A articulação de mass media e social media: explorando os movimentos cívicos em Portugal

June 5, 2017 | Autor: Patricia Dias | Categoria: Social Media, Public Relations and Social Media, Civic movements
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Moisés de Lemos Martins & Madalena Oliveira (ed.) (2014) Comunicação ibero-americana: os desafios da Internacionalização Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Universidade do Minho . ISBN 978-989-8600-29-5 -

A articulação de mass media e social media: explorando os movimentos cívicos em Portugal patRíCia dias [email protected]

niversidade Cat lica ortuguesa Resumo Cada vez que um novo meio de comunica ão introduzido e atin e uma relativa eneraliza ão cria novos equil brios e articula es entre os e istentes reconfi urando todo o anorama mediático e comunicacional (Bolter & rusin ; Jen ins ) A sociedade contem or nea marcada ela conviv ncia articula ão e conver ncia de dois ti os de meios de comunica ão com carater sticas e ló icas com letamente di erentes os mass media e os social media que conduzem a um novo ti o de comunica ão a auto-comunica ão de massas (Castells ) No mbito das rela es blicas diversos autores reconhecem uma transi ão de teorias e modelos comunicacionais assim tricos nos quais as or aniza es divul am in orma ão e e ercem orte controlo sobre as mensa ens ara modelos mais sim tricos de conversa ão e diálo o que estão a emer ir como consequ ncia da utiliza ão dos social media como canal e erramenta ara as rela es blicas (Kunsch ; Solis & Brea enrid e ; Scott ; acnamara & er ass ) mbora a maior arte dos autores saliente a erda de controlo or arte das or aniza es outros e loram a cria ão de novos equil brios de oder que nem sem re são sim tricos ou i ualitários ( d ards & od es ; Coombs & olladay ; utta Ban & al ) A nossa comunica ão e lora os movimentos c vicos como e em lo de novas articula es entre mass media e social media e de emer ncia de novos equil brios de oder entre as a endas blica mediática e ol tica ( cCombs & Sha ) Se uindo uma metodolo ia qualitativa a nossa comunica ão e lora em iricamente as recentes mani esta es c vicas contra a austeridade que ocorreram em ortu al era ão Rasca (mar o de ) e ue se li e a Troi a (setembro de ) discutindo a articula ão de mass media e social media por cidadãos e rofissionais bem como o seu a el na divul a ão mobiliza ão e im acto social destes movimentos Palavras-Chave: Rela es

blicas; social media; mass media; movimentos c vicos; comunica ão

Introdução e boca em boca nas redes sociais ouvem-se verdades que não v m nos ornais Boss A C Se ta- eira (em re o bom á) ( )

As Tecnolo ias da In orma ão e da Comunica ão (TIC) t m tido um desenvolvimento e uma velocidade de enetra ão na sociedade sem recedentes na história A utiliza ão eneralizada requente e intensa de tecnolo ias como o com utador o telemóvel (ou melhor dis ositivos móveis) e a internet estão associados a diversas trans orma es em todas as es eras sociais undamentando o ar umento de Castells ( ) de que estamos erante uma mudan a aradi mática de modelo social assando a viver numa sociedade em rede

A articula ão de mass media e social media e

lorando os movimentos c vicos em ortu al

Patrícia Dias

Dados de outubro de atestam que a ta a de enetra ão da internet em ortu al cresceu dez vezes em quinze anos ( ar test ) Se undo estat sticas mais recentes a ta a de enetra ão da internet em ortu al atin e dos lares ( ar test ) A utiliza ão de banda lar a móvel atin ia da o ula ão ortu uesa no terceiro trimestre de tendo re istado um aumento de relativamente ao anterior (ANAC ) a ar de um aumento de utilizadores de smartphones de ( ar test ) As redes sociais t m-se destacado na ase de ro unda crise económica e social que o a s atravessa como locus de debate de quest es da atualidade mobiliza ão e contesta ão social stat sticas de re istam a enas dos cibernautas ortu ueses como utilizadores de redes sociais entre os quais tinha conta no aceboo que emer e ortanto como a rede social mais e ressiva ( ar test ) s social media ela sua natureza horizontal e colaborativa acilitam a comunicaão e a interatividade romovem a sociabilidade e a artilha e ossibilitam a divula ão de conte dos e o ini es ara uma audi ncia alar ada Ao mesmo tem o que ro orcionam um a endamento colaborativo dos temas de atualidade que sur e como alternativo ao ro osto elos mass media tamb m se verifica uma articulaão entre ambos que são usados em com lementaridade or ol ticos ornalistas e l deres de o inião s movimentos c vicos t m recorrido aos social media não só como erramenta ara divul a ão das suas causas e mobiliza ão ara as mesmas mas tamb m como orma de chamar a aten ão dos mass media colocando as suas causas na a enda sta comunica ão e lora a articula ão entre mass media e social media explorando os movimentos c vicos contra a austeridade era ão Rasca (mar o de ) e ue se li e a Troi a (setembro de ) como casos de estudo enquadraMento teórIco enquadramento teórico desta comunica ão articula contributos da teoria dos media da teoria or anizacional e da sociolo ia ara e lorar a articula ão de mass media e social media na cria ão di usão cobertura mediática e im acto social de movimentos c vicos estudando em articular as mani esta es ortu uesas contra a austeridade era ão Rasca (mar o de ) e ue se li e a Troi a (setembro de ) stes movimentos são abordados como casos de estudo e lorados a artir de um enquadramento teórico que con u a no mbito da teoria dos media os conceitos de remedia ão de Bolter e rusin ( ) e de auto-comunica ão de massas de Castells ( ) no mbito da teoria or anizacional contributos de vários autores que advo am uma mudan a aradi mática de modelos assim tricos ara modelos sim tricos na comunica ão or anizacional em articular nas relaes blicas (e Kunsh ; Cornelissen ; Brea enrid e ) e ainda a aborda em socioló ica de Castells ( ) sobre o im acto social dos movimentos c vicos otenciados elos social media. Comunicação ibero-americana: os desafios da Internacionalização - Livro de Atas do II Congresso Mundial de Comunicação ibero-americana

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Mass Media e social Media: dIferenças, seMelhanças e artIculação São vários os conceitos avan ados ara descrever as tecnolo ias de comunica ão di itais que atualmente inte ram as nossas ráticas quotidianas como or e em lo eb novos media e social media Cada um destes conceitos en atiza di erentes carater sticas e está associado a um conte to tem oral eo ráfico e cultural concreto bem como a tecnolo ias es ec ficas Contudo os elementos comuns entre todos são a transi ão do analó ico ara o di ital e a altera ão de uma ló ica de emissão massificada ara uma ló ica de diálo o ersonalizado A desi na ão social media en atiza a romo ão da sociabilidade como a rinci al carater stica dos meios de comunica ão a que se a lica Na sua ace ão mais restrita entendida como sinónimo de redes sociais a lica es cu a finalidade romover a comunica ão a sociabilidade e o net or ing (estabelecimento de li aes e rela es cria ão de redes) atrav s da acilita ão da cria ão manuten ão e eventual intensifica ão das rela es inter essoais e sociais Num sentido mais lato al uns autores descrevem tamb m como social media a lica es cu os conte dos são roduzidos elos ró rios utilizadores (e blo ues i is YouTube social boo mar ing) salientando o contraste entre a estrutura horizontal e colaborativa deste ti o de meios de comunica ão e os meios de comunica ão de massas tamb m chamados media tradicionais ou velhos media (old media) (e im rensa rádio televisão) cu os conte dos são maioritariamente determinados elos rodutores e transmitidos ao mesmo tem o ara uma audi ncia relativamente assiva ostman ( ) define social media ocando tanto a sociabilidade como a cria ão e di usão de conte dos hat is social media It is the involvement o the end user in the creation o online content and the ease and variety o ays in hich that user can create content comment on it add to it and share it and create relationshi s ith others ho are doin the same ( ostman )

Ka lan e aenlein ( ) su erem outra defini ão que entende a eb como a in ra-estrutura tecnoló ica que su orta e ossibilita a e ist ncia de a licaes colaborativas que romovem a sociabilidade e a artilha de conte dos Social media is a rou o Internet-based a lications that build on the ideolo ical and technolo ical oundations o eb and that allo the creation and e chan e o ser- enerated content (Ka lan & aenlein )

A roli era ão e crescente utiliza ão dos social media descrita or Li e Berno ( ) atrav s do conceito de grounds ell (avolumar e andir intensificar) que se re ere crescente utiliza ão de erramentas di itais de comunica ão peer-to-peer por arte dos utilizadores ara obterem o que necessitam a artir de outros utilizadores colaborativamente ste ortanto um enómeno social eneralizado com im acto em todas as dimens es da sociedade e que consiste na e ansão intensifica ão ou avolumar da comunica ão entre essoas e entre essoas e or aniza es ara um lano virtual no qual os utilizadores são mais activos e artici ativos Comunicação ibero-americana: os desafios da Internacionalização - Livro de Atas do II Congresso Mundial de Comunicação ibero-americana

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Levinson ( ) critica a desi na ão social media ar umentando que esta nada acrescenta sobre a natureza deste novo ti o de meio de comunica ão uma vez que todos os meios de comunica ão são or natureza sociais e romovem em maior ou menor rau a sociabilidade Contudo a sua re er ncia ela desi na ão de novos media tamb m alvo de cr ticas ao ro or que e istem atualmente meios de comunica ão tão recentes e de natureza tão distinta das rimeiras tecnolo ias di iais (o autor cita como e em lo o email e o itter) que descreve como novos novos media terminolo ia tamb m ouco rática e si nificativa anovich ( ) Livin stone ( ) e Fle ( ) concordam que o ormato di ital que distin ue os social media dos mass media Contudo os autores re erem tamb m a articula ão e conver ncia de ambos os ti os de meios de comunica ão re erindo a resen a online de ornais e de canais de televisão or e em lo s autores concordam que as carater sticas dos meios de comunica ão di itais rovocam altera es tanto no ormato como nos conte dos dos meios de comunica ão de massas que com eles se articulam Tamb m o conceito de remedia ão de Bolter e rusin ( ) re or a este ar umento Contudo Livin stone ( ) su ere que o estudo dos social media se deve ocar mais na sua utiliza ão e no seu im acto social do que nas suas carater sticas tecnoló icas any a arently novel traits o ne media have been described includin hy erreality virtuality anonymity interactivity and so on o ever e believe that ne media can be characterized more use ully in term o first the articular ays that they are both the instrument and the roduct o social sha in and second their articular social consequences ne media technolo ies both sha e and are sha ed by their social economic and cultural conte ts (Livin stone - )

ara Jen ins ( ) a conver ncia de meios de comunica ão tamb m vai al m da dimensão tecnoló ica sendo ortanto uma conver ncia cultural cu o motor são os utilizadores e não as caracter sticas tecnoló icas By conver ence I mean the o o content across multi le media lat orms the coo eration bet een multi le media industries and the mi ratory behavior o media audiences ho ould o almost any here in search o the inds o entertainment e eriences they anted Conver ence is a ord that mana es to describe technolo ical industrial cultural and social chan es I ill ar ue here a ainst the idea that conver ence should be understood rimarily as a technolo ical rocess brin in to ether multi le media unctions ithin the same devices Instead conver ence re resents a cultural shi t as consumers are encoura ed to see out ne in ormation and ma e connections amon dis ersed media content (Jen ins - )

Altera es no a el dos rece tores dos meios de comunica ão ou das audi ncias consumidores são identificadas or To er ( ) na d cada de do s culo assado autor ro s o conceito de rosumidor (prosumer) combinando os vocábulos rodutor e consumidor recisamente ara aludir ao ato de os consumidores dos meios de comunica ão assarem com as tecnolo ias di itais a serem tamb m ca azes de roduzir e di undir conte dos ste termo tem sido adotado or autores Comunicação ibero-americana: os desafios da Internacionalização - Livro de Atas do II Congresso Mundial de Comunicação ibero-americana

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como Castells ( ) e Ta scott ( ) m alternativa Bruns ( ) su ere rodutilizador (produser) users o ne s ebsites ho en a e ith such sites interchan eably in consum tive and roductive modes (and o ten in both at virtually the same time) (Bruns ) as mais im ortante do que distin uir mass media e social media com reender como estes meios de comunica ão de natureza distinta coe istem e se articulam Cardoso ( ) demonstra na sua a lica ão do conceito de sociedade em rede de Castells ( ) ao estudo dos media no conte to ortu u s que os utilizadores tendem a articular di erentes meios de comunica ão mass media e social media em vez de o tarem or uns em detrimento de outros autor e lica que a di italiza ão torna a comunica ão sint tica tanto na sua dimensão tecnolóica (reduz di erentes ti os de sinais ao códi o binário) como no conte do (há uma tend ncia ara redu ão e sim lifica ão das mensa ens em ormato di ital e S S I microblogging) Se uidamente observa que os utilizadores articulam os di erentes meios de comunica ão di itais e de massa em un ão dos seus ob ectivos necessidades e re er ncias Com base nestes dois ar umentos ro e que estamos erante a emer ncia de um novo modelo comunicacional que a elida de comunica ão sint tica em rede modelo comunicacional erado nas sociedades in ormacionais onde o modelo de or aniza ão social revalecente o da rede o da comunica ão sint tica em rede um modelo comunicacional que não substitui os anteriores modelos antes os articula roduzindo novas ormas de comunica ão (Cardoso )

Castells ( ) tamb m ro e que a articula ão entre mass media e social media conduz a um novo ti o de comunica ão a auto-comunica ão de massas autor observa que a internet ossibilita que dois ti os de comunica ão distintos a inter essoal e a de massas ocorram em simult neo e se misturem dando ori em a um novo ti o de comunica ão I call this historically ne orm o communication mass sel -communication. It is mass communication because it can otentially reach a lobal audience At the same time it is sel -communication because the roduction o the messa e is sel - enerated the definition o the otential receiver(s) is sel -directed and the retrieval o s ecific messa es or content rom the orld ide eb and electronic communication net or s is sel -selected The three orms o communication (inter ersonal mass communication and mass sel -communication) coe ist interact and com lement each other rather than substituin one another hat is historically novel ith considerable consequences or social or anization and cultural chan e is the articulation o all orms o communication into a com osite interactive di ital hy erte t that includes mi es and recombines in their diversit the hole ran e o cultural e ressions conveyed by human interaction (Castells itálico no ori inal )

sta comunica ão e lora recisamente a articula ão de mass media e social media no caso da or aniza ão e di usão de movimentos c vicos bem como na sua cobertura mediática e rescaldo Comunicação ibero-americana: os desafios da Internacionalização - Livro de Atas do II Congresso Mundial de Comunicação ibero-americana

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as relações públIcas 2.0: coMo os social Media estão a Mudar as relações públIcas

As redes sociais que inicialmente eram um es a o de sociabilidade no mbito de rela es essoais contam cada vez mais com a resen a de or aniza es e as intera es rofissionais e comerciais são cada vez mais requentes A ar de teorias socioló icas mais abran entes que relacionam as tecnolo ias di itais com mudan as sociais como a teoria da sociedade em rede de Castells ( ) vários autores no mbito das rela es blicas t m ar umentado que a crescente utiliza ão dos social media como erramenta de comunica ão or arte das em resas está associada a uma mudan a aradi mática na comunica ão or anizacional que assa da tradicional ló ica assim trica teorizada or runi e unt ( ) ara uma ló ica sim trica (Kunsch ; Solis & Brea enrid e ; Scott ; acnamara & er ass ) uas aborda ens di erentes ao im acto dos social media nas rela es blicas t m sido ro ostas or um lado os social media são considerados novas erramentas ao dis or dos rofissionais de R que elas suas carater sticas tecnoló icas concretas alteram as ráticas rofissionais; or outro lado os social media t m sido conce tualizados como uma carater stica conte tual da sociedade contem or nea associada a altera es ro undas na comunica ão or anizacional e nas ró rias or aniza es No mbito da rimeira ers ectiva a literatura sobre como comunicar atrav s de cada social media es ec fico abundante com destaque ara o aceboo (Levy ; CI R ) o itter (Israel ; ice ice & hitloc ) e o YouTube ( vans ; Scott ) Altera es nas ráticas do rofissional de R associadas s e i ncias dos social media são identificadas como or e em lo altera es na estrutura e no estilo dos comunicados de im rensa a obri atoriedade de dis onibilidade ermanente e ra idez na res osta e ainda com et ncias de edi ão e ublica ão di ital como undamentais (Bratton & vans ; ay ; Bro an ; alli an & Shah ; ilco & Cameron ) No mbito da se unda ers etiva as rinci ais consequ ncias associadas aos social media como elemento conte tual da sociedade contem or nea são a com leifica ão das or aniza es e do seu conte to ( avis ; Cornelissen ) e o esbatimento das ronteiras entre as or aniza es e o seu e terior ( iller ; Cheney Christensen orn & anesh ) avis ( ) sublinha que o aumento do volume e da velocidade de in orma ão em circula ão resulta num es or o muito maior or arte das or aniza es ara conse uirem chamar a aten ão dos seus blicos num conte to sobrecarre ado de est mulos em oderamento ossibilitado pelos social media que ermitem que os consumidores se tornem rosumidores (Castells ; Ta scott & illiams ) ou rodutilizadores (Bruns ) ca azes de auto-comunicar em massa os seus ró rios conte dos (Castells ) re resenta uma considerável erda de controlo das or aniza es sobre as mensa ens o que a ontado como o rinci al desafio colocado elos social media comunica ão or anizacional or diversos autores (e ostman ; ualman Comunicação ibero-americana: os desafios da Internacionalização - Livro de Atas do II Congresso Mundial de Comunicação ibero-americana

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; Scott ) a artir desta observa ão que vários autores advo am a transi ão de modelos comunicacionais assim tricos ara sim tricos na comunica ão or anizacional (e Kunsch ; Solis & Brea enrid e ; Scott ; acnamara & er ass ) mbora muitas or aniza es ainda recorram a ráticas comunicacionais assim tricas e não considerem o eedbac dos públicos a que se diri em esta atua ão não adequada s necessidades e i ncias e re er ncias desses blicos or e em lo os consumidores confiam mais nas recomenda es que lhes che am das suas rela es essoais do que nas mensa ens das or anizaes ( ualman ) s ornalistas tamb m consideram que a maior arte dos comunicados de im rensa que lhes che am são demasiado lon or irrelevantes e revelam muito ouca considera ão elas suas necessidades e re er ncias (Rossi & Azevedo ) Assim al uns autores ar umentam que as mudan as necessárias nas rela es blicas ara dar res osta s necessidades e i ncias e re er ncias dos seus blicos vão al m das rotinas rofissionais sendo necessária uma mudan a de mentalidade que asse a avorecer a comunica ão horizontal e artici ativa (Brea enrid e ; Thea er & a ley ) Contudo d ards e od es ( ) chamam a aten ão ara a er etua ão do controlo or arte das or aniza es que enquanto entram em diálo o com os seus blicos numa rela ão a arentemente mais horizontal recolhem in orma ão sem recedentes atrav s dos social media. Autores com uma ers etiva mais cr tica tamb m a ontam os social media como elementos que reconfi uram os equil brios de oder entre as or aniza es e os seus blicos mas que não condizem necessariamente a uma distribui ão equilibrada ou sim trica desse mesmo oder (Coombs & olladay ; utta Ban & al ) Cornelissen ( ) su ere que o esbatimento das ronteiras entre a or aniza ão e o seu e terior i ualado or uma a ro ima ão entre di erentes ti os de comunica ão or anizacional como o mar etin as rela es blicas e a comunica ão interna iller ( ) tamb m ar umenta que a estrat ia de comunica ão or anizacional deve ser re ensada e assente na inte ra ão e coer ncia entre todos os ti os e canais de comunica ão desafio de obter aten ão num ambiente sobrecarre ado de in orma ão e est mulos e i e coer ncia e consist ncia na comunica ão or anizacional que assa a ter de articular mass media e social media mas que retende uma ima em e re uta ão consolidadas Cheney et al ( ) ro e o conceito de comunica ão inte rada inte rated communication is the notion that or anizations in order to establish their resence and le itimacy in the mar et lace must communicate consistentl across di erent audiences and di erent media By coordinatin and ali nin all messa es rom the or anization (includin visions strate ies and identity themes) or anizations ursuin inte rated communication ho e to create a unified im ression o hat the or anization is and hat it stands or (Cheney et al )

Kunsch ( ) ro e a necessidade de desenvolver um novo mi de comunica ão que incor ore de orma inte rada novas ráticas e erramentas de comunicaão A autora destaca o a el das rela es blicas na comunica ão or anizacional Comunicação ibero-americana: os desafios da Internacionalização - Livro de Atas do II Congresso Mundial de Comunicação ibero-americana

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ar umentando que esta deve ser estrate icamente inte rada e interactiva mas centrada nas rela es blicas ara romover bene cios m tuos ara a or aniza ão os seus di erentes blicos e a sociedade em eral Brea enrid e ( ) ro e o conceito de R que embora a arentemente se oque nas carater sticas tecnolóicas dos social media a resentado como uma mudan a aradi mática na mentalidade do rofissional de comunica ão e rela es blicas que vai al m das rotinas sta mudan a assenta recisamente na transi ão de uma ló ica comunicacional assim trica ara uma mais sim trica que assa da divul a ão ara a conversa stas conce tualiza es teóricas são im ortantes na medida em que enquadram a análise da articula ão entre mass media que se uem uma ló ica de comunica ão assim trica e social media com uma estrutura comunicacional mais sim trica Tamb m o conceito de rela es blicas ertinente ara enquadrar a atividade dos ativistas sociais que usam os social media ara divul ar as suas causas ara obter notoriedade e ara mobilizar tentando a endar as suas causas atrav s da cobertura dos mass media. os MovIMentos cívIcos coMo locus da artIculação entre Mass Media e social Media

No in cio do s culo o conceito de movimentos sociais considerava somente a or aniza ão e a a ão dos trabalhadores reunidos em sindicatos Com a ro ressiva delimita ão desse cam o de estudo elas Ci ncias Sociais rinci almente a artir da d cada de as defini es embora ainda ermanecessem im recisas ( oss e rud ncio ) assumiram um carácter teórico rinci almente na obra de Alain Touraine ( ) onde os movimentos sociais seriam o ró rio ob eto da Sociolo ia A esar do desenvolvimento que o conceito teve nos ltimos anos não há consenso ainda ho e entre os esquisadores sobre seu si nificado ( oss e rud ncio ) Alberto elucci ( ) considera os movimentos sociais reducionistas e em re a re erencialmente a es coletivas Sobre as teorias dos movimentos sociais aria da lória ohn ( ) define a concetualiza ão que caracteriza os movimentos sociais como a es socio ol ticas constru das or atores coletivos de di erentes classes sociais numa con untura es ec fica de rela es de or a na sociedade civil ara ohn as a es desenvolvem um rocesso de cria ão de identidades em es aos coletivos não institucionalizados erando trans orma es na sociedade iante de uma nova era ão de con itos sociais e culturais caraterizados ela luta sobre as finalidades da rodu ão cultural educacional de sa de do meio ambiente e de in orma ão de massa Touraine ( ) define o chamar ao su eito como uma resist ncia a uma orma de domina ão social contra a qual se invocam valores orienta es erais da sociedade Nesse sentido os movimentos sociais contem or neos não estão ao servi o de nenhum modelo de sociedade er eita mas lutam ela democratiza ão das rela es sociais ( oss & rud ncio ) Na atual sociedade a resist ncia ao oder verifica-se na de esa do su eito As novas contesta es não visam criar um novo ti o de sociedade mas mudar a vida de ender os direitos do homem assim como o direito vida ara

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os que estão amea ados ela ome e elo e term nio e tamb m o direito livre e ressão ou livre escolha de um estilo e de uma história de vida essoais (Touraine )

Nesse sentido Ilse Scherer- arren ( ) demonstra analisar a a ão coletiva na ers etiva das redes sociais as quais entre outras coisas desem enham um a el estrat ico de demónio de coletivos e são as ormas mais e ressivas das articula es ol ticas contem or neas como os óruns sociais mundiais ou as randes marchas anti lobaliza ão anticrise e ela az Ainda necessário a resentar as cate orias coletivos em rede e redes de movimentos ( oss & rud ncio ) Se undo oss e rud ncio ( ) a rimeira re ere-se a cone es em rimeira inst ncia comunicacional de vários atores ou or aniza es atrav s da Internet rinci almente ara di undir in orma es rocurar a oio ou estabelecer estrat ias de a ão con unta sses coletivos são visualizados na esquisa atrav s dos sites que os atores sociais dis em na internet A se unda são redes sociais com le as que e tra olam as or aniza es e que conectam simbolicamente su eitos sociais e atores coletivos Assim os coletivos em rede são ormas instrumentalizadas das redes de movimentos e embora não definam or si mesmas um movimento social são artes constitutivas dos movimentos sociais na sociedade da in orma ão (Castells ) ssa di erencia ão necessária na medida em que am lia a defini ão de movimentos sociais de Touraine ela qual uma a ão coletiva de ti o societal entendida como ortadora de uma identidade de um adversário e de um ro eto As redes articulam atores e movimentos sociais e culturais Na sociedade da in orma ão as redes teriam a ca acidade de di usão das in orma es de orma mais am la e rá ida conectando as iniciativas locais com as lobais e vice-versa ode-se acrescentar que as redes conectam o que Touraine di erenciou como movimentos culturais e históricos (Scherer- arren ) A atual sociedade da in orma ão oi assaltada or uma crise económica A rimeira crise financeira internacional do s culo I sur iu em Setembro de des oletada ela al ncia do banco Lehman rothers Na uro a as altera es tiveram im acto na desi nada crise da d vida blica que come ou a desenhar-se em edido de a uda e terna solicitado ela r cia ( aio de ) ela Irlanda (Novembro de ) e or ortu al (Abril de ) sem a ca acidade de cum rir os com romissos financeiros consolida a Crise da ona uro sta crise que acom anhado ela ressão das a ncias americanas de rating (Mood s tandard oor s e itch) que bai aram sucessivamente os n veis de credita ão dos stados e das em resas destes a ses tamb m da B l ica s anha Itália e Fran a com base na es ecula ão sobre oss veis incum rimentos leva im lementa ão de medidas de austeridade A im lementa ão destas medidas coordenadas or re resentantes do Banco undial F I e Banco Central uro eu vem desencadear em todos os a ses sobretudo nos mais vulneráveis ( r cia Irlanda e ortu al) contra es s bitas do IB (su eriores a ) aumento e onencial do desem re o (acima Comunicação ibero-americana: os desafios da Internacionalização - Livro de Atas do II Congresso Mundial de Comunicação ibero-americana

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dos ) des edimentos em massa no setor blico e no rivado rebai amento dos salários e bene cios sociais aumento dos im ostos diretos e indiretos com consequ ncias na economia sta crise económica di erente das anteriores or estarmos no ambiente lobalizado utilizando as redes tecnoló icas ara azer uma cone ão muito mais estreita do que em crises anteriores (Castells ) s modelos de austeridade criaram uma raiva (Castells ) coletiva que se trans ormou em indi na ão aquilo que ficou conhecido como ovimento dos Indi nados que oi desi nado como ovimento dos Indi nados´ em s anha um movimento muito altru sta não violento ativista que se ue uma filosofia de não-viol ncia que tenta reconstruir as institui es da sociedade ela un ão das essoas tanto em redes sociais na internet como nas ra as do a s isto ocorreu durante quase dois meses e trans ormou or com leto a consci ncia social da aisa em ol tica em s anha Cerca de das essoas em s anha a oiam este movimento (Castells )

anuel Castells ( ) acredita que desde que temos a internet as essoas estão em debate constante odem ir mais al m em rede com in orma es constantes ideias ro ostas e estar no es a o blico tilizar as novas tecnolo ias ara enviar mensa ens (S S aceboo t ittar ) ara ami os que tamb m enviam mensa ens elo itter e ois a adesão dos Sindicatos ro orciona o am liar de um movimento (Castells ) ela rimeira vez temos erramentas que nos a udam a construir alternativas Ferramentas desi nadas como redes sociais (Cardoso )A questão undamental que este novo es a o blico o es a o entre a rede entre o es a o di ital e o es a o urbano ser um es a o de comunica ão autónoma (Castells ) temos erramentas que nos ermitem rea ir em termos dos movimentos lobais esde há muito que alamos das redes financeiras lobais das redes comerciais das redes de in orma ão e a ora temos connosco as redes sociais temos erramentas muito e veis e ada táveis no quadro da internet e da sociabilidade Nos a ses em que se sente a crise de maneira mais acentuada rovavelmente usa-se estas erramentas de orma a e ressar-se or anizar rotestos tentar mudar al o (Cardoso )

A cobertura mediática dos meios tradicionais de a es como o ovimento dos Indi nados im ulsiona o conhecimento de um maior n mero de recetores e ara a obten ão de a oio ou re ei ão dos movimentos Jornalistas são chamados aos movimentos como rofissionais e militantes or meio dos social media Castells ( ) acredita que o conhecimento ui se os media cum rirem o seu a el s recetores tendem então a rocurar canais alternativos de comunica ão usando a arelhos de comunica ão inter essoal num rocesso de comunica ão de massas tendo em vista o estabelecimento de uma alternativa di usão da comunica ão das esta es de televisão e rádio (Cardoso ) As essoas v em televisão e l em ornais mas ao mesmo tem o comunicam entre si e er untam o que dito se ou não verdadeiro cruzando com in orma es que conse uem obter na internet atrav s de ornais nacionais ou estran eiros e canais de televisão or sat lite ( co ; Cardoso ) desenvolvimento tecnoló ico e a a ro ria ão dos media Comunicação ibero-americana: os desafios da Internacionalização - Livro de Atas do II Congresso Mundial de Comunicação ibero-americana

A articula ão de mass media e social media e

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obrigam a existir ao mesmo tem o a comunica ão de massas as redes sociais e os media que combinam os dois A carater stica rimordial que er assa toda a es era de comunica ão a da li a ão em rede (Cardoso ) novo modelo de comunica ão em rede um sistema de media onde a interatividade orma o seu modelo or anizacional odelo centrado na bai a interatividade onde a televisão ator determinante e outro onde o centro a internet com alta interatividade A ca acidade de auto-comunicarmos em massa (Castells ) e assarmos de uma comunica ão de massas ara um comunica ão em rede (Cardoso ) az dos movimentos sociais um e em lo da articula ão entre mass media e social media ara mais as artilhas de in orma ão são necessidades humanas antes mesmo da cria ão de movimentos sociais uman create meanin by interaction ith their natural and social environment by net or in Their neural net or s ith the net or s o nature and ith social net or s Communication is the rocess o sharin meanin throu h the e chan e o in ormation For society at lar e the ey source o the social roduction o meanin is the rocess o socialized communication Socialized communication e ists in the ublic realm beyond inter ersonal communication The on oin trans ormation o communication technolo y in the di ital a e e tends the reach o communication medium to all the social li e domains in the net or the same team That the lobal and local eneric and customized in an everchan in attern (Castells )

ovimentos sociais ao lon o da história são rodutores de novos valores e ob etivos em torno do qual as institui es da sociedade são trans ormadas ara re resentar esses valores atrav s da cria ão de novas normas ara a or aniza ão da vida social (Castells ) s meios de comunica ão em rede são re onderantes ara o alcance dos ob etivos dos movimentos sociais InvestIgação eMpírIca méTodos sta comunica ão a resenta resultados de um trabalho em rico que visou explorar a forma como mass media e social media foram articulados quer pelos cidadãos quer elos rofissionais da comunica ão no mbito das recentes mani estaes c vicas contra a austeridade em ortu al de maior e ressão os movimentos era ão Rasca (que culminou com uma mani esta ão em mar o de ) e ue se li e a Troi a (que culminou com uma mani esta ão em Setembro de ) Tendo em conta o enquadramento teórico que a resentámos como relevante ara a com reensão da or aniza ão e ressão e im acto social destes movimentos c vicos que assenta numa articula ão com conceito de auto-comunica ão de massas de Castells ( ) com o ar umento da comunica ão or anizacional de que estamos a viver uma ase de transi ão de modelos comunicacionais assim tricos ara modelos sim tricos (e Kunsh ; Cornelissen ; avis ; Brean enrid e Comunicação ibero-americana: os desafios da Internacionalização - Livro de Atas do II Congresso Mundial de Comunicação ibero-americana

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) o támos or uma aborda em em rica de natureza qualitativa e inter retativista ( a ell ) támos or a licar dois m todos di erentes a) a descri ão etno ráfica dos rinci ais acontecimentos associados a cada um dos movimentos a oiada na análise documental de not cias dos mass media e de conte dos dos social media bem como na viv ncia e e eri ncia dos ró rios movimentos enquanto cidadãos or arte dos investi adores; e b) entrevistas em ro undidade a a entes relevantes nomeadamente cidadãos envolvidos na or aniza ão e divul a ão dos movimentos e ornalistas envolvidos na cobertura dos movimentos (Ber ) resultados descrição dos movimenTos sociais em esTudo sta se ão descreve os dois movimentos sociais em estudo o era ão Rasca ue se li e a Troi a articulando a análise documental de duas ontes distintas a) not cias dos mass media em circula ão nas semanas anterior e se uinte s maniesta es que marcaram o culminar de ambos os movimentos; e b) conte dos dos social media sobre os movimentos (e site á ina de aceboo oficial posts e t eets) com a observa ão artici ante em ambos os movimentos or arte dos autores Relativamente ao movimento era ão Rasca as rinci ais ontes documentais consideradas oram o mani esto inicial do movimento1 o site oficial do movimento2 e a á ina de aceboo oficial do movimento3. movimento era ão Rasca antes de tomar as ruas iniciou as suas maniesta es nas redes sociais movimento ode ser fi ado mediaticamente (Cardoso ) em torno do concerto do ru o eolinda que e ecutou a m sica chamada ue arva que u Sou que conta a história de uma era ão de essoas ovens com randes e etativas mas sem os meios reais ara as concretizar As redes sociais ossibilitaram a dissemina ão da m sica e se uida os ovens João aula e Ale andre criaram no aceboo o rimeiro ato rotesto da era ão Rasca e

Tinha que ser rá ido ara a anhar a onda dos eolinda ercebeu-se que as essoas estavam com ome de al o que lhes desse voz e lica Ale andre as tinha que haver o tem o suficiente ara a ideia crescer não odia ser no fim-de-semana do Carnaval Ficou de ar o ortanto ara a Avenida da Liberdade em Lisboa e ara a ra a da Batalha no orto (Cunha )

As mani esta es da era ão Rasca que se aconteceram em várias cidades ortu uesas no dia de ar o de oram descritas no Faceboo e divul adas ela televisão com am la cobertura ornal stica stes rotestos come aram or um

1

ani esto inicial do movimento era ão Rasca htt eracaoenrascada ord ress com mani esto Site oficial do movimento era ão Rasca ou htt movimento m or á ina oficial de aceboo do movimento era ão Rasca htt s aceboo com movimento m re ts ( li es)

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movimento que afirma ser a artidário laico e ac fico movimento tinha como ob ectivo ressionar o overno a lutar contra o desem re o melhorar as condi es de trabalho e asse urar a valoriza ão lobal das qualifica es acad micas (Cardoso; Jacobetty ) A memória das subleva es no Norte de rica e no dio riente que tinha mostrado como que as redes sobre ostas mudavam a inter-rela ão entre os media noticiosos tradicionais e os novos media sociais ainda estava resca (Cardoso & Jacobetty ) s ornais e as televis es acom anham o enómeno m menos de tr s semanas milhares fizeram saber que retendem aderir ao rotesto da era ão Rasca stas essoas são os indiv duos em rede (Cardoso ) ine o movimento era ão Rasca levou mil mani estantes Avenida da Liberdade (Cavaleiro et al ) m Lisboa e no orto uma rande multidão ocu ou o centro das cidades ilhares de mani estantes elo a s trou eram cartazes como os seus ró rios slogans ma caracter stica que marcou o rotesto oi a rande diversidade social resente diversidade não a enas nos conte tos sociais e ol ticos dos mani estantes mas tamb m dos seus alvos muitos ol ticos estores blicos or um lado e ca italistas industriais e financeiros or outro (Cardoso & Jacobetty ) A de Abril de os or anizadores iniciais do rotesto undaram o ovimento de ar o A esse equeno ru o de ovens untaram-se outros ativistas com o dese o de criar um movimento com o ob etivo de Fazer de cada cidadão um ol tico rometendo ser uma voz ativa na romo ão e de esa da democracia em todas as áreas da nossa vida (Jornal de Not cias ) uanto ao movimento ue se li e a Troi a as rinci ais ontes documentais consideradas oram o blo oficial do movimento e a á ina oficial de Faceboo do movimento . A convocatória ara o movimento ue se li e a Troi a sur iu elo aceboo e os meios de comunica ão social a resentaram o movimento ue se li e a Troi a vinculado ao convite ara o evento criado no aceboo . Já há quase mil nomes na fileira dos que se re aram ara se uir da ra a Fontana (em icoas) at ra a de s anha no sábado dia s h botão vou do aceboo conta or a ora com um total de mais do que ao final da tarde de quinta- eira cidades aderiram mani esta ão m valor muito su erior aos mil da á ina da convocatória da mani esta ão de de mar o que levou quase mil essoas ara as ruas (Le a )

A rela ão com o movimento era ão Rasca oi vis vel elos ornalistas A a ari ão nos meios de comunica ão social ez crescer o interesse na artici a ão do movimento s modelos de austeridade criaram uma raiva (Castells ) coletiva que oderia ser e osta num movimento ac fico ara se uir da ra a Fontana at ra a de s anha Na a lutina ão das essoas a decisão de ir at São Bento oi uma tentativa de a resenta ão da raiva mais de erto ao overno Lá estavam os Blo oficial do movimento ue se Li e a Troi a htt queseli eatroi a á ina oficial de aceboo do movimento ue se li e a Troi a htt s ueremos-as-nossas-Vidas ( li es)

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meios de comunica ão social com transmiss es em direto A viol ncia a resentada or muitos mani estantes e ela or a olicial encheu os ecrãs do mundo como um momento de raiva dos ortu ueses ara al m de Lisboa como alco rinci al a mani esta ão teve re ercussão em mais cidades do a s embora com n meros menos e ressivos A ar da adesão si nificativa e do trá e o nos social media esta mani esta ão oi coberta or diversos mass media internacionais estacamos a oto re resentada na Fi ura em que uma ovem mani estante abra a um ol cia Ca tada elo oto ornalista da A ncia Reuters João anuel Ribeiro a oto oi divul ada elos mass media como emblema de uma alternativa ac fica viol ncia atente na mani esta ão A a endamento deste conte do or parte dos mass media e a osterior cobertura do mesmo com entrevistas ovem Adriana avier no mbito de e as ornal sticas da SIC re etiu-se nos social media em que a oto oi abundantemente artilhada e comentada

Fi ura

Adriana avier abra a um ol cia durante a mani esta ão Troi a em Lisboa Fonte Reuters Jos anuel Ribeiro (

ue se li e a )

ato de a ró ria Adriana reconhecer em entrevista que ara al m dos sentimentos e emo es que a moveram abra ou o ol cia orque á tinha visto otos semelhantes re erentes a outros con itos e movimentos sociais (Viana e Ramos ) revela a in u ncia do a endamento ro osto elos mass media. Por outro lado o modo como a oto rafia oi a ro riada elos ró rios movimentos sociais e cidadãos que a artilharam e comentaram mostra a articula ão constante e din mica entre mass media e social media. resultados das entrevIstas As entrevistas contaram com res ondentes ornalistas envolvidos na cobertura mediática de elo menos um dos movimentos em estudo e cidadãos envolvidos na or aniza ão de elo menos um dos movimentos em estudo Al umas das entrevistas oram realizadas resencialmente mas a maioria oi a licada via email ou aceboo durante os meses de ezembro de e Janeiro de mbora tiv ssemos tentado obter um n mero maior de res ostas não nos oi oss vel recolher mais dados em tem o til Comunicação ibero-americana: os desafios da Internacionalização - Livro de Atas do II Congresso Mundial de Comunicação ibero-americana

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mbora inicialmente retend ssemos realizar entrevistas em ro undidade com um cariz mais qualitativo dificuldades de a enda or arte dos res ondentes obri aram-nos a recorrer ao email e ao aceboo como orma de recolha de dados tornando as entrevistas mais curtas e estruturadas o que nos levou a o tar elo seu tratamento em relhas de análise ma das quest es abordadas nas entrevistas oi o a el desem enhado elos social media nos movimentos c vicos estudados Tanto os or anizadores dos movimentos como os ornalistas concordaram de modo un nime que as redes sociais desem enharam um a el undamental s or anizadores dos movimentos destacam o papel dos social media na divul a ão dos movimentos e na mobiliza ão ara as mani esta es em que ambos culminaram rotesto da era ão Rasca oi ao mesmo tem o um rito de es eran a e indi na ão que aconteceu num momento decisivo da vida ol tica e social ortu uesa ( r anizador do ovimento ) Já os ornalistas en atizam o seu a el na discussão dos temas em causa Jornalista re ere que as redes sociais oram co- eradoras de uma consci ncia c vica que se ul ava erdida movimento nas redes sociais oi determinante ara a resen a das essoas nas ruas e ela cobertura mediática ro orcionada As redes sociais e no caso do rotesto da era ão Rasca em articular o Faceboo tiveram um a el muito im ortante como meio de comunica ão autónomo e onde a intera ão entre quem or aniza e quem convidado a artici ar oss vel sem intermediários as o sucesso do rotesto da era ão Rasca deveu-se tamb m orma como todos os meios de comunica ão social otenciaram o sucesso que estava a acontecer no Faceboo s ostos os li es e as confirma es de resen a são um indicador mensurável quantitativo as isso não re resenta nem a sociedade no seu todo nem o verdadeiro alcance que essa iniciativa mesmo que nas a nas redes sociais tem u se a não ermite a leitura qualitativa desse alcance nem as consequ ncias que rovoca ora da rede social No caso do rotesto da era ão Rasca arece evidente que oi o in cio de uma nova orma das essoas azerem ol tica oi o in cio de al o que ainda não sabemos bem o que oi as sabemos que há mais ente envolvida ol tica e civicamente a criar mais eventos nas redes e ora delas a contestar mais a alar e a ensar em ol ticas e nos problemas das pessoas de uma forma muito mais or nica e democrática ( r anizador do ovimento )

utra questão com arava a cobertura mediática dos mass media com os conte dos em circula ão nos social media As o ini es dividem-se a este ro ósito com os or anizadores dos movimentos a afirmar que as redes sociais são um es a o de livre e ressão dos cidadãos e a destacar o ato de estes media ermitirem que a voz dos cidadãos che ue mais lon e ( r anizador do ovimento ) e os ornalistas a consideraram que a cobertura mediática dos mass media é mais ri orosa e ob etiva or considerar todas as artes envolvidas na questão Contudo o Jornalista re ere a in u ncia dos crit rios de noticiabilidade inerentes s rotinas ornal sticas na cobertura dos acontecimentos reconhecendo os di erentes n ulos que os conte dos dos social media e a cobertura noticiosa dos mass media oferecem sobre os eventos

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s conte dos em circula ão nas redes sociais são naturalmente tendenciosos or serem artilhados maioritariamente or ade tos desses movimentos A comunica ão social ez uma cobertura e austiva como aliás só odia ser tendo em conta que estávamos erante movimenta es quase sem recedentes Só alhou na cobertura e cessiva que ez dos dist rbios Na sua nsia de azer not cias (relatando atos violentos) esqueceu muitas vezes a verdadeira not cia (o ro ósito das mani esta es) (Jornalista ) A vanta em das redes sociais ermitir comunicar sem o filtro dos meios de comunica ão social tradicionais o que tem as suas vanta ens mas tamb m ode ter desvanta ens s meios de comunica ão de massa a udaram a otenciar a artici a ão das essoas no rotesto e come aram a tratar o assunto da recariedade e da artici a ão c vica como at a não tinham tratado acto de ser uma nova orma de azer ol tica or nica não hierarquizada nem submetida a a endas artidárias a udou a que todos os randes ór ãos tivessem rande interesse em acom anhar o rotesto Na verdade e or mais arado al que isto ossa arecer de ois da mani esta ão houve uma es cie de silenciamento das ro ostas e das novas atividades que as várias essoas que em todo o a s tinham or anizado as várias mani esta es oram desenvolvendo ( r anizador do ovimento )

uando questionados sobre que meios de comunica ão atin em mais essoas os mass media ou os social media tanto os or anizadores dos movimentos como os ornalistas concordaram que os mass media entre os quais vários entrevistados destacam a televisão ainda são a rinci al onte de in orma ão ara a maioria das essoas Al uns entrevistados reconhecem que os social media odem ontualmente atin ir um n mero elevado de recetores como no caso destes movimentos c vicos mas consideram que a rinci al re er ncia quando as essoas se querem in ormar continuam a ser os meios de comunica ão de massas lorando o a el de cada um destes ti os de meios de comunica ão como in uenciadores da o inião blica tanto os or anizadores dos movimentos como os ornalistas dão rimazia aos mass media s social media são mais vistos como meio de e ressão de o inião do que como meio in luenciador de o ini es o onto de vista dos entrevistados as essoas recorrem mais aos social media ara comentar e artilhar quando á t m uma o inião ormada e continuam a recorrer aos mass media ara se in ormarem Jornalista afirma que As redes sociais ainda continuam a desem enhar um a el meramente com lementar Já o Jornalista destaca o ato de al uns mass media serem mais in uentes na o inião blica do que outros de endendo da credibilidade do ró rio meio de comunica ão e ou dos l deres de o inião envolvidos r anizador do ovimento diz que há blicos di erentes e com lementares ara os meios de comunica ão de massas e as redes sociais or fim quando questionados sobre a credibilidade atribu da a cada um destes meios de comunica ão tanto os ornalistas como os or anizadores dos movimentos concordaram de orma un nime que os mass media continuam a ser considerados mais cred veis do que os social media indicando inclusive que redes sociais não são meios de comunica ão social ( r anizador do ovimento ) Comunicação ibero-americana: os desafios da Internacionalização - Livro de Atas do II Congresso Mundial de Comunicação ibero-americana

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conclusão A estrutura da in orma ão ho e assenta numa ló ica essencialmente tecnoló ica A in orma ão a sua mat ria- rima São tecnolo ias ara a ir sobre a in orma ão não a enas in orma ão ara a ir sobre a tecnolo ia como oi o caso das revolu es tecnoló icas anteriores (Castells ) noticiar do mundo a comunica ão e a ac ão sur em no mbito do rocesso de ordena ão tecnoló ica A in orma ão tecnoló ica te tos sons desenhos oto rafias e v deos erados e distribu dos elos mais diversos instrumentos tecnoló icos está ho e em dia or todo o lado (Castells ; Ilharco ; Cardoso ) A in orma ão está vista e está tamb m mão utilizamo-la baseamo-nos nela instintiva e intuitivamente ara realizar as mais diversas tare as e actividades do nosso quotidiano que mais está mão o que nos mais amiliar e de uma orma trans arente modela as nossas ac es ho e em dia o com utador e as redes de comunica ão A articula ão dos novos com os anti os meios de comunica ão de mass media e social media resultam nas ontes de in orma ão da actual sociedade A sociedade contem or nea marcada ela conviv ncia articula ão e conver ncia de dois ti os de meios de comunica ão com caracter sticas e ló icas com letamente di erentes os mass media e os social media que conduzem a um novo ti o de comunica ão a auto-comunica ão de massas (Castells ) Tal constata ão ode ser observada em ortu al nas ac es de comunica ão dos movimentos sociais era ão Rasca e ue se li e a Troi a A articula ão de envio de in orma es or meio das redes sociais oi de e trema ur ncia ara as a es o ine relembrando as ráticas das rela es blicas que a ora utilizam modelos de comunica ão mais sim tricos de conversa ão e diálo o que estão a emer ir como consequ ncia da utiliza ão dos social media como canal e erramenta ara as rela es blicas (Kunsch ; Solis & Brea enrid e ; Scott ; acnamara & er ass ; amásio ias & Andrade ) A nossa comunica ão ar umenta que a articula ão de mass media e de social media or cidadãos e rofissionais bem como o seu a el na divul a ão mobilizaão e im acto social durante movimentos sociais assa or ráticas equi aradas s das rela es blicas se uindo os mais atuais modelos de comunica ão mais sim tricos de conversa ão e diálo o se a ara a aten ão dos recetores das redes sociais se a ara a in orma ão dos ornalistas e osteriores artilhas de in orma ão referêncIas bIblIográfIcas Ber B (

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