A construção do pensamento Batista

June 15, 2017 | Autor: Daniel Gonçalves | Categoria: História Do Cristianismo, Pietismo, Batistas, Historia Da Igreja Cristã, História dos Batistas
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SUMÁRIO

A construção do pensamento 6
1 O modo Batista de pensar 6
2 A presença Batista no Brasil 6
3 A Produção do Pensamento 7
3 A Autocompreensão 9
Um discurso quase liberal 11
1 Uma reprodução 11
2 A diferença 12
3 O Papel da fonte 12
4 Antropologia 14
5 Soteriologia 14
6 Moralidade 15
7 Eclesiologia 15
8 Teoria política 16
CONCLUSÃO 18




A construção do pensamento
1 O modo Batista de pensar
Os batistas brasileiros tem em sua forma de pensar um certo tipo de liberalismo herdado de suas origens europeias e norte-americanas. Suas raízes no puritanismo inglês, norte-americano e no pietismo determinaram sua forma de ação dentro do Brasil, destacando-se dos "irmãos" metodistas, congregacionais e dos luteranos.

2 A presença Batista no Brasil
Com sua presença firmada no Brasil desde a segunda metade do século 19, os batistas são fruto de uma visão norte-americana que acreditavam que tinham uma missão no mundo. Essa missão tinha uma dimensão religiosa (salvacionista ) e civilizatória que tinha como objetivo implementar seu estilo de democracia e visão de progresso econômico .
O interesse norte-americano pelo Brasil, especialmente pela Amazônia, se deu a partir de 1850, principalmente por interesse econômicos. Um movimento migratório pequeno se deu a partir sul como consequência da secessão.
Sem obedecer um plano, a segunda entrada no Brasil se deu a partir de 1865 com milhares de sulistas, atraídos por uma nova oportunidade de vida. Os imigrantes se concentraram principalmente em São Paulo na região de Santa Bárbara, e por serem de maioria evangélica formavam suas comunidades de fé. Assim em 10 de setembro de 1871 foi formada a primeira Igreja batista sob a liderança do pastor Richard Ratcliff (1831-1912).
A terceira entrada foi uma consequência da segunda e teve como marca a vinda de Willian ( 1855-1939) e Anne (1859-1942) Bagby por causa da existência da colônia batista em Santa Barbara

3 A Produção do Pensamento
Os batistas tem seu foco principalmente na educação dos crentes , entendendo que a educação dos crentes é um imperativos divino e algo essencial para a fé. Os missionários batistas, seguindo a visão americana missiológica, decidiram criar uma editora e unida com o setor educacional (seminários e colégios ) surgiu assim a JUERP ( Junta de Educação Religiosa e Publicações). A tabela a baixo descreve suas preocupações:
ÁREA
TÍTULOS
%
Teologia
125
33,6
Devoção
34
9,1
Educação
26
7,0
Entretenimento
108
29,0
História
7
1,9
Psicologia
50
13,4
Práticos
22
5,9
TOTAL
372
100

A produção teológica batista é basicamente apologética tendo como um dos grandes expoentes Antonio Teixeira de Albuquerque ( 1840-1887 ) que pode ser considerado o fundador do anticatolicismo batista brasileiro. O anticatolicismo deve estar ligado a três fatores importantes na história da produção teológica batista: a busca da hegemonia, o anticatolicismo originário dos missionário norte- americanos e o ambiente politico interno. O quadro a baixo mostra os pensadores mais expressivos da linha Batista de pensamento.

NOME
ENFASE
CONTRIBUIÇÃO
Antonio Teixeira de Albuquerque (1840-1887)
Anticalicismo
Fundou o anticatolicismo
Zachary Clay Taylor (1850-1927)
Anticalicismo
Artigos e traduções
Salomão L. Ginsburg (1867-1927)
Anticalicismo
Principal tradutor/autor de hinos
Theodoro R. Teixeira (1871-1950)
Relacionamento entre Bíblia e vida
Seção "Perguntas e Respostas"
Alva Bee Langston(1878-1965)
Os batistas como democratas
Interpretação dos princípios batistas
W.E. Entzminger (1859-1930)
Valorização da espiritualidade
Livros, Hinos e artigos
W. C. Taylor (1886 – 1971)
Manutenção do polemismo
Sistematização de doutrinas
A.R. Crabtree (1889-1979)
Interpretação Bíblica
Hermenêutica Bíblica
A Neves de Mesquita (1888-1979)
Interpretação Bíblica
Comentários Bíblicos
Reynaldo Purim(1897-1988)
Racionalismo Kantiano
Ensino teológico
José dos Reis Pereira (1916-1991)
Missionarismo e anticatolicismo
Valorização da identidade missionária.
Delcyr de Souza Lima
Interpretação Bíblica
Revistas educativas

A construção do pensamento batista estava ligado ativamente também as traduções de livros que se tornaram de suma importância para a afirmação e compreensão do que é ser batista . O quadro a baixo elenca as 10 obras mais importantes.

3 A Autocompreensão
No imaginário Batista está presente a ideia Landmarkista denominaciolista. Em termos denominacionais fica claro que a fraternidade absoluta só é possível entre Batistas, sendo que na concepção batista um individuo ou grupo que se aproxime do evangelho e o entenda perfeitamente será levado obrigatoriamente a se tornar batista.
O aspecto Landmarkista se mostrou mais enfático no entendimento histórico da origem ( marco) batista. O pensamento landmarkista se resume desse maneira: o Reino de Deus prevaleceu; o Reino sempre incluiu todas as igrejas verdadeiras; os batistas são a única igreja verdadeira; logo, os batistas sempre existiram. Esse pensamento foi acusado de ser um pensamento sucessionista se equiparando ao pensamento católico.
Os teólogos batistas não viam como sucessionista sua origem, mas viam como uma "continuidade ininterrupta do reino de Cristo, desde os dias de João o Batista até agora, segundo as expressas palavras de Cristo".
No Brasil Z.C. Taylor disse assim:
"Não cremos em sucessão apostólica, porque S. João, o ultimo dos apóstolos, morreu no fim do primeiro século, e não existiu apóstolo depois dele.(...)Mas cremos na sucessão e continuação das doutrinas e ordenanças da igreja Cristã desde o seu fundamento por todas as idades, e que continuarão até a consumação dos séculos. Nos tempos da maior depravação, e durante as mais sanguinolentas perseguições de Roma pagã e Roma papal tem existido verdadeiras testemunhas – os fiéis conservadores e propagadores dos mandamentos e ordenanças de Cristo, como foram recebidos do seu Fundador"
A idéia landmarkista se aprofunda com Crabtree que diz que "a sucessão apostólica dos batistas não depende da continuação ininterrupta de igrejas batistas desde o tempo apostólico até o presente, mas sim da aceitação e da prática das doutrinas e princípios apostólicos"
Assim essa ideia sucessionista teológico-espiritual se tornou o conceito-chave do Landmarkismo bem como do imaginário batista.
Alguns livros foram lançados para tratarem das origens dos batistas, a maioria com a pensamento landmarkista, porém o primeiro livro a se preocupar majoritariamente com a História da denominação foi o de J. Reis Pereira. Ele fala sobre três teorias possíveis de de origem : JJJ, anabatismo e separatismo inglês, e em seu texto deixa a decisão para o leitor. Porém ele dá inicio a seu livro com a descrição da igreja apostólica.
O historiador M.P. Paterson analisou o sucessionismo e mostrou que este surgiu quando os batistas estavam envolvidos numa forte rivalidade com os metodistas e os presbiterianos. Os sucessionistas deram aos batistas um longa referencia histórica, um motivo de orgulho quando apontaram sua origem advinda do primeiro século.
Para M.P. Paterson existem quatro fatores essenciais para a gênese do sucessionismo:
Uma interpretação da Biblia na qual "certos textos bíblicos não podem ser compreendidos sem a continuidade das igrejas até hoje", como, por exemplo, o de que "as portas do iferno não prevalecerão contra a igreja"(Mateus 16.18);
A busca de status , para fugir ao fato de os batistas serem compostos de classes menos privilegiadas;
A efervescência da polemica, com a sucessão constituindo um ponto precioso de defesa e ataque; e
A imitação de outras confissões: os católicos falam de sucessão apostólica; os valdenses, de uma sucessão espiritual com outros grupos dissidentes, e os menonitas com os valdendes, etc.

Um discurso quase liberal

1 Uma reprodução
Em termos gerais o pensamento batista do Brasil é uma reprodução do pensamento batista norte-americano. Ela nasce no Brasil sobe um aspecto de contraste e diferença, especialmente diante do catolicismo, que é a religião predominante. Diante desse contexto, a doutrina oriundo não é uma doutrina da religião civil, pois nesse aspecto estava sobe o controle da Igreja Católica, porém há elementos que abordam o contexto social e político.

Mesmo com o surgimento do pensamento com base na diferença, em termos gerais a doutrina Batista não se desvia do norte-americano, exceto na ética dos costumes, especificamente quanto as questões do tabagismo.

Outro aspecto importante para notar é que de maneira geral, com a defesa da liberdade individual (veremos a frente), o pensamento Batista está relacionada ao liberalismo clássico. Encontramos nos escritos de Ludwig von Mises, Voltaire, Friedrich Hayek, entre outros, que o liberalismo clássico, também conhecido como liberalismo tradicional ou liberalismo de mercado é um pensamento em que há uma defesa principalmente da liberdade individual, proteção de liberdades civis, igualdade perante a lei, direitos naturais, direitos de propriedades, entre outros.
2 A diferença
Como o pensamento batista do Brasil nasce em um aspecto de diferença, há uma preocupação dos teólogos brasileiros em delinear um contraste do pensamento batista com as outras confissões cristãs. Portanto, temos uma lista de "princípios" de distinção, enumeradas pela Convenção Batista Brasileira de 1982. Além desses "princípios" da Convenção, o pastor João Filson Soren (graduação e mestrado em Teologia e Artes na Southern Baptist Theological Seminary (EUA), foi professor no Colégio Batista Shepard (RJ), foi presidente da Associação de Moços Batistas do Brasil, da Convenção Batista Carioca, da Convenção Batista Fluminense, onze vezes da Convenção Batista Brasileira, entre outras participações em seu ministério) elaborou no mesmo ano uma lista semelhante que de acordo com ele não é baseado em teólogos mas em uma teologia neo-testamentária. Para Mullins, a distinção dos batistas são as axiomas (axioma teológico, religioso, os eclesiásticos, religioso-cívico e social).
Nas listas de "princípios" não há uma doutrina sequer. A distinção do pensamento batista das outras confissões são esses princípios que são baseadas na bíblia. Além disso, é aparente o individualismo como princípio fundamental do pensamento apesar de alguns autores terem dificuldade com esse principio filosófico. Na reflexão de Langston o homem dentro de si, na sua alma, é soberano. Esse princípio é fundamental na construção do pensamento diante do Calvinismo e as questões da Predestinação.

3 O Papel da fonte
Quanto as influencias dos credos no pensamento batista, é notável que no brasil foram ignoradas. Temos que lembrar que há no brasil um contexto de diferença entre as outras confissões cristãs. Onde houve grande contribuição com os batistas ingleses, os norte-americanos deram menos valor, e no Brasil foram ignoradas.
Os credos foram ignoradas pois compreendiam que somente a Bíblia era necessária para a construção dos pensamentos. Isso é notável nas reformas. W. C. Taylor escreve sobre o perigo de basear os pensamentos em credos. Ele associa credo com dogma e que é colocado com um valor igual ou superior as Escrituras. Na "Declaração Doutrinária" de 1986 é esclarecido os termos:
Para os batistas, as Escrituras Sagradas, em particular o Novo Testamento, constituem a única regra de fé e conduta, mas, de quando em quando, as circunstâncias exigem que sejam feitas declarações doutrinarias que esclareçam os espíritos, dissipem dúvidas e reafirmem posições. (Declaração Doutrinária da Convenção Batista, 1991, pág. 4)
Os credos ou confissões, propriamente ditas não tem autoridade. Na prática, deve ser recorrido as Escrituras e as confissões devem ser ignoradas. Essa prática é importante pois a adoção de alguns credos não representa que "são a verdade", como Taylor nos adverte. Com isso, a autoridade vem das Escrituras, nesse contexto principalmente do Novo Testamento.
Na primeira declaração doutrinaria que circula no Brasil, que é uma tradução da declaração de New Hampshire, está explicito a natureza das Escrituras. Na declaração de 1986 foi acrescentado o critério de interpretação. A autoridade das Escrituras está vinculada com o fato de ser a Palavra de Deus. Deus fala por meio da Bíblia, portanto é um instrumento para a revelação. Essa forma de interpretação foge de um contexto fundamentalista e especialmente do biblicismo. Sua autoridade não é em si mesmo mas deriva de Jesus Cristo, autoridade máxima da religião.
No pensamento Batista, a inerrancia está aparente, porem essa inerrancia é diante de seu conteúdo. É infalível quanto a sua mensagem. Os problemas de forma que são decorrentes do processo de transmissão são, de acordo com Bertoldo Gats, de "importância diminuta". Foram homens que escreveram a Bíblia, ao decorrer de anos, e foram anos para canoniza-las, entretanto não pode negar a ação do Espirito. Este estava presente na inspiração à canonização.

4 Antropologia
Nos aspectos do homem e a salvação, os batistas se baseiam em uma visão agostiniano e calvinista. É na reflexão antropológica que aparece a liberdade que vai passar a influenciar a soterologia. O homem, apesar do pecado, tem a imagem e semelhança de Deus e Cristo morreu por ele. Isso demonstra o valor e dignidade do homem. É nesse pressuposto, não de "queda" mas de criação que baseia-se a competência individual. Essa competência individual remete a responsabilidade diante de suas ações. Essa responsabilidade também é em relação a resposta humana quanto ao chamado divino. É nesse aspecto que encontramos o liberalismo.
A liberdade individual, no pensamento batista, é uma liberdade de consciência. Por um lado é impossível salvar a si mesmo pois "Cristo é o único Salvador". Por outro lado, não há alienação da sua liberdade. Portanto o homem tem a competência em aceitar ou rejeitar o Salvador. Essa ação comunicativa entre o divino e o homem é a base do cristianismo, de acordo com Mullins.

5 Soteriologia
"Onde o pecado espalhou, Cristo uniu..." diz a obra de Langston. A salvação continua a criação de homens bons, pois na sua máxima trás o homem de volta ao seu estado edénica. O questionamento que surge é qual a participação do homem em sua salvação? No pensamento batista um novo paradigma apresenta. A justificação do homem é de ordem divina, pois que declara o homem livre é Deus. Essa obra salvífica é somente uma obra divina. Portanto, a salvação é primeiramente uma decisão de Deus, um "dom gratuito de Deus". Essa escolha foi feita por Deus, a eleição. Enquanto o homem tomou a iniciativa na condenação, Deus tomou a iniciativa na redenção!
Quanto as questões da predestinação radical no Calvinismo, no pensamento batismo não há uma resolução. Rejeita que Deus predestinou pessoas para a perdição pois infere a liberdade individual – livre-arbítrio. A salvação é fruto de uma resposta humana, uma aceitação humana e não um decreto de Deus. Com isso, o homem é responsável pelo seu pecado e a graça de Deus o torna competente para a salvação. Ele se torna cooperador com Deus na obra da salvação. Há um apelo persuasivo por meio de Cristo e a graça que leva o homem a fé. Nesse aspecto há uma certa ambiguidade. O homem não se rende a Cristo, mas é conquistado. Essa salvação não é completa e é um processo.

6 Moralidade
No pensamento batista, o comportamento é expresso como missão. Entende-se que em todas as ações e atividades é expresso os valores do crente. Esses são os frutos da fé e da nova vida. Isso implica na autodisciplina em fazer a vontade de Deus negando os propósitos pessoais e regendo a vida e os relacionamentos. Nas questões econômicas, o dinheiro é encarado como um meio para um fim que é o alcance de bens espirituais. Portanto, o dinheiro não é uma ameaça ao homem, mas uma oportunidade a fim do serviço a Cristo.
Na expressão social, a convicção batista é que a retidão do caráter individual produz uma retidão na sociedade em geral. A moralidade não é somente uma questão individual com um fim em si mesmo, mas é agente transformadora da sociedade. A preocupação não se limita somente no relacionamento individual com Deus, mas com o próximo. No âmbito social, não é do interesse mudar a forma de governo mas fazer o bem a todos. É uma ação apenas na esfera moral e espiritual, como o exemplo dado por Cristo.
Com isso, a responsabilidade do crente é permanecer no mundo mas não viver segundo os seus valores. Ele deve se opor ao mal e trabalhar contra tudo que corrompa e degrade a vida humana. Em suma, é imitar a Cristo.

7 Eclesiologia
A igreja, dentro do pensamento batista, é uma igreja local. Portanto não há uma igreja batista mas igrejas batistas. Essa visão foi estabelecido em cima de uma visão congregacionista. A convenção, por sua vez, é uma entidade para-eclesiástica, e cada igreja local tem sua própria poder de decisão. Essa autonomia é uma teonomia, onde Cristo é a cabeça, e a igreja existe para estender o Reino à todos os homens. Toda essa visão é característico do landmarkismo, termo usado pela primeira vez no The Tenesse Baptist, pelo editor do jornal James R. Graves. Em uma publicação chamada An Old Landmark Re-Set (1856) o editor faz uma alusão a Proverbios 22:28 "Não removas os antigos limites que teus pais fizeram".
Na eclesiologia do pensamento batista há a cooperação. A cooperação entre as igrejas na filosofia da Convenção Batista é a maneira em que as igrejas se juntam para realizar tarefas em comum, por exemplo: evangelismo, missões, educação, entre outros. Dentro de cada igreja local, a democracia deve reger, pois todos foram regenerados e tem seus direitos, como foi visto no individualismo. Nessa democracia, a orientação vem por meio do Espirito Santo.

8 Teoria política
A teoria política é baseada na competência da alma, em que há uma separação entre a Igreja e o Estado. Tanto a Igreja quanto o Estado são responsáveis e ordenadas diante de Deus. Ambas se interessem pelo bem da humanidade. O estado tem o exercício da autoridade civil e deve a proteção da lei e a liberdade plena à igreja.
A igreja deve reforçar a lei e a ordem, assim como proclamando verdades fundamentais sobre justiça e paz. Isso fica claro ao olhar para o Novo Testamento. A fé que foi expressa no primeiro século foi outorgada sem nenhum apoio do governo. Em suma, a Igreja deve ser livre, e o Estado deve ser leigo.
O maior interesse dos batistas tem sido a liberdade religiosa. Cada pessoa é livre para cultuar a Deus. Compreende-se que o individuo foi colocado no centro do projeto de Deus. Cada individuo é o ponto de partida para a redenção do mundo, político, religioso e social. Essa visão dissemina uma verdadeira democracia. Portanto, cada individuo na sua fé deve buscar o bem comum da sociedade.
Assim como para Lutero, temos duas pátrias e cada uma não prejudica a outra. Portanto é o compromisso dos Batistas em buscar tratar somente dos interesses do Reino dos céus. A obediência as leis constituídas pelo governo é uma ação de cooperatividade . A aprovação ou desaprovação deve ser de forma construtiva e feita até que o Governa faça a mudança desejada. Se alguma lei for injusta, lutamos legalmente para revoga-la com ordem e inteligência.

CONCLUSÃO
Sobre a forma de pensamento batista, concordamos com o autor quando diz que a teologia batista é bíblica, supranacional, apologética , utilitária e pedagógica. Porém vemos que esta forma de teologia tem perdido sua força e características nos tempos de hoje.
Sobre a origem dos batistas, temos uma inclinação ao separatismo inglês pois se caracteriza como o argumento mais convincente e claro para o surgimento dos batistas. O argumento landmarkista sucessionista é fraco e incoerente em termos históricos.
Acreditamos que o estudo da construção do modo de pensar batista é importante e merece novos estudos e reflexão. Acreditamos que em uma nova reflexão seria possível o modo de pensar estar mais relevante com os desafios da posmodernidade e a sociedade liquida ou hiper-modernidade.









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