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A Carreira e o Papel das Escolhas

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Por Luiz Arnaldo Stevanato “Sem trabalho toda vida apodrece. Mas, sob um trabalho sem alma, a vida sufoca e morre” - Albert Camus. Resumo: As escolhas desempenham papel crítico na carreira profissional e na formação da identidade. É através das escolhas profissionais que o indivíduo procura se viabilizar, desenvolver e definir.

A carreira profissional ocupa um papel saliente na existência humana. A realização na carreira mantém uma estreita relação com a realização pessoal. Claro que a noção que se tem do que seja realização muda de pessoa para pessoa e entre períodos distintos da história. Por outro lado, uma vida profissional insatisfatória, muito provavelmente estará associada a uma existência pobre de sentido. Seja como fonte de prazer ou sofrimento, o trabalho e a carreira ocupam importantes posições como focos orientadores da existência humana. Muito da identidade do indivíduo é dado pelas opções e papéis profissionais que ele desempenha ao longo da carreira2. Em seu sentido positivo, a carreira profissional se constitui como o meio privilegiado de expressão do potencial individual. É através do trabalho que a pessoa pode tentar realizar necessidades, ideais e ambições. O trabalho permite ao indivíduo imprimir sua marca na sua história pessoal e, talvez, até na cultura do seu entorno. E é através do trabalho duro, disciplinado e persistente que a humanidade constrói as civilizações. Um simples vaso de barro feito por um artesão de uma antiga civilização, quando é descoberto por um arqueólogo, é percebido como um símbolo da inteligência e da ação transformadora do homem que foi capaz de deixar sua marca para além da sua transitória existência individual3. Da mesma forma que as descobertas arqueológicas revelam muito sobre antigas civilizações, as opções de carreira, por sua vez, dizem muito sobre o indivíduo. Ao decidir por uma determinada carreira profissional ele está escolhendo o meio privilegiado através do qual irá expressar seus valores e habilidades, bem como satisfazer suas necessidades4. O processo de escolha Talvez seja um dos momentos mais difíceis e decisivos na vida de uma pessoa aquele no qual ela faz uma opção por uma carreira. Tal decisão, como bem o sabemos, poderá ter consequências para quase toda sua vida. Todavia, as escolhas profissionais não se dão apenas em um momento único, mas acontecem em vários momentos ao longo de todo o período de vida ativa, tais como:

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a) na adolescência na definição de uma carreira a seguir, este processo de escolha terá continuidade quando; b) quando a pessoa for tomar decisões sobre como iniciar sua carreira, qual será sua área de especialização (Direito Civil ou Tributário, Psicologia Clínica ou Escolar, etc.) ou por onde começar a trabalhar (em que tipo de instituição). E mais ainda, c) em todos os momentos de sua trajetória de carreira em que uma decisão importante for tomada, lá estará o indivíduo fazendo escolhas. Este processo de escolha, mais ou menos consciente, irá acompanhá-lo por toda a sua vida.

A escolha é o fundamento da liberdade. Porque pode escolher, o ser humano é livre. E a liberdade é a qualidade que define o ser humano.

A escolha como um processo fundamental na constituição da identidade do ser humano é um dos temas que mereceu aprofundada reflexão filosófica, notadamente do existencialista Jean Paul Sartre. Para ele, a escolha é o fundamento da liberdade. Porque pode escolher, o ser humano é livre. E a liberdade é a qualidade que define o ser humano 5. Uma pedra não escolhe ser uma pedra, mas o ser humano decide se vai ser corajoso ou covarde, engenheiro ou médico. Um tigre é um tigre, não lhe é dada outra opção. Já o homem torna-se ser humano, em função da sua liberdade de escolha. Para Sartre, é através da liberdade que o homem escolhe o que há de ser, escolhe sua essência e busca realizá-la. É a escolha que faz, entre as alternativas com que se defronta que constitui sua essência. E é esta escolha que lhe permite criar seus valores. Não há como fugir a essa escolha, pois mesmo a recusa em escolher já é uma escolha. Para o existencialismo não existe uma essência anterior à existência que determine ao indivíduo o que fazer, ou o que escolher. Mas, é justamente o ato da escolha que definirá a essência ou a identidade do homem. A cada momento, o homem tem de escolher aquilo que será no instante seguinte. “O homem deve ser inventado todos os dias”, afirma Sartre. Na medida em que o indivíduo vai fazendo suas escolhas e assumindo os papéis profissionais correspondentes, ele vai desenvolvendo a sua identidade como profissional. E esta identidade profissional constitui uma parcela importante da identidade como um todo. Assim, ao fazer escolhas profissionais o indivíduo estará escolhendo o que ele deseja ser como pessoa. A forma que o indivíduo escolhe para se inserir no mundo profissional é cheia de significado existencial, porque ela aponta a maneira como o homem escolheu para se relacionar com os outros homens, com a natureza e com o mundo em geral. 2

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Autonomia e limites para escolher Existem condições concretas de vida, como mercado de trabalho, a posição social, o nível de educação formal etc., que impõem limites à liberdade de escolha do indivíduo. Mas estes limites não invalidam o princípio da liberdade de escolha. Eles apenas definem a base real dentro da qual o sujeito irá fazer suas escolhas profissionais. Mesmo os limites dessa base real não são rigidamente definidos. Além destes limites concretos existe outra ordem de problemas que recaem sobre o processo de escolha: são as dificuldades pessoais e existenciais que impedem o indivíduo de fazer escolhas e avançar no seu projeto de vida. Uma vez que as decisões sobre a carreira só podem ser tomadas pelo indivíduo, toda a responsabilidade pelas consequências destas decisões, também pesam sobre ele. Para alguns tais consequências chegam a pesar de tal forma que a solução encontrada por eles é não tomar decisão alguma. Assim, muitas pessoas procuram “empurrar com a barriga” seus problemas profissionais, acreditando que não tomando decisões também estariam livres das consequências. Porém, eles se esquecem de que não tomar uma decisão também significa fazer uma escolha. E isto terá consequências das quais o indivíduo não poderá fugir. Se uma pessoa está insatisfeita com seu trabalho atual, por achar que ele não oferece oportunidades e desafios condizentes, ela deveria procurar alguma alternativa profissional. Mas, como é muito frequente, as pessoas tendem a criar justificativas mais ou menos fantasiosas e argumentar para si mesmas coisas como: “o mercado de trabalho está difícil” ou que “no emprego atual ela já está bem integrada”, logo decide deixar uma decisão sobre uma provável mudança para “mais tarde”. Por medo das consequências, insegurança etc. recusaram-se a assumir a autoria das suas escolhas, condenando-se a viver de um modo inautêntico.

Outro exemplo, bastante comum entre adolescentes, é do indivíduo que deixa de escolher uma profissão que ele deseja muito, pela qual alimenta uma verdadeira paixão, para se dedicar a uma profissão que é valorizada ou aceita pelos pais, pelos amigos, ou ainda porque dizem que “remunera muito bem”. O ponto em comum desses dois exemplos é que, em ambos, as pessoas não tomaram as decisões que lhes caberia, por medo das consequências, insegurança etc., ou seja, recusaram-se a assumir a autoria das suas escolhas, condenando-se a viver de um modo inautêntico. Heidegger6, outro filósofo existencialista, afirma que o viver de modo inautêntico leva o homem a agir de acordo com o que dizem que é certo ou errado, obedecendo a ordens e proibições, sem indagar suas origens e motivações. Lê o que todos leem, come o que todos comem, segue este ou aquele modismo que dizem ser mais conveniente. O homem inautêntico torna-se homem-massa, alheia-se de si mesmo. 3

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Este viver inautêntico, em termos profissionais, condena as pessoas a trabalhos sem significado existencial, onde elas nunca encontram paixão, nem conseguem se reconhecer enquanto autores da sua carreira, perdendo uma grande oportunidade de se desenvolver enquanto ser humano. Além do que, não existe nada pior do que sofrer as consequências de uma decisão que não reconhecemos como nossa. Deixando que os outros escolham por ele, o indivíduo será responsável, ainda que não queira, pelas consequências dessas decisões. Por estes motivos é que a liberdade da escolha profissional deve ser encarada como um dos problemas mais sérios da vida adulta. Importante acrescentar que mesmo pessoas que têm vivido de modo inautêntico podem retomar a autoria da sua existência pessoal e profissional, desde que estejam dispostas a assumir as responsabilidades que este projeto impõe. Muitas vezes, isto só é possível com a ajuda de um profissional terapeuta, conselheiro de carreira ou coach profissional. Eles não tomarão decisões pela pessoa, ou pelo menos não deveriam, uma vez que seria repetir a mesma inautenticidade, mas colaboram para tornar o processo mais consciente, na medida do possível. O papel dos objetivos profissionais Existem vários instrumentos que podem auxiliar no processo de tomada de decisão sobre a carreira. Os inventários de interesse, planos de ação e matrizes de auto percepção etc., servem para tornar mais claro e organizado o processo de reflexão, elaboração e escolha profissional. Um dos papéis mais importantes destes instrumentos é o de facilitar a definição dos objetivos do projeto profissional e dos seus passos intermediários7. Frequentemente, as pessoas perguntam qual a finalidade de fazer planos e estabelecer objetivos para a vida profissional? Vejamos. Temos de reconhecer que o nosso tempo de vida consiste no recurso mais escasso de que dispomos. De fato, morrer não se coloca, exatamente, como uma opção. A morte é um dos únicos momentos da existência humana, onde nossa decisão não terá influência sobre a existência. Normalmente, não escolhemos quando morrer, muito menos temos o direito de escolher não morrer. Então, se a existência é finita e nosso tempo é escasso por princípio, devemos escolher e estabelecer prioridades. Esta é uma das tarefas críticas colocadas pela vida adulta e que toda pessoa madura deve enfrentar. Quase todo profissional orientador já passou pela situação de atender a um adolescente que, na dúvida do que fazer, escolhe, por assim dizer, várias ocupações incompatíveis. Este seria um traço de onipotência do

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adolescente, que de alguma forma, na sua fantasia, o desencarregaria da tarefa de escolher. Escolher significa de devemos rejeitar as outras opções que foram preteridas. É esta responsabilidade que, muitas vezes, assombra ao adolescente e, não raro, aos adultos também8. Quando falamos em definir os objetivos do projeto profissional, queremos dizer que se deve: 1º) escolher, dentre todos, os objetivos realmente significativos; 2º) estabelecer uma ordem de prioridade entre eles; 3º) definir as estratégias e as alternativas para tentar alcançá-los. Os três passos, descritos acima, representam uma simplificação esquemática do trabalho de orientação / coaching de carreira. O processo é muito mais complexo e sinuoso, do que faz supor o esquema acima. O coaching de carreira procura dar mais clareza aos objetivos profissionais e, consequentemente, a pessoa tenderá a se sentir mais confiante para tentar realizá-los.

O importante é que a pessoa faça um trabalho de reflexão, onde ela explore os seus interesses, valores e necessidades em relação ao trabalho. Além dessa auto-exploração do universo interior, o sujeito deve procurar elaborar as perdas pelas opções preteridas, bem como investigar a viabilidade técnica e financeira do seu projeto profissional. Este trabalho de planejamento de carreira procura dar mais clareza aos objetivos profissionais e, consequentemente, a pessoa se sentirá mais confiante para tentar realizá-los. Concluindo, o grande papel dos objetivos profissionais não está baseado tanto na certeza de sua execução, mas no seu caráter motivador intrínseco que, se bem trabalhados, inspira as pessoas. Vale notar que, em geral, o sentimento de realização advém muito mais do percurso trilhado para realizar um dado objetivo, que do simples fato de atingí-lo. Etapas de vida e objetivos profissionais O projeto profissional tende a afetar a existência em toda sua extensão. Assim, não basta ao adolescente equacionar as suas dúvidas vocacionais, para que todo problema da identidade ocupacional esteja resolvido. Na verdade, a carreira profissional é um problema que acompanha a pessoa por toda a vida, sendo que, em que cada etapa mudam as questões que solicitam decisões sobre o curso da carreira. Edgard Schein9, psicólogo e pesquisador americano, afirma que cada pessoa pode ser concebida como existindo num mundo no qual há múltiplas questões e problemas para serem resolvidos. Segundo ele existiriam três categorias básicas de problemas:

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(1) Aqueles que derivam de processos biológicos e sociais, (2) os ligados às relações familiares e (3) os que derivam do trabalho e da carreira. O ciclo trabalho/carreira envolveria assim, desde as primeiras imagens ocupacionais, a escolha vocacional pelo adolescente, depois os vários estágios da vida no trabalho com suas crises e mudanças e, finalmente, a aposentadoria, que não precisa significar o fim do trabalho, mas que coloca novas questões sobre a carreira. Em nossa cultura ocidental, existe um complexo sistema de classificação etária, onde a cada etapa corresponderia um conjunto de expectativas pessoais e sociais. Assim, é esperado que a criança seja impulsiva e descompromissada. Do adolescente, espera-se que seja confuso e que esteja ansioso para atingir a idade adulta. Já os adultos devem ser responsáveis quanto às suas obrigações profissionais e familiares. E os velhos devem aceitar a diminuição da sua capacidade física e reduzir o nível de suas responsabilidades. Em relação à carreira profissional podemos afirmar que existem ciclos que variam de pessoa para pessoa que, contudo, apresentam problemas gerais e tarefas específicas. O adolescente enfrenta problemas para se auto explorar e conhecer seus interesses, necessidades e habilidades. Ele deve ser capaz de desenvolver uma base realística para fazer uma escolha vocacional. Em relação à carreira profissional podemos afirmar que existem ciclos que variam de pessoa para pessoa que, contudo, apresentam problemas gerais e tarefas específicas de cada ciclo.

Uma vez resolvida a questão vocacional, o jovem deve começar a se preocupar em obter formação e treinamento adequado para a ocupação que escolheu. Ao completar seu ciclo básico de formação e treinamento, cabe ao jovem escolher como irá ingressar no mercado de trabalho. É o ritual de passagem para o mundo adulto. Deve fazer uma avaliação sincera das oportunidades e dos seus pontos fortes e fracos, procurando traçar um plano de carreira de longo prazo, que leve em conta seus sonhos e ambições profissionais, bem como informações sobre sua ocupação em particular. Mais à frente, o profissional deverá fazer uma reavaliação da sua trajetória, procurando “medir” o quanto conseguiu alcançar daqueles objetivos que traçou para ele mesmo. Aliás, deve reavaliar seus objetivos, talvez eles tenham mudado, talvez os seus valores pessoais tenham mudado. Esta seria uma etapa para se redimensionar o projeto profissional, o que pode ocorrer por volta dos 30-40 anos. É nesta fase também que as pessoas tomam consciência de modo mais claro da finitude da vida. Por isso é fundamental reavaliar as opções de carreira, para poder escolher o que realmente for importante. A fase seguinte poderia ser chamada de “crise do meio da carreira” (midcareer crises). Esta fase começaria por volta dos 45 – 50 anos. É um período de crise, mas isto não significa que seja desprovido de signi6

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ficados e, muito menos, improdutivo. Pelo contrário, neste estágio de vida atinge-se o ponto máximo de conhecimento e habilidades profissionais. Nesta fase, as pessoas costumam avaliar o que conseguiram realizar em suas carreiras e, muitas vezes, se descobrem insatisfeitas. Surge uma preocupação com outras esferas da vida e com a relação que estas mantém entre si. A pessoa passa a questionar o quanto seu papel profissional ajudou ou prejudicou outros papéis como de marido, esposa, pai ou mãe. É uma fase propicia a mudanças na vida profissional e pessoal, mas são mudanças com vistas a compromissos mais estáveis ou até definitivos. Funciona como uma preparação para a fase seguinte. Aposentadoria – Como fica a identidade? A última fase do ciclo de carreira/trabalho é bastante delicada pelo impacto que tem sobre a pessoa como um todo. É o momento de desligamento da carreira ou o estágio pós-trabalho. Aqui a grande tarefa é (re)aprender a manter a identidade de a auto-estima, mesmo sem desempenhar o papel profissional a que se acostumou ou, mesmo que atuando profissionalmente, sem o mesmo status de antes10. Nesta fase, as pessoas costumam fazer uma avaliação da sua vida profissional, procurando compreender qual foi seu significado dela dentro da existência como um todo. É como se a pessoa se perguntasse: “Porque realizei estas coisas? Qual a importância disso tudo para a minha vida? Valeu a pena?”. Assim, o trabalho mostraria, de forma explícita, a sua função de foco orientador da existência. Nesta etapa da vida, dos 65 anos em diante, a tendência da maioria dos indivíduos é pela busca do senso de integridade e pela convivência mais tranqüila com os outros e consigo mesmo. “Últimas palavras” Uma carreira gratificante não é obra do acaso, tão pouco existe sorte. Ela é fruto de escolhas inteligentes e muitas vezes corajosas. Demanda a solução das dúvidas na hora certa, a elaboração das perdas e a realização das mudanças necessárias. Uma carreira bem resolvida e plena de significado dá às pessoas a certeza de que valeu a pena ter sido vivida

Luiz Arnaldo Stevanato é Psicólogo (IP - USP), Mestre e Doutor em Administração (FEA – USP), Professor de cursos de MBA - FIA, Coach de carreira e Consultor especializado em cultura organizacional e comportamento de consumo.

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Notas 1 Este artigo é uma versão revisada e ligeiramente modificada de um texto original publicado na revista Viver Psicologia, vol. 1 ( 1) de julho de 1992. 2 ANTHONY, P. D. The Ideology of Work. London, Routledge, 1977 [Reprinting: 2002]. 3 ARENDT, H. A Condição Humana. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1989. 4 SCHEIN, E. H. Career Dynamics: Matching Individual and Organizational needs. Menlo Park – CA, Addison Wesley, 1978. 5 SARTRE, J. P. Existencial Psychoanalysis. Washington D.C., Regnery Gateway, 1988. 6 GILES, T. R. História do existencialismo e da Fenomenologia. São Paulo, EPU, 1989. 7 BOLLES, R. N. What Color is Your Parachute?. A practical manual for Job-hunters & Career changers [The 1995 edition]. Berkeley - CA , Ten Speed Press, 1995. 8 BOHOSLAVSKY, R. Orientação Vocacional – A estratégia clínica. São Paulo, Martins Fontes, 1982. 9 SCHEIN, E. H. Op. Cit. p. 49 a 61. 10 SANTOS, M. F. S. Identidade e Aposentadoria. São Paulo, EPU, 1990.

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