A contribuição da natureza no processo de ensino e Aprendizagem do espectro electromagnético. Caso do camaleão.

August 21, 2017 | Autor: Alberto Halar | Categoria: Estudos Culturais, Ensino de Física, Pesquisa Educacional, Inovação científica
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1.0 Introdução
O Espectro Eletromagnético é muito usado em ciências como a Física e a Química. A espectroscopia é a parte da Física que estuda o espectro electromagnético . Através da espectroscopia é possível estudar e caracterizardiferentes materiais.
A radiação característica emitida pelos átomos dos elementos ao serem aquecidos em uma chama ou submetidos a descargas elétricas foi estudada exaustivamente no final do século XIX.
"Quando observada através de um espectroscópio, esta radiação aparece como uma série de linhas de várias cores ou comprimentos de onda chamadas séries espectrais;as posições e intensidades dessas linhas são características de cada elemento''. (Kepler de Souza Oliveira 2013)
Os camaleões possuem células especializadas em duas camadas sob a sua pele externa transparente. As células na camada superior, chamadas de cromatóforas, contêm pigmentos. Abaixo das células cromatóforas há outra camada e células: as guanóforas, que contém uma substância cristalina e incolor (a guanina). Os guanóforos reflectem, entre outras, a cor da luz incidente criando destemodo uma sensação selectiva dos nossos olhos.
De acordo com Salvetti (2004),o camaleão pode desempenhar um papel muito importante no ensino do espectro eletromagnético dada a capacidade que ele tem de mudar da sua cor,motivado pelas variedades e diferentes configuraçoes doambiente onde quer que ele se encontre. Nesta perspectiva, aborda-se a contribuição da natureza no estudo do espectro eletromagnético,tomando como base o camaleão
Na presente pesquisa a abordagem será feita mediante o uso de métodos diversificados, com vista a saber a contribuição da natureza noprocesso de ensino e Aprendizagem do espectro eletromagnético, tomando como base o camaleão.


1.1. Definição do problema de pesquisa
O ensino de ciências naturais vem sendo uma área muito problemática que os alunos apresentam para a sua aprendizagem, e a Física é tida pelos alunos como uma área, de conhecimentos, difícil de entender, pois exige um nível de raciocínio mais elevado e grande poder de abstração para o seuentendemento. A realidade prova que a natureza está repleta de muitos meios que se possam aproveitar para muitos fins, facto que infelizmente não ocorre. Pela sua natureza, pode-se acreditar que o conhecimento da Física está muito perto da convivência diária e do ser humano.
Nas comunidades rurais existe um aproveitamento do camaleão com base na troca de cores. No contexto, o presente trabalho pretende responder as seguintes questões:
Como é que se pode justificar o fenômeno de mudança de cor no camaleão?
Até que ponto o fenômeno da mudança de cores no camaleão pode contribuir na percepção dos conhecimentos de espectroscopia?
1.1.1. Hipóteses
A mudança da cor no camaleão, relacionada com o lugar onde se encontra, pode ajudar na descoberta de várias cores que existem no espectro eletromagnético;
A mudança de cor no camaleão pode concorrer para a motivação do aluno no ensino do espectro electromagnético.
1.1.2 Delimitação do tema
Há varias cores que poderão ser demonstradas nesta pesquisa, porém, o projecto limita se somente a querer mostrar a mudança de cores do camaleão, tomando como base as cores existentes: verde, azul, amarelo, vermelho e alaranjado. O preto, por apresentar um índice de absorvidade máximo (a=1) e reflectividade nula(r=0), ou seja, por absorver toda a radiação nela incidente e sem depois reflectir nenhuma, não pode observar o fenômeno da mudança de cor no camaleão.
1.2 Variáveis
Variáveis dependentes
Variável dependente é aquela que será explicada em função de influência, afetada pela variável independente, portanto, constitui variável dependente desta pesquisa o processo do ensino do espectro eletromagnético.
Variáveis independentes
Variável independente é aquela que influencia, determina ou afeta uma variável. É, portanto, variável independente da presente pesquisa o processo de mudança de cores.

1.3 Objectivos do trabalho
Para alcançar o propósito do presente trabalho, de uma maneira resumida, foram definidos os seguintes objectivos.
1.3.1. Objectivo Geral:
Identificar a contribuição da natureza no ensino da espectroscopia tomando como base o camaleão, dada acapacidade que este possui de se camfular.
1.3.2. Objectivos específicos:
Estudaro comportamento do camaleão ao aproximar se dos objectos de diferentes cores;
Identificar as cores do espectro eletromagnético que o camaleão pode refletir.



1.4 Justificativa
O estudo de fenômenos da natureza e das leis que os regem, desperta o interesse da sociedade. Pode-se perceber esse interesse, olhando para os jovens nas escolas ao tentar aprender ou explicar, o surgimento da cor na natureza.
Durante o processo de leccionação das aulas alguns professores excluem a experimentação e a observação alegando a falta de tempo ou de condições materiais para aplicá-las. A fim de superar essa falta de condições e aproveitar a afinidade que os jovens têm com a natureza, pretende-se, por meio deste trabalho trazer o camaleão como recurso didáctico básico nas aulas de espectroscopia. A medida visa melhoraro entendimento na decomposição de cores. Para criar um recurso didáctico que possibilite ao professor ministrar com o auxilio da experimentação e /ou observação.
O tema é Actual e relevante. Sua actualidade reside no facto de que este é dos muito poucos trabalhos desenvolvidos neste campo e concorre para um despertar de um mundo moderno com relação ao assunto em abordagem. Sua relevância subsiste, na medida em que pode estimular, á comunidade acadêmica, o espírito de investigação de outras formas didácticas que concorram para aprendizagem significativa da Física que pretendem promover o uso de camaleão para o entendimento melhor de espectroscopia sobre a emissão de cores, pois neles existe uma relação, o aproveitamento de camaleão na comunidade para curar algumas doenças, e ele é visto como remédio tradicional das pessoas na comunidade.






2.0 Fundamentação teórica

Espectroscopia é a parte de Física que se debruça ao estudo de espectros.
Espectro é a redistribuição da luz segundo o comprimento de onda e a frequência.Os espectros podem ser de emissão e de absorção.
O camaleão é um réptil muito conhecido da família dos lagartos. Existem catalogadas mais de setenta espécies de camaleões(Sergio Santos Twardowskipinto,sd).
Camuflagem é uma forma de sobrevivencia de um animal no ambiente onde se encontra.(Lúcia Helena Salvetti 2004)

2.1O espectro eletromagnético
Durante muito tempo, a luz era a única parte conhecida do Espectro Eletromagnético. Os Gregos antigos tinham a noção de que a luz viajava em forma de linhas retas, chegando a estudar algumas de suas propriedades, que fazem parte do que atualmente denominamos Óptica geométrica. Foi somente no século XVI e XVII que o estudo da luz passou a gerar teorias conflitantes quando a sua natureza. A primeira descoberta de ondas eletromagnéticas além da luz foi em 1800, quando William Herschel descobriu a luz infravermelha.1 Em seu experimento, Herschel direcionou a luz solar através de um prisma, decompondo-a, e então mediu a temperatura de cada cor. Ele descobriu que a temperatura aumentava do violeta para o vermelho, e que a temperatura mais alta se encontrava logo após o vermelho, numa região em que nenhuma luz solar era visível. No ano seguinte, Johann Wilhelm Ritter realizou estudos na outra ponta do espectro e percebeu a existência do que ele chamou de "raios químicos" (raios de luz invisíveis que provocavam reações químicas) que se comportavam de forma semelhante aos raios de luz violeta visíveis, mas estavam além deles no espectro. O termo "raios químicos" foi posteriormente renomeado radiação ultravioleta.
A radiação eletromagnética foi pela primeira vez relacionada com o eletromagnetismo em 1845, quando Michael Faraday percebeu que a polarização da luz viajando através de um material transparente respondia a um campo magnético (ver Efeito Faraday). Durante a década de 1860, James Maxwell desenvolveu quatro equações diferenciais parciais para o campo eletromagnético. Duas dessas equações previam a possibilidade, e o comportamento, de ondas no campo. Analisando a velocidade dessas ondas teóricas, Maxwell descobriu que elas deviam viajar a uma velocidade semelhante a velocidade da luz, o que o levou a inferência de que a própria luz era uma onda eletromagnética. As equações também previam um número infinito de frequências de ondas eletromagnéticas, todas viajando à velocidade da luz. Esse foi o primeiro indício da existência de um espectro eletromagnético completo.
Maxwell previa também ondas de frequências muito baixas, quando comparadas ao infravermelho. Na tentativa de provar as equações de Maxwell e detectar essas radiações de baixa frequência, em 1886 o físico Heinrich Hertz construiu um aparelho para gerar e detectar o que hoje chamamos de ondas de rádio. Hertz encontrou as ondas e foi capaz de inferir ( medindo seus comprimento e multiplicando por suas frequências) que elas viajavam à velocidade da luz. Hertz também demonstrou que a nova radiação poderia ser refletida e refratada, da mesma forma que a luz.
Em 1895 Wilhelm Röntgen percebeu um novo tipo de radiação emitida durante um experimento com um tubo com vácuo sujeito à alta voltagem. Ele chamou essa radiação de raios-x e descobriu que eles eram capazes de atravessar partes do corpo humano mas eram refletidos ou parados por materiais densos, como os ossos, e passaram a ser amplamente usados na medicina.
A última porção do espectro eletromagnético foi completado com a descoberta dos raios gama. Em 1900 Paul Villard estava estudando as emissões radiativas do radium quando ele identificou um novo tipo de radiação que ele primeiramente pensou se tratar de partículas semelhantes às conhecidas partículas alfa e beta, mas com a propriedade de serem bem mais penetrantes que ambas.
Entretanto, em 1910 o físico William Henry Bragg demonstrou que os raios gama eram uma radiação eletromagnética, e não partícula, e em 1914, Ernest Rutherford (que havia nomeado a radiação de raios gamas em 1903 quando percebeu que eles eram fundamentalmente diferentes de partículas alfa e beta) e Edward Andrade mediram seus comprimentos de onda e descobriram que os raios gama eram semelhantes ao raio-x, porém com comprimentos menor e maior frequência.( Jaime E. Villate 2013)
2.1.1 Espectroscopia
Aespectroscopiaestudaa interação entre a radiação electromagnética e a materia, comabsorção eemissão de energía.




Figura1:Espectrode luz de uma chama. . .
Nesta pesquisa, mais nos importa a zona visível do espectro, como indica a figura 2 abaixo
Figura 2: Luz visível como parte do Espectro electromagnético. .
Uma análise espectral se basea em detectar aabsorção a emissão de radiação eletromagnética a certas longitudes de onda e se relaciona com os níveis de energia implicados em uma transição caóntica.
Existemtrês casos de interacçãocom a matéria:
Choque elástico: existe solo um cambio e impulso dos fotões. Exemplos os raios X, a difracção de electrões e a difracção de neutrões.
Choque inelástico: por exemplo,a espectroscopia Raman;
Absorção e emissão de fotões
Absorção aemissãoressonante de fotões a energia de um fotão de uma onda eletromagnética e correspondente frequência, equivale a diferencia de energia entre os estados quânticos da substância estudada:


Donde a constante de Planck, a frequência de luz de onda eletromagnética associada a esse quánto de luz e é a diferencia de energia. Esta equação e conceda também como a equação básica da espectroscopia. As diferencias de energia entre estados quânticos defendem da composição elementar da proíbe a estrutura da molécula, e por isso este método proporciona informação importante para astronomias, físicos, químicos e biólogos. (Kepler de Souza Oliveira 2013)
Em uma imagem َóptica, em geral trabalhamos com radiação proveniente de uma fonte, somando toda a luz dentro de um amplo intervalo de comprimento de onda.
Na espectroscopia, os espectros são obtidos pela dispersão ou singularização das ondas de luz de uma fonte em seus diferentes comprimentos. Ou seja, a espectroscopia separara a contribuição dos diferentes comprimentos de onda provenientes de uma fonte.
Ondas eletromagnéticas são normalmente descritas por qualquer uma das seguintes propriedades físicas: frequência (ƒ), comprimento de onda (λ), ou por energia de foton (E). O comprimento de onda é inversamente proporcional a frequência da onda, a qual representa os números de períodos existentes na unidade de tempo. Desta forma, raios gama tem comprimentos do tamanho de frações do tamanho de um átomo, enquanto o comprimento de ondas no extremo oposto do espectro podem ser tão grandes quanto o universo. A energia de um foton é diretamente proporcional à frequência de onda, portanto os raios gama possuem a maior energia, enquanto ondas de rádio possuem energias extremamente baixas.
Essas relações são ilustradas pelas seguintes expressões:

Onde:
c = m/s é a velocidade da luz no vácuo e
h = (33)×10 J s = (10)×10 eV s é a constante de Planck.
Numa onda harmônica o comprimento de onda, , e a frequência, , não podem variar independentemente, mas estão relacionadas por .
Dada a frequência ou o comprimento de onda, é possível classificar a onda dentro do {espetro eletromagnético} e determinar as suas propriedades. O valor máximo dos campos determina a intensidade mas não a classificação no espetro.3
Em princípio, podem existir ondas eletromagnéticas com qualquer valor de entre 0 e .
Alguns exemplos de ondas eletromagnéticas são as ondas de rádio e de comunicações móveis, as ondas usadas num forno de microondas para aquecer os alimentos, e a própria luz. O que distingue uma dessas ondas da outra é a sua frequência, ou de forma equivalente, o seu comprimento de onda. A Figura acima mostra o espetro eletromagnético identificando algumas das ondas comuns.
Usualmente, a radiação eletromagnética produzida por um sistema não tem uma frequência única , como no caso das ondas harmônicas, mas é uma sobreposição de ondas harmônicas com uma distribuição de frequências particular. Por exemplo, a luz solar tem um espetro contínuo de frequências na banda visível, que pode ser separado por meio de um prisma.
Dentro de um meio diferente do vácuo, a constante de Coulomb na equação da velocidade da luz deverá ser dividida pela constante dielétrica do meio.
Isso conduz a uma velocidade da luz menor; por outro lado, no vidro a constante dielétrica diminui com o aumento da frequência e o índice de refração é inversamente proporcional à velocidade da luz. Assim o desvio da luz quando passa por um prisma de vidro é maior para a luz com maior frequência (violeta) e menor para as diferentes cores. A luz branca é separada nas diferentes frequências na passagem pelo prisma.
Uma carga em repouso cria à sua volta um campo que se estende até ao infinito. Se esta carga for acelerada haverá uma variação do campo eléctrico no tempo, que irá induzir um campo magnético também variável no tempo (estes dois campos são perpendiculares entre si). Estes campos em conjunto constituem uma onda eletromagnética (a direcção de propagação da onda é perpendicular às direcções de vibração dos campos que a constituem). Uma onda eletromagnética propaga-se mesmo no vácuo.
2.2 O camaleão
Os camaleões são animais de hábitos diurnos. São animais solitários, sendo que os machos buscam as fêmeas na época do acasalamento. Possuem um comportamento muito agressivo, inclusive com animais da mesma espécie.
Eles vivem, principalmente, na África, Madagáscar e sul do Saara. Algumas espécies também são encontradas em continente europeu e na Índia.
Os camaleões possuem habitat muito variado (savanas, florestas tropicais, montanhas, estepes e até desertos). Gostam de viver sobre as árvores, arbustos e sob folhas secas.
A pele do camaleão é coberta por uma camada de queratina. Ao crescer, o camaleão precisa trocar de pele.
A cor dos camaleões, dependendo da espécie, varia do marrom ao verde. Algumas espécies são listradas. Quanto à cor, um recurso importante, usado pelos camaleões para despistar os predadores, é a mudança de cor (mimetismo).

Figura 3: camaleão noutro meio ambiente
Os camaleões possuem dois olhos, sendo que conseguem mover um para cada lugar ao mesmo tempo.
Estes lagartos se movimentam lentamente para não despertar a atenção de suas presas e predadores.
Os camaleões se alimentam, principalmente, de insectos tais como moscas, joaninhas, mariposas, pequenos besouros e gafanhotos. Para pegar estes insectos, ele utiliza um importante recurso: uma língua comprida, elástica e pegajosa. (Lúcia Helena Salvetti 2004)
2.2.1.Características principais.
Peso: o peso de um animal adulto, dependendo da espécie, pode variar entre 1 a 3 quilos.
Comprimento: um camaleão adulto pode ter, em média, de 40 a 60 cm.As cores mais fortes servem para assustar os inimigos do camaleão. (Sérgio Santos Twardowski Pinto)



2.2.2 Como funciona o sistema de camuflagem do camaleão?
O camaleão é capaz de trocar de cor porque pode controlar a concentração de pigmento (melanina) das células da pele. A cada concentração corresponde uma cor ou um conjunto de cores e tonalidades. Ao contrário do que se pensa, o camaleão não troca de cor para se confundir com o meio ambiente e fugir de inimigos.
A mudança de cor é determinada por factores como luz e temperatura ou por emoções como o medo. A mudança de cor tem um papel importante na comunicação durante lutas entre camaleões: as cores indicam se o oponente está assustado ou furioso. Acidentalmente, a mudança de cor pode ajudar na camuflagem do animal, embora esta não seja uma ocorrência frequente, e sim ocasional.

Figura 4: camaleão em processo demudança de cor
Os camaleões possuem células especializadas em duas camadas sob a sua pele externa transparente. A célula na camada superior, chamadas de cromatóforas, contém pigmentos amarelos e vermelhos. Abaixo das células cromatóforas há outra camada e células: as guanóforas, que contém uma substância cristalina e incolor (a guanina). Os guanóforos refletem, entre outras, a cor azul da luz incidente. Se a camada superior de cromatóforas for amarela, a luz refletida se torna verde (azul + amarelo). Uma camada de pigmento escuro (melanina) contendo melanóforos está situada ainda mais profundamente, abaixo das guanóforas refletoras de luz azul e branca. Estes melanóforos influenciam o brilho e a claridade da luz refletida. Todas essas diferentes células pigmentares podem relocar seus pigmentos, influenciando assim a cor da luz que é refletida.. ( Twardowski ,sd)

 3.0 Medotologia do trabalho
Medotologia ésegundo ANDRADE (2001), "a ciência que estuda o caminho parao processo deaquisição de conhecimento".
A abordagem centra-se no método experimental, apartir do qual fez se uma recolha e análise dos dados proveniente da mudança de cores do camaleão e posterior a comparação dos resultados obtidos com espectro eletromagnéticos que obedeceram aos parâmetros do ponto de vista qualitativo e quantitativo tratando-se duma pesquisa experimental.
A segunda parte do trabalho foi conduzida por uma pesquisa descritiva baseada no trabalho de campo onde fez-seestudo de estilo de vida das populações de Chibuto. Para a colecta dos dados foi utilizado um inquérito composto por 7questões semi-fechadas (vide apêndice1) para a comunidade e 9 para os estudantes de curso de Física.
Analise de dados: apresentação e interpretação dos resultados no local de pesquisa, esta analise permitiu-nos tirar conclusões sobre o estudo da contribuição da natureza no espectro eletromagnético caso do camaleão.

3.1 Como e para quêconseguir o camaleão?
Em primeiro lugar caçou-se o camaleãoe guardou-se numa gaiola coberta de vidros transparentes e tirou-se fotografias com a mudança de três lenço, onde se observou a mudança de cores no camaleão em cada lenço aproximado nele. E experimentou- se um lenço preto aproximando no camaleão e não se reflectiu nenhuma cor. E levou-se o camaleão para o seu habitante natural, obviamente nas árvores e fez-se uma séria de observações acompanhada da respectiva tomada de motim.

3.2 População e amostra do inquérito
Fez-seentrevista na comunidade, os adultos e velhos onde se entrevistou 11pessoas, como amostra 6 adultos e 5 velhas.E também fez se entrevista a 4 estudantes de informação sobre o camaleão.




4.0 Resultado e sua discussão
Pela informação colhida na comunidade observou-se que os mais informados sobre o camaleão são os velhos. Ele é usado para curar micose através de mudança das cores, asma juntando toce do asmado e algum remédio tradicional, também se usa para transitar a chefia no serviço durante a sua mudança de cor.
A contribuição que os estudantes têm no camaleão olhando para o espectro eletromagnético entende se que eles só sabem que o camaleão tem capacidade de tirar todas as cores que o espectro eletromagnético contém e não sabem dizer como ele consegue mudar da cor.
Durante a mudança dos lenços observou-se que o camaleão é capaz de reflectir todas as cores que nele incidem menos o preto, porque ele só absorve toda a radiação e não reflecte cor alguma, Como mostram as figuras abaixo.

Figura 5: mudança de cor do camaleão para verde
Absorção das outras cores da luz incidente e reflexão cor verde mediante a colocação de um lenço de cor verde.
Segundo KASSATKIN(1980), o cérebro do camaleão recebe a luz que incide na retina, compara essa luminosidade com a luz refletida no ambiente e libera hormônios para as células da pele, fazendo com que elas assumam a cor do ambiente em segundos.
O verde é uma faixa do espectro eletromagnético caracterizada por possuir uma freqüência (f) na ordem de (6,10- 5,20)x1014(HZ) e um comprimento de onda na ordem de (4,92- 5,77)x10-7(m).


Figura 6: mudança de cor para o amarelo
Através de uma célula cromatófora que o camaleão contêm com pigmentos de várias cores, de toda a luz incidente, o camaleão refletiu a cor amarela que neste caso corresponde a cor do lenço usado.
KASSATKIN (1980) afirma que o cérebro do camaleão recebe a luz que incide na retina, compara –a com a luz refletida no ambiente e libera hormônios para as células da pele, fazendo com que elas assumam a cor do ambiente em segundos. Assumindo esta particularidade, que faz do camaleão um bicho específico, ele resctiu aluz amarela, fazendo –a visível aos olhos do observador.
O amarelo é uma faixa do espectro eletromagnético caracterizado por possuir uma freqüência (f) na ordem de (5,20- 5,03)x1014(HZ) e um comprimento de onda na ordem de (5,77- 5,97)x10-7(m).


Figura 7: não há mudança de cor depois de verde num preto
O preto é ou não é cor?
A resposta a esta questão foi nos dada a partir de uma experiência simples realizada com um pano de fundo preto.
Depois que o camaleão refletiu a cor verde tapou-se o camaleão com o lenço preto e não ouve mudança alguma da cor. Isto significou para nós que o camaleão absorveu e não conseguiu reflectir algo que estivesse compreendido da faixa corada do espectro electromagnético, como tal ficou clara a demonstracão de que o preto não é cor.
Segundo Sérgio Santos Twardowski Pinto (1990) O camaleão não reflecte o preto por ele não ser uma cor. Pois o preto só tem possibilidade de absorver toda radiação sem a reflexão da luz incidente.

Figura 8: não há mudança de cor depois de amarelo num preto
Depois da reflexão da cor amarela tapou-se o camaleão com o lenço preto e não ouve nenhuma mudança da cor reflectida. Segundo Sérgio Santos Twardowski Pinto (1990) O camaleão não reflecte o preto por ele não ser uma cor. Pois o preto só tem possibilidade de absorver toda radiação sem a reflexão da luz encidente, como o preto absorve toda a radiação se for a roupa a tendência é de aquecer por ele não reflectir a radiação absorvida. O camaleão também contém o mesmo comportamento por ter uma célula transparente que ajuda a ele a visualizar todas as cores que ele absorve menos o preto.

Figura 9: mudança de cor para o vermelho
Os pigmentos de cor vermelha ficam espalhados no cromatóforo do camaleão dependendo da luminosidade para facilitar a absorção e reflexão da cor vermelha.
Embora o camaleão possuia cromatóforo com pigmentos de varias cores, este não reflecte todas as cores em simultâneo. Neste caso concreto foi nos vivível na pele do camaleão dado ser a única que suas células reflectiram.
O vermelho é uma faixa do espectro eletromagnético caracterizado por possuir uma freqüência (f) na ordem de (4,82- 3,84)x1014(HZ) e um comprimento de onda na ordem de (6,22-7,80)x10-7(m).

Figura 10: mudança de cor para o azul
O camaleão muda de cor por ter cromatóforos, célula que armazena tons de cores diferentes, e por possuir células especializadas em duas camadas sob a sua pele externa transparente, daí e camaleão conseguira reflectir a cor azul absorvida, como ele muda de cor acidentalmente foi difícil conseguir uma boa visibilidade da cor em todo o corpo do camaleão.
O azul é uma faixa do espectro eletromagnético caracterizado por possuir uma freqüência (f) na ordem de (6,59- 6,10)x1014(HZ) e um comprimento de onda na ordem de (4,55-4,92)x10-7(m).


Figura 11: mudança de cor para alaranjada
O camaleão muda de cor facilmente no dia de boa luminosidade. Os pigmentos de alaranjada ficam espalhados noscromatóforos do camaleão, com base nisso o camaleão conseguiu reflectir a cor absorvida que é alaranjada.
O alaranjada é uma faixa do espectro eletromagnético caracterizado por possuir uma freqüência (f) na ordem de (5,03-4,82) x1014(HZ) e um comprimento de onda na ordem de (5,97-6,22)x10-7(m).




Figura 12: mudança de cor para acastanho

Através do cromatóforo que o camaleão possui com pigmentos de várias cores, ele consegue reflectir a cor acastanhada absorvida.


Figura 13: mudança de cor para a cor das folhas de árvore de uma mangueira
O camaleão pode facilmente mudar de cor para cores das folhas duma árvore porque é o lugar onde ele habita mas para que a mudança ocorra facilmente é preciso que haja a luminosidade.
Os camaleões mudam de cor por terem "cromatóforos", células que armazenam tons de verde, rosa, narrom, azul, amarelo e preto. Elas ficam abaixo da pele transparente do réptil.
É pela abertura e fechamento dessas estruturas, e a forma como a luz é reflectida nelas, que a cor dos camaleões muda.
Para Twardowski (1990), os tons variam pela temperatura, luminosidade, saúde e até o "humor" do bicho.
4.1Como é que o camaleão consegue mudar de cor?

Figura 14: mudança das cores do camaleão.

O camaleãoconsegue controlar a movimentação de pigmentos que dão cores às células de sua pele. Assim como outros animais (rãs, polvos, lulas, vários insetos e outros lagartos), o camaleão possui a capacidade de imitar a cor do ambiente para se confundir com ele.
Essa característica de camuflagem tem diversas funções e varia de acordo com o camaleão e com o meio no qual ele vive. No caso do camaleão, a mudança de cor pode ser uma estratégia de caça ou de defesa. Ao assumir a cor do local onde se encontra - por exemplo, a da folhagem, do galho ou do tronco de uma árvore - o camaleão tenta se camuflar para capturar insetos com sua longa língua ou fugir de seus predadores, como cobras, aves de rapina ou pequenos felinos.
"Dependendo da espécie de camaleão, as cores que ele pode assumir variam muito, como tons de verde, rosa, azul, amarelo, vermelho, marrom e preto", afirmou a bióloga Maria Aparecida Visconti, da Universidade de São Paulo (USP).
Pode se perguntar como é que o camaleão, que não é nenhum Einstein nem Landau, consegue sempre acertar a cor da camuflagem?
Para KASSATKIN (1980), na verdade isto ocorre no camaleão como um processo involuntário. O cérebro do camaleão recebe a luz que incide na retina, compara essa luminosidade com a luz refletida no ambiente e libera hormônios para as células da pele, fazendo com que elas assumam a cor do ambiente em segundos (no máximo, em minutos). Graças a essa habilidade, o camaleão não fica rosa na folhagem marrom





4.2. Células com pigmentos são o segredo dessa aquarela animal


Figura 15: camaleão noutro meio ambiente.
Nossa pesquisa permitiu saber ainda que esta mudança de cor do camaleão, entre tantas outras pode ocorrer nas situações seguintes:
1. O camaleão muda de cor quando se sente ameaçado por um predador ou quando está caçando. A alteração é regulada por hormônios produzidos pela hipófise, uma glândula na base do cérebro, e chegam às células da pele por meio da circulação sanguínea
2. As células que dão cor ao bicho são chamadas de cromatóforos. Cada cromatóforo tem pigmentos de uma cor diferente - um camaleão possui cromatóforos com pigmentos de várias cores. No nosso exemplo, o bicho está passando de um tom amarronzado para um amarelado
3. No tom amarronzado, os pigmentos dessa cor e suas "parentes", como o vermelho, estão espalhados por toda a área de seus cromatóforos. Já os pigmentos de cores diferentes (como cinza e amarelo), ficam agrupados nos núcleos de seus cromatóforos, "sumindo" aos olhos do predador
4. No tom amarelado, ocorre o inverso: os pigmentos de cores claras (amarelo e cinza) ficam espalhados nos cromatóforos, enquanto os de cores escuras ficam concentrados. Para quem vê o camaleão nessa situação, a cor do bicho é um tom entre o marrom e o vermelho.














4.3 Importância do camaleão na explicação do espectro eletromagnética
O nosso estudo, a medida que ia avançando, ia formulando sempre questões emergentes, como por exemplo; Como contribuição da natureza, e dada a capacidade que tem de mudar de cor, será o camaleão útil para a explicação do espectro electromagnético?
O camaleão pode ajudar na visualização das sete cores do espectro eletromagnético através de camuflagem para uma forma de sobrevivência do animal no ambiente onde se encontra.Esta ocorrência não é frequente, mas ocasional. O camaleão muda de cor porque pode controlar a concentração de pigmentos das células da pele, ele não muda de cor para se confundir com ambiente, mas sim para fugir de inimigos e conseguir se alimentar.
O camaleão toma a cor do ambiente onde se encontra através das células especializadas que ele possue em duas camadas sob a sua pele externo transparente.Para além das células na camada superior, chamadas de cromatóforas, que contém pigmentos, abaixo das células cromatóforas há outra camada e células as guanóforas, que contém uma substância cristalina e incolor. Salvetti (2004) é da opinião de que as guanóforas reflectem entre outras, a cor da luz incidente.
O camaleão consegue detectar a absorção e a emissão de radiação de acordo com espectro eletromagnético. As cores no camaleão tanto no espectro eletromagnético são obtidas pela dispersão das ondas de luz de uma fonte em seus diferentes comprimentos e freqüência de onda.
O comprimento de onda é inversamente proporcional a freqüência de onda, a qual representaos números de períodos existentes na unidade de tempo.E a onda eletromagnética propaga-se no vácuo, a direcção de propagação da onda é perpendicular ás direcções de vibração dos campos que a constituem.
Maxwell concluiu que a luz visível é constituída por ondas eletromagnéticas, em tudo análogas às restantes, com a única diferença na frequência e comprimento de onda.
Durante o inquérito dos estudantes entende-se que o camaleão tem um papel muito importante na mudança das cores para o espectro eletromagnético porque nos ajuda a visualizar todas as sete cores que existem no espectro, na espectroscopia como no camaleão verifica-se a interação entre a radiação eletromagnética e a matéria, com a absorção e a emissão de energia.
De acordo com Maxwell, a energia de um fotão de uma onda eletromagnética e correspondente a freqüência, é equivalente a diferença de energia entre os estados quânticos da substância estudada.
De acordo com a frequência e comprimento de onda das ondas eletromagnéticas pode-se definir um espectro com várias zonas (podendo haver alguma sobreposição entre elas). O espectro vivível contêm 7 faixas distribuidas segundo as frequências e comprimentos de onda: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta, como mostra a figura 16 de espectro eletromagnético baixo:
Figura 16: Luz visível como parte do Espectro electromagnético.
Pelos resultados desta pesquisa, fica evidente que pode se encontrar um paralelismo na explicação do espectro; com recurso a espectrômetros ou a outros recursos didácticos em que o camaleão é parte integrante.
4.4 vantagensdesvantagens do camaleão para a comunidade
4.4.1 Vantagens
O camaleão ajuda a comunidade a curar algumas doenças como é o caso de micoses e asma.
A mudança de cor tem um papel importante na comunicação durante lutas entre camaleões: as cores indicam se o oponente está assustado ou furioso;
O camaleão ajuda a comunidade a subir nos cargos de chefia durante a sua mudança de cor, quer dizer que para uma pessoa que pretenda mudar de escalão no seu sector laboral, pode-se fazer o tratamento correspondente com o camaleão, pelo que, para esta pessoa, uma mudança de cor no camaleão significa mudança de posição e ou escalão na chefia.
Este facto surpersticioso tem lugar sobre tudo em elementos do interior onde esta prática é devidamente conhecida. A idéia nas pessoas visadas é que mesmo que estes elementos não sejam competentes o suficiente, estaspodem subirde escalão.
4.4.2 Desvantagens
O camaleão é usado para efeito de feitiço fazendo nalgumas vezes com que certas pessoas bem posicionadas na vida conheçam um retrocesso e muitas das vezes sem a devida explicação. Este facto pode ser revertido caso a pessoa faça um tratamento com o camaleão por forma a permitir que a mudança de cor lhe consiga levar de voltaá posição inicial.
O camaleão é um animal muito perigoso quando provocado porque com a saliva gera uma ferida difícil de curar.



5.0.Conclusão
Em relação a presente pesquisa conclui-se que:
O camaleão desempenha uma função muito importante na medida em que concorre para a cura de algumas doenças na comunidade;
O camaleão visualiza todas as sete cores do espectro eletromagnético, facto que pode implicar o seu uso como recurso didáctico para o ensino da espectroscopia,
A reflexão da luz incidente sobre o camaleão ocorre graças a algumas células que este contém uma sua constituição;
A mudança de cor ajuda na camuflagem do camaleão, embora esta não seja uma ocorrência frequente.











6.0 Sugestões
Finda a apresentação das conclusões da monografia segue-se as sugestões
Que os docentes desenvolvam junto as comunidades tarefas de experimentação que apontem para a publicitação do camaleão.
Que todos os professores arranjem a solução de ter uma experiência em todas as aulas de Física para o maior entendimento na matéria dada.
Que se priorize a contribuição da natureza para o ensino de espetroscopia.













7.0 Referências Bibliográficas
DE CICCO, Lúcia Helena Salvetti. Saúde Animal: Camaleão. Acessado em 26 de Dezembro de 2004;
RODRIGUES, Annamaria Barbosa. A Revista do Pará. Acessadoem26 de Dezembro de 2004;
Kepler de Souza Oliveira. FilhoModificado em 20 Maios 2013;
Jaime E. Villate,Eletricidade e Magnetismo, 20 de março de 2013. 221 págs]. Creative Commons Atribuição-Partilha (versão 3.0) ISBN 978-972-99396-2-4. Acesso em 21 jun. 2013.
Fresnel, Louis L. maio de 2003. Sistemas eletrônicos de comunicações Terceira reimpressões edição México DF: Alfa Omega. Pp. 21 a 23. ISBN970-15-0641-3. 











8.0 Apêndice






















Índice
1.0 Introdução 8
1.1. Definição do problema de pesquisa 9
1.1.1. Hipóteses 9
1.1.2 Delimitação do tema 9
1.2 Variáveis 10
1.3 Objectivos do trabalho 10
1.3.1. Objectivo Geral: 10
1.3.2. Objectivos específicos: 10
1.4 Justificativa 11
2.0 Fundamentação teórica 12
2.1O espectro eletromagnético 12
2.1.1 Espectroscopia 14
2.2 Ocamaleão 18
2.2.1.Características principais. 19
2.2.2 Como funciona o sistema de camuflagem do camaleão? 20
3.0 Medotologia do trabalho 21
3.1 Como e para quêconseguir o camaleão? 21
3.2 População e amostra do inquérito 22
4.0 Resultado e sua discussão 23
4.1Como é que o camaleão consegue mudar de cor? 31
4.2. Células com pigmentos são o segredo dessa aquarela animal 33
4.3 Importância do camaleão na explicação do espectro eletromagnética 35
4.4 vantagensdesvantagens do camaleão para a comunidade 37
4.4.1 Vantagens 37
4.4.2 Desvantagens 37
5.0.Conclusão 38
6.0 Sugestões 39
7.0 Referências Bibliográficas 40
8.0 Apêndice 41


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