A Competitividade Da Borracha Natural Brasileira, 1974 a 2005

May 19, 2017 | Autor: Elaine Fernandes | Categoria: Natural rubber, Federal Government, IT Evaluation, Brazilian Economy
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XLV CONGRESSO DA SOBER

"Conhecimentos para Agricultura do Futuro"

A COMPETITIVIDADE DA BORRACHA NATURAL BRASILEIRA, 1974 A 2005 LUCIANY LIMA FERNANDES; ELAINE APARECIDA FERNANDES; ALEXANDRE BRAGANÇA COELHO; MARÍLIA MACIEL GOMES; MAURINHO LUIZ SANTOS. UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL. [email protected] APRESENTAÇÃO ORAL COMÉRCIO INTERNACIONAL

A COMPETITIVIDADE DA BORRACHA NATURAL BRASILEIRA, 1974 A 2005 Grupo de pesquisa: 3 - Comércio Internacional Resumo: O presente trabalho teve como objetivo analisar a competitividade da borracha natural brasileira no período de 1974 a 2005. Especificamente, pretendeu-se avaliar a sensibilidade das exportações mundiais e das importações brasileiras às variações nos níveis de renda externa e doméstica e aos preços relativos da borracha natural. Para isso, foram analisadas as séries temporais referentes a preço de importação e exportação, quantidade importada e exportada, PIB nacional e PIB mundial de borracha natural. Os resultados indicam que a política implantada pelo governo federal não influenciou a competitividade do setor de borracha natural. Observou-se neste estudo que, quando a renda nacional aumenta, a quantidade importada de borracha aumenta consideravelmente; entretanto, quando a renda mundial aumenta, a quantidade exportada permanece quase inalterada. Palavras-chave: borracha natural, competitividade, Brasil. Abstract The present study has the objective of analyzing the competitiveness of the Brazilian economy for over the 1974 to 2005 period. Specifically, it evaluates the sensibilities of the Brazilian import and export demands to changes in the levels of national and foreign income as well as to variations in the relative prices of natural rubber. In this way, the variables import and export prices, import and export quantities, national GDP, and world GDP constitute the focus of the model. The results indicate that the politics implanted by the federal government it didn't influence the competitiveness of the section of natural rubber. It was observed in this study that, when the national income increases, the imported 1

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"Conhecimentos para Agricultura do Futuro" amount of rubber increases considerably; however, when the world income increases, the exported amount stays almost unaffected. 1. Introdução A seringueira é uma planta nativa da Região Amazônica. Entretanto, ao longo das décadas, outros países, principalmente os asiáticos, passaram a cultivar essa planta com o objetivo de extrair o látex, que é a matéria-prima para confecção de borracha. Tailândia, Indonésia, Malásia, Índia, China e Vietnã, por exemplo, foram, em 2005, os maiores produtores do mundo, respondendo por 89,7% da produção total mundial (FAO, 2006). No Brasil, o cultivo da seringueira obteve grande sucesso nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, na Bahia e mais recentemente no oeste do Paraná. Contudo, é importante observar que, atualmente, o País produz apenas 1,1% da produção total mundial, ocupando uma posição de pouco destaque (sétima posição) no ranking de maiores produtores (FAO, 2006). Diante desse cenário, com intuito de melhorar a produção e a produtividade do setor, o governo criou a Lei nº 9.479, de 12 de agosto de 1997, regulamentada pelo Decreto nº 2.348, de 13 de outubro de 1997, autorizando o poder executivo a conceder subvenção econômica aos produtores nacionais de borracha natural. Essa subvenção foi implementada com o objetivo de garantir ao segmento produtor o mesmo preço da borracha internalizada. Transcorridos oito anos desde a criação da lei de subvenção (término em 2005), ainda não se sabe se o modelo governamental contribuiu realmente para diminuir a dependência nacional de importação de borracha natural, pois existe quantidade limitada de estudos que tratam especificamente desse assunto. No sentido de preencher a lacuna existente, o presente trabalho procurou analisar a competitividade, com base em estimativas de demanda de exportação e importação, para o setor de borracha natural no período compreendido entre 1974 e 2005. Especificamente, pretendeu-se avaliar a sensibilidade das exportações mundiais e das importações brasileiras às variações nos níveis de renda externa e doméstica e aos preços relativos da borracha natural. Outros trabalhos na literatura econômica vêm se dedicando ao setor de borracha natural, porém, este artigo inova ao procurar identificar os problemas competitivos desse setor por meio da análise das elasticidades-renda da demanda de importação e exportação, observando-se, assim, as sensibilidades dos consumidores quanto ao produto. Essas sensibilidades dão uma indicação da qualidade e do custo da borracha no mercado nacional. Com base nas informações fornecidas por este estudo, os formuladores de política econômica podem verificar se a ajuda dada aos produtores foi, de fato, efetiva. Este artigo contém, além dessa introdução, mais quatro seções. A próxima descreve o modelo teórico que serve de base para a presente análise. A terceira mostra a metodologia utilizada na análise dos dados. Na quarta são discutidos os principais resultados encontrados, e a última descreve as conclusões obtidas. 2. Referencial Teórico Adam Smith, em 1776, no livro a “Riqueza das Nações”, foi o primeiro a tentar teorizar o que seria o comércio internacional entre os países. Segundo Smith, o comércio internacional era o mecanismo que propiciava o aproveitamento das vantagens absolutas e, com isso, poderia empregar todos os fatores abundantes de produção, destinando o excesso de produção para o exterior. Ao mesmo tempo, poderia adquirir no exterior produtos nãoproduzidos ou produzidos de maneira insuficiente internamente. Assim, diz-se que um país possui vantagem absoluta na produção de um bem quando puder produzir uma unidade 2

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"Conhecimentos para Agricultura do Futuro" desse bem utilizando menos trabalho que outro país. Mais tarde, Robert Torrens, em 1815, e David Ricardo, em 1817, expandiram o raciocínio de Smith e desenvolveram a teoria das vantagens comparativas, que explicava a natureza dos fluxos de mercadorias entre países e o equilíbrio comercial entre as nações. Segundo os autores, um país tem vantagem comparativa na produção de um bem se o custo de oportunidade da produção do bem em termos de outros bens, neste país, for mais baixo que em outros países. A teoria clássica preocupava-se apenas com o lado da oferta, não levando em consideração o efeito da demanda no comércio internacional (WILLIAMSON, 1989). Apesar de essa estrutura teórica ter sido aperfeiçoada pelos economistas neoclássicos e outras variantes explicativas das causas do comércio entre países, essas abordagens não foram suficientes para explicar o padrão de comércio na atualidade. John Stuart Mill, em 1848, por exemplo, lançou a chamada teoria da demanda recíproca, em que procurou mostrar que a amplitude das trocas internacionais não dependeria apenas das possíveis vantagens resultantes da especialização, mas das elasticidades de um país pela produção desenvolvida por seu parceiro comercial. Assim, os termos de troca reais de dois produtos entre dois países dependeriam também da intensidade da procura de cada país pelo produto do outro. Desse modo, flutuações no PIB e no desemprego podem, também, ser resultantes de choques na demanda (WILLIAMSON, 1989). Surge, nesse contexto de evolução das teorias, um novo paradigma da competição, denominado teoria da vantagem competitiva, que vai além das teorias das vantagens comparativas, pois funde os conceitos da teoria do comércio internacional com os da teoria da organização industrial. Esta teoria parte do princípio de que a competição é dinâmica e evolui, estando essa visão fundamentada na inovação e na mudança tecnológica como elementos-chave do desenvolvimento da capacidade competitiva das empresas. O domínio do conhecimento científico e tecnológico constitui fator importante para manutenção da competitividade, ao passo que a criação de novas tecnologias, novas abordagens na comercialização, mudanças na regulação governamental etc, são características causadoras de inovação que criam e mantêm vantagens competitivas. Deve-se observar que as diferenças socioculturais, de estrutura econômica, históricas e institucionais influenciam o sucesso competitivo. Segundo Esteves Filho (1991), há duas maneiras de se estudar competitividade. A primeira é uma abordagem ex-post, que diz respeito a posições, em termos de poder de competição, nos mercados doméstico e internacional. Essa abordagem é avaliada a partir dos resultados obtidos e medida por indicadores como market-share, desempenho exportador e coeficiente de proteção. Por sua vez, existe também a abordagem ex-ante, que associa competitividade com a capacidade de competir no longo-prazo. Ela permite evidenciar a análise dos fatores determinantes da competitividade e, assim, avaliar a capacidade das empresas de manter, ampliar e/ou conquistar novas posições competitivas nos mercados doméstico e internacional. Em adição, as vantagens competitivas das firmas podem advir de conseqüências de fatores que lhes são próprios e específicos, como a utilização de uma tecnologia mais avançada, o aproveitamento de economias de escala, uma melhor capacitação da mão-deobra ou uma gerência empresarial mais eficiente. Contudo, a capacidade competitiva das empresas pode resultar, também, da presença de fatores externos à firma. Nesse sentido, o governo pode propiciar o fortalecimento da eficiência das empresas, tanto pelo exercício de políticas macroeconômicas e setoriais quanto por intermédio da geração de economias externas (CHUDNOVSLY; PORTA, 1990). 3

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"Conhecimentos para Agricultura do Futuro" Segundo Coutinho e Ferraz (1994), além dos fatores mencionados, existem outros, de caráter estrutural, que estão parcialmente fora da área de influência das empresas e que são condicionantes do desempenho competitivo destas. Podem-se citar, como exemplo, as características dos mercados consumidores (oportunidade de acesso a mercados internacionais), configuração da indústria em que a empresa atua (grau de verticalização e diversificação setorial etc.) e concorrência (sistema fiscal-tributário incidente sobre as operações industriais, entre outros). Um enfoque mais tradicional defendido por alguns autores, entre eles Corden (1994), diz que uma indústria é competitiva se produz bens tradeables e rentáveis. Nesse sentido, redução da competitividade pode ser descrita como redução na rentabilidade de algumas ou mesmo de todas as indústrias produtoras de bens tradeables. Para esse autor, a rentabilidade de uma indústria depende do preço dos produtos e dos salários. Assim, quando os salários aumentam mais rapidamente que o preço dos produtos, a rentabilidade da indústria tende a cair juntamente com a produção e o emprego. Ao melhorar a produtividade, mantendo constante o preço dos produtos, aumenta-se a rentabilidade. De forma inversa, se forem aumentados os preços dos insumos, mantendo constantes o preço dos produtos, os salários e a produtividade, a rentabilidade da empresa diminui. Nessa visão, podem-se distinguir três casos de competitividade. O primeiro se refere à competitividade setorial, que resulta de problemas de competitividade em alguns setores da produção de bens tradeables, sem que isso possa vir a ser um problema generalizado da produção de bens. O segundo diz respeito à apreciação real da taxa de câmbio, que significa queda na rentabilidade da produção de bens tradeables, sem redução na rentabilidade da economia em seu conjunto. Finalmente, há o problema da queda da rentabilidade global da economia. Este último caso significa lento crescimento da produtividade, seja em termos absolutos ou relativos a outros países. O desempenho competitivo é favorável para empresas que obtêm economias de escala, lideranças tecnológicas e alto grau de diferenciação de produtos. Essas características são resultantes dos efeitos interativos das condições de demanda do produto, das condições de oferta dos fatores, da estrutura e rivalidade entre as empresas, do desenvolvimento das indústrias correlatas e de apoio e das estratégias empresariais. A combinação desses quatro elementos modela o ambiente econômico no qual as empresas operam, promovendo ou impedindo a criação da vantagem competitiva. Porter (1993) ilustra a inter-relação entre esses elementos que constituem os determinantes da competitividade em um sistema. Uma variável importante que influencia o sistema de Porter é o acaso, que é representado por acontecimentos que fogem ao controle da firma, como guerras, descontinuidade tecnológica etc. O papel do governo é outro item importante e é tratado como um determinante em si, pois deve influenciar a ação dos quatro determinantes mencionados, de modo a facilitar a obtenção das vantagens competitivas pelas empresas. 3. Metodologia 3.1 Análise de competitividade O método de análise utilizado no trabalho consiste na estimação das funções de demanda de importação e exportação para obter as respectivas elasticidades-preço e renda. Diz-se que existe problema de falta de competitividade no país se a elasticidade-renda da demanda de importação for maior que a elasticidade-renda da demanda de exportação. Admitindo-se, para facilidade de raciocínio, que os coeficientes das elasticidades-renda das importações e das exportações de um dado país sejam iguais a 0,08 e 0,04, 4

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"Conhecimentos para Agricultura do Futuro" respectivamente, um aumento de 10% na renda doméstica implicaria crescimento de 0,8% das importações desse país, ao passo que, se a renda mundial aumentasse no mesmo montante, as suas exportações aumentariam apenas 0,4%. Nesse contexto, a pauta de exportação do país em referência está incompatível com o crescimento econômico mundial. Para Taylor (1996), a elasticidade-preço da demanda de exportação torna-se um parâmetro crucial quando as exportações são sensíveis aos custos de produção local. Com o aumento da produtividade, os custos podem diminuir, e isso levará ao aumento do produto total, contribuindo para o processo de crescimento dinâmico. Não há regras especiais para a interpretação da elasticidade-preço nesta análise, e seu comportamento é analisado somente em termos de significância dos parâmetros. A especificação do modelo é feita da seguinte maneira. Seja: QX tD = F ( PIBt , PRt ) (1) em que QX tD é a quantidade demandada de exportação, PIBt é uma proxy para renda mundial e PRt é a relação entre o índice de preços de exportação e o índice de preços de importação. Segundo Yotopoulos e Nugent (1976), a relação entre os índices de preços pode ser obtida pela seguinte fórmula: IP X PRt = M (2) IP em que PRt é o preço relativo no instante t, IP X é o índice de preço de exportação e IP M é o índice de preços de importação. Alternativamente, segundo o mesmo autor, esse mesmo índice pode ser obtido também como se segue: IPt1X / IPt 0X PRt = M (3) IPt1 / IPt M0 A principal diferença entre as equações (2) e (3) é que a última leva em consideração o período inicial e final no momento do cálculo do preço relativo. É interessante notar que os preços relativos (ou termos de troca) refletem diretamente o efeito da taxa de câmbio. Assim: PX PRt = (4) PM * E em que PRt é o preço relativo no instante t, PX é o preço de exportação, PM é o preço de importação e E é a taxa de câmbio. Como os preços relativos variam inversamente com a taxa de câmbio, um aumento no nível de preços de exportação, tudo o mais permanecendo constante, tem o efeito equivalente ao da apreciação da taxa de câmbio, ou seja, uma piora no balanço de pagamentos. Por outro lado, uma diminuição dos preços relativos tem efeito contrário ao exposto, levando a uma melhora no Balanço de Pagamentos. Para cálculo da elasticidade-renda em relação às exportações, utiliza-se de uma função duplo-logarítmica na forma: ln QX tD = α 1 + α 2 ln pibt + α 3 ln prt + µ t (5)

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em que ln QX tD é o logaritmo natural da variável quantidade exportada, ln pibt é o logaritmo natural do PIB estrangeiro, ln prt é o logaritmo natural da variável preço relativo, α 1 é o intercepto, α 2 é o coeficiente de inclinação, aqui representando a elasticidade-renda, e α 3 representa a elasticidade-preço. Espera-se que α 2 tenha sinal positivo, pois, quanto maior for a renda mundial, maior será a quantidade demandada de exportação. No entanto, lado, espera-se que α 3 seja negativo, pois, quanto maior o preço relativo (traduzido por aumento mais que proporcional do índice de preços das exportações), menor será a quantidade exportada destes bens. Para cálculo da elasticidade-renda de importação, tem-se a equação (6): ln QM tD = β 1 + β 2 ln pibt + β 3 ln prt + µ t (6) em que ln QM tD é o logaritmo natural da variável quantidade importada, ln pibt é o logaritmo natural do PIB brasileiro, ln prt é o logaritmo natural da variável preço relativo, β1 é o intercepto, β2 é o coeficiente de inclinação, aqui representando a elasticidade-renda da demanda de importação, e β3 representa a elasticidade-preço da demanda de importação. Nesse caso, espera-se também que β2 tenha sinal positivo, visto que, quanto maior a renda doméstica, maiores serão as quantidades demandadas de importação dos bens. Ao contrário da demanda de exportação, na demanda de importação espera-se que β3 seja positivo, pois, quanto maior o preço relativo (esse aumento é traduzido pela diminuição mais que proporcional no índice de preços das importações), maior será a quantidade importada desses bens.

3.2 Teste de raiz unitária e outlier em séries temporais Teste de raiz unitária ADF A identificação da ordem de integração das variáveis é de fundamental importância, por permitir que se determine se a série possui raiz unitária ou se é estacionária. Desse modo, o comportamento espúrio entre as variáveis pode ser evitado. É de suma importância observar que os pressupostos estatísticos usuais - de que a média e a variância são constantes ao longo do tempo - somente permanecem válidos quando as variáveis em nível são estacionárias. Um teste de estacionariedade que, recentemente, se tornou popular na literatura econométrica é conhecido como teste de raiz unitária de Dickey e Fuller (1979). Esse teste caracteriza-se por ser simples e, muitas vezes, suficiente para detectar problemas de nãoestacionariedade das séries (GUJARATI, 2006). Considere o seguinte modelo:

YT = YT −1 + uT

(7)

em que YT é o valor da variável na atualidade, YT −1 é o valor defasado em um período dessa variável e uT é o termo de erro estocástico, conhecido como ruído branco. Assim: E (u T ) = 0 V ( u T ) = σ u2 COV ( u T , u T − K ) = 0 , T ≠ T − K

Então, tem-se: 6

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"Conhecimentos para Agricultura do Futuro" YT − YT −1 = ut

(8)

Logo, por meio da equação (9) pode-se testar a hipótese de nulidade da estacionariedade dessa série. Seja: Yt = ρYt −1 + u t

(9)

A hipótese nula a ser testada, neste caso, é Ho : ρ = 1 . De forma alternativa: Yt − Yt −1 = ρYt −1 − Yt −1 + u t ∆Yt = ( ρ − 1)Yt −1 + u t ∆Yt = δYt −1 + u t Agora, a hipótese a ser testada é Ho : δ = 0 (hipótese nula) contra H1 : δ < 0 (hipótese alternativa). É interessante notar que a estatística t de student não pode ser utilizada. Nesse caso, utiliza-se o τ (tau), cujos valores críticos foram tabulados por Dickey e Fuller (1979) com base em simulações de Monte Carlo. O teste de Dickey e Fuller (1979), que utiliza modelos estimados pelo método dos mínimos quadrados ordinários, é aplicado nas seguintes formas: a) ∆Yt = δYt −1 + u t , neste caso, o modelo é sem intercepto e sem tendência. b) ∆Yt = β o + δYt −1 + u t , neste caso, o modelo é com intercepto e sem tendência. c) ∆Yt = β o + β 1Tt + δYt −1 + u t , neste caso, o modelo possui intercepto e tendência. k

d) ∆Yt = β o + β 1Tt + δYt −1 + ∑ α i ∆Yt −i +u t , que é o modelo de Dickey-Fuller Expandido. i =1

A presença de outlier em séries temporais O comportamento das variáveis econômicas é influenciado por políticas econômicas e acontecimentos exógenos, como variações climáticas abruptas, guerras etc. Esses eventos devem ser considerados na modelagem econômica para maior poder de previsão. A definição de outliers na literatura econômica é simples e de fácil entendimento. Segundo Maddala e Kim (1998), os outliers são observações aberrantes que estão distantes do resto de uma série de dados. Eles também podem surgir de especificações errôneas de algumas estimativas, como, por exemplo, a omissão de variáveis e a forma funcional inadequada para o modelo estimado. Ainda segundo esses autores, se a quebra estrutural é causada por variações bruscas de políticas econômicas, choques de preços etc, que ocorreram no tempo ( t 0 ), são denominadas quebras do tipo single known break e são classificadas como quebras de caráter exógeno. Em contrapartida, as quebras estruturais que não estão aliadas a nenhum evento externo ao modelo são denominadas single unknown break e são de caráter endógeno. Os primeiros autores a detectarem e a classificarem os outliers em séries temporais na literatura econométrica de séries foram Box e Tiao (1975). Em seus estudos, eles observaram dois tipos de outliers: o Addtive Outlier e Innovation Outlier. Contudo, mais tarde, Tsay (1988) identificou outros tipos de outliers, denominados Transient Changes, 7

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"Conhecimentos para Agricultura do Futuro" Level Changes e Variance Changes, também conhecidos como outliers resultantes de mudanças estruturais. Assim, todos os tipos de outliers podem ser descritos segundo a expressão: X t=Y t+ F (t ) (10) em que X t consiste na série temporal observada, a qual é resultante da série temporal Y t , que sofreu os efeitos dos distúrbios F (t ) . Logo, X t é a série com distúrbios. Para inclusão do efeito outlier na série econômica, têm-se duas opções de intervenção. O primeiro tipo de intervenção é uma dummy do tipo pulse, em que se assume o valor igual à unidade, no momento da ocorrência de determinado evento atípico, e valor igual a zero, fora do tempo de ocorrência. O segundo tipo de intervenção é o step, em que a dummy assume valor igual a zero antes da ocorrência do evento e igual a um no período posterior à ocorrência do evento.

3.3. Determinação da ordem de integração de séries temporais- testes de raiz unitária com quebra estrutural Os testes de raiz unitária convencionais, do tipo Dickey-Fuller Expandido (ADF) e Phillips - Perron (PP), não são indicados para avaliar a estacionariedade das séries na presença de quebras estruturais, pois conduzem a resultados viesados. Nesses casos, os testes de raiz unitária com quebra estrutural são os mais adequados. 3.4 Teste de raiz unitária com apenas uma quebra estrutural Segundo Perron (1994), eventos discrepantes podem ser separados da função de ruído e ser modelados como mudanças ou intervenções na parte determinística do modelo de série temporal. Assim, podem-se utilizar dummies como variáveis de entrada no modelo que está sendo estimado. Outro aspecto importante: assume-se que as intervenções são exógenas e ocorrem em datas conhecidas. Após a identificação e classificação feita por Box e Tiao (1975), Perron (1994) sofisticou os modelos Additive Outlier (AO) e Innovational Outlier (IO). Para este autor, o primeiro caracteriza-se pelo fato de que a mudança na função tendência ocorre instantaneamente, enquanto o segundo caracteriza-se pelo fato de essa mudança ser gradual. Neste trabalho é feita uma descrição mais detalhada do modelo AO, já que a visualização gráfica de cada série mostra que as variáveis analisadas apresentam mudanças pontuais na inclinação da tendência, o que justifica, dessa forma, a escolha deste modelo como o mais adequado. A equação (11) sintetiza o teste de raiz unitária de Dickey-Fuller Expandido, cujo método baseia-se na estimação de uma equação através dos Mínimos Quadrados Ordinários. k

∆Yt = µ + αYt −1 + ∑ β i ∆Yt −i +eT

(11)

i =1

em que a hipótese a ser testada é H0: α = 0 contra H1: α < 0. ∆YT −i é igual a

∆Yt = (Yt − Yt −i ) , eT é o erro aleatório. A partir desta expressão, Franses e Haldrup (1994) mostram que, quando a equação (11) é estimada sem defasagem, usando k = 0, o distúrbio Additive Outlier causa superdimensionamento no nível do teste de ADF. Resultado similar foi encontrado por Shin et al. (1996), utilizando o mesmo procedimento. Para remover a influência do outlier, 8

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"Conhecimentos para Agricultura do Futuro" os referidos autores sugerem que primeiro se constate o outlier em YT e depois modifique a equação (11). Diferentes aproximações são utilizadas para identificar o Additive Outlier. Entretanto, neste trabalho, é utilizado um procedimento baseado em duas características principais. A primeira está relacionada com o fato de que esse procedimento não requer inteiramente um modelo paramétrico de erros e possui validade para formas gerais e estruturas dinâmicas. Não necessita, assim, de estimativas de correlação serial dos erros. A segunda diz respeito à assimetria das distribuições de freqüência que pode ser mensurada e os seus valores críticos tabulados, gerando uma distribuição específica dos erros. Nessa perspectiva, o método delineado por Vogelsang (1999) é usado para detectar a presença de apenas um Additive Outlier e consiste na estimação da seguinte equação: YT = µ + θD(Tao ) T + u T (12) em que µ representa o intercepto; D é a dummy colocada, estrategicamente, no instante de ocorrência do outlier, sendo, D t = 1, para t =T AO , e zero, em caso contrário; e tθ (Tao ) representa o t estatístico para testar se θ = 0 . Após a estimativa da equação (12), compara-se à estatística t de student encontrada com o valor crítico apropriado. Se t exceder o valor crítico, existirá a presença do distúrbio outlier no ponto analisado. Com o outlier detectado, variáveis dummies apropriadas são adicionadas à equação (11), dando origem à equação (13), em que a influência do outlier poderá ser eliminada. k

k +1

i =1

i =0

∆Yt = µ + αYt −1 + ∑ β i ∆Yt −i + ∑ ωi Dt −i + et

(13)

Quanto à estacionariedade da série, basta testar o parâmetro α e seu correspondente nível de significância. Se α for maior que o tα calculado apropriado, a série é estacionária. Desse modo, tem-se a hipótese nula α = 1; e define-se a dummy

Dt = 1 ,

para t =T AO , e zero, em caso contrário. As defasagens de

Dt

são necessárias para remover a influência do outlier sobre o

termo ∆ Y t −i , e este teste baseia-se nos valores críticos do ADF. Vogelsang (1999) chama a atenção para o fato de que, quanto mais defasagens são incluídas no modelo, mais variáveis dummies terão de ser adicionadas. Com isso, se houvesse mais de um outlier e muitas defasagens, ocorrerá a perda de graus de liberdade no modelo, não sendo trivial a remoção da influência da quebra estrutural na série sob consideração.

3.6. Fonte e tratamento dos dados Os dados utilizados englobam o período de 1974 a 2005, referente a índice de preço de importação e exportação, quantidade importada e exportada, PIB nacional real e PIB mundial real de borracha natural. Esses dados foram obtidos no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). 4. Resultados Foram testadas todas as séries, a fim de verificar se elas são ou não estacionárias, antes de usá-las para o propósito desejado. Utilizando o teste ADF comum (Tabela 1), pôde-se observar que as séries referentes a PIB nacional, preço de exportação, preço de importação, quantidade exportada e quantidade importada foram estacionárias. Os resultados mostram ainda, para essas 9

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"Conhecimentos para Agricultura do Futuro" séries, que a estatística ADF foi significativa em níveis de 1 a 10% de probabilidade. Os valores de significância obtidos correspondem às séries temporais testadas em nível; isso indica que todas as séries são estacionárias na sua forma original, não havendo, portanto, necessidade de diferenciá-las (são séries I(0)). Utilizando como exemplo a série PIB nacional, tem-se que seu ADF foi igual a 4,29, e este valor foi significativo a 5 e 10% de probabilidade. Diante de um ADF significativo, pode-se dizer que a série é estacionária. A mesma análise pode ser feita para preço de exportação em que ADF foi de 4,79, e este valor foi significativo a 1, 5 e 10% de probabilidade, que também se apresentou estacionária em nível. O mesmo se pode fazer para as demais variáveis. Após essas observações, trabalha-se com a série original, não incorrendo, por isso, em problemas de comportamento espúrio das variáveis. Tabela 1 - Estimativas do teste de raiz unitária de Dickey-Fuller para as variáveis selecionadas Variável ADF Valor crítico 1% 5% 10% PIBmundial -0,63 -2,64 -1,95 -1,61 PIB nacional -4,29 -4,31 -3,57 -3,22 Preço de importação -2,77 -3,67 -2,96 -2,62 Preço de exportação -4,79 -4,47 -3,64 -3,26 Quantidade exportada 3,88 -2,64 -1,95 -1,61 Quantidade importada -4,12 -3,83 -3,03 -2,65 Fonte: Resultados da pesquisa. Entretanto, para as séries que não foram identificadas como estacionárias por meio do teste Dickey-Fuller, faz-se necessário submetê-las a outros testes, sob pena de incorrer em erros causados pelo superdimensionamento do ADF comum (no presente trabalho, a série PIB mundial apresentou essa característica). Quando as séries possuem quebras estruturais, os testes ADF não podem mais ser utilizados diretamente, pois, conforme Enders (1995), a estatística ADF passa a ser viesada no sentido de não rejeitar a hipótese nula de raiz unitária, quando na verdade a série é estacionária. Para esses casos, quando as variáveis estudadas apresentam mais de um outlier, utiliza-se o teste de raiz unitária proposto por Perron e Rodriguez (2001). Todavia, para séries com apenas uma quebra estrutural, recomenda-se o emprego do teste de raiz unitária desenvolvido por Vogelsang (1999). O primeiro passo para a análise do outlier reside na escolha do modelo para a variável que não foi estacionária com a aplicação do teste ADF comum. Para PIB mundial é necessário fazer uso dos instrumentos fornecido por Vogelsang (1999), que constituem uma alternativa para verificação da estacionariedade das séries. A aplicação desses instrumentos requer que se identifique primeiro se ocorreu quebra estrutural. Os resultados de identificação do que é quebra estrutural, utilizando-se os métodos encontrados também nos autores supracitados, são observados na Tabela 2. O coeficiente estimado para detectar a presença de Additive Outlier, por meio do teste de Vogelsang (1999) foi significativo para a série PIBmundial, indicando a presença de quebra estrutural. Desse modo, os valores calculados para (td ) para as variáveis é maior que o respectivo valor crítico tabelado da estatística (td ) . 10

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"Conhecimentos para Agricultura do Futuro" Tabela 2- Estimação do teste de Vogelsang (1999) para identificação de quebra estrutural Variável Dummy1 Valor calculado PIB mundial 1982 2,85** Fonte: Resultados da pesquisa. ** significativo a 5%. 1 É uma dummy do tipo pulse. Após identificação do outlier, ajusta-se a equação (13) da seção metodológica. O resultado do teste de raiz unitária (Tabela 3) mostrou que as séries são estacionárias em nível quando se corrige o efeito da quebra estrutural, uma vez que o valor calculado de (tc) para a variável é maior que o seu respectivo valor crítico tabelado. Tabela 3 - Estimação do teste de Vogelsang (1999) para as variáveis selecionadas Variável Teste t PIB mundial

1,62x1015***

Fonte: Resultados da pesquisa. *** significativo a 1%. Após verificação de que as séries analisadas são estacionárias e que esta estacionariedade ocorreu em nível, torna-se possível utilizar, diretamente, os dados disponíveis de borracha natural para estimar as equações de demanda das quantidades exportadas e das quantidades importadas, para o caso brasileiro. As estimativas dos parâmetros das equações de demanda da quantidade importada e exportada encontram-se nas Tabelas 4 e 5, respectivamente. Tabela 4 - Estimativa da demanda de importação para as variáveis selecionadas, 1974 – 2005 Quantidade importada Parâmetro Constante -97,65*** Log (PIBnacional) 4,78*** Log (Pr) 0,49*** R² 0,98 DW 2,3 sc F 465,23*** Fonte: Resultados da pesquisa. ***, significativo a 1%. Sc – sem correlação serial dos resíduos. DW – estatística de Durbin-Watson. Tabela 5- Estimativa da demanda de exportação para as variáveis selecionadas, 1974 – 2005 Quantidade exportada Parâmetro Constante 4,43*** 11

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"Conhecimentos para Agricultura do Futuro" Log (PIBmundial) Log (Pr) R2 DW F Fonte: Resultados da pesquisa. ***, ** significativo a 1 e 5% respectivamente. Sc – sem correlação serial dos resíduos. Ns – não-significativo DW – estatística de Durbin-Watson.

0,15** 0,25 ns 0,96 2,65 Sc 233,01***

O valor de R2 foi superior a 70% para a equação de demanda de importação ajustada, sendo respaldado pelo teste F, que foi significativo a 1% de probabilidade. Esse resultado mostra que a variação na quantidade demandada de importação de borracha natural é explicada, em sua maioria, pelas variações ocorridas na renda e nos preços relativos. O coeficiente individual para a renda doméstica (PIB Brasil) foi significativo a 1% de probabilidade, indicando que essa variável é importante na explicação da demanda de importação desses bens. Assim, a quantidade importada de borracha natural aumentará 4,78% para cada aumento de 1% da renda. Além disso, pode-se observar, pela magnitude do coeficiente de elasticidade-renda, que a quantidade demandada de importação está crescendo mais que proporcionalmente ao crescimento da renda. Isso significa que a demanda de importação da borracha possui alta elasticidade-renda. Do mesmo modo, a estimativa do coeficiente para a variável preço relativo (ou termos de troca) apresenta-se, também, relevante na explicação da demanda de importação. Desse modo, supondo-se que os preços relativos aumentem, a quantidade demandada de importação aumentará conjuntamente, pois os preços de importação estão agora, relativamente, mais baratos. Se os termos de trocas aumentarem em 1%, a quantidade demandada de importação de borracha natural aumentará em 0,49%. Então, pode-se dizer que, no período analisado, a taxa de câmbio (com influência direta nos termos de troca) foi importante para explicar a variação na quantidade demandada de importação da borracha. A Tabela 5 sintetiza os resultados obtidos para a demanda de exportação. O R² foi superior a 90%, acompanhado do teste F significativo a 1% de probabilidade, implicando variáveis razoáveis na explicação da quantidade demandada de exportação. Por meio da análise desta tabela, observa-se que somente a renda mundial foi significativa em níveis usuais. Em adição, constata-se que o valor do coeficiente de elasticidade-renda mundial é menor que a unidade e estatisticamente significativo, indicando que a borracha natural é um bem normal. Os preços relativos, por sua vez, não foram importantes na determinação do quantum exportado. Sugere-se, com isso, a irrelevância de mudanças nos preços relativos como estratégia de política comercial para expandir a quantidade exportada da borracha natural, diferente do comportamento observado para a demanda de importações anteriormente analisada. O fato de as exportações brasileiras de borracha não apresentarem as mesmas sensibilidades às variações da renda no exterior, quando comparadas com as sensibilidades das importações às modificações na renda nacional, gera sérias discussões sobre o tema do desequilíbrio da balança comercial. A preferência do mercado doméstico sinaliza que a produção nacional deve-se reestruturar com base em novas técnicas e métodos de produção 12

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"Conhecimentos para Agricultura do Futuro" industrial. Assim, o desenvolvimento da economia brasileira estaria em maior sintonia com o crescimento da economia mundial. Os resultados encontrados mostram que não existe relação definida entre a taxa de câmbio e o quantum exportado. Com isso, a manutenção de um nível de taxa de câmbio capaz de preservar a rentabilidade e a competitividade do setor exportador é uma condição necessária, mas não suficiente, para a expansão das vendas externas ao longo do tempo.

5. Conclusões Os resultados mostram que a política implantada pelo governo não influenciou a competitividade do setor de borracha natural. Observou-se que, quando a renda nacional aumenta, a quantidade importada de borracha aumenta consideravelmente; entretanto, quando a renda mundial aumenta, a quantidade exportada permanece quase inalterada. Nesse sentido, o fato de as exportações não apresentarem as mesmas sensibilidades às variações da renda no exterior, quando comparadas com as sensibilidades das importações às modificações na renda nacional, gera influência no desequilíbrio da balança comercial. A preferência do mercado doméstico sinaliza que a produção nacional deve-se reestruturar com base em novas técnicas e métodos de produção industrial. Referências Bibliográficas BORRACHA NATURAL BRASILEIRA. Borracha natural. Disponível http://www.borrachanatural.agr.br/borrachanatural.php. Acesso em: 24/11/2006.

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data

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e

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Disponível

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