A disfunção narcotizante em tempos de Facebook

May 28, 2017 | Autor: G. D'andréa Rodri... | Categoria: Facebook, Programação Algoritmos, Algoritmo, Disfunção Narcotizante, Personalização
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Cursando a especialização Gestão Integrada da Comunicação Digital nas Empresas - Digicorp


A disfunção narcotizante em tempos de Facebook

Gabriella D'Andréa Rodrigues
Universidade de São Paulo

RESUMO

O presente artigo se propõe a explorar a teoria da disfunção narcotizante, apresentando de que forma ela está inserida no contexto digital. A profusão de informações gerada pelas mídias digitais contribui para o efeito narcotizante levantado por Paul Lazarsfeld e Robert Merton. Nesse contexto, o Facebook exerce papel ativo em agregar diversos meios de comunicação e fazer a curadoria do que cada usuário deve/deseja ver, por meio de algoritmos.

Palavras-chave: disfunção narcotizante, excesso de informação, personalização, Facebook.

Introdução
Conforme os meios de comunicação evoluem, os indivíduos são expostos, cada vez mais, a diversas informações. Antes da popularização dos computadores e da internet, jornal, rádio e televisão eram os canais pelos quais a notícia chegava. Neste contexto histórico, o consumidor de informações estava inserido em uma relação de tempo e espaço que não possibilitava uma resposta aos acontecimentos de forma rápida.
Entretanto, nos últimos anos, com o advento e ampliação do acesso à internet, os novos consumidores passaram a acessar dados de forma instantânea e interagir com outros usuários e mídias digitais. Por meio de uma tela, as notícias do mundo e a vida de amigos e familiares começaram a ser reproduzidas em alta velocidade.
Junto com a inovação trazida por aparelhos eletrônicos, como smartphones e notebooks, o cardápio de opções de fontes de notícias se tornou extenso. Além de conseguir selecionar os sites com os quais sintonizar, os usuários descobriram que era possível abrir mais de uma aba e acessar diversos conteúdos simultaneamente.
A cena descrita é relativamente nova ao recapitular a história da humanidade e dos meios de comunicação, mas a preocupação com o excesso de informações remonta à década de 40, quando os sociólogos americanos Paul Lazarsfeld e Robert Merton conceberam a teoria da disfunção narcotizante, em que demonstram um dos efeitos do trabalho midiático.
O artigo a seguir tem como objetivo apresentar a disfunção narcotizante, sua inserção no cenário digital e de que forma o Facebook, ao personalizar a timeline de seus usuários, têm contribuído para o excesso de informações e a fragmentação da compreensão do mundo.

A disfunção narcotizante
Demonstrando preocupação com o impacto dos meios de comunicação na sociedade já em 1948, Paul Lazarsfeld e Robert Merton apresentaram em seu texto "Comunicação de massa, gosto popular e ação social organizada" três funções exercidas pela mídia. Ao contrário das duas primeiras, geradas propositalmente, a terceira, nomeada disfunção narcotizante, seria um sintoma do trabalho midiático.
Nesse sentido,
a terceira função da mídia é mencionada como uma disfunção, algo errado, atribuído à mídia. Não se trata, como nas duas anteriores, de algo que os meios de comunicação voluntária e necessariamente fazem com a sociedade, mas uma espécie de efeito colateral, um erro cometido pela mídia. A ideia de narcótico é usada pelos autores para definir esse efeito de distração. A mídia poderia, segundo eles, atuar como uma espécie de droga para deixar a sociedade menos atenta ao que se passa ao redor e, dessa maneira, forçar situações ou impor uma opinião (Martino, 2009, p.33).

A teoria dos dois sociólogos aponta que o excesso de informação propagado pelos meios de comunicação faz com que os receptores tenham dificuldade em absorver as informações enviadas e refletir sobre o assunto, comprometendo a formação de um senso crítico e a ação resultante do processo reflexivo. Dessa forma, a ideia de "narcótico" exprime a sensação que a mídia causa nos indivíduos, ao deixa-los desatentos e confusos em relação aos acontecimentos.
Os autores também alegam que, ao enviar diversas mensagens em um período de tempo curto, os meios de comunicação têm a possibilidade de desempenhar um papel mais persuasivo, conseguindo penetrar com mais facilidade no campo da subjetividade de cada um e exercendo papel ativo no processo de formação de opinião, visto que os argumentos se tornam mais vulneráveis em meio ao mar de dados ao qual a sociedade é exposta (Martino, 2009).
Para os sociólogos, ao invés de estimular a ação organizada dos indivíduos, a ampla gama de opções de informações disponível acaba por torna-los inertes frente aos acontecimentos na esfera pública. "A vasta oferta de comunicações pode provocar apenas uma preocupação superficial com os problemas da sociedade, e essa superficialidade por vezes disfarça a apatia da massa" (Lazarsfeld e Merton, 1948, p.22).
A constatação é compartilhada pelo sociólogo Elihu Katz, ao relatar que a disfunção narcotizante explica o fato de tantos consumidores de informação se iludirem achando que exercem papel ativo no cenário político, enquanto que, na realidade, suas opiniões e diálogos não saem da esfera privada. Segundo Katz, os mecanismos de comunicação que poderiam viabilizar e unir diferentes ações estão em processo de erosão, e o movimento ocorre, em grande parte, pela distância psicológica que instituições públicas têm criado ao tratar cidadãos como consumidores, perdendo credibilidade com uma fatia considerável da sociedade (2000, p.129).
Como efeito da ação midiática, Lazarsfeld e Merton afirmam que as crescentes leituras e conversas acerca do que é propagado levam o indivíduo a sentir-se satisfeito pelo nível de conhecimento adquirido, negligenciando o fato de que ele se absteve de tomar decisões e coloca-las em prática (1948, p.23). É nesse ponto que surge a diferença entre problematizar as situações e fazer algo a respeito, prática da qual os indivíduos têm se ausentado.
A teoria lapidada pelos sociólogos retrata uma situação paradoxal, pois ao mesmo tempo em que o acesso e o envolvimento com a informação se tornaram maiores, também houve uma intensificação da despolitização. Além da crescente visualização de conteúdos relacionados ao entretenimento, contribui para o esvaziamento da participação na esfera política a ilusão de que para ser um bom cidadão basta estar em linha com os acontecimentos, em detrimento de uma postura ativa frente às questões que permeiam a sociedade (Katz, 2001).
Segundo Martino (2009, p.33), outro processo que fomenta o efeito da disfunção narcotizante é a transformação de assuntos sérios em entretenimento, processo conhecido como infotenimento. Tida como uma das maiores críticas feitas à mídia nos anos recentes, a mudança suaviza questões profundas e mitiga a geração de ruídos, um dos princípios que permeiam o paradigma funcionalista.

A multiplicação da informação

A proximidade da teoria com o cenário contemporâneo tem como pano de fundo a relação dos indivíduos com o ambiente digital. Com o surgimento e ascensão das mídias digitais, ter acesso a diversas fontes de informação se tornou extremamente simples. Atualmente, além de meios de comunicação tradicionais, como jornais, revistas, canais televisivos e rádios terem migrado para o campo digital, o surgimento de meios alternativos como blogs, canais de vídeos streaming e redes sociais, catalisou o movimento de ampliação do leque de possibilidades para obtenção de informações.
Outra mudança que a interação entre os usuários e as mídias digitais, possibilitada pela conexão, trouxe foi a de mudança de status dos receptores, também vistos como consumidores de informações. A passividade, que antes era inerente à posição, foi rompida; agora, os usuários passam a ocupar o lugar de prossumidores, termo cunhado por Alvin Toffler (1980) para se referir aos consumidores que influenciam o processo de produção.
Tal atuação é alimentada por redes sociais como o Facebook e o Twitter, em que, além de seguir diversos meios de comunicação, seja da mídia tradicional ou alternativa, o usuário tem a possibilidade de interagir com as publicações, compartilhar dados e divulgar comentários em suas páginas pessoais, ou seja, se tornam uma nova fonte de conteúdo.
Nesse cenário, a possibilidade de ter uma conexão constante e aparelhos portáteis com internet acaba por romper a limitação antes imposta pela relação tempo-espaço. Assim, os empecilhos que antes dificultavam a construção de diálogos e interações instantâneas são diluídos.

O efeito narcotizante do Facebook
Ao mesmo tempo em que a rede social Facebook, atualmente a rede social mais acessada no Brasil (83%)¹, expõe uma gama de possibilidades a quem está cadastrado, com publicações de canais de comunicação e atualizações dos usuários, a rede se


¹ Pesquisa brasileira de mídia 2015: Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira.http://www.secom.gov.br/atuacao/pesquisa/lista-de-pesquisas-quantitativas-e-qualitativas-de-contratos-atuais/pesquisa-brasileira-de-midia-pbm-2015.pdf>, acesso em 27 de setembro de 2015.
apropria do uso de algoritmos, por meio do EdgeRank - algoritmo por trás da página inicial do site (Parisier, 2012, p.39) - para poder personalizar a timeline de cada usuário, de forma que as publicações aparentes estejam em linha com os interesses de cada um. Assim, a rede exerce papel de curadora do conteúdo veiculado, "com a missão de expurgar informações indesejáveis" (Côrrea e Bertocchi, 2012, p.7).
A estratégia visa aprimorar o fluxo de informação e captar os dados enviados a cada interação do usuário com a rede social. Durante essas interações, são gerados metadados que, posteriormente, são monetizados ao serem vendidos para empresas do ramo publicitário, por exemplo. Com essas informações, as diversas instituições do segmento conseguem ser mais assertivas na hora de atingir seu público-alvo com anúncios customizados, ampliando as chances de vender seu produto (Parisier, 2012, p. 41).
Seguindo a lógica do capital, na qual a meta é a maximização do lucro, a missão do Facebook é pensar formas de absorver o maior número de dados possível de seus usuários, uma das principais razões de seu lucro estratosférico. Partindo do princípio dos prossumidores, em que os usuários exercem a função de consumidores e produtores de comunicação, apresentar aquilo que é de seu interesse aumenta as chances de que a informação seja compartilhada e comentada, refinando o perfil e os desejos de cada indivíduo.
Portanto, além de oferecer um espaço com informações em grande quantidade, há uma personalização automática dos assuntos, baseada em noções preexistentes de cada usuário. Com isso, a sociedade entra digitalmente no processo de tribalização, por meio das comunidades virtuais (Santaella, 2005, p.11), no qual os relacionamentos são estabelecidos entre usuários que seguem esquemas de pensamento semelhantes.
Como afirma Parisier (2012, p. 63),
a chance de termos uma relação próxima com pessoas muito diferentes de nós é cada vez menor, na internet ou fora dela – e assim, a chance de entrarmos em contato com pontos de vista diferentes também diminui.

Nesse movimento, o usuário tem a formação de seu senso crítico comprometida, pois fica restrito a posicionamentos similares ao seu, tornando-se narcisista de informação (Gabler, 2011) e comprometendo o espaço que deveria ser voltado à discussão de dicotomias e aprofundamento de diferentes assuntos. Consequentemente, há uma negação da complexidade, aspecto inerente à dinâmica de qualquer sociedade, limitando o espaço para o exercício da dialética.
O movimento é alimentado pelo Facebook no momento em que há o direcionamento do que é publicado de acordo com crenças e opiniões parecidas. Com essa abordagem, os ruídos gerados são reduzidos consideravelmente, pois os discursos seguem a mesma linha de raciocínio e as razões para contestar o que se lê se tornam escassas.
A partir do recorte supracitado, a rede social atende ao paradigma funcionalista, ao tentar manter o consenso entre seus usuários e, ao mesmo tempo, promover a integração dos mesmos, mitigando as possíveis exaltações, resultantes dos diálogos entre posições contrárias. Além da personalização da timeline, uma das formas encontradas para evitar conflitos e discussões acaloradas é a exclusão de publicações consideradas subversivas e com potencial de desagradar um número considerável de usuários da rede, atendendo aos preceitos do paradigma funcionalista.
Uma das últimas discussões trazidas foi a censura feita pelo Facebook ao excluir fotos de mulheres amamentando seus bebês. Enquanto a exibição de dorsos nus masculinos é vista como natural, imagens de mamilos femininos são quase que instantaneamente apagadas.
Após o registro de diversos casos de exclusões de imagens do tipo, grupos de ativistas expuseram o empobrecimento que ações como a citada trazem para debates relevantes, como a igualdade de gênero. Nesse caso, especificamente, as constantes pressões e iniciativas, como o Projeto Mamilo Livre2, que defende a liberdade de exibir os mamilos independentemente do gênero, foram essenciais para que a rede social atualizasse, em 2014, sua política, permitindo fotos de amamentação e de cirurgias de mastectomia.
No entanto, em setembro de 2015, a cantora Karina Buhr teve a foto de seu novo disco retirada do ar pelo Facebook, pois a imagem que estampava o trabalho mostra a artista com os seios à mostra. A mesma censura foi sofrida por todos os usuários que compartilharam a foto em suas páginas.
Logo após o acontecido, o Ministério da Cultura² publicou, em sua conta na rede social, um comunicado criticando a ação. Nele, o órgão afirma que "artistas,

² Nota em: http://www.cultura.gov.br/o-dia-a-dia-da-cultura/-/asset_publisher/waaE236Oves2/content/facebook-censura-fanpage-da-scdc-do-minc/10883
instituições, intelectuais, coletivos e ativistas culturais já tiveram seu trabalho cerceado de alguma forma em plataformas de redes sociais" e que "a censura e o controle de informação ferem o estado de direito e colocam em risco conquistas democráticas no Brasil e em outros países do mundo". A publicação também lembrou que já sofreu censura ao publicar a foto de um casal de índios botocudos no período de lançamento do portal Brasilianas Fotográficas, da Fundação Biblioteca Nacional.
A partir dos casos mencionados é possível inferir que, apesar das inúmeras informações que aparecem nas timelines, há restrições quanto àquilo que é veiculado, alimentando a fragmentação da visão dos acontecimentos e esvaziando o debate de temas muitas vezes essenciais à cidadania e ao progresso.
Frente a um ambiente que dificulta a apreensão dos dados apresentados e cede espaço a outros rapidamente, os usuários são lançados em um aparente estado de alienação. A sensação é que, com a aposentadoria compulsória e rápida da informação, o tempo necessário para a formação de reflexões e movimentos transformadores é solapado.
Diferentemente da ideia disseminada pela mídia, de que os indivíduos nunca foram tão bem informados, o excesso de informação promovido pelo Facebook e pelas mídias digitais transforma, em diversas ocasiões, uma função da comunicação em disfunção. No cenário descrito, a necessidade de realizar a curadoria da informação consumida e ter tempo para digeri-la se torna imprescindível.

Conclusão
O artigo apresentou a teoria da disfunção narcotizante dos sociólogos Paul Lazarsfeld e Robert Merton e fez uma breve descrição de sua evolução dentro do ambiente digital. Posteriormente, a rede social Facebook foi analisada dentro do contexto do efeito narcotizante, produto do excesso de informação.
Ao mesmo tempo em que a rede oferece a possibilidade de acessar e seguir um amplo leque de canais de comunicação, seja da mídia tradicional ou alternativa, é de seu interesse reduzir os ruídos gerados por publicações que vão contra a opinião de muitos de seus usuários e, simultaneamente, promover a interação entre seus "clientes", para que ocorra a produção de dados e seja possível traçar o perfil de cada um. Ao longo desse processo, o Facebook consegue gerar pacotes com as informações de seus usuários, sendo que, mais tarde, esses metadados são vendidos para empresas de publicidade, ou seja, é nesse ponto que emerge uma das principais fontes de lucro da rede social.
Para que as informações sejam curtidas, compartilhadas e produzidas, entra a estratégia de utilização de algoritmos. A partir dos dados coletados e da definição dos gostos e opiniões dos usuários, os conteúdos disseminados na rede passam a ser endereçados àqueles que têm maior chance de interagir positivamente com a publicação.
Ao exercer papel de curador das informações que devem aparecer para cada um, a rede social acaba por limitar o exercício da dialética e enfraquece a aceitação da diversidade (Parisier, 2012, p.93).
Ainda no sentido do efeito de fragmentar a visão dos usuários frente a diferentes assuntos, o artigo buscou mostrar como a rede social enfraquece o debate de questões essenciais à cidadania ao retirar publicações de temas considerados ruidosos. Casos recentes como a exclusão de fotos de mulheres amamentando e da imagem da capa do CD da cantora Karina Buhr foram expostos para ilustrar a situação.
A crescente influência dos algoritmos e das escolhas que são feitas automaticamente mostra a importância de estar consciente sobre a importância de procurar fontes de informação que contestem visões preestabelecidas. Nesse processo, cada usuário deve exercer a função de curador daquilo que será consumido, a fim de alimentar o repertório e as aberturas mentais, criados a partir do contato com o diferente.

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