A Concha da UFRJ - Proposta de Criação de um Recurso Compartilhado de Pesquisa, Criação e Difusão das Ciências e Artes do Som

September 19, 2017 | Autor: R. Cicchelli Velloso | Categoria: Music Technology, Sound studies, Musical acoustics, Electroacoustic Music, Sound Art
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Proposta de Criação de um Recurso Compartilhado de Pesquisa, Criação e Difusão das Ciências e Artes do Som – A Concha da UFRJ

Introdução
As discussões correntes sobre a criação de universidades de classe mundial em nosso país têm levado docentes a se perguntar sobre aquilo que seria necessário para que a UFRJ se torne uma delas. Além da aplicação de critérios de produtividade nos padrões internacionais, muitos acreditam ser necessário que nossa infraestrutura física esteja também em linha com o que as melhores universidades do mundo oferecem. Em outras palavras, uma universidade de classe mundial deve possuir recursos de classe mundial.
A Ilha do Fundão tem sido objeto, nos últimos anos, de um intenso desenvolvimento no Parque Tecnológico e em áreas contíguas. Às iniciativas bem sucedidas de caráter científico e tecnológico no seio da própria universidade – sendo a COPPE um exemplo lapidar – vem se somando o investimento maciço de empresas brasileiras e estrangeiras. A ilha do Fundão vai se transformando, assim, num impressionante polo de desenvolvimento em C&T reconhecido internacionalmente.
É hora de fazer com que este desenvolvimento seja acompanhado de uma evolução compatível nas áreas de cultura e artes, em conformidade com o plano diretor de nossa instituição. Acreditamos, também, que esta evolução deva ser conduzida preferencialmente de forma integrada à ciência e à tecnologia e com forte cunho social. Nossa ilha só será um espaço de desenvolvimento humano em sentido amplo no momento em que puder oferecer a seus ocupantes e à sociedade recursos e espaços onde pesquisa, criação e difusão das ciências e das artes possam se desenvolver de forma inovadora e integrada.
Observe-se, ainda, a posição estratégica do Rio de Janeiro no terreno das artes e da indústria do entretenimento. Berço de algumas das principais manifestações culturais e artísticas do país, nossa cidade tem uma tradição profunda e variada em música – erudita e popular – artes plásticas, literatura, teatro, dança, televisão e cinema. A UFRJ tem contribuído de forma ativa neste cenário, carecendo, no entanto, de iniciativas agregadoras das variadas manifestações que florescem em diversas de nossas unidades e de espaços adequados em seu campus principal para a sua apresentação.
Nesse sentido, a criação de um espaço para pesquisa, criação e difusão das ciências e das artes do som, congregando pesquisadores de diferentes especialidades, vai ao encontro destas aspirações. Partindo do som como fenômeno interdisciplinar para o qual convergem diversos campos do conhecimento e iniciativas de pesquisa – acústica, eletroacústica, psicoacústica, processamento de sinais (áudio e audiovisual), computação, músicas experimentais e multimeios, musicologia, etnomusicologia, gestão e desenvolvimento social, dentre outros – este recurso poderia vir a ser um primeiro projeto piloto de uma nova entidade a ser instituída em vinculação à UFRJ, com dispositivos regulatórios análogos aos do atual Parque Tecnológico: o "Parque Cultural da UFRJ". Apontamos, também, para a possibilidade de interseção do recurso que propomos com outras iniciativas que estariam abrigadas sob este "Parque Cultural", estejam elas sediadas na Ilha do Fundão ou em diferentes áreas da cidade, como um Novo Canecão ou outras propostas que venham a surgir.
Esta proposta guarda pontos de contato com outras estruturas de excelência existentes ao redor do mundo. Dentre elas, mencionamos o Institut de Recherche et Coordination Acoustique/Musique (www.ircam.fr), instituto francês criado nos anos 1970 dedicado à pesquisa e à aproximação entre acústica e música contemporânea; o Zentrum für Kunst und Medientechnologie (http://on1.zkm.de/zkm/e/), centro alemão dedicado ao desenvolvimento das artes com meios tecnológicos; a AlloSphere (http://www.allosphere.ucsb.edu/), um instrumento científico para visualização, audição e exploração de dados complexos multidimensionais construído na Universidade da Califórnia em Santa Bárbara e compartilhado por diversos departamentos e laboratórios de pesquisa; e o Sonic Arts Research Centre (http://www.sarc.qub.ac.uk/sites/sarc/), da Queen's University de Belfast, que pelo conjunto de características institucionais talvez seja o centro que mais se aproxima de nossa iniciativa.
Alguns docentes da UFRJ têm interagido em diferentes oportunidades com estes centros e seus pesquisadores, experiência que será de grande valia para o planejamento pormenorizado de nossa iniciativa. Ressaltamos, porém, o caráter diferenciado da Concha da UFRJ, que procura refletir a especificidade de nossa instituição e suprir carências de nosso espaço universitário com soluções formuladas por nossas próprias competências e criatividade.
A concepção inicial deste complexo prevê a construção de um espaço central modulável volumétrica e acusticamente, que servirá para a utilização de instrumentos acústicos e eletroacústicos incorporando novos materiais, novos processos de captação, registro e difusão sonora e audiovisual, interligado a estúdios de gravação, masterização e composição musical, a câmaras destinadas a experiências de medição e calibração de equipamentos de áudio ou comportamento acústico dos espaços, incluindo realidade virtual e realidade aumentada, a salas de aula e a gabinetes para os pesquisadores envolvidos, bem como a um palco voltado tanto para a área interna quanto para a área externa do volume central, no caso de apresentações musicais e eventos ao ar livre.
Dentre nossas preocupações fundamentais há a busca de um modelo de gestão inovador que garanta a sustentabilidade da Concha da UFRJ. Neste sentido, seu caráter multidisciplinar permitirá não apenas a captação de recursos públicos, por meio de projetos às agências de fomento à pesquisa (FINEP, CNPq, FAPERJ) e também às agências especializadas em desenvolvimento social (BNDES, Banco Mundial), mas também de recursos privados, por meio de renúncia fiscal (Lei Rouanet), parcerias e patrocínios. Gostaríamos, ainda, de forjar um programa para a captação de recursos entre pessoas físicas (endowment, crowd funding etc.). Estas diferentes modalidades de captação têm por objetivo construir a Concha e equipá-la, além de criar um fundo de gestão que garanta o seu funcionamento e manutenção.
Acreditamos que esta iniciativa terá grande apelo junto a agentes públicos e privados responsáveis pelo apoio a projetos desta natureza. A percepção de seu caráter inovador e de sua necessidade, o preenchimento de uma lacuna em nosso campus principal, a criação de um recurso de classe mundial compartilhado, tudo isto tem sido recebido com grande entusiasmo, a começar pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa e pela quase totalidade dos colegas até aqui consultados.
Objetivos
A Concha tem por objetivo apoiar e dinamizar o desenvolvimento de atividades como:
Experimentação científica e artística
Criação e difusão do conhecimento
Formação acadêmica
Ações sociais e de educação continuada
Iniciativas de lazer para a comunidade universitária e a sociedade
Partindo do som como fenômeno interdisciplinar central e abrangendo também suas interseções com outros fenômenos, para os quais convergem diversos campos do conhecimento e iniciativas de pesquisa, a Concha vem sendo planejada como um complexo arquitetônico marcante e de excelência a ser construído na Ilha do Fundão em conformidade com os melhores padrões internacionais, compartilhado entre unidades acadêmicas e programas de pós-graduação da UFRJ.
Dentre as unidades acadêmicas com docentes envolvidos na formulação desta proposta, encontram-se as seguintes:
Colégio de Aplicação
Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia
Escola de Belas Artes
Escola de Comunicação
Escola de Música
Escola Politécnica
Faculdade de Letras
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Dentre os programas de pós-graduação com docentes envolvidos na formulação desta proposta, encontram-se os seguintes:
PPG em Arquitetura
PPG em Artes Visuais
PPG em Engenharia de Produção
PPG em Engenharia Elétrica
PPG em Engenharia Mecânica
PPG em Engenharia de Sistemas e Computação
PPG em Engenharia Urbana
PPG em Letras
PPG em Música
A pluralidade de unidades acadêmicas e programas de pós-graduação se desdobra num amplo leque de temas e linhas de pesquisa que mantêm afinidade com as atividades e equipamentos pensados para o projeto. Dentre os temas principais, encontram-se os seguintes:
Áudio-Engenharia de Software
Avaliação de Qualidade de Imagem e Vídeo
Colaboração Instrumentista-Compositor na Música Mista Contemporânea
Composição Assistida por Computador
Conforto Ambiental e Eficiência Energética
Convergência de Mídias
Cultura, Paisagem e Ambiente Construído
Etnografia das Práticas Musicais
Geração de Som 3D
Hibridações Experimentais em Arte e Tecnologia
Imagens Técnicas e Produção Cultural: Modos de organização da cultura
Jogos
Meios Eletrônicos na Educação Musical
Modelagem Numérica
Modelos de Difusão de Conteúdos Audiovisuais via Internet
Música e Tecnologia: aspectos composicionais
Poéticas de Criação Musical
Poéticas Interdisciplinares
Processamento de Imagem, Áudio e Vídeo
Processamento de Sinais
Processos de Criação Formal em Gráfica Digital
Realidade Virtual e Aumentada
Reconhecimento de Padrões
Relações entre Arquitetura e Música
Simulação Acústica em Edificações e Espaços Urbanos
Sistemas CAD e BIM (Building Information Model)
Sonologia - Estudo do Som Musical
Sustentabilidade
TV Digital
Visualização 3D

A Concha tem por objetivo apoiar e dinamizar as atividades de pesquisa em andamento, além de criar novas oportunidades de pesquisa em colaboração. Dentre as atividades de pesquisa atualmente contempladas pelos docentes engajados na iniciativa, encontram-se as seguintes:
Arquitetura
Arquitetura cinética: trata da invenção de componentes arquitetônicos móveis e/ou dinâmicos. Também relaciona aspectos espaciais com os temporais. Encontra interlocutores nas áreas de engenharia mecânica, automação e controle assim como subsídios estéticos das artes performáticas.
Arquitetura e computação ubíqua: trata da busca de soluções de mobilidade e acessibilidade face às possibilidades aportadas pelo uso de dispositivos móveis e de comunicação por redes.
Conforto acústico: trata da busca de soluções para o controle eficiente da resposta acústica dos espaços arquitetônicos, visando o conforto das pessoas.
Morfogênese arquitetônica: trata da relação entre a geração da forma arquitetônica e os processos automatizados originários da gráfica digital.
Música e arquitetura: trata da relação da forma arquitetônica e a forma musical. É um dos aspectos da relação entre espaço e tempo.
Artes
Hibridações experimentais em arte e tecnologia: trata-se de pesquisa prático-teórica com inserção no campo da arte e seu entrecruzamento com a ciência e as novas tecnologias da informação/comunicação. Sua base teórica fundamenta-se nos conceitos analisados e desenvolvidos durante doutoramento (Nóbrega 2009) cuja pesquisa investigou e teceu uma nova rede epistemológica para as inter-relações do complexo artista-objeto de arte-observador, tendo em vista as possibilidades contemporâneas de experimentação estética aberta pelo uso de tecnologias nas artes. Segundo a tese, tais inter-relações poderiam ser entendidas sob a ótica de um "campo integrativo" (ibid.) cujos vetores operam forças (formais, funcionais e afetivas) oriundas dos demais componentes desse complexo e suas redes. Tal modelo, de natureza essencialmente orgânica, expande conceitos de campo apontados por Roy Ascott (1966, 1967, 1980) e incorpora teorias do vivo derivadas de autores como Humberto Maturana e Francisco Varela (1980), George Canguilhem (1992), Mae Wan Ho (1993) e Fritz-Abert Popp (1986) para pensar a arte como um organismo estético emergente da relação entre sistemas naturais e artificiais.
Poéticas interdisciplinares: trata dos aspectos conceituais das poéticas visuais e suas interfaces tecnológicas na produção contemporânea da arte. Apoia-se em estudos filosóficos e estéticos na discussão da arte e seus processos. Pretende formar pesquisadores na discussão teórica e realização de projetos artísticos inseridos na pluralidade dos processos criadores.
Música
Composição musical e novas tecnologias: trata dos aspectos composicionais relacionados ao uso de meios eletroacústicos. Preocupa-se com as implicações e potencialidades que a tecnologia aporta ao processo criativo.
Criação e interpretação de repertório brasileiro misto com saxofones: propõe-se a desenvolver um repertório inédito no Brasil através de uma investigação sobre a interação de técnicas estendidas com meios eletrônicos e informáticos atuais. Acompanhamento e estudo do processo criativo de composição e de interpretação de novas obras musicais mistas e de experiências sonoras aliando instrumentos acústicos com as últimas tecnologias digitais.
Desenvolvimento de sistemas de notação musical alternativos: trata da invenção de formas de notação musical eficientes e adaptadas para os sons multi-fontes, que sejam ao mesmo tempo abrangentes e sistemáticas. Preocupa-se com a relação fundamental entre compositores e intérpretes, procurando aprimorar os sistemas de notação enquanto mediadores dessa relação. Estimula a utilização mais ostensiva dos sons multi-fontes por parte dos músicos e apresenta um conjunto de novas técnicas, enriquecendo o repertório disponível de práticas interpretativas.
Interação voz humana / instrumento de sopro: da análise acústica-fisiológica-perceptiva à performance e composição musicais: trata de identificar e coletar um amplo conjunto de sons multi-fontes e suas técnicas de produção, para registro e subsequente análise de suas características acústicas, aerodinâmicas e estéticas. Com base neste corpus sonoro, e auxiliado pelos conhecimentos subjacentes às técnicas, pretende-se construir um modelo taxionômico para os mesmos. Proporcionar um suporte teórico para a compreensão e o controle dos sons multi-fontes por parte dos instrumentistas, compositores, e teóricos. Tais resultados possibilitarão a predição dos efeitos de uma determinada configuração vocal-instrumental.
Meios eletrônicos na educação musical: trata da pesquisa aplicada à utilização de meios eletrônicos na educação musical em escolas regulares: softwares, equipamentos, princípios pedagógicos, métodos e conteúdos. Inclui a discussão acerca de planejamento participativo e protagonismo juvenil. Preocupa-se com a construção coletiva de material pedagógico apoiado por plataformas online; do conceito de copyleft e sua utilização na confecção e distribuição de material. Métodos ligados à resolução de problemas, do trabalho em projetos e de aulas de configuração aberta.
Música, memória e cidadania: estruturado sobre colaboração entre o Laboratório de Etnomusicologia e o Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré, e apoiado por CNPq, Faperj e Petrobrás, o projeto se propõe a mapear a diversidade sonoro-musical do bairro Maré, estabelecendo relações entre as mesmas e outros temas de relevância à vida social, como educação, juventude, emprego, violência e cidadania.
Pressupostos da visão sistêmica em Gregory Bateson como ferramentas para a composição musical: trata da pesquisa teórica sobre o pensamento de Gregory Bateson e sua aplicação à composição, especialmente àquela que se interessa pela improvisação guiada através de partituras gráficas. Inclui a extensão desse pensamento a ferramentas para a eletrônica em tempo-real.
Referenciais teóricos da música eletroacústica brasileira contemporânea: levantamento dos referenciais teóricos - aqui entendidos como o conjunto de conceitos que amparam, orientam ou dialogam com os compositores, auxiliando-os na criação das condições de possibilidade de suas poéticas particulares - que embasam a música eletroacústica brasileira do nosso tempo.
Tecnologias
Africa.Brasil.Dialogs: visa a formulação de uma plataforma colaborativa para a inovação social, com base na internet, para apoiar uma rede de aprendizagem mútua entre brasileiros e pesquisadores africanos e agentes comunitários. O valor da inovação social está relacionado à sua capacidade de promover novas soluções para enfrentar as necessidades sociais. As experiências passadas de tantos "projetos de desenvolvimento para o terceiro mundo" têm mostrado a falta de vontade para copiar "casos de sucesso", ignorando o quão profundo eles estão enraizados nas singularidades de sua cultura, história, geografia, língua, estética e assim por diante. No entanto, é certamente um espaço significativo para promover um diálogo entre as inovações sociais a partir de diferentes contextos.
Métodos de simulação acústica e propagação do som: trata dos estudos voltados para acústica de salas e avaliação de ruído urbano. Utiliza métodos geométricos, modais e por troca de energia.
Modelagem de sinais de áudio: análise rítmica computacional, avaliação automática de qualidade de sinais de áudio e fala, efeitos digitais de áudio e localização e captura de sinais utilizando arranjos de microfones.
Permuta e exibição de conteúdo audiovisual de rádio e TV: o Grupo de Trabalho REDEIFES, criado pela Andifes em parceria com a RNP, procura desenvolver soluções em tecnologia da informação e comunicação, para a criação de uma rede nacional de permuta e exibição de conteúdos audiovisuais das Rádios e TVs Universitárias das IFES. Neste contexto, foi desenvolvida a Plataforma Webcasting, UniVerTV, que é um Canal Experimental de TV via Web, mesclando o conceito de TV (simultaneidade) com o conceito de Internet (instantaneidade e interatividade).
Pesquisa e desenvolvimento de aplicações utilizando novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem: investigação e desenvolvimento de pesquisas em torno de abordagens, metodologias e estratégias de ensino e aprendizagem. A ideia consiste em incrementar o processo de aprendizado e a tomada de decisões, considerando a realização de simulações e o tratamento de questões de colaboração entre estudantes e professores, de modo prático e estimulante para o aluno, por meio da aplicação de novas tecnologias tais como Realidade Virtual e Aumentada, TV Digital e Interativa, Jogos e Simulação e da exploração de estratégias, tais como Aprendizagem Colaborativa Apoiada por Computador, Ambientes Virtuais de Aprendizagem, Aprendizagem Baseada em Problema e Educação à Distância.
Processamento de imagens e sinais de áudio: trata da produção de algoritmos para compressão de imagens e vídeo, incluindo compressão de voz e áudio e sinais do sistema elétrico. Sistemas de visão na faixa do infravermelho e fusão entre imagens visíveis e no espectro infravermelho, com aplicações em defesa nacional. Avaliação de qualidade de imagens, vídeo e vídeo 3D, incluindo aplicações 3D interativas. Restauração de gravações, virtualização de fontes sonoras, análise e síntese de sinais de música e voz, codificação de áudio, avaliação de qualidade de sinais de áudio.
Processamento de sinais para síntese do som em ambientes virtuais: trata da auralização e do som 3D usando wavelets e redes neurais.
Propagação do som usando mecânica clássica Newtoniana: trata do processamento de imagens em projetos específicos observando o comportamento de partículas teóricas (átomos teóricos) submetidos a diversos modos de colisão. Os projetos variam desde o dimensionamento em imagens estereoscópicas (3D), realidade virtual aumentada e reconhecimento de danos em dutos.
Reconhecimento de padrões: trata da produção de aplicações para TV. Detecção automática de melhores momentos em partidas esportivas, usando áudio e vídeo. Aplicações à indústria do petróleo, como a análise de vibrações em máquinas rotativas. Supervisão e segurança: detecção automática de intrusos, monitoramento de ambientes e reconhecimento facial.

A Concha tem por objetivo apoiar e dinamizar as atividades de ensino de graduação e pós-graduação em andamento, além de criar novas disciplinas em colaboração. Dentre as disciplinas atualmente contempladas pelos docentes engajados na iniciativa, encontram-se as seguintes:
Graduação: Arranjo — Síntese Sonora Digital; Arte, Ciência e Tecnologia; Atelier de Sax para classe de composição; Computação I; Comunicações Digitais e TV Digital; Conjunto de Sax; Construção de Instrumentos Musicais para a Educação Musical; Desenho Ampliado Auxiliado por Tecnologias; Desenho Computacional; Elementos de Composição (I a IV); Fisiologia da Voz (I e II); Formas Musicais (I, II e III); Linguagens de Programação; Modelos Probabilísticos em Engenharia; Música Eletroacústica (I e II); Música Experimental — Max/MSP/Jitter; Processos de Musicalização — Composição musical como ferramenta para o ensino de música em escolas regulares; Reutilização de Software; Saxofone; Sistemas Projetivos; Sistemas Lineares (I e II), Tópicos Especiais sobre Arte Interativa.
Pós-Graduação: Acústica e Biologia Aplicadas à Música (I e II); Acústica Musical; Composição; Compressão de Imagens; Conhecimento, Poder e Ética (I e II); Ferramentas Computacionais para Análise de Ruído Processamento de Imagens; Laboratório de Criação Digital (I e II); Metodologia de Pesquisa em Música; Probabilidade e Processos Estocásticos; Processamento de Sinais Aleatórios; Processamento de Sinais de Áudio; Reutilização de Software; Seminários de Pesquisa; Seminários de Projeto em Andamento; Tópicos Especiais em Composição; Tópicos Especiais em Engenharia de Software; Tópicos Especiais em Extração de Informação de Música; Tópicos Especiais em Geometria Projetiva.

A Concha tem por objetivo apoiar e dinamizar as atividades de extensão universitária em andamento. Dentre as atividades atualmente contempladas pelos docentes engajados na iniciativa, encontram-se as seguintes:
Criação e interpretação de repertório misto com saxofones: divulgação, por meio de ensaios, concertos, masterclasses, palestras e participações em eventos, de repertório abordado em pesquisa que busca desenvolver um repertório inédito no Brasil, através de uma investigação sobre a interação de técnicas estendidas em todos os saxofones, com outros instrumentos acústicos, e com meios eletrônicos e informáticos atuais. (Aberto a músicos e ao público em geral)
Curso de TV Digital: oferecido tanto para o público em geral como em forma fechada para empresas. Semelhante ao curso de TV Digital oferecido para a graduação com uma carga horária de 64h. (Atende aproximadamente a 100 alunos)
Espaço COPPE Miguel de Simoni - Tecnologia e Desenvolvimento Humano: centro de difusão científica vinculado ao Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), situado no Centro de Tecnologia. Trata-se de uma atividade de extensão, dirigida a professores e alunos do último segmento do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, da região metropolitana do Rio de Janeiro. Seu principal objetivo é utilizar experimentos e outras mídias educativas para auxiliar de maneira não-formal o ensino de ciências ministrado em instituições de Ensino Básico.
Eletroacústicas: programa radiofônico semanal dedicado à difusão de música eletroacústica pela Rádio MEC FM através de um convênio entre a UFRJ e a EBC. Ênfase em repertório brasileiro, contendo entrevistas com os principais criadores e artistas dedicados ao gênero. (Público atingido: 4.000 ouvintes por programa)
Hiperorgânicos: Encontro imersivo entre artistas-pesquisadores em sistema de laboratório aberto (OpenLab) com base telemática. Tem por objetivo, através de metodologia dialógica e processual, o intercâmbio de experimentos em baixa e alta tecnologias, e fontes abertas focados na construção de um modelo hiperorgânico que integre em seu corpo práticas de: Hibridação; Robótica; Som; Visualização de Dados; Performance. (Aberto a alunos, público externo e convidados).
Música, Memória e Sociabilidade na Maré: criação de equipes com formação em pesquisa acadêmica sobre práticas musicais e paisagens sonoras entre populações de áreas favelizadas da cidade, como ponto de apoio para construção de arquivos locais e formas variadas de intervenção artístico-cultural simultaneamente críticas e sustentáveis. (10 orientandos e público geral variado)

A Concha tem por objetivo apoiar e dinamizar novas atividades de extensão universitária, criando um polo de lazer e difusão científica, artística e cultural na Ilha do Fundão.
Dentre as novas atividades veiculadas pela Concha, poderão incluir-se:
Cursos de extensão (em arte e tecnologia)
Eventos científicos
Instalações multimeios e exposições
Séries regulares de concertos e apresentações musicais
Teatro imersivo (domo 180º)
Para estas atividades contribuirão as ações desenvolvidas no próprio recurso, nas unidades acadêmicas da UFRJ e por parceiros externos, por meio de uma agenda planejada conjuntamente.
Neste sentido, assim se manifestaram os pesquisadores envolvidos com a formulação desta iniciativa, quando perguntados sobre que novas atividades de ensino, pesquisa e extensão seriam possíveis na Concha:
"A partir de minicursos piloto, seria possível chegar a formar um curso de graduação e pós-graduação com ênfase em áudio. Neste sentido, existe uma necessidade crescente no Lab3D do PESC/COPPE-UFRJ de poder contar com uma estrutura tecnológica e de profissionais como a que está sendo proposta pelo projeto Concha para o apoio na produção de conteúdos audiovisuais, em coproduções e na complementação da formação profissional de seus professores, técnicos e estagiários que atuam na área de áudio."
"Apoio a projetos sociais com ênfase no uso de novas tecnologias."
"Atividades relacionadas ao impacto que os algoritmos de processamento de vídeo teriam na qualidade de experiência dos usuários destas tecnologias."
"Cooperação com os diversos grupos que lá estariam sediados. Atividades sistemáticas de produção musical com qualidade equiparável à dos principais centros internacionais."
"Cursos de acústica musical para diversas unidades e cursos sediados no Fundão, como medicina, fonoaudiologia, arquitetura, engenharia e física, dentre outras."
"Cursos de construção de instrumentos musicais, com um excelente espaço para a experimentação e apresentação; estes cursos poderão ser de extensão ou de graduação."
"Embrião para um curso de graduação ou especialização lato sensu em 'engenharia de áudio' ou 'engenharia do entretenimento'."
"Excelente recurso em áreas centrais do projeto do bairro Maré, como produção, armazenamento e reflexão sobre arquivos digitais documentando práticas de acesso, estudo e criação sonoro-musicais, empreendimentos criativos, políticas e formas de gestão a partir da paisagem sonora da Maré e da cidade."
"Extensão: cursos (pagos e com bolsas) para capacitação em nível técnico de produtores fonográficos, técnicos de som para teatros, estúdios de gravação, redes de televisão, produção de grandes shows."
"Invenção de novas interfaces e aprofundamento da pesquisa sobre as interfaces existentes (software e hardware)."
"Oficinas, atividades de extensão, cursos de longa e curta duração voltados para a formação de alunos do Ensino Fundamental, Médio e do Ensino Técnico."
"Pesquisas no campo da Pedagogia, das metodologias voltadas para o uso de novas tecnologias na educação, tanto em escolas regulares e cursos de formação."
"Programas de ensino (graduação, pós-graduação e extensão/educação continuada) compartilhados."
"Programas para artistas e pesquisadores visitantes."
"Possibilidade de criação de novas disciplinas e novos grupos de pesquisa provocados pelas atividades e interações promovidas na Concha."
"Surgimento de novas disciplinas que integrem música e engenharia."
"Vejo a Concha na forma de um Media Lab, que necessitamos, com plenos recursos para atividades de ensino no campo da arte e sua intersecção com a ciência e tecnologia. Aulas práticas e teóricas poderiam ser aplicadas assim como workshops e, principalmente, desenvolvimento de interfaces físicas e virtuais, atendendo a projetos de pesquisas docente e discente."
"Visitas guiadas, gerais ou com ênfase em aspectos específicos das atividades da Concha, conforme interesse do público em questão (professores e alunos) ou das equipes de pesquisadores da Concha."

Justificativa
Músicos gostam de pensar que a Ciência teve início com a Música, com Pitágoras (500 a. C.), com o estudo das razões matemáticas e das proporções que relacionam os intervalos musicais e os corpos sonoros. Ao longo da história, música e ciência sempre estiveram próximas. Não é sem razão que a Música figurará, ao lado da Aritmética, da Geometria e da Astronomia, como uma das disciplinas do Quadrivium medieval. Ainda, como pensar em Bach sem o "temperamento igual" forjado no contexto da revolução científica da Era Moderna e advogado por Vincenzo Galilei; nos desenvolvimentos dos instrumentos de sopro com os avanços da metalurgia do Século XIX; na revolução eletroeletrônica e suas consequências para a música do Século XX; "O século dos aviões tem direito a sua própria música!", não teria dito Debussy em 1910? De fato, durante todo o Século XX músicos sempre estiveram próximos dos avanços tecnológicos de seu tempo – Pierre Schaeffer e os magnetofones, Karlheinz Stockhausen e os osciladores, Max Mathews e os computadores – forjando, por seu intermédio, novas formas de produção sonora e artística, novas estéticas, e, em consequência, incentivando a criação de novos avanços tecnológicos.
Ao colocar lado a lado na UFRJ músicos e engenheiros, artistas e cientistas, a Concha virá cobrir uma lacuna histórica de nossa instituição. Elegendo o som como fenômeno interdisciplinar para o qual convergem, como já dissemos anteriormente, diferentes áreas do conhecimento, mas também a partir do qual emergem novas possibilidades de interação e criação (artística e científica), tais como as expressões e tecnologias audiovisuais e multimidiáticas, a Concha virá reforçar as potencialidades particulares de cada uma das áreas envolvidas, numa soma esforços para construir um recurso de excelência internacional, o que não poderia ser feito isoladamente de forma plenamente satisfatória.
Neste sentido, a totalidade dos pesquisadores envolvidos nesta iniciativa dispõe atualmente de recursos laboratoriais insuficientes para o pleno desempenho de suas atividades. Alguns, melhor equipados, carecem de espaços onde, por exemplo, possam realizar "ensaios/testes subjetivos relacionados a vídeo de alta qualidade (incluindo 3D) e sua interação com o áudio", ou reconhecem que seu laboratório "apesar de ter algum isolamento acústico, não é adequado para as simulações nem para as medições que desejamos realizar". Já outros, encarregados de coordenar, por exemplo, espaços de composição musical eletroacústica, sequer dispõem de uma sala isolada acusticamente: "O laboratório que ocupo atualmente é uma sala inadequada para os fins a que se destina, não possuindo isolamento acústico. Seu tamanho é subdimensionado para as múltiplas funções que acumula (sala de aula e de reuniões, estúdio de composição e almoxarifado)". Pesquisadores que trabalham com foco na prática de hibridação entre organismos artificiais e naturais (plantas e máquinas) e arte interativa possuem "pequeno espaço para pesquisas laboratoriais com eletrônica, robótica e mecatrônica, no entanto ainda carecemos de equipamento adequado, instrumentação e área para construção de estruturas de médio porte". Há ainda aqueles que dispõem de salas e equipamentos adequados, mas edificados em áreas com risco de alagamento, por exemplo, ou distantes de pesquisadores com quem poderiam interagir em inciativas concretas que demandam algum grau de interdisciplinaridade.
A Concha seria o locus para onde convergiriam esforços para vencer os gargalos de espaço físico existente. O compartilhamento cumpre, ainda, a dupla função de otimização no uso dos recursos, por meio de planejamento conjunto, além de promover a interação entre os diversos pesquisadores. Assim, por exemplo, o "volume central" se prestará tanto para testes de algoritmos para vídeos de alta qualidade em interação com áudio, quanto para concertos de música eletroacústica, experimental, instrumental ou vocal, ou instalações em artes plásticas e multimeios. Adicionalmente, um engenheiro especializado em processamento de sinais poderá somar esforços com compositores e intérpretes para a produção de uma nova obra musical interativa, colaborando na confecção de novos instrumentos de captação e transformação do som ou do movimento, em pesquisas com aplicação científica e artística.
Estimamos que poderíamos ao menos dobrar a capacidade de atendimento atual (avaliada em cerca de 770 alunos de graduação por semestre e 50 orientandos de pós-graduação nos últimos dois anos), além de abrir novas frentes de atuação com a construção do recurso. Quando perguntados sobre como a Concha dinamizaria/aprofundaria suas atuais atividades de ensino, pesquisa e extensão, levando em consideração as possibilidades de compartilhamento de espaços e ações, assim se manifestaram os pesquisadores envolvidos com a formulação desta iniciativa:
"A Concha poderia se tornar um centro de aplicação e desenvolvimento de metodologias e material pedagógico para o uso de meios eletrônicos, mídias e novas tecnologias em geral na educação. Acredito que ela possa vir a servir como um centro de treinamento de profissionais (alunos de graduação) para esse tipo de utilização nas escolas e centros de ensino."
"A natureza interdisciplinar da composição de música eletroacústica, verificável, por exemplo, no uso e desenvolvimento de recursos eletroeletrônicos para o tratamento do som em tempo-real e nas pesquisas em composição assistida por computador, bem como as possibilidades de interação com imagem e instalações multimeios, são exemplos do tipo de benefício que a Concha poderia proporcionar, ao colocar lado a lado pesquisadores de diferentes especialidades, facilitando diversas frentes de colaboração em pesquisa e criação."
"Além de ser um centro de pesquisa e produção, a Concha se caracterizaria também como centro de difusão do conhecimento, atingindo novos públicos para a arte contemporânea, em interação com o entorno universitário (público da Ilha do Fundão) e dos bairros próximos."
"Aprofundamento da rede cooperativa Africa.Brasil.Dialogs [e] na produção de produtos multimídia, de forma a intensificar e consolidar colaborações internas e externas, nacionais e internacionais."
"Facilitaria a troca de conhecimento entre os grupos, que atualmente ficam muito restritos às suas áreas específicas. Proporcionaria infraestrutura espacial adequada às pesquisas que são atualmente improvisadas ou mal instaladas. Além de ampliar as possibilidades de experimentação com som em condições reais, facilitaria a integração com outras áreas e grupos."
"Interação com os colegas que desenvolverão projetos de alguma forma relacionados ao meu, cooperação artística como instrumentista de sopro e de voz (técnicas estendidas) e como especialista em acústica musical; possibilidade de convidar colegas de outros estados e países para lá desenvolverem oficinas, cursos e concertos; cooperação com os colegas nos cursos que lá serão desenvolvidos."
"No campo do audiovisual, nas fases de pré-produção, produção e pós-produção (analógica ou digital), conhecimentos específicos em equipamentos, captura, composição, edição e tratamento de áudio são indispensáveis, tais como: suportes para captura e gravação de áudio; tipos de microfones e suas aplicações (estúdio ou externas); composição de trilhas sonoras; normalização de áudio; masterização de áudio; mixagem; edição e editores de áudio; finalização e modulação de áudio, só para citar algumas."
"Seu potencial como um agregador de atividades de ensino que envolva novas tecnologias, ligadas a projetos sociais e escolas da rede pública e privada é imenso. Com diversos pesquisadores reunidos e alunos de diversas áreas interagindo acredito que haveria uma maior troca de experiências e o surgimento de ideias inovadoras."
"Uma boa área para testes com vídeo de alta qualidade, incluindo vídeo 3D e interativo, permitiria que o impacto dos algoritmos desenvolvidos na qualidade de experiência dos usuários pudesse ser bem avaliado, o que poderia dar uma utilidade, e, portanto, um impacto muito maior aos algoritmos de processamento de vídeo desenvolvidos."
"Viabilizaria projetos de colaboração em nível nacional e internacional focados no campo da arte e sua interseção com a ciência e tecnologia. Permitiria o foco em áreas de pesquisa que demandam espaço laboratorial para experimentos práticos, suportaria o desenvolvimento de projetos práticos em pesquisa, tanto na pós-graduação quanto em alguns casos da graduação. Serviria de laboratório para criação de novos cursos voltados para essa área de investigação. Deseja-se que funcione como um núcleo interdisciplinar e autônomo, já que congregaria diversos saberes sob o mesmo teto. O próprio espaço e seus demais fluxos podem servir de dados para sistemas de visualização e áudio que venham a explorar ludicamente tais variáveis. Acima de tudo, a Concha poderia funcionar como um ponto da rede de centros de investigação do mundo, permitindo a prática experimental no campo da telemática."
Por fim, é importante destacar o aspecto emblemático que um recurso desta natureza representaria para a UFRJ. Dotar a Ilha do Fundão de um espaço compartilhado congregando artes e ciências, alicerçado nos pilares em que se assentam as missões universitárias – ensino, pesquisa e extensão – numa edificação arquitetonicamente arrojada – "de classe mundial" – seria um marco da nova fase de nossa instituição. Uma fase em que os impressionantes desenvolvimentos em C&T e os avanços na qualidade de nossos cursos e programas, confirmados pelo bom desempenho da UFRJ nos sistemas nacionais de avaliação (Graduação e Pós-Graduação) e nos principais rankings internacionais, como o QS World University Rankings, estarão aliados a uma necessária e oportuna soma de esforços com as áreas de cultura e artes, de forma a promover o desenvolvimento abrangente e integrado de nossas aspirações e vocações.
Características do Recurso
A Concha vem sendo planejada como um complexo arquitetônico que abrange espaços e funcionalidades característicos de um instituto que lida com o som. A descrição detalhada destes espaços e o estudo arquitetônico conceitual constituído por três pranchas podem ser encontrados no ANEXO – Projeto Concha UFRJ: Programa de Necessidades do Estudo Preliminar.
Quanto à sua localização, ela se dará em terreno apontado pelo Conselho do Centro de Letras e Artes, em decisão tomada em 20 de fevereiro de 2014. Trata-se do terreno adjacente ao bosque da reitoria, sobre a Rua Horácio Macedo, posicionado entre a Escola de Belas Artes e o novo edifício da EBA, em frente à Sala Samira Mesquita (Salão Azul do CLA).
Gestão: construir, equipar e manter
Planejamos organizar iniciativas de captação de recursos abordando um leque variado de entes públicos e privados. Dada a natureza multidisciplinar da Concha, subprojetos específicos serão formatados para pedir apoios a:
Agências de fomento à pesquisa (FINEP, CNPq, FAPERJ)
Agências especializadas em desenvolvimento social (BNDES, Banco Mundial)
Entes governamentais (Prefeitura e Governo do Estado do Rio de Janeiro)
Entes privados, por meio de renúncia fiscal (Lei Rouanet)
Entes privados, por meio de doação direta (endowment, crowd funding etc.)
Estas diferentes modalidades de captação têm por objetivo construir a Concha e equipá-la, além de criar um fundo de gestão que garanta o seu funcionamento e manutenção.
Como um recurso compartilhado entre unidades acadêmicas e programas de pós-graduação, imaginamos criar um conselho gestor com a participação de representantes das unidades e programas envolvidos na formulação da proposta, de representantes da reitoria e da comunidade, numa configuração ainda a ser definida após a aprovação da proposta.
Equipe
Elencamos abaixo aqueles que se manifestaram favoravelmente desde novembro de 2011 e que contribuíram ativamente na formatação desta proposta. Não se tratando de um grupo fechado ele pode certamente ser estendido com a continuidade dos debates em torno desta iniciativa:
Prof. Dr. Afonso Cláudio Segundo de Figueiredo (Escola de Comunicação)
Prof. Dr. Carlos Augusto Moreira da Nóbrega (Escola de Belas Artes – NANO)
Prof.ª Dra. Claudia Maria Lima Werner (COPPE – Lab3D – Laboratório de Realidade Virtual)
Prof. Daniel Fils Puig (CAp UFRJ – professor de música – doutorando)
Prof. Dra. Debora Foguel (Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa)
Prof. Dr. Eduardo Antônio Barros da Silva (COPPE – Laboratório de Processamento de Sinais)
Prof. Dr. Fernando Castro Pinto (COPPE – Laboratório de Acústica e Vibrações)
Filipe Martins Gomes (Parque Tecnológico do Rio – Articulações Corporativas)
Iris Mara Guardatti (Agência de Inovação – PR2, mestranda COPPE – LTDS)
Prof. Dr. Ivan Capeller (Escola de Comunicação)
Prof. Dr. João Moraes (Faculdade de Letras – PPGLN – Fonética e Fonologia)
Prof. Dr. José Luis Menegotto (POLI – Departamento de Expressão Gráfica)
Prof. Dr. Julio Cesar Boscher Torres (POLI – Departamento de Expressão Gráfica)
Prof. Dr. Leonardo Fuks (Escola de Música – PPGM – Laboratório de Acústica Musical)
Leonardo de Oliveira Nunes (doutorando – COPPE – Laboratório de Processamento de Sinais)
Prof. Dr. Luiz Bevilacqua (COPPE – Programa de Engenharia Civil)
Prof. Dr. Luiz Eduardo Azambuja Sauerbronn (POLI – Departamento de Expressão Gráfica)
Prof. Dr. Luiz Wagner Pereira Biscainho (COPPE – Laboratório de Processamento de Sinais)
Professora Dra. Maria Luisa Fragoso (Escola de Belas Artes – NANO)
Prof.ª Dra. Maria Lygia Niemeyer (FAU – PROARQ – Laboratório de Conforto Ambiental)
Prof. Dr. Maurício Guedes (Parque Tecnológico do Rio – Diretor Executivo)
Prof.ª Dra. Mônica Santos Salgado (FAU – PROARQ – Gestão de Projetos em Arquitetura)
Prof. Pedro Bittencourt (Escola de Música – Departamento de Sopros – doutorando)
Prof. Dr. Ricardo Eduardo Musafir (COPPE – Laboratório de Acústica e Vibrações)
Prof. Dr. Roberto Bartholo (COPPE – Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social)
Prof. Dr. Rodrigo Cicchelli Velloso (Escola de Música – PPGM – Setor de Música Eletroacústica)
Prof. Dr. Samuel Mello Araújo Junior (Escola de Música – PPGM – Laboratório de Etnomusicologia)
Prof.ª Dra. Sara Cohen (Escola de Música – PPGM – Setor de Percepção Musical)
Sérgio Duque Estrada (mestrando – COPPE – Lab3D – Laboratório de Realidade Virtual)

Última versão (Agosto de 2014) – contato – Rodrigo Cicchelli Velloso – [email protected]


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