A construção psicanalítica da guerra com recurso à correspondência de Einstein e Freud (entre 1931 e 1932)

June 1, 2017 | Autor: E. Jeronimo Pereira | Categoria: War Studies
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1 Elsa Jerónimo Pereira Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Direito Doutoramento em Direito e Segurança 2015

 “A Paz não é a ausência da Guerra, é uma VIRTUDE,

um ESTADO DE ESPÍRITO, uma DISPOSIÇÃO, para a Benevolência, Confiança e Justiça”. BARUCH SPINOZA

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 A PROBLEMÁTICA;

 A RELEVÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO;  A QUESTÃO DE PARTIDA E AS HIPOTESES;  A DELIMITAÇÃO DO CAMPO DE INVESTIGAÇÃO;  A OPERACIONALIZAÇÃO DO CONCEITO DE GUERRA E

PAZ;  O ESTADO DA ARTE. 3

 EINSTEIN não aborda a paz resultante da cessação de conflitos entre

grupos humanos aleatórios, excluindo por isso, conflitos internos.  Tal, permite a Diferença entre agressividade humana, e a

conflitualidade entre Estados independentes e soberanos.  Classificação da paz de Einstein como paz de equilíbrio ou paz

confederativa – na classificação de Raimond Aron e paz jurídico, teológica e filosófica na classificação de Bobbio.  FREUD: diferentes

categorias de guerra, pressupõe diferentes

categorias de paz.  Guerra como ameaça à Coesão Nacional.

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 Solução dependente de um acordo de grande escala entre EUA/ Rússia

(reconhecimento

da

bipolaridade

mundial,

exclusão

da

hegemonia

americana).  Únicos países com capacidade de indução nos outros da necessidade de

abdicar de um grau de soberania em prol da segurança militar coletiva.  A logica psicológica obstaculiza a sua concretização (assunção da psique

como determinante da guerra e razão de convite a Freud).  FREUD: VOLUNTARIEDADE do poder central, para efeitos de legitimação.

Nações imaturas não substituem poder real por poder legitimado das ideias.  O que une a Comunidade : Laços de identificação e a legitimação da Força A  FREUD explica a origem da legitimidade do USO DA FORÇA COERCIVA. 5

 EINSTEIN não abre campo à justificação da guerra, não porque se

enquadra na teoria pacifista, mas porque a causa da guerra reside na psique humana.  FREUD: Diferentes categorias de guerra pressupõe diferentes causas.

Umas resultam em miséria humana, mas outras são uma importante transição de FORÇA em LEI.  A Guerra é o caminho da paz perpetua ( Kant) e um instrumento de

desenvolvimento Social - teóricos da Guerra Justa – com recurso à classificação de Bobbio. 6

 EINSTEIN: A classe dominante – política – é um veiculo propagandista

dos seus interesses de comercialização e armamento.  O domínio das Instituições sociais – escolas, media e igreja, permite a

manipulação das massas na legitimação do conflito.  FREUD: alarga o espectro da Teoria das Elites, ao abordar o

Imperialismo da Lei, que favorece a classe dominante e as classes com proximidade ao poder.  Estados fortes serão mais belicistas, porque detém maior poder

comunitário – monopólio da Lei.

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 Ambos reconhecem as diferenças da Guerra contemporânea,

quando comparada com as guerras anteriores.  Maior diferença reside no avanço tecnológico, que para ambos é

imparável e impossível de especular em termos de capacidade bélica;  Freud argumenta ainda que é bem fundado o tempos das guerras

futuras.  Pese embora o desconhecimento do poder nuclear, ele é já

antevisto como determinante na ordenação das Nações. 8

 FREUD: investe na procura do antidoto da Guerra.  Da mesma forma que o Individuo faz a transição do egoísmo para

o altruísmo através do impulso do Amor – Eros, também a Comunidade fará a passagem do impulso do Interesse para a Identidade Nacional.  Porque os povos obedecem mais à paixão – neste caso, ao

sentimento de Identidade Nacional, será necessário que os Interesses da classes dominantes sejam suplantados pelo sentimento de Coesão Nacional. 9

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