A (des)construção do Estado Moderno por uma ótica Foucaultiana

 

    I SIMPÓSIO DE POLÍTICA E FILOSOFIA NA RENASCENÇA – Campos de Goytacazes –  UFF/PUCG     "A (des)construção do Estado Moderno por uma ótica Foucaultiana"     Murilo Gomes da Costa, Universidade Federal Fluminense, ​ [email protected]   Palavras­chave: Estado Moderno, Foucault, Clássicos;     No  presente  trabalho,  buscar­se­á  apresentar  um  debate  acerca  da  influência  dos  pressupostos  socioculturais  –  com  ênfase  nos  religiosos   –   para  a  formação  e  legitimação  do  conceito  de  Estado  Moderno.   O  trabalho  usará  como recorte temporal o período entre os séculos  XV  e  XVII,  no  qual  é possível destacar a ascensão das teorias políticas que fomentaram as bases  constituintes  do  Estado  Moderno  Europeu.  O  método  utilizado  na pesquisa centra­se na leitura e  análise  dos  teóricos  clássicos,  sob  uma  ótica Foucaultiana, que possibilite uma “releitura” crítica  e  de  descontrução.  Torna­se  possível,  então,  com  esse  estudo  a  compreensão  –  sob  a  ótica  de  Foucault  ­  de que ​ o discurso “jurídico­político” clássico – advindo das produções dos teóricos do  período  supracitado  –  finda­se  em  ser  uma  verdadeira  “produção  de  verdade”,  que  tende  à  naturalização  do  Estado,  tornando­o  ‘inevitável’  para  o  bom  funcionamento  da  sociedade  moderna,  visto  que,  existindo  um  poder  central  e,  consequentemente,  a  subserviência  ao  soberano,  tornar­se­ia  assegurada  a  “paz”  e  “segurança”,  que  garantiriam  a  sobrevivência  e  salvaguarda  da   propriedade  privada.  Em  síntese,  com  esse  estudo,  busca­se  mostrar  como  as  teorias  legitimadoras  do  Estado  Moderno  são  permeadas  por  discursos  socioculturais  –  embasados  nos  ditames  religiosos  e   legais  ­  que  visam  à  construção  de  verdades,  com  potencialidades   e  aplicabilidade  reais  e  eficazes,  como  bem  demonstrou  a  história  europeia  e,  consequentemente, ocidental.