A cidade como negócio

July 27, 2017 | Autor: Aldimir Santos | Categoria: Mercado Imobiliário
Share Embed


Descrição do Produto

vol 39 | no 118 | septiembre 2013 | pp. 5-26 | artículos | ©EURE

5

A cidade como negócio Inaiá de Carvalho. Universidade Federal da Bahia, Salvador de Bahia, Brasil. Gilberto Corso-Pereira. Universidade Federal da Bahia, Salvador de Bahia, Brasil.

resumo | "TUSBOTGPSNBÉ×FTBUVBJTEBTHSBOEFTNFUSÓQPMFTWËNBERVJSJOEPVNDFSUP destaque na agenda da pesquisa urbana. Inserindo-se nesse debate, este artigo analisa P OPWP QSPUBHPOJTNP EP DBQJUBM JNPCJMJÃSJP OP EFTFOWPMWJNFOUP EFTTBT DJEBEFT  B partir de um estudo de caso sobre Salvador, a primeira capital e hoje a terceira maior cidade brasileira. Para tanto, o texto começa abordando a literatura sobre os impactos EBT USBOTGPSNBÉ×FT BTTPDJBEBT Æ HMPCBMJ[BÉÈP TPCSF FTTBT DJEBEFT %FTUBDB  FOUSF BT NFTNBT PBCBOEPOPQPSQBSUFEP&TUBEPEFCPBQBSUFEFTVBTGVOÉ×FTUSBEJDJPOBJTEF QMBOFKBNFOUPFHFTUÈPVSCBOB RVFWËNTFUSBOTGFSJOEPQBSBBUPSFTQSJWBEPT MFWBOEP BVNBBđSNBÉÈPEBMÓHJDBEPDBQJUBMJNPCJMJÃSJPOBQSPEVÉÈPFSFQSPEVÉÈPEBDJEBEF Mostra, a seguir, como isto vem se dando no caso de Salvador, com impactos bastante adversos sobre a estrutura e a vida urbana. palavras chave]ÃSFBTNFUSPQPMJUBOBT NFSDBEPJNPCJMJÃSJP USBOTGPSNBÉ×FTTÓDJP territoriais. abstract | The current transformations of large cities have acquired a certain relevance in the urban research agenda. This article analyzes the new role of real estate capital in the development of large cities, analyzing the case of Salvador, the first capital and now the third largest Brazilian city. The text begins by discussing the literature on the impacts of changes associated with globalization in this type of cities. Among these changes, this paper highlights the abandonment by the State of much of its traditional functions of planning and urban management, which have been transferred to private actors, leading to an affirmation of private interests in housing production and reproduction of the city. This article shows how this process has ocurred for Salvador's case, with very adverse consequences for its urban structure and urban life. key words | metropolitan areas, real estate market, socio-territorial transformations.

Recibido el 31 de agosto de 2011, aprobado el 4 de noviembre de 2011 &NBJM*OBJÃEF$BSWBMIP JOBJBNND!VGCBCS](JMCFSUP1FSFJSB DPSTP!VGCBCS

issn impreso 0250-7161 | issn digital 0717-6236



©EURE | vol 39 | no 118 | septiembre 2013 | pp. 5-26

Introdução &TUF USBCBMIP TF QSPQ×F B BOBMJTBS P QSPUBHPOJTNP BUVBM EP DBQJUBM JNPCJMJÃSJP no desenvolvimento das grandes metrópoles brasileiras, a partir de um estudo de caso sobre Salvador, a primeira capital e a terceira maior cidade do Brasil nos dias atuais, com uma população de 2.676.606 habitantes. Baseando-se em bibliografia FTQFDJBMJ[BEB EPDVNFOUPTPđDJBJT GPUPTBÊSFBT OPUÎDJBTQVCMJDBEBTQFMBJNQSFOTB  NBUFSJBMQVCMJDJUÃSJPFFOUSFWJTUBTDPNWFSFBEPSFT NFNCSPTEP.JOJTUÊSJP1ÙCMJDP e outros informantes qualificados, ele se insere no debate sobre a conformação espacial das grandes metrópoles, que vem assumindo um certo destaque na agenda atual da pesquisa urbana. $PNPTFTBCF FTTFEFCBUFGPJJOJDJBEPTPCBJOĔVËODJBEBTSFĔFY×FTEFBVUPSFT como Sassen (1991), Veltz (1996), Borja e Castels (1997) ou Marcuse e Kempen (2000) sobre a nova ordem social e espacial que estaria sendo produzida nas grandes metrópoles, pelo processo de globalização, ainda que no caso do Brasil e da "NÊSJDB-BUJOBTVBTQSJODJQBJTIJQÓUFTFTOÈPWFOIBNTFOEPDPOđSNBEBT1FTRVJTBT EFTFOWPMWJEBTTPCSFBTHSBOEFTNFUSÓQPMFTCSBTJMFJSBTFMBUJOPBNFSJDBOBTUËNFWJdenciado que, embora quase todas as grandes cidades sejam de alguma forma tocadas pelo processo de globalização, seu envolvimento depende da natureza e alDBODFEFTTFQSPDFTTP RVFOÈPÊVOJGPSNFOFNDPOWFSHFQBSBVNNPEFMPÙOJDPEF DJEBEF

FTVBEJOÄNJDBÊEFđOJEBQFMBDPOUJOVJEBEFUSBOTGPSNBÉÈP POEFPQSÊ FYJTUFOUFDPOEJDJPOBBJSSVQÉÈPEPOPWP RVF FNNVJUPTDBTPT KÃIBWJBDPNFÉBEP BTFFTCPÉBSOPQBTTBEP %F.BUUPT  /PUBEBNFOUF OPRVFEJ[SFTQFJUPÆT FTUSVUVSBTVSCBOBT DPNPSFTTBMUB1SÊUFDFJMMF 

OÈPQPEFNTFSJOUFSQSFUBEBT DPNPVNFGFJUPEJSFUPEBTUSBOTGPSNBÉ×FTSFDFOUFT QPJTDPOTUJUVFNVNBIFSBOÉB histórica dos efeitos de economia e da sociedade no longo prazo, centralizada tanto nas estruturas materiais do espaço construído, como nas formas sociais de valorização simbólica e de apropriação. Por isso mesmo, estudos efetuados sobre as grandes metrópoles do Brasil, do $IJMF EP.ÊYJDP EP6SVHVBJFEB"SHFOUJOBUËNDPOTUBUBEPVNBSFMBUJWBFTUBCJlidade das suas estruturas social e urbana1. Mas essa estabilidade não impede que se WFSJđRVFNBMHVNBTUSBOTGPSNBÉ×FTDPNVOT DPNNPEBMJEBEFTFBMDBODFTFTQFDÎđDPTFNDBEBDJEBEF%FTUBDBNTF FOUSFBTNFTNBT r

1

NVEBOÉBTOBFTUSVUVSBFDPOÔNJDBFTPDJBMEFTTBTDJEBEFT BTTPDJBEBTÆSFFTUSVUVSBÉÈPQSPEVUJWBFBPVUSBTFYJHËODJBTEBOPWBGBTFEFEFTFOWPMWJNFOto capitalista, como uma relativa desindustrialização, um avanço e maior EJWFSTJđDBÉÈPEBTBUJWJEBEFTUFSDJÃSJBT BĔFYJCJMJ[BÉÈPFQSFDBSJ[BÉÈPEBT SFMBÉ×FTEFUSBCBMIP PBVNFOUPEPEFTFNQSFHP EBTEFTJHVBMEBEFTTPDJBJT PVEBQPCSF[B NBTTFNMFWBSÆVNBEVBMJEBEF

DPNJNQBDUPTBEWFSTPTFN UFSNPTEBDPOĔJUJWJEBEFFEBWJPMËODJB

7FS QPSFYFNQMP 3JCFJSP 5BTDIOFS#ÓHVT %F.BUUPT F4IBQJSB +BOPTDILB  %VIBV F#BZPO $PSEFSB,VSJ;JDBSEJ (PO[BMF[ 7FJHB 

Carvalho e Pereira | A cidade como negócio | ©EURE

r

r

r

a expansão dessas metrópoles para as bordas e para o periurbano, assim DPNPPEFTDFOTPEFNPHSÃđDP PFNQPCSFDJNFOUPPVBQSÓQSJBEFUFSJPSBÉÈPEFBOUJHBÃSFBTDFOUSBJT QBSBMFMBNFOUFBPTVSHJNFOUPEFOPWBTDFOUSBMJEBEFT NVJUBTWF[FTBTTPDJBEBÆFEJđDBÉÈPEFFRVJQBNFOUPTEFHSBOEF impacto na estruturação do espaço urbano, como shopping centers, granEFTIPTQJUBJT DPNQMFYPTFNQSFTBSJBJTPVDFOUSPTEFDPOWFOÉ×FT BEJGVTÈPEFOPWPTQBES×FTIBCJUBDJPOBJTFJOWFST×FTJNPCJMJÃSJBTEFTUJOBEBTBPTHSVQPTEFBMUBFNÊEJBSFOEB DPNBQSPMJGFSBÉÈPEFDPOEPNÎOJPT verticais e horizontais, fechados e protegidos (implantados, algumas vezes, FN ÃSFBT BOUFT QPQVMBSFT

 DPN EJTQPTJUJWPT FYQMÎDJUPT EF TFQBSBÉÈP GÎTJca e simbólica, como cercas, muros e sofisticados aparatos de segurança, ampliando progressivamente a auto-segregação dos mais ricos, a fragmentação e as desigualdades urbanas; PBCBOEPOP QPSQBSUFEP&TUBEP EFCPBQBSUFEBTTVBTGVOÉ×FTUSBEJDJPOBJTEFQMBOFKBNFOUPFHFTUÈPVSCBOBFNFUSPQPMJUBOB RVFWËNTFUSBOTGFrindo para atores privados, levando a uma afirmação crescente da lógica do DBQJUBMJNPCJMJÃSJPOBQSPEVÉÈPFSFQSPEVÉÈPEFTTBTDJEBEFT DPNJNQBDtos decisivos sobre a paisagem e a vida da sua população.

No que tange a essa última transformação, vale ressaltar que, embora a mercantili[BÉÈPEPDSFTDJNFOUPVSCBOPDPOTUJUVBVNBUFOEËODJBDPOHËOJUBEFVSCBOJ[BÉÈP DBQJUBMJTUB JTUPBHPSBUFNVNDBSÃUFSFJNQBDUPTCFNNBJTBNQMPT BOBMJTBEPTQPS BVUPSFTDPNP%VIBV  F%F.BUUPT BFC

FBTTPDJBEPTÆTSFGFSJEBTUSBOTGPSNBÉ×FT"EJGVTÈPEBTUFDOPMPHJBTEFDPNVOJDBÉÈPFJOGPSNBÉÈP B BNQMJBÉÈPEBNBMIBWJÃSJBFPVTPDSFTDFOUFEPBVUPNÓWFM UËNWJBCJMJ[BEPOPWBT GPSNBTEFNPCJMJEBEFFDPOFDUJWJEBEF FSFEV[JEPPQFTPEPGBUPSEJTUÄODJB QSPvocando mudanças no comportamento locacional de famílias e empresas, a escolha de lugares mais distantes do centro urbano e a ampliação e reconfiguração do terriUÓSJPNFUSPQPMJUBOP"TTPDJBOEPTFÆFYJHËODJBEFOPWPTFTQBÉPTFJOGSBFTUSVUVSB para abrigar as novas atividades hegemônicas (como serviços financeiros, consulUPSJB JOGPSNÃUJDBPVBTTFTTPSJB FQBSBPUVSJTNPFQBSBBNPSBEJB PDPOTVNPFP MB[FSEBTDBNBEBTEFBMUBFNÊEJBSFOEB UFNEFNBOEBEPBBNQMJBÉÈPFSFDPOđHVração da malha urbana e estimulado a construção civil. A isto se soma a aceleração dos fluxos de capital produzidos pela globalização financeira, sob o estímulo das políticas de liberalização econômica (parte não desQSF[ÎWFMPSJFOUBEBQBSBBJOWFSTÈPJNPCJMJÃSJB FVNOPWPFOGPRVFEFHPWFSOBOÉB RVFTFSFHFQFMPTQSJODÎQJPTEFTVCTJEJBSJFEBEFFTUBUBM ËOGBTFOPTNFDBOJTNPTEF mercado e busca de competitividade urbana. &NNVJUBTDJEBEFTEB"NÊSJDB-BUJOBBHPWFSOBOÉBWFNBTTVNJOEPVNOPWP TJHOJđDBEP  TPC B JOĔVËODJB EP JEFÃSJP OFPMJCFSBM  EF BHËODJBT NVMUJMBUFSBJT F EF alguns consultores internacionais, e com o abandono da matriz de planejamento racionalista e funcionalista e a adoção do denominado “empreendedorismo urbaOPu%JTDVUJEBQPSBVUPSFTDPNP)BSWFZ 

7BJOFS 

.BSJDBUUP 



7



©EURE | vol 39 | no 118 | septiembre 2013 | pp. 5-26

(PO[BMF[   F %F .BUUPT B F C

 FTTB HPWFSOBOÉB TF JOTQJSB FN DPODFJUPTFUÊDOJDBTPSJVOEBTEPQMBOFKBNFOUPFNQSFTBSJBM DPNQSFFOEFBDJEBEF QSJODJQBMNFOUFDPNPVNTVKFJUPBUPSFDPOÔNJDPFWËDPNPFJYPDFOUSBMEBRVFTtão urbana a busca de uma competitividade orientada para atrair os capitais que circulam no espaço sem fronteiras do mundo globalizado, de forma a ampliar os investimentos e as fontes geradoras de empregos. 1BSBPBMDBODFEFTTFPCKFUJWP DPNQFUFBPQPEFSMPDBMVUJMJ[BSFTUSBUÊHJBTEFNBSLFUJOHQBSBBQSPNPÉÈPFiWFOEBuEBJNBHFNEFTVBDJEBEF DPOTJEFSBSBTFYQFDUBUJWBTFEFNBOEBTEPNFSDBEPOBTTVBTEFDJT×FTFBÉ×FTFDSJBSVNBNCJFOUFGBWPSÃWFM e atrativo para os investimentos. Entre outros aspectos, isto envolve uma mercantilização e espetacularização da cidade, com a edificação de grandes equipamentos DVMUVSBJT BHFOUSJđDBÉÈPEFDFSUBTÃSFBT BBUSBÉÈPEFHSBOEFTFWFOUPTJOUFSOBDJPOBJT PFTUBCFMFDJNFOUPEFQBSDFSJBTQÙCMJDPQSJWBEBTFVNBNBJPSĔFYJCJMJEBEFF MJCFSEBEFQBSBBPQFSBÉÈPEPDBQJUBM$PNPCFNSFTTBMUB%F.BUUPT 

FTTBT PSJFOUBÉ×FTGBWPSFDFNFTQFDJBMNFOUFPTJOWFTUJNFOUPTJNPCJMJÃSJPT DPNRVFNP QPEFSMPDBMWFNUFOEFOEPBOFHPDJBSBTDPOEJÉ×FTQBSBBTVBNBJPSFYQBOTÈP JOcluindo entre as mesmas, a flexibilização das normas relativas ao parcelamento e uso do solo e os códigos de edificação, antes estabelecidos para orientar e controlar PEFTFOWPMWJNFOUPVSCBOP$PNBSFTUSJÉÈPEPTSFDVSTPT JOWFST×FTFBÉ×FTFTUBUBJT  BËOGBTFOPTNFDBOJTNPTEFNFSDBEPFBOPWBQSJNB[JBEPDBQJUBMJNPCJMJÃSJP FTTF desenvolvimento se consolida dentro de uma lógica mais estritamente capitalista e JHOPSBOEP EFJYBOEPFNTFHVOEPQMBOP PVBUÊDPOUSBSJBOEP BTOFDFTTJEBEFTFEFNBOEBTNBJTBNQMBTEBNBJPSJBEBQPQVMBÉÈP DPNPTFSÃWJTUPOPDBTPEF4BMWBEPS A urbanização e metropolização de Salvador 4BMWBEPSGPJGVOEBEBQFMPTQPSUVHVFTFTFN DPNGVOÉ×FTQPMÎUJDPBENJOJTUSBUJWBTFNFSDBOUJT FTFEJPVP(PWFSOP(FSBMEP#SBTJMBUÊDPNPBDJEBEF NBJTJNQPSUBOUFEPQBÎT.BT DPNBUSBOTGFSËODJBEBDBQJUBMEPQBÎTQBSBP3JP de Janeiro, ainda no período colonial, o declínio da base exportadora local, a industrialização, e o predomínio econômico do centro sul do país, Salvador foi afetada negativamente, passando por um longo período de estagnação econômica e populacional. A partir de 1940, contudo, a cidade experimentou um crescimento que ampliou a demanda de moradias e a pressão sobre a estrutura urbana. Como a sua estrutura GVOEJÃSJBFSBNBSDBEBQFMBDPODFOUSBÉÈPEBQSPQSJFEBEFEPTPMP JTUPJOJCJVBBCFSUVSBEFOPWBTÃSFBTQBSBBPDVQBÉÈP QFOBMJ[BOEPQSJODJQBMNFOUFBTQBSDFMBTNBJT QPCSFTEBQPQVMBÉÈP+ÃRVFBDJEBEFVSCBOJ[BEBOÈPPGFSFDJBFTQBÉPTIBCJUBDJPOBJT DPNQBUÎWFJT DPN B TVB DBSËODJB EF  SFOEB  NVMUJQMJDBSBNTF BT iJOWBT×FTu  DPNP QBTTBSBNBTFSEFTJHOBEBTBTÃSFBTEFIBCJUBÉÈPQPQVMBSRVFTFGPSNBSBNPVDSFTDFSBNQPSiPDVQBÉÈPDPMFUJWBEJSFUBuEFGBNÎMJBTTFNSFDVSTPTFTFNNPSBEJB ÆSFWFMJB EPQSPQSJFUÃSJPGVOEJÃSJP TFNDPOTFOUJNFOUP JOUFSNFEJBÉÈPPVDPNFSDJBMJ[BÉÈP 4PV[B  1PTUFSJPSNFOUF DPNPDSFTDJNFOUPFDPOÔNJDPFBNPEFSOJ[BÉÈPEB

Carvalho e Corso-Pereira | A cidade como negócio | ©EURE

cidade, e a consequente valorização do solo, elas começaram a ser vistas como um QSPCMFNB QBTTBOEPBTFSSFQSJNJEBTFSFBMPDBEBTQFMP&TUBEPFNÃSFBTQFSJGÊSJDBT desocupadas e distantes, o que contribuiu decisivamente para a conformação do padrão de ocupação e segmentação do espaço urbano. /B SFGFSJEB EÊDBEB  4BMWBEPS UBNCÊN GPJ PCKFUP EP RVF QPEF TFS DPOTJEFSBEP DPNP TVB QSJNFJSB FYQFSJËODJB FN QMBOFKBNFOUP VSCBOP  DPN P TVSHJNFOto em 1943, do Escritório do Planejamento Urbanístico da Cidade do Salvador &16$4

DPPSEFOBEPQFMPFOHFOIFJSP.ÃSJP-FBM'FSSFJSB0QMBOPQPSFMFFMBCPSBEP GSVUPEFBOPTEFUSBCBMIP FSBCBTUBOUFBNCJDJPTPFBWBOÉBEPQBSBBÊQPDB  tratando a cidade de uma maneira abrangente, cobrindo desde aspectos físicos e HFPNPSGPMÓHJDPT BWBSJÃWFJTFDPOÔNJDBTFTPDJBJT ¶SHÈP$FOUSBMEF1MBOFKBNFOUP
Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.