A Campanha Militar Turca na Síria

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04/09/2016

A campanha militar turca na Síria |  Voz da Turquia

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setembro 04

07:31 2016

 por vozdaturquia

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Por Marli Barros Dias A Guerra Civil da Síria, palco dos confrontos entre diferentes atores estatais e não­estatais, coloca a população local e o mundo ante uma complexa rede de conexões que dificulta, cada vez mais, o caminho em direção a um cessar­ fogo definitivo, na medida em que a cada dia a situação se torna mais complexa. Entre os países vizinhos, a Turquia aumentou a ofensiva transfronteiriça com a finalidade de aniquilar as forças curdas, nomeadamente, as Unidades de Proteção Popular (YPG)[1] , que combatem na Síria. Na luta contra as YPG, a cidade síria de Jarablus e a aldeia de Jeb  al­Kusa  transformaram­se  em  alvos  turcos  e  hoje  contabilizam­se  aproximadamente  35  vítimas  mortais  e  85 feridos em consequência de ataques aéreos turcos. Neste momento, a incursão turca tem elevado as preocupações em  torno  de  um  possível  confronto  total,  visto  que  os  “rebeldes  sírios  e  as  forças  curdas”  são  aliados  dos  EUA.  A operação “Escudo do Eufrates”, iniciada no passado dia 24 de agosto, registra, pela primeira vez, após cinco anos de conflito,  a  incursão  terrestre  de  tropas,  oficialmente  enviadas  por  um  país  estrangeiro.  A  Turquia  afirma  que  a  ação desencadeada  se  destina  a  combater  o  Estado  Islâmico  e  as  Forças  Democráticas  Sírias  (SDF)[2] ,  lideradas  pelas YPG,  no  enfrentamento  contra  os  insurgentes  de  Abu  Bakr  al­Baghdadi.  No  entanto,  o  Governo  sírio  interpretou  a ofensiva turca como uma “flagrante violação da soberania” nacional.

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O equilíbrio entre as forças presentes na Síria é cada vez mais difícil, pois agentes internos e externos têm tentado marcar posições que, geralmente, provocam a desconfiança entre as partes e fazem balançar a estabilidade regional. A intervenção militar unilateral da Turquia, conforme o Presidente Recep Tayyip Erdoğan, que já havia ameaçado com uma  operação  deste  tipo  meses  atrás,  abre  espaço  para  maiores  embates.  Analistas  advertem  que  isto  poderá colocar  o  país  em  “confrontos  […]  com  os  seus  rivais  e  arrastá­lo  para  a  prolongada  guerra  civil  do  país  vizinho”. Murat  Bilhan,  Vice­Presidente  do  think   tank   Centro  Asiático  Turco  para  Estudos  Estratégicos,  com  sede  em Istambul,  há  algum  tempo  já  havia  advertido  que,  em  situação  de  intervenção,  a  Turquia  irá  “encontrar­se  em  um confronto  armado  com  os  russos,  o  regime  sírio,  o  Irã,  assim  como  outros  grupos  em  conflito”.  O  empenho  do Governo turco centra­se em impedir que os curdos tenham sucesso na busca pela autonomia no norte da Síria, o que representaria, dentro da Turquia, o aumento do ideal separatista. A Síria tem se transformado em catalizadora de energias entre países e grupos rivais e tem mobilizado para as suas fronteiras  e  para  o  seu  território,  os  anseios  daqueles  que  pretendem  conquistar  e  defender  posições  que,  hoje  em dia,  convergem  num  mesmo  solo.  A  Turquia  tem  argumentado  que  as  YPG  estão  ligadas  ao  Partido  dos Trabalhadores  do  Curdistão  (PKK)[3] ,  o  qual  vem  travando  uma  guerra  sem  quartel  contra  o  país.  Esta  justificativa reforça a ideia de que é necessária a criação de uma zona de proteção, mas para isto seria indispensável, de acordo com  informações,  que  a  Turquia  “introduzisse  uma  profundidade  de  20  Km  a  30  Km  no  interior  da  Síria”.  Para  o Governo  turco,  a  campanha  militar  na  Síria  significa  uma  medida  protetiva.  No  entanto,  esta  atitude  poderá  causar, para  aquele  Governo,  um  pesado  ônus  em  termos  econômicos  e  de  descontentamentos  com  atores  globais contrários  à  intervenção  do  país  na  Síria.  Do  mesmo  modo,  os  soldados  turcos  serão  os  novos  alvos  de  grupos

http://vozdaturquia.com/mundo/oriente­medio/2016/09/04/campanha­militar­turca­na­siria/

 

Hizmet em prol da convivência pacífica: exemplo da Turquia Leia o artigo com pleto

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insurgentes  e  demais  beligerantes  que  lutam  no  conflito  sírio,  que  poderá  se  tornar  mais  inflamado  e  provocar  um maior desequilíbrio regional.

 

——————– Imagem: Um blindado do Exército turco se dirige para a Síria a partir da cidade fronteiriça turca de Karkamis (24 de agosto de 2016). (Fonte): http://media1.s­ nbcnews.com/j/newscms/2016_34/1682201/afp_fk 5jk _909e682ce3b57428b3252bd3ec3ae519.nbcnews­ux­2880­ 1000.jpg

Brasileiras ficam apaixonadas por galã turco intérprete de Boran em Sila Leia o artigo com pleto

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Fontes consultadas: [1] Ver: As  Unidades  de  Proteção  Popular  [sigla:  YPG]  são  uma  milícia  criada  em  2011.  Elas  atuam  sob  o  comando  do Comitê Supremo Curdo na região de Rojava (Curdistão sírio, ao norte do país, na fronteira com a Turquia e o Iraque). Elas são um movimento de esquerda conhecido pela ampla participação de mulheres, tanto no partido quanto no seu braço armado. As Unidades de Proteção Popular recebem teino militar e armamentos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão da Turquia (PKK), assim como dos EUA. Apesar dos crescentes enfrentamentos com o Exército sírio, colaboraram com ele  na  luta  contra  o  Estado  Islâmico  em  regiões  como  Hassake,  no  nordeste  da  Síria.  Elas  são  a  força  militar  das Forças  Democráticas  Sírias,  criadas  em  outubro  de  2015  para  expulsar  o  Estado  Islâmico  e  que  reúnem,  também, combatentes  árabes  sunitas  e  cristãos,  bem  como  assírios  e  turcomanos.  São,  igualmente,  aliados  do  Conselho Militar Assírio, criado em 2013 para proteger áreas assírias de Hassake contra os jihadistas.

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As  Unidades  de  Proteção  Popular  têm,  como  ativos,  entre  quarenta  e  cinquenta  combatentes.  Desde  outubro  de 2014,  cerca  de  quatrocentos  combatentes  internacionais  teriam  se  somado  ao  YPG,  na  brigada  internacional  Os Leões de Rojava. Em março de 2016, membros das Forças de Segurança das Unidades de Proteção Popular cercaram as posições do regime  sírio  em  Qamishli,  tendo  detido  oitenta  soldados  do  regime  de  Bashar  al­Assad  e  capturado  sete  dos  seus veículos. O comandante geral das Unidades de Proteção Popular é Sîpan Hemo. [2] Ver: As  Forças  Democráticas  Sírias  [siglas  SDF  ou  QSD],  uma  coligação  contrária  ao  presidente  Bashar  al­Assad, estando presentes na Guerra Civil da Síria.

ARTIGOS RECENTES

Elas  foram  criadas  em  Outubro  de  2015  para  criar,  na  Síria,  um  Estado  secular,  democrático  e  federal,  e  para expulsar  o  Estado  Islâmico.  Elas  reúnem,  também,  combatentes  árabes  sunitas  e  cristãos,  bem  como  assírios  e turcomanos.

MAIS ARTIGOS

 

As Forças Democráticas Sírias têm a suas sede em    al­Qamishli, operando nas províncias de Aleppo, Hasakah, al­ Raqqa e Deir ez­Zor. Os aliados das Forças Democráticas Sírias são os EUA, a França, a Rússia, o Reino Unido, a Alemanha, e alguns grupos  do  Exército  Livre  da  Síria.  Integram  as  Forças  Democráticas  Sírias,  as  Unidades  de  Proteção  Popular,  as Unidades  de  Proteção  das  Mulheres,  Liwa  Thuwwar  al­Raqqa,  a  Brigada  Seljuq,  o  Exército  dos  Revolucionários,  o Batalhão  do  Sol  do  Norte,  Jabhat  al­Akrad,  Brigada  Seljuk,  o  Batalhão  Rebelde  Tel  Rifaat,  Liwa  Thuwar  al­Raqqa, Lîwai 99 Muşat, a Brigada dos Grupos de al­Jazira, as Novas Forças Síras, Jaish al­Salam, as Brigadas Jarabulus do Eufrates, al­Sanadid, as Milícias Tribais de al­Shaitat, Liwa Siqur el­Badiye, o Conselho Militar Síriaco, as Forças de Proteção  das  Mulheres  Bethnahrin,  o  Conselho  Militar  de  Mabij,  o  Conselho  Militar  al­Bab,  o  Conselho  Militar  de Jarablus, as Brigadas Livres de Jarablus e as Brigadas dos Falcões de Jarablus.

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Governo turco nos enganou e faz caça às bruxas, diz rival de Erdogan

[3] Ver:

Como o movimento Gulen se posiciona quanto à

O Partido dos Trabalhadores do Curdistão [sigla: PKK] é um partido defensor da independência do Curdistão, fundado em 1978, por Abdullah Öcalan.

A campanha militar turca na Síria

O partido, que tem raízes marxistas­leninistas, iniciou a luta armada contra o Governo turco em 1984.

golpe?

Na sua assembleia fundacional, realizada em 27 de Outubro de 1978, o PKK adoptou, como princípio, a formação de um partido, uma frente e um exército.

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Porque a Turquia está me acusando de tramar um

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O  PKK  é  considerado,  por  diversos  Estados  e  organizações,  como  uma  organização  terrorista  internacional.  A Turquia  rotula  o  PKK  como  uma  organização  étnica  separatista,  que  usa  o  terrorismo  e  a  ameaça  da  força  contra civis e alvos militares, com a finalidade de alcançar os seus objetivos políticos.

Turquia detém editor de jornal por ligação com

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Erdogan aprova acordo de reconciliação com Israel

Publicado em: http://www.jornal.ceiri.com.br/

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tentativa de golpe Ministro do Interior turco Efkan Ala renuncia

Erdogan: Gulenistas querem controlar o mundo

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