A DIMENSÃO MESSIÂNICA DO ROMANTISMO EM WALTER BENJAMIN

June 4, 2017 | Autor: Allan Lourenço | Categoria: Romanticism, Walter Benjamin, Jewish Messianism, Anarquismo
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Anais do XX Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do V Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 22 e 23 de setembro de 2015

A DIMENSÃO MESSIÂNICA DO ROMANTISMO EM WALTER BENJAMIN Allan André Lourenço

Glauco Barsalini

Faculdade de Ciências Sociais Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas [email protected]

Ética, Política e Religião: questões de fundamentação. Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas [email protected]

Resumo: Fazer uma crítica à violência (ou ao poder) é uma tarefa que demandou de Walter Benjamin uma articulação entre três importantes elementos: o romantismo, o messianismo e o marxismo. A tríade desses conceitos estrutura o arcabouço de Benjamin e contribui para a gênese de um de seus trabalhos mais importantes. O romantismo - aqui definido, de acordo com Michel Löwy, como a rejeição ao atual capitalismo, bem como a crítica existente à civilização industrial - faz com que os personagens dessa corrente se apeguem a elementos alheios a essa esfera. Entre as possibilidades, classificadas em tipologias por Michael Löwy, destaca-se o que compreendemos por romantismo libertário, ou revolucionário, no qual se inserem tanto Walter Benjamin como autores que influenciaram a sua obra em determinados aspectos. Entre esses autores podemos enumerar Karl Marx, Georges Sorel e Charles Fourier. No caso particular de Benjamin, seu apego está intimamente relacionado às características de teor teológico, principalmente no que se entende por como messianismo judaico, uma concepção religiosa marcada pela união de duas importantes dimensões: a dimensão restauradora e a dimensão utópica. A crítica da violência, portanto, assume um elo pertinente com a teologia messiânica. Observa-se esse fenômeno a partir do momento em que Benjamin propõe a distinção entre poder mítico (poder característico dos homens, que leva a sociedade a uma marcha ininterrupta de trocas violentas de direito) e o poder divino, capaz de provocar uma ruptura histórica na configuração do direito e do Estado. Tal poder divino, de acordo com o autor, mostra-se bem representado na ação revolucionária que permitiria, em sua manifestação, o alcance da sociedade sem classes. Palavras-chave: Messianismo, Romantismo, Walter Benjamin. Área do Conhecimento: Ciências Humanas – Ciências da Religião – CNPq.

1. INTRODUÇÃO O romantismo apresenta-se, em um primeiro momento, como uma corrente relacionada às artes. Michel Löwy, que circunscreve Benjamin nos limites do romantismo, entende esse termo para além do campo artístico, propondo enxergá-lo enquanto “visão de mundo” [1]. Diversos autores adquirem uma perspectiva propriamente romântica e alguns deles chegam a exercer fortes influências no pensamento de Walter Benjamin. Karl Marx é, sem dúvida, um desses autores. O romantismo, evidentemente, não é a marca mais notória do pensador, mas aparece consideravelmente em seus escritos, principalmente no que Roberto Romano anuncia como “o sacrifício da individualidade nessa fábrica absurda, estranha as finalidades humanas” [2]. As análises de Karl Marx e Friedrich Engels se afastam fortemente do romantismo na medida em que consideram positivos determinados avanços industriais favorecidos pelo capitalismo. Entretanto, ao discorrerem sobre o processo de exploração do trabalhador e ao colocarem em evidência o processo mecânico e frio no qual o trabalhador se insere, retomam, em alto grau, a algumas nuances de teor romântico. No que diz respeito à associação de Charles Fourier a Walter Benjamin destaca-se, em um primeiro momento, a crítica à civilização burguesa e a insatisfação com as condições objetivas de trabalho existentes. Também inspirado nos conceitos de “greve geral política” e “greve geral proletária”, formulados por Georges Sorel, Walter Benjamin elaborou um dos textos políticos mais importantes de sua obra e, quiçá, da contemporaneidade: Crítica da Violência - Crítica do Poder (1921). O objeto central de nossa pesquisa é o problema da violência, em Walter Benjamin. A escolha se deve à sua atualidade (tanto da questão da violência, quanto das formulações de Benjamin) e, por isso, o objetivo

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é contribuir para as discussões relativas à radical exclusão hodierna de seres humanos, profunda e marcadamente ligada aos poderes soberano e jurídico dos Estados ocidentais contemporâneos. Utilizou-se, essencialmente, de análise bibliográfica para a realização deste trabalho. Em especial dos textos de Walter Benjamin (Para a crítica da violência e Sobre o conceito de História) como, também, de comentadores - Michael Löwy (Romantismo e Messianismo) - e de autores que repercutiram em sua obra - Georges Sorel (Reflexões sobre a violência). Reuniões periódicas com o orientador, bem como a participação regular no grupo de pesquisa contribuíram - somadas às leituras e fichamentos – contribuíram para a realização e conclusão desse trabalho. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Dos Tipos de Direitos No começo de sua obra, Benjamin promove uma distinção e explicação de duas das teorias do direito mais conhecidas: o direito natural e o direito positivo. A diferenciação entre os dois quesitos pode ser realizada tendo em consideração o elemento da violência. O primeiro interpreta a violência como um produto dado da natureza; o segundo compreende a violência como uma construção histórica. Com essa distinção realizada, levanta-se uma hipótese que será elementar para toda a continuação da obra. Essa hipótese consiste na consideração de que a tendência do direito em monopolizar a violência não se justifica pela garantia dos fins últimos do direito mas, sim, na própria existência do próprio direito. 2.2. Da Concessão da Violência Por temer que a violência extrapole os limites de seu poder, colocando, com isso, em risco, a sua própria existência, o Estado permite um tipo de greve que seja capaz de alterar apenas algumas das relações jurídicas, mas, nunca, as mais fundamentais. Permite, assim, a “greve geral política”, aquela que funciona como chantagem, fazendo com que os trabalhadores, ao terem determinadas reivindicações atendidas, se disponham prontamente a voltar ao trabalho. Há outro tipo de greve, porém, a “greve geral proletária” que, por sua radicalidade, desperta imediata reação do Estado, que nela procura interferir decisivamente, instituindo novos fins jurídicos para inibir a ação. 2.3. Do Militarismo, da Pena de Morde e da Polícia Três são os temas a respeito da violência que Walter Benjamin analisará. O primeiro deles é o militarismo,

definido como a “compulsão para o uso generalizado da violência” [3]. Nesse aspecto, a violência serve como meio para os fins do Estado e encontra na lei de Serviço Militar Obrigatório sua forma conservadora do direito. Tal lei que, inocentemente, alguns pacifistas tendem a atacar. Outro alvo de críticas superficiais apontada por Walter Benjamin consiste na aversão pela pena de morte. Criticar a pena de morte não é o mesmo do que criticar quaisquer outras penas mas, sim, a própria ordem do direito. Se a origem do direito é marcada pela violência fundadora, esta melhor se manifesta “quando a violência é absoluta, isto é, quando toca no direito à vida e à morte” [4]. A instituição policial, por outro lado, é capaz de articular os dois tipos de violência – fundadora e conservadora – em um único corpo. Em razão de sua constituição, a força policial se torna tanto aplicadora da lei como criadora da lei. Ela é capaz de intervir cada vez mais em assuntos que a lei não consegue abarcar. 2.4. Dos Meios Puros Acordos não violentos podem existir. São considerados como meios puros por serem alheios à esfera da violência, isto é, é meio puro todo o meio não violento. Walter Benjamin enxerga na linguagem uma das possíveis manifestações não violentas e, portanto, puras. Através do diálogo, os indivíduos, em sua vida privada, podem chegar a um consenso sem o uso da violência. Com base nas reflexões de Georges Sorel, Benjamim distingue dois tipos de greve. A greve geral política, que se define como aquela greve que visa o fortalecimento do poder do Estado e, por oposição, a greve geral proletária, a que luta pela aniquilação do estado. Enquanto a primeira atua de maneira violenta, pois funciona baseada na chantagem (modifica superficialmente algumas das relações de trabalho) a segunda forma de greve é considerada por Walter Benjamin como um meio puro, pois não é violenta, já que só retomaria ao trabalho quando este estivesse radicalmente transformado, isto é, quando o trabalho deixasse de ser compulsório. Estabelecendo uma aproximação entre os elementos da barbárie e a civilização, principalmente no que reserva ao potencial violento da segunda, Charles Fourier expõe sua rejeição ao comportamento dito civilizado, que teria levado à morte milhões de jovens no período da Revolução Francesa. Assim, contrapõe determinados valores, como a vergonha e a humildade, ao comportamento violento da civilização,

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esperando que ela se conscientize de seus erros. Ideia semelhante se apresenta na teoria de Walter Benjamin, cuja obra, em alguns aspectos, se inspira em Fourier. Em Benjamin, a linguagem seria um desses meios puros capazes de estabelecer um consenso não violento no interior da vida privada das pessoas. 2.6. Do Poder Mítico Poder – ou violência – mítico é definido por Walter Benjamin como toda aquela violência que é ou fundadora, ou conservadora do direito. Esse poder se manifesta claramente na greve política, a qual não se opõe ao poder violento do Estado. O poder mítico também é o responsável pela marcha ininterrupta do direito, cujo funcionamento o autor expõe claramente. Consiste, fundamentalmente, em uma troca violenta de poderes vigentes através do enfraquecimento do poder atual. Com isso, um novo poder consegue se instaurar. Este, futuramente, também estará sujeito ao enfraquecimento. Walter Benjamin recorre à mitologia grega para explicar esse poder. Utiliza-se da narrativa de Níobe, esposa do rei de Tebas e mãe de quatorze filhos, que se dizia tão digna de honrarias quanto a deusa Leto, para a qual os cidadãos prestavam culto. Sua atitude provocou a tristeza da deusa que, clamando por vingança a seus dois únicos filhos, Apolo e Ártemis, fez com que ambos descessem dos céus e assassinassem todos os filhos de Níobe. Seu marido, rei de Tebas, suicidou-se em razão do ocorrido. Níobe, então, viu-se só; sem marido e filhos se transformou em rocha e, mesmo petrificada, continuou a chorar. Walter Benjamin enxerga, nessa narrativa, mais a institucionalização de um novo direito do que a punição de um comportamento desviante [5]. Para isso, o elemento central que deve ser entendido nesse caso é a atuação do destino. Níobe desafia o destino. Nessa luta vence o destino que, com sorte, poderia originar um novo direito. É válido ressaltar que o termo mito possui diferentes interpretações em Walter Benjamin e em Georges Sorel. No primeiro, o termo se associa ao componente violento do direto e seu ciclo de instituições de poder. No segundo, o mito diz respeito às construções de imagens que inspiram os homens em suas ações revolucionárias, ou seja, o mito compõe uma das características da greve proletária. 2.7. Do Poder Divino Em completa oposição ao poder mítico, Walter Benjamin distingue o poder divino. De acordo com o au-

tor, o poder divino se difere do poder mítico em todos os aspectos possíveis. Enquanto o poder mítico institui o direito, o poder divino é destruidor do direito e essa destruição não implica, posteriormente, na instauração de um novo direito, pois o poder divino causa uma interrupção histórica do processo de trocas violentas de poderes. Walter Benjamin encontra na história de Coré um adequado exemplo da atuação do poder divino. Quem decide sobre a justiça dos fins não é a razão, mas o poder do destino, e quem decide sobre o destino é apenas Deus [6]. Portanto, a história de Coré, personagem que desafiou a escolha divina do líder que deveria levar os israelitas até a terra prometida, teve como consequência a sua destruição imediata por parte de Jeová, que não hesitou em aniquilar Coré e todo o seu grupo, ao mesmo tempo em que essa aniquilação absolveu Coré e seus seguidores da culpa. Com isso, Walter Benjamin conclui que a ação revolucionária é a mais pura manifestação do poder divino que o homem pode executar. Tal ação repercutiria na interrupção histórica tão presente no pensamento marxista e também no pensamento messiânico característico da religião judaica. 2.8. Do Messianismo Michael Löwy é um dos autores que fornecem uma compreensão teórica dos elementos que caracterizam o messianismo judeu. Destaca, embasado no estudo de Gershom Scholem, duas tendências do messianismo que, mesmo aparentando dicotomia entre si, articulam-se em conjunto para a formação do messianismo. São elas a dimensão restauradora e a dimensão utópica. Há, ainda, de se levar em consideração a presença de dois outros importantes componentes relevantes para a compreensão do romantismo, a saber, a dimensão catastrófica do aparecimento do Messias e o aspecto “anarquista” que a interrupção messiânica é capaz de provocar. Em suma, o messianismo assume uma mutualidade entre seu lado restaurador e seu lado utópico. O mundo antigo da restauração adquire novos aspectos, aproveitando-se de elementos utópicos; ao mesmo tempo, a utopia de um mundo novo incorpora características do passado. Apesar disso, o messianismo se configura como uma teoria da catástrofe, isto é, há a presença de um elemento cataclísmico marcando a transição entre o presente histórico e o futuro messiânico. Tal futuro é carregado de um tom

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profundamente anarquista, ao alertar que as proibições desaparecerão neste novo momento histórico. 2.9. O Anjo da História A presença do elemento teológico em Walter Benjamin já pode ser notada desde sua crítica à violência. Entretanto, há um texto em especial que destaca, de maneira mais evidente, o tripé que compõe sua obra. Trata-se de seu último trabalho escrito, Sobre o conceito de história, de 1940. Neste, o elemento teológico do autor é vividamente encontrado em muitas das teses enumeradas. Entre elas, aponta-se, aqui, a tese nove, para compreender-se a articulação entre romantismo, messianismo e marxismo. Nesta tese, Walter Benjamin deposita suas crenças e interpretações em uma pintura do artista de vanguarda alemão Paul Klee. Trata-se de uma representação de um anjo, com as asas abertas e os olhos fixados em algum lugar, do qual o autor acredita que o anjo queira afastar-se.

te profano consiste na revolução – conceito chave do pensamento marxista. Portanto, a interrupção messiânica ou revolucionária seria capaz de por fim à marcha do progresso, que deixou tantas calamidades em sua caminhada ao longo da história. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS A proposta central do último escrito de Walter Benjamin consiste na reversão em relação ao ponto de vista acerca da história. A história sempre foi registrada tendo como ponto de referência os vencedores, a elite. Sua proposta consiste em fazer a história sob o ponto de vista dos oprimidos. Para que isso aconteça, faz-se necessário a ação revolucionária de todos os oprimidos para que o cortejo dos vencedores seja interrompido. “A revolução é a tentativa de interromper o tempo vazio, graças à irrupção do tempo qualitativo messiânico” [8]. Marxismo e teologia são aproximados de uma forma original pelo autor. Não há em Walter Benjamin a possibilidade de o materialismo histórico funcionar sem a participação “oculta” da teologia. Isso porque há uma rejeição do que ele denomina por “marxismo vulgar”, que condiz com errôneas interpretações da história acerca da transição do capitalismo para o socialismo, baseado em leis econômicas naturais encontradas na própria raiz do marxismo, Karl Marx. A teologia, então, operaria dentro do materialismo histórico, fazendo com que a revolução por parte dos oprimidos possa realmente acontecer. O autor utiliza uma comparação, em suas teses, entre o tempo dos calendários, marcados pela rememoração, e o tempo dos relógios, caracterizado pelo mecanicismo e quantificação do tempo.

Figura 1. Angelus Novus (1920), de Paul Klee.

Conforme Michel Löwy, esta tese apresenta uma relação entre o sagrado e o profano. Há uma tempestade que sopra do paraíso, que Walter Benjamin associa ao progresso. Isso significa que o Anjo da história tenta se sensibilizar com cada um dos ferimentos que assombram os homens durante a marcha catastrófica do progresso, porém os ferimentos tendem a se repetir novamente e cada vez mais, acumulando uma hecatombe durante a história [7]. Como deter o progresso? A resposta de Walter Benjamin mescla tanto elementos profanos como elementos sagrados, que demonstram certa equivalência. Em seu aspecto teológico, cabe ao Messias essa tarefa – remetendo à ideia de que o messianismo consiste em uma teoria da catástrofe. Seu equivalen-

À vista disso, pode-se concluir a ampla relação que os elementos teológicos possuem com os elementos seculares neste autor. De um lado a era messiânica, capaz de interromper o tempo mecânico e o sofrimento dos oprimidos, inaugurando um novo momento histórico; de outro, o futuro da sociedade sem classes, objetivo central do pensamento marxista, que viria a aparecer após uma revolução proletária, terminando, finalmente, com a exploração do homem pelo homem. AGRADECIMENTOS Agradeço em especial a todo o corpo docente que tem contribuído para minha formação intelectual pessoal, como àqueles envolvidos diretamente em minha iniciação científica.

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REFERÊNCIAS [1] LÖWY, M. (2008), Romantismo e Messianismo, 1ª ed., Perspectiva, São Paulo, SP. [2] ROMANO, R. (1985), Corpo e Cristal: Marx Romântico, 1ª ed., Guanabara, Rio de Janeiro, RJ. [3] BENJAMIN, W. (1986), Documentos de Cultura, Documentos de Barbárie: Escritos escolhidos, 1ª ed., Cultrix, São Paulo, SP. [4] DERRIDA, J. (2010), Força de Lei, 2ª ed., Martins Fontes, São Paulo, SP.

[5] BENJAMIN, W. (2013), Escritos sobre mito e linguagem, 2ª ed., Editora 34, São Paulo, SP. [6] BENJAMIN, W. (1986), Documentos de Cultura, Documentos de Barbárie: Escritos escolhidos, 1ª ed., Cultrix, São Paulo, SP. [7] LÖWY, M. (2005), Walter Benjamin: aviso de incêndio, 1ª ed., Boitempo, São Paulo, SP. [8] LÖWY, M. (2005), Walter Benjamin: aviso de incêndio, 1ª ed., Boitempo, São Paulo, SP.

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