A concepção de imagem em Deleuze e Bergson

coordenador SANDRO

K O B O L

FORNAZARI

Deleuze

Hoje organizadores

A D R I A N A

BARIN

BÁRBARA L U C C H E S I

D E

A Z E V E D O

RAMACCIOTTI

CÍNTIA V I E I R A D A S I L V A C L E B E R

D A N I E L

L A M B E R T D A SILVA

T

E D I T O R A F A P - U N I F F . S P

( ! n | i y i l ^ l i r " ' Í I H -i l i y O r g a n i z a d o r e s

SUMÁRIO

l^iclia caialográfica e l a b o r a d a p e l a B i b l i o t e c a d a E F L C H / U n i f e s p Deleuze Hoje / coordenador Sandro K o b o l Fornazari; organiz a d o r e s , A d r i a n a B a r i n d e A z e v e d o ... [etaí.].-

São P a u l o :

E d i t o r a F a p - U n i f e s p , 2014. 576

p . ; 14 X 21 c m

I S B N 978-85-61673-71-0

I . D e l e u z e , G i l e s , 192.5-1995 - Crítica e inierpretaçáo. 2. F i l o s o f i a f r a n c e s a . 3. Diferença - F i l o s o f i a . 4. S u b j e t i v i d a d e . 5. A r t e e filosofia. 6. C o r p o h u m a n o - F i l o s o f i a , r . F o r n a -

Prefácio - Eládio C. P. Craia

11

( c o m a colaboração d e A d r i a n a B . d e A z e v e d o e S a n d r o K . F o r n a z a r i )

z a r i , S a n d r o K o b o l . 11. A z e v e d o , A d r i a n a B a r i n . 111. Título. C D D 194

PARTE

i :E N C O N T R O S

FILOSOFIA

D A

C O N C E I T U A I S

PARA

U M A

D I F E R E N Ç A

1. I n t e n s i v o e E x t e n s i v o n a Ética d e E s p i n o s a : a Interpretação d o s M o d o s Finitos por Deleuze Apoio Fapesp A s opiniões, hipóteses e conclusões o u recomendações e x p r e s s a s n e s t e m a t e r i a l são d e r e s p o n s a b i l i d a d e d o { s ) a u t o r ( e s ) e não n e c e s s a r i a m e n t e r e f l e t e m a visão d a F a p e s p .

21

Marilena Chaui 2. E s p i n o s a em D e l e u z e

41

Maurício Rocha 3. E s p i n o s a : " O M a i s Filósofo d o s Filósofos"

D i r e i t o s e m língua p o r t u g u e s a r e s e r v a d o s à EDITORA

FAP-UNIFESP

Fundação d e A p o i o à U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d e São P a u l o R u a José d e Magalhães, 80 - V i l a C l e m e n t i n o 0 4 0 2 6 - 0 9 0 - São P a u l o - S P - B r a s i l

4 . D e l e u z e , Leitor Bergsoniano de Espinosa^.

75

Marine de Souza Pereira 5. O E x p r e s s i o n i s m o Filosófico d e D e l e u z e :

(11) Z 3 6 8 4022

Espinosa e/ou Leibniz

www. editorafapunifesp.com.br

Paulo Domenech Oneto

wvfw. f a c e b o o k . c o m / E d i t o r a F a p Unifèsp

61

Gislene Almeida

97

6 . P e q u e n a Lição s o b r e o E m p i r i s m o n a História d a I m p r e s s o n o B r a s i l 2014

Filosofia

de G i l l e s D e l e u z e ( e n t r e a t e o r i a das relações d e H u m e e a

F o i f e i t o o depósito l e g a l

7

imanência d e E s p i n o s a , a propósito d a t e s e a c e r c a d a u n i d a d e ontológica d a substância múltipla)

115

Hélio Rebello Cardoso Jr.

1 H. D o P a p e l d a História d a F i l o s o f i a n o P r o c e d i m e n t o Deleuziano

315

Bernardo Tavares dos Santos

7 . D e l e u z e e a S i n g u l a r i d a d e d a Experiência R e a l : Entre H u m e e Kant

127

i ' A H T E 11: E N C O N T R O S E X P R E S S I V O S E N T R E A

Sandro Kobol Fornazari

O C O R P O

8. K a n t e m u m a Estética d o I n t e n s i v o

143 163

10. A Dromopolítica Contemporânea c o m o P r o d u t o r a d e

Constantino Lucena Barreto

u m F a l s o N o m a d i s m o p a r a as S u b j e t i v i d a d e s

TO. A Presença K a n t i a n a n a Interpretação D e l e u z i a n a

2 1 . A Interpreraçáo D e l e u z i a n a d e P r o u s t : A p r e n d i z a d o

Péricles Pereira de Soma

c Subjetividade

1 1 . P e n s a r Nómade: D e l e u z e e o Efeito N i e t z s c h e

203

Zamara Araujo dos Santos

373

Leonardo Maia 11. O P a r a d o x o d a Expressão: A P r o c u r a d e u m a Noção

12. G i l l e s D e l e u z e , L e i t o r à^A Evolução Criadora d e

p a r a a Alienação

217

391

Luis Eduardo Aragon

Silvana de Souza Ramos

2 3 . A Expressão d o E n c o n t r o e n t r e D e l e u z e e E s p i n o s a n o

13. O P r e s e n t e V i v o e m B e t g s o n e D e l e u z e

231

C a m p o d a Clínica

Fernando Monegalha

409

Adriana Barin de Azevedo

1 4 . C i n e m a e Ciência M o d e r n a s e g u n d o u m a L e i t u r a

2 4 . D e l e u z e e a T e o r i a das M u l t i p l i c i d a d e s : P a r a Além

249

d o s D u a l i s m o s n o D e b a t e Historiográfico

Luiz Roberto Takayama Bruno Leites e Ione Bentz 16. M a t e r i a l i s m o d a I d e i a : P o r Q u e a Diferença Não 281

Cleber Daniel Lambert da Silva

261

zç. Eliminação: U m a Desterritorialização d a Moral Moderna 443 Gisele Gallicchio 16. D e l e u z e - B e c k e t t : U m E n c o n t r o - l e i t u r a

João Gabriel Alves Domingos 17. D e l e u z e e o s Slogans àz Imanência

423

Roger Aníbal Lambert da Silva e Rodrigo Amaro de Carvalho

15. A Concepção d e I m a g e m e m D e l e u z e e B e r g s o n

é o Diverso?

359

Rafael Augusto Kwiatkoski Vieira

179

D e l e u z i a n a de Bergson

341

Pedro de Albuquerque Araujo

9 . A I d e i a d e Génese: E n t r e D e l e u z e e K a n t

H e n t i Bergson

A R T E ,

S U B J E T I V I D A D E

19. C) L i a m e M u s i c a l o u a o M o d o d e u m D e v i r - m u s i c a l

Cíntia Vieira da Silva

do Eterno Retorno

E A

461

Annita Costa Malufe 295

ly. P o r u m a Estética d a Diferença: U m Diálogo e n t r e Deleuze e A r t a u d

479

Chiu Vi Chih 8

DELEUZE

HOJE

SUMÁRIO

2 8 . D e l e u z e e A r t a u d : U m P a s s e i o p e l o Corpo sem Órgãos Márcio Sales da Silva

PREFÁCIO

2 9 . A Importância d e P e n s a r o Além d o Princípio d e P r a z e r n a F i l o s o f i a T r a n s c e n d e n t a l : Diálogos e n t r e D e l e u z e e F r e u d Aline Sanches 3 0 . D e l e u z e L e i t o r d e M a s o c h : D a S i n t o m a t o l o g i a à Ética Homero Santiago 3 1 . D e l e u z e e H e g e l : Variações a R e s p e i t o d e N e c e s s i d a d e da A r t e 543 Luiz B. L. Orlandi S o b r e os A u t o r e s

569

S

a b e m o s q u e náo n e c e s s a r i a m e n t e o título d e u m l i v r o é s u a síntese a b s o l u t a , n e m o s i g n o s e c r e t o p l e n o e r e v e l a d o r d e s e u conteúdo

e s s e n c i a l , m a s não se d e v e i n f e r i r d e s t e f a t o q u e e l e , p o r definição, não m a n t e n h a a b s o l u t a m e n t e n e n h u m a relação nevrálgica c o m o corpus e s c r i t o n a s u a sequência o u q u e s e j a s i m p l e s m e n t e u m a t r i b u t o f o t m a l , u m a m e r a exigência d a tradição e d i t o r i a l . T o d o título, c o m o p a r t e d o i c x t o - l i v r o , a o m e s m o t e m p o expõe e o c u l t a a l g u m a c o i s a i m p o r t a n t e d a s páginas q u e p r e c e d e . T r a z à superfície, s e m ser r e s u m o , u m traço q u e se a p r e s e n t a c o m o c e n t r a l , p r e s e n t e d e m o d o m a i s o u m e n o s p e r m a n e n t e e às v e z e s oblíquo, n o s d i f e r e n t e s s e g m e n t o s c o n s t i t u t i v o s d o texto, ao m e s m o t e m p o q u e o c u l t a a m u l t i p l i c i d a d e de e l e m e n t o s q u e compõe s e u conteúdo. E a alça q u e a p a r e c e e q u e se m o s t r a , a q u e l a q u e a j u d a a l e v a r a miríade d e l e i t u r a s q u e o t e x t o promoverá, m a s a i n d a o c u l t a c o m o conteúdo a ser extraído. A s s i m , q u e q u e r d i z e r " D e l e u z e H o j e " ? C o n s i d e r a n d o q u e seja m a n i f e s t o o q u e q u e r d i z e r " D e l e u z e " , suposição p u r a m e n t e hipotética, ad hoc, e n e s t e c a s o c o m fins e x c l u s i v a m e n t e retóricos, d a d o q u e , t l c f a t o , e s t a m o s l o n g e d e s a b e r o q u e q u e r d i z e r D e l e u z e , r e s t a - n o s esp e c u l a r s o b r e o " h o j e " , r e c o n h e c e n d o c o m o e v i d e n t e q u e s u a alocação n o título e x c e d e , a i n d a q u e não a s u p r i m a t o t a l m e n t e , a m e r a fiinçáo l i e ( o r m a s u b s t a n t i v a d a o u d e advérbio d e t e m p o .

DELEUZE

HOJE

I I

t e r i a s i d o i g u a l m e n t e o c i n e m a , n o início, forçado a i m i t a r a percepção n a t u r a l ? E c e r t o q u e o c i n e m a , n o período d e s e u s u r g i m e n t o , e s t a v a

15. A C O N C E P Ç Ã O D E I M A G E M E M

a i n d a m u i t o d i s t a n t e d a q u i l o q u e ele i r i a se t o r n a r : 1...]

q u a l era a situação d o c i n e m a ? D e u m l a d o , a câmera era

fixii.

DELEUZE E BERGSON

n

p l a n o e r a , p o r t a n t o , espacial e f o r m a l m e n t e imóvel; d e o u t r o , o a p a r e l h o dc

Bruno Leites e Ione Bentz

f i l m a g e m era c o n f u n d i d o c o m o a p a r e l h o d e projeção, d o t a d o de u m t c m p i i u n i f o r m e a b s t r a t o . A evolução d o c i n e m a , a c o n q u i s t a d e sua própria csst-iu Iti o u n o v i d a d e se fará pela m o n t a g e m , pela câmera móvel e pela e m a n c i p i i i , a ( i da

filmagem,

q u e se separa d a projeção. O p l a n o deixará então d e scv \iim

c a t e g o r i a espacial para t o r n a r - s e t e m p o r a l ; e o c o r t e será u m c o r t e móvel r náo m a i s imóvel. O c i n e m a reencontrará e x a t a m e n t e a i m a g e m - m o v i n i c i i l n d o p r i m e i r o capítulo d e Matéria eMemória^. M a s , além d e s s a percepção cinematográfica d a i m a g e m - m o v i m r n t o , o u j u n t o d e s s a percepção, não h a v e r i a d e s e c o n s i d e r a r t a m l u t n u m p e n s a m e n t o p r o p r i a m e n t e cinematográfico? E , m a i s a i n d a , M . I M t e r i a esse p e n s a m e n t o cinematográfico a l g u m a relação c o m esse p n i s a m e n t o n o v o q u e r e c l a m a B e r g s o n , esse p e n s a m e n t o d a duração i i i i ' p o r t a s h a v i a m s i d o a b e r t a s j u s t a m e n t e p e l a ciência m o d e r n a ? I . i l • a s s i m n o s p a r e c e , a hipótese i n i c i a l l e v a n t a d a p o r D e l e u z e . O t a l v e z c o n t r i b u a p a r a q u e se p o s s a começar a c o m p r e e n d e r o lii|',.n s i n g u l a r q u e o c i n e m a o c u p a e m s u a o b r a filosófica, c o m o t a i i i l i ( ' i M p a r a t r a z e r a l g u m a l u z p a r a p e n s a r a relação c o m p l e x a e n t r e c i i i c i n ' filosofia

tal c o m o ele a concebe.

A

proposta deste t e x t o é investigar o c o n c e i t o de i m a g e m n a atualizaçáo q u e D e l e u z e f a z d e B e r g s o n . E m B e r g s o n , i m a g e m t e m

u m s e n t i d o a m p l o : é o c o n j u n t o d e t u d o q u e a p a r e c e , é o q u e se p e r ' • l i f dc acordo c o m a abertura e o f e c h a m e n t o dos sentidos. D e l e u z e • i p r o p r i a d e s s a i d e i a , m a s t e c e p o d e r o s a s especificações a c e r c a d a l i n . i n c m d e c i n e m a . S e g u n d o B e r g s o n , o c o n c e i t o d e i m a g e m está n o