A BLOGOSFERA: Estudo de caso sobre o blog Dormiu!

July 14, 2017 | Autor: C. Parra Consentino | Categoria: Blogs, Social Capital, Social Media, Blogsphere
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CHRISTIANO PARRA CONSENTINO

A BLOGOSFERA Estudo de caso sobre o blog Dormiu!

Universidade de Marília Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social Marília-SP, 2012

CHRISTIANO PARRA CONSENTINO

A BLOGOSFERA Estudo de caso sobre o blog Dormiu!

Dissertação apresentada em cumprimento parcial às exigências do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, da UNIMAR – Universidade de Marília, para obtenção do grau de Mestre. Orientadora: Profª. Drª. Rosangela Marçolla.

Universidade de Marília Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social Marília-SP, 2012

FOLHA DE APROVAÇÃO A dissertação “A blogosfera: estudo de caso sobre o blog Dormiu”, elaborada por Christiano Parra Consentino, foi defendida no dia .......... de ........ de ........., tendo sido: ( ) Reprovada, rasgada e queimada em praça pública. ( ) Aprovada, mas deve incorporar nos exemplares definitivos modificações sugeridas pela banca examinadora, até 60 (sessenta) dias a contar da data da defesa. ( ) Aprovada. ( ) Aprovada com louvor, medalha e desfile cívico.

Banca Examinadora: __________________________________________

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Área de concentração: Mídia Linha de pesquisa: ________________________________________________ Projeto temático: _________________________________________________

Agradecimentos: Obrigado!

Lista de tabelas 1. Blogger.com vs WordPress.com. 2. Definições de capital social, selecionadas e classificadas de acordo com suas fontes, ação coletiva e seus resultados. 3. Quantidade de artigos por categoria. 4. As 3 páginas mais acessadas desde 31 de março de 2008. 5. Principais países que acessam o blog Dormiu.

Lista de figuras 1. Cabeçalho do blog Brainstorm #9. 2. Cabeçalho padrão de um blog e cabeçalho padrão de um artigo. 3. Página inicial do Blogger Brasil. 4. Página inicial do Blogger da Google. 5. Página inicial do CMS Wordpress. 6. Página de inserção de artigos no Wordpress. 7. Matriz para tipificação de blogs. 8. Blogroll do blog Sedentário & Hiperativo. 9. Página principal do site Social Mention. 10. Google Analytics. 11. Relatório da Technorati. 12. Leitor de feeds GreatNews. 13. Exclusão de perfil no Facebook. 14. Layout do blog Dormiu. 15. Layout do blog Dormiu. 16. Paleta de cores do blog Dormiu. 17. Tipografia do blog Dormiu. 18. Background do blog Dormiu. 19. Cabeçalho do blog Dormiu. 20. Casinhas de cachorro luxuosas. 21. Liu Bolin, o homem invisível. 22. Convite para o evento de lançamento da Nova Saveiro. 23. Kit enviado pela Pepsi e Diego com a nova lata. 24. A nova lata da Brahma. 25. Skol de 5 litros.

SUMÁRIO Introdução, 10

1 Blogs, 12 1 O que é um blog, 12 2 Estrutura dos blogs, 15 3 Breve história dos blogs, 17 4 Plataformas e serviços de blogs, 22 4.1 Blogger, 23 4.2 Wordpress, 27 5 Classificação dos blogs, 32

2 Blogosfera, 36 1 Otimização e métricas dos blogs, 37 1.1 SEO (Search Engine Optimization), 38 1.2 SMO (Social Media Optimization), 39 1.3 Blogroll, 39 1.4 PageRank, 40 1.5 Social Mention, 40 1.6 Google Analytics, 42 1.7 Technorati, 43 1.8 Feed, 43 2 Porque os blogueiros blogam, 45 3 Elementos das redes sociais na internet, 47 3.1 Atores, 47 3.2 Conexões (Interações, relações e laços), 49 3.3 O capital social, 57 3.3.1 Visibilidade, 60 3.3.2 Reputação, 60 3.3.3 Popularidade, 61 3.3.4 Autoridade, 63

3 “Dormiu”, 64 1 Layout, 65 2 Conteúdo, 71 2.1 * do blogueiro, 71 2.2 Blog da vez, 72 2.3 Diário de bordo, 73 2.4 Games, 73 2.5 Imagens, 73 2.6 Informes publicitários, 75 2.7 Links, 77 2.8 Promoções, 77 2.9 Textos, 79 2.10 Vídeos, 79 3 Comentários, 80 4 Métricas, 84 5 Divulgação, 86 6 Blogroll, 87 7 Publicidade, 88 8 Outros projetos, 92

Considerações finais, x Referências bibliográficas, x Anexo 1, x Glossário, x

Resumo

Autor: PARRA C., Christiano Título: A Blogosfera: estudo de caso sobre o blog Dormiu. Palavras Chave: mídias sociais, blog, blogosfera, capital social. Resumo: Embasado nas teorias que abordam as mídias sociais, especificamente a blogosfera, o objetivo do trabalho é procurar por padrões que possam justificar a popularidade e autoridade concedidas a um blog e por ventura ao autor do mesmo. O pesquisador emprega o estudo de caso, bem como entrevista com o autor do objeto estudado e análise do mesmo.

Resumen

Autor: PARRA C., Christiano Título: La blogosfera: un estudio de caso en el blog Dormiu. Palabras Claves: medios de comunicación social, blog, blogosfera, el capital social. Resumo: Embasado nas teorias que abordam as mídias sociais, especificamente a blogosfera, o objetivo do trabalho é procurar por padrões que possam justificar a popularidade e autoridade concedidas a um blog e por ventura ao autor do mesmo. O pesquisador emprega o estudo de caso, bem como entrevista com o autor do objeto estudado e análise do mesmo.

Abstract

Author: PARRA C., Christiano Title: The blogosphere: a case study on the blog Dormiu. Keywords: social media, blog, bloglosphere, social capital. Abstract: Embasado nas teorias que abordam as mídias sociais, especificamente a blogosfera, o objetivo do trabalho é procurar por padrões que possam justificar a popularidade e autoridade concedidas a um blog e por ventura ao autor do mesmo. O pesquisador emprega o estudo de caso, bem como entrevista com o autor do objeto estudado e análise do mesmo.

INTRODUÇÃO Ficamos maravilhados com as possibilidades que a internet e as mídias sociais nos proporcionam, desde a transgressão de barreiras físicas até a ascensão descomunal de algumas personalidades que fizeram fama e fortuna repentinamente. Mas como de fato as mídias sociais funcionam? É realmente algo novo? Estamos à mercê de uma revolução comunicacional onde todos garantirão seus 15 minutos de fama? Apresento um estudo de caso sobre o blog Dormiu, uma ferramenta de comunicação profissional criada por um adolescente, que ganhou grande visibilidade e que conferiu ao autor status e capital social suficiente para que o mesmo fosse considerado expert em blogs. Com a finalidade de expor o caso e assim investigar possíveis padrões que sirvam de parâmetros para uma ação de comunicação bem sucedida nas mídias sociais, o desenvolvimento desse trabalho tem como base a análise do objeto de estudo por meio de referências bibliográficas, categorização dos blogs, comparação com outros blogs similares e dados acerca do assunto, bem como o detalhamento do mesmo. O capítulo I apresenta as definições de blog, o detalhamento de sua estrutura e uma breve história de suas origens, onde são evidenciados personagens fundamentais, sem os quais os blogs não tornar-se-iam o que são hoje. Também

nesse

capítulo

encontram-se

informações

a

respeito

das

plataformas utilizadas para a criação dos blogs e a descrição detalhada das duas mais populares atualmente. As possíveis classificações dos blogs encerram o capítulo I. Preocupado com a mensuração da blogosfera, o capítulo II mostra as principais ferramentas e práticas para otimização e acompanhamento de dados a respeito dos blogs. É no capítulo II que surge a indagação: “por que os blogueiros blogam”? O que leva as pessoas a criar e compartilhar conteúdo pela web?

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Na tentativa de uma explanação plausível, é nesse capítulo que se encontra o referencial teórico que diz respeito aos elementos das redes sociais na internet, dividido em “atores”, “conexões” e “capital social”. O estudo de caso é retratado no capítulo III, onde o objeto estudado é cuidadosamente e imparcialmente detalhado, de forma a se levantar hipóteses que por ventura, venham a justificar padrões encontrados durante a análise.

Capítulo I – BLOGS O blog é uma página web atualizada frequentemente, composta por pequenos parágrafos apresentados de forma cronológica. É como uma página de notícias ou um jornal que segue uma linha de tempo com um fato após o outro. O conteúdo e tema dos blogs abrange uma infinidade de assuntos que vão desde diários, piadas, links, notícias, poesia, ideias, fotografias, enfim, tudo que a imaginação do autor permitir. Usar um blog é como mandar uma mensagem instantânea para toda a web: você escreve sempre que tiver vontade e todos que visitam seu blog tem acesso ao que você escreveu. Vários blogs são pessoais, exprimem ideias ou sentimentos do autor. Outros são resultados da colaboração de um grupo de pessoas que se reúnem para atualizar um mesmo blog. Alguns blogs são voltados para diversão, outros para trabalho e há até mesmo os que misturam tudo. Os blogs também são uma excelente forma de comunicação entre uma família, amigos, grupo de trabalho, ou até mesmo empresas. Ele permite que grupos se comuniquem de forma mais simples e organizada do que através do e-mail ou grupos de discussão, por exemplo.[...] [...] A melhor forma de entender o funcionamento de um blog é visitando um. Blogger. Página ―O que é‖. [acesso em 22 de fevereiro de 2012]. Disponível em http://blogger.globo.com/br/about.jsp.

1. O que é um Blog? Podemos considerar, hoje em dia, os blogs como sendo a mais democrática ferramenta de publicação de conteúdo na web, pois permite que qualquer pessoa publique o que bem entender. Os blogs são centrados no conteúdo e nos usuários, deixando aspectos técnicos como programação e design gráfico em segundo plano. Dessa forma, torna possível ao internauta que não domina as linguagens de programação da web publicar conteúdo próprio de forma rápida e sem intermediários (ORIHUELA in ORDUÑA, 2007, p. 2). Blog é a abreviação de weblog, o equivalente em português a diário da web, e originou-se de uma brincadeira feita por PeterMerholz, que utilizou a forma ―we blog”

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ao invés de weblog. O termo foi criado pelo norte-americano Jorn Barger, que se referia a seu jornal online RobotWisdom (http://www.robotwisdom.com)(MALINI, 2008). Weblog por sua vez, é um acrônimo originado das palavras web e log e se referia aos sites que disponibilizavam links para outros sites interessantes, o blog era senão um guia que continha links e breves comentários a respeito dos mesmos (MACHADO apud MALINI, 2008, p. 2). Um weblog (também chamado de blog ou “página de notícias” ou filtro) é uma página da web onde um weblogger (às vezes chamado de blogueiro ou pre-surfer) registra todas as outras páginas da web de seu interesse. Normalmente adiciona-se novas entradas no topo da página, dessa forma os visitantes que retornam podem ler a página rolando-a para baixo até chegarem aos links que já haviam visto em sua última visita (BARGER, 1999)1.

Também considerado erroneamente como uma página pessoal, onde seriam publicados somente relatos de fatos ocorridos com o autor dos posts. De acordo com Primo (2008a), a popularização dos blogs fez com que se buscassem pistas para a compreensão daquela modalidade de escrita e logo surgiu a comparação com diários pessoais, no entanto os blogs possuem características distintas, apresentando estilos e objetivos que não podem ser equiparados aos diários de cunho pessoal. Apesar de que, há também blogs que se baseiam nos sentimentos, percepções e reflexões do próprio autor. A principal distinção entre diários e blogs os opõem de maneira inconciliável. Diários pessoais se voltam para o intrapessoal, tem como destinatário o próprio autor. Blogs, por outro lado, visam o interpessoal, o grupal. (PRIMO, 2008a, p. 122)

Hoje temos diversas categorias de blogs, desde os pessoais, os especializados em um único tema, os coorporativos etc. Muitos deles são referências no meio onde atuam. Um exemplo é o blog Brainstorm #9 (http://www.brainstorm9.com.br), criado pelo publicitário Carlos Merigo, considerado uma das principais referências sobre o mundo da publicidade, no Brasil.

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Tradução nossa para: A weblog (sometimes called a blog or a newspage or a filter) is a webpage where a weblogger (sometimes called a blogger, or a pre-surfer) 'logs' all the other webpages she finds interesting. The format is normally to add the newest entry at the top of the page, so that repeat visitors can catch up by simply reading down the page until they reach a link they saw on their last visit (Barger, 1999).

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Desde 2002 no ar, o Brainstorm #9 é um veículo online brasileiro independente que fala sobre criatividade e inspiração, seja na publicidade, internet, negócios, social media ou comunicação digital em geral. Trazendo antecipadamente os grandes trabalhos inspiradores do mercado de entretenimento e digital nacional e internacional, além da discussão sobre processos criativos. Com conteúdo em texto, vídeo, áudio e social, o Brainstorm #9 tem especial olhar pelo inusitado, inovador e original. Em quase 9 anos de existência, foi criada uma grande comunidade participativa de early adopters, com uma relação de confiança e credibilidade entre estudantes, profissionais e amantes da criatividade. Justamente por isso, o Brainstorm #9 vem sendo eleito por diversas pesquisas e publicações como um dos blogs mais influentes do Brasil. (http://www.brainstorm9.com.br/sobre/, acesso em 01 de fevereiro de 2012).

Figura 1 – Cabeçalho do blog Brainstorm #9

http://www.brainstorm9.com.br/ (Acesso em 20 de fevereiro de 2012).

Os blogs considerados referências possuem uma quantidade alta de visitas diárias, o que os obrigam a publicar conteúdo novo diariamente, não raro, mais de uma vez por dia.

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2. Estrutura dos blogs Sua estrutura é simples e se repete em quase todos os blogs existentes, o que facilita em muito a navegação e a experiência do usuário, a atualização do material disponível fica a cargo do ―blogueiro‖, termo que denomina quem mantém ou escreve nos blogs. Há diversos tipos de blogueiros, desde o descompromissado, que publica fatos banais de seu cotidiano, até o profissional, que em certos casos chega a ser remunerado com quantias consideráveis por seu trabalho. Comumente um blog apresenta uma página principal, onde é listado os artigos ou posts, publicados verticalmente e em ordem cronológica invertida, ou seja, sempre o post mais recente no alto da página. Cada artigo possui sua própria URL, denominada neste caso de link permanente, ou permalink, estes são essenciais para conexões advindas de outros sites (ORIHUELA in ORDUÑA, 2007, p. 5). Na maioria dos casos, essa lista de posts da página principal apresenta o título do artigo, a data e hora de publicação, a categoria a qual pertence o artigo, uma foto relacionada com o tema e uma breve introdução ou ainda, apenas um trecho inicial do artigo ou resumo acompanhados de um link ―ver mais‖, ―continuar lendo‖, ou qualquer outro indicativo de que aquele link levará o leitor à página que contém o artigo por completo. Além da lista com os artigos, há também cabeçalhos e barras laterais inseridos na estrutura de um blog comum, no cabeçalho da página principal há a identificação do blog, endereços para contato e informações a respeito do tema abordado, já na barra lateral encontram-se informações sobre quem escreve no blog, além de links para outros sites, essa lista de links que apontam para outros blogs é conhecida como blogroll. ―A maior parte dos blogs traz uma seleção de conexões (blogroll) que reúne os sites lidos ou pelos menos recomendados pelo autor [...]‖. (ORIHUELA in ORDUÑA, 2007, p. 4). Outro recurso indispensável é o campo de pesquisa, localizado ou no cabeçalho da página principal ou na barra lateral, que permite ao leitor fazer buscas no conteúdo do blog utilizando palavras-chave. Ainda na barra lateral podemos encontrar outros recursos de indexação e organização dos artigos publicados, como

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nuvem de tags e lista de categorias, que permite agrupar posts de um mesmo tema, além de organizar e facilitar a pesquisa por um determinado assunto. Na página que exibe o post na íntegra, o cabeçalho principal e a barra lateral continuam estáticos e a lista dos posts publicados dá espaço ao conteúdo do artigo. No cabeçalho de um artigo (que não possui qualquer semelhança com o cabeçalho da página principal, ver fig. 2) são exibidas informações como título, normalmente uma frase chamativa e curta, que faça referência ao conteúdo do post, data e hora da publicação, categoria, número de pessoas que fizeram comentários, palavraschave referentes ao conteúdo, autor do artigo (este também pode aparecer ao final do post) e o corpo do artigo, onde além de textos, é comum a inserção de fotos, vídeos e links. Logo abaixo o conteúdo disponibilizado no post, o leitor encontra a área de comentários, onde pode interagir com o que foi citado no artigo. [...] os blogs popularizaram a possibilidade dos leitores de comentar e discutir entre si o material publicado. Não é incomum que o conteúdo dos comentários de alguns blogs seja tão relevante quanto os próprios posts. Os comentários também facilitam a criação de um vínculo entre os blogueiros (nome que se dá a quem mantém e escreve em blogs), os leitores-comentaristas do blog e entre os próprios leitores. Esse sentimento de comunidade em torno desse tipo de site ajuda a garantir o retorno dos visitantes. (ERCILLIA & GRAEFF, 2008, p. 36).

Figura 2 – Cabeçalho padrão de blog e cabeçalho padrão de artigo

Cabeçalho do blog

Cabeçalho de artigo

http://www.pinceladasdaweb.com.br/, acesso em 20 de fevereiro de 2012.

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Essa constante vigília por parte dos leitores obriga o blogueiro a cada vez mais se dedicar ao blog, aprimorando sua escrita, sendo cauteloso e criterioso quanto ao material a ser publicado.

3. Breve história dos Blogs Apesar da rede mundial de computadores ter nascido no início da década de 1960, o que conhecemos hoje como internet só foi viabilizado quase 30 anos depois, com a implementação do hipertexto2 e dos navegadores. E foi Tim Berners-Lee o grande responsável por esse acontecimento (ORIHUELA in ORDUÑAS, 2007, p.2; CASTELLS, 2003, p.18; ERCILLIA & GRAEFF, 2008, p.19), utilizando todo o conhecimento e pesquisas já desenvolvidas em torno da rede de computadores, Berners-Lee utilizou o conceito de hipertexto e criou os padrões HTML, MTML e URI, que mais tarde foi renomeado para URL. Com a colaboração de Robert Cailliau, um dos pesquisadores do CERN 3, criou em dezembro de 1990 um programa navegador/editor e batizou o sistema de hipertexto de

world wide web

(http://www.w3.org/History/1989/proposal.html),

também conhecido como www ou simplesmente web. Em agosto de 1991, o CERN lança na rede o software do navegador da www, o que acarretou no interesse de vários hackers por todo o planeta, que passaram a

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De acordo com o Dicionário Aurélio, hipertexto é o ―conjunto de blocos mais ou menos autônomos de texto, apresentado em meio eletrônico computadorizado e no qual há remissões associando entre si diversos elementos, de tal modo que o leitor pode passar diretamente entre eles, escolhendo seu próprio percurso de leitura, sem seguir sequência predeterminada.‖ No entanto esse conceito não é exclusividade dos meios eletrônicos, a leitura não-linear dos hipertextos também está presente em dicionários e na bíblia, por exemplo. ―Atualmente a palavra hipertexto tem sido em geral aceita para textos ramificados e responsivos, mas muito menos usada é a palavra correspondente "hipermídia", que significa ramificações complexas e gráficos, filmes e sons responsivos - assim como texto. Em lugar dela usase o estranho termo "multimídia interativa", quatro sílabas mais longa, e que não expressa a ideia de hipertexto estendido.‖Ted Nelson, Literary Machines 1992, criador dos termos ―hipertexto” e ―hipermídia”. 3 Acrônimo em francês para Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire (Conselho Europeu para Pesquisa Nuclear), onde Tim Berners-Lee atuava como consultor de engenharia de software quando criou a World Wide Web.

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tentar desenvolver seus próprios navegadores modificando o trabalho original de Berners-Lee, dessas versões modificadas surge o Mosaic (CASTELLS, 2003, p.18). Em 23 de janeiro de 1993, é lançado o primeiro release do Mosaic, sendo considerado

o

primeiro

navegador

com

interface

gráfica

da

história

(http://www.livinginternet.com/w/wi_mosaic.htm, acesso em 02 de fevereiro de 2012), posteriormente surgem os navegadores Netscape em 1994 e Internet Explorer, da Microsoft, em 1995, este último considerado hoje o navegador mais utilizado no mundo.4 Enquanto Netscape e Microsoft travavam a chamada ―Guerra dos browsers”5, a popularidade da internet aumentava e com isso o conteúdo disponível. Os meios tradicionais começavam a explorar os recursos da rede, surgem os jornais eletrônicos em 1994. A quantidade de conteúdo na Web crescia a uma velocidade impressionante. O desafio era encontrar a informação que se queria em meio as milhões de páginas publicadas. (ERCILLIA & GRAEFF, 2008, pag. 24).

Era quase impossível se achar algo nos primórdios da internet, a navegação era limitada aos sites que eram indicados por amigos ou periódicos. Para minimizar esse problema, foram criados sites que continham links para outros sites, acompanhados de uma breve descrição. Ainda em 1994, dois estudantes da Universidade de Stanford, nos EUA, diante do problema que era procurar conteúdo pela web, decidiram criar um site que prestava o serviço de adicionar links de outros sites para servir de guia a outros estudantes. Jerry Yang e David Filo criaram o Jerry’s Guide to the WorldWideWeb (Guia do Jerry para a World Wide Web), no início era uma página simples que trazia alguns links, mas como a lista não parava de aumentar, decidiram dividir o conteúdo em categorias e subcategorias, surge então o conceito de diretório para organização das informações disponíveis na web (ERCILLIA & GRAEFF, 2008, p. 24). Mais tarde, o serviço prestado por Yang e Filo 4

De acordo com o relatório emitido pela Net Market Share em janeiro de 2012. http://www.netmarketshare.com/browser-market-share.aspx?qprid=0&qpcustomd=0, acesso em 02 de fevereiro de 2012. 5 Por volta de 1995 até 1999, deu-se a chamada Guerra dos Browsers, onde duas empresas concorrentes, de um lado a Netscape com seu produto homônimo, doutro a Microsoft com o Internet Explorer, buscavam a liderança no mercado de navegadores web. (extraído do vídeo documentário)

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deu origem à empresa Yahoo!, sigla para Yet Another Hierarchical Officious Oracle (Mais um Oráculo Hierárquico Oficioso). (Yahoo! Media Relations. The History of Yahoo! – How It All Started, 2005. [acesso em 11 de março de 2012]. Disponível em http://docs.yahoo.com/info/misc/history.html). No entanto, antes do Jerry’s Guide to the World Wide Web, já havia sites pessoais que disponibilizavam listas de link. Em 1992, o próprio Tim Berners-Lee disponibilizava uma página contendo links e suas respectivas descrições no site intitulado por ele de What's new in '92 (http://www.w3.org/History/19921103hypertext/hypertext/WWW/News/9201.html), além de links Berners-Lee também postava informações a respeito de seu trabalho e de acontecimentos sobre a internet. De volta a 1994, Dave Winer, programador e fundador da UserLand Software (http://www.userland.com/) começa a se interessar por publicações na web enquanto ajudava a automatizar os processos de produção de um jornal on-line que disponibilizava informações sobre a greve nos jornais impressos de São Francisco6 (ROSENBERG, 2008, p.50), em 1996 Winer cria um jornal on-line7 com artigos em ordem cronológica, com a estrutura de um blog, onde disponibilizava informações a respeito do movimento ―24 Horas para a Democracia‖, um encontro virtual que apoiava o livre discurso na internet, sua empresa foi pioneira no desenvolvimento de aplicações para a publicação de blogs, a Radio UserLand ―foi a primeira plataforma de publicação em rede que criou uma grande comunidade‖ (VARELA in ORDUÑA, 2007, p. 60). Entusiastas do livre discurso na internet começaram a aparecer em 1997, considerado como o ano do surgimento dos blogs, foi nesse ano que 4 dos principais blogs da história nasceram, dentre eles o Scripting News, de Dave Winer, Cam Word, de Cameron Barret, professor de html e web design, Raster Web de Pete Prodoehl e Robot Wisdom, de Jorn Barger.

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No dia 1 de novembro de 1994 os funcionários dos jornais impressos San Francisco Chronicle e The San Francisco Examiner entraram em greve e esta permaneceu por 11 dias. 7 http://scripting.com/davenet/1996/02/12/24hoursofdemocracy.html

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Jorn Barger é um ativista social e político norte-americano, e como já dito, o criador do termo weblog. Muitas referências na web apontam para seu site como sendo o primeiro blog da história (Idem., 2007, p. 60), no entanto o próprio Bargers em seu blog cita outro site como sendo o pioneiro dos blogs. ―Qual foi o primeiro weblog? ‗O que há de novo‘, da Mosaic, escrito por MarcAndreesen, eu acho.‖8 — Jorn Barger. (http://www.robotwisdom.com/weblogs/index.html, acesso em 05 de fevereiro de 2012). A página pessoal de Tim Bernes-Lee também é citada como sendo o primeiro blog, como pode ser observado na própria página de Berners-Lee, preservada em http://www.w3.org/History/19921103-hypertext/hypertext/WWW/News/9201.html. (ORIHUELA in ORDUÑA, 2007, p. 2; AMARAL, RECUERO & MONTARDO, 2009, p. 28). O jornal The Charlotte Observer (http://www.charlotteobserver.com/), em 1998 utilizou pela primeira vez um blog para cobrir os estragos causados pelo furacão Bonnie. Em 1999 vários editores passam a utilizar os blogs como meio de publicarem seus artigos de forma individual, o que dá início à democratização da informação (VARELA in ORDUÑA, 2007, p. 60). Esse novo meio de publicação passa a se popularizar ainda mais com empresas que ofereciam serviços de publicação de blogs de forma automatizada, antes deles, era necessário conhecimento avançado em linguagens da web para a construção de um blog. O Blogger foi um dos pioneiros nesse ramo, oferecendo uma plataforma user friendly que permitia a qualquer pessoa sem conhecimentos de programação criar um blog de forma rápida (http://www.blogger.com). Nasce o we media, termo cunhado pelo escritor norte-americano Dan Gillmor (http://www.dangillmor.com) que se refere a indivíduos, dentro de uma comunidade com afinidades específicas, criando e publicando conteúdo na web sem a necessidade dos grandes meios. 8

Tradução nossa para ―What was the first weblog? Mosaic's What's New page was started by Marc Andreesen, I think.‖

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O we media é considerado uma das maiores ameaças para os meios tradicionais, pois não se trata de um individuo em seu púlpito, virtual ou físico, nem uma opinião individual. O we media cria organizações autogeridas e espontâneas que se alimentam da credibilidade de seus membros. A autoridade tradicionalmente reconhecida pelos meios se volta para o público. Aqueles que possuem maior conhecimento passam a informação a outros que vão aprendendo. O fundamento da autoridade é a confiança, o pacto implícito entre quem publica e sua audiência. Essa noção de pacto originário está presente em toda a teoria do jornalismo desde o seu início. Mas, para a maioria, os grandes meios de comunicação (MSM ou mainstream media, como são chamados na gíria norte-americana) perderam ou traíram esse pacto fundado com os cidadãos. O we media se explica por meio da convicção de que a colaboração entre os indivíduos pode produzir resultados novos e coerentes de estruturas complexas... (VARELA in ORDUÑA, 2007, p. 61).

Em 2000 o site Blogger lança outra novidade: cada post em sua própria página individual, isso permitiu criar links para outros artigos, o chamado permalink. Com isso cada post passa a ter seu próprio endereço físico, sua própria URL, isso também permitiu a inclusão de um sistema de comentários para cada artigo publicado. A importância e o potencial dos blogs só foram de fato expostos em 11 de setembro de 2001, nos atentados terroristas em Nova York e Washington. Pessoas recorriam aos blogs na tentativa de reaver parentes desaparecidos, imagens amadoras eram postadas antes que a televisão as divulgasse e muitos blogs contribuíram com informações importantes além da cobertura dos fatos ocorridos (VARELA in ORDUÑA, 2007, p. 63; ANTÚNEZ in ORDUÑA, 2007, p. 29; ERCILLIA & GRAEFF, 2008, p. 66). A ascensão dos blogs se deu de forma muito rápida, no ano de 1999 havia apenas 23 blogs, de acordo com a lista de Jesse James Garrett do blog The Page of Only Weblogs (http://www.jjg.net/retired/portal/tpoowl.html), hoje em dia são 1.293.306 blogs (embora esse número seja uma incógnita, como abordado no Capítulo II, tópico 1.1) cadastrados no serviço de indexação de blogs Technorati (http://technorati.com/blogs/directory, acesso em 08 de fevereiro de 2012).

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4. Plataformas e serviços de blogs Embora a World Wide Web tenha inaugurado no início dos anos 1990, e pela primeira vez na história dos meios de comunicação, um espaço para a publicação de informação em escala global sem editores, há uma série de obstáculos que se interpunham entre o usuário médio e a publicação de conteúdos on-line: a codificação das páginas através de editores de HTML, sua composição mediante os programas de design gráfico e sua publicação em servidores web com aplicações de transferência de arquivos (FTP). (ORIHUELA in ORDUÑA, 2007, p. 2).

Não bastasse criar conteúdo relevante, escrever razoavelmente bem, manterse atento às novas informações e atualizar constantemente seu blog, nos primórdios o blogueiro ainda deveria dominar os códigos de marcação de hipertexto (HTML9) e procedimentos como envio de arquivos por FTP10. De fato um trabalho bastante árduo, que limitava a blogsfera a apenas àqueles que dominavam os códigos. À medida que a publicação de conteúdo por indivíduos começou a se popularizar, empresas de tecnologia enxergaram uma nova oportunidade de negócio, serviços que dispensavam o conhecimento técnico e ofereciam ao usuário o que realmente interessava. A esse serviço deu-se o nome de CMS (Content Manager System, em português: Sistema de Gerenciamento de Conteúdo). O CMS permite que se incluam textos, imagens, vídeos, links, além de administrar os comentários feitos pelos leitores no blog e outros vários recursos, a partir daí não era mais necessário saber programação, o CMS disponibilizava toda a estrutura de um blog, ficando a cargo do blogueiro o trabalho de criar conteúdo e escolher um novo layout (ou continuar a utilizar o layout padrão) para seu blog. Um Content Manager System (sistema de gerenciamento de conteúdo), popularmente conhecido pela sigla CMS, é a ferramenta que permite ao usuário gerar de maneira dinâmica os elementos que fazem parte de um site, desde a criação de páginas, a redação, o design e os arquivos até a licença. 9

Hiper Text Markup Language – Linguagem de marcação de hipertexto, desenvolvido por Tim Berners-Lee. 10 File Transfer Protocol – Protocolo de transferência de arquivos, necessário para a cópia de um arquivo local para um servidor remoto, por exemplo enviar um arquivo de seu pc para um servidor conectado à internet.

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Antes de os CMS surgirem, havia apenas sistemas orientados a programadores em virtude da complexidade do uso e da instalação nos servidores e do alto custo de alguns. Essas soluções eram voltadas para sites profissionais, como portais, sites corporativos, jornalismo ou estabelecimentos comerciais on-line. (ANTÚNEZ in ORDUÑA, 2007, p. 22).

Depois do CMS qualquer pessoa poderia criar seu blog, ainda mais pelo fato da maioria das empresas oferecerem não só o CMS, mas também um plano de hospedagem, na maioria das vezes gratuito. A administração através de um painel de controle amigável mais a gratuidade dos serviços foi a grande responsável pela multiplicação rápida dos blogs, de algumas dezenas para milhões em poucos anos. O motor que permitia que os blogs fossem o protagonista de uma revolução, comparada ao furor do surgimento da imprensa no século XV, acelerava seu ritmo. Começaram a surgir iniciativas, dentro e fora do novo continente, que insistiam na receita dois em um, ou seja, na instalação de um domínio (alternativa voltada a usuários de nível avançado). Com isso, temos o início da nova era na internet. Não se tratava de exibicionismo, mas de comunicação. Sem intermediários, sem censura, gratuita, universal. (Idem., 2007, p. 23).

Não me aterei aqui à história dos CMS, apesar da importância dos mesmos para a popularização dos blogs, me limitarei a comentar os CMS mais utilizados no Brasil, a começar pelo Blogger, que além de popular mundialmente foi um dos pioneiros. 4.1 Blogger Desenvolvido para ser uma ferramenta de uso interno, o Blogger tornou-se um dos mais populares CMS da web, isso por que seus desenvolvedores se concentraram naquilo que realmente importava: facilidade de uso, recursos avançados e hospedagem gratuita. Foi em 1999 que a pequena empresa de software Pyra Labs, sediada em São Francisco, deu início ao que viria a ser o Blogger, que inicialmente deveria cumprir o propósito de gerenciar o blog da empresa, expondo através desse, informações pertinentes como os projetos da empresa, lista de contatos, entre outros. O Blogger compreendeu, melhor do que qualquer outro, a psicologia do indivíduo que vive na sociedade da informação. Não só por se estabelecer, como seus antecessores, como o serviço CMS com hospedagem gratuita, mas também por conhecer as afinidades e as

24

fobias do internauta, independentemente de sua experiência ou de seus hábitos de navegação. Isso era amistoso e satisfatório para eles. Assim que se chegasse ao Blogger.com, percebia-se que os blogs eram algo diferente, emocionante. (ANTÚNEZ in ORDUÑA, 2007, p. 26).

A simplicidade estava presente não só nas telas iniciais, mas desde o procedimento de cadastro, construção e gerenciamento dos blogs. Para se criar seu próprio blog bastava criar uma conta utilizando um nickname11, senha, título do blog, URL e e-mail. Além dos recursos tradicionais que o CMS oferecia, havia módulos avançados, onde o blogueiro pagava uma quantia para ter acesso a opções de gerenciamento e publicação que a versão gratuita não oferecia. A página inicial do Blogger apresentava slogans para motivar a criação de blogs por usuários inexperientes, também exibia uma lista dos últimos blogs atualizados e notícias sobre a blogsfera. Por conta da rápida adoção por parte dos internautas, o serviço passou por algumas dificuldades técnicas, uma delas foi a de não comportar o número de usuários, causando lentidão nos servidores e algumas vezes a interrupção momentânea do serviço, o que foi resolvido pela contribuição do Google em 2002 à Pyra Labs. O Blogger agora era oferecido pela Google como mais um aplicativo de seu extenso portfólio de soluções web12. Uma das mudanças mais significativas ocorridas com essa parceria, além da infraestrutura, foi a extinção do Blogger Pro, o Google disponibilizou (e continua a disponibilizar) a versão completa do Blogger de forma inteiramente gratuita, no entanto adicionou banners com publicidade em algumas partes da interface dos blogs. (ANTUNÉZ in ORDUÑA, 2007, p. 27). Existe uma versão brasileira do Blogger (http://blogger.globo.com/index.jsp) disponibilizada pelo portal Globo.com. As Organizações Globo firmaram parceria com a Pyra Labs também em 2002. O Blogger Brasil instituiu recursos de hospedagem de imagens muito antes do Blogger estadunidense e se tornou o grande responsável pela proliferação de blogs no país. Com a popularidade se expandindo rapidamente, o Blogger Brasil também passou por problemas de

11

O mesmo que apelido, ou nome de usuário. O CMS oferecido pelo Google é uma versão modificada do Blogger original da Pyra Labs, que nesse caso também é chamada de Blogspot. 12

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hospedagem, o que levou à decisão de encerrar a gratuidade do serviço em 2004, tornando o acesso restrito aos assinantes do portal Globo.com. Esse episódio causou certa aversão por parte da blogosfera ao serviço oferecido pelas Organizações Globo, que sem aviso prévio, decidiu banir vários blogs que funcionavam pelo sistema gratuito.13 Apesar do ocorrido o Blogger Brasil ainda está no ar e é oferecido aos assinantes do portal Globo.com. Na página ―O que é‖ do site do Blogger das Organizações Globo, o usuário encontra a seguinte descrição do serviço: O que é Blogger? O Blogger é uma ferramenta de Internet que ajuda você a publicar e atualizar seu blog a todo instante, de qualquer lugar do planeta, sem complicação ou programação [...]. O que o Blogger faz? O Blogger permite que você atualize seus blogs de um jeito fácil e simples, sem se preocupar com instalação de programas, códigos ou scripts. Ele dá total controle sobre o conteúdo e o visual de seus blogs e ainda permite que você faça tudo isso de qualquer lugar do planeta, através da Internet. Tecnicamente, ao invés de editar manualmente suas páginas web e fazer o upload delas para o local em que estão hospedadas, você utiliza o Blogger em seu navegador e, através de uma interface amigável, atualiza instantaneamente o conteúdo de seu blog. Como o Blogger funciona? É simples: você utiliza um formato pronto disponível da biblioteca de estilos ou fornece ao Blogger o formato básico de sua página ou site. Depois, é só inserir e publicar o conteúdo utilizando o Blogger e usando os botões de comando. Pronto, sua página está atualizada! Sempre que você quiser adicionar novidades, notícias ou qualquer outro conteúdo ao seu blog ou site, basta escrever no Blogger e publicar. Se você é um usuário avançado, poderá utilizar as funcionalidades do Blogger em seu site ao lado de scripts, includes, ferramentas Java e diversas outras possibilidades. É possível utilizá-lo até como um "include" em alguma área de seu site. E se você não entende nada disso, nem se preocupe em saber do que se trata: o Blogger é simples para quem quer simplicidade e extremamente poderoso para quem deseja ir mais fundo. 13

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/globocom-fecha-a-porta-a-blogueiros, acesso em 21 de fevereiro de 2012

26

Como eu começo a utilizar o Blogger? Fácil: basta clicar aqui14. E se você tiver dúvidas, problemas ou sugestões, utilize nosso sistema de ajuda. (http://blogger.globo.com/br/about.jsp, acesso em 21 de fevereiro de 2012).

Figura 3 – Página inicial do Blogger Brasil

http://blogger.globo.com/index.jsp

No entanto a Google continua a disponibilizar de forma gratuita a versão em português do Blogger. Figura 4 – Página inicial do Blogger da Google

http://www.blogger.com

14

O link em questão remete o internauta a uma página de login, onde apenas assinantes do portal Globo.com possuem acesso. http://blogger.globo.com/br/login_standard.jsp.

27

―Desde o lançamento do Blogger , em 1999, os blogs redesenharam a Web, dinamizaram a política, sacudiram a imprensa e deram voz a milhões de pessoas.‖ (http://www.blogger.com/tour_start.g, acesso em 22 de fevereiro de 2012). Em setembro de 2011, um infográfico intitulado ―How the world uses social network‖ criado pela Mashable15 baseado em dados de pesquisa realizada pela Nielsen16, apontava o Blogger como o principal CMS para construção de blogs no Brasil e considerando todas as mídias sociais, o Blogger deteve 54,73% de usuários dentre os mais de 76 milhões de internautas brasileiros, ficando atrás somente das redes sociais Orkut (com 64,69%) e Facebook (com 64,19%). (Mashable Social Media – http://mashable.com/, acesso em 22 de fevereiro de 2012). 4.2 WordPress O WordPress é uma plataforma semântica de vanguarda para publicação pessoal, com foco na estética, nos Padrões Web e na usabilidade. O WordPress é ao mesmo tempo um software livre e gratuito. Em outras palavras, o WordPress é o que você usa quando você quer trabalhar e não lutar com seu software de publicação de blogs. (WordPress – http://br.WordPress.org/, acesso em 22 de fevereiro de 2012).

Ainda de acordo com o infográfico da Mashable, o WordPress aparece em quinto lugar na lista, com 28,3% de usuários (em quarto lugar está o Twitter com 31,37%). No entanto o WordPress é considerado uma das melhores plataformas para criação de blogs entre os blogueiros mais experientes, ainda assim há diversos sites, blogs e fóruns que discutem fervorosamente qual CMS é melhor, apesar de que, com conhecimento em códigos de programação, o usuário consegue resultados semelhantes em ambas as plataformas. Em fóruns e blogs especializados em TI como iMasters17, Tecnoblog18, UOLHost19, entre outros, há um grande número de defensores do WordPress em 15

http://mashable.com/2011/09/23/world-social-networks-infographic/, acesso em 22 fevereiro de 2012. 16 http://www.nielsen.com/us/en.html, acesso em 22 de fevereiro de 2012. 17 http://forum.imasters.com.br/topic/440986-WordPress-vs-blogger-qual-a-melhor-opcao 18 http://forum.tecnoblog.net/topic/blogger-ou-WordPress 19 http://www.uolhost.com.br/blog/601/porque-usar-o-WordPress-como-plataforma-de-blog

de

28

relação ao Blogger, mas é necessário uma pequena explicação à respeito do assunto, assim como o Blogger, o WordPress é dividido em dois serviços distintos, um é o WordPress.com, que oferece além do CMS, a hospedagem gratuita, no entanto o domínio do blog fica vinculado ao nome WordPress.com, por exemplo: ―www.nomedoblog.WordPress.com‖, além disso possui algumas restrições de recursos. (http://www.wordpress.com, acesso em 22 de fevereiro de 2012). O outro é o WordPress.org, que não oferece a hospedagem, sendo de responsabilidade do blogueiro a contratação de um domínio e hospedagem próprios, gratuita ou não, mas em relação aos recursos oferece uma lista de milhares de complementos criados pela comunidade WordPress. (http://www.wordpress.org, acesso em 22 de fevereiro de 2012). E por falar em comunidade, o CMS WordPress é open source, o que significa que qualquer pessoa com conhecimento avançado em linguagens de programação pode modificar o código fonte original do WordPress, o que não é possível com o Blogger, já que esse é um produto de propriedade da Pyra Labs. Além disso, a comunidade WordPress disponibiliza temas e plug-ins de forma gratuita e paga, desde desenvolvedores solitários até grandes empresas investem na criação de complementos para essa plataforma , o que em termos de flexibilidade e recursos, deixa o WordPress bem a frente do Blogger.

Tabela 1 – Blogger.com vs WordPress.com – Postado em 9 de julho de 2008 WordPress.com

Blogger.com

Cadastro Gratuito

Sim

Sim

Limitações em Propagandas

Sim

Não

Export/Import

Sim

Não

Blogs Múltiplos

Sim

Sim

Grupos de Blogs

Sim

Sim

Blog Privado

Sim

Sim

Custom CSS

Não

Sim

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Códigos Javascript

Não

Sim

Custom Template

Não

Sim

Embed Object (ex: Flash)

Não

Sim

Feed (RSS)

Sim

Sim

Carregamento / Uploads

jpg, jpeg, png, gif, pdf, doc, Somente ppt

Imagens

Próprio Domain

Sim

Sim

Registro de Domains

Sim, com opção paga

Não

Sistema de Análise de Visitas Sim

Não

Embutido Sistema

de

Análise

de

Feed Sim

Não

Embutido Anti-Spam

Sim, Askimet

Não

Postagens via Mail

Não

Sim

FTP/SFTP

Não

Não

Serviço de Pinging

Sim, Ping-O-Matic

Weblog

Republicação de Posts

Não

Não

Common ID

OpenID

Google ID

Open Source

Sim

Não

Gerenciamento de Links

Sim (Bem fácil)

Sim

(Não

tão

fácil) Plugins

Sim

Não

Widget

Sim

Sim

Permite Criação de Novas Páginas Sim

Não

Update Internos

Não Frequentes

Frequentes

Permite Mudanças na URL do Não

Sim

Blog http://www.WordPressbr.com/?s=blogger, acesso em 22 de fevereiro de 2012.

Como a tabela é de 2008, muitas coisas já mudaram em ambas as plataformas, principalmente no WordPress, que já está em sua versão 3.3.1.

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Segundo o site da WordPress.com, são 71.457.635 de blogs criados com WordPress por todo o mundo, sendo que deste montante 6,5% são escritos em português. Há também uma notável galeria de empresas que utilizam a plataforma WordPress, como New York Times, CNN, Forbes, GM, UPS, Sony, eBay, Wolkswagen e várias outras20. O CMS do WordPress é bem completo, contendo em sua página principal um menu lateral com todas as opções de gerenciamento, estatísticas sobre o blog, atalho para postagens rápidas, últimos comentários postados, dicas e notícias sobre a comunidade WordPress.

Figura 5 – Página inicial do CMS WordPress

Página de gerenciamento do blog www.chrisparra.com, acesso em 22 de fevereiro de 2012.

20

Veja a lista completa em http://en.wordpress.com/notable-users/

31

Em relação à postagem de artigos, a interface também é bastante amigável, contendo opções avançadas que podem ser ocultadas caso o blogueiro queira utilizar somente as funções principais.

Figura 6 – Página de inserção de artigos no Wordpress

Página de inserção de posts do blog www.chrisparra.com, acesso em 22 de fevereiro de 2012.

Apesar da promessa de que não são necessários conhecimentos sobre programação, em qualquer que seja a plataforma a ser utilizada, a total customização da mesma só é possível através da alteração dos códigos originais, seja na construção de um tema visual, inclusão de novos recursos ou optimização do blog para melhor posição nos rankings dos motores de busca.

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5. Classificação dos blogs Como Primo (2008b) demonstra em seu artigo ―Blogs e seus gêneros: Avaliação estatística dos 50 blogs mais populares em língua portuguesa‖, a tipificação dos blogs é um assunto ainda a ser discutido, há muitas classificações que por vezes são conflitantes ou não demonstram todas as significâncias e complexidades providas dos blogs. O autor nos sugere 16 gêneros, classificados com base em observações nas condições de produção, impacto de condicionamentos profissionais e estilo de texto, sendo estes agrupados em quatro categorias: blog profissional, blog pessoal, blog grupal e blog organizacional; e definidos nos itens apresentados na figura 7. Sendo assim, os gêneros segundo Primo (2008b): a) Blogs profissionais: 1. Profissional auto reflexivo 2. Profissional informativo interno 3. Profissional informativo 4. Profissional reflexivo b) Blogs pessoais: 5. Pessoal auto reflexivo 6. Pessoal informativo interno 7. Pessoal informativo 8. Pessoal reflexivo c) Blogs grupais: 9. Grupal auto reflexivo 10. Grupal informativo interno 11. Grupal informativo 12. Grupal reflexivo d) Blogs organizacionais: 13. Organizacional auto reflexivo 14. Organizacional informativo interno 15. Organizacional informativo

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16. Organizacional reflexivo

Figura 7 – Matriz para tipificação de blogs

PRIMO, 2008b, p. 3

Onde, os blogs profissionais se referem àqueles que tratam de assuntos relacionados à área de atuação profissional do autor. Blogs pessoais abrangem qualquer assunto, normalmente aleatório, cujo autor tenha alguma familiaridade, acha interessante ou simplesmente está em evidência no momento da postagem. O blog pessoal não segue uma metodologia como as dos profissionais, que buscam informações de qualidade e esperam retorno profissional em troca, blogs pessoais prezam pela livre expressão e individualidade do autor. Os blogs grupais são formados por dois ou mais autores unidos por um assunto em comum, como fãs de uma banda, ou usuários de certo produto. Apesar de construído em grupo, os autores se expressam de forma individualizada.

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Por fim, os blogs organizacionais mantém o foco em assuntos relacionados à organização que alimenta o blog. Notícias, agenda, informações ao consumidor, lançamentos, tudo relacionado à empresa, apresentado com uma linguagem formal e com objetivos de marketing estabelecidos. Quem escreve em um blog organizacional, o faz em nome da organização, sendo dessa forma um porta-voz da mesma. Para Recuero (2003), há ―duas grandes categorias de weblogs cujas características dos posts eram facilmente distinguíveis e uma terceira, referente ao híbrido das categorias anteriores‖. Sendo: diários eletrônicos, publicações eletrônicas e publicações mistas. Os weblogs atuam como versões mais dinâmicas dos websites pessoais. E, comos websites pessoais, dividem as mesmas críticas: são experiências de publicação amadoras, muitas vezes produtos narcisísticos e exibicionistas. São geradores de conteúdo pessoal. E, como os websites pessoais, podem ser classificados em um semnúmero de categorias. (RECUERO, 2003, p. 3) É importante que se atente para a existência das diversas formas de weblogs para que não se caia na generalização do blog como ferramenta específica da construção de diários. Blogs têm sido utilizados das mais diversas formas, todas relacionadas à publicação de ideias, algumas pessoais (diários) outras informacionais (publicações). (RECUERO, 2003, p. 4) Para Recuero (2003), blogs poderiam ser categorizados como: a) diários, tratam basicamente da vida pessoal do autor; b) publicações, comentários sobre diversas informações; c) literários, os posts trazem contos, crônicas ou poesias; d) clippings, agregam links ou recortes de outras publicações; e) mistos, misturam posts pessoais e informativos, comentados pelo autor. (PRIMO, 2008b, p. 2)

Sites especializados em mensurar e catalogar blogs como o Technorati, DigNow, EatonWeb, Central Blogs, entre outros, classificam os blogs em categorias que facilitam a busca por assuntos de interesse. O Technorati, um dos maiores diretórios de blogs existente e pioneiro no assunto, possui a seguinte lista de categorias e subcategorias21:

21

http://technorati.com/blogs/directory/, acesso em 23 de fevereiro de 2012.

35

a) Entretenimento:

celebridades,

filmes,

música,

televisão,

comics,

animações, jogos e livros; b) Negócios: finanças, bens imóveis e pequenos negócios; c) Esportes: baseball, futebol americano, basquete, hockey, tênis, golf e motorsports; d) Política: política estadunidense e política mundial; e) Automóveis f) Tecnologia: info tech e gadgets; g) Estilo de vida: saúde, religião, arte, animais de estimação, fashion, gastronomia, família, casa e viagens. h) Verdes (blogs voltados à conscientização da preservação ambiental) i) Ciência No entanto, como Primo (2008b) afirma, ―ainda que seja importante observarse a tematização principal de um blog, tal procedimento não é suficiente para analisar-se com profundidade o fenômeno do blogar em sua complexidade‖. Como é possível perceber, a classificação dos blogs ainda é um assunto a ser estudado, apresento no capítulo III a classificação do blog Dormiu com base na síntese desses conceitos aqui expostos, com o objetivo de orientar o leitor a saber em qual área e de que forma este blog atua, não tendo este trabalho, a intenção de um estudo mais aprofundado sobre as classificações e gêneros dos blogs.

CAPÍTULO II – BLOGOSFERA Ponto de encontro dentre redes sociais e tecnológicas, a blogosfera é uma rede de interações intelectuais diretas e navegáveis, resultado da contribuição gratuita, aberta e verificável das consciências e das opiniões de muitas pessoas sobre assuntos de interesse geral e em tempo quase real. O funcionamento dos blogs baseia-se inteiramente nestas conexões. Tal como a inteligência, desenvolvem-se e crescem com o uso. Os blogs são um espaço de reflexão compartilhada (KERCKHOVE apud GRANIERI, 2006, p.11 in MALINI, 2008, p. 2).

Como cita Varela (in ORDUÑA, 2007, p.63), logo após o surgimento oficial dos blogs em 1997, os mesmos eram lidos quase que exclusivamente pelas mesmas pessoas que os escreviam, um grupo restrito de blogueiros que liam os blogs uns dos outros. À medida que ficavam populares, os blogs começaram aos poucos a possuir um público fiel e crescente. Em 1999, o blogueiro Brad L. Graham1 utilizou o termo ―blogosphere” como uma brincadeira para representar a comunidade de blogueiros. Em 2001, logo após a explosão de blogs oriundos dos atentados de 11 de setembro em Nova York e Washington, o influente blogueiro William Quick2, também conhecido como DailyPundit, consagrou o termo, usado até hoje para definir o universo dos blogs. (VARELA in ORDUÑA, 2007, p. 63). De 1997 a 2005, foram criados aproximadamente dez milhões de blogs e cerca de cem milhões de pessoas passaram a lê-los regularmente, o que representava até 2005, um terço do universo ativo da internet. Com relação ao número de blogs existentes, há algumas divergências, Hewitt (2007, p. 9) afirma que em 2005 haviam mais de quatro milhões de blogs, Varella (VARELA in ORDUÑA, 2007, p.65) diz haver 6,25 milhões de blogs de acordo com o relatório do site Technorati daquele ano. Tal divergência pode ser justificada pela facilidade de se criar um blog e pelo fato de que muitos blogueiros abandonam seus blogs mesmo antes de publicarem algo. Um estudo apresentado pela consultoria Perseus em junho de 2004 mostrou 1 2

http://www.bradlands.com http://www.dailypundit.com

37

que de cada três blogs, dois eram abandonados. (VARELA in ORDUÑA, 2007, p. 66). De acordo com o site da Wordpress3, há mais de 72 milhões de blogs hoje em dia (provavelmente aqui só foram computados os blogs criados com a plataforma Wordpress, no entanto não há nada que especifique isso no relatório), já um relatório da NM Incite4 aponta que havia 173 milhões de blogs em novembro de 2011. Varela (in ORDUÑA, 2007, p. 63) descreve que a maioria dos blogs possui um público muito restrito, no entanto essas nanoaudiências são responsáveis pela criação de laços e potencialização das redes sociais. São audiências mínimas, mas que estão bem interconectadas. Comunidades com uma forte coesão estabelecida por alguns interesses em comum e a participação de uma conversa sobre os conteúdos e a informação disponível nos blogs e nas fontes que são utilizados como referência.

Tão importante quanto o conteúdo disponibilizado, a audiência determina a popularidade do blog, quanto mais leitores, mais influente se torna, a ponto de ser referência e ter mais credibilidade do que meios especializados já consagrados. Os blogs são formados por superusuários: intensivos consumidores de meios que podem agir como guias e prescritores. Desempenham esse papel graças à confiança que passam para o restante dos membros da comunidade. (VARELA in ORDUÑA, 2007, p. 64)

Mas como medir essas audiências? Como saber quantos leitores meu blog possui, quais postagens são mais lidas, de onde veem esses leitores, o que eles realmente querem saber?

1. Otimização e Métricas dos Blogs A métrica dentro de um blog corporativo ou site é todo atributo que possa ser quantificado. Como exemplo, temos: origem geográfica, quantidade de páginas visualizadas, custo por visita, taxas de conversão, custos de uma campanha de marketing digital, alcance, tempo médio no site, horário de maior visitação, páginas mais visitadas… tudo isso e muito mais pode e deve ser mensurado. [...] 3 4

http://en.wordpress.com/stats, acesso em 18 de março de 2012. http://www.nmincite.com/?page_id=210, acesso em 18 de março de 2012.

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[...] Os benefícios de mensurar dados estão diretamente ligados ao retorno do seu blog na internet. Com isso é possível ter uma estimativa de custo, fornecer conteúdo de relevância e dados para estudos futuros ajudando a traçar um planejamento com fundamentos para suas próximas ações de marketing digital. [...] (LAVEZZO, 2010).

Há diversas ofertas de serviços de métricas, tanto pagas quanto gratuitas, para auxiliar na mensuração dos blogs, além de ferramentas de Marketing como SEO (Search Engine Optimization) e SMO (Social Media Optimization).

1.1 SEO (Search Engine Optimization) O SEO consiste em práticas de otimização de seu site (qualquer tipo de site, não apenas blogs) para que esse melhor se posicione no ranking dos motores de busca, como o Google. Felipini (2010, p. 3) ilustra a importância de se posicionar seu site nos motores de busca da seguinte forma: Quando o usuário digita uma palavra-chave [no motor de busca do Google], o sistema vasculha o seu enorme banco de dados e apresenta uma relação de todas as páginas que contém aquela palavra. Diante da palavra ‗pesca‘ por exemplo, o Google acabou de me apresentar uma relação de 34.100.000 páginas em português. São mais de 34 milhões de páginas com os mais diversos tipos de conteúdo [...] Se sua loja virtual fosse fornecedora de algum produto relacionado à pesca, muito provavelmente você estaria nessa relação [...] a grande questão é: em que posição o seu site apareceria? Em primeiro, oitavo, 15º ou 1.234.427º lugar? Isso muda toda a questão, porque como cerca de 70% dos usuários não passam da primeira página de resultados, se o seu site não estiver entre os dez primeiros apresentados [...] a chance de ser visto e clicado será muito pequena.

Caso o SEO de seu blog seja bem estruturado, há chances de que este fique bem posicionado, no entanto ninguém pode afirmar com certeza que essas práticas garantirão uma boa posição, o algorítimo (ou a lógica) dos motores de busca do Google, responsável por encontrar e indexar os sites, por exemplo, é um segredo guardado a sete chaves. (GOOGLE SEARCH ENGINE OPTIMIZATION: STARTER GUIDE, 2010, online).

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1.2 SMO (Social Media Optimization) O Social Media Optimization é um conjunto de métodos para gerar publicidade por meio da mídia social, comunidades online e sites de comunidade. [...] o foco está no aumento do tráfego proveniente de outras fontes de motores de busca. [...] é uma parte integrante de uma gestão da reputação online, uma estratégia para organizações que se preocupam com a sua presença online. Fazer com que o usuário navegue pelas diversas mídias sociais da marca proporciona uma experiência marcante ao usuário, além de promover backlinks relevantes para o site da empresa [...] (TELLES, 2011, p.146).

Assim como o SEO, o SMO é um conjunto de métodos que visa não só o aumento do tráfego, mas também gerenciar a reputação online.

1.3 Blogroll Um costume adotado pelos primeiros blogueiros — e que permanece até hoje — é o de comentar conteúdo de outros sites e blogs e incluir links para eles. Ser citado e receber um link de um blog popular é garantia de aumento de visitação. (ERCILLIA & GRAEFF, 2008, pag. 36).

Um blogroll é a parte do blog destinada a promover outros blogs, ao contrário de outros meios, é prática comum anunciar outros sites, oferecendo links para ajudar o leitor a navegar entre os blogs. Essa prática também contribui para a popularização dos blogs e a melhor qualificação de pagerank dos buscadores de conteúdo. Figura 8 – Blogroll do blog Sedentário e Hiperativo

http://www.sedentario.org/, acesso em 18 de março de 2012.

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1.4 PageRank Uma página possui alta posição no ranking se a soma dos links que fazem referência a essa página forem altos. Se o site que fizer referência for bem posicionado no ranking, o valor da referência é mais alto do que os links de sites com posições mais baixas. (PAGE, Lawrence; BRIN, Sergey; MOTWANI, Rajeev; WINOGRAD, Terry, 1999). O PageRank é então uma forma de se avaliar a relevância da página ao se buscar por determinado conteúdo utilizando o motor de busca da Google. Para calcular o valor do PageRank, o Google considera basicamente a quantidade de links que a página recebe. Funciona de modo semelhante a uma eleição, onde cada link é como um voto endossando a qualidade da página que recebe o link. Mas não basta ter uma grande quantidade de links para ter um PageRank alto, a relação semântica entre as páginas é importante, bem como a própria relevância da página que faz o link. (RICOTTA, 2002, online).

Os blogs de um modo geral, não possuem as preocupações de um grande portal, onde o intuito é criar uma experiência completa, mantendo o leitor navegando em suas páginas. Além de ajudar na descoberta de conteúdo relevante na Web, a intensa troca de links entre blogs gerou um efeito colateral: as páginas de blogs se tornaram bem posicionadas nos resultados de mecanismos de busca como o Google, que usa a quantidade de links que uma página recebe como indício de qualidade do conteúdo. Blogs passaram a ser presença constante entre os primeiros resultados de busca para os mais variados assuntos. (ERCILLIA & GRAEFF, 2008, p.36).

Há diversos blogs que são populares apenas por oferecer ao leitor links para outras páginas interessantes na Web.

1.5 Social Mention Social Mention é uma ferramenta de busca de citações em mídias sociais, basta digitar a palavra que procura e lhe é exibido em quais mídias sociais essa palavra foi citada.

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Social Mention é um buscador de mídia social e plataforma de análise que agrega conteúdo gerado por usuários de todo o universo em um único fluxo de informações. Isto permite rastrear e medir o que as pessoas estão falando sobre você, sua companhia, um novo produto ou qualquer tópico no cenário das mídias sociais em tempo real. Social Mention monitora mais de 100 mídias sociais diretamente, incluindo: Twitter, Facebook, FriendFeed, YouTube, Digg, Google etc.5 (http://www.socialmention.com, acesso em 18 de março de 2012). Figura 9 – Página principal do site Social Mention

http://www.socialmention.com, acesso em 18 de março de 2012.

Essa ferramenta nos disponibiliza uma série de recursos preciosos para monitorarmos qualquer termo previamente definido, nos fornecendo números reais sobre o mesmo. Também nos fornece métricas como Força, Paixão, Sentimento e Alcance, todos se referindo ao termo pesquisado, assim teríamos um conjunto de dados para uma análise da opinião dos usuários acerca de seu site, blog, empresa ou produto. (TELLES, 2011, p. 154).

5

Tradução nossa para: ―Social Mention is a social media search and analysis platform that aggregates user generated content from across the universe into a single stream of information. It allows you to easily track and measure what people are saying about you, your company, a new product, or any topic across the web's social media landscape in real-time. Social Mention monitors 100+ social media properties directly including: Twitter, Facebook, FriendFeed, YouTube, Digg, Google etc.‖

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Sendo Força a porcentagem de citações efetivas em relação a citações possíveis, Paixão se refere à porcentagem de usuários que citam marcas repetidamente e Sentimento compreende os dados que exibem a relação entre citações positivas e negativas. 1.6 Google Analytics O Google Analytics é uma ferramenta gratuita de monitoramento de sites disponibilizado pelo Google. Através do Analytics é possível mensurar uma série de dados como: número de visitantes, páginas mais acessadas, origem dos acessos, versão dos navegadores mais utilizados para visualizar seu site etc. O Google Analytics é a solução de análise da web de cunho empresarial que fornece a você uma ótima visibilidade do tráfego e da eficiência do marketing de seu website. Recursos avançados, flexíveis e fáceis de usar permitem que você veja e analise dados de tráfego de uma maneira totalmente nova. Com o Google Analytics, você se prepara melhor para compor anúncios mais bem segmentados, fortalecer suas iniciativas de marketing e criar websites que geram mais conversões. (http://www.google.com/intl/pt-BR_ALL/analytics/, acesso em 18 de março de 2012). Figura 10 – Google Analytics

Visão parcial do relatório resumido do blog www.enutri.net no Google Analytics

43

1.7 Technorati O Technorati foi o primeiro buscador e diretório de blogs e ainda hoje é o mais utilizado no mundo, possui mais de um milhão de blogs cadastrados e um ranking encabeçado pelos blogs mais acessados no mundo (no entanto o ranking é exclusivo dos blogs cadastrados no site), é uma ferramenta essencial que disponibiliza todo tipo de dados e métricas sobre a blogosfera. Figura 11 – Relatório da Technorati

Relatório da Technorati sobre o uso de plataformas de criação de blogs em 2011. Disponível em:

. Acesso em 18 de março de 2012.

1.8 Feed Feed vem do inglês ―alimentar‖, e se refere neste caso ao fornecimento de informações úteis aos leitores de blogs. Hoje em dia o recurso de feed está disponível na maioria dos blogs e permite ao leitor optar pelo recebimento do conteúdo de um blog específico através da assinatura do feed do blog.

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Para isso é necessário um agregador de feeds, que possibilita ao leitor receber atualizações de todos os blogs que assinou em um mesmo local. O agregador pode ser um programa instalado localmente no computador do leitor ou um site que ofereça esse serviço, como o FeedBurner6 do Google. Figura 12 - Leitor de feeds GreatNews

Exemplo de feeds do jornal Folha de São Paulo, caderno de informática.

Há hoje em dia, uma infinidade de serviços de monitoramento de qualquer tipo de site, as ferramentas aqui listadas são um pequeno exemplo da complexidade em se medir as ações praticadas na web. As métricas nos dão norte para melhorarmos o conteúdo de nossos blogs, provendo assim informações relevantes e atuais aos leitores e consequentemente aumenta nossa popularidade e credibilidade na blogosfera.

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http://feedburner.google.com

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2. Por que os blogueiros blogam? A novidade da blogosfera é que não há barreiras à entrada em um mundo que oferece uma plateia quase ilimitada. Ponto fundamental: oferecer, não garantir. Qualquer um pode inserir um post, e se merecer ser lido, será lido. Há um enorme número de pessoas buscando sabedoria e entretenimento. Seja seu produto análise econômica, promoção da Nascar, fofocas sexuais ou provocações políticas, a blogosfera dará a você a oportunidade de vender seu produto textual. (HEWITT, 2007, p. 137).

Como nos mostra Schittine (2004, p. 115), um dos fatores que impulsiona alguém a escrever um blog é a necessidade de preservar um determinado momento de sua vida, ou ainda a necessidade de compartilhar segredos sem que esses revelem a verdadeira identidade do autor. O que o blog possibilita é a cumplicidade com um público novo, de pessoas desconhecidas que têm sentimentos e segredos parecidos com os do diarista, mas que ele nunca conheceria se não se expusesse pela internet. Primeiro por que teria a dificuldade do constrangimento das relações face a face, depois pelo medo de não ser aceito. (SCHITTINE, 2004, p. 71).

Sendo que, ―diário íntimo‖ é apenas uma das várias vertentes que um blog pode assumir, e dessa forma, para cada propósito há uma razão diferente. Autores como Carvalho (2001), Lemos (2002) e Schittine (2004) sugerem, nesse sentido, que os blogs possam ser pensados como um fenômeno de publicização dos ―diários íntimos‖. Contudo, o posicionamento adotado neste trabalho é o de que esse entendimento, ao pressupor uma passagem quase direta daquilo que é do domínio da ―intimidade‖ para o domínio público, reduz significativamente a complexidade dos processos implicados nesse fenômeno. Compreende-se, aqui, que o que se expressa nos blogs não é a ―vida como ela é‖, mas um cotidiano encenado, dramatizado por meio de jogos performáticos que ensejam uma apresentação do eu. (MÁXIMO, 2007, p. 28-29). Escritores escrevem hoje pela mesma razão que escreviam na época de Homero. O blog é apenas um novo modo de transmitir essa escrita, um meio que ignora completamente todos os editores. (HEWITT, 2007, p. 140).

Do ponto de vista do mercado, manter-se presente e interagir com o público é de suma importância, o blog é uma forma um pouco menos formal de apresentar a

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empresa do que seu próprio site corporativo, o que possibilita um diálogo mais aberto e feedback rápido. As organizações devem ter um blog pelas vantagens oferecidas por ele, mas também porque, a cada momento que passa, elas estão ficando do lado de fora da ―conversação‖, e isso é um luxo que não pode ser permitido. [...] Fazer com que a empresa com a qual colaboram tenha maior presença na internet para que os jornalistas, consumidores e outros públicos possam encontra-la com facilidade é considerada uma grande preocupação da parte dos profissionais de relações públicas. Não se deve menosprezar o poder de prescrição da internet entre milhões de pessoas de todo o mundo. Nesse sentido, ter um lugar de destaque na rede é uma forma excelente de aumentar o conhecimento da empresa, fortalecer a marca e, até mesmo, fazer negócios ou fechar vendas apenas com um clique. (ORDUNÃ, 2007, p. 142-163).

No entanto nem todos se tornam blogueiros, isso pelo fato de que, apesar de ser fácil criar um blog, mantê-lo requer tempo e dedicação. Seja qual for o assunto que se queira explorar, sempre haverá pessoas interessadas, o problema então é fazer com que as pessoas saibam sobre o blog e por que elas deveriam lê-lo. Muitos blogs são lidos apenas por alguns poucos amigos, parentes ou alguém que por acaso o acessou, o que desanima o novato e este acaba abandonando o projeto. Alguns, apesar de poucos acessos, continuam a alimentar o blog até que este passa a ter um crescimento considerável de leitores, outros mal começam um blog e já contam com milhares de acessos diários. Você deve se preocupar é com aqueles camaradas que surgem do nada e começam a receber dezenas de milhares e depois centenas de milhares de visitas diárias. (HEWITT, 2007, p. 137-138).

Mas número de visitas não quer dizer necessariamente qualidade, influência ou mesmo credibilidade, como Hewitt (2007, p. 138) afirma: ―Visitas são como dinheiro confederado7: engraçado de ter, mas não vale nada”. O blog Kibe Loco, mantido pelo publicitário carioca Antonio Pedro Tabet é uma das referências dos blogs humorísticos brasileiros, com média de 100 mil visitas

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Dinheiro utilizado pelos Estados Confederados em 1861 nos Estados Unidos.

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diárias, apesar da qualidade dos posts e da influência nesse nicho, não se pode

afirmar que Tabet ou o Kibe Loco tenham credibilidade para persuadir ou incentivar o leitor. Tabet é acusado pela blogosfera de plagiar algumas ideias, tanto que se originou o termo ―kibar”, referindo-se ao ato de plagiar. Interessante notar que o termo foi cunhado por outro site humorístico e que não possui qualquer tipo de credibilidade, a Desciclopédia9. Todo o conteúdo desse site não passa de piadas infames com o único e exclusivo intuito de divertir o leitor. Apesar disso, a brincadeira que difama o blog Kibe Loco se espalhou e foi adotada pela blogosfera brasileira. Ter credibilidade requer muito mais do que visitas em seu blog.

3. Elementos das Redes Sociais na Internet [...] o que é um ator social na Internet? Como considerar as conexões entre os atores on-line? Que tipos de dinâmicas podem influenciar essas redes? [...] como podem ser percebidas essas unidades de análise no âmbito da comunicação mediada pelo computador e do ciberespaço. (RECUERO, 2009, p. 25).

Como Recuero (2009) nos propõe, é preciso, antes de se ater ao estudo da comunicação mediada por computador, identificar os elementos característicos das redes sociais e dessa forma compreender seus fenômenos sociais.

3.1 Atores Os atores são o primeiro elemento da rede social, representados pelos nós (ou nodos). Trata-se das pessoas envolvidas na rede que se analisa. Como partes do sistema, os atores atuam de forma a moldar as estruturas sociais, através da interação e da constituição de laços sociais. (RECUERO, 2009, p. 25).

De acordo com Recuero (2009), os atores na comunicação mediada por computador são constituídos de forma diferenciada daqueles referentes às redes 8 9

Dados fornecidos pelo próprio blog. http://www.desciclopedia.org

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sociais em sua forma abrangente, isto se deve ao distanciamento entre as partes envolvidas na interação social, característica intrínseca da CMC. Segundo a autora, devemos considerar as representações dos atores sociais: ―Um ator assim, pode ser representado por um weblog, por um fotolog10, por um twitter11 ou mesmo por um perfil no Orkut12‖. Mesmo um blog coletivo é visto como sendo uma única representação, assim, todos os blogueiros do coletivo são representados unicamente pelo blog onde escrevem, sendo este considerado um único ator. Outros autores também defendem a ideia de mídia como atores sociais, como Jesús Martín-Barbero (2001, p. 74 apud FORTUNA et al., 2009, p. 2 ), que demonstra que a mídia atua e interfere ativamente nos grupos sociais. Ninguém educa ninguém. Ninguém se educa a si mesmo. Os seres humanos se educam mediatizados pelo mundo. (FREIRE, 1981, p.79).

Em se tratando especificamente das mídias sociais, a priori não são de fato atores sociais, e sim ―espaços de interação, lugares de fala, construídos pelos atores de forma a expressar elementos de sua personalidade ou individualidade‖. (RECUERO, 2009, p. 25-26). Como um meio de auto expressão e autoconstrução, a página pessoal representa importantes variantes, potencialmente benéficas, de nossa comunicação interpessoal (veja Pennebaker, 1997), seja para uma fase limitada da vida (durante um curso, gravidez, revelação, lidando com um trauma) ou por tempo indeterminado. (DÖRING, 2002, online). O comum aos conceitos de ―identidade cultural‖, ―identidade narrativa‖, ―self múltiplo‖, ―self dinâmico‖, e ―self dialógico‖ é o foco da construtividade, mudança e diversidade. Precisamente os aspectos que são encontrados nas páginas pessoais. A página pessoal está sempre ―em construção‖, pode ser regularmente atualizada para refletir as últimas configurações do self (DÖRING, 2002, online, apud RECUERO, 2009, p. 26).

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A premissa básica de um fotolog é a postagem de fotos de qualquer caráter, acompanhadas pela descrição da mesma e com espaço para comentários que podem ser feitos por outros usuários do fotolog. Um fotolog bem conhecido no Brasil é o http://www.fotolog.com. 11 O Twitter é um microblog de inserção de notas curtas (máximo de140 caracteres) e que permite que os usuários de sua rede repliquem ou respondam a essas notas. http://www.twitter.com. 12 Uma das principais redes sociais no Brasil, http://www.orkut.com.

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O indivíduo utiliza o ciberespaço para construir uma página virtual (ou perfil, ou site...) que o represente, ou que seja um refúgio de sua realidade, uma manifestação do seu alterego (MÁXIMO, 2007), assim o conteúdo que fora construído é que atua e não propriamente o autor.

3.2 Conexões (Interações, relações e laços) Enquanto os atores representam os nós (ou nodos) da rede em questão, as conexões de uma rede social podem ser percebidas de várias maneiras. Em termos gerais, as conexões em uma rede social são constituídas dos laços sociais, que, por sua vez, são formados através da interação social entre os atores. De um certo modo, são as conexões o principal foco de estudo das redes sociais, pois é sua variação que altera as estruturas desses grupos. (RECUERO, 2009, p. 30).

É possível perceber as interações ocorridas na Internet graças à possibilidade de se manter os rastros sociais dos indivíduos (idem), a menos que um blog saia do ar ou um comentário seja apagado, é possível estudar essas interações mesmo que tenham ocorrido em outro tempo ou espaço. Há hoje em dia uma polêmica acerca do assunto, se tudo o que fazemos na Internet fica de algum modo gravado, então empresas responsáveis pelos softwares de redes sociais que utilizamos detém todas as informações que disponibilizamos nessas ferramentas, seja a descrição pública de um perfil, seja um comentário privado que tenhamos feito em confidência a um amigo íntimo. Um exemplo é a rede social Facebook, a ferramenta te dá duas opções caso queira excluir seu perfil, a primeira é cancelar temporariamente, o que torna seu perfil indisponível até que você o reative, nesse caso todos os seus dados são preservados, a segunda opção é excluir definitivamente seu perfil, uma vez excluído, não há possibilidade de recuperação dos dados. Como o próprio Facebook informa:

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Figura 13 - Exclusão de perfil no Facebook

https://www.facebook.com/help/delete_account

Caso opte pela exclusão, ainda assim os dados não serão excluídos imediatamente, o Facebook deixará sua conta inativa e informará um prazo de 15 dias para remoção dos dados do usuário. Mas quem assegura que esses dados foram realmente removidos? Através de investigações realizadas pelo site Ars Technica13, foi comprovado que fotos que haviam sido removidas em 2008 ainda podiam ser acessadas em 201214. O propósito desse exemplo é de reforçar a ideia de que as interações no ciberespaço deixam rastros, até mesmo a contragosto. Essas interações são, de certo modo, fadadas a permanecer no ciberespaço, permitindo ao pesquisador a percepção das trocas sociais mesmo distante, no tempo e no espaço, de onde foram realizadas. (ibid).

Recuero (2009) enfatiza a importância da discussão dos conceitos de conexões, divididos em: Interação, relação e laços sociais. De fato, as interações sociais são sensíveis a certos condicionamentos trazidos pelo aparato tecnológico em jogo. Porém, a dinâmica social não pode ser explicada pela mediação informática. E para repetir o que deveria ser óbvio: uma rede social não é qualquer rede. (PRIMO, 2007, p. 5).

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http://arstechnica.com

Matéria publicada no blog Tecnoblog, disponível em , acesso em 19 de abril de 2012.

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Quando uma rede de computadores conecta pessoas ou organizações, ela é uma rede social. [...] uma rede social é um conjunto de pessoas (ou organizações ou outras entidades sociais) conectadas por relações sociais, como amizades, trabalho conjunto, ou intercâmbio de informações. (GARTON, HAYTHORNTHWAITE & WELLMAN, 1997, p. 75, apud PRIMO, 2006, p. 5).

Primo (2007, p. 5) constata que uma rede social não são meros terminais conectados, e sim um processo que se mantém graças a interação entre os envolvidos. O foco não está nos indivíduos e sim nas interações, ―uma rede social não pode ser explicada isolando-se suas partes ou por suas condições iniciais. Tampouco pode sua evolução ser prevista com exatidão‖. Parsons e Shill (1975 apud RECUERO, 2009, p. 30-31) defendem que a interação é mútua, onde a ação de um depende da ação do outro. ―[...] a interação compreende sempre o alter e o ego como elementos fundamentais, onde um constitui-se em elemento de orientação para o outro‖. Em uma conversação, por exemplo, a ação de um dos atores sociais depende da percepção do outro em relação ao que está sendo dito. Para Parsons e Shill (idem) a interação ideal seria aquela que provesse reciprocidade de satisfação para todos os envolvidos no processo. Interações não são, portanto, descontadas dos atores sociais. São parte de suas percepções do universo que os rodeia, influenciadas por elas e pelas motivações particulares desses atores. [...] Watzlawick, Beavin e Jackson (2000) explicam que a interação representaum processo sempre comunicacional. A interação é, portanto, aquela ação que tem um reflexo comunicativo entre o indivíduo e seus pares, como reflexo social. [...] A interação, pois, tem sempre um caráter social perene e diretamente relacionado ao processo comunicativo. Cooley (1975) salienta ainda que a comunicação compreende o mecanismo último das interações sociais. Estudar a interação social compreende, deste modo, estudar a comunicação entre os atores. Estudar as relações entre suas trocas de mensagens e o sentido das mesmas, estudar como as trocas sociais dependem, essencialmente, das trocas comunicativas. (RECUERO, 2009, p. 31).

Recuero (2009, p.31) levanta uma questão: como compreender a interação social no ciberespaço? Como acabamos de ver, a interação depende da participação de ao menos dois atores, mas no ciberespaço, através da mediação do

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computador, é possível interagir em espaço e tempo diferentes. Não é preciso que haja uma proximidade, de qualquer forma, entre os envolvidos. O ciberespaço e as ferramentas de comunicação possuem particularidades a respeito dos processos de interação. Há uma série de fatores diferenciais. O primeiro deles é que os atores não se dão imediatamente a conhecer. Não há pistas da linguagem não verbal e da interpretação do contexto da interação. É tudo construído pela mediação do computador. O segundo fator relevante é a influência das possibilidades de comunicação das ferramentas utilizadas pelos atores. Há multiplicidade de ferramentas que suportam essa interação e o fato de permitirem que a interação permaneça mesmo depois do ator estar desconectado do ciberespaço. (RECUERO, 2009, p. 32).

Segundo Reid (1991 apud RECUERO, 2009, p. 32) há dois tipos de interações, quando nos referimos às mediadas pelo computador: as de forma síncrona e as de forma assíncrona. Essas formas influenciam no tempo de resposta entre os atores, a forma síncrona refere-se à resposta imediata (ou com retardos pequenos, o que aumenta a expectativa pela resposta em alguns casos, dando margem a interpretações erradas acerca da intencionalidade do outro) e a forma assíncrona refere-se às interações que são construídas com longos intervalos de tempo durante as mensagens. Um exemplo de forma síncrona seria a interação em mensageiros instantâneos, como o Windows Live Messenger, onde os usuários conversam em tempo real; a forma assíncrona seria o envio de mensagens através de e-mail, onde quem envia a mensagem não espera ser respondido de forma imediata (o que não quer dizer que não seja possível a troca de e-mails em tempo real). Primo (2003 apud RECUERO, 2009, p. 32) divide as interações mediadas por computador em: interação reativa e interação mútua. [...] interação mútua é aquela caracterizada por relações interdependentes e processos de negociação, em que cada interagente participa da construção inventiva e cooperada da relação, afetando-se mutuamente; Já a interação reativa é limitada por relações determinísticas de estímulo e resposta (p.62).

De acordo com essa tipologia estabelecida por Primo (idem), a ação de se clicar em um hiperlink é uma interação reativa, pois limita o agente a clicar ou não, e caso clique, será redirecionado para o endereço previamente estabelecido no

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hiperlink, não há uma variedade de opções, nesse caso as escolhas se limitam em ir para o endereço apontado pelo hiperlink ou não (ação-reação e estímulo-resposta). Para exemplificar a interação mútua, podemos observar comentários que são feitos em blogs, onde há interação entre os participantes e é possível construir um diálogo onde todas as partes envolvidas são afetadas. Recuero (2009, p. 32) salienta que, em alguns casos, como em redes sociais, é possível interagir com outros atores apenas clicando em botões como ―aceitar‖ e ―cancelar‖, e apesar de ser uma ação limitada, ainda sim causa impacto social. Não é exatamente uma interação mútua, mas ambas as partes são afetadas, como exemplo, se você aceita alguém em sua rede social, o avatar de quem aceitaste aparecerá em sua lista de amigos e consequentemente o seu avatar aparecerá na lista de amigos do outro, a partir deste momento você terá acesso às informações do outro e vice-versa, o que gera laços. A diferença aqui é que as interações mútuas geram relacionamentos mais complexos e como consequência, laços mais fortes. A interação mediada por computador ainda possui uma característica específica: a capacidade de migração. As interações entre atores sociais podem, assim, espalhar-se entre as diversas plataformas de comunicação, como, por exemplo, entre Orkut e blogs. Essa migração pode também auxiliar na percepção da multiplexidade das relações, um indicativo da presença dos laços fortes na rede [...]. Finalmente, a interação mediada pelo computador é também geradora e mantenedora de relações complexas e de tipos de valores que constroem e mantêm as redes sociais na internet. Mas mais do que isso, a interação mediada pelo computador é geradora de relações sociais que, por sua vez, vão gerar laços sociais. O conjunto das interações sociais forma relações sociais [...]. (RECUERO, 2009, p. 36).

Max Weber, um dos fundadores dos estudos modernos da sociologia, defendia que relação social: [...] diz respeito à conduta de múltiplos agentes que se orientam reciprocamente em conformidade com um conteúdo específico do próprio sentido das suas ações. [...] a conduta de cada qual entre múltiplos agentes envolvidos (que tanto podem ser apenas dois e em presença direta quanto um grande número e sem contato direto entre

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si no momento da ação) orienta-se por um conteúdo de sentido reciprocamente compartilhado. Assim, um aperto de mão é uma ação social [interação], porque a conduta de cada participante é orientada significativamente pela conduta de outro; já a amizade é uma relação social, porque envolve um conteúdo de sentido capaz de orientar regularmente a ação de cada indivíduo em relação a outros múltiplos possíveis e que, portanto se manifesta sempre que as ações correspondentes são realizadas [...]. (COHN, 2003, p. 30).

Assim, o conjunto de interações entre dois ou mais indivíduos forma relações, no entanto interações esporádicas não são suficientes para criar relação. Praticamos algumas ações de forma automatizada, como cumprimentar um desconhecido (interação), no entanto essa interação não é suficiente para que se crie uma relação. Em se tratando de comunicação mediada pelo computador, Garton, Haytornthwaite e Wellman (1997 apud RECUERO, 2009, p. 36) explicam que as relações possuem particularidades em comparação a outros contextos, devido às diferentes informações em diferentes sistemas, isto é, os relacionamentos ocorrem de acordo com o contexto do sistema onde estão os envolvidos.

Um exemplo

comum é um indivíduo que se relaciona em um determinado sistema com outros indivíduos que pertencem a um grupo específico, como os funcionários da empresa onde trabalha, em outro sistema, esse mesmo indivíduo se relaciona com amigos da escola. Não apenas os sistemas mudam (Facebook, Twitter, blogs etc.), mas as informações trocadas em cada um desses sistemas e a forma de interagir e consequentemente se relacionar. Em um ambiente você pode ser descontraído, em outro mais reservado, pode ser sério em seu local de trabalho e totalmente extrovertido em uma reunião familiar, o mesmo ocorre nas relações mediadas pelo computador. O conteúdo de uma ou várias interações auxilia a definir o tipo de relação social que existe entre dois interagentes. Do mesmo modo, a interação também possui conteúdo, mas é diferente deste. O conteúdo constitui-se naquilo que é trocado através das trocas de mensagens e auxilia a definir a relação. (RECUERO, 2009, p. 37).

Recuero (2009, p. 37) observa que as relações mediadas pelo computador possuem algumas limitações, em uma relação face a face há um contexto extraordinário a ser levado em consideração, tal como o aspecto físico e emocional

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dos interagentes, o local, clima etc. No entanto o desconhecimento desses aspectos dá ao relacionamento mediado pelo computador, apesar do distanciamento físico entre os interagentes, uma enorme facilidade em se construir e terminar relacionamentos. Esse distanciamento ainda provê anonimato, ―proporcionando uma maior liberdade aos atores envolvidos na relação, que podem reconstruir-se no ciberespaço. A falta de pistas tradicionais nas interações, como a linguagem não verbal, por exemplo, também podem influenciar nessas relações‖. (RECUERO, 2009, p. 38). As relações sociais atuam na construção de laços sociais (GARTON, HAYTHORNTHWAIT & WELLMAN, 1997 apud RECUERO, 2009, p. 38). Os laços sociais advindos das relações sociais, que por sua vez são produtos das interações sociais, são denominados laços relacionais. Mas os laços não dependem somente das relações para serem constituídos, Breiger (1974 apud RECUERO, 2009, p.38), nos mostra que o laço também pode ser criado por associação. Quando um indivíduo está conectado a outro através das relações sociais, têm-se o laço relacional, entretanto, se o indivíduo está conectado a um grupo ou instituição, temos outro tipo de laço, este, ―representado por um sentimento de pertencimento. Trata-se de um laço associativo‖. (RECUERO, 2009, p. 38-39). [...] não vejo razão pela qual indivíduos não possam ser conectados a outros por laços de associação comuns (como em diretorias) ou a coletividades através de relações sociais (como em ―amor‖ pelo país ou medo da burocracia. (BREIGER, 1974, p. 184 apud RECUERO, 2009, p. 39).

Laços sociais não dependem exclusivamente de interação, os laços relacionais são constituídos através das relações sociais, ocorrem devido às interações entre os atores de uma rede social. Laços de associação estão ligados ao pertencimento do indivíduo a um determinado local, instituição ou grupo. Os laços sociais também podem ser fortes ou fracos, segundo Granovetter (1973, p. 1361 apud RECUERO, 2009, p. 41) ―a força de um laço é uma combinação

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(provavelmente linear) da quantidade de tempo, intensidade emocional, intimidade (confiança mútua) e serviços recíprocos que caracterizam um laço‖. Laços fortes são aqueles que se caracterizam pela intimidade, pela proximidade e pela intencionalidade em criar e manter uma conexão entre duas pessoas. Os laços fracos por outro lado, caracterizam-se por relações esparsas, que não traduzem proximidade e intimidade. Laços fortes constituem-se em vias mais amplas e concretas para as trocas sociais, enquanto os fracos possuem trocas mais difusas. (RECUERO, 2009, p. 41).

A priori podemos imaginar erroneamente que laços fortes são mais importantes que laços fracos, no entanto os dois são complementares, Granovetter (1973) defende a importância dos laços fracos, pois atuam na conexão dos atores. Em suma, a teoria de Granovetter consiste em que, considerando que A interaja frequentemente com B e também frequentemente com C, temos AB e AC, ambos ligados por laços fortes, que podem ser facilmente identificados pela quantidade de interações entre os atores. Devido a essa frequência, em algum momento B e C interagirão, mediados por A, criando dessa forma um laço fraco entre BC, que pode vir a se tornar um laço forte. Assim, laços fracos são indispensáveis para que indivíduos venham a interagir com outros indivíduos e com grupos dos quais ainda não fazem parte. Os laços sociais também podem vir a ser multiplexos, normalmente essa multiplexidade ocorre com frequência entre os laços fortes, principalmente nas relações mediadas por computador. Os laços sociais podem ainda ser denominados multiplexos quando são constituídos de diversos tipos de relações sociais (Degenne e Forsé, 1999; Scott, 2000) como, por exemplo, um grupo de colegas que interage não apenas no ambiente de trabalho, mas também em eventos de lazer. Os laços fortes, de acordo com Granovetter (1973, p. 1361), de um modo geral constituem-se em laços multiplexos e essa característica pode, inclusive, indicar a existência de um laço forte. Laços sociais mediados pelo computador costumam ser mais multiplexos, pois refletem interações acontecendo em diversos espaços e sistemas. (RECUERO, 2009, p. 42).

Essa multiplexidade diz respeito à percepção que um indivíduo possui do outro em um relacionamento, por exemplo, A pode considerar B um amigo íntimo, o que caracteriza a relação AB um laço forte, no entanto B não percebe a relação

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dessa forma e assim não considera A um amigo íntimo, temos então no relacionamento BA um laço fraco.

3.3 O capital social [...] a participação em redes está associada ao capital social estrutural, sendo muito relevante a compreensão do tipo de rede que se está observando (diversidade dos participantes, institucionalização de normas de decisão, objetivos gerais ou específicos, tamanho e área geográfica etc.). O nível de confiança (e expectativa) entre os indivíduos da rede está relacionado com o capital social cognitivo e influencia a ação coletiva do grupo. Em parte, relaciona-se com o acesso à informação tanto no nível local quanto mais geral, este último associado aos meios de comunicação, ou, em outros termos, às fontes pessoais e impessoais. (MARTELETO & SILVA, 2004).

A verificação do tipo de valor construído em cada site pode auxiliar também na percepção do capital social construído nesses ambientes e sua influência na construção e na estrutura das redes sociais. O que é diferencial nos sites de redes sociais é que eles são capazes de construir e facilitar a emergência de tipos de capital social que não são facilmente acessíveis aos atores sociais no espaço off-line. (RECUERO, 2009, p. 107). A importância da construção do capital social é inquestionável, no entanto há certa confusão acerca do tema: o que realmente é capital social e como se adquire? Flores e Rello (2001) concordam a respeito da vasta bibliografia sobre o assunto, no entanto ainda não se tem um consenso do mesmo. Os autores dividem o tema em três questões básicas: 1) fontes e infraestrutura: normas, redes sociais, cultura e instituições; 2) as ações individuais e coletivas que essas estruturas permitem; 3) as consequências e resultados dessas ações. Basándonos en estos tres elementos, hemos resumido las principales definiciones de CS existentes. La primera columna indica que, de acuerdo a los diferentes autores, las fuentes y la infraestructura del CS pueden ser cosas tan distintas como los recursos morales de una sociedad (la confianza), la cultura, las normas, las redes sociales, las organizaciones y las instituciones. Todas ellas son consideradas como CS por algunos de los diversos

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autores, en lo cual otros no están de acuerdo. Esta confusión conlleva la impresión de que el concepto de CS no ha sido definido de forma rigurosa y aceptable para todos. ¿Sería razonable y aceptable definir um criterio para decidir cuales forman parte del CS y cuáles no? Nos parece que no es este el caminho más prometedor porque no existe aún una definición comúnmente aceptada de qué es realmente el CS. ¿Cómo podríamos incluir ciertos elementos de la sociedad como CS y excluir otros?3. Se podría aceptar que todos esos componentes sociales — confianza, redes, asociaciones, etc.— son las diferentes formas o fuentes del CS pero aún quedaría en pié la pregunta ¿qué es el CS? Em otras palabras, el CS no puede definirse a partir de sus fuentes o de la infraestructura que lo sostiene. La confianza, las redes o las organizaciones, no son el capital social, aun que sean los componentes que le dan origen. (FLORES & RELLO, 2001, p. 1 – 2).

Tabela 2 - Definições de capital social, selecionadas e classificadas de acordo com suas fontes, ação coletiva e seus resultados. Fontes e infraestrutura

Ação coletiva

Coleman, 1990

Aspectos da estrutura social

que facilitam certas ações comuns dos atores dentro das estruturas

Bourdieu, 1985

Redes permanentes e membros de grupos

Putnam, 1993

Aspectos das organizações sociais, tais como as redes, normas e confiança

Woolcock, 1998

Normas e redes

Fukuyama, 1995

Recursos morais, confiança e mecanismos culturais

Neo-weberianos

Laços e normas

Banco Mundial, 1998

Instituições, relacionamentos, atitudes e valores

Resultados

que assegura aos membros do grupo recursos atuais ou potenciais que permitem a ação e a cooperação

para benefício mútuo

que facilitam a ação coletiva que reforçam os grupos sociais que ligam os indivíduos dentro das organizações

e o benefício comum

que governam as interações das pessoas

e facilitam o desenvolvimento econômico e a democracia

FLORES & RELLO, 2001, p. 2

Apesar das dissidências os autores concordam que o conceito de capital social ―refere-se a um valor constituído a partir de interações entre os atores sociais‖. (RECUERO, 2009, p. 45). E são esses valores que serão expostos neste trabalho.

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Em comentários de blogs, [...] os laços são mais fortes e constituemse principalmente em relacionais. Talvez porque o blogueiro já tenha seu próprio espaço de visibilidade e a interação aconteça de modo descentralizado, a interação seja mais rica e mais social, proporcionando laços mais fortes, relacionais, multiplexos e com mais variedade de capital social acumulado. Quanto mais a parte coletiva do capital social estiver fortalecida, maior a apropriação individual deste capital. (RECUERO, 2009, p. 45).

Assim como os laços podem ocorrer de diversas formas, o capital social também possui vários tipos, Bertolini e Bravo (2004 apud ZAGO, 2008, p.3), a partir dos estudos de Coleman, propõem uma classificação para os diversos tipos de capital social. [...] para os autores, o capital social pode ser de dois níveis: há um primeiro nível, que prioriza as relações individuais, a partir do indivíduo e seus recursos pessoais, e um segundo nível, para as relações coletivas, quando os atores envolvidos no uso do capital social são mais numerosos. (ZAGO, 2008, p. 3).

Essa divisão dos tipos, denominada pelos autores de dimensões do capital social, apresenta-se da seguinte forma: a) Relacional: é o capital social adquirido por meio das relações dos indivíduos, de forma individual ou coletiva; b) Cognitivo: possui relação com o conhecimento adquirido e transmitido; c) Normativo: relacionado às regras determinadas e respeitadas por um grupo social; d) De confiança: é o quão confiável se apresenta um ambiente social para o indivíduo; e) Institucional: possui relação com a instituição em que o grupo social está inserido. A interação de um indivíduo com os demais em uma rede social mobiliza ao mesmo tempo diversas formas de capital social, e esse por sua vez auxilia na construção da reputação do ator em meio ao grupo. O capital social possui importância não só na construção da imagem do ator e das relações, mas também na disseminação de informações e na manutenção dos laços sociais. (idem).

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Recuero (2009, p. 108) nos mostra alguns dos valores do capital social mais comumente relacionados aos sites de rede social, e que estão, de acordo com Bertolini e Bravo (2004 apud RECUERO, 2009, p. 107) ligados aos tipos relacional e cognitivo.

3.3.1 Visibilidade Quanto mais presente nas redes sociais, mais visível o ator se torna. Esse aumento da presença do ator nas redes lhe confere valor de visibilidade, dessa forma amplificando seus nós, consequentemente suporte social e informações. Quanto mais conectado está o nó, maiores as chances de que ele receba determinados tipos de informação que estão circulando na rede e de obter suporte social quando solicitar. Assim, a visibilidade está conectada ao capital social relacional (BERTOLINI & BRAVO, 2001 apud RECUERO, 2009, p. 108).

Através da visibilidade podem-se obter outros valores, como reputação e popularidade. (RECUERO, 2009, p. 109). Essa visibilidade também está associada à manutenção dos laços na rede social. O aumento da visibilidade interfere diretamente na quantidade de nós e no capital social obtido.

3.3.2 Reputação Segundo Recuero (2009, p. 109), a reputação envolve três elementos: o ―eu‖, o ―outro‖ e a relação entre ambos. Podemos interpretar como sendo as impressões que os ―outros‖ possuem acerca do ―eu‖, impressões estas construídas pela soma de comportamentos e informações disponibilizadas pelo ―eu‖ e impressões de terceiros sobre o ―eu‖ fornecidas ao ―outro‖. A reputação de alguém seria então uma consequência de todas as impressões dadas e emitidas de um indivíduo. (GOFFMAN, 1975 apud RECUERO, 2009, p. 109). É através dessa reputação que os indivíduos selecionam em quem

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confiar em uma rede social é, portanto, o julgamento do Outro sobre suas qualidades. Apesar de muitas vezes ser fruto de visibilidade, a reputação é um valor qualitativo, enquanto que a visibilidade é meramente quantitativa. O número de seguidores em um blog não quer dizer que o ator tenha uma boa reputação, um ator com má reputação pode ter até mais visibilidade do que um ator com boa reputação. Todos os nós possuem em menor ou maior grau, algum tipo de percepção em sua audiência. A reputação, assim, refere-se às qualidades percebidas nos atores pelos demais membros de sua rede social. Ela pode ser gerenciada através dos sites de redes sociais, uma vez que cada ator pode, como já explicamos, construir impressões de forma intencional. Com essa intencionalidade, um determinado nó poderia trabalhar na construção de sua própria reputação, seja através das informações publicadas, seja através da construção de visibilidade social. A reputação, portanto, está associada ao capital social relacional e cognitivo de acordo com a proposta de Bertolini e Bravo (2001). Relacional porque é uma consequência das conexões estabelecidas pelos atores. Cognitivo porque está também relacionada ao tipo de informação publicada pelo ator social. (RECUERO, 2009, p.111).

Sendo boa a reputação, haverá laços fortes e fracos e interação entre os nós, no caso oposto, os laços fracos se encarregarão de alertar os outros nós das redes sobre a má reputação, havendo visibilidade, mas não interação entre os nós e o ator com má fama.

3.3.3 Popularidade A popularidade de um ator dentro de uma rede social é dada pela audiência do mesmo, quanto mais popular, maior será o número de conexões e mais central ficará o nó correspondente ao ator. Essa centralização do nó indica sua popularidade, ou seja, as conexões com os demais nós da rede acontecem por meio deste. Um nó mais centralizado na rede é mais popular, porque há mais pessoas conectadas a ele e, por conseguinte, esse nó poderá ter uma capacidade de influência mais forte que outros nós na mesma rede. Esses nós poderiam ser também aqueles classificados por Barabási (2003) como conectores. (RECUERO, 2009, p. 111).

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Por se relacionar com o número de comentários, audiência de um blog, número de visitas em um perfil, quantidade de links disponibilizados e pageviews, algumas pessoas que buscam popularidade na rede costumam trocar links em blogs, fazer constantes visitas a perfis de redes sociais e principalmente trocar comentários, participando ativamente de discussões e aumentando a visibilidade social. A popularidade, como valor, refere-se portanto, mais a uma posição estrutural do nó na rede do que à percepção que os demais nós tem. (RECUERO, 2009, p. 112).

O valor da popularidade é de cunho quantitativo, e nos termos de Bertolini e Bravo (2001 apud RECUERO, 2009, p. 112), está relacionada com o capital social relacional. Está também mais ligado aos laços fracos do que aos laços fortes, pois para a percepção do valor é importante notar a quantidade de conexões e não a qualidade destas. Pode-se dizer que a popularidade é consequência da visibilidade, no entanto, enquanto a visibilidade se atém ao fato de ser mais ou menos visível na rede, a popularidade trata da posição estrutural do nó em relação aos demais. Todos os nós são visíveis, com maior ou menor intensidade, mas apenas alguns são populares. ―A popularidade pode ser, assim, uma medida quantitativa da localização do nó na rede‖ (RECUERO, 2009, p. 113), quanto mais central, mais popular. Essa centralidade do nó é causada pelo número de conexões e relações estabelecidas com outros nós, no entanto não possui relação mútua com a reputação. A popularidade é simplesmente relacionada a uma reputação, boa ou ruim, há diversas maneiras de popularidade, um site pode ser popular por ser ruim, por exemplo.

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3.3.4 Autoridade A autoridade é a influência que um ator exerce sobre os demais nós da rede, está relacionado à sua reputação, mas não exclusivamente a ela, não se limita à posição estrutural em que se localiza na rede e nem à sua visibilidade. Autoridade, portanto, compreende também reputação, mas não se resume a ela. Autoridade é uma medida de influência, da qual se depreende a reputação. A autoridade é decorrente não apenas do capital social relacional, mas igualmente do capital social cognitivo de acordo com os tipos de Bertolini e Bravo (2001). (RECUERO, 2009, p. 113).

Como na teoria da ―Two-Step Flow‖ proposta por Paul Lazarsfeld, Bernard Berelson e Hazel Gaudet (1944, p. 98 apud WOLF, 2003, p. 39), a autoridade confere ao ator o status de líder de opinião, que através de seus comentários e interações, influencia os demais nós da rede. [...] a autoridade é relacionada à influência, à capacidade de um blog de gerar conversações na blogsfera. A autoridade de um ator no Twitter, outro exemplo, poderia ser medida não apenas pela quantidade de citações que um determinado ator recebe, mas principalmente pela sua capacidade de gerar conversações a partir daquilo que diz [...] (RECUERO, 2009, p. 113).

A autoridade então está relacionada ao capital social conector, já que o foco do ator que busca autoridade é a de conseguir audiência e não intimidade com os outros atores. Como observado até aqui, há inúmeras variáveis que determinarão o sucesso ou o fracasso de um blog, no capítulo III empregaremos os conceitos aqui expostos na análise do blog Dormiu, na tentativa de demonstrar na prática como essas variáveis são percebidas e a importância das mesmas na manutenção e sobrevivência do próprio blog.

CAPÍTULO III – DORMIU! O blog nasceu da ideia de reunir, em um único lugar, o conteúdo interessante que, por vezes, passa despercebido aos olhos dos internautas. Com a sua primeira publicação feita no dia 31 de Março de 2008, o Dormiu! foi, aos poucos, conquistando seu público e ganhando espaço na blogosfera, contando, hoje, com mais de dois mil e quinhentos leitores fidelizados. (http://www.dormiu.com.br/sobre).

Apesar de estar na própria página sobre o blog que a primeira publicação foi no dia 31 de março de 2008, o blog Dormiu estreou no dia 29 de março, quando o blogueiro Diego Toledo fez seu primeiro post: “McDonalds, que tal um tour?”, onde exibiu fotos do processo de produção de um dos produtos da rede mundial de lanchonetes McDonalds. Mais precisamente 17 fotos e o seguinte texto: “Depois (de já estar cansado) de ler sobre as polêmicas do McDonalds, o que acha de fazer um tour dentro de uma de suas fábricas?”. Uma das notícias que circulavam na internet em março de 2008 era a de uma suposta foto de um rato morto achado no meio do sorvete da rede. Mas dois anos antes da estreia do Dormiu, Diego com apenas 15 anos de idade, criou dois sites de compartilhamento de arquivos, onde disponibilizava o conteúdo para download de forma gratuita. Devido ao grande número de acessos, a publicidade em seus sites rendeu uma quantia considerável em dinheiro. Um dos sites continha desenhos animados antigos e no outro um grande acervo de músicas e vídeos produzidos pela MTV. Esse segundo site teve uma ascensão muito rápida e Diego Toledo chegou a receber material que não era disponibilizado nem pela própria MTV, logo chegou o primeiro aviso de processo por conta da ação ilegal que praticara. Após o segundo aviso de processo, onde a MTV lhe enviou uma lista contendo todos os artigos penais que foram infringidos e as penalidades aplicáveis, Diego encerrou os projetos dos sites de download e inspirado pelo blog Sedentário &

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Hiperativo1 do blogueiro Régis Freitas, deu início ao que é hoje o Dormiu, focandose em conteúdo e não mais em downloads. A identificação com o blog Sedentário & Hiperativo foi tamanha que Diego contratou a mesma agência que criou o layout do Sedentário & Hiperativo para desenvolver o Dormiu. Um investimento de aproximadamente R$ 2.000,00, dinheiro esse que havia guardado dos lucros de seus antigos sites, que concedeu um aspecto profissional ao recém-criado blog. Na transição dos sites de download para o blog, Diego ficou dois meses a pensar em um nome, até se lembrar de uma gíria usada por seu antigo professor de informática, ao concordar com algo, o professor2 em questão, ao invés de dizer palavras como “ok” ou “combinado”, dizia “dormiu”. O slogan “pra quem não dorme no ponto”, é uma referência às atualizações diárias do blog, como o próprio Diego justifica: “não durma no ponto, acesse o Dormiu e fique atualizado sobre curiosidades e o que tem rolado de interessante na web”.

1. Layout Criado com a plataforma Wordpress, o Dormiu possui um tema personalizado confeccionado pela extinta agência Tropus, de Fortaleza, Ceará. O layout preza pela simplicidade e organização das informações dispostas. A estrutura do blog segue o padrão de duas colunas, onde na coluna principal há os posts organizados em ordem cronológica inversa, ou seja, sempre o último post (o mais atual) em primeiro lugar. Na segunda coluna, de tamanho inferior à coluna principal, há opções de pesquisa, assinatura de feed, opção para enviar artigos em colaboração com o blog, lista de categorias dos posts, código do banner publicitário do blog, com medida de 120x60px para quem quiser fazer propaganda do Dormiu em seu site, lista das 1 2

http://www.sedentario.org/ Esse professor sou eu...

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redes sociais onde o blog está presente, disposta na forma de ícones que, quando clicados redireciona o internauta para o perfil do Dormiu, abaixo está o blogroll e por fim uma caixa com o texto “JUNTE-SE A NÓS!”, no entanto é apenas um texto e não um hiperlink, ou seja, não há interação alguma. Figura 14 – Layout do blog Dormiu.

http://www.dormiu.com.br, acesso em 10 de maio de 2012.

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Ao se projetar um site, os web designers utilizam algumas marcações chamadas tableless, que visam fornecer uma estrutura para a criação do layout, que posteriormente

facilitará

a

implementação

do

mesmo

por

linguagens

de

desenvolvimento de websites, como HTML e CSS e dessa forma permitirá que o layout seja interpretado corretamente em qualquer navegador. Figura 15 – Layout do blog Dormiu.

Estrutura do layout do blog Dormiu.

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A paleta de cores harmoniosas é composta por tons de cinza escuros e um verde claro, que se destaca frente às cores escuras. Segundo Farina (2006, p. 98-101), a cor cinza pode levar às associações afetivas como tédio, tristeza, decadência, velhice, desânimo, seriedade, sabedoria, passado, finura, pena, aborrecimento e carência vital. Já o verde pode ser associado à adolescência, bem-estar, paz, saúde, ideal, abundância, tranquilidade, segurança, natureza, equilíbrio, esperança, serenidade, juventude, suavidade, crença, firmeza, coragem, desejo, descanso, liberdade, tolerância e ciúme.

Figura 16 – Paleta de cores do blog Dormiu.

Paleta de cores criada pela Tropus Comunicação na Internet para o blog Dormiu.

Em relação à tipografia, é empregado o uso do tipo Arial, com suas variações “narrow”, “bold”, “italic” e “regular”, o tamanho também varia, sendo a escala de 13 até 21 pontos.

Figura 17 – Tipografia do blog Dormiu.

A imagem é meramente ilustrativa e não representa o tamanho real em pontos, tampouco abrange todas as variações da tipografia do blog, apenas as variações que mais se repetem.

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Os designers utilizaram também alguns grafismos e figuras na composição do cabeçalho e de background3 do layout, esses remetem aos assuntos abordados nos posts do blog, como games, variedades, história etc. Figura 18 – Background do blog Dormiu.

Elementos usados como complemento do layout do blog Dormiu.

Figura 19 – Cabeçalho do blog Dormiu.

Elementos utilizados na composição do cabeçalho do blog Dormiu.

A respeito dos posts, na página principal eles são organizados em autor e categoria na primeira linha, logo abaixo se encontra o título do artigo, na próxima

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Background é o segundo plano do layout, normalmente contém cores, gráficos e textos complementares.

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linha há uma imagem retangular que ilustra o conteúdo do artigo, em seguida aparece um resumo do artigo contendo um hiperlink que leva o internauta até o post completo e por fim há três botões: “twitte”, compartilhe e comente. O botão “twitte” cria automaticamente uma mensagem com um hiperlink no perfil do Twitter de quem o clica e o “comente” leva o internauta até a página do artigo completo, especificamente ao campo dos comentários. Ao se passar o ponteiro do mouse em “compartilhar” é exibido uma caixa flutuante com vários ícones que remetem às principais redes sociais, clique sobre o ícone referente ao site da rede social que deseja e automaticamente será publicado em seu perfil o artigo em questão. Na página que exibe o artigo completo, a ordem de exibição dos elementos do cabeçalho do post continua a mesma, com exceção do resumo, que dá lugar ao texto completo e do hiperlink que faz a ligação da página principal com a página do artigo completo, que não aparece, pois nessa página não possui utilidade alguma. No corpo de texto do artigo completo é comum aparecer imagens e hiperlinks, no final do texto continuam os três botões (“twitte”, compartilhe e comente). Logo abaixo há os comentários feitos pelos internautas, acompanhado do nome de quem fez o comentário (normalmente um apelido, também chamado de nickname), data e horário do comentário e o conteúdo do mesmo, é possível também incluir hiperlinks nos comentários. Após os comentários dos leitores, há alguns campos para que sejam preenchidos caso o internauta queira deixar um novo comentário. O layout do blog é estruturado, chamativo e organizado, também está em conformidade com os padrões adotados pela blogosfera, o que garante a usabilidade do blog, dessa forma cria-se uma navegação fluída e minimiza os ruídos e cliques para se obter a informação desejada.

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2. Conteúdo O Dormiu é um blog com foco em entretenimento e cultura, seus artigos, abrangem curiosidades, fatos corriqueiros, o que está em voga na mídia, informações úteis e outras nem tanto. Há conteúdo autoral, no entanto a maior parte das informações vem de pesquisas realizadas pelo blogueiro na internet, Diego é o único responsável pelos posts do blog, e categorizou as informações da seguinte forma: a) * do blogueiro b) Blog da vez c) Diário de bordo d) Games e) Imagens f) Informes publicitários g) Links h) Promoções i) Textos j) Vídeos 2.1 * do blogueiro. Categoria onde estão presentes os artigos de cunho pessoal, Diego “conversa” nesses posts sobre fatos de seu cotidiano e deixa os leitores a par do que acontece com o blog. Um exemplo é o artigo “Lá vamos nós para o hospital...” de 26 de outubro de 2010, onde há o seguinte relato: Queridos leitores, venho através deste justificar o possível atraso que acontecerá hoje na publicação de novos posts. Ontem a noite precisei ir ao hospital ver porque meu pé não parava de doer há 10 dias – depois de eu ter caído do telhado. O resultado é o que vocês podem ver claramente na foto ao lado: um pé “semi-engessado“. Digo “semi” pelo fato de, até então, só estar com uma tala. Hoje preciso regularizar uma papelada do plano de saúde – que resolveu pirar justamente quando eu mais preciso dele -, ir a um

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ortopedista especializado em pés e, se for o caso de engessar, mesmo, providenciar um par de muletas. Queria aproveitar pra agradecer o Bruno Pola que foi quem me socorreu e me levou pro pronto socorro ontem – mesmo tendo quase me matado “pilotando” a cadeira de rodas no hospital e ter dado mais atenção à enfermeira. :-P Bom, é isso, moçada. O negócio é passar uns dias de molho, andando de muleta. Um grande abraço a todos, Diego Toledo (@dormiu).

É também nessa categoria que se encontra depoimentos de Diego a respeito de marcas e produtos conceituados como Volkswagen, Pepsi e Brahma, depoimentos de outras pessoas e matérias na mídia a respeito do blog.

2.2 Blog da vez. Aqui são sugeridos ao leitor alguns blogs interessantes, contudo esses blogs não fazem parte do blogroll do Dormiu, Diego escreve resenhas e dá sua opinião acerca desses blogs. Blog da semana # 34 Escrito, ou melhor, desenhado por Ricardo Tokumoto, o blog Ryotiras é visita certa pra quem gosta de um bom conteúdo no que diz respeito a tirinhas e cartoons. Apesar dos boatos afirmando que Ryot faz uso de alucionógenos antes de desenhar suas obras, algumas publicações mostram que, além de desenhar o rapaz também entende de finanças, como em “Maneiras de Enriquecer na Vida“. Clique aqui5 e acesse o Ryotiras!

No total há 7 postagens nessa categoria, apenas dois possuem comentários de leitores, em um deles há apenas 1 comentário, onde a leitora agradece a dica e no outro há 8 comentários de leitores que escreveram a respeito do blog sugerido, pessoas sugerindo novos blogs à categoria e um agradecimento do autor do blog sugerido no artigo. 4 5

http://www.dormiu.com.br/blogs/blog-da-semana-3-11538/ http://ryotiras.com/

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2.3 Diário de bordo. Também de cunho pessoal e com a proposta de ser uma espécie de caderno de notas, possui apenas 4 artigos, sendo o último postado em 24 de maio de 2010, aparentemente os artigos que se encaixariam nessa categoria foram categorizados como “* do blogueiro”.

2.4 Games. Artigos onde Diego relata sua opinião sobre jogos de diversas plataformas: videogames antigos e atuais, jogos online, jogos para PC e celulares, como podemos ver a seguir. Blosics Este é mais um daqueles típicos joguinhos viciantes que envolvem física. Dispare a bolinha preta de dentro do círculo verde, sendo que, quanto mais tempo você demorar precionando o mouse, maior e mais veloz essa ficará. Em cada level, uma estrutura diferente. No começo até parece fácil, mas depois… Clique aqui6 para playar!

É uma das categorias mais acessadas do blog, fica atrás somente da extinta categoria “+18 [ou não]”, que continha material erótico e que foi posteriormente movido para outro segmento do blog, o Dormiu Hot, atualmente desativado.

2.5 Imagens. Nessa categoria o leitor encontra imagens curiosas, infográficos, fotografias, ilustrações etc. É a categoria que possui mais artigos publicados, um exemplo do conteúdo que pode ser encontrado nesses artigos:

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http://www.dormiu.com.br/games/blosics-16101/

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Figura 20 – Casinhas de cachorro luxuosas.

Parte do conteúdo do artigo “Casinhas de cachorro luxuosas”, disponível em .

Figura 21 – Liu Bolin, o homem invisível.

Parte do conteúdo do artigo “Liu Bolin, o homem invisível”, disponível em .

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Além de imagens, há também um breve texto de cunho pessoal do blogueiro: Há algum tempo eu já havia postado algumas fotos de Liu Bolin e sua curiosa arte de conseguir se “esconder” entre paisagens distintas. Na minha opinião, a seleção de imagens abaixo vem ainda melhor do que a primeira publicada aqui no blog. Texto postado por Diego Toledo no artigo “Liu Bolin, o homem invisível”, em 21 de fevereiro de 2011, disponível em .

Há muita informação útil e interessante, como fotos feitas por um satélite que mostram as anomalias na superfície da Terra7 e um infográfico em forma de mapa que aponta o índice de alcoolismo no mundo8.

2.6 Informes publicitários. Diego escreve a respeito da marca, produto, serviço ou evento, de quem paga por esse espaço em seu blog, apesar de ser um anúncio publicitário, o publieditorial se difere por ser uma linguagem formal e conter as impressões do blogueiro a respeito do assunto, o que confere a esse tipo de publicidade maior credibilidade e autenticidade da informação perante os leitores. Dentre os anunciantes podemos citar empresas como CCAA, Mastercard, Skol, 3M, Ambev, DELL, Guaraná Antarctica, Vivo, Renault, Canal Brasil, Fiat, Motorola, FedEx, Intel, Tim, Oi, Trident, Mentos, Terra, Universal Channel, Brasil Telecom, Brastemp, Olympus e o Governo Federal. Em um artigo de formato publieditorial de 12 de maio de 2010, Diego escreve: As mídias sociais como escola de idiomas Quantas vezes você já ouviu alguém dizer que estava com o seu inglês ou espanhol “inferrujado”? Pois é, isto é a coisa mais normal do mundo, afinal de contas, quando não estamos em contato direto com o idioma, começam a surgir dificuldades na hora de lidar com ele. Através de perfis no Facebook, Twitter e Orkut, a CCAA disponibiliza conteúdos sobre filmes, notícias e diversão, todos em inglês ou 7 8

http://www.dormiu.com.br/imagens/gravity-anomalies-satellite-7369/ http://www.dormiu.com.br/imagens/mapa-indice-de-alcoolismo-no-mundo-28772/

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espanhol, o que possibilita aos internautas treinar os idiomas. Logo abaixo estão os links dos principais canais: Perfil oficial no Orkut Comunidade no Orkut Página no Facebook Conta no Twitter Uma excelente iniciativa da CCAA, uma das principais escolas de línguas do país, inovando com as redes sociais e a forma de aprender 2.0. ;-)

No menu principal do blog há a opção “anuncie”, onde, ao se clicar, é exibido uma página que contém estatísticas do blog, perfil dos leitores e lista de alguns anunciantes, também o seguinte texto: As mídias sociais já provaram por sí só quão vantajosas são na execução de uma campanha publicitária online, seja esta em caráter institucional ou promocional. Mas, se ainda assim você não estiver convencido, podemos te apresentar alguns fatos esclarecedores. Assumindo papéis significativos no conceito de Web 2.0, os blogs e seus autores – comumente chamados de formadores de opinião são peças fundamentais no que diz respeito à revolução na era da comunicação. Propagandas contextuais, baseadas em experiências reais e com abertura à interação entre marca e consumidor resultam em um número de conversões imensamente maior se comparado ao atingido com ações tradicionais. Isto se deve ao fato do modo como a mensagem é transmitida e como ela é recebida pelo leitor.

Apesar de haver espaço para banners publicitários, os anúncios no blog são em sua totalidade no formato de publieditorial e se encontram na categoria Informes Publicitários. Os valores e formatos de anúncios são negociados diretamente com Diego, que usualmente cobra valores entre R$ 300,00 a R$ 500,00 por publieditorial. Algumas agências, por conta de frequentes investimentos, recebiam descontos nesses valores. Em alguns casos o publieditorial era feito por conta do brinde que Diego recebia das empresas, sem qualquer tipo de custo para as mesmas.

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2.7 Links. O conteúdo dos artigos postados nessa categoria diz respeito a dicas de sites interessantes e restringe-se a um breve comentário, uma figura de prévia e um link que redireciona o leitor até o site que está sendo abordado no artigo. Para exemplificar, vejamos o conteúdo do artigo de 14 de setembro de 2010, cujo título é “Manual com dicas e soluções para erros no iPod”. Comprei um iPod recentemente e logo me vi com a necessidade de resolver alguns problemas e dúvidas sobre o aparelho. O manual em questão te explica o que fazer quando o iPod trava e mais uma porção de dicas. Clique aqui para acessar!9

Importante observar que, mesmo que o leitor seja redirecionado para outro site, alguns voltam ao Dormiu para deixar suas impressões sobre o conteúdo do site para o qual foram redirecionados.

2.8 Promoções. As promoções publicadas no blog ocorrem de 3 formas: a primeira são promoções realizadas pelo próprio blog, a segunda são promoções diversas divulgadas de forma gratuita e a última são publieditoriais focados em promoções que foram previamente negociadas com o blogueiro. Essa última pode ser uma promoção veiculada exclusivamente no Dormiu ou em conjunto com outros blogs, as promoções diversas que não se enquadram no publieditorial podem ser exclusivas para blogs ou não, sendo divulgadas promoções que Diego considera relevante para o conteúdo de seu blog. O que você sabe sobre o U2? Se você é fã da banda U2 e está a fim de descolar uns prêmios bacanas, se liga! A promoção “Sabe Tudo U2” premiará os 3 participantes que mais se destacarem no quiz, sendo que o 1° e o 2° lugar levam celulares 9

http://dormiu.com.br/outros/manual-ipod/

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Motorola, além de brindes exclusivos disponibilizados pela banda, como CDs, DVDs, livros e até moletons! Quem se interessar, basta clicar aqui10 para cadastrar-se no site da promoção e responder às perguntas do Quiz. Participe!

Já as promoções realizadas pelo Dormiu, normalmente possuem parcerias, na logística da promoção ou em relação às premiações. Promoção: Monstros vs Aliens E aí, moçada! Que tal uma promoção para animar a quarta-feira? A HP me enviou, esta semana, 2 pares de convites para o filme “Monstros vs Aliens”. De início, iria sortear apenas um parte no blog e ficar com o outro, mas, como ultimamente não tenho tido tempo para fazer nada a não ser trabalhar, resolvi sortear os dois pares! ;-) A animação utilizou as tecnologias Ultimate 3D e Stereoscopic 3D e foi feita em Workstations HP, por isso a marca disponibilizou os convites para conferirmos. • Como participar: Para concorrer ao seu par de ingressos, basta responder a pergunta abaixo: O que você twittaria se estivesse no meio da batalha de “Monstros vs Aliens”? A resposta deverá ser twittada, juntamente com a tag #cineHP, através da qual irei fazer o monitoramento dos participantes. • Enviando sua resposta: Após ter twittado sua resposta, deixe um comentário neste post com o link da mensagem. Clique aqui para ver um exemplo. • Valendo! As respostas podem ser enviadas até segunda-feira (18), sendo que os vencedores serão divulgados na terça (19). • Update Acabei de receber um e-mail dizendo que, além dos pares de convites, os vencedores também terão pipoca e refrigerante na faixa! ;-)

10

O link redirecionava o leitor até o site da promoção, que não existe mais.

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Essa promoção foi realizada no dia 13 de maio de 2009, houve apenas 8 comentários no post e os mesmos foram removidos. No Twitter nada consta ao se pesquisar11 a hashtag #cineHP.

2.9 Textos. Há apenas 20 artigos nessa categoria, onde encontramos textos de Diego a respeito de assuntos diversos, e textos de terceiros enviados ao blog ou ao blogueiro através de e-mails, mensagens instantâneas e comentários. Apesar do nome, não há apenas textos no conteúdo dos artigos, no post “Lucas Silva e Silva – Mundo da Lua” de 6 de janeiro de 2010, além das considerações de Diego a respeito do seriado que era exibido pela TV Cultura no período de sua infância, há fotos e vídeos com trechos dos episódios, além de hiperlinks onde o leitor poderá assistir a mais vídeos do seriado. No geral, o conteúdo se assemelha ao do publicado na categoria “* do blogueiro”, exceto pelo fato de que não há relatos sobre o cotidiano do blogueiro nem informações a respeito do blog.

2.10 Vídeos. A última categoria da lista apresenta vídeos diversos, em sua maioria extraídos do YouTube, sempre precedidos de uma introdução escrita pelo blogueiro e em algumas vezes agradecimentos a quem indicou o vídeo. É a segunda categoria com mais artigos publicados, no total são 633 posts.

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Pesquisa realizada no dia 13 de maio de 2012.

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3. Comentários Na página “anuncie”, Diego informa aos interessados alguns dados a respeito de seu blog, um em particular é a quantidade de comentários realizados pelos leitores do Dormiu, que até o dia 20 de outubro de 2010 somavam 9035 de acordo com o sistema do blog. Também nessa mesma página há dados sobre o perfil dos leitores: GÊNERO 85% dos leitores são do sexo masculino 15% dos leitores são do sexo feminino

FAIXA ETÁRIA 60% têm entre 19 e 25 anos de idade 20% têm entre 16 e 18 anos de idade 15% têm entre 26 e 30 anos de idade 05% têm mais de 31 anos de idade

GRAU DE ESCOLARIDADE 60% encontram-se cursando o Ensino Superior 34% encontram-se cursando o Ensino Médio 05% encontram-se cursando o Ensino Fundamental 01% encontra-se cursando Pós-graduação ou superior

No entanto não há indícios de como esses dados foram obtidos. Nos comentários publicados encontram-se desde conteúdos banais até discussões acaloradas, Diego relata que no início não havia necessidade de moderação aos comentários, mas a partir da popularização do blog surgiram mensagens inconvenientes como xingamentos, discussões agressivas e spams, o que o levou a excluir alguns comentários e até banir leitores que insistiam em usar linguagem agressiva ou de baixo calão.

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Logo após os campos que devem ser preenchidos antes de se comentar no blog, pode-se ler o aviso: “Comentários com links precisam passar por moderação antes de serem publicados, portanto, não se espante caso seu comentário não apareça no post instantaneamente”. Há também um campo onde quem deseja fazer um comentário deve responder a uma equação matemática banal como 2 + 2, esse campo serve para que seja comprovado que o comentário não venha a ser realizado por robôs12. A interação entre o blogueiro e os leitores é muito nítida nos comentários dos artigos, Diego acompanha todos os comentários, e sempre que possível ou necessário, responde também com um comentário, diretamente a quem lhe fez uma pergunta ou crítica. 1. Felipe bizzi 12/05/2010 • 15:43 Cara existe um site chamado Live Mocha que ensina também, vários idiomas, da pra gravar vídeos e mandar para eles avaliar sua pronúncia, super bacana!! segue o link http://www.livemocha.com/ NÃO É PROPAGANDA NÃO… só uma dica :D 2. Felipe Bizzi 12/05/2010 • 22:44 Aaaahhhh apagou meu comentário falando do Site Live Mocha que também ajuda nas aulinhas de idiomas!! :( 3. eduardo 12/05/2010 • 23:12 Meu ingles não está enferrujado ele está ruim mesmo. 4. Diego Toledo 13/05/2010 • 0:36 @Felipe Bizzi Não apaguei, não, meu velho. Todo comentário que contém algum link fica pendente na moderação pra evitar SPAM. Vou verificar aqui e já aprovo! ;) 5. Cami 13/05/2010 • 2:17

12

Esses robôs são na verdade softwares que rastreiam campos do tipo comentário nos blogs e incluem automaticamente mensagens que contém spam e hiperlinks com vírus.

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Sim, o CCAA é uma das melhores, mas a Wizard ainda tem o melhor ensino, pois a cada ano a Wizard atualiza os livros, já as outras escolas de idiomas atualizam a cada 3 ou 4 anos. Mas esta inciativa do CCAA é ótima ! 6. Guilherme Silva 25/06/2010 • 12:22 Está é uma ótima iniciativa da CCAA parabéns isso poderá ajudar muitas pessoas.

Alguns artigos como o “Técnicas para não receber panfletos no semáforo”, de 1 de abril de 2011, onde Diego postou um vídeo humorístico onde o protagonista dá dicas sobre o que fazer para não receber panfletos enquanto estiver parado com o carro no semáforo, gerou os seguintes comentários. 1.Links da semana #9 | RI MAN 08/04/2011 • 23:19 [...] Dica: Como não receber panfleto no semáfaro [...] 2. Rafael 10/04/2011 • 11:22 Eu sou um entregador de panfleto no sinal, e o jeito mais convicente de não receber o mesmo é apenas sinalizar que não quer receber, agora se vcs pensarem que a galerinha que tá ali fazendo esse trabalho é porque tem família pra sustentar, talvez vcs recebesse na moral, mas nesse país de egoístas onde só o que importa é o próprio umbigo, não é de admirar que se criem até um post como esse, mas o que conforta é que a lei é a do mais forte, vc ignora um panfleteiro e seu chefe te ignora a vida toda. 3. Como não receber panfletos « kengomoco 10/04/2011 • 12:28 [...] Via DORMIU! LikeBe the first to like this post. [...] 4. bruno 10/04/2011 • 15:24 o panfleteiro é acima de tudo um desrespeitador do direito do proximo, que praticamente obriga o motorista/pedestre a aceitar seu panfleto, nao demonstrando o menor senso de educaçao, higiene ou civilidade ao nao se constranger com o fato de que EMPORCALHA tudo por onde passa. panfleteiro é um vandalo antes de mais nada. Se quer falar em egoismo, converse com um gari e veja se acha bacana essa sua profissao de sujar ruas. 5. iGoW 16/04/2011 • 2:57 O Do encarar é a mais pura verdade

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6. Eita Mulesta » Técnica para não receber panfletos no semáforo 20/04/2011 • 13:19 [...] Fonte [...] 7. Bruno 18/05/2011 • 14:36 Larga de ser cabaço bruno, o cara nao entrega panfleto pra sujar a rua e nem por vontade de sujá-la idiota 8. Mari 19/05/2011 • 21:08 Seria engraçado se nao existissem pessoas idiotas que pensassem como esse Bruno. Eh o trabalho deles, tem é q haver respeito Receba, chegue em casa e jogue no lixo. Esse simples gesto não vai custar NADA a vc e pode ajudar um pai de família que, por não ter uma melhor oportunidade, está ali no sinal, ao sol, tudo pra tentar sustentar a família de uma forma digna… 9. JotaK 23/05/2011 • 15:57 Se eu já vejo que é algo que não me interessa eu até pergunto pra pessoa que ela prefere que eu pegue pra acabar mais rápido ou se ela quer que eu não pegue e deixe para que vai pegar e se interessar e a ação vai acabar dando o resultado esperado pela empresa que está o contratando. Se todas pessoas pegarem por pegar para jogar fora, a empresa não vai perceber resultados e vai acabar demitindo o coitado. Use do bom senso. 10. Crypto 14/09/2011 • 2:04 Isso é apenas uma brincadeira. Não entendo o porque de tanta indignação. Aliás o mundo era muito mais políticamente correto que antes da “moda” do políticamente correto. 11. fantomas 14/11/2011 • 12:29 esse bruno deve ser um corno de marca maior mesmo…bom vai ser quando um cara no farol chegar e meter um cano na tua cara ou da tua mãe e matar sem pensar duas vezes…afinal os entregadores de panfleto enchem o saco de todos e assaltante não!!! se liga analfabeto, quer fazer coisas engraçadas enfia uma melancia no da tua mãe e filma ai pra gente ver!!!! 12. Matheus 18/01/2012 • 18:48 q porra de carro é esse ?? 13. Thiago 26/01/2012 • 12:43 QUE CARRO É ESSE??? 14. norinho 09/02/2012 • 20:38

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Que legal esse vídeo! rsrs Parabéns aos criadores e atores. 15. Fuck Year 22/02/2012 • 18:07 Filha dá … kk racheyy

Há casos onde o leitor assíduo do blog se orgulha de ter feito o primeiro comentário do artigo, normalmente usando a palavra “primeiro” em inglês como um trunfo, independente do conteúdo do post.

4. Métricas Além dos dados fornecidos pelo próprio sistema do Wordpress13, Diego ainda utiliza o sistema de métricas da Google, o Google Analytics. Através do Analytics o blogueiro tem acesso aos mais variados dados estatísticos de seu blog, dessa forma consegue medir a audiência, o comportamento dos leitores, quantidade de acesso aos artigos, tendências etc. É também através dessas métricas que é estabelecido o valor dos espaços publicitários, quanto maior a visibilidade do blog, mais alto é o valor cobrado. Desde sua estreia em 29 de março de 2008 até 13 de maio de 2012, o blog Dormiu foi visitado por 3.419.889 leitores, e o tempo médio de permanência desses leitores no blog foi de 2 minutos e 10 segundos. O blog ainda possui perfil no Facebook, com 623 likes e o perfil pessoal de Diego Toledo no Twitter possui 5.023 seguidores14. O mais interessante dessas métricas é que a última atualização no blog foi feita dia 3 de junho de 2011, desde então não há absolutamente nenhum artigo novo, mesmo assim o Dormiu recebeu em abril de 2012, 1700 visitas. Alguns dados interessantes: Tabela 3 - Quantidade de artigos por categoria 13 14

CMS utilizado pelo Dormiu. Dados em 13 de maio de 2012.

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Categoria

Quantidade de artigos publicados

* do blogueiro

94

Blog da vez

7

Diário de bordo

4

Games

217

Imagens

731

Informes publicitários

72

Links

62

Promoções

59

Textos

20

Vídeos

633 Quantidade de artigos publicados em cada uma das categorias do blog Dormiu.

Tabela 4 – As 3 páginas mais acessadas desde 31 de março de 2008. Endereço (URL)

Visualizações de páginas

/ (www.dormiu.com.br)

1.370.949

/imagens/fotos-priscila-pires-bbb9-nua-pelada-6414/

443.949

/imagens/download-video-porno-maira-bbb9-6320/

197.270

Dados do Google Analytics, em 13 de maio de 2012.

Tabela 5 – Principais países que acessam o blog Dormiu.

País

Número de visualizações

Brasil

4.514.008

Portugal

73.400

Estados Unidos

41.106

Japão

23.656

Reino Unido

6.903 Dados do Google Analytics, em 13 de maio de 2012.

Por conta do abandono, do total de visitas 72,43% são constituídas de novos visitantes e 27,57% são visitantes que retornam ao blog.

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O Dormiu também possui uma boa posição no PageRank de buscas do Google, isso significa que o blog aparecerá entre os principais resultados quando alguém buscar por uma palavra-chave que esteja relacionada com algum conteúdo do blog. No site Marketing de Busca há uma calculadora15 onde o usuário pode conferir o nível de PageRank de qualquer site, basta digitar a URL do mesmo. O Dormiu possui PageRank 4 (escala de 0 a 10), o que é um excelente resultado para um blog desatualizado.

5. Divulgação Logo no início Diego já se preocupava em trocar links com outros blogs, e foi dessa forma que o Dormiu começou a ganhar visibilidade, no entanto essa foi apenas uma das práticas de divulgação utilizada por ele. Com atualizações frequentes, o blog estimulava a volta de seus leitores, e sempre que possível, havia uma promoção para se participar ou alguma outra estratégia de marketing que acarretava em divulgação para o Dormiu. O blog esteve a ainda continua presente nas principais ferramentas de redes sociais, o que causa um estreitamento ainda maior com os leitores assíduos e através desses, aumenta cada vez mais os laços fracos que disseminam os links do Dormiu pelas redes sociais. Diego também promovia chats entre os leitores e convidava a todos para participarem do artigos do blog. Recursos como feeds também foram utilizados, o que permite ao leitor receber os artigos em seu leitor de feed ou e-mail, sem precisar acessar o blog. À medida que ganhou popularidade nas redes, Diego foi convidado a participar de alguns programas de rádio e concedeu entrevista sobre blogs à uma filial da Rede Globo no interior paulista. 15

http://www.marketingdebusca.com.br/pagerank/

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Frequentemente participava de blogs parceiros e passou a ser citado em outros sites como referência a blogs de variedades e por personalidades nacionalmente conhecidas, como a atriz e humorista Cris Nicolotti, que gravou um vídeo16 onde homenageia o Dormiu. Diego chegou a ser reconhecido por leitores de seu blog em Vancouver, no Canadá, quando fez um intercâmbio naquele país.

6. Blogroll Dentre os parceiros do Dormiu, estão os blogs Haznos, “Ah, Tri né?”, Treta, Sedentário & Hiperativo, Ocioso, Xpock, Sopre o Cartucho, Jacaré Banguela, Não Salvo, Uhull, Dr. Pepper, O Buteco da Net, Quarto Universitário, Chicclete, Corto Cabelo e Pinto e Lista 10. Alguns blogs como o Jacaré Banguela são tão populares que estenderam suas atividades ao off-line, esse, por exemplo, possui um programa humorístico no canal Multishow. No dia 7 de junho de 2008, ainda no início do blog, Diego publicou um artigo onde agradece aos parceiros que fazem parte de seu blogroll. Recorde! Ontem o Dormiu! bateu o seu recorde de visitas. Foram quase 11 mil acessos únicos! [Exatamente 10.846] Este resultado deve-se a amigos, como Jacaré Banguela, Haznos, Lista 10, Sedentário e Hiperativo, Bobagento, O Buteco da Net, Pensar Enlouquece e, é claro, a todos os nossos outros parceiros e blogueiros que fazem postagens e citações do Dormiu!. O blog vem crescendo consideravelmente e tomando proporcões cada vez maiores. Tenho me dedicado ao Dormiu! e espero que essa dedicação não esteja sendo em vão, já que penso apenas em vocês – desde a montagem do layout até à escolha das matérias.

16

http://youtu.be/WtVvtLLpplc

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Manter um blogroll formado por blogs de grande visibilidade atrai outros blogueiros interessados em parcerias, como registrou Diego no post “Dormiu! no Blogamos”, em 18 de junho de 2008. Olá, pessoal, boa tarde. A convite do Renê Fraga, o Dormiu! agora faz parte do Blogamos. Como vocês devem ter percebido, a barrinha já está sendo exibida desde ontem. O Blogamos é uma rede seleta de blogs que conta com um portal exclusivo para a exibição das principais matérias dos mesmos. Desse modo, você confere em um só lugar o que está rolando pelos principais blogs brasileiros. Crescendo a cada dia, o portal organiza suas publicações por assunto, fazendo assim com que seus visitantes busquem sempre pela informação que lhes for mais relevante, com colunas do tipo Estilo de Vida, Cultura Pop, Variedades, Humor, Tecnologia e TV & Cinema. Agora, além das matérias aqui publicadas, vocês também podem conferir um ótimo conteúdo por parte dos outros blogs da rede. Basta acessar o menu scroll no canto direito da barra do Blogamos e escolher o blog de sua preferência. Show de bola, né?

Como o Dormiu está sem atualizações desde 2011, ele foi excluído do blogroll de seus parceiros.

7. Publicidade No auge da popularidade, em 2009, muitos anunciantes voltaram os olhos para o Dormiu e investiram em publieditorial, tamanha a popularidade do blog. Evento de lançamento da nova Saveiro Moçada, por volta das 8:30 da manhã de hoje (31/Agosto), estarei chegando à Fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, onde acontecerá o evento de lançamento da Nova Saveiro. Deixei a foto do convite em meu Twitpic, para os que quiserem conferir. Ao longo do evento, devo estar twittando – isso se meu pacote de dados realmente for ativado de acordo como me foi passado.

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Para me acompanhar, siga-me no Twitter! Publicado em 31 de agosto de 2009.

Figura 22 - Convite para o evento de lançamento da Nova Saveiro.

Convite para o evento de lançamento da Nova Saveiro na Fábrica da VW.

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Diego também recebia kits de anunciantes que se interessavam por suas impressões pessoais a respeito das marcas anunciadas. Além da nova lata vermelha da Brahma, Diego também recebeu a nova lata da Pepsi. Pepsi: renovação. Nesta última sexta-feira, 24 de Julho, recebi um kit da Pepsi com alguns brindes bem bacanas, mas, dentre eles, o que mais me chamou a atenção foi o novo design da lata do refrigerante. Além da mudança nítida no logotipo, a latinha adotou uma aparência mais “minimalista” que – na minha opinião – deu um aspecto mais robusto à mesma. No kit veio um folder sobre a nova proposta “Renovação” da Pepsi – explicando a postura adotada pela empresa em estar renovando-se constantemente. Além do impresso, também faziam parte do conjunto um pen drive personalizado na forma do novo logotipo e uma latinha do refrigerante em seu novo modelo. > Clicando sobre imagens dispostas na publicação, você poderá conferí-las em tamanho ampliado. Segue, logo abaixo, o vídeo institucional da nova campanha que, diga-se de passagem, teve uma excelente produção. Publicado em 25 de julho de 2009.

Figura 23 – Kit enviado pela Pepsi e Diego com a nova lata.

Kit enviado pela Pepsi em 24 de julho de 2009.

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Figura 24 – A nova lata da Brahma.

A nova lata da Brahma e o blog Dormiu ao fundo, detalhe para o selo de primeiro lote.

A Skol também enviou novidades para Diego divulgar, como a lata de 5 litros e a “lata falante”, essa última antes mesmo de ser lançada no mercado. Uma lata de cerveja que fala? No mês passado, recebi uma Skol Cincão de presente. Desta vez, a Skol me presenteou com uma Lata Falante, objeto da nova ação realizada pela empresa. A latinha – que, de primeira instância, parece normal – possui um dispositivo eletrônico que a faz falar. Pra conseguir explicar melhor, fiz um pequeno vídeo. Caso você esteja no trabalho e não consiga acessar o YouTube, assista por aqui! Logo abaixo está o comercial que, provavelmente, deve estar sendo – ou ainda será – veiculado na televisão. Como eu gosto quando tem argentino pro meio! rs Publicado de 14 de maio de 2010.

Muitas empresas enviaram kits para serem divulgados no Dormiu, como o “kit do ligador”, da Oi e o jogo “Cara-a-cara” da Estrela, enviado pela Olympus, a particularidade do jogo é que continha caricaturas de alguns blogueiros, incluindo a do Diego.

92

8. Outros projetos Além do Dormiu, Diego mantinha também mais três projetos que não chegaram a ter o mesmo sucesso do blog. O

Mochileiro

era

uma

tentativa

de

conquistar

patrocinadores

que

subsidiassem uma viagem que Diego faria para o Chile através de um programa da faculdade que cursava. DETALHES DO PROJETO Não quero ganhar dinheiro com este projeto, trata-se de uma realização pessoal e a monetização sobre isso está fora de cogitação. O fato é que pensei em entrar em contato com algumas marcas para ver se, então, estas se interessam em “patrocinar” a viagem. Bem, vou tentar explicar melhor a vocês… A marca “x” disponibiliza pares de óculos, a “y” entra com uma câmera digital ou filmadora, a “z” com uma barraca e por aí vai, cada uma forneceria um ou mais produtos de sua própria fabricação. Desta forma, eu registraria o uso destes produtos durante toda a aventura de mochileiro através de vídeos e fotos.

Esse projeto nunca chegou a ser viabilizado, pois surgiram oportunidades mais interessantes para Diego. Por conta de artigos que exploravam a sexualidade, Diego resolveu criar um novo segmento do blog, o Dormiu +18, no entanto sempre foi contra sua política explorar a pornografia e no blog só era postado material erótico, como o blog principal está temporariamente sem atualizações, o Dormiu +18 acabou sendo desativado. Diego também desenvolveu o Dormiu Store, um catálogo virtual onde os anunciantes exibiam seus produtos, também pela falta de atualizações do Dormiu, esse projeto foi desativado. O Dormiu abriu muitas portas a Diego, que chegou a ser contratado pela agência de comunicação Riot de São Paulo, sem mesmo ter passado por um processo de seleção. Mas a falta de tempo e novos interesses o levaram a abandonar o blog em 3 de junho de 2011.

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Atualmente ele cursa Publicidade e Propaganda na Universidade do Sagrado Coração (USC) em Bauru, interior de São Paulo e é sócio-proprietário da agência de comunicação Hype Source17, localizada também em Bauru.

17

https://www.facebook.com/hypesrc e http://hypesrc.com

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Anexo 1 - Entrevista com Diego Tolego, criador do blog Dormiu.

Diego Gonçalves de Toledo, nascido em 09 de janeiro de 1991, é natural de Cafelândia, São Paulo. Atualmente cursa Comunicação Social com habilidade em Publicidade e Propaganda na USC de Bauru, São Paulo. Vamos dizer que eu curso a faculdade desde o primeiro semestre de 2009 - estaria no quarto ano hoje. É que o esquema aqui da USC pra grade antiga é bem flexível e eu não pego a grade fechada (todos os créditos) justamente pra conseguir me dedicar aos jobs em paralelo, então acabaria me formando em 5 ou 6 anos.

Seu único emprego em local físico foi na Agência Riot, localizada na cidade de São Paulo, atuou como freelancer para agências digitais e empresas de todo Brasil e hoje é sócio da agência de comunicação Hype Source, com escritório próprio na cidade de Bauru, interior de São Paulo. Trabalha exclusivamente com web, desde arquitetura da informação à otimização, estratégia, desenvolvimento, consultoria, etc.

01. Como surgiu a ideia do blog? Qual foi o propósito? Durante 2 ou 3 anos (entre 15 e 17) fui fissurado por desenhos animados e mp3. Nesse tempo tive dois sites de download, um voltado exclusivamente a desenhos animados antigos e outro com todos os discos, tapes, dvds e etc da MTV (o projeto ganhou proporção tão grande na época que eu cheguei a receber materiais produzidos que nunca chegaram a ir para as lojas. Estes, por vez, assim como os demais, eram disponibilizados para download gratuito). Depois de ter recebido a segunda ameaça de processo, esta mais agressiva que a primeira, achei que fosse hora de voltar a ter boas noites de sono, fechei ambos e com o dinheiro que havia guardado fundei o Dormiu! – inspirado principalmente pelo Sedentário & Hiperativo, um dos maiores blogs brasileiros.

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Nome do blog: Agora você vai cair do cavalo. rsrs. Quando me decidi em parar com os sites ilegais e começar a trabalhar sobre algo digno, fiquei quase 2 meses pensando em qual poderia ser o nome deste e nunca chegava a uma conclusão, até o dia em que eu acordei lembrando de uma passagem no Kennedy (sim, a escola do Carlinho Suruba) em que você me dava aula de alguma coisa e, durante esta passagem, na hora de concordar com alguma coisa (não me lembro o que), você me disse "dormiu!" ao invés de "ok", "fechado", "firmeza" ou qualquer outra coisa. O Dormiu! só se chama Dormiu! por sua causa. Hahaha Sobre o Slogan: Apesar de soar meio contraditório, o "pra quem não dorme no ponto" refere-se ao fato de o blog estar (na época, claro) sempre atualizado, então fica algo como "Não durma no ponto, acesse o Dormiu e fique atualizado sobre curiosidades e o que tem rolado de interessante na web".

02. Como foi o processo de criação? Eu não havia noção nenhuma de NADA na época, mas estava disposto a correr atrás de informações, já que o modelo através do qual eu estava gerando dinheiro estava me trazendo dores de cabeça impagáveis – cheguei a receber um email da MTV com a listagem de todos os artigos penais que eu estava infringindo e as penalidades aplicáveis a cada um deles. Tratando-se do modelo de blog voltado a conteúdo – e não downloads -, o SH era a minha principal referência: conteúdo interessante e de qualidade aliado a um layout digno. Foi quando decidi ir atrás da empresa que havia feito o blog deles (referência no rodapé do blog na época, a empresa não existe mais, chamava-se Tropus e era de Fortaleza, hoje sou amigo pessoal de um dos antigos donos). Paguei o desenvolvimento do Dormiu! (algo por volta de R$2k) com a grana que havia guardado e foi então que comecei a trabalhar com veiculação de anúncios publicitários (publieditoriais) e, posteriormente, como mídia de agências digitais prestando serviço à distância.

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03. Após o blog pronto, como foi decidir a primeira postagem? Meu foco sempre foi mesclar entretenimento e informações interessantes através de posts sobre curiosidades. A primeira postagem foi sobre o interior de uma fábrica no Mc Donalds com imagens que ilustravam todo o processo de produção de hambúrgueres, pães, etc. (http://www.dormiu.com.br/artigos/mcdonalds-que-tal-umtour-17/). A primeira postagem foi publicada em 29 de março de 2008 e representa o start oficial do Dormiu!.

04. No início, como foi feita a divulgação do blog? Em 2008, quando lançado, não existiam tantos blogs como vemos hoje. A cultura de internet não estava tão disseminada e ainda não havia sequer previsão para o atual boom das mídias sociais e suas vertentes. A divulgação era feita basicamente através da troca de banners entre blogs parceiros e o Dormiu!, por já ter nascido com um layout profissional e bastante diferenciado para a época, não teve dificuldades em ganhar visibilidade. Além disso, a seleção de pautas e a frequência de publicação das mesmas foram fatores cruciais para o sucesso do projeto.

05. Qual a importância de um blogroll? O blogroll já era um formato adotado por blogs. A seleção dos parceiros era feita com base no conteúdo trabalhado por estes. Além de selecionar blogs que trabalhassem com pautas na mesma linha do Dormiu! e que adotassem postura séria (apesar de ser leitor de blogs com conteúdo humorístico, este nunca foi meu foco, até porque nunca tive interesse por esse tipo de pauta), a seleção também levava em conta o potencial destes blogs em levar visitas ao projeto, ou seja, blogs com maior audiência sempre eram mais visados para parcerias.

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06. Você moderava os comentários? No início não houve dificuldade quanto à moderação. No entando, à medida em que o blog foi se popularizando, comentários inconvenientes com xingamentos passaram a surgir. Nunca houve “repressão” quanto a exposição de idéias e discussões saudáveis, no entanto, usuários que não se portavam de maneira civilizada, gerando discussões agressivas, uso de nomes chulos e por aí vai, tinham seus comentários excluídos. A insistência na publicação destes implicava no banimento do comentador (?).

07. Quando começou a acompanhar as métricas de seu blog? Passei a acompanhar as métricas a partir do momento em que espaços publicitários eram viabilizados através do blog. As métricas, além de mensurar todas estatísticas de acesso ao site, eram – e ainda são – fundamentais para a eleição de valores e formatos a serem trabalhados, assim como analisar audiência, comportamento de usuário, acesso a artigos específicos, previsão de tendências, etc.

08. Como você estabelecia os valores cobrados pelos espaços publicitários e publieditoriais? Eu costumava cobrar de R$ 300 a R$ 500 por publieditorial dependendo da agência que me mandava o trampo (algumas mantinham um ritmo legal de jobs enviados, então tinha preço mais camarada devido ao volume), mas em alguns casos chegava a ganhar brinde e outras coisas simbólicas. À medida que o blog deixou de ser minha principal fonte de renda, deixei de ser tão "mercenário" com ele, vendo-o mais como um item do portfólio (o melhor, talvez, se visto do ponto de vista de valor sentimental - não sei se é esta a palavra, mas acho que você me entende... o fato de hoje meu apelido ser "dormiu", por exemplo, faz com que eu tenha muito mais 'amor' pela coisa do que sede de fazê-lo render cifrões).

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09. O que o blog influenciou em sua vida pessoal e profissional? Os reflexos do blog na vida pessoal apresentam-se em alguns pontos como o fato de hoje eu ser conhecido como “dormiu” por muita gente, tendo este se tornado meu apelido e cartão de visitas. Além de ser reconhecido por blogueiros e leitores não só em eventos do meio como na rua em situações cotidianas, já cheguei a ser reconhecido durante um intercâmbio que fiz no Canadá – situação que chegou até a me deixar assustado. Já na vida profissional os reflexos são mais notórios. O Dormiu! foi responsável por muitas oportunidades profissionais, cheguei a ser contratado por uma agência digital renomada de Sampa sem precisar passar por processo de seleção só pelo fato de o blog ter se destacado. Hoje, o networking que o Dormiu me proporcionou representa a base fundamental para toda a evolução da carreira que tenho traçado, resultando na abertura da Hype Source, agência digital onde sou sócio.

10. Por que o blog está desatualizado? O blog parou de ser atualizado devido ao surgimento de outros projetos que me despertaram mais interesse (aplicativos online e outros projetos mais "sérios"), no entanto, existe previsão para o Dormiu! voltar à ativa no segundo semestre deste ano - uma vez que este trata-se de um "terreno fértil" através do qual torna-se possível a divulgação dos demais projetos nos quais me dedico hoje com prioridade.

11. Além do blog Dormiu, há outros projetos? Além do Dormiu! eu hoje tenho entre 15 e 20 projetos (alguns rodando, outros ainda na "incubadora" e um ou outro "hibernado" temporariamente, como é o caso do próprio Dormiu). O "Dormiu! +18" e "Dormiu! Store" foram descontinuados por hora devido ao fato de o carro chefe ter sido colocado na geladeira. Mochileiro não

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vingou porque eu ficaria 6 meses no Chile através de um programa na faculdade e acabaram surgindo outras oportunidades mais interessantes por aqui)

GLOSSÁRIO

Algorítimo:

Conjunto de regras e operações bem definidas e ordenadas, destinadas à solução de um problema ou classe de problemas em número finito de etapas.

Background:

No que se refere à construção de layouts, é o objeto (texto, imagem, animação etc) aplicado ao fundo.

Backlinks:

São links presentes em outros sites que redirecionam o internauta para o seu site.

Blogar:

Ato de publicar um artigo em um blog.

Blogosfera:

Universo dos blogs; grupo de blogueiros.

Blogroll:

Parte do blog onde são disponibilizados banners contendo hyperlinks para outros blogs.

Blogueiro:

Quem publica ou mantém um blog.

Browser:

Software para se navegar na internet, o mesmo que navegador.

Ciberespaço:

O espaço virtual provido pela internet.

CMS:

É um sistema de gerenciamento de conteúdo desenvolvido em linguagem de programação voltada para web; do inglês Content Management Systems.

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CSS:

Linguagem de estilos utilizada para formatar o HTML; do inglês Cascading Style Sheet (Folha de Estilo em Cascata).

Domain:

Domínio em português, é o endereço (URL) do site na internet. No Brasil é administrado pelo Registro.br, que é o executor de algumas das atribuições do Comitê Gestor de Internet no Brasil.

Early adopters:

São os primeiros a testarem uma nova tecnologia, contribuindo para a disseminação da mesma.

Feed:

É o recurso disponibilizado por sites que permite que o leitor receba sempre em seu e-mail ou agregador de feeds, as últimas postagens.

Feedback:

Em marketing são as opiniões a respeito da alguma ação ou produto que retorna à empresa, assim é possível ter conhecimento

das

impressões

dos

clientes

acerca

de

determinado assunto.

Fotolog:

Segmento de blog onde o foco é a postagem de fotos.

FTP:

Sigla em inglês de File Transfer Protocol (Protocolo de transferência de arquivos). É a forma pela qual se faz download ou upload de arquivos na internet.

Gadgets:

Quando se refere a software, são pequenos aplicativos de funcionalidade restrita que se agregam a um ambiente, seja ele um blog, um celular ou a área de trabalho de seu computador, como um relógio ou medidor da intensidade de uso do processador.

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Hacker:

Pessoa provida de habilidades e conhecimentos avançados sobre

as

funcionalidades

normalmente computadores,

considerado no

entanto

das

redes

erroneamente aqueles

de

computador,

um

invasor

que

utilizam

de

seus

conhecimentos avançados para invadir outros computadores e praticar crimes é denominado cracker.

Hipertexto:

Texto em formato digital que pode conter imagens, vídeo, áudio e hiperlinks.

Hospedagem:

É o serviço que aluga ou cede um espaço para armazenagem de arquivos em um servidor. Para que seu site seja visto por todo o mundo, ele deve ser hospedado em um servidor.

HTML:

É uma linguagem de formatação de hipertexto, do inglês Hypertext Markup Language (Linguagem de marcação de hipertexto).

Includes:

Em linguagem de programação, include é quando um arquivo executa outro arquivo de forma embutida.

Java:

Java é uma plataforma de desenvolvimento de software, a tecnologia Java é empregada em dispositivos, computadores, redes, celulares e na internet, é um produto da Sun Microsystems, subsidiária da Oracle Corporation, fabricante de computadores, semicondutores e software.

Link ou

Na internet os links são responsáveis por interligarem sites,

Hiperlink:

páginas e arquivos, também é através de links que os sites fazem requisições a bancos de dados e servidores de e-mail. Os links podem ser em formato de texto, imagens ou ocultos.

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Login:

Ato de entrar em um site de acesso restrito; iniciar uma nova sessão em um site.

Logon:

Ato de se inscrever em um site de acesso restrito.

Logout:

Ato de sair de um site de acesso restrito; encerrar a sessão utilizada em um site. É importante sempre que houver, clicar no botão “sair” ou “encerrar” ao invés de simplesmente fechar o navegador quando em um site de acesso restrito, dessa forma evita-se que a sessão do usuário fique aberta e minimiza possíveis invasões por crackers.

Mensagem

Mensagens enviadas através de softwares que interligam os

instantânea:

usuários, como MSN, Google Talk, Skype entre outros.

Mensurar:

Medir, analisar, quantificar e qualificar.

Métricas:

Dados passíveis de análise.

Motor de busca:

Sistemas automatizados que indexam o conteúdo disponível na internet e o disponibiliza assim que requisitados pelo usuário através de palavras-chave. O mais popular de todos é o motor de busca da Google.

Nanoaudiência:

Audiências muito pequenas.

Nickname:

O mesmo que apelido, utilizado para identificação de usuários em sistemas e sites na internet.

Nuvem de tags:

Em um blog refere-se à exibição das palavras-chave referente aos artigos mais acessados.

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Open source:

Software sob uma licença que permite que sejam feitas alterações em seu código fonte.

PageRank:

O PageRank da Google é um algoritmo que concede peso numérico às páginas na Internet, quanto mais bem avaliado, melhor a posição da página quando se faz uma busca.

Permalink:

Permalink é uma URL que aponta diretamente para onde o post está.

Pixels:

Pixel é o menor ponto que forma uma imagem digital.

RSS:

O Rich Site Summary é um conjunto de instruções que permite ao leitor se inscrever em um site que forneça feeds.

Scripts:

Conjunto de instruções executados dentro de um programa ou página da web.

SEO:

Search Engine Optimization são práticas para otimizar sites e assim conseguir uma melhor posição no ranking dos motores de busca.

SMO:

Social Media Optimization refere-se à práticas de otimização em sites e ferramentas de redes sociais com o objetivo de aumentar a visibilidade de marcas, empresas ou pessoas nesses ambientes.

Software livre:

São programas que estão sob uma licença de código aberto, assim é permitido utilizar o código-fonte do programa original e alterá-lo. Softwares livres são normalmente confundidos com programas gratuitos, apesar da grande maioria dos programas livres serem gratuitos, a licença indica apenas a abertura do

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código-fonte e não a gratuidade do software.

Spam:

É o lixo eletrônico. Qualquer tipo de mensagem não solicitada que de alguma forma perturba o usuário, pode ser em forma de e-mail, mensagens instantâneas e até postagens em seu perfil de rede social. No Brasil há algumas práticas recomendadas pela Comissão do Trabalho Anti-Spam, criada pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI.br), para minimizar o envio de spams, no entanto essas práticas são pouco divulgadas e continuam sendo desrespeitadas por algumas empresas e pelos internautas brasileiros em quase sua totalidade.

Superusuários:

Também chamados de Heavy Users, são aqueles que utilizam com grande intensidade um programa, site, dispositivos eletrônicos etc. Formadores de opinião, normalmente possuem conhecimento técnico avançado a respeito das ferramentas que utilizam.

Tableless:

Um site tableless não utiliza tabelas na construção de seu layout. É um site que está em conformidade com os padrões estabelecidos pela W3C. Em outros países são utilizados outros termos para denominar um layout web dentro dos padrões, como CSS layout.

Tags:

São estruturas de linguagens de marcação que consistem em breves instruções. Por exemplo, em HTML, o texto que estiver entre as tags e aparecerão no navegador em itálico.

Template:

É um modelo de layout sem informações que pode ser aplicado para modificar visualmente seu blog.

URL:

Uniform Resource Locator (Localizador-Padrão de Recursos) é

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o endereço de um recurso, seja localmente (impressora ou arquivo) ou em rede (página da web). Possui a seguinte estrutura: protocolo://máquina/caminho/recurso. Exemplos: URL local: file://home/usuario/texto.doc URL remota: http://www.chrisparra.com

Usabilidade:

É o estudo da eficiência e facilidade de utilização de um objeto.

User friendly:

Refere-se a objetos de uso amigável, de fácil utilização para o usuário final.

Widget:

Componente de uma interface gráfica. No Wordpress widgets são pequenos programas que ampliam a funcionalidade e recursos do CMS.

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