A desmontagem e o arranjo como princípios metodológicos na pesquisa em comunicação

May 23, 2017 | Autor: Luis Felipe Abreu | Categoria: Roland Barthes, Semiotica, Metodologias de Pesquisa, Teorias Da Comunicação
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A desmontagem e o arranjo como princípios metodológicos na pesquisa em comunicação

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Alexandre Rocha da Silva [email protected] André Correa da Silva de Araujo [email protected] Luis Felipe Silveira de Abreu [email protected]

Resumen

Este estudio tiene como objetivo presentar un enfoque metodológico sostenido por el pensamiento de Roland Barthes . A partir de la idea de “desmantelamiento y disposición “ de los objetos empíricos, el texto pretende deconstruir la noción de obra cerrada observables en ciertos estudios de comunicación.

Palabras clave:

Roland Barthes; crítica; Texto; intertexto; lexias

Resumo

O presente trabalho busca apresentar um percurso metodológico calcado no pensamento de Roland Barthes. A partir da ideia de “desmontagem e arranjo” dos objetos empíricos, o texto procura desnaturalizar a noção de obra fechada observável em certos estudos de comunicação.

Palavras-chave:

Roland Barthes; crítica; Texto; intertexto; lexias

Abstract

This study aims to present a methodological approach sustained by the thought of Roland Barthes . From the idea of ​​“dissection and the articulation” of empirical objects , the text seeks to deconstruct the notion of closed work, observable in certain communication studies.

Keywords:

Roland Barthes; criticism; Text; intertext; lexias

Introdução Este estudo nasce de um incômodo: a percepção de certo estado de coisas metodológico na pesquisa em comunicação contemporânea, que caracterizamos como a confusão entre objeto empírico e corpus. Parte-se da ideia de analisar um produto específico - no caso da pesquisa em audiovisual, por exemplo, fala-se em discutir um filme,o corpo de trabalho de determinado diretor, ou, ainda, um gênero narrativo, etc -, tomado em sua unidade e totalização. De modo a propor uma via alternativa a essas concepções, apresentaremos aqui um percurso metodológico calcado na desmontagem e no arranjo dos objetos, tendo por norte o trabalho de Roland Barthes. A discussão parte do desenvolvimento da pesquisa Semiótica crítica: materialidades, micropolíticas e acontecimento, realizada na Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico), na UFRGS, a partir de 2014.

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Assim, o presente texto busca apresentar os principais elementos do pensamento de Barthes em relação à fragmentação dos procedimentos analíticos, discutindo conceitos como crítica, Texto e intertexto.

Dos objetos aos corpus: o método segundo Barthes Nossas reflexões têm como gatilho o modo de trabalho de Roland Barthes. Em suas reflexões e investigações, o crítico e semiólogo francês, como o próprio assumiu (cf. BARTHES, 1989; BARTHES, 2003), teve como norte a implosão dos discursos prontos, naquilo que chamava de doxa. A ela, Barthes sentia a necessidade de elaborar “paradoxos” - e um exame por sua obra nos permite observar que a operacionalização desse projeto dava-se por meio de uma fragmentação de seus alvos de análise, fossem eles a literatura, a cultura de massa, a fotografia, etc. A decomposição dos modos de significação dos objetos, assim, daria lugar a uma reorganização de seus discursos, maquinando por dentro mesmo de sua impostura de fala característica um modo outro de dizer. Já em um texto bastante inicial de sua carreira, Barthes aludia a essa implosão e reorganização dos objetos de análise a partir de duas operações, características daquilo que chamou de atividade estruturalista: “A atividade estruturalista comporta duas operações típicas: desmontagem e arranjo” (2007, p. 52). Ainda bastante preocupado em definir os contornos dessa “nova ciência” que interpelou as humanidades ao longo da década de 1960, Barthes encontra nessas duas operações metodológicas um caminho para efetivar um abalo sobre as noções naturalizadas de unidade do objeto e os limites de sua interpretação. Ao procedimento da desmontagem, cabe a sistematização dos elementos diferenciais presentes em um determinado texto, como que sua “menor medida” ou unidade elementar, cujos contornos dariam a ver a constituição mais íntima de um dado texto. Delineados tais elementos, caberia à operação do arranjo restituir as relações existentes entre tais unidades, de forma a compreender os traços estruturais que fazem esses elementos produzir significações. Essas operações estabelecem um tipo de leitura anti-hermenêutica: não se trata de tentar desvendar o que determinado texto quer dizer, mas sim quais são os elementos ali presentes e quais as relações que os fazem produzir significações. Como afirma Barthes nesse mesmo texto, “ poderíamos dizer que o objeto do estruturalismo não é o homem rico de certos sentidos, mas o homem fabricante de sentidos” (2007, p. 54). Importante reconhecer aí um tipo de deslocamento quanto o trabalho da crítica. Para Barthes, a crítica não se caracteriza por efetuar um tipo de discurso explicativo ou valorativo, mas sim de explicitar os mecanismo pelos quais um determinado texto ou obra pode vir a produzir sentido. As operações do desmonte e do arranjo, por conseguinte, visam deslindar aquilo que se compreeende como um “bloco” de sentido guiado por uma dada intencionalidade em uma estrutura composta por regras de associações - ora rígidas, ora flexíveis - que nada tem a ver com uma consciência do tipo “autor”, mas sim com o próprio funcionamento da linguagem. Por isso que Barthes apropria-se do conceito lógico de metalinguagem para tentar delimitar e problematizar o estatuto da crítica. Para ele, ao contrário de sua acepção tradicional, mais do que tentar extrair o sentido de uma dada obra literária, o crítico deve encarar o texto como uma linguagem-objeto e estabelecer uma metalinguagem capaz de desvendar seus mecanismos internos não para encontrar aquilo que ali reside de escondido como revelação de seu significado, mas sim para mapear os modos e relações pelos quais esse mesmo texto pode vir a produzir sentido. “Trata-se, pois, de uma atividade essencialmente formal, não no sentido estético, mas lógico do termo” (2007, p.162), afirma Barthes. A crítica, nesse sentido, visa “não o deciframento da obra estudada mas a reconstituição das regras e constrangimentos da elaboração

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desse sentido; com a condição de admitir imediatamente que a obra literária é um sistema semântico muito particular” (BARTHES, 2007, p. 162). O texto crítico entendido como metalinguagem, portanto, é uma dobra de linguagem por sobre um texto-objeto de forma a descrever seu funcionamento. Essa descrição - ela própria outro texto - incide sobre a obra analisada, deslocando seu primado de sentido e constituindo suas relações em uma dimensão dialógica entre crítica e obra: produção de significação.

Da obra ao texto Podemos verificar as bases dessa perspectiva sobretudo em dois célebres ensaios: A morte do autor e Da obra ao Texto (BARTHES, 2004). Aí o crítico elabora os pressupostos do Texto1: uma força de escritura que não deve ser confundida com as obras, unidades fechadas, livros com título e autores bem definidos. A “morte do autor” representa o primeiro movimento da identificação dessa potência, ao propor o abandono das abordagens que buscam decifrar as obras tendo por norte a figura e as intenções de seus produtores. O trabalho de Baudelaire, por exemplo, lia-se sob a égide da melancolia do poeta, sua figura trágica, suas tensões familiares. Com a recusa a essa sistema de interpretação, Barthes afirma a escritura como um “significante perpétuo” e reflete que o trabalho crítico deve ser imanente, buscando apenas na constituição da obra seus modos de significação: “Na escritura múltipla, tudo está para ser deslindado, mas nada para ser decifrado” (BARTHES, 2004, p. 63, grifos do autor) - e vemos aí, uma vez mais, bases epistêmicas para a assunção da perspectiva anti-hermenêutica da crítica barthesiana. Tais conclusões são base para que em Da obra ao Texto, Barthes configure a noção do Texto enquanto uma potência de escritura, em contraste com a noção de obra, objetos fechados em si mesmo, geralmente interpretados em chave hermenêutica. Tomar um livro como um livro, ou, ainda, um filme como um filme, unidades de sentido com valores intrínsecos: isso é pensar em termos de obra. Já um Texto é não uma materialidade, mas um modo de ser da língua, funcionando como uma organização peculiar dos sistemas sígnicos, atuando em um campo de linguagem que ultrapassa a noção de obra. E é nesse local, continuum de discursos, que chegamos à noção da intertextualidade.

A intertextualidade como princípio A ideia de intertextualidade é estruturante para se pensar as características do Texto - e, aqui, essencial na proposição de superação das noções de obra e objeto. Isso se dá mesmo pelo seu caráter constituinte de todo ato escritural. Escreve Barthes (2004, p. 71): “O intertextual em que é tomado todo Texto, pois ele próprio é o entretexto de outro texto, não pode confundir-se com alguma origem do Texto”. Como aponta Terry Eagleton (2006), ao comentar o trabalho do semiólogo, todos os textos literários são produzidos tendo em vista outros textos. Não é o caso de pensar no sentido mais rasteiro de intertextualidade: influências de um autor sobre outro ou referências cruzadas, citações, paródias, etc. O intertexto barthesiano funciona mesmo “no sentido mais radical de que cada palavra, frase ou segmento é um trabalho feito sobre outros escritos que antecederam ou cercaram a obra individual” (EAGLETON, 2006, p. 207).O Texto é assim o espaço tanto de confluência e dispersão desses intertextos, terreno dinâmico - pensemos no Dom Quixote de Pierre Menard (BORGES, 2007), produzido não a partir de, mas sim com o original. Com isso, dá-se um movimento que desloca o primado do significado presente na obra, lida sempre em razão daquilo que “tem a dizer”, na direção das potencialidades do 1 Barthes utiliza o termo em seu ensaio deste modo, com a letra inicial maiúscula. Manteremos aqui tal grafia, com o objetivo de preservar a nuance do conceito e demarcar a diferença entre o Texto barthesiano e o texto enquanto sinônimo de materialidade escrita.

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significante. Conceber o Texto como tecido: superfície horizontal, sem profundidade, a ser analisada pelo entrelaçamento de seus fios. Diferentemente da obra, “um texto não é uma linha de palavras liberando um único significado teológico” (2004, p.146), mas antes um espaço formado por diversas “citações” retiradas de diferentes centros de cultura. Esse conceito de texto toma a materialidade da linguagem em uma dimensão radical. Estamos sempre reelaborando um contínuo de linguagem, que é organizado localmente numa tessitura específica, em um texto. Ontologicamente, cada texto é sempre uma constante remissão a outros textos, que é a forma pela qual a linguagem se articula. Não há diferenciação entre os elementos que compõem um texto específico de outro. A significação, nessa perspectiva, é sempre elaborada na relação: seja na relação específica que há entre os signos presentes em um determinado texto, seja numa perspectiva que leva em conta todos os textos já produzidos que acabam se introjetando nessa tessitura. Como afirma Barthes, “o Texto é esse espaço social que não deixa nenhuma linguagem ao abrigo, exterior, nem nenhum sujeito de enunciação em situação de juiz, de mestre, de analista, de confessor, de decifrador: a teoria do texto só pode coincidir com uma prática da escritura.” (BARTHES, 2004, p. 75). Fica claro assim a perspectiva intertextual que constitui a linguagem. Tal perspectiva refere-se não apenas ao texto criativo, por óbvio, mas também ao texto crítico. Entretanto, não se deve deixar levar por uma acepção “em senso comum” da intertextualidade e compreender como o labor crítico uma mera descrição dos elementos textuais que o constituem, numa espécie de mapeamento da filiação originária de um determinado texto. Pelo contrário, deve se reconhecer - através da desmontagem e do arranjo - os focos múltiplos pelos quais um texto constitui-se, ao desmontá-lo, e as constantes de sua produção de sentido, através do arranjo. Dessa forma, o texto crítico entra, ele próprio, numa relação intertextual com o textoobjeto, agregando-se e incidindo diretamente sobre sua significação, tornando-se parte de sua teia intertextual. Há uma indiferenciação ontológica entre o texto crítico e o texto criativo, desmontando sua hierarquia ou primado de significação. Pois, se o texto crítico é também intertextual, o texto criativo também opera por uma relação de desmonte e arranjo, tomando os diferentes focos da cultura como seu objeto. Assim nos deparamos com uma concepção de crítica que deixa de lado qualquer tipo de primado ideológico de unidade, origem ou valoração: em ambos os casos trata-se da escritura enquanto produção.

Lexias: do Texto ao traço ao Texto Tal diagnóstico de uma possibilidade de desmontagem dos objetos de modo a perceber os agenciamentos operados em seus Textos e intertextos pode ser observado no pensamento de Barthes não apenas em seu plano teórico, mas evidenciado mesmo no seu trabalho crítico. Essa perspectiva de “desmanche” pode ser vista de forma mais clara em S/Z (2002), livro no qual Barthes retoma a novela Sarrasine, de Honoré de Balzac. A leitura do romance é feita mediante a fração do texto em lexias, recortes de parágrafos, frases ou até mesmo palavras individualizadas, unidades de leitura selecionadas do todo de modo a compreender a constituição da escritura e a movimentar sentidos. Deste modo, é possibilitado ao crítico traçar “(...) zonas de leitura com o fim de observar nela a migração dos sentidos, o afloramento dos códigos, a passagem das citações ” (BARTHES, 2002, p. 14). O traçado de tais zonas não é mera figura de linguagem: o procedimento de fragmentação da textualidade demanda um movimento segundo, contrário a esse, de remontagem dos fragmentos. Como em S/Z, quando as lexias são distribuídas na estrutura crítica em cinco grupos, divididos de acordo com a modalidade de código veríficavel nos trechos: proiarético, hermenêutico, cultural, sêmico e simbólico. Ainda que a primeira vista tais organizações lembrem os princípios da análise estruturalista clássica, Eagleton (2006) aponta que tal divisão é arbritária (poderiam ser mais ou menos códigos, por exemplo). Com isso Barthes

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busca identificar o Texto não como estrutura, mas sim como “processo aberto de estruturação” (EAGLETON, 2006, p. 209), sendo a crítica - e não a escritura original - responsável por evidenciar essa processualidade por meio de seu jogo com os objetos.

Considerações Buscamos apresentar aqui os elementos constitutivos de uma alternativa metodológica para as pesquisas em comunicação. Com a elaboração de quais seriam os princípios teóricos a guiar tanto a prática da desmontagem quanto a do arranjo, acreditamos ser possível delinear essa perspectiva, capaz de ver em nossos objetos de investigação mais do que obras e sentidos estanques. Trata-se, claro, de um esforço inicial de proposição, parcial e ainda carente de um corpo maior de experimentações analíticas e de discussões no campo da comunicação e da semiótica. Com este artigo, propomos essa interlocução, na expectativa de nos fazer pensar e atuar na direção ao jogo crítico de estruturação prenunciado por Barthes, aquele que atua implodindo por dentro o gesto ideológico de naturalização dos objetos: “O método não pode ter por objeto senão a própria linguagem, na medida que ele luta para baldar todo discurso que pega” (BARTHES, 1989, p. 41)”

Bibliografia ABREU, L. F. S. (2015). Escrever a vida: potências de biografema no perfil jornalístico (trabalho de conclusão de curto de graduação). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. Disponível: http://hdl.handle.net/10183/125981 BARTHES, R. (1989). Aula. São Paulo, Brasil: Cultrix. BARTHES, R. (2002). S/Z. Oxford, Inglaterra: Blackwell Publishing. BARTHES, R. (2003). Roland Barthes por Roland Barthes. São Paulo, Brasil: Estação Liberdade. BARTHES, R. (2004). O rumor da língua. São Paulo, Brasil: Martins Fontes. BARTHES, R. (2005). Sade, Fourier, Loyola. São Paulo, Brasil: Martins Fontes. BARTHES, R. (2007) Crítica e verdade. São Paulo, Brasil: Perspectiva. BORGES, J. L. (2007). Ficções. São Paulo, Brasil: Companhia das Letras. EAGLETON, T. (2006) Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo, Brasil: Martins Fontes. FLORES DA CUNHA, J. F. (2015). A comunicação afetiva no cinema de Ingmar Bergman (dissertação de mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. Disponível: http://hdl.handle.net/10183/134836 LUZ, G. G. (2015). A imagem-pulsão em dispersão no cinema brasileiro (dissertação de mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. Disponível: http://hdl.handle.net/10183/118248

Biografias Alexandre Rocha da Silva. Pesquisador do CNPq (bolsista produtividade), professor e vice coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2003), com doutorado-sanduíche em Sémiotique - Centre d Étude de La Vie Politique Française (2002) e pós-doutorado na Universite de Paris III (Sorbonne-Nouvelle) (2005-6). PORTO ALEGRE, Brasil. [email protected]

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André Correa da Silva de Araujo. Doutorando e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação (PGPGCOM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na linha de pesquisa “Cultura e Significação”. Membr do Diretório CNPq Semiótica e culturas da comunicação (GPESC) desde 2010. Bolsista Capes. PORTO ALEGRE, Brasil. [email protected] Luis Felipe Silveira de Abreu. Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação (PGPGCOM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na linha de pesquisa “Cultura e Significação”. Membr do Diretório CNPq Semiótica e culturas da comunicação (GPESC) desde 2015. Pesquisa as relações entre escritura biográfica e teoria da comunicação, com ênfase no pensamento de Roland Barthes e no conceito de biografema. Possui publicações na área da comunicação, em relação com semiótica, jornalismo e teoria literária. Bolsista CAPES. E-mail: [email protected]

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