A Era Vargas - O Estado Novo

May 28, 2017 | Autor: Bruno Sánchez | Categoria: History, Estado Novo, Resumo, Era Vargas
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A Era Vargas – Estado Novo
Dado como um governo constituído por vias golpistas, o Estado Novo foi estabelecido por Getúlio Vargas sob a justificativa de conter uma nova ameaça de golpe comunista no Brasil. Para dar ao novo regime uma aparência legal, Francisco Campos, um aliado político de Getúlio Vargas, escreveu uma nova constituição inspirada nas constituições fascistas italiana e polonesa. Ficou conhecida como também como Constituição Polaca, a nova constituição centralizou os poderes presidenciais, dando a Getúlio Vargas o direito de intervir nos poderes Legislativo e Judiciário. Além de que os governadores estaduais passaram a ser indicados pelo presidente. Mesmo que pudessem ter alguma diretriz política semelhante aos governos fascista e nazista, não é possível entender o Estado Novo como uma imitação dos mesmos. Não existia um partido que intermediasse a relação entre o povo e o Estado, a falta de um discurso ultranacionalista é um ponto que distancia o Estado Novo do fascismo italiano ou do nazismo alemão.
No que se diz respeito às suas principais medidas, o Estado Novo adotou o chamado "Estado de Compromisso", onde se criaram meios de controle e vias de negociação política responsáveis pelo surgimento de uma grande frente de apoio a Getúlio Vargas. Haviam também os novos órgãos criados pelo governo, como o Departamento de Imprensa e propaganda (DIP) que era responsável por controlar os meios de comunicação, como faziam os nazistas, espalhando por todo o país uma boa propaganda do governo. Também o Departamento Administrativo do Serviço Público, que remodelou a estrutura do funcionalismo público, que dificultou o tráfico de influências, práticas nepotistas e outras atividades dos funcionários.
Outro ponto importante no governo do Estado Novo de Vargas é a relação entre o governo e a classe dos trabalhadores. O Governo preocupava-se em ter o apoio dos mesmos, por meio de leis e concessões que os beneficiavam. Com Intuito de acabar com os sindicatos trabalhistas e seus respectivos movimentos contra o governo ou leis propostas por ele. Agora nesse período os sindicatos não eram mais criados com esse objetivo, mas passam então a divulgar a política e as ações varguistas. Essas ações de Vargas foram importantes para o crescimento da população burguesa industrial da época. Acabando com tais conflitos, foi facilitado então o processo de crescimento industrial no país. O Governo do Estado Novo agia diretamente na Economia e seus setores fazendo-se uma política de industrialização por meio de substituições importantes.
O Estado seria responsável por criar industrias base, essas industrias dariam suporte para os outros setores e para seu desenvolvimento fornecendo importantes matérias-primas para estes. Várias empresas estatais e industrias de pesquisa foram criados nessa época; Entre elas podem-se citar a Companhia Siderúrgica Nacional, A Companhia do Vale do Rio Doce, A Fabrica Nacional de Motores e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco.

Começou-se assim a Segunda Guerra Mundial em 1939, o que foi uma importante orientação política para Vargas nos últimos anos do Estado Novo. Quando começaram os conflitos, Vargas tomou uma postura contraditória, ora apoiando países do eixo, ora apoiando os países aliados. Mas então com a liberação do empréstimo de 20 milhões de dólares, os Estados Unidos conquistaram o apoio brasileiro. A luta do Brasil contra os Nazistas de Adolf Hitler e os Fascistas de Benito Mussolini foram um dos fatores que geraram tensão política que desestabilizou a legitimidade da ditadura Varguista.
Durante o ano de 1943, um documento conhecido como Manifesto dos Mineiros, assinado por intelectuais e influentes políticos da época, exigiam o fim do Estado Novo e a retomada do Governo Democrático. Vargas criou uma emenda na constituição que permitia a criação de partidos políticos e anunciava novas eleições para 1945. Nesse tempo surgiram as seguintes representações partidárias: o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Partido Social Democrata (PSD), ambos redutos de apoio a Getúlio Vargas; a União Democrática Nacional (UDN), agremiação de direita opositora de Vargas; e o Partido Comunista Brasileiro (PCB), que saiu da ilegalidade decretada por Getúlio.
Em 1945 a saída de Vargas era algo inevitável, os que eram contrários a essa ideia, organizaram-se no chamado Movimento Queremista. Com o lema "Queremos Getúlio! ". Seus participantes queriam a continuidade de Vargas no poder, mesmo com os movimentos votando a favor da permanência, Getúlio aceitou passivamente a deposição, organizada por militares, em setembro daquele ano.
Dessa maneira, Getúlio Vargas pretendeu conservar uma imagem política positiva. Aceitando o golpe, ele passou a ideia de que era um líder político favorável ao regime democrático. Essa estratégia e o apoio popular, ainda renderam a ele um mandato como senador e o retorno democrático ao posto presidencial, em 1951.



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