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c) tendência para sobrevalorizar ou tornar ameaçadoras situações benignas; e d) interpretar os sinais, mesmo os de feedback positivo, como sinal de que as suas realizações estão aquém das suas expectativas (Meichenbaum, 1976; Zeidner, 1998) (Citado por Rosário et. tal, 2005) Geralmente frente a ansiedade o aluno tende a desacreditar nas suas capacidades, segundo Zandomenegh (2008) diante de situações assim podem até surgir sentimentos de inferioridade, incapacidade, impotência. Sentindo desta forma, o temor pela rejeição, pode aparecer acompanhado de uma sensação de abandono ou solidão. Desta forma a ansiedade vai se avolumando e toma conta do aluno. Garante Zandomenegh (2008), que a ansiedade está associada a uma resignação passiva: o aluno aprende a reagir com ansiedade quando se sente indefeso, incapaz, impotente para reagir frente à autoridade do pai, mãe, professor. Torna-se uma pessoa oprimida e percebe que o controle esta alheio a ele, acentuando o sentimento de resignação, intensificando a insegurança, o que é consequência da ansiedade pela falta do controle interno e excesso de controle externo ou maior credibilidade no outro do que em si mesmo. Moschen (2008) relata que tem encontrado pessoas tão inseguras em relação a aprendizado da língua inglesa que não são capazes de se imaginar estudando o idioma em um grupo. Segundo Moschen estas pessoas ficam tão ansiosas que julgam-se incapazes, bloqueadas e sentem-se apavoradas diante da possibilidade de verem suas dificuldades expostas ao grupo. Estudantes em meio a uma excessiva ansiedade apresentaram um desempenho inferior ao esperado, principalmente quando esse desempenho englobou uma complexa aprendizagem (Proeger & Myrick, 1980). Também mencionaram sua relação com dependência, hostilidade e agressão, e com uma pobre relação com os professores. Por sua vez, estudando atitude em relação à matemática, Rosamilha (1981) demonstrou que um maior grau de ansiedade correspondeu a uma atitude negativa em relação à matemática. (Citado por Silva e Fernandes, 2002).

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De acordo com Trianes (2004) os alunos que têm ansiedade frente à um exame apresenta um défice cognitivo e de atenção. Os défices cognitivos consistem em considerar o exame como uma situação ameaçadora. O défice de atenção é manifestado na tendência que o ansioso tem de se distraírem facilmente por estarem preocupados e a prestar atenção aos sinais de ativação autónoma. Numa situação de incompreensão o participante perde também a confiança e sente-se ansioso e perturbado. Um conjunto de filtros afectivos como a ausência de motivação e de confiança e um alto nível de ansiedade que os acompanha impedem a entrada de factores (input) de compreensão. As técnicas específicas para a redução das barreiras afectivas variam de grupo para grupo dadas as diferentes personalidades, interesses e objectivos de professores e alunos. (Cunha, 1987)

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Ação da escola frente a ansiedade A ansiedade escolar envolve aspectos relacionados a identificação das fontes que causam tensão para os alunos, quais os seus efeitos sobre aprendizagem, quais os alunos mais afetados e as formas de tratamento. As pesquisas demonstram que a ansiedade pode ser despertada tanto em disciplinas específicas (matemática, estatística, entre outras), como em situações que envolvem algum tipo de avaliação, como exames ou testes. A intensidade da ansiedade pode variar de níveis imperceptíveis até níveis extremamente elevados perturbando o funcionamento cognitivo. Pesquisadores têm encontrado que uma ansiedade moderada pode aumentar a motivação, intensificar o estado de alerta e de concentração, melhorando a performance. Segundo Spielberger (1980, apud La Rosa, 1988) uma certa ansiedade é necessária para impulsionar o indivíduo à ação. Por outro lado, uma alta ansiedade antes ou durante um exame, pode ser prejudicial, pois causa distrações e desorientações (Gall, 1985; Cranton, 1989; Ó Brien, 1991; apud Sogunro, 1998, Bzuneck, 1989). O que não se pode negar é que a ansiedade interfere no comportamento de estudo e na aprendizagem, positivamente ou negativamente. (Citado por Costa, 2000). Alguns fatores mais específicos relacionados a escola podem também contribuir para o desenvolvimento da ansiedade e afetar a aprendizagem. A forma como o professor interage com seus alunos, o ambiente em sala de aula, a avaliação com características ameaçadoras, escolas que incentivam a competição e a comparação social, o valor crescente atribuído as notas. A forma como o aluno vivência as situações de fracasso e sucesso influência a percepção de habilidade.

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Sendo certo que estamos perante uma situação complexa, talvez uma das formas de a ultrapassar seja a de promover as interacções entre professoraluno no sentido de que este ganhe auto-confiança e sinta que tem algum apoio no processo de aprendizagem (Dinis, 2003). Estudantes com alto desempenho se sentem mais confiantes e motivados com o feedback das avaliações. Os alunos com desempenho pobre podem aumentar sua ansiedade quando confrontados com comparações, bem como aqueles que possuem a crença que suas habilidades são estáveis e não podem ser mudadas, são mais prováveis de desenvolver a ansiedade. Os professores com tendência ao autoritarismo, que costumam castigar ou repreender os alunos, podem contribuir para a ansiedade face a situações de avaliação. Ao contrário, educadores, considerados pouco autoritários, colaboram para um fraco nível de ansiedade de seus alunos, garante Trianes (2004). E que, alguns autores observam que, se o educador for uma pessoa ansiosa, pode fazer com que seus educandos revelem maior ansiedade. É necessário, diz Trianes (2004), que os professores devam estar cientes dos seus objetivos acerca dos seus alunos, pois, expectativas muito elevadas, tende a aumentar o risco de ansiedade; se porém, forem baixas também poderá provocar ansiedade, uma vez que poderão sentir-se que lhes dão pouco valor. Devem ainda considerar a atmosfera que reina em sala. Se forem frequentes os conflitos, as tensões a as situações que ameaçam a segurança do educando, poderá desencadear ansiedade que desmotiva a aprendizagem. Muitas vezes a criança sente sufocada quando se deparava com uma situação diferente, como início das aulas, primeiro lanche num pátio enorme, viagens prolongadas, épocas de provas muito comentadas, etc. E o que mais faltava nessas situações era o diálogo, a presença amiga ou muitas vezes um “colo de mãe”. Quando o professor consegue chegar próximo de um aluno e o auxilia a descobrir porque certas situações o sufocam, esse professor pode comparar esse momento como uma conquista comparada ao aprendizado diário (Sepoloni, 2008).

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Alguns dos métodos eficazes que o professor pode usar em sala de aula, são as dinâmicas de grupo e a pedagogia da cooperação. As dinâmicas de grupo favorecem a socialização e leva o aluno a expor seus sentimentos para os amigos e até para a classe toda, como forma de desabafo e isso o ajudará no processo de recuperação. O trabalho em grupo é extremamente eficaz como meio de interação, pois acontece um intercâmbios de ideias, de atitudes e a participação de todos favorecendo o aluno ansioso a se desinibir (se for o caso), a controlar-se e autodisciplinar-se, pois o aluno ansioso geralmente é impaciente e prefere desenvolver suas atividades na maioria das vezes de forma individual Algumas técnicas para o tratamento da ansiedade centradas na criança segundo Trianes (2004): - Dessensibilização sistemática: técnica para baixar os níveis de ansiedade, porém não ajude a melhorar o rendimento. Consiste em confrontar gradualmente a criança com uma situação temida, enquanto permanece em perfeita relaxação na sua presença, até que a resposta de ansiedade diminua, expondo-a, então, ao nível de estímulo temido seguinte. Ex: uma criança com dificuldades de adaptação inicial à escola, recomenda-se levar a criança para a escola a pouco e pouco, aumentando sua permanência nela. - Relaxamento: usando a técnica da tartaruga que consiste em colocar as crianças sentadas e pedir que coloquem a cabeça entre os braços apoiados na mesa, e que contraíam e descontraiam o corpo respirando para induzir a relaxação. - Descarga de Atividade: quando o professor percebe que o aluno está muito tenso com as atividades da aula, poderá permitir que o aluno vá até o recreio brincar um pouco. - Aprendizagem por observação: consiste em observar modelos que lidam com situações temidas com sucesso.

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Papel da família na prevenção da ansiedade Tarantino (2009), relata que estudos indicam que 65% das crianças cujos pais sofrem de ansiedade apresentarão sintomas parecidos. Se o quadro persistir até a adolescência, terão risco 20 vezes maior de manifestar alterações alimentares, como a bulimia e a anorexia, por mais anos do que os colegas da mesma idade. A pesquisa foi feita pela Clínica Psiquiátrica de Adolescentes da Universidade de Turku, na Finlândia”. Trianes (2004), diz que os pais devem auto-avaliar a sua própria ansiedade e medos para não correrem o risco de estar a criar uma situação familiar superprotetora ou gerar temores na criança. Devem ser positivos em relação à escola, aos professores e às atividades que o educando realiza. Se acham que há críticas a fazer à escola, é preferível procurar outra que se ajuste melhor às suas preferências. Prevenção de ansiedade basicamente é a boa relação. A maneira como os pais lidam com as situações é que vai prevenir isso. Se você já tem uma tendência ansiosa e naquela hora todo mundo entra em desespero, aquilo se intensifica. Quanto menos ansiedade transmitir, melhor. Tem que acalmar, dar uma proteção tranqüila. Assim o educando aprende que existem outras formas de avaliar aquela questão. Além disso, novas propostas de tratamento estão surgindo. Na Universidade Johns Hopkins, em Baltimore (EUA), há sessões de terapia familiar contra a ansiedade. A psicóloga Golda Ginsburg, da Escola de Medicina Johns Hopkins, afirma que é preciso intervir preventivamente sobre pais e filhos. Por um ano, ela fez sessões de terapia com os pais para mostrar a eles como seus comportamentos ansiosos afetavam os filhos. Eles tendem a ser superprotetores, o que aumenta a ansiedade e reforça medos nas crianças. "Com a prevenção, diminuímos bastante os casos. Apenas 30% das crianças em risco manifestaram sinais de ansiedade", diz a especialista. (Tarantino, 2009, p.3).

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O papel dos pais também é muito importante, e podem ajudá-los da seguinte forma: demonstrando confiança pela a escola; cumprindo a promessa de buscar ou de esperar a criança sempre no local combinado; dando espaço para a criança contar tudo sobre a escola. Tarantino (2009) cita que na opinião da psicóloga, Blenda de Oliveira, de São Paulo, o envolvimento da família aumenta consideravelmente as chances de sucesso no combate a ansiedade. Conta Blenda que um de seus pacientes teve sintomas de ansiedade aos três anos de idade. A mãe não sabia como lidar com a situação procurando uma terapeuta. “Agora, diz a mãe, compreendo que a maneira como lido com os sintomas da minha filha é fundamental para ajudá-la a controlar a ansiedade. Tarantine (2009) descreve ainda em seu artigo que, especialistas descobriram que relações afetivas também possuem poder protetor, diz Tarantine que no mês de Junho de 2009, cientistas da Universidade do Michigam publicaram um estudo afirmando que se sentir emocionalmente próximo de alguém aumenta os níveis de progesterona no sangue. Hormônio que esta relacionado com a redução do estresse e da ansiedade. Nos casos mais simples podemos fazer uso de remédios naturais e até caseiros que trazem calma e alívio para o ansioso. Outro tratamento em que a família pode encaminhar o educando e que é comum para a ansiedade é a psicoterapia, onde o educando pode expressar-se com um psicólogo e contar sua intimidade sem nenhum tipo de receio, com o objetivo de o próprio paciente ajudar a si mesmo, conhecer e interpretar melhor a realidade, aprender a ter melhor um auto-controle, ter reações mais lógicas e compreensíveis e que exista uma melhor relação estímulo-resposta. No começo do mês de Julho de 2009, cientistas da Universidade Duke, nos Estados Unidos, relata Tarantine (2009), descobriram ao realizar um questionário para avaliar a saúde mental da família, que "Quem vem de uma estrutura familiar com casos de ansiedade, depressão e abuso de substâncias químicas tem mais chances de apresentar um transtorno ansioso", é o que

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afirmou à revista ISTOÉ o neurocientista Avshalom Caspi, coordenador da pesquisa realizada com 981 pessoas. Segundo o conceito utilizado por Sibile e Diomário (2001) existe o transtorno da Ansiedade de Separação, considerando como sendo o mais comum dos transtornos de ansiedade, afetando 4% das crianças. Caracterizase por uma ansiedade não apropriada e excessiva em relação à separação do lar (pais) ou de figuras importantes que fazem parte do círculo de cuidados para a criança. Essas crianças, quando ficam sozinhas, temem que algo possa acontecer para elas ou para a pessoa da qual houve a separação (acidentes, sequestro, assaltos, ou doenças) que os afastem definitivamente de si. Diz Sibile e Diomário que é comum nessas crianças a ocorrência de recusa escolar. Se a criança sabe que seus pais vão se ausentar apresenta manifestações somáticas de ansiedade (dor abdominal, dor de cabeça, náusea, vômitos, palpitações, tonturas e sensação de desmaio). Em muitos casos de crianças afetadas os pais foram ou são portadores de algum transtorno de ansiedade. É de suma importância que a escola e a família trabalhem juntas para amenizar e resolver o problema da ansiedade, pois o trabalho em conjunto trará mais eficácia no combate a tão grande ansiedade presente na sociedade moderna.

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Conclusão A ansiedade está no centro das pesquisas dos principais institutos e universidades que investigam as doenças da mente. Os primeiros resultados indicam que ela tem impacto muito maior do que se pensava. A convivência prolongada com a ansiedade afeta várias áreas da vida, como mostra um levantamento da Associação Americana de Desordens Ansiosas. Dos voluntários entrevistados, 87% disseram que ela prejudica muito as relações pessoais. Outros 75% afirmaram que interfere na habilidade de cumprir as atividades diárias (Tarantino, 2009) Podemos observar que o meio em que vivemos traz conflitos e gera grande ansiedade, atingindo o ser humano em todas as faixas etárias, desde uma criança pequena até as pessoas de mais idade, provocando reações variadas, algumas moderadas e outras extremamente fortes, levando a depressões e estresses, trazendo complicações à saúde física, mental e social do indivíduo. Existem meios a nossa disposição, que podem ser aplicados para remediar e erradicar tais situações. A família tem papel fundamental, propiciando um ambiente favorável para uma convivência amigável de companheirismo dentro dos lares, porém sozinha talvez não tenha condições suficientes para solucionar todos esses conflitos. A escola também dispõe de meios e recursos que auxiliam na resolução desses problemas. Ambas, escola e família, atuando em conjunto, e aplicando os recursos disponíveis de forma inteligente podem fazer muito para melhorar a qualidade de vida de seus alunos e das próprias famílias, constituindo uma sociedade mais equilibrada.

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O controle pessoal é um aspecto importante no manejo da ansiedade: se aprendemos a ver-nos controlando o ambiente ou sendo controlados por ele. O comportamento recebe a influência do controle externo e sua vida passa a ficar à mercê do mundo exterior, o controle está nas mãos do outro. Nosso comportamento também recebe influência do controle interno: quando alguém tenta jogar problemas ou mau humor em nós, colocamos em ação ou auto-controle, buscando internamente recursos para lidar de maneira adequada com aquela situação, sem deixar influenciar pelo outro e sim por nós mesmos, tomando as rédeas da própria vida. Para a maioria dos alunos, a educação escolar provoca um certo nível de ansiedade, a qual, provavelmente aumenta a actividade facilitando a aprendizagem. No entanto, quando a ansiedade se torna aguda, inibindo a natural predisposição para aprender, produz a desorganização das respostas cognitivas. Elevados níveis de ansiedade assumem um carácter prejudicial porque provocam dificuldade em transformar tensão em acção construtiva, tornando difícil enfrentar um problema. Na verdade existe um conjunto alargado de estudos nos quais se evidenciam os efeitos negativos da ansiedade no rendimento escolar e consequentemente nos processos de adaptação dos estudantes à escola. (Dinis, 2003). Somente uma ação conjunta entre família e escola será suficientemente capaz de minimizar os efeitos da ansiedade, que dependendo da situação, são devastadores no processo da aprendizagem, deixando muitos educandos aquém da aprendizagem exigida para cada uma das suas diferentes fases da vida. É preciso lançar mão dessa força tarefa, que as vezes nem sempre se deixa articular corretamente, pois, família e escola, muitas vezes caminham em direções opostas. Mas, quando juntos, escola e família, se deixam unir e caminham na mesma direção, é claramente possível minimizar os efeitos da ansiedade.

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