A geodiversidade da região da Chapada de Diamantina e as atividades de aventura / The biodiversity of Diamantina Chapada and adventure activities

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Descrição do Produto

ANAIS IV CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura

ANAIS IV CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura 01/07/09 à 04/07/09

DEPARTAMENTOS ORGANIZADORES: - LEL - Laboratório de Estudos do Lazer. Deptº. Educação Física/IB/UNESP - Campus Rio Claro – SP. Profª. Dra. Gisele Maria Schwartz (UNESP/Rio Claro) - Rede de Ensino FTC – Prof. Ms.C. Sérgio Souza Magalhães. - Prefeitura Municipal de Mucugê - Colegiados de Cursos das Unidades da FTC - Vitória da Conquista/Itabuna-BA e o Programa FTC Verde – Leriane Cardozo.

APRESENTAÇÃO O Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura (CBAA) surgiu por intermédio da iniciativa do LEL - Laboratório de Estudos do Lazer, do Departamento de Educação Física, Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista - Campus de Rio Claro, motivado pelo crescimento emergente do interesse de pesquisadores

e

profissionais

em

investigar

respostas

problemática envolvendo as Atividades de Aventura na Natureza.

IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura” Mucugê/BA 01 a 04 de julho de 2009

à

Sua primeira versão (I CBAA) foi realizada em Balneário Camburiú/SC com a participação de cerca de 70 congressistas. O II CBAA foi realizado na Universidade de Governador Valadares/UNIVALE – MG, norteando a temática “Atividades de Aventura e Desenvolvimento Regional”, sendo organizado em parceria do LEL com o Curso de Educação Física da UNIVALE. A terceira edição do evento, III CBAA, aconteceu na cidade de Santa Teresa/ES, com organização do LEL juntamente com o Curso de Educação Física e do Núcleo Universitário de Ar Livre/NUAr. A temática do congresso foi “Conquistando Novas Vias”, tendo a participação de 230 congressistas, das diversas áreas que norteiam os estudos sobre as Atividades de Aventura. IV CBAA (CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADES DE AVENTURA) vai ao encontro de um dos campos mais difundidos pela educação física, ecologia e turismo no Brasil: as atividades de aventura na natureza, temática essa abordada também pela Rede de Ensino FTC em seus programas de extensão, a exemplo do FTC Verde e FTC Ativa. O local escolhido pelos participantes do III CBAA na cidade de Santa Tereza/ES não poderia ter sido outro, senão a linda e pacata cidade de Mucugê, na Chapada Diamantina, palco de estudos em assuntos científicos referentes ao meio ambiente e qualidade de vida.

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O IV CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura – realizar-se-á entre os dias 01 e 04 de Julho de 2009. O evento promoverá o encontro de pesquisadores, professores, estudantes e profissionais ligados às Atividades de Aventura em todo o Brasil, tendo como tema central das discussões: Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura. O evento propiciará momentos de debate acadêmico, por meio das conferências, mesas-redondas e apresentação de trabalhos, com presença de pesquisadores de referência nacional e internacional, profissionais e estudantes. As oficinas permitirão momentos de vivência de Atividades de Aventura e reflexão sobre a prática profissional destas atividades, articuladas a questões pedagógicas, ambientais e mercadológicas. Ainda serão oferecidos momentos culturais e de confraternização entre os congressistas, permitindo a ampliação de contatos, a troca de informações e experiências. A realização do IV CBAA é uma soma de esforços entre a Rede de Ensino FTC, Prefeitura Municipal de Mucugê e o Laboratório de Estudo do Lazer da UNESP - Campus de Rio Claro/SP, contando com a participação efetiva dos Colegiados de Cursos das Unidades da FTC - Vitória da Conquista/Itabuna-BA e do Programa FTC Verde.

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PROMOÇÃO

ORGANIZAÇÃO

APOIOS:

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COMISSÕES Comissão Científica Alcyane Marinho Cristiane Naomi Kawaguti Danilo Roberto Pereira Santiago Gisele Maria Schwartz Giselle Helena Tavares Norma Ornelas Montebugnoli Catib Priscila Raquel Tedesco da Costa Trevisan Sandro Carnicelli Filho Tiago Nicola Lavoura

Comissão Organizadora Prof. M.Sc. Sérgio Souza Magalhães - FTC/BA Profa. Dra. Alcyane Marinho - UDESC/SC Profa. Dra. Gisele Maria Schwartz - UNESP/SP Profa. M.Sc. Leriane Silva Cardozo - FTC/BA Prof. M.Sc.Clóvis Piau Santos - FTC/BA Prof. M.Sc. Cristiano Lôbo da Silva - FTC/BA Secretaria Municipal de Turismo de Mucugê - BA Welliton Silva Camandaroba - Natureza Insight

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Mini-currículo dos Palestrantes e convidados

Heloisa Turini Bruhns Possui graduação em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (1974), graduação em Educação Física pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1980), Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1989) e Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1992). Atualmente é Professor Titular da Universidade Estadual de Campinas. Realizou estágio de pós-doutorado no Theory, Culture and Society centre na Nottingham Trent University- Nottingham, UK durante o ano de 2007.Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Lazer e Meio Ambiente, atuando principalmente nos seguintes temas: lazer, esporte, ambientalismo, cultura e lazer corpo.

Leonardo Madeira Pereira Graduado em Educação Física pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (2001), com especialização em Fisiologia e Biomecânica do Movimento pela Universidade Veiga de Almeida (2003) e mestrado em Educação Física pela Universidade Metodista de Piracicaba (2005). Tem experiência na área de educação ao ar livre, esportes de aventura (corrida de aventura, escalada e skate) e fisiologia experimental. Atualmente é professor assistente no curso de Educação Física do UNILESTEMG e consultor em ergonomia e treinamentos experienciais ao ar livre.

Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo Graduado em Educação Física pela UNESP de Rio Claro (SP). Mestre e Doutor em Ciências da Motricidade, na Área de Biodinâmica da Motricidade Humana, Linha de Pesquisa: Metabolismo e Exercício, pela UNESP de Rio

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Claro (SP). Professor Adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Centro de Desportos (CDS), Departamento de Educação Física (DEF). Responsável pela disciplina Treinamento Esportivo. Coordenador do Programa de Pós-graduação em Educação Física do CDS, UFSC. Líder do Grupo de Pesquisa Laboratório de Esforço Físico (LAEF, CDS, UFSC), cadastrado na Base de dados do Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq. Pesquisador vinculado à Linha de Pesquisa Fisiologia do Exercício, com foco nas variáveis: VO2máx; lactato; consumo máximo de oxigênio; cinética do VO2 e do lactato sanguíneo em diversas modalidades esportivas.

Hanna Karen Moreira Antunes Possui graduação em Educação Física Licenciatura Plena pela Universidade Federal de Uberlândia (1999), mestrado em Psicobiologia pela Universidade Federal de São Paulo (2003) e doutorado em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (2006). Atualmente é professora adjunto I da Universidade Federal de São Paulo- Escola Paulista de Medicina. Tem experiência na área de Educação Física, atuando principalmente nos seguintes temas: Medicina e Biologia do Sono; Envelhecimento; Funções Cognitivas; Humor; Dependência de exercício; Exercício Físico, Atividade Física e Aspectos Psicobiológicos; Atletas.

Igor Armbrust Graduado em Educação Física, com especialização em ciências aplicadas aos esportes de prancha. Atua como professor universitário nas disciplinas de esportes de aventura, tópicos avançados em educação física. Professor de esportes de aventura na escola da vila e coordenador de eventos relacionados a esportes de aventura nos âmbitos do lazer, da educação e treinamento empresarial.

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Dimitri Wuo Pereira Graduado em Educação Física pela Universidade de São Paulo (1993) e com especialização em Administração Esportiva pela FMU (1997). Atualmente é mestrando pela Universidade São Judas Tadeu. Profissionalmente é professor de ensino superior na UNINOVE e UNIITALO com ênfase no ensino e pesquisa voltada aos esportes de aventura.

Andréia Silva Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Viçosa (2000), mestrado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (2003) e especialização em Atividades de lazer e aventura ao ar livre - ESFA (2008). Atualmente é professora titular e coordenadora do curso de Educação Física da Escola Superior São Francisco de Assis.

Alan Annibal Schmidt Possui graduação em Educação Física pela Universidade Metodista de Piracicaba (2001) e mestrado em Educação Física pela Universidade Metodista de Piracicaba (2009). Atualmente é professor da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, professor da FACULDADE DE VINHEDO e coordenador da Associação de Canoagem de Piracicaba. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Pedagogia do Movimento na Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: atividade física adaptada, canoagem, deficiência intelectual, atualização profissional e qualidade de vida.

Alcyane Marinho Graduada em Educação Física pela UNESP de Rio Claro (SP). Mestre e Doutora em Educação Física, Área de Estudos do Lazer, pela UNICAMP (Campinas, SP). Pesquisadora e vice-líder do Laboratório de Estudos do Lazer

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(LEL), UNESP de Rio Claro (SP). Organizadora dos livros "Turismo, lazer e natureza" (2003) e "Viagens, lazer e esporte: o espaço da natureza" (2006), publicados pela Editora Manole (Barueri, SP). Autora de capítulos de livros e artigos versando a temática "lazer, natureza e aventura". Atua nas áreas de Educação Física e Turismo. Atualmente, é profa. das Disciplinas "Eventos Comunitários"; "Educação, Saúde e Ecologia" e "Recreação", no Curso de Educação Física da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis (SC).

Mey de Abreu Van Munster Possui bacharelado e licenciatura em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (1991), especialização em Educação Física Adaptada (1992), mestrado (1998) e doutorado (2004) em Educação Física, na área de Atividade Física e Adaptação, pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é professora adjunta no Departamento de Educação Física e Motricidade Humana da Universidade Federal de São Carlos, onde coordena o Núcleo de Estudos em Atividade Física Adaptada - NEAFA e Projetos de Extensão relacionados à temática. Credenciada ao Programa de Pósgraduação em Educação Especial da UFSCar. Membro da Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada desde 1995. Possui experiência acadêmica

e

administrativa

na

área

de

Educação

Física,

atuando

principalmente nos seguintes temas: Educação Especial; Educação Física Adaptada; Esportes na Natureza.

Eliete Maria Silva Cardozo Possui graduação em Educação Física pela Universidade Gama Filho (1987), graduação em Direito pela Universidade Gama Filho (1982), mestrado em Educação Física pela Universidade Gama Filho (1997) e doutorado em

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Educação Física pela Universidade Gama Filho (2006). Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação Física e Cultura, atuando na Educação Básica, na Graduação e na Pós-Graduação, com os seguintes temas: Lazer, Aventura, Ludicidade, Imaginário Social, Contexto Escolar. Atualmente é Coordenadora/ Professora do Curso de Pós-Graduação em Educação Física Escolar: Ênfase em Aventura e Ludicidade, nas modalidades presencial e à distância - UNESA -RJ.

Danilo Roberto Pereira Santiago Licenciado Pleno em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista – UNESP (2005). Mestre e Doutorando em Ciências da Motricidade, na Área de Pedagogia da Motricidade Humana, Linha de Pesquisa Estados Emocionais e Movimento, pela UNESP de Rio Claro (SP). Membro Efetivo do LEL Laboratório de Estudos do Lazer (UNESP - RIO CLARO - SP). Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Pedagogia do Movimento, atuando principalmente nos seguintes temas: lazer, ambiente virtual e educação física.

Cristiane Naomi Kawaguti Possui graduação em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005). Atualmente é mestranda em Ciências da Motricidade - linha de pesquisa "Estados Emocionais e Movimento" na UNESP/IB/RC e pesquisadora do LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER. Titular de cargo na Escola Estadual Professora Laurentina Lorena Correa da Silva. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação Física, atuando principalmente nos seguintes temas: lazer, saúde e qualidade de vida.

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Renato Marques Possui graduação em Educação Física pela Universidade Católica do Salvador (1992) e graduação em Nutrição pela Universidade Federal da Bahia (1996). Especialista em Fisiologia do Exercício pela UNIFMU-SP e em Nutrição Clinica Funcional pela UNICSUL-SP. Membro do CFN (Conselho Federal de Nutricionistas), docente dos cursos de Nutrição, Enfermagem e Educação Física da FTC (Vit.da Conquista-BA). Tem experiência na área de Nutrição, com ênfase em Nutrição Clínica, atuando principalmente nos seguintes temas: nutrição,nutrição

clínica

funcional,

alimentação

escolar,

nutrição

esportiva.Colaborador da Revista VO2 Max, São Paulo-SP.

Igor Oliveira Macêdo Especialista

na

Professor

da

Professor

da

área

Faculdade Faculdade

de de

Fisiologia

Tecnologia

Independente

do

e

do

Exercício

Ciências

Nordeste

-

-

FTC

FAINOR

Coordenação do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atividade Física e Saúde FTC

Albert D'orleans Alaves Marinho Instrutor de Rappel desde 1988; Rappel Tático; Instrutor de escalada ; Instrutor de Orientação em Ambiente de Mata; Operações na Caatinga; Operações Noturnas em Mata; Pára-quedista; Instrutor de Vôo Livre; Mergulhador, CAVE, TRIMIX, NITROX, Resgate de Corpos, e Serviços Técnicos Subaquáticos; Instrutor de Tiro instintivo; Ex-integrante das Forças Armadas; Graduando em Engenharia Agrônomica (10º semestre). Tendo realizado cursos para Polícia Rodoviária Federal, Choque PM BA, Exército Brasileiro, Polícia Civil, vários programas para o SporTv, Globo Esporte, ter realizado o rappel nos mais altos picos da Chapada Diamantina,

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Cachoeira da Fumaça, Morro dos Brejões, Morro do Camelo dentre outros, participou do 1º Bungee Jump de caverna do mundo, Realizado Vôo de Parapente na cordilheira do Pico das Almas.

Ementas dos Cursos do dia 02/07/2009 - QUINTA-FEIRA 1 – Escalada na escola e no lazer Igor Armbrust e Dimitri Wuo Pereira Ementa: Concepção da parede de escalada na escola; Análise dimensional do ambiente; Técnicas de movimentação; Atividades com cordas; Compreensão de nós.

2 – Aspectos fisiológicos das atividades de aventura. Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo e Hanna Karen Moreira Antunes Ementa: - Aspectos bioenergéticos associados às atividades de aventura. - Respostas fisiológicas durante as atividades de aventura (VO2; lactato sanguíneo e freqüência cardíaca). - Utilização dos índices fisiológicos para quantificar as exigências metabólicas das atividades de aventura. - Privação do sono nos padrões fisiológicos de atletas de corrida de aventura: aspectos físicos, bioquímicos, nutricionais e cognitivos.

3 – Gestão da informação sobre Atividades de Aventura Danilo Roberto Pereira Santiago Ementa: O curso aborda as principais fontes de informação sobre as atividades de aventura, sendo elas: mídia televisiva, imprensa e virtual. Focaliza as principais empresas que operam no setor e o modo de aplicação dos

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conhecimentos adquiridos no ambiente acadêmico para o mundo dos negócios dessas atividades. Oferece sugestões para melhor visibilidade das informações em sites e outros meios de divulgação e de como atrair novos clientes com segurança, para atuar com estabilidade no mercado.

4 – Educação Física Escolar: Reinventando os Esportes de Aventura Eliete Maria Silva Cardozo Julio Vicente da Costa Neto Sidney Santos Edney Felipe M. Martins Ementa: Os esportes de aventura e a educação física escolar. A reinvenção dos esportes de aventura para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, utilizando o arvorismo, a corrida de orientação e a escalada.

5 –Rappel Básico - Aventura ao alcance de todos! Dalmo Assis e Albert D'orleans Alaves Marinho Ementa: Histórico do Rappel; Nós e amarrações; Equipamentos básicos; Ambientes e recursos; Meios alternativos

Ementas dos Cursos do dia 03/07/2009 - SEXTA-FEIRA

6 – Atividades de aventura adaptadas Alan Annibal Schmidt e Mey de Abreu Van Munster Ementa: O curso abrange um panorama das investigações e intervenções no campo dos esportes de aventura voltados a pessoas com deficiências (intelectual e visual), bem como as adaptações metodológicas e vivências de modalidades aquáticas às necessidades do público em questão.

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- Esportes de aventura e pessoas com deficiências: atualidades e perspectivas; - Causas, diagnósticos e características de pessoas com deficiência intelectual e visual; - Critérios de avaliação e sugestões de adaptações das atividades aquáticas para pessoas com deficiência intelectual e visual; - Canoagem: procedimentos pedagógicos para públicos com necessidades especiais; - Vivências em canoagem.

7 – Arborismo simulado Leonardo Madeira Pereira e Andréia Silva Ementa: Estudo do arborismo. Características e conceituações. Pressupostos teórico/práticos básicos para implementação nos vários campos de intervenção educativa. Inventário de atividades. Equipamentos específicos e esquemas de segurança.

8 – Jogos de sensibilização ambiental Cristiane Naomi Kawaguti Ementa: O curso discute os aspectos da relação humana com a natureza, salientando estratégias de atuação profissional e pedagógica. Promove práticas com atividades lúdicas envolvendo adaptações de jogos e brincadeiras de diferentes ambientes para os espaços naturais, entre eles, os WEBGAMES adaptados.

9 – Fisiologia em Situações Ambientais Extremas Igor Oliveira Macedo Ementa: Equilíbrio Térmico Durante o Exercício (Exercício no Calor, Umidade e Frio; Aclimatação; Termostato do Corpo; Alterações Hemodinâmicas) - Altitude

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e Exercício Físico (Pressão Atmosférica, Alterações Cardiorrespiratórias, Ventilação e Equilíbrio Ácido-Básico, Adaptações à Altitude) - Desequilíbrio Hídrico

Durante

o

Exercício

(Desidratação/Hiperidratação,

Hipernatrêmia/Hiponatrêmia, Desvio Cardiovasculares) - Mergulho (Relações Pressão-Volume,

Embolia

Gasosa,

Pneumotórax,

Aerotite,

Intoxicação

Gasosa).

10 – Aspectos Nutricionais em Atividades de Aventura Renato Santos Marques Ementa: Como melhorar a saúde conhecendo a importância de conjugar alimentação e atividade física para aumento da qualidade de vida; estratégias nutricionais para o desempenho nos esportes de aventura; hidratação e suplementação nos esportes de aventura; nutrição para promover a recuperação pós-exercício; fatores metabólicos na fadiga; alimentos funcionais e novos hábitos alimentares para qualidade de vida e manutenção da saúde

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PROGRAMAÇÃO

PROGRAMAÇÃO 01/07/2009 - QUARTA-FEIRA

HORÁRIO

ATIVIDADE

LOCAL

8h às 18h

Credenciamento dos Congressistas e Professores CANDIDATURA DA CIDADE SEDE V CBAA - Entrega Oficial da Documentação

Secretaria Municipal de Turismo

8h às 18h

Roteiros Turísticos (Natureza Insight) - ver opções no site

Diversos

PROGRAMAÇÃO OPCIONAL 1: Atividades Práticas de Aventura no Projeto Sempre Viva

Parque Municipal de Mucugê

Momento FTC Verde

FTC EAD

19h às 20h

Cerimônia de abertura 1 – Abertura Oficial do Evento (Solenidade de Abertura) 2 – Apresentação da Filarmônica 23 de Dezembro

Câmara de Vereadores

20h às 21h

Conferência de Abertura: Atividades de Aventura: ritos e mitos Heloisa Turini Bruhns – UNICAMP

Câmara de Vereadores

21h30min

Show Voz e Violão com Johren Roll

Praça Cel. Douca Medrado

11h às 17h 17h00 às 18h30

02/07/2009 - QUINTA-FEIRA

HORÁRIO

6h45min

8h às 11h30min e 14h30min às

ATIVIDADE

LOCAL

Baba do CBAA & Vôlei do CBAA

Campo de Futebol e Quadra de Esportes

Mini-cursos 1 – Escalada na escola e no lazer Igor Armbrust e Dimitri Wuo Pereira

Escola Rodrigues Lima

2 – Aspectos fisiológicos das atividades de aventura Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo e

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17h30min

Hanna Karen Moreira Antunes 3 – Gestão da informação sobre Atividades de Aventura Danilo Roberto Pereira Santiago 4 – Educação Física Escolar: Reinventando os Esportes de Aventura Eliete Maria Silva Cardozo, Julio Vicente da Costa Neto Sidney Santos e Edney Felipe M. Martins 5 –Rappel Básico - Aventura ao alcance de todos! Dalmo Assis e Albert D´Orleans

11h30min

Swing da Chapada: Aulão de Ritmos com Diego Pereira

12h às 14h

Almoço

17h30min às 19h30min

Apresentação de trabalhos - Oral

Mesa Redonda 1: Atividades de Aventura, Saúde e Desenvolvimento 20h às 21h30 Leonardo Madeira Pereira - UNILESTE Luiz Guilherme A. Guglielmo – UFSC Hanna Karen M. Antunes - UNIFESP (SANTOS) 21h30min

Apresentação das candidatas à cidade sede do V CBAA Festival de Danças Tradicionais dos Povos - Atividade social (Inscrição: doação 3 peças de roupa ou 3Kg de alimento não perecível)

Praça dos Garimpeiros

Colégio Horácio de Matos

Câmara de Vereadores

Praça dos Garimpeiros

03/07/2009 - SEXTA-FEIRA

HORÁRIO

ATIVIDADE

LOCAL

Mini-cursos 8h às 11h30min

6 – Atividades de aventura adaptadas Alan Annibal Schmidt e Mey de Abreu Van Munster

e

7 – Arborismo simulado Leonardo Madeira Pereira e Andréia Silva

14h30 às 17h30min

8 – Jogos de sensibilização ambiental Cristiane Naomi Kawaguti

Escola Rodrigues Lima

9 – Fisiologia em Situações Ambientais Extremas Igor Oliveira Macedo

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10 – Aspectos Nutricionais em Atividades de Aventura Renato Santos Marques 11h30min

Momento Zen: Aula de Body Balance

12h às 14h

Almoço

Praça dos Garimpeiros

17h30min às 19h30min

Apresentação de trabalhos - Pôster

Clube Recreativo

18h30min

Lançamento de Livros com Música

Alpina Resort

19h

Palestra: VIABILIDADE COMERCIAL PARA IMPLANTAÇÃO DE ATIVIDADES DE AVENTURA

FTC EAD

20h30min às 22h00min

Mesa Redonda 2: Atividades de Aventura no contexto educacional Igor Armbrust - UNICASTELO/FEFISA Dimitri Wuo Pereira - USJT Andréia Silva (ESFA - ES)

Câmara de Vereadores

Show com Banda Quarteto de Blues

Praça dos Garimpeiros

22h

04/07/2009 - SÁBADO

HORÁRIO

ATIVIDADE

LOCAL

8h30min às 10h

Mesa Redonda 3 Atividades de Aventura: Profissão, Mercado e inclusão Alan Annibal Schmidt - FV Alcyane Marinho - UDESC Mey de Abreu Van Munster - UFSCAR

Câmara de Vereadores

10h às 11h

Cases de sucesso

Câmara de Vereadores

11h às 12h

Palestra Encerramento: As Aventuras Lúdicas Eliete Maria Silva Cardozo - UNESA

Câmara de Vereadores

12h às 12h 30min

Concurso de Fotografia Digital (Resultado)

Câmara de Veradores

12h às 13h

Almoço

13h30 às18h30

PROGRAMAÇÃO OPCIONAL 2: Enduro: CBAA Mountain Bike Canoagem no Rio Preto

Diversos

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Trekking Cachoeiras do Garimpo Escalada Livre Rappel Mergulho no Olho d´Água Arraia do CBAA: Festa de Encerramento: Forró Pé de Serra e Comida Típica

21h

Clube Recreativo

01 a 05/07/2009 – QUARTA a DOMINGO

HORÁRIO 8h às 20h

ATIVIDADE

LOCAL

Feira de Produtos: Artesanato, Equipamentos de Aventura, Suplementos Alimentares, etc.

Secretaria Municipal de Turismo

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ANAIS IV CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura 01/07/09 à 04/07/09

SUMÁRIO

RESUMOS DOS TRABALHOS QUE CONCORRERAM AO TEMA LIVRE PREMIADO A GEODIVERSIDADE DA REGIÃO DA CHAPADA DE DIAMANTINA E AS ATIVIDADES DE AVENTURA Margareth Pinto de Menezes.............................................................................27 O SKATE E SUAS POSSIBILIDADES EDUCACIONAIS Igor Armbrust.....................................................................................................30 MEMÓRIA,

CONHECIMENTO

E

AVENTURA

NA

FORMAÇÃO

EM

EDUCAÇÃO FÍSICA Enio Araujo Pereira............................................................................................31 CORRIDA DE ORIENTAÇÃO, INOVADORA FERRAMENTA PEDAGÓGICA Maria Luísa Alves..............................................................................................34 CONHECIMENTOS, HABILIDADES E CAPACIDADES ENVOLVIDAS NA CORRIDA DE ORIENTAÇÃO Priscila Roberta Alves Lemos............................................................................37

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RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES ORAIS E PÔSTERES O MONTANHISMO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: CONHECENDO AS MODALIDADES DE ESCALADA Edney Felipe M. Martins....................................................................................39 SURFE NA ESCOLA? Adealde Ribeiro da Silva....................................................................................41 OS ESPORTES DE AVENTURA NO CONTEXTO ESCOLAR Julio Vicente da Costa Neto...............................................................................43 CICLOTURISMO NA ESTRADA REAL DE DIAMANTINA/MG A PARATY/ RJ Gilberto Gomes Oliveira.....................................................................................45 PROJETO EDUCATIVO ASSOCIADO AO ESPORTE NA NATUREZA NO PARQUE VIEGAS Igor Santiago de Almeida.................................................................................. 47 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DE UM TREINAMENTO EXPERIENCIAL AO AR LIVRE Leonardo Madeira Pereira.................................................................................49 ATIVIDADES DE AVENTURA E ECOTURISMO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO Leonardo Madeira Pereira.................................................................................52 A CORRIDA DE ORIENTAÇÃO E O CONTEXTO ESCOLAR Luiz Felipe Falconeri de Brito............................................................................55 A CONTRIBUIÇÃO DO CAVING NA PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA Marilda Teixeira Mendes....................................................................................57 ATIVIDADES

FÍSICAS

DE

AVENTURA

NA

NATUREZA

E

SUAS

POTENCIALIDADES Michel Binda Beccalli.........................................................................................59 OS ESPORTES DE AVENTURA NO CONTEXTO ESCOLAR

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Ronan Simões...................................................................................................61 TEMA

TRANSVERSAL

MEIO

AMBIENTE

NA

ESCOLA

PARA

A

PRESERVAÇÃO AMBIENTAL Victor Aires Estrella............................................................................................63 EDUCAÇÃO AMBIENTAL UMA CONTRIBUIÇÃO PARA UM “ECOTURISMO SUSTENTÁVEL” Walter Araújo Magalhães Júnior........................................................................66 FATORES MOTIVACIONAIS DA ADERÊNCIA AO ESPORTE DE AVENTURA EM DETRIMENTO AOS EXERCÍCIOS FÍSICOS TRADICIONAIS Walter Michel Carreri.........................................................................................69 TURISMO

DE

AVENTURA:

NORMALIZAÇÃO

COMO

QUESITO

DE

SEGURANÇA Augusto César de Almeida................................................................................71 PESSOAS COM DEFÍÊNCIA INTELECTUAL: NAVEGAR É (IM)PRECISO Álan Annibal Schmidt.........................................................................................73 ESTIMATIVA DO GASTO ENERGÉTICO DA CAMINHADA EM TRILHA Alberto Barretto Kruschewsky............................................................................75 (IM) POSSIBILIDADES DE ACESSO AO DIREITO SOCIAL PELA PRÁTICA ESPORTIVA E LÚDICA DO SURFE NO MUNICÍPIO DA SERRA (ES) Beatriz dos Santos Garcez................................................................................78 A SUBUTILIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE AVENTURA EM SANTA TERESA – ES Carla Rosa Felipe..............................................................................................81 A REALIDADE E SIGNIFICADO DO ESPORTE DE AVENTURA EM GURUPI – TO César Augusto Babosa Lima.............................................................................84 ACESSIBILIDADE NO TURISMO DE AVENTURA DO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU

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Cláudio Alexandre de Souza.............................................................................86 PROGRAMA ESFA PORTAS ABERTAS: CONTRIBUIÇÕES PEDAGÓGICAS Graciele Cecília Kippert.....................................................................................88 PRÁTICAS

CORPORAIS

DE

AVENTURA

E

EDUCAÇÃO

FÍSICA:

CONTEÚDO OU MODISMO? Geisy Karla Hylário............................................................................................91 ESTRUTURA DAS ATIVIDADES DE AVENTURA SOB A ÓTICA DE UNIVERSITÁRIOS Cristiane Naomi Kawaguti..................................................................................94 ESPORTES

NA

NATUREZA

COMO

DISCIPLINA

DO

CURSO

DE

EDUCAÇÃO FÍSICA Danilo Roberto Pereira Santiago.......................................................................97 O (DES)COMPROMISSO NAS PRÁTICAS CORPORAIS DE RISCO: LAZER OU COMPETIÇÃO? Denis Terezani...................................................................................................99 A COMPLEXIDADE DA AVALIAÇÃO DOS RISCOS NA ESCALADA EM ROCHA Dimitri Wuo Pereira..........................................................................................102 ESPORTES DE AVENTURA: UMA PROPOSTA PARA INVESTIGAÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA Fabiano Augusto Teixeira................................................................................105 ATIVIDADES DE AVENTURA NA ESCOLA: PROPOSTA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UDESC Alcyane Marinho..............................................................................................108 PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA NA NATUREZA, EDUCAÇÃO FÍSICA E RESPONSÁVEIS Felipe Machado...............................................................................................111 ATIVIDADES DE AVENTURA E PRÓ-ATIVIDADE NO LAZER

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Gisele Maria Schwartz.....................................................................................114 SENSAÇÕES E EMOÇÕES VIVENCIADAS NA PRÁTICA DE ATIVIDADES DE AVENTURA NO CONTEXTO ACADÊMICO Giselle H. Tavares...........................................................................................116 ATIVIDADES DE AVENTURA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO Viviane Kawano Dias.......................................................................................119 ATIVIDADES

DE

AVENTURA

NA

EDUCAÇÃO

INFANTIL

E

AS

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS Kaciane Fernandez Espinoza..........................................................................121 ATIVIDADES

DE

AVENTURA E

SUSTENTABILIDADE

NAS

AÇÕES

EXTENSIONISTAS DA UESB/BA Marcial Cotes...................................................................................................124 CONFRONTANDO

FREQUÊNCIA CARDÍACA

COM

DISCURSO

DOS

VISITANTES EM PASSARELAS SUSPENSAS Marcial Cotes...................................................................................................127 ESPORTE DE ORIENTAÇÃO E O MEIO AMBIENTE Maria Luísa Alves............................................................................................130 OS “NOVOS” ESPORTES NA DISCUSSÃO ACADÊMICA Marília Martins Bandeira..................................................................................132 VISITAS À NATUREZA EM FAMÍLIA: REDIMENSIONANDO A AVENTURA Mey De Abreu Van Munster.............................................................................135 ATIVIDADES FÍSICAS DE AVENTURA NA NATUREZA E SAÚDE: NOVAS PERSPECTIVAS Michel Binda Beccalli.......................................................................................137 PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE ATIVIDADES DE AVENTURA EM ANAIS DE EVENTOS Viviane Kawano Dias.......................................................................................140

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PRÁTICAS CORPORAIS NA NATUREZA: UMA PROPOSTA PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL Priscilla Pinto Costa da Silva...........................................................................142 COMPORTAMENTO

AMBIENTAL

DE

TURISTAS

MOTIVADOS

POR

AMBIENTES NATURAIS Clóvis Piau Santos...........................................................................................145 PERFIL DO ESTILO DE VIDA DE CONDUTORES DE VISITANTES DA CHAPADA DIAMANTINA – BAHIA Sérgio Souza Magalhães.................................................................................148 SURFE E EDUCAÇÃO FÍSICA: EM BUSCA DO EQUÍLIBRIO FÍSICO E EMOCIONAL Tania Brotto Haddad........................................................................................150 A CONSTRUÇÃO DA AVENTURA NA IMIGRAÇÃO ITALIANA Andréia Silva....................................................................................................152 OS ESPORTES RADICAIS PARA UM PORTADOR DE SÍNDROME DE DOWN Dimitri Wuo Pereira..........................................................................................155 A INSERÇÃO DO IDOSO NAS TRILHAS DO CONHECIMENTO SOBRE AVENTURA Jossett Campagna...........................................................................................158 (RETRO)PERSPECTIVANDO AS TRILHAS DO CONHECIMENTO SOBRE AVENTURA Jossett Campagna...........................................................................................160

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A GEODIVERSIDADE DA REGIÃO DA CHAPADA DE DIAMANTINA E AS ATIVIDADES DE AVENTURA Margareth Pinto de Menezes Mestranda em Geociências, curso de Análise Geoambiental pela Universidade Guarulhos (UNG) – Guarulhos. Cinthia Rolim de Albuquerque Meneguel Mestranda em Geociências, curso Análise Geoambiental pela Universidade de Guarulhos (UNG) – Guarulhos. Antonio Manoel dos Santos Oliveira Doutor em Geografia Física pela Universidade de São Paulo (USP).

A proposta do painel se resume em apresentar a geodiversidade da Chapada de Diamantina, ressaltando através de tabelas a interação da geologia para as práticas de atividades de aventura. Assim como abordar a importância da geoconservação, aliada ao desenvolvimento do geoturismo. Trata-se de uma região montanhosa e de difícil acesso, permanece deserta sem apresentar motivos para penetração e povoamento. A sesmaria de Jaconina, então dividida, forma com Rio de Contas, os dois pólos do ouro na Bahia. Entre eles é construída a Estrada Real, que atravessa a Chapada de leste para oeste e segue para Salvador, através de cachoeira. Somente em 1729, aprendeu-se no Brasil a reconhecer diamantes. Hoje oficialmente a região é visitada por milhares de turistas de todo o mundo que buscam por diversidade na prática do turismo. A região dispõe de uma rede hoteleira, com infra estrutura, que atende o turista com conforto e qualidade. Entretanto o objeto de estudo desse trabalho é o potencial da geodiversidade, demonstrando que a Chapada de Diamantina dispõe de um potencial natural que vem sendo desenvolvido ao longo do tempo.A formação geológica da Chapada sugere as mais diversas práticas de esportes, seja de aventura, contemplação, histórico, tendo ao seu

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favor os valores agregado ao ambiente como o próprio ambiente físico. Para o desenvolvimento das práticas do turismo de aventura o cenário tem um harmonioso mosaico ambiental, sua declividade acentuada, as formações de paredão rochoso, as trilhas, a utilização dos rios, corredeiras e os registros do garimpo do diamante de as cicatrizes revelam a beleza de uma época. São todos atrativos que se aliam a história-ambiental, e ao geoturismo. Todo esse potencial está no coração geográfico da Bahia, terras por onde adentraram os portugueses com o objetivo de colonizar o território brasileiro em busca de minerais, entre outros. Numa abordagem que se propõe a não só utilizar da geologia, geomorfologia, no uso dos equipamentos que o turismo propõe, mas acima de tudo conscientizar esse usuário da relação existente entre o entretenimento e a formação rochosa que permite esta relação de utilização e ocupação do solo. Uma importante característica em percorrer os espaços que a Chapada nos reserva, é a informação referente ao local, este é um valor a serem agregadas, as trilhas, os traçados desse espaço geográfico que se formou naturalmente. A geodiversidade trata-se da variedade de ambientes geológicos, sistemas e processos geradores de paisagens, rochas, minerais, fósseis, solos e outros depósitos superficiais. Agem juntamente com a biodiversidade, sendo responsável pela evolução do planeta. O geoturismo faz a interface entre a geologia e turismo cultural, trata-se da compreensão do meio ambiente. O patrimônio geológico trata-se de todos os elementos que compõem a geodiversidade, e o mesmo é representado pelo conjunto de sítios geológicos (ou geossítios). A atividade turística se desenvolveu nas últimas décadas e alcançou um grande crescimento, que acarretou em inúmeras alterações nos espaços onde a atividade se desenvolve. No que se refere ao turismo de aventura, trata-se de um segmento dinâmico, diversificado que se mantém como sendo um dos principais segmentos do turismo. As atividades de aventura devem ser entendidas como atividades que respeitam os termos

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naturais, culturais e sociais, além da capacidade de carga dos meios e a conservação dos recursos locais. A Chapada Diamantina é um dos roteiros mais procurados pelos amantes do ecoturismo e esportes de aventura. Diversas atividades podem ser desenvolvidas, tais como bóia-cross nas corredeiras, trilhas até as cachoeiras, montanhismo, rapel, arvorismo, dentre muitas outras diversas. A realização de práticas sustentáveis para o geoturismo, tem como objetivo o esclarecimento para o visitante da relação entre daquela localidade e as práticas do turismo (geoturismo) priorizando a conservação do patrimônio geológico. Os problemas seriam efetivamente diminuídos, ou eliminados, se nas atividades envolvidas se tivesse o mínimo de conhecimento técnico científico na área da geociência. Conhecer a Geodiversidade, entender as relações existente entre o desenvolvimento turístico, tendo como objeto principal a conservação, partindo do pressuposto que somente a conscientização do usuário/turista, que faz uso dos equipamentos da região, esta é sem dúvida, uma maneira de praticar o turismo sustentável. Portanto caminhar para o exercício de práticas corretas para com a natureza torna-se prioridade, quando se visita um santuário como a Chapada, trabalhar os aspectos da geodiversidade permite agregar valores nas práticas do turismo de aventura. Considerando que a Chapada Diamantina dispõe de um mosaico natural, que inclusive é parte integrante de um Projeto de Geoparque. (UNESCO), reforça a importância dessa localidade enquanto uma área que abriga a formação do solo brasileiro entre outras informações que a geologia explica. Entretanto, a região vive economicamente desse solo, que se consagrou como uma oferta para quem busca um produto que utiliza unicamente dos recursos existentes para ofertar lazer, aventura, história, geodivesidade e etc. Palavras-chaves: aventura, geodiversidade, geoconservação, geoturismo, sustentabilidade.

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O SKATE E SUAS POSSIBILIDADES EDUCACIONAIS

Igor Armbrust FEFISA (Faculdades Integradas de Santo André – São Paulo/SP) UNICASTELO (Universidade Camilo Castelo Branco – São Paulo/SP) GPAFS (Grupo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde – São Paulo/SP) Flávio Antônio Ascânio Lauro FMU (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas – São Paulo/SP) UNIMONTE (Centro Universitário Monte Serrat – Santos/SP)

Os esportes radicais têm sido objetos de discussões devido ao interesse de aplicabilidade de seus conteúdos relacionados ao lazer, ao esporte e a educação. Todavia, ainda há uma cena de despreparo profissional para empreender essas atividades, o que dificulta implantar tais práticas nos âmbitos educacionais. Este estudo apresentou uma proposta metodológica de um curso de capacitação para graduandos e professores de educação física com a finalidade de promover reflexões sobre os processos de iniciação na prática do skate atrelados ao esporte educacional. Foi utilizada a pesquisa exploratória apoiada em levantamentos bibliográficos para relacionar a prática do skate e sua ação educativa. Sem a pretensão de esgotar a discussão sobre este assunto, mas ajudar e complementar com mais elementos da cultura corporal a efetivar o processo de desenvolvimento do ser humano nos aspectos biológico, psicológico, social e cultural.

Palavras-chaves: Skate, educação física, esporte educacional.

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MEMÓRIA, CONHECIMENTO E AVENTURA NA FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Prof. Ms. Enio Araújo Pereira Prof. Dr. Luis Carlos Rigo Profa. Dra. Luciana Marins Nogueira Peil UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

A formação de profissionais de diferentes áreas que poderão atuar nas atividades físicas e nos esportes de aventura na natureza tem sido uma das preocupações e um dos temas bastante debatidos tanto nos espaços acadêmicos como em locais vinculados às atividades na natureza. Neste sentido, tendo como referência as relações possíveis de se estabelecer entre o campo profissional da Educação Física e os Esportes de Aventura na Natureza, decidimos realizar este estudo que teve como objetivo realizar uma análise da disciplina de Excursionismo do Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal de Pelotas, no período compreendido entre os anos de 1991 a 2006. Apesar de a referida disciplina ter sido ofertada pela primeira vez no ano de 1991, em função dos objetivos e do tempo que tivemos para a realização deste estudo, optamos por fazer uma análise sistemática dos registros que foram feitos pelos alunos no período compreendido entre os anos de 2001 a 2006. Tomamos essa decisão principalmente porque foi a partir do ano de 2001

que adotamos um

instrumento padronizado,

ao

qual

denominamos "questionário de avaliação da disciplina”. Assim, a análise dos registros escritos, que utilizamos como suporte para realizar o estudo, contou com questionários que foram respondidos pelos alunos que concluíram a disciplina de Excursionismo no referido período. Algo que também nos motivou a realizar este estudo e a propor esta metodologia foi, sem dúvida, o propósito

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de valorizar os documentos escritos pelos alunos, onde estes tiveram oportunidade de registrar suas memórias, seus pensamentos, suas reflexões, fazer suas críticas e expor sugestões sobre momentos de sua formação acadêmica. A Cartografia foi a metodologia escolhida para analisar os registros escritos e imagéticos (fotografias) referentes à disciplina realizados pelos alunos

através

consideramos

dos

quais

identificamos

representativos:

“Sujeito,

quatro Meio

eixos

Ambiente

temáticos e

que

Natureza”

apareceram através da preservação, da relação do homem com a natureza e dos lugares para prática de atividades de aventura, formando o grupo temático em que ocorreu o maior número de manifestações por parte dos alunos, onde a preocupação com a preservação do meio ambiente apareceu como um objetivo transversal que acompanhou as inúmeras vivências que ocorreram na disciplina; “Aprendizagem, Conhecimento e Experiência” surgiram como o grupo onde as práticas, as experiências, as vivências, o conhecimento e a aprendizagem apareceram nas palavras dos alunos como sendo a segunda temática mais abordada pelos mesmos. Observou-se também que houve uma referência aos conteúdos teóricos, mas, enfatizando, que o aprendizado ocorreu realmente nas práticas desenvolvidas durante as aulas; “Atitudes, Afetos

e

Sociabilidade”

são

temas

que

surgiram

nos

depoimentos,

normalmente permeando as palavras que falam das aprendizagens e dos conhecimentos adquiridos durante as aulas práticas carregando olhares de sensibilidade nas relações com os colegas, consigo mesmo e com a natureza. Sendo assim, os sentimentos, as relações e as atitudes estão presentes em grande parte das falas dos alunos, tanto nas avaliações quanto nos comentários feitos em várias situações mais informais durante as aulas práticas; “Currículo, Formação e Campo de Trabalho” apontaram a opinião dos acadêmicos que se mostram sensíveis para uma formação e atuação multidisciplinar nessa área e nos registros observamos que a formação e

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atuação profissional e suas polêmicas atuais aparecem associados ao crescimento do mercado de trabalho. Concluímos que esses aventureiros acadêmicos, através de seus trabalhos, estudos, avaliações e participação no desenvolvimento das aulas, contribuíram para a construção e reconstrução do conhecimento, assinalando para a importância de as Atividades Físicas e os Esportes de Aventura na Natureza, conquistarem um lugar de maior relevância nos currículos dos cursos de Educação Física, intensificando suas ações no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão. Palavras-chave: Esporte, Natureza, Currículo, Educação Física.

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CORRIDA DE ORIENTAÇÃO, INOVADORA FERRAMENTA PEDAGÓGICA

Maria Luísa Alves Secretaria Municipal de Políticas e Ações Sociais e Cidadania (SAS) / Campo Grande/ MS Priscila Roberta Alves Lemos Programa de Educação Tutorial/ Departamento Educação Física/ UFMS

Corrida de Orientação é um esporte praticado individualmente ou em equipes, cujo objetivo é percorrer uma distância, passando por pontos de controle em um terreno, no menor tempo possível. Este esporte exige habilidades múltiplas, como: raciocínio rápido e lógico, concentração, leitura precisa do mapa, controle da distância percorrida, agilidade, etc. Baseado na Norma Operacional Básica - Sistema Único de Assistência Social (NOB/SUAS, 2005) e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei nº. 8.069/1990), foram criados projetos sociais que visam à proteção, através da alimentação, atividades esportivas, culturais, artísticas e de lazer. Entre estes se destaca o “Projeto Ciranda”, oferecido em unidades da Secretaria Municipal de Políticas e Ações Sociais e Cidadania (SAS), que favorecem a diversidade em espaços que realizam o direito de ser criança/adolescente e permite a construção da cidadania através de vivência, aprendizados, conflitos e alegrias em diferentes momentos. Tais atividades ocorrem em período contrário ao escolar e tem como princípios a intercompletariedade de propósitos entre família, escola e comunidade. Em Julho de 2007, foi realizada atividade sobre o esporte Orientação com 100 crianças/adolescentes da Unidade Descentralizada de Assistência Social (UNIDAS) “Leila Jallad Dias”, em Campo Grande (MS), apresentado por acadêmicas do Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Educação Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Devido os

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resultados apresentados pelos educandos, esta parceria continuou por meio de projeto de extensão durante dois meses. Em 2008 e 2009, esta UNIDAS inseriu em seu planejamento a Orientação com os próprios educadores após capacitação realizada em parceria da SAS com o Centro de Orientação e Desportos de Aventura de Campo Grande (CODAC). Durante o ano os educandos participaram de eventos locais deste esporte como Campeonatos Municipal,

Estadual,

Estudantil

e

Projeto

“Orientando-se

no

Parque”

acompanhados dos responsáveis e educadores. A atividade teórico-prático é realizada semanalmente no período matutino com educandos entre 06 e 15 anos, num total de seis horas semanais. Na parte teórica é ensinada a simbologia básica da Orientação, regras do esporte, materiais e equipamentos; além de apresentações e discussões sobre o tema transversal Meio Ambiente e Sustentabilidade, no qual são subdivididos os temas: combate à dengue, poluição, pluralidade cultural, questões de gênero, ética e saúde. Na prática são desenvolvidos percursos dos temas discutidos, tanto específicos do esporte quanto os temas transversais. A aprendizagem é influenciada pela inteligência, incentivo e motivação. Um indivíduo quando motivado, possui uma atitude ativa no processo de aprendizagem, por isso, aprende melhor. Em termos educacionais a Orientação corresponde ao conjunto de ações que visam colocar o desporto a serviço do educando, direcionando-o ao aprendizado significativo. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) tratam da transversalidade e define a prática educativa como possibilidade de estabelecer um aprendizado sobre as questões da vida real. Foram relatadas mudanças em relação à auto-estima e autoconhecimento, melhor convívio, disciplina e limites, fortalecimento dos laços afetivos familiares, resgate de valores. O mesmo acontece em outros ambientes de convívio, como na escola onde alunos e responsáveis relatam melhor rendimento escolar devido à maior concentração, raciocino lógico e rápido. A educação através do esporte tem

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contribuído significativamente na promoção de valores e no desenvolvimento de competências fundamentais para que crianças e adolescentes participem ativamente da vida em sociedade. O esporte pode e deve ser meio de transformação do educando em um cidadão crítico e atuante. Para tanto é preciso repensar o modelo de aula empregado, para que esta seja mediadora da aprendizagem destes objetivos que vão além do simples jogar, correr, dançar...

A

Orientação

contempla

o disposto

nos

PCN’s

quanto

à

transversalidade apresentando-se como inovadora ferramenta pedagógica. Ao se proporcionar aos educandos atividades motivadoras e dinâmicas, eles participam e contribuem no desenvolvimento das mesmas, trazendo os seus conhecimentos anteriores, além de terem um maior interesse em expressarem suas opiniões e emitirem as criticas de forma respeitosa aos demais. A experiência de desenvolver atividade em um ambiente fora do espaço escolar demonstra que a ação educativa cabe em qualquer lugar. Que educar, transmitir conhecimentos, não deve se restringir única e exclusivamente ao interior da escola. Diante disto, nota-se que a Orientação é um meio eficaz e eficiente para atuar com crianças e jovens em situação de risco social, de modo a fortalecer cidadania, auto-estima e os laços afetivos familiares. Palavras-chave: Corrida de Orientação, Ferramenta Pedagógica, Cidadania.

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CONHECIMENTOS, HABILIDADES E CAPACIDADES ENVOLVIDAS NA CORRIDA DE ORIENTAÇÃO

Priscila Roberta Alves Lemos Bolsista Programa de Educação Tutorial (PET). Departamento Educação Física (DEF)/ UFMS. Claudia Aparecida Stefane Profª. Drª/ Tutora PET/ Orientadora/ DEF/ UFMS. Leonardo Liziero Ex-bolsista PET/ DEF/ Graduado em Educação Física pela UFMS.

A Corrida de Orientação é um esporte que tem por objetivo percorrer pontos de controle em um terreno, no menor tempo. Entretanto, pouco se conhece sobre conhecimentos, habilidades e capacidades exigidos por esta prática, pois estudos ainda são recentes. Diante disso, esta pesquisa teve por objetivo identificar os conhecimentos, habilidades e capacidades proporcionados pela prática da Orientação e determinar a ordem de importância destes itens, na visão de atletas da modalidade pedestre. O estudo qualitativo teve como instrumento da pesquisa exploratória um questionário fechado, respondido por nove atletas do Centro de Orientação e Desportos de Aventura de campo Grande (CODAC). Os dados foram analisados de forma quantitativa com auxilio do software SPSS 10.0 e, com base nos resultados evidencia-se que, quanto à ordem de importância para os praticantes, os conhecimentos mais relevantes foram leitura do mapa e utilização da bússola, além de aspectos geográficos; quanto às habilidades, raciocínio (lógico e rápido) e tomada de decisão; em relação às capacidades, concentração como habilidade cognitiva e agilidade como física. Estes resultados permitem a elaboração de processos

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pedagógicos para o ensino deste esporte, em especial no meio educacional, assim como, possibilidade de rever métodos de treinamento. Palavras-chave: Esportes. Inteligência. Corrida.

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O MONTANHISMO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: CONHECENDO AS MODALIDADES DE ESCALADA

Edney Felipe M. Martins Graduando em Educação Física – UNESA Eliete Maria Silva Cardozo Doutora em Educação Física / Pós-Graduação – UNESA / UFRJ Julio Vicente da Costa Neto Mestre em Educação Física / Pós-Graduação – UNESA

A cidade do Rio de Janeiro, uma das mais belas do mundo, consegue aproximar alguns dos ambientes necessários para a prática dos esportes de aventura, aqueles praticados ao ar livre. Estes esportes estão classificados quanto ao seu ambiente de prática: a terra, a areia, a montanha, a água, o ar, o gelo, a neve e os esportes combinados. Em cada classificação existem muitos esportes, como o trekking, o montanhismo, o arvorismo, o parapente, o páraquedas, o mergulho, o ski, o snowboard, o alpinismo, entre outros. Daremos atenção especial ao montanhismo, que acolhe a escalada tradicional, a escalada indoor (esportiva artificial), a escalada esportiva, o bouldering, o big wall, a escalada em alta montanha e a escalada em cascatas de gelo. O montanhismo é considerado uma atividade esportiva com técnicas e conhecimentos específicos, que consiste em alcançar o cume de montanhas através de escaladas e caminhadas, por meio de paredes de pedra e trilhas. O montanhismo começou a ser organizado no Brasil no início da década de 40, com a formação da União Brasileira de Excursionismo, que teve a duração de poucos anos. No final da década de 60 os clubes fundaram a primeira federação de montanhismo do Brasil, que hoje é atual Federação de Esportes de Montanha do Estado do Rio de Janeiro, exercendo trabalho importante de

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recuperação de trilhas e vias de escaladas, caminhos que o escalador segue na pedra, que necessitavam urgentemente de manutenção. Sem dúvida este é um indício de que o esporte de montanha pode ser um dos esportes de aventura mais praticados na cidade do Rio de Janeiro. Sendo assim, o objetivo do estudo foi conhecer as principais modalidades dos esportes de montanha praticados na cidade do Rio de Janeiro e os locais aonde ocorrem essas práticas. O estudo possui características exploratórias e descritivas, as informações foram colhidas de forma sistemática nos locais de prática de montanhismo indicados pela Federação de Escalada do Rio de Janeiro, anotados em caderno de registro e analisadas de acordo com a técnica de análise do conteúdo. Os resultados indicaram que as práticas destes esportes ocorrem principalmente em três regiões da cidade, zona sul, zona norte e zona oeste. Na zona sul, encontramos o complexo da Urca, parte do maciço da Tijuca e o complexo de montanhas de zona sul compreendido pelas montanhas que estão fora dos complexos anteriores, nestes encontramos as modalidades, escalada tradicional, escalada esportiva, bouldering e big wall. Na zona norte encontramos outra parte do maciço da Tijuca, com as modalidades, escalada tradicional, escalada esportiva e bouldering. Na zona oeste está a parte final do maciço da Tijuca, Serra do Mendanha, complexo de montanhas de Jacarepaguá e o complexo de Guaratiba, com as modalidades, escalada tradicional, escalada esportiva, bouldering, e big wall. Vale ressaltar que a atividade de caminhada que é uma vertente do montanhismo, está presente em todas as zonas. Concluímos que a escalada é a atividade do montanhismo mais praticada na cidade do Rio de Janeiro, fazendo parte da cultura do carioca e, como tal, sugerimos que a população seja esclarecida sobre esta atividade, inclusive nas escolas das regiões aonde ocorrem à prática da escalada. Palavras- chave: Esportes de Aventura, Montanhismo e Escalada.

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SURFE NA ESCOLA?

Adealde Ribeiro da Silva Pós-Graduando – UNESA Dra. Eliete Maria Silva Cardozo Pós-Graduação – UNESA / Graduação – UFRJ Ms. Julio Vicente da Costa Neto Pós-Graduação / Graduação – UNESA

A Barra da Tijuca é um bairro praiano que está localizado na cidade do Rio de Janeiro, tem o mar como cenário e é rico em atividades lazer. Nesta localidade a prática do surfe é freqüente, fazendo parte da cultura da região. O esporte e sociedade sempre andaram juntos, um reflete o sentido do outro, não podem ousar reflexões separadas. O fenômeno esporte é temporal e topográfico, acontecendo em função do tempo e da região em que está inserido, e a Barra da Tijuca acolhe as características para a prática do surfe. Acredita-se que o surfe existe a mais de 1000 anos e teve seu início na África Ocidental e no Peru. Surgiu com o objetivo de diversão, ficar em pé em um tronco sobre as ondas, ainda não tinha o nome surfe e mais tarde chegou ao Havaí. O surfe sempre foi praticado pelos nativos como uma forma de cerimônia religiosa, cultural e até mesmo social. No final do século XX ganha visibilidade através do crescimento da indústria de vestuário, do patrocínio de atletas, de eventos esportivos, da publicidade, de filmes, de vídeos, da televisão e da mídia de uma forma geral. Entende-se o esporte de aventura relacionado a um conjunto de práticas esportivas que acontecem a partir da interação do sujeito com a natureza, explorando as diversas possibilidades da condição humana, em resposta aos desafios desses ambientes. Desta forma, podemos entender o surfe como um esporte de aventura que faz parte da cultura do carioca. Este

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estudo teve como objetivo identificar as possibilidades do surfe ser desenvolvido no contexto das aulas de Educação Física escolar. A pesquisa possui características descritivas, a população constituiu-se de professores de Educação Física da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e a amostra foi formada por onze professores de Educação Física de nove escolas da Barra da Tijuca. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário, contendo questões fechadas e semi-abertas, analisadas de acordo com a técnica de análise do conteúdo. Os resultados obtidos mostram que, entre os onze professores, dez não utilizam o surfe em suas aulas e somente um recorre ao esporte como uma das atividades para desenvolver os conteúdos da disciplina. As justificativas para a não utilização ficou relacionada a falta de conhecimento sobre o esporte e de material, as questões de segurança na praia, o excesso de alunos nas turmas, a faixa etária, o valor da prancha e a falta de vestiários. Apesar de não trabalharem o surfe em suas aulas, dois professores se manifestaram de forma favorável. Um justificou a importância apresentando a proximidade das escolas em relação ao mar. O segundo começou a refletir sobre a temática e identificou que poderia iniciar esse trabalho usando o banco sueco para execução da movimentação corporal básica do surfe. O único professor que utiliza o esporte em suas aulas relatou usar o tema para a volta à calma, através de uma história, seguida de movimentos básicos do surfe. Conclui-se que, apesar de somente dois professores terem se manifestado de forma positiva e um utilizar o surfe em suas aulas, é possível recorrer a movimentação corporal básica do surfe para o desenvolvimento dos conteúdos das aulas de Educação Física escolar, fazendo a aproximação dos alunos com a cultura que circula na região. Deixamos como sugestão que outras pesquisas sejam desenvolvidas, buscando as múltiplas possibilidades do surfe fazer parte da cultura escolar. Palavras chaves: Surfe, Educação Física Escolar, Esporte de Aventura.

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OS ESPORTES DE AVENTURA NO CONTEXTO ESCOLAR

Julio Vicente da Costa Neto Mestre em Educação Física / Pós-Graduação – UNESA Aurione de Souza Filho Pós-Graduado em Educação Física Escolar: Ênfase em Aventura e Ludicidade / Pós-Graduação - UNESA

Os Esportes de Aventura são modalidades esportivas praticadas na natureza, classificados como aéreos, terrestres e aquáticos.

Quando reinventados

podem diversificar as atividades praticadas nas aulas de Educação Física, contribuindo para o desenvolvimento do tema transversal meio ambiente e pode

funcionar

como

elemento

facilitador

para

a

concretização

da

interdisciplinaridade. O arvorismo, a corrida de orientação, o skate, o trekking e a escalada são os esportes de aventura reinventados com mais freqüência. A Educação Física é uma disciplina que trata pedagogicamente, na escola, do conhecimento da cultura corporal, tendo como objeto de estudo a expressão corporal como linguagem e os temas ou formas da cultura corporal que constituem o seu conteúdo. Assim, o objetivo da pesquisa foi identificar a prática dos esportes de aventura nas escolas dos bairros Catumbi e Santa Teresa. O estudo se justifica na medida em que os esportes de aventura são considerados como um movimento que atrai um grande número de adeptos. Surgem pistas de que o sentido de ocupar o tempo livre se desloca parcialmente para o esporte de aventura, repleto de sentidos lúdicos, que passa a ser uma tendência de vários grupos de diferentes lugares do planeta. Esses aventureiros transgridem os limites possíveis, confiando na sua capacidade de fazer e, por fim, resplandecer de excitação e prazer na sua realização. A escola, por sua vez, deve caminhar de forma paralela com a

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cultura e como os esportes de aventura passam a fazer parte da nossa cultura, apresentam-se adequados para serem desenvolvidos no contexto escolar. A pesquisa é do tipo qualitativo e possui características de pesquisa exploratória e descritiva. O instrumento utilizado foi o questionário, contendo questões fechadas e abertas. A amostra foi formada por 33 profissionais, entre eles, professores de Educação Física, coordenadores pedagógicos e diretores, lotados em 11 escolas do ensino fundamental, dos bairros de Santa Teresa e Catumbi. Os resultados indicaram que a maioria dos entrevistados tem em média dezessete anos de magistério, conhecem alguns dos esportes de aventura, sendo a escalada e o trekking os mais citados e praticados pelos entrevistados. A corrida de orientação, a escalada, o skate e o trekking (trilha), foram considerados adequados para a prática escolar. O Morro da Urca e a Pedra da Gávea foram os locais mencionados para prática destes esportes, uma vez que nestas escolas não há espaço, e também não os utilizam, apesar de acreditarem que podem trazer benefícios para o desenvolvimento do aluno. Concluímos que os esportes de aventura não são praticados nas escolas dos bairros pesquisados, apesar dos professores os conhecerem e acreditarem que podem fazer parte do contexto escolar, auxiliando-os a atingirem os objetivos propostos para o ensino fundamental. Nesse sentido, os esportes de aventura podem ser indicados como atividades para serem reinventadas para as escolas do ensino fundamental, contribuindo para o desenvolvimento dos conteúdos deste segmento da educação básica. Palavras-

chave:

Esportes

de

Aventura,

Contexto

Escolar,

Ensino

fundamental.

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CICLOTURISMO NA ESTRADA REAL DE DIAMANTINA/MG A PARATY/ RJ Gilberto Gomes Oliveira Engenheiro/PUC/MG Ailton Catão Silva Fotógrafo Leonardo Madeira Pereira Mestre em Educação Física/Unileste – MG

Cicloturismo é uma modalidade não competitiva do ciclismo que consiste na prática do turismo de aventura através do uso de uma bicicleta específica, podendo até ser tipo mountain bike. Não possui regras predeterminadas, pode ser considerado desde uma tarde de passeio até uma viagem de dias, meses ou anos. É praticado por pessoas de ambos os sexos, qualquer faixa etária, em zonas urbanas ou rurais, em qualquer estação do ano, de dia ou de noite, sozinho ou em grupo. Estrada Real era o nome dado a qualquer via terrestre do Brasil - Colônia percorrida no processo de povoamento e exploração econômica de seus recursos com o mercado internacional. Nessa perspectiva, reflete o fato de que era o único caminho oficial autorizado para o trânsito de pessoas e mercadorias. A Estrada Real Diamantina/MG a Paraty/RJ era responsável pelo escoamento do ouro de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, e hoje é um roteiro de turismo de aventura muito procurado por ciclistas. A proposta deste estudo é observar a alimentação diária, a percepção subjetiva de esforço e o desempenho dos ciclistas na viagem de cicloturismo pela Estrada Real Diamantina/MG a Paraty/RJ. O método utilizado foi o relatório diário, preenchido em um caderno específico ao final de cada dia de viagem. A amostra foi composta por dois ciclistas, com faixa etária de 40 anos, peso médio de 60 Kg, praticantes de mountain bike há 15 anos. A distância total percorrida foi de 962 Km em 18 dias pedalados, com 3 dias de descanso,

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ocorridos com intervalo de 4 e 5 dias pedalados, durante a primavera, outubro e novembro. A alimentação foi ad libitum, e consistiu de mistura de aveia com gérmen de trigo, levedo, açúcar mascavo e extrato de soja; frutas, preferencialmente banana; sanduíches, basicamente pão e queijo; isotônicos e água. À noite sempre fazia-se ingestão de massas e proteínas. Apenas nos dias de descanso almoçava e jantava-se. A média da percepção subjetiva do esforço nessa atividade foi 14, difícil, variando de 8 a 18, conforme as condições de estradas, de terra ou asfalto, à topografia e altitudes, e às condições climáticas, sol, calor, chuva, frio, vento e umidade do ar. O deslocamento diário variou de 6,5 a 95,33 km, sendo a média de 45,82 km/dia. Iniciou-se um condicionamento e adaptação à bicicleta no sexto dia pedalado, quando foram retirados de equipamentos 5,5 Kg de uma e 19,3 Kg de outra bicicleta. O desempenho melhorou. Um dos ciclistas teve uma queda que afetou levemente o joelho direito, o outro teve dores na nádega direita. No 18º dia pedalado, naturalmente, culminou no que chamou-se de uma consolidação da rotina de atividades, quando sentiram uma completa adaptação às bicicletas, aos tempos de repouso e viagem, e principalmente à alimentação. Então, mesmo com os imprevistos do caminho desconhecido, atingiam a condição de melhor desempenho. A rotina estava equilibrada e dimensionada. No 19º dia ocorreu o maior deslocamento, de 95,33 Km, favorecido também pela boa condição climática, num dia chuvoso e úmido, com temperatura amena em estradas asfaltadas de inclinações suaves apesar de grandes desníveis. O cicloturismo de grande distância leva o corpo e a mente a uma adaptação em fases, sendo grande no metabolismo com alto consumo de alimentos, a adaptação de grupos musculares específicos em movimentos com de longa duração e grandes esforços, exigindo atenção concentrada, reflexo e equilíbrio constante, condição em que se atinge o melhor desempenho. Palavras-chave: Cicloturismo, alimentação e desempenho.

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PROJETO EDUCATIVO ASSOCIADO AO ESPORTE NA NATUREZA NO PARQUE VIEGAS

Igor Santiago de Almeida Pós-graduando – UNESA Drd. Valdo Vieira Mestrado / Graduação – UERJ Universidade Estácio de Sá

A escola é uma importante difusora da cultura corporal de movimento. É fundamental que as aulas de educação física diversifiquem o seu conteúdo, contemplando as novas práticas corporais que surgem cotidianamente, explorando a transversalidade e interdisciplinaridade, vitais em um ensino de qualidade. Dentro das possibilidades oferecidas na contemporaneidade há as relacionadas à Natureza, que se caracterizam por um conjunto de atividades realizadas em ambientes naturais. Este trabalho, caracterizado como um Estudo de Caso com cunho descritivo e exploratório, verificou as possibilidades de se estabelecer um projeto educativo de atividades de aventura na natureza nas escolas localizadas no entorno do Parque Natural Municipal Fazenda do Viegas, em Senador Camará, no Rio de Janeiro. O local possui 8,49 hectares, sendo cercado pelas favelas do Morro do Sossego, Tancredo Neves e Verde é Vida. Importante centro de produção de cana-de-açúcar no século XVIII, através da mão-de-obra escrava e posteriormente, no século XIX, da cultura cafeeira. O declínio e decadência das atividades agrícolas e a crescente urbanização decorrente da implantação de conjuntos habitacionais culminou com a redução do terreno da Fazenda e conseqüentemente de sua área natural. Em 1938 foi tombada pela União, possuindo na atualidade trilhas

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ecológicas, áreas de lazer com brinquedos e equipamentos de ginástica e edificações da antiga Fazenda do Viegas. Com o intuito de se ter uma visão abrangente da questão em estudo diversificou-se a amostra, sendo constituída de 6 professores de educação física pertencentes às escolas da região - em que se utilizou um questionário como instrumento de coleta de dados - os Diretores dessas unidades de ensino e ainda o Administrador do Parque - em que foram aplicadas entrevistas estruturadas. Entre as respostas dos participantes da pesquisa pode-se destacar que os Diretores se mostram favoráveis às aulas extra-muros; os professores conhecem e são favoráveis às práticas esportivas em ambientes naturais, pelas suas potencialidades sócioeducativas; e o Administrador do Parque acredita que a sua utilização pelas escolas pode servir para ajudar na revitalização do local, hoje sujeito a depredações e a mercê do tráfico e consumo de drogas. Considera-se que as atividades esportivas na natureza são propostas pedagógicas fundamentais para o desenvolvimento holístico dos alunos, pelas possibilidades de discussões com temáticas como meio ambiente e sua interação com outras disciplinas como biologia, história e geografia. Neste contexto, um projeto voltado para a educação física escolar dentro do Parque Natural Municipal Fazenda do Viegas é bem vindo, sendo entretanto mister, para se tornarem viáveis, que os profissionais envolvidos se apropriem e a transformem, tendo em vista a realidade onde se encontram. Palavras-chave: escola, natureza, educação física.

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DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DE UM TREINAMENTO EXPERIENCIAL AO AR LIVRE

Leonardo Madeira Pereira Mestre em Educação Física/Unileste – MG Marcelo Faria Passos Graduado em Turismo/FEAD

O treinamento experiencial ao ar livre é um método holístico capaz de dinamizar o aprendizado e unir todos os sentidos humanos na aventura do aprender. Esse sistema de treinamento parte do pressuposto de que é preciso criar situações vivenciais análogas às enfrentadas para alcançar os objetivos de uma determinada empresa, para que, com base nessas vivências os participantes encontrem as respostas comportamentais necessárias. Utiliza-se como ferramenta dinâmicas lúdicas, jogos cooperativos e atividades de aventura com o propósito de realizar um trabalho comportamental e motivacional. O presente estudo consistiu na descrição das atividades de um treinamento realizado em Belo Horizonte/MG. A amostra foi composta de 140 colaboradores de uma empresa do setor médico hospitalar, homens 65 e mulheres 75. O objetivo do treinamento foi quebrar paradigmas, trabalhar em equipe, superar os limites, comunicar-se adequadamente e atingir metas no período estabelecido. Realizou-se circuito com 5 atividades, dentre elas, atividade 1 - Estrela, atividade 2 - Esqui gigante, atividade 3 - Arquipélago, atividade 4 – Aviãozinho, e atividade 5 - Falsa baiana. Para cada atividade haviam 2 (duas) estações idênticas, A e B, com um facilitador. Os participantes foram divididos em 10 grupos de 14 indivíduos cada, 5A e 5B. Em cada estação o tempo de permanência do grupo era de 30 minutos, 20 minutos para realização da atividade e 10 minutos para reflexão. Ao final de cada atividade o

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grupo classificava a atividade num score de 1 a 10, onde 1 representava o não cumprimento do objetivo proposto e 10 o cumprimento do objetivo proposto. Na atividade 1, com objetivo de planejamento, qualidade, coordenação das ações e liderança, o grupo deveria construir com a corda disponível uma estrela de 5 pontas iguais, rigorosamente igual ao modelo fornecido, o score final dos participantes nesta atividade foi 6. Na atividade 2, o objetivo era sinergia de movimentos, garra e motivação, planejamento e liderança, o grupo deveria transportar, em apenas uma viagem, todos os participantes e o material disponível, através da área restrita até o portão de chegada, passando pelo desvio central, o score final dos participantes nesta atividade foi 10. Na atividade 3, cada grupo foi dividido em 3 sub grupos, clientes (4), gerentes (5) e produção (5). Os clientes representam os principais interessados em ver os produtos da empresa pronto, possuem demandas a serem atendidas, mas tem dificuldades de comunicar com clareza os seus desejos. Os gerentes traduzem as demandas do cliente e orientam a produção. O objetivo foi o planejamento, a otimização de recursos e o uso de múltiplas habilidades, a nota geral do grupo nesta atividade foi 10. Na atividade 4 o desafio era comunicar-se, hierarquicamente e em silêncio, utilizando apenas comunicação escrita. O objetivo foi a comunicação clara e compartilhada, a nota geral do grupo nesta atividade foi 10. Na atividade 5 todos deveriam percorrer uma distancia de 10m em uma corda tensionada a 100cm do solo sem utilizar a corda superior como apoio, era permitido se equilibrar apenas na fita de auto segurança. O grupo se posicionou em cima de um espaço delimitado por uma lona 2x3m para receber as orientações do técnico quanto colocação dos equipamentos. A equipe deveria colocar o próprio material e só poderiam se fixar na corda para a travessia com autorização do técnico. Não foi disponibilizado material para todos, sempre havia uma pessoa equipada na corda, uma pronta esperando e outro colocando o equipamento. O objetivo foi o trabalho com recursos

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escassos e todos deveriam transpor a corda, essa foi a meta no intervalo de tempo determinado, o score final da atividade foi 10. Podemos considerar que apenas a atividade da estrela não foi 10 e que todas as outras atividades atingiram o objetivo proposto. Sugerimos que outros trabalhos apresentem a organização do grupo para o treinamento e descrição das atividades realizadas de acordo com o objetivo da empresa. Palavras chave: Treinamento experiencial, dinâmicas lúdicas.

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ATIVIDADES DE AVENTURA E ECOTURISMO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO

Leonardo Madeira Pereira Mestre em Educação Física/Unileste – MG Elisângela Andrade Assis-Madeira Mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento/UPM Órgão Financiador: CAPES

Na atualidade tem sido discutida a temática da inclusão social da pessoa com deficiência nos mais distintos espaços. Diferentes áreas do conhecimento discutem propostas, legislação e aspectos de cidadania para a inclusão de pessoas com deficiência nos diversos segmentos sociais. As atividades físicas, esportivas

ou de lazer têm

valores

tanto físicos

quanto psíquicos,

desenvolvendo as potencialidades residuais desses indivíduos, proporcionando também o bem-estar e a socialização. A despeito de todas as dificuldades que envolvem a realização do lazer da pessoa com deficiência, com a conscientização de todos e o advento das leis dos direitos civis relacionados à deficiência, diversos esforços têm sido feitos para corrigir erros e proporcionar novas soluções. O objetivo da presente pesquisa foi verificar quais as empresas cadastradas na Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura que oferecem serviços para pessoas com deficiência. Foram levantadas empresas no site da associação, todas que operavam na região sudeste do Brasil. Ao todo foram 97 empresas associadas da região sudeste, 13 (13,4%) foram excluídas, dentre essas 7 (7,2%) não tinham site e 6 (6,2%) os sites não foram localizados, as páginas estavam em construção ou ainda páginas com problemas que impediu a coleta de dados. Ficando um total de 84 (100%) sites para serem analisados. Verificou-se em cada site se o

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mesmo ofertava ou mencionava serviços para pessoas com deficiência. De todos os 84 sites pesquisados, somente 7,1% (6 empresas, identificadas no presente trabalho do número 1 ao 6) ofertavam atividades de aventura e ecoturismo para pessoas com deficiência e/ou necessidades especiais e/ou mobilidade reduzida. No site da empresa 1, foi mencionado que os possíveis clientes com alguma deficiência devem notificar a empresa prestadora dos serviços com antecedência para a equipe se preparar para recebê-los, pois essas pessoas podem necessitar de adaptações específicas para as atividades oferecidas, com isso a empresa propicia maior conforto e segurança ao usuário. A empresa também elabora viagens voltadas para essa clientela sob orientação de especialistas. No site da empresa 2, em cada atividade de aventura oferecida há um quadro explicativo, que além de outros itens, contém o item “facilidade para crianças, idosos e pessoas com deficiência”. Nesse item é indicado o tipo de deficiência que a pessoa pode ter para praticar certa atividade. Na empresa 3 é relatado que em nenhuma atividade há restrição física ou de idade, mas há a distinção da programação para pessoas com deficiência, o site descreve ainda que os seus serviços são voltados para a inclusão social e esporte para todos. A empresa 4 referiu em seu site que participou do projeto “Aventureiros Especiais” do Ministério do Turismo e que o hotel que recebe seus clientes para turismo de aventura é adaptado para receber pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida. No site da empresa 5 há um link para Rafting para pessoas com deficiência visual. O site 6 é uma Organização não governamental que visa a inclusão de pessoas com deficiência no turismo de aventura e ecoturismo, proporcionando cursos de capacitação para as empresas se adaptarem para oferecer produtos a essa vasta clientela. Como essa pesquisa não entrou em contato com as empresas, coletou somente o que elas expuseram no site, não podemos, considerar de fato, que somente essas 6 empresas oferecem serviços à pessoa com alguma

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deficiência, lembrando que o objeto de estudo foram os sites das empresas na Internet. Contudo, as empresas que não fazem uso dessa ferramenta para expor seu produto por completo, podem perder clientes em potencial, considerando que hoje a Internet é um dos principais meios de informação e comunicação, consistindo em um grande mercado para corporações que fazem uso da natureza eficiente da publicidade com baixo custo e do comércio eletrônico, sendo uma forma rápida de difundir informação simultaneamente para uma grande quantidade de pessoas. Por mais que a inserção de pessoas com deficiência seja discutida e mesmo existindo leis que visam inserir esses indivíduos na sociedade, muitas especificações ainda não são cumpridas. É um imenso potencial a ser explorado, mas é necessário, além das adaptações e acessibilidade, de pessoal capacitado para lidar com essa clientela ávida por lazer, esporte e aventura. Palavras-chave: pessoas com deficiência, atividades de aventura, ecoturismo.

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A CORRIDA DE ORIENTAÇÃO E O CONTEXTO ESCOLAR

Luiz Felipe Falconeri de Brito Pós-Graduando / Educação Física Escolar: Ênfase em Aventura e Ludicidade UNESA Dra. Eliete Maria Silva Cardozo Pós-Graduação – UNESA / Graduação - UFRJ Ms. Julio Vicente da Costa Neto Pós-Graduação / Graduação – UNESA

Os ambientes naturais estão sendo cada vez mais procurados para a prática de atividades esportivas, sejam elas em prol do lazer ou da melhoria da qualidade de vida, uma das questões da atualidade. Percebe-se uma nítida aproximação do cidadão com os ambientes naturais, utilizando os esportes de aventura e essa é uma tendência da sociedade contemporânea. O esporte de aventura está relacionado a um conjunto de práticas esportivas que acontecem a partir da interação do sujeito com a natureza. A corrida de orientação, por sua vez, considerada como um dos esportes de aventura praticados na cidade do Rio de Janeiro reforça a idéia de aproximação dos cariocas com os ambientes naturais. No Brasil a corrida de orientação teve início na década de 70, no ambiente militar, e nos anos de 1983, 1992 e 2006 foi sede de campeonatos mundiais. Como toda modalidade nova a corrida de orientação desenvolveu-se a partir da dedicação dos praticantes e da iniciativa pioneira de alguns indivíduos. Hoje existem aproximadamente 300.000 praticantes em 27 países sob a orientação da Federação Internacional de Orientação e é crescente o número de participantes, passando a ser uma realidade escolar em alguns países da Europa. Algumas diretrizes apontam para a necessidade de se ampliar e enriquecer as atividades das aulas de Educação Física escolar,

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possibilitando aos alunos conhecerem diversas manifestações da cultura corporal. Os esportes de aventura podem ser considerados como uma dessas manifestações que possuem inúmeras possibilidades de exploração na área educacional, entre elas a corrida de orientação. Sendo assim, o objetivo da pesquisa foi identificar a utilização da corrida de orientação durante as aulas de Educação Física escolar. O estudo possui características descritivas, a população constituiu-se de professores de Educação Física da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e a amostra foi formada por dez professores de Educação Física que ministram aulas do sexto ao nono ano, das escolas da Barra da Tijuca. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário, contendo questões fechadas e semi-abertas, analisadas de acordo com a técnica de análise do conteúdo. Os resultados obtidos indicaram que a maioria dos profissionais de Educação Física não utiliza a corrida de orientação em suas aulas em função de não possuírem material e espaço físico adequados, mas a partir daquele momento passaram a achar a idéia interessante e pretendem utilizar. Um desses informantes, que já havia vivenciado a prática da corrida de orientação no meio militar, mas ainda não havia colocado em prática no seu espaço pedagógico, expôs que essa modalidade esportiva pode ser oferecida sem a utilização de material. Conclui-se que é possível utilizar a corrida de orientação no contexto escolar, é uma atividade que desperta o interesse dos professores e necessita ser mais divulgada entre os docentes. Palavras-chave: Educação Física escolar, Esporte de Aventura, Corrida de Orientação.

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A CONTRIBUIÇÃO DO CAVING NA PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA

Marilda Teixeira Mendes Instituto de Ciências Agrárias/UFMG (ICA/UFMG) Francisco José Andriotti Prada Universidade Católica de Brasília (UCB) Tânia Mara Vieira Sampaio Universidade Católica de Brasília (UCB)

O caving, enquanto atividade prática realizada em caverna, proporciona ao corpo um bem-estar corporal.O presente estudo teve como objetivo analisar a contribuição do caving na melhoria da qualidade de vida dos integrantes do Espeleogrupo Peter Lund - EPL, por meio da relação ser humano/caverna. A justificativa para a realização desse estudo ocorre em função da existência de poucos estudos no Brasil sobre a relação caving e qualidade de vida. A metodologia utilizada foi uma combinação de pesquisa bibliográfica e de campo. Como instrumento de coleta de dados, foram realizadas a observação participante e a entrevista semi-estruturada. Para a análise dos dados, utilizouse a técnica de análise de conteúdo, que possibilitou obter indicadores, os quais contribuíram para a sistematização das seguintes variáveis: significado da caverna; significado do caving; motivos para a prática do caving; relação ser humano/caverna e sentidos corporais presentes no caving. Esses indicadores se vinculam à melhoria da qualidade de vida. Os sujeitos deste estudo foram dez integrantes pertencentes ao EPL, praticantes do caving, de ambos os gêneros, ocupantes de diferentes categorias profissionais, levando-se em conta a representatividade e a acessibilidade. Evidenciou-se que a prática do caving implicou na melhoria da qualidade de vida dos integrantes do EPL, por meio de vários benefícios: sentidos corporais; à existência de um cansaço bom; à paz; à

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tranqüilidade; à harmonia; ao lazer, à sociabilidade; à religião e à emoção, O caving é uma atividade prática de caráter primordialmente sensorial, que promove a interação do praticante com a caverna. Palavras-chave: Caverna; Caving; Qualidade de Vida; Corpo; Natureza.

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ATIVIDADES FÍSICAS DE AVENTURA NA NATUREZA E SUAS POTENCIALIDADES

Michel Binda Beccalli Graduando em Educação Física/ESFA

Vivenciamos um momento histórico em que o termo “sustentabilidade” se torna cada vez mais presente nas mais diversas esferas de discussão. Entretanto, pouco se discute acerca de ações concretas no sentido de garantir essa sustentabilidade no que tange as questões ambientais. O contraste acentuado das recentes modificações climáticas aponta para uma necessidade cada vez maior de preservar o ambiente em que vivemos, utilizando-o de maneira efetivamente sustentável. As conseqüências vivenciadas são fruto de um processo de exploração exacerbada, aliados a uma deficiente conscientização. Portanto, é primordial uma modificação nas estratégias empregadas nesse processo. Tais fatos vão de encontro às constatações de que as relações estabelecidas entre a sociedade e a natureza afetam a qualidade de vida humana e a deterioração dos ecossistemas e do ambiente construído pode ameaçar a continuidade de vida global do planeta. Nessa perspectiva, foi realizada uma pesquisa bibliográfica exploratória e de revisão bibliográfica com o objetivo de apontar as potencialidades das atividades físicas de aventura na natureza (AFAN) enquanto meio educacional voltado para a educação ambiental. Nesse momento, voltamos nossos olhares para as atividades físicas de aventura na natureza (AFAN), destacando suas potencialidades enquanto instrumento de educação ambiental, contribuindo no processo de construção de um conhecimento mais amplo e mais facilmente assimilável, dado seu pragmatismo, criando laços mais estreitos entre ser humano e natureza. Tais laços são de extrema importância para que o ser humano sinta-se parte

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integrante do meio com o

qual interage

direta e/ou

indiretamente,

potencializando o surgimento de ações no sentido de preservar esse meio. As AFAN ainda se destacam enquanto uma possibilidade de vivenciar um ambiente educacional diferenciado, podendo contribuir na formação tanto de conteúdos atitudinais quanto procedimentais. A falta de identificação do ser humano com o meio ambiente é vista como uma conseqüência de uma das sete grandes falhas da educação atual, gerando a falta da compreensão necessária dentro do atual contexto, atentando para a necessidade da construção de uma identificação coletiva e a consciência da existência de um destino comum a todos os seres humanos, levando-se em consideração que a grande inimiga da compreensão é a falta de preocupação em ensiná-la. Portanto, é nesse quadro atual que as atividades de aventura na natureza vêm surgindo como interface frente aos desafios que são colocados na conciliação entre o meio social, a organização da cidade e a proteção da natureza, uma vez que se entende a relação do ser humano com o meio em que vive enquanto algo construído socialmente e perpetuado através de uma cultura. Feitas as devidas considerações, deve-se atentar para o fato de que, no momento em que vivemos, talvez não seja suficiente ver a Educação Ambiental apenas como “mais um tema transversal”. Assim sendo, deve-se parar de buscar justificativas para a não-inclusão efetiva desse tema em qualquer disciplina escolar, em especial, a Educação Física, para que possamos resgatar, quem sabe, a harmonia ser humano-natureza necessária para a perpetuação da espécie humana. Palavras-chave: Atividades físicas de aventura na natureza, Educação Física escolar, Educação Ambiental.

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OS ESPORTES DE AVENTURA NO CONTEXTO ESCOLAR

Ronan Simões Graduado em Educação Física – UFRJ Dra. Eliete Maria Silva Cardozo Pós-Graduação – UNESA/Graduação – UFRJ

Os esportes de aventura fazem parte de um conjunto de esportes considerados como atividades que podem ser reinventadas para o contexto da Educação Física escolar. Os esportes são classificados de diferentes formas, variando de acordo com a opção do autor, e podemos citar como exemplo os esportes de quadra, aquáticos, com raquetes, de inverno, entre outros. De acordo com Tubino (2007) existem 516 esportes catalogados e a partir desta afirmativa podemos levantar a seguinte questão: Qual será o motivo de observarmos a maioria dos professores utilizando somente o voleibol, o futsal, o handebol e o basquetebol? Por outro lado, sabemos que a prática dos esportes de aventura é considerada como rotina em alguns países e podemos citar a Nova Zelândia, Portugal e Inglaterra. Sendo assim, este estudo teve como objetivo identificar se as atividades de aventura são praticadas nas aulas de Educação Física escolar e conhecer o grau de importância das atividades de aventura para o desenvolvimento dos conteúdos da Educação Física escolar. O estudo se justifica na medida em que vai elucidar aos professores de Educação Física escolar a possibilidade de refletir sobre a utilização das atividades de aventura nas suas aulas, mostrando a importância de relacionar o conteúdo a ser desenvolvido com a cultura dos nossos alunos. A pesquisa tem características descritivas, que permitiram identificar conhecimentos e percepções dos professores referentes aos conteúdos das aulas de Educação Física escolar e à inserção das atividades de aventura neste contexto. A amostra foi formada

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por doze professores de Educação Física da Rede Municipal e Privada do Município do Rio de Janeiro e as informações foram obtidas por meio de entrevista semi-estruturada. Os resultados indicaram que a maioria dos professores entrevistados começa a se aproximar das práticas das atividades de aventura e conhecem outras escolas e/ou professores que vem desenvolvendo esses conteúdos com seus alunos. Parece haver um consenso entre a literatura e os professores entrevistados em relação à possibilidade do desenvolvimento de atividades de aventura no contexto escolar. Alguns profissionais da área utilizam estas atividades em suas aulas, publicam suas experiências em seminários voltados para a temática e relatam que os alunos demonstram interesse para a prática das atividades de aventura. Os entrevistados deixaram pistas sobre a necessidade de valorizar, no momento da seleção dos conteúdos, a faixa etária e o nível de desenvolvimento motor dos alunos, mas que essa seleção de conteúdos não fique apenas relacionada às habilidades motoras, que englobe a dimensão conceitual, a atitudinal e a procedimental. Ficou evidente, também, a necessidade das escolas adequarem seus espaços e suas condições materiais, já que o aspecto que mais preocupa aos professores é a questão da estrutura das escolas para a prática das atividades de aventura, da segurança e da disponibilidade de equipamento adequados. Palavras- Chave: Esporte de Aventura, Educação Física Escolar e Conteúdo.

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TEMA TRANSVERSAL MEIO AMBIENTE NA ESCOLA PARA A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Victor Aires Estrella UNESA Dra. Yara Lacerda UNESA/UGF/UCL

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) propõem a aplicação dos temas transversais nas aulas do ensino fundamental como meio de abordar temas emergentes na sociedade contemporânea. Esses assuntos são utilizados por todas as disciplinas. A utilização nas aulas de Educação Física Escolar está vinculada à prática dos professores durante suas experiências com os alunos. Este estudo tem como objetivo identificar a intervenção do professor de Educação Física Escolar valorizando o tema transversal meio ambiente, no sentido de estimular a preservação da natureza. Esta pesquisa é exploratória e descritiva. A população constituiu-se de professores de Educação Física Escolar do ensino fundamental, com uma amostra de quinze sujeitos de ambos os gêneros. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário com treze perguntas abertas e fechadas, validado e aplicado mediante a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, caracterizando a participação voluntária dos entrevistados. O preenchimento do questionário pelos participantes ocorreu entre o período de janeiro e fevereiro do ano de 2009. A interpretação dos dados foi feita à luz da estatística descritiva. O perfil do grupo entrevistado apresentou média aritmética das idades de 32,3 anos, do tempo de formado de 7,6 anos e de permanência no local de trabalho de 4,7 anos. Houve um predomínio do gênero feminino com um percentual de 6% a mais sobre o masculino. A formação acadêmica envolvendo o nível de graduação foi

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de 53%, e o nível de pós-graduação registrou um percentual de 47% dos professores pós-graduados. Todos os entrevistados declararam possuir conhecimento sobre o tema transversal meio ambiente e abordar o assunto em suas aulas. Foram introduzidos a esta temática por meio das informações veiculadas nas faculdades. Ao serem indagados sobre as razões que levam a abordar o tema transversal meio ambiente nas aulas os professores relataram que proporciona aos alunos a reflexão sobre atos que degredam a Terra, estimulando conscientização, conhecimento, esclarecimento de dúvidas e aprendizagem sobre a necessidade da preservação. Pode ser observado, de acordo com as falas dos docentes, que a abordagem do tema transversal meio ambiente na escola contribui para a valorização do meio ambiente, adquirir noções de cuidados, além da aquisição de conhecimentos que minimizam as ações contra a degradação e colaboram com tomada de atitudes favoráveis à preservação. Para eles essas ações aumentam as possibilidades dos alunos se tornarem esclarecidos, responsáveis e conscientes com a questão ambiental. Oferecem a chance de despertar o jovem para as responsabilidades de seus atos contra o ambiente levando-os a respeitar tudo que envolva o meio natural e as estratégias favoráveis à preservação. Conclui-se que o tema transversal meio ambiente na visão do grupo de professores entrevistados é uma poderosa ferramenta na conscientização dos alunos para a preservação ambiental, sendo um meio para se atingir um processo dinâmico de construção de novos valores, atitudes e posturas éticas. Para o grupo a prática dos exercícios físicos pode contribuir para esclarecer questões voltadas ao meio natural, principalmente se associada aos esportes e atividades envolvendo a natureza. Pode estimular os alunos a adquirir hábitos no cotidiano voltados para a preservação dessa natureza vivenciada como forma de lazer. Além disso, os resultados identificados na pesquisa demonstraram que existem interesse e preocupação do docente em relação ao tema. Foi observado que

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os mesmos intervem nas aulas estimulando o aprendizado através da aplicação de textos, pesquisas, debates, excursões, trabalhos e vídeos. Palavras–chave: Educação Física Escolar, Ensino Fundamental, Tema transversal meio ambiente, Preservação ambiental.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL UMA CONTRIBUIÇÃO PARA UM “ECOTURISMO SUSTENTÁVEL”

Walter Araújo Magalhães Júnior Discente do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas Solange Gomes Farias Bacharel em Ciências Biológicas com ênfase em Ecologia Universidade Estadual de Santa Cruz. Departamento de Ciências Biológicas

O ecoturismo é a “atividade que utiliza, de forma “sustentável”, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência

conservacionista

através

da

interpretação

do

ambiente,

promovendo o bem estar das populações envolvidas”. A sustentabilidade da atividade ecoturística depende de três fatores essenciais: a conservação do ambiente visitado seja ele natural ou cultural; a conscientização ambiental do turista,

da

comunidade

receptora

e

das

agências

promotoras; e o

desenvolvimento local e regional integrado. O ecoturismo praticado no Brasil é uma atividade ainda desordenada, impulsionada, quase que exclusivamente, pela oportunidade mercadológica, deixando a rigor, de gerar os benefícios socioeconômicos e ambientais esperados. Nesta atividade devem ser levados em consideração os impactos ambientais e socioeconômicos, através do processo de planejamento, de modo a minimizar os efeitos negativos, reforçando os positivos. Além disso, os projetos a serem implementados devem antes ser submetidos a um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) com elaboração do Relatório de Impactos do Meio Ambiente (RIMA), de modo a assegurar que não serão gerados problemas graves no futuro, alterando os aspectos ambientais do local. Mesmo estando integrados no planejamento e no desenvolvimento do projeto, os impactos têm de ser continuamente

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supervisionados e geridos de modo que sejam detectados e corrigidos com facilidade antes de assumirem proporções graves. Pois quando planejado cuidadosamente, o ecoturismo pode ajudar a conservar a herança cultural e ambiental do local. A Educação ambiental encontra no Ecoturismo um meio de promover a consciência ambiental através das viagens. Cria oportunidades para novas formas criativas de pensar e agir, que garantem uma experiência transformadora, pois oportuniza vivências que vão além do alcance das explicações já que aproxima o ser humano do meio ambiente. A sensibilização do ecoturista incorpora pressupostos para o questionamento de valores e a reformulação de aspectos indesejáveis da vida cotidiana. Com objetivo de investigação de cunho teórico que visa analisar os conceitos e concepções vigentes que norteiam a relação homem/ambiente propondo uma nova idéia de Educação (Ambiental). Esse trabalho teve por base a pesquisa bibliográfica em livros e artigos científicos relacionados à temática. A investigação em pauta levou a consciência da necessidade premente de uma nova concepção da natureza não a entendendo mais como simplesmente matéria prima. O Ecoturismo surge como um projeto alternativo de educação ambiental quando se fundamenta em princípios de sustentabilidade ambiental, econômica e social e contribui para a construção de uma cidadania baseada em princípios éticos. “O desafio da sociedade sustentável é criar novas formas de ser e de estar neste mundo”. A construção de uma cidadania ambiental busca transformar mentalidades baseadas num sentido amplo e renovado e requer a inclusão do ser humano como corresponsável pelas mudanças no planeta. Desta maneira, o

Turismo,

aliado

à

Educação

Ambiental,

pode

desencadear

este

pertencimento quando sensibiliza o cidadão para a busca de mudanças a partir de um “colocar-se” no mundo ativamente e não na espera por mudanças prontas efinalizadas. Na busca de um novo sentido para a Educação Ambiental, o Ecoturismo pode dar um novo signi ficado às viagens. A procura

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por locais preservados, pelo contato com a natureza não se dá somente em virtude do estilo de vida moderno, mas também pode ocorrer como uma prática pedagógica. Da mesma forma, conhecer locais depredados pode ser um fator de sensibilização e instrumento de educação ambiental. Neste cenário inserese um novo ecoturismo que embora defenda a sustentabilidade do ambiente e o desenvolvimento econômico das regiões, entre outros enfoques, deve estar alicerçado nesta Educação (ambiental) proposta. Será essa Educação (Ambiental) o cenário da multiplicação dos conceitos advindos da ética ambiental os quais estreitarão em nossa concepção, a relação ser humano/ambiente a partir da relação ética/ecologia. O ecoturismo estará, então, cumprindo mais do que seus objetivos, seu papel integral tornando-se um forte aliado à mudança sócio-ambiental vigente. Palavras

chave:

Educação

Ambiental,

Ecoturismo,

Desenvolvimento

sustentável.

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FATORES MOTIVACIONAIS DA ADERÊNCIA AO ESPORTE DE AVENTURA EM DETRIMENTO AOS EXERCÍCIOS FÍSICOS TRADICIONAIS

Walter Michel Carreri Universidade Estadual de Londrina (UEL)

A prática de atividade física sistematizada, cada vez mais difundida e assimilada,

vem

proporcionando

melhorias

nos

níveis

de

saúde

e,

consequentemente, na qualidade de vida de seus praticantes. Atividades tradicionais como o futebol praticado por amadores, muitas vezes até em terrenos longe do ideal, é um exemplo da disseminação da prática de exercícios físicos, além disso, observa-se a prática de caminhada em qualquer espaço destinado a esse fim ou mesmo em vias urbanas. Tais atividades físicas vêm perdendo seu espaço para um novo rol de exercícios físicos, ditos esportes de aventura, que proporciona atividade corporal em ambientes não convencionais, levando em conta os esportes tradicionais. Nesse sentido, as atividades de aventura ocupam parte primordial nesta responsabilidade de elevar o nível de atividade física diária de seus adeptos, além de favorecer a integração destes com a natureza. Essas atividades podem ser realizadas através de modalidades como a descida de rapel de obstáculos naturais, como desfiladeiros e cavernas; ou artificiais, como pontes ou prédios. Também em escaladas, corridas rústicas e de aventura em diversos terrenos, como em ruas e avenidas; ou envolvendo áreas naturais em diferentes terrenos, como nas cidades ou em matas. Além dessas, o "rafting", o arborismo e a tirolesa, que vêm sendo proporcionados em grandes cidades por clubes campestres, também ocasionam aos praticantes a opção desse atrativo em meio urbano; entre outras atividades, como pára-quedismo e mergulho. O presente estudo tem por objetivo verificar, junto à literatura pertinente, os reais motivos que

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levam esses praticantes a optarem por tais modalidades esportivas em detrimento aos modelos ditos tradicionais de práticas corporais como futebol, vôlei ou uma simples corrida. Para tanto, foram utilizados artigos científicos na versão impressa e virtual, monografias de conclusões de curso, especialização e mestrado, além de estudos publicados em revistas especializadas na área de turismo, lazer e educação física. Os resultados apontam que, além da procura dos benefícios da prática sistemática de atividade física como a manutenção da saúde, preservação do peso corporal e aumento dos níveis de aptidão física, há uma tendência que revela uma aproximação e valorização do praticante em relação à natureza, motivos pelos quais se observam diminuição do estresse diário, relaxamento, bem-estar e lazer. Assim, percebe-se acentuado aumento na procura por atividades com as características apresentadas, por atenderem, especificamente, às necessidades de seus adeptos no que se diz respeito ao aprimoramento da relação homem-natureza; além de serem consideradas mais eficazes para que os objetivos de melhorar a qualidade de vida sejam alcançados e se tenha a possibilidade de experimentar novos anseios e emoções. Torna-se, dessa forma, bastante interessante aprofundar as reflexões sobre essa temática, a fim de ampliar as discussões e conhecer melhor o potencial do universo focalizado, localizando as características de seus praticantes, sejam elas socioeconômicas, de gênero, ou de nível de aptidão física. Palavras-chave: Esporte de aventura, exercício físico, motivação, natureza.

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TURISMO DE AVENTURA: NORMALIZAÇÃO COMO QUESITO DE SEGURANÇA

Augusto César de Almeida Centro Universitário SENAC – Campus Francisco Matarazzo

Sabemos que o lazer é uma necessidade básica do ser humano, com isso muitas opções são oferecidas pelos diversos meios de comunicação. Para tanto uma dessas opções é o trade turístico que vem se tornando uma busca na tentativa de suprir essa necessidade. Nos países desenvolvidos, as viagens turísticas já consolidaram seu valor socioeconômico que com o passar dos anos, já ficou caracterizado como um “direito ao lazer”. Atualmente a qualidade de uma destinação turística vem sendo avaliada com base na originalidade de suas atrações e no bem estar que elas proporcionam. As atividades que o turismo de aventura proporciona encontra-se em reestruturação no quesito segurança, visto que algumas iniciativas de instituições privadas em parceria com a ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas) e MTur (Ministério do Turismo), encabeçaram uma normalização com as diretrizes que regem uma prática “mais segura e confiável” para a operacionalização dessas atividades. Contudo algumas nomenclaturas foram transcritas para definir as diferentes atividades como: terminologias, competência de pessoal e sistema de gestão da segurança que foram elaboradas na tentativa de padronizar essa forma operacional. De acordo com os estudos feitos pelo Plano Nacional de Turismo, o mercado de turismo de aventura vem crescendo a cada ano, com isso veículos de comunicação desenvolvem trabalhos de divulgação e promoção dessas atividades, visando uma adesão desses praticantes e ampliando a prática desse segmento. Para tais atividades uma operação comercial visa à gestão de qualidade, segurança e vivência para seus turistas,

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sendo que seus procedimentos devem ser claros respeitando o fluxo das ações envolvidas. Como recomendação alguns aspectos são elencados para essas práticas como a definição de horário e dias de visita, levando em conta os aspectos como a sazonalidade, definição numérica dos grupos bem como a indicação mínima e máxima da capacidade do atendimento, estabelecendo canais de comunicação, articulação, organização da rede de serviços, sua oferta e a elaboração do material informativo. O objetivo dessa pesquisa foi investigar o que esta sendo feito ou pensado para as praticas segura X turismo de aventura. Sendo que a metodologia utilizada foi através de uma revisão bibliográfica, buscando seus conceitos e atualidades. Encontramos um crescimento significativo do turismo no Brasil, empresários do segmento de “aventura” reuniram-se ao longo desse processo criando uma associação chamada ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), como conseqüência desencadeou uma normalização em parceria com a ABNT e MTur,

tendo como objetivo proporcionar uma

qualidade de segurança padronizada e aplicável as praticas de atividades ao ar livre. Pensando que toda essa preocupação com a normalização vem trazendo uma forma de trabalho “mais seguro e confiável”. Concluímos que em médio prazo essa norma possa virar uma legislação para este segmento, podendo ocasionar uma obrigatoriedade das empresas, instituições, órgãos públicos e etc para sua operacionalização comercial. Isso para nós seria um grande avanço nacional e uma visibilidade positiva internacional, mesmo assim é necessário que mais pesquisas sejam realizadas in loco para certificar se sua aplicação está sendo seguida e aceita dentro das “operadoras” que desenvolvem esses tipos de atividades de aventura junto à natureza que por ventura não se cadastraram junto a ABETA. Palavras chave: Turismo de aventura, Ecoturismo, Segurança e Mercado do Turismo de Aventura.

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PESSOAS COM DEFÍCIÊNCIA INTELECTUAL: NAVEGAR É (IM)PRECISO

Álan Annibal Schmidt LEL- Laboratório de Estudos do Lazer UNIMEP- Universidade Metodista de Piracicaba NUCORPO- Núcleo de Pesquisa em Corporeidade e Pedagogia do Movimento

Muito se tem falado em atividade física adaptada, suas interfaces com a pedagogia do movimento, com o alto rendimento e em atividades do contexto do lazer, entretanto, poucos estudos direcionam suas observações as relações estabelecidas entre o ambiente, a atividade em si e a pessoa com deficiência intelectual. Assim, essa pesquisa teve como objetivo observar, analisar e compreender as ações corporais das pessoas com deficiência intelectual e suas relações com o ambiente. A pesquisa contabilizou 18 encontros, sendo que, participaram da pesquisa 11 alunos com deficiência intelectual de uma escola de canoagem. Para isso, a metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa, a partir da observação sistemática participante, com o uso do diário de campo. As relações observadas durante a pesquisa foram sustentadas por duas unidades de registros: 1- curiosidade e exploração; 2- assimilações em relação ao ambiente. Em relação a primeira unidade de registro, observamos que os alunos questionavam, constantemente, qual a profundidade da lagoa, se havia peixes no local e, se eram da família das piranhas, por que a água era escura, quais os nomes dos pássaros que sobrevoavam o local, qual era o cheiro que sentiam quando estavam próximos do parque onde ocorriam as aulas e, se as árvores que estavam no parque davam frutos. Por meio dessas observações, acreditamos que essas curiosidades e a busca por novos horizontes provêm, por parte do ser humano que as vivencia, de associações socioculturais da subjetividade de suas vontades e de suas experiências reais

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e imaginárias. Também pudemos constatar as preocupações dos alunos em relação aos perigos que o ambiente apresentava, como por exemplo, a possibilidade de ser mordido por peixes, no caso de piranhas e, também, o risco de se afogarem em virtude da profundidade da lagoa. A segunda unidade de registro, caracterizada como: assimilações em relação ao ambiente revelaram como o entendimento dos fenômenos ocorridos no ambiente pode contribuir para que se possa ir além, superar o cotidiano. Pudemos observar que, a partir do momento que associavam a navegação a seus movimentos, juntamente com a necessidade de se manter em segurança, os alunos puderam compreender como o ambiente se revela a eles próprios e, sobre a importância de se ter condutas pró-ambientais. Sendo assim, concluímos que as observações e dúvidas que surgiram durante esses encontros, mostraram maneiras coerentes de se interpretar e criar conceitos sobre a realidade que os cerca, procurando entender como funcionam e se relacionam tais fenômenos. Também podemos afirmar que a vivência da canoagem em um ambiente natural revelou-nos o que os alunos conseguiram assimilar sobre os conteúdos discutidos

em

relação

a

educação

ambiental.

Os

mesmos

também

conseguiram representar quais poderiam ser as consequências de condutas de destruição do ambiente, ou seja, como aquilo poderia vir a atingi-los posteriormente. Enfim, constatamos que a pessoa com deficiência intelectual, pode participar de atividades de aventura, como no nosso caso, a canoagem, respeitando seus limites e necessidades e, além da mera participação, pode-se criar e desenvolver conceitos relacionados ao ambiente para que esses possam, durante suas vidas, disseminarem a cultura pró-ambiental entre seus pares. Palavras- chave: Deficiência Intelectual, Canoagem, Ambiente.

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ESTIMATIVA DO GASTO ENERGÉTICO DA CAMINHADA EM TRILHA

Alberto Barretto Kruschewsky Universidade Estadual de Santa Cruz(UESC)/PRODEMA/CAPES Joel Mello Berbert de Carvalho PRODEMA/UESC Marisa Viggiano Kruschewsky Bastos Policlínica de Ilhéus Zaira Jacqueline Pinto Loureiro Policlínica de Ilhéus Cristina Setenta Andrade PRODEMA/UESC Luiz Fernando Paulino Ribeiro DCS/UESC

Como a caminhada em trilhas acontece no meio natural, sem controle de uma série de fenômenos ambientais, a necessidade da introdução rápida no mercado de novos percursos, visando atender à crescente procura, compromete a segurança dos usuários. Alguns autores alertam que, embora existam amplas informações para turistas sobre acomodações em hotéis, por exemplo, descrevendo exatamente o que espera essas pessoas, o mesmo não acontece com dados referentes á atividade na trilha propriamente dita. Estes apontam para a necessidade de classificação destas de acordo com o grau de esforço que exigem dos usuários. Tendo em vista a escassez de informações regionais acerca das dificuldades ou esforço necessário à caminhada em trilhas na natureza, o presente trabalho buscou estimar o gasto energético da atividade em trilha interpretativa na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) de Serra do Teimoso, localizada no município de Jussari, região sul da

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Bahia. Para tanto, participaram deste estudo vinte e cinco indivíduos saudáveis de ambos os sexos, sendo 13 do sexo feminino e 12 do sexo masculino (36,88 ± 10,17 anos, 65,13 ± 9,90 Kg, 167,80 ± 6,12 cm de estatura, 21,05 ± 5,72 % de gordura relativa) participaram voluntariamente desse estudo, após assinarem termo de consentimento livre e esclarecido, responderem a anamnese

e

questionário

(Q-PAF),

além

de

serem

submetidos

a

eletrocardiograma em repouso (ECG Digital - Wincardio da Micromed) acompanhado por cardiologista, de forma a excluir quaisquer problemas cardíacos

que

pudessem

interferir

na

coleta

dos

dados.

Tendo

o

comportamento da freqüência cardíaca (FC) continuamente monitorado e gravado para posterior análise (Frequencímetro Polar Electro S-810 e software Polar S-Series Toolkit), o grupo realizou caminhada na referida trilha, com percurso em remanescente de Mata Atlântica preservado, alternando subidas e descidas, além de controle de velocidade entre 3 e 4 km/h realizado através de GPS Garmin 60 CSX operado pelo pesquisador, que determinava o ritmo da atividade. O gasto energético (GE) foi estimado pela equação [GE= gênero x (55,0969 + 0,6309 x freqüência cardíaca + 0,1988 x peso corporal + 0,2017 x idade) + (1- gênero) x (-20,4022 + 0,4422 x freqüência cardíaca – 0,1263 x peso corporal + 0,074 x idade]. Todos os resultados foram expressos em média ± desvio padrão. Como resultado, obteve-se o tempo de percurso de 44,89 ± 0,73 minutos para todo o grupo, com FC média de 109,24 ± 21,35 bpm ou 62,86 ± 13,26 e gasto energético de 447,80 ± 156,28 Kcal. Pelos valores de GE obtidos, a trilha analisada é classificada como muito fácil ou fácil, se considerados procedimentos indicados por autores que levam em conta apenas

suas

características

geográficas.

Apesar

disso,

considerável

variabilidade individual foi observada quanto ao GE estimado na amostra investigada. Considerando que os voluntários caminharam com velocidade

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controlada, tal variabilidade pode ser explicada por diferenças individuais como sexo, idade e, principalmente, comportamento da freqüência cardíaca. Palavras-chave: Caminhada, trilhas, gasto energético.

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(IM) POSSIBILIDADES DE ACESSO AO DIREITO SOCIAL PELA PRÁTICA ESPORTIVA E LÚDICA DO SURFE NO MUNICÍPIO DA SERRA (ES)

Beatriz dos Santos Garcez SESI/ESFA Carlos Nazareno Ferreira Borges UFES Alcyane Marinho UDESC

A presente pesquisa buscou identificar e analisar as potencialidades da implantação de Políticas Públicas (PP’s) que contemplem a prática do surfe pela população do município da Serra localizado no Estado do Espírito Santo. A partir de informações adquiridas por meio do documento Serra Agenda 21 a respeito das características ambientais, sociais, econômicas, políticas e culturais desse município pudemos vislumbrar alguns pressupostos sobre a “vocação territorial”, ou a territorialidade, existente para a prática do surfe nessa região, os quais nortearam esta pesquisa. Além de uma apresentação do município e de sua perceptível familiaridade empírica com o surfe, nos atentamos a verificar e discutir como a população poderá beneficiar-se com possíveis ações da Prefeitura Municipal da Serra (PMS) que referenciem a disponibilização sistemática do surfe considerada como uma subcultura esportiva. Notamos que na Serra/ES é encontrado um território favorável à prática do surfe. Acreditávamos que tal condição atraía uma demanda significativa de praticantes para as praias da região, assim como a realização de eventos importantes da espetacularização dessa prática corporal. Para além da participação como espectadores dos eventos de surfe sediados em seu município, buscamos identificar quais são as possibilidades/potencialidades

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para que a população seja contemplada com PP´s que viabilizem a prática do surfe como atividade esportiva e de Lazer inserida em seu cotidiano. Discutimos a inserção dessas políticas para o Lazer que contemplem o surfe como opção de atividade pelos munícipes da Serra compreendendo-o como um dos direitos sociais garantidos pela constituição de 1988. Entende-se, pois que para que haja uma efetiva consolidação de uma Política Pública é necessário ater-se à concepção de cidadania para que assim se torne vigente a elaboração e implementação de ações que beneficiem a população. Assim, se torna primordial, a participação e organização da população para que se informem as reais necessidades para a consolidação de ações ligadas ao Lazer e ao Esporte. Buscamos viabilizar através de entrevistas com os atores envolvidos na prática sistematizada do surfe – escolas de surfe localizadas na faixa litorânea do município e com o diretor de esporte e Lazer da PMS – as impressões acerca da viabilidade concreta do estabelecimento dessas PP’s de Lazer. Foram encontramos os seguintes resultados que em análise refletem: 1) há uma ratificação do potencial territorial da Serra para a prática do surfe, 2) há concordância entre os atores acerca da legitimação do potencial territorial em termos de demanda, isto é, os sujeitos próprios da prática (surfistas especialistas e simpatizantes) buscam as praias da região; 3) os dados apontam que há iniciativas tímidas do poder público para apoio às atividades relativas ao surfe, sendo que na maioria das vezes, relacionadas aos eventos esportivos (espetáculos), no que diz respeito a atividades com regularidade não há apoio; 4) os dados apontam que todos os atores envolvidos no estudo (diretor de esporte e Lazer e professores), apesar de perceberem o potencial territorial e de demanda, relataram dificuldades de ações relativas ao desenvolvimento do surfe em função da desarticulação entre poder público e os setores da sociedade civil (escolas, associações, etc); 5) muitas das dificuldades alegadas têm empecilhos legais, isto é, não parece haver projetos

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técnicos concretos apresentados para o desenvolvimento de atividades regulares ou não, assim como, as instituições solicitantes não parecem ter constituição jurídica legal para receber benefício do poder público. Contudo, podemos concluir que, apesar da identificação das potencialidades do município da Serra em possibilitar à população a prática do surfe, como opção de Lazer, por meio de políticas concretas – visto que sua vocação territorial é percebida pelos atores sociais e há demanda para tal – ainda são necessárias iniciativas de articulação entre os mesmos que garantam a efetividade dessa atividade no cotidiano social. Palavras chave: surfe, políticas públicas, lazer.

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A SUBUTILIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE AVENTURA EM SANTA TERESA – ES

Carla Rosa Felipe Cátia Rosa Felipe William Carrijo ESFA – Escola Superior São Francisco de Assis

Atualmente as atividades de aventura configuram-se como um dos principais elementos que fortalecem a economia do Estado do Espírito Santo. Observamos o Estado em franco crescimento no que tange ao turismo, em especial ao de aventura, o que pode ser explicado por sua localização geográfica e especificidades de relevo, os quais possibilitam facilidade de deslocamento e acesso, além de uma rica cultura regional, oriunda de várias descendências européias. Mesmo com todo o potencial natural e cultural desse Estado, notamos uma estagnação no que tange as ações para o desenvolvimento dessas atividades em sua região centro-Serrana. Dentre as cidades que compõem tal região, destacamos a cidade de Santa Teresa, a qual possui descendência Italiana e 40 % de sua cobertura vegetal preservada. Por suas características de relevo, a cidade possui um grande potencial para o desenvolvimento de atividades de aventura, o que pode ser incrementado com sua cultura, gastronomia e arquitetura. No entanto, observamos uma subutilização desse potencial, o qual vem se construindo timidamente ao longo da última década, sendo concretizado apenas por ações isoladas fruto de iniciativas privadas sem comprometimento com a cultura local. Diante disso, a presente pesquisa visa apontar e analisar os elementos influenciadores da subutilização do potencial de aventura da cidade de Santa Teresa/ES. Para tanto, estabelecemos como objetivos específicos: a) Tecer considerações

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sócio-históricas sobre a constituição dessas atividades de aventura na cidade de Santa Teresa; b) Analisar o entendimento da comunidade e autoridades da cidade sobre o desenvolvimento das atividades de aventura; c) Verificar impasses, conflitos e contradições presentes no desenvolvimento de tais atividades; d) Verificar a relação das atividades de aventura com as formas de Lazer da comunidade e de seus visitantes; e) Apontar elementos para constituição de novas políticas de turismo, lazer e aventura na cidade, que potencializem o desenvolvimento dessas atividades, levando em consideração a cultura e comunidade local. A presente pesquisa possui natureza qualitativa, sendo seu tipo exploratória com o procedimento de pesquisa de campo. Para os instrumentos de coleta de dados utilizaremos a entrevista semi-estruturada e a observação participante. A amostra será constituída pela comunidade local, autoridades e visitantes. A discussão dos dados será realizada mediante a análise de conteúdos. A pesquisa atualmente encontra-se em fase de construção da discussão teórica e na sistematização dos instrumentos que comporão as entrevistas e as observações. Através da discussão teórica até o momento realizada observamos que a questão ambiental tem despertado novas manifestações formais ou informais de lazer, principalmente no Brasil. Dentre essas manifestações no meio ecoturístico merecem destaque as já citadas atividades de aventura que, relacionadas ao novo turismo ecológico, se caracterizam pela busca de aventura e afastamento dos padrões urbanos rotineiros e estressantes. As atividades de aventura possibilitam um enorme aspecto sociomotriz aos seus praticantes, o qual está muito presente nas atividades motoras, esportivas e de lazer em interação com a natureza, favorecendo, assim o entrosamento e as relações sociais. A partir do ecoturismo, Santa Teresa poderia obter uma nova forma geradora de renda e, ao mesmo tempo, propiciar à população um maior contato com as belezas naturais, as quais até então não são vistas com o valor e a potencialidade que

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tem, e sim como mata sem valor que não gera lucro para a propriedade. As atividades de aventura podem ser apropriadas à estrutura da cidade e o profissional de Educação Física atuar como colaborador ao abrir novos horizontes e ampliar o mercado de trabalho, como também para as questões ambientais. Palavras-Chave: Ecoturismo, Lazer, Economia.

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A REALIDADE E SIGNIFICADO DO ESPORTE DE AVENTURA EM GURUPI – TO

César Augusto Babosa Lima Valmir Fernandes de Lira João Bartholomeu Neto Centro Universitário UNIRG – Gurupi – TO

O esporte de aventura tem se popularizado nas ultimas duas décadas, com um crescente número de praticantes, assim como a diversificação e divulgação de novas modalidades “radicais”. O esporte de aventura possui uma relação próxima à natureza, com utilização de materiais de segurança obrigatórios, assim como princípios de respeito e preservação da natureza. Dessa forma, o objetivo do presente estudo buscou compreender a realidade e significado do esporte de aventura no município de Gurupi-TO, sendo que o mesmo possui potencial para esportes de aventura e esportes de natureza. O estudo desenvolveu-se metodologicamente por meio de uma pesquisa exploratória, utilizando como instrumento para a coleta de dados um questionário semiestruturado e aplicado a uma amostra de 20 praticantes de esportes de aventura na natureza. Dentre as características dos praticantes, ressaltamos que todos são do sexo masculino, com tempo de prática em contato com a natureza de 8 meses a 22 anos e faixa etária entre 18 e 40 anos. As modalidades estudadas foram o Enduro de Moto, Enduro de Jeep, Montain Bike e Down Hill. Os dados coletados foram analisados descritivamente, utilizando-se a técnica de Análise de Conteúdo Temático e indicam um grande número de participantes divididos em 4 esportes. Os entrevistados relataram por meio do questionário que buscaram o esporte de aventura devido: (58%) falta de incentivo a esportes convencionais, (14%) procuram maior contato com

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a natureza, (12%) amor ao esporte que pratica, (11%) aliviar o estresse do diaa-dia, (5%) pela “adrenalina” durante a prática. Os entrevistados (85%) ainda relataram que Gurupi pode ser mais bem explorada para esportes de aventura, por meio de ações simples como divulgação, incentivo e maior informação. Quando questionados sobre se o esporte praticado é de baixo ou alto custo, observamos que não houve nenhuma resposta baixo custo, sendo que os mesmos responderam custo médio, médio-alto e altíssimo. A mountain bike e down Hill são mais acessíveis em comparação a enduro de motos e o enduro de Jeep é o mais dispendioso. Pode-se observar ainda uma diferença significativa nos equipamentos dos praticantes devido ao alto valor dos mesmos. Assim alguns esportistas utilizam materiais acessórios alternativos adaptados para reduzir gastos e ainda continuar a prática e manter o contato com o grupo. Apesar da pesquisa não investigar o desenvolvimento do esporte de aventura em Gurupi-TO, podemos observar que há uma tendência ao crescimento, pois o mesmo ainda é pouco explorado na região e a cidade possui muitas características positivas e potencial natural para explorar diversos esportes de aventura. Devido à baixa divulgação e participação em esportes de aventura no município, sugerimos um contato mais próximo dos organizadores e praticantes com instituições públicas e privadas e uma parceria com as instituições de ensino médio e superior. Dentre as instituições de ensino, destacamos o curso de Educação Física que pode ser um ambiente de discussão, divulgação, participação e organização de eventos de esporte de aventura. Atentamos ainda que os iniciantes ao esporte de aventura deve ser ensinado princípios e valores de respeito e preservação da natureza, assim como consciência de segurança e conhecimento dos benefícios da prática da modalidade escolhida. Palavras – Chave: Esportes de Aventura, Lazer, Natureza.

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ACESSIBILIDADE NO TURISMO DE AVENTURA DO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU

Cláudio Alexandre de Souza Deise Cristina da Silva Nadia Michele Neitzel Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE

O presente trabalho tem como tema principal a acessibilidade de pessoas com necessidades especiais (cadeirantes) ao turismo de aventura, especificamente nas estruturas de receptivo dos atrativos turísticos de turismo de aventura do Parque Nacional do Iguaçu. Decidiu-se abordar este tema, pois, sabe-se que cerca de 25 milhões de pessoas no Brasil possui algum tipo de necessidade especial, e destes, somente 4% tem acesso a serviços especiais. Os cadeirantes são um publico em crescimento no ramo turístico e grande parte destes viaja mais de uma vez ao ano e a maior dificuldade encontrada é a falta de infra-estrutura adaptada para atender a necessidade dos mesmos. Sendo assim, o objetivo deste estudo analisar as condições de acessibilidade das estruturas de receptivo dos atrativos turísticos de turismo de aventura do Parque Nacional do Iguaçu para as pessoas portadoras de necessidades especiais (cadeirantes). Sabe-se que com esta iniciativa, os atrativos turísticos de turismo de aventura do Parque Nacional do Iguaçu só terão a ganhar com os possíveis resultados desta pesquisa, pois poderão servir, no aspecto comercial, como uma possível ferramenta de marketing visando atrair mais turistas e sendo o turismo de aventura uma atividade que propicia a sensação de liberdade e permite que seus praticantes, inclusive as pessoas com necessidades especiais superem seus limites, esta iniciativa visa a inclusão social nos mais diferentes segmentos e/ou tipologias de turismo, inclusive o de

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aventura. A Metodologia utilizada possui caráter exploratório, qualitativa e quantitativa

utilizando

pesquisa

bibliográfica e

observação direta. Os

instrumentos de pesquisa foram baseados no Manual de recepção e acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a empreendimentos e equipamentos turísticos. Os mesmos foram aplicados in loco, sendo o universo da pesquisa as estruturas de receptivo dos atrativos turísticos de turismo de aventura do Parque, mais especificamente a Trilha do Poço Preto e a Trilha das

Bananeiras,

ambas

administradas

pela

concessionária

Macuco

Ecoaventura. Os objetivos dos autores referentes a este trabalho forma atingidos em parte, visto que algumas limitações impediram a realização da pesquisa em algumas das estruturas de receptivo dos atrativos de turismo de aventura do Parque Nacional do Iguaçu, porém os resultados alcançados demonstram que ambas as trilhas não estão conforme as normas da ABNT e o Manual de recepção e acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a empreendimentos e equipamentos turísticos. As estruturas de receptivo desta trilhas podem receber as adaptações necessárias, as quais o Manual acima citado descreve, porém alguns fatores naturais tornam-se obstáculos nesta busca de adaptação destes atrativos. Sabendo-se que as pessoas com necessidades especiais – cadeirantes sofrem com a falta de acessibilidade na infra-estrutura em geral, inclusive nos empreendimentos turísticos, percebeu-se que a adaptação destas estruturas de receptivo dos atrativos favoreceria estes turistas, bem como a própria empresa, visando o bem-estar e a inclusão social desta parcela da população, e ainda a divulgação do atrativo. Por fim, acreditase que este estudo serve de referencia para trabalhos futuros, além de significar, dentro de suas limitações, uma contribuição aos estudos da academia sobre este tema. Palavras-chaves: Acessibilidade, Turismo de Aventura, Cadeirantes.

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PROGRAMA ESFA PORTAS ABERTAS: CONTRIBUIÇÕES PEDAGÓGICAS

Graduanda Graciele Cecília Kippert ESFA/PIC Especialista Pollyana Hoffmann Gums ESFA Mestre Andreia Silva ESFA

A inserção das Práticas Corporais de Aventura na Natureza (PCAN’s) no espaço escolar é atualmente foco de vários estudos, os quais em sua maioria visam ressaltar suas várias possibilidades pedagógicas, sendo tais práticas promissoras no espaço educacional.

Tal apropriação enquanto forma

pedagógica pode assumir um caráter inter e transdisciplinar, que contribui na construção do conhecimento mais amplo e assimilável, criando laços mais estreitos entre o ser humano e natureza. Essas práticas possuem um importante papel na Educação Física Escolar, pois desenvolve dentro da disciplina, a participação ativa dos alunos nas atividades, atua colaborando com o fim das limitações e o desenvolvimento dos alunos; como: superação de barreiras, medos, adrenalina, desenvolvimento da motricidade, interação entre os alunos, conscientização a preservação do meio ambiente, entre outros. Embora possua todas essas possibilidades e várias formas de abordagem, observamos que as PCAN’s, são pouco desenvolvidas nas aulas escolares de Educação Física. Podendo ser vários os fatores que dificultam essa apropriação, como por exemplo, falta de conhecimento do professor sobre esse conteúdo, falta de equipamentos específicos para a prática, a questão do risco implícita a elas, dentre outros. No entanto, observamos algumas iniciativas louváveis em relação à inserção das PCAN’s no espaço escolar, dentre elas

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destacamos o Programa ESFA Portas Abertas desenvolvido pelo Núcleo Universitário de Ar Livre (NUAr) da Escola Superior São Francisco de Assis (ESFA). Esse programa tem por ano cerca de 2.500 participantes atendidos, sendo seu objetivo principal proporcionar aos/as alunos/as da rede pública e privada da região centro-serrana do Espírito Santo, vivências em atividades físicas de lazer ao ar livre e visitações/aulas nos laboratórios de química, anatomia humana, microbiologia, ecologia e fisiologia da Instituição, com o intuito de possibilitar atividades que venham a melhorar o processo educativo dessas escolas e o auto-conhecimento desses/as alunos/as. Se a inserção das PCAN’s faz-se de maneira promissora nesse programa, somos levados a questionar quais os caminhos podem ser seguidos para consolidação de tais práticas como conteúdo no espaço escolar. Diante disso a problemática norteadora da pesquisa constitui-se no seguinte questionamento: Como podemos inserir as PCAN’s nas aulas de Educação Física Escolar em uma perspectiva pedagógica, através das contribuições do Programa ESFA Portas Abertas? Para tanto o objetivo geral visa refletir sobre a inserção das PCAN’s no âmbito escolar em uma perspectiva pedagógica, utilizando como parâmetro o Programa ESFA Portas Abertas. E, como objetivos específicos tecer considerações sócio-históricas das PCAN’s e sua relação pedagógica com a Educação Física Escolar; verificar o entendimento dos grupos participantes sobre as PCAN’s; refletir e analisar sobre a inserção das PCAN’s na escola por meio do Projeto ESFA Portas Abertas; analisar os avanços, limitações e contradições presentes nessa inserção. Para tanto, nossa pesquisa possui característica qualitativa, sendo do tipo exploratória, uma vez que visa proporcionar maior familiaridade com o problema. Possui também um caráter explicativo, pois busca o aprofundamento do problema e o conhecimento da realidade, nos possibilitando identificar os fatores relevantes que estejam explicando as possibilidades e limitações sobre a inserção das PCAN’s no

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âmbito escolar. Quanto aos procedimentos caracteriza-se como pesquisa de campo, pois nossa coleta de dados será realizada com envolvimento dos pesquisadores no desenvolvimento das atividades do grupo estudado, participantes do Projeto. Os instrumentos utilizados na pesquisa serão a observação participante e a entrevista. A observação participante possibilita um contato direto com as escolas que participaram da pesquisa, onde será permitido acompanhar de perto algumas experiências vivenciadas pelos sujeitos da pesquisa e, para não interpretar o método de observação com uma observação pessoal ou distorcida, também será utilizado anotações detalhadas e organizadas para fazer validar as nossas observações. A entrevista semiestruturada será utilizada, por permitir maior liberdade de respostas para os nossos entrevistados, realizada com total autorização dos mesmos, por meio de gravação direta utilizando um MP4 e um computador para as transcrições. Os sujeitos entrevistados de nossa pesquisa serão as Escolas participantes do Programa, enfatizando, a princípio, os meses de Agosto a Outubro de 2009. A análise de dados utilizada será a Análise de Conteúdo – Modalidade Temática. Posteriormente, faremos uma articulação dos dados obtidos com o referencial bibliográfico do trabalho. Atualmente a pesquisa encontra-se em fase de delimitação da base teórica e conceitual e na estruturação do roteiro de observação. Palavras chave: PCAN’s, Escola, Educação Física, Educação.

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PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA E EDUCAÇÃO FÍSICA: CONTEÚDO OU MODISMO?

Graduanda Geisy Karla Hylário ESFA/PIC Especialista Pollyana Hoffmann Gums ESFA Mestre Andreia Silva ESFA

A proposta do presente estudo teve início, ainda a partir vivência e reflexão das práticas Corporais de Aventura na Natureza – PCAN’s, no 1º período de Educação Física, na disciplina de Práxis dos Esportes de Aventura na Escola Superior São Francisco de Assis (ESFA). Posteriormente, com a criação do Núcleo Universitário ao Ar Livre (NUAr), em março de 2004, nos tornamos monitores do mesmo, participando de vários programas e eventos em tais atividades, o que nos propiciou além de conhecimentos específicos, questionamentos sobre a construção histórica e entendimento dessas atividades como conteúdo da Cultura Corporal do Movimento dentro de nossa área de atuação: a Educação Física Escolar. Tais práticas estão se manifestando no contexto atual como prática de lazer e/ou esportiva tais como surf, tirolesa, rapel, escalada, trekking, dentre outros. Essas práticas possuem uma construção histórica, com significados e sentidos próprios, as quais vem se manifestando na sociedade contemporânea, revelando relações e influências sócio-culturais. Além disso, não podemos deixar de destacar sua forte possibilidade pedagógica, o que pode contribuir na formação do indivíduo e na sua prática social. Pretendemos, a partir daí, realizar uma discussão e reflexão acerca da problemática envolvendo as PCAN’s, em especial as de

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ambiente terrestre, como conteúdo pedagógico nas aulas de Educação Física Escolar. Esta questão foi delimitada a partir da seguinte pergunta: As PCAN’s podem ser consideradas como um conteúdo pedagógico a ser desenvolvido no contexto da Educação física? Temos estudado que a instituição escolar existe desde os primórdios e é compreendida ao longo do tempo como espaço para o ato educativo com intuito de contribuir com a formação do indivíduo. Assim, pretendemos refletir sobre as PCAN’s que podem ser trabalhados na disciplina de Educação Física, uma vez que faz parte deste componente curricular, tratar das práticas corporais culturalmente construídas pelo ser humano ao longo de sua existência. Dentre essas novas possibilidades de conteúdo destacamos o trekking que, possui potenciais características educacionais. Para tanto, estabelecemos como objetivo geral analisar as possibilidades de inserção das práticas corporais de aventura na natureza, caracterizando-o como um conteúdo a ser explorado pelos professores de Educação Física Escolar. E, como objetivos específicos, tecer considerações sócio-histórica da construção dessas práticas em relação com os conteúdos da Educação Física Escolar; verificar e analisar as possibilidades educacionais da PCAN’s; caracterizandoas como conteúdo da Educação Física escolar; repensar a prática pedagógica a partir do contexto das aulas de Educação Física através das PCAN’s. A pesquisa caracteriza-se como qualitativa e visando respostas aos nossos questionamentos, num primeiro momento optamos em realizar uma pesquisa do tipo exploratória e descritiva, com a finalidade de estar com um maior contato com o tema em questão e descrever ainda, a população estudada, focando as PCAN’s como conteúdo nas aulas de Educação Física Escolar. Objetivamos com a escolha desse tipo de pesquisa aumentar o grau de familiaridade com fenômeno, buscando entender as razões e motivações subentendidas para determinadas atitudes e comportamentos, promovendo uma compreensão mais ampla do tema. O procedimento adotado será o

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estudo de caso, pois através deste, tentaremos obter respostas dos acontecimentos hodiernos nos quais temos pouca informação. Importante ressaltar que, no âmbito educativo, o estudo de caso pode ser definido como um processo que tenta descrever e analisar algo em termos complexos e compreensivos, que se desenvolve durante um período de tempo”. Desta forma uma proposta pedagógica das PCAN’s na escola, torna-se um objeto de estudo importante no qual se cria a possibilidade de inserção de novas atividades nas aulas de Educação Física. Os instrumentos utilizados serão a entrevista semiestruturada, a observação não-participante e o diário de campo. A amostra será composta pelos docentes, diretores e discentes das escolas de Ensino Fundamental e Médio, municipais e particulares, da cidade de Santa Teresa/ES. Para análise de nossos dados utilizaremos a Análise de Conteúdo a qual consiste na análise e tratamento de dados qualitativos que buscam a compreensão de sentido que se dá na comunicação e, para tanto, leva em extrema consideração o contexto histórico social no qual o indivíduo e os fenômenos estudados se inserem, buscando uma junção interpretativa entre as ciências sociais e a filosofia como forma de aprofundamento e entendimento das forças que movem o homem em suas relações com o meio. Faremos uma intersecção dos dados obtidos, comparando com o referencial bibliográfico do trabalho. Atualmente a pesquisa encontra-se em fase de delimitação da base teórica e conceitual e na estruturação do roteiro de observação. Palavras-chave: PCAN’s, Educação Física, Conteúdos.

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ESTRUTURA DAS ATIVIDADES DE AVENTURA SOB A ÓTICA DE UNIVERSITÁRIOS

Cristiane Naomi Kawaguti Danilo Roberto Pereira Santiago Giselle H. Tavares Norma Ornelas Montebugnoli Catib LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER/UNESP – Rio Claro

As atividades de aventura na natureza são realizadas pelo ser humano desde os primórdios de sua existência. Inicialmente, essas práticas ocorriam principalmente para a sua subsistência (caça, fuga de inimigos, etc.). Atualmente, com o avanço das tecnologias e o estilo de vida urbano, é cada vez mais crescente a procura por tais vivências no contexto do lazer, na tentativa de passar momentos prazerosos e emocionantes junto à natureza. Por isso, torna-se necessário a sistematização dessas atividades por meio das empresas que oferecem os mais variados serviços. Essas atividades podem ser consideras de risco, já que são feitas ao ar livre em contato com estruturas naturais das quais não se pode ter controle (rios, cachoeiras, ventos, penhascos, etc.), nesse sentido julga-se necessário certos cuidados para minimizar os riscos, com base em estruturas que ofereçam o máximo de segurança ao praticante (equipamentos adequados e instrutores qualificados). Desta forma, o objetivo do presente estudo foi verificar a opinião de universitários que vivenciaram essas atividades, sobre a estrutura geral de um local onde algumas dessas atividades de aventura na natureza são realizadas. Para tanto, essa pesquisa de natureza qualitativa, foi realizada por meio de uma entrevista a uma amostra composta por 46 estudantes do segundo ano do curso de Educação Física da Universidade Estadual Paulista – Campus de Rio

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Claro, de ambos os sexos, com idades entre 18 e 22 anos, os quais vivenciaram tais atividades durante uma excursão didática de uma disciplina do curso em questão. A excursão teve como destino a cidade de Brotas, município do interior do estado de São Paulo, famosa por seus rios e cachoeiras. O roteiro seguido pela turma foi: passeio por um sítio local, que possui quatro cachoeiras, duas das quais têm difícil acesso, visita ao centro da cidade (para alimentação) e finalização com o bóia-cross (07 km de descida em bóias individuais, no Rio Jacaré-Pepira, com duração de aproximadamente 2 horas, passando por corredeiras de classe I e II - nível de dificuldade). Os relatos dos alunos apontaram que o sítio visitado não tem uma estrutura física muito adequada, como era esperado, tendo em vista que o local é considerado um pólo internacional de atividades de aventura no Brasil. Os alunos também citaram a má conservação de alguns itens importantes nas trilhas, como por exemplo, escadas e corrimãos para as cachoeiras de difícil acesso e altura inadequada dos degraus (alguns alunos relataram até que deixaram de ir em alguns locais por medo de cair, principalmente os do sexo feminino). Na visita ao centro da cidade, apontaram não encontrar muitas opções para alimentação, alguns estabelecimentos até fechados. Já na atividade de bóiacross, os participantes apontaram a inadequação das bóias utilizadas (todas do mesmo tamanho, sem fazer distinção em relação ao porte de cada pessoa a utilizar o equipamento). Por outro lado, elogiaram a hospitalidade local e o trabalho da equipe de profissionais envolvidos nas atividades, por intermédio da boa comunicação para as instruções e, principalmente, no auxílio à descida do rio durante a atividade bóia-cross, aspecto que ofereceu um sentimento de segurança para os participantes. Portanto, com base nos resultados do estudo, o

local parece

não

oferecer uma

estrutura física

muito adequada,

principalmente quando se pensa no atendimento às mais variadas populações (crianças e idosos). No entanto, uma boa equipe de profissionais parece

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superar tais deficiências, já que, mesmo com os problemas apontados, a cidade recebe um grande número de visitantes para a vivência das atividades de aventura. Sugere-se, neste sentido, que outros estudos sejam realizados em outras empresas e locais que ofereçam esse tipo de atividade e devidamente disseminados para todos os envolvidos, tendo em vista que este é um mercado em crescente expansão nos últimos anos e, dessa forma, tornase premente a devida atenção, principalmente no que diz respeito à segurança dos participantes. Palavras-chave: Atividades de aventura, estrutura, segurança.

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ESPORTES NA NATUREZA COMO DISCIPLINA DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA Danilo Roberto Pereira Santiago1 Alexander Klein Tahara1,2 Cristiane Naomi Kawaguti1 Giselle H. Tavares1 1

LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER/UNESP – Rio Claro/SP 2

Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC – Ilhéus/BA

A temática referente à prática de atividades de aventura em contato com a natureza vem consolidando-se junto à comunidade científica, especialmente no campo de estudo da Educação Física, sendo que algumas instituições de ensino superior já possuem disciplinas com tal temática dentro de suas grades curriculares, mas esta, não é uma disciplina comum em todos os cursos no país, talvez, pelo fato de não se ter ainda com clareza o conhecimento sobre a importância desta na formação docente nesta área, o que motivou o interesse deste estudo, no sentido de perscrutar sobre o modo como ela está sendo avaliada, na perspectiva de graduandos. O objetivo desta pesquisa, de natureza qualitativa, foi perceber a visão de discentes do Curso de Licenciatura em Educação Física da UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus/BA, acerca da importância da disciplina Metodologia de Ensino dos Esportes na Natureza para sua formação e futura ação profissional. O instrumento utilizado para coleta de dados foi um questionário aberto aplicado a 47 sujeitos, de ambos os sexos, faixa-etária de 19 a 41 anos, sendo todos discentes da UESC que já cursaram tal disciplina. Os dados foram analisados descritivamente, por meio da técnica de Análise de Conteúdo Temático e

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indicam que 25 alunos acreditam que seja muito importante discutir dentro do curso e aprender sobre estas modalidades, que só há pouco tempo passaram a ser focalizadas mais frequentemente, além destes, 14 graduandos realçam a importância pelo fato de que tais modalidades, por serem praticadas em contato direto com a natureza, possibilitam um (re)pensar mais constante sobre assuntos ligados à educação ambiental. No que tange à futura ação profissional, 21 discentes vêem chances de inserir em seus âmbitos de trabalho na área da Educação Física esta temática dos Esportes na Natureza, levando seus clientes à diversificação de experiências com estas possibilidades de práticas. Pelo fato da região cacaueira possuir boas condições naturais para as vivências, 15 alunos percebem maneiras bem viáveis para implantar as atividades de aventura e o contato com o meio natural facilmente em suas futuras propostas e planos de aula, valorizando e cuidando da região onde moram. Pelo exposto, percebe-se que uma disciplina que trata da relação ser humano-natureza pode ser enriquecedora para alunos do curso de Educação Física, já que favorece o despertar para assuntos importantes, como a educação ambiental e a vivência de novas experiências baseadas nas atividades de aventura, bem como pode enriquecer e ajudá-los em seus trabalhos futuros na referida área. Palavras-chave: Disciplina Curricular, Esportes na Natureza, Discentes, Educação Física.

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O (DES)COMPROMISSO NAS PRÁTICAS CORPORAIS DE RISCO: LAZER OU COMPETIÇÃO?

Denis Terezani GPL – Grupo de Pesquisa em Lazer UNIMEP – Universidade Metodista de Piracicaba Álan Annibal Schmidt LEL- Laboratório de Estudos do Lazer UNIMEP- Universidade Metodista de Piracicaba NUCORPO- Núcleo de Pesquisa em Corporeidade e Pedagogia do Movimento

A busca pela aventura expressa-se no final do século XX e início do século XXI de uma maneira simbólica, representada por atividades que se vinculam ao radicalismo, em que as mais variadas modalidades nos três planos físicos – terra, água, e ar - exprimem sensações de desafios na superação dos próprios limites humanos, interagindo seja com a natureza ou com o espaço urbano, exigindo total interação entre praticante e espaço a ser praticado. Dessa forma, os objetivos buscam analisar as práticas corporais de risco enquanto práticas de lazer, como também sua crescente esportivização. O estudo apresenta uma abordagem qualitativa, respaldado na revisão de literatura. Para tanto, alguns autores se debruçaram nas últimas décadas do século XX e início do século XXI para compreender essa busca pela aventura, a vertigem, ou o envolvimento do ser humano com as atividades vinculadas ao meio ambiente natural. Contudo, o cenário esportivo, foi impulsionado por uma primeira tendência de trazer o esporte para o interior, para o espaço fechado e coberto, evidenciado por exemplo pelo desenvolvimento dos esportes de quadra e em piscinas ao longo do século XX, em contraposição, é hoje marcado por uma segunda tendência, de levá-lo para o exterior, seja no ambiente urbano, como

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é o caso do skate, ou para a natureza, como o rafting, o trekking, o paraquedismo, entre outros. Fato este, evidenciado pelas crescentes práticas corporais de risco que devolvem, restauram e recriam as sensações de desafios, envolvendo aprendizado em meio ao ambiente natural ou urbano, tendo como principais focos durante seu surgimento o divertimento, a recreação e o entretenimento, propiciados pelo lazer. Por outro lado, muitas dessas atividades começam a transpor as simples vivências repentinas de final de semana, ao incorporarem elementos já difundidos em modalidades consideradas tradicionais, como a sistematização do treinamento (técnico, tático,

físico

e

psicológico),

hipercompetitividade

entre

os

a

competitividade

praticantes,

a

ou

até

constituição

mesmo de

a

órgãos

administrativos regendo a institucionalização de regulamentos oficiais, a propagação de empresas especializadas na projeção de equipamentos que contribuem diretamente para a performance dos praticantes. Em contrapartida, olhares críticos são lançados à clara esportivização que vem acontecendo no decorrer da última década, relacionados a essas práticas corporais de risco, caracterizadas pela hipervalorização do elemento competitivo, desmistificando a vertente principal dessa prática de caráter lúdico e recreativo, tornando-a mais uma prática esportiva de competição tradicional. Caminhando ao encontro das críticas supracitadas, uma pesquisa realizada pela Webventure no ano de 2001 verificou que de uma amostra de 689 pessoas vinculadas às práticas corporais

de

risco,

16%

se

caracterizavam

como

competidores(as)

profissionais. Entretanto, acredito que as práticas corporais de risco são incorporadas repentinamente por seus praticantes, num primeiro momento pela busca da auto-superação e posteriormente em relação à superação dos demais adversários, manifestando-se no confronto de performances. Por fim, atribuo algumas considerações na qual as práticas corporais de risco surgiram com reais intenções descompromissadas, ou seja, alicerçadas pela livre

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adesão em prol do divertimento, mas, atualmente, as mesmas atividades começam a incorporar componentes ligados à competitividade, valorizando a performance individual ou da equipe, fato ocorrido pela especialização de atletas que praticam tais atividades regularmente, promovendo transformações culturais cuja profundidade ainda não se compreende inteiramente. Palavras-chave: Práticas Corporais de Risco, Competição Esportiva e Lazer.

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A COMPLEXIDADE DA AVALIAÇÃO DOS RISCOS NA ESCALADA EM ROCHA

Dimitri Wuo Pereira Universidade Nove de Julho

A escalada é uma modalidade complexa, envolvendo vários aspectos dentro de uma mesma prática esportiva. Ela ocorre em ambientes construídos e na natureza, nessa segunda opção há a escalada em rocha com alturas que variam de 2 a 1000 metros e a escalada em gelo que pode ocorrer em cascatas ou montanhas com ar rarefeito a mais de 4000 metros de altitude. Destacam-se também os movimentos realizados que envolvem todos os segmentos corporais e requerem a resolução de problemas. A preservação da natureza está no âmago da escalada, pois sua ética é de não destruir seu próprio local de lazer. Finalmente o risco inerente de quedas pode gerar lesão ou até a morte, o que levou ao desenvolvimento de técnicas e equipamentos sofisticados para domesticar o mundo selvagem. Essas técnicas verticais envolvem descer e subir por cordas, segurar o companheiro, ancorar-se a proteções na rocha, confeccionar nós etc. Essas características somadas à construção de uma cultura do montanhismo forjam o espírito do escalador pela convivência com a incerteza e o desafio que a ascensão proporciona. Isso nos leva ao objetivo de investigar os critérios de análise de risco objetivos e subjetivos que o escalador deve ter para uma prática segura. Baseamo-nos na epistemologia qualitativa utilizando como instrumento um questionário com perguntas semi estruturadas e uma conversação com quatro sujeitos que escalaram duas vias com 150 metros de altura no complexo do Baú, interior de São Paulo. Os sujeitos 1 e 2 escalaram a via Peter Pan (4º IV sup) e os sujeitos 3 e 4 subiram a Lixeiros (3º V). Essas rotas gastam 3 horas para

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completá-las com exposição ao risco de quedas potenciais de mais de 15 metros pela distância entre as proteções. Nas respostas sobre os perigos obtivemos: a exposição à altura (1); a queda, o tempo de escalada; a possibilidade de chuva, a dificuldade do rapel em determinados pontos (2); a distância e a dificuldade de achar as proteções (3); desprendimento de lacas (4). Nas situações consideradas arriscadas durante a prática temos: desconforto de ficar na parada (1); queda durante a guiada e dificuldade de comunicação (2); distância e o fator 2 de queda (3); chance de queda no crux (4). Quanto ao que cada um considera necessário para controlar os riscos da atividade obtivemos: treinar, ganhar experiência e conhecer-se (1); saber as técnicas de segurança e sua capacidade física (2); saber informações da via (3); saber usar os equipamentos, conhecer a via, analisar a meteorologia (4). Essas informações discutidas produziram um significado não unânime sobre o conceito de risco/perigo, pois passa pela interpretação do escalador de que quanto mais controla o risco da atividade mais se afasta do perigo ou então o risco é a probabilidade de acontecer algo perigoso ou danoso, isto é, tentamos controlar as situações mas estamos sujeitos ao imponderável. Outro fator subjetivo são as decisões que devem ser tomada pelo escalador: continuar ou desistir de uma empreitada e aceitar a dificuldade do ambiente e enfrentá-lo. Nesse jogo a confiança da pessoa em sua habilidade e competência são fatores decisivos na tomada de decisão e obtidos a custa de treinamento e aprendizado, por isso a importância da escolha de parceiros que contribuam com as vivências de cada um. Os escaladores 1 e 3, menos experientes, fizeram a função de segundo, isto é, deram a segurança para os escaladores 2 e 4 guiarem a corda ao topo. Para o sujeito (4) o mais experiente deve trocar informações e auxiliar o outro a se organizar assim contribuirá para que o menos experiente adquira condições de no futuro guiar uma via de forma autônoma e consciente dos riscos. Encontramos no sujeito mais novo do grupo

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respostas voltadas a objetividade da via. Ele consegue perceber com clareza as dificuldades aparentes, mas ainda não expressa julgamentos pessoais sobre seus sentimentos e ações em situações de risco, apesar de definir com clareza onde ele se encontra. Com apenas 13 anos de idade isso é normal e a experiência citada pelo 2 que também tem menos experiência porém mais 30 anos de idade nos mostra que o caminho de aprender com pessoas mais experientes e compromissadas com o outro está em conformidade com o ganho de maturidade na escalada. A construção de significado dessa pesquisa nos possibilitou entender que entre os fatores objetivos temos aqueles registrados e mensuráveis sobre a via, por exemplo: o croqui com as informações; as técnicas de segurança, o ambiente, o tipo de proteção, o tamanho, a altura da queda e a dificuldade. Nos subjetivos temos a forma como usamos essas informações, ou seja, como nosso pensamento e sentimento lidam com as situações reais de exposição ao risco partindo de informações objetivas e decidindo o grau de comprometimento que estamos dispostos e colocar em nossa escalada. Conhecer os riscos objetivos é obrigação do escalador antes de iniciar uma escalada em rocha, controlar os subjetivos faz parte de um aprendizado gradual e orientado. Palavras chave: escalada, risco, aventura, esporte.

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ESPORTES DE AVENTURA: UMA PROPOSTA PARA INVESTIGAÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA Fabiano Augusto Teixeira 1 Alcyane Marinho 1, 2 1

Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – SC 2

Laboratório de Estudo do Lazer/UNESP/Rio Claro – SP

Mesmo vivendo, diariamente, cercados por novas tecnologias, novas informações e, ainda, cada vez mais academias de ginásticas, de lutas, de musculação e de dança sendo abertas, podemos observar uma crescente busca pelo contato com ambientes diretamente ligados ao verde, ao ar “limpo”. Aqui, especialmente, referimo-nos às atividades físicas realizadas em contato com a natureza - os esportes de aventura. As justificativas, os argumentos e/ou os relatos por esta busca encontrados são os mais diversos possíveis, tais como: a busca por prazer, novas experiências, tranqüilidade, fuga da rotina estressante e do caos urbano, entre outras. Os esportes de aventura compreendem o conjunto de práticas esportivas formais e não formais, vivenciadas em interação com a natureza, a partir de sensações e de emoções, sob condições de incerteza em relação ao meio e de risco calculado. Realizadas em ambientes naturais (ar, água, neve, gelo e terra), como exploração das possibilidades da condição humana, em resposta aos desafios desses ambientes, quer seja em manifestações educacionais, de lazer e de rendimento, sob controle das condições de uso dos equipamentos, da formação de recursos humanos e comprometidas com a sustentabilidade socioambiental. Portanto, entendemos que a crescente busca por estas atividades é um fenômeno importante para compreendermos a vida

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contemporânea, uma vez que perpassa por sentimentos e emoções, trabalhando com medos e inseguranças; competências e habilidades dos praticantes, podendo contribuir para mudanças de atitudes e comportamentos, podendo, ainda, oportunizar o estabelecimento de uma diferente relação com a natureza. Nesta perspectiva, juntamente com o interesse pela prática por este segmento, despontam importantes grupos de pesquisa e estudos que vêem ampliando sistematicamente a produção científica do fenômeno, auxiliando em sua compreensão. Com isso, partindo destas idéias sobre a temática esportes de aventura, este trabalho tem como objetivos: investigar os grupos de pesquisa cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa, desenvolvido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tendo como delimitação a pesquisa das palavras-chave “esporte de aventura”, “esporte e natureza”, “esporte de risco”, “esporte radical”, “esporte e natureza”, “atividades na natureza”, “atividades de aventura” e “aventura”; e analisar a produção científica dos líderes e vice-líderes desses respectivos grupos. Este estudo constitui-se em uma pesquisa descritiva e será desenvolvida em duas etapas. Inicialmente, serão inseridas as referidas palavras-chave no link de busca textual do site oficial do Diretório, sem a utilização de filtros para busca. Posteriormente, será realizado um levantamento sobre a produção científica dos coordenadores dos grupos encontrados na primeira etapa. A delimitação para tal levantamento será a produção científica apresentada em periódicos científicos, livros e capítulos de livros do triênio 2006, 2007 e 2008. O local de busca deste segundo levantamento será a Plataforma Lattes, por meio do Currículo Lattes dos líderes e vice-líderes dos grupos investigados. A análise dos livros e capítulos de livros será quantitativa, enquanto a análise das publicações em periódicos será quantitativa e qualitativa, baseando-se no Qualis atual (2007-2009). Os dados serão analisados e, a luz da literatura sobre o tema, serão descritos e discutidos. Uma vez que o fenômeno

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“aventura”, na atualidade, agrega diversos atores sociais, objetivos e interesses, retratando uma importante fase na história humana, acredita-se que os resultados a serem encontrados, por intermédio deste estudo, poderão servir de referencial para futuras investigações sobre o tema, contribuindo para o desenvolvimento científico do segmento e constituindo-se em importante ferramenta para a identificação dos grupos que estudam a “aventura” no Brasil e da produção científica sobre o tema. Palavras-chave: Esporte, Aventura, Produção Científica, CNPq, Qualis.

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ATIVIDADES DE AVENTURA NA ESCOLA: PROPOSTA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UDESC Alcyane Marinho 1, 2 Ana Aparecida Tessari 1 1

Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – SC 2

Laboratório de Estudo do Lazer/UNESP/Rio Claro – SP

O lazer é parte integrante da vida cotidiana das pessoas e, sem dúvida, a parcela mais agradável e descontraída das rotinas semanais. Porém, além disso, o lazer é um direito humano, reconhecido na Constituição Federativa Brasileira, desde 1988, e deve ser entendido como um espaço muito fértil para a manifestação do componente lúdico, da liberdade e do prazer; como uma oportunidade para produção cultural e, inclusive, como um instrumento para profundas mudanças pessoais e sociais, seja qual for a concepção ou o conceito adotado. Não se pode negar a gama de opções de lazer e entretenimento que são criadas e “re-criadas” a todo o momento, em nossa atualidade; modelando novos estilos de vida, ratificando a dinamicidade do cotidiano e contribuindo para a construção de novas formas de lazer e, também, de trabalho. Neste contexto, as “atividades de aventura” fazem parte de uma discussão nova no repertório do lazer. Tais práticas se caracterizam por denotar novos comportamentos, próprios de uma opção por um estilo de vida. Para além das diferentes possibilidades de manifestações expressivas humanas, repletas de sentidos, essas práticas, instigantes e carentes de discussões, têm sido foco de investigações por pesquisadores de diferentes campos do conhecimento. Partindo dessas idéias, foi idealizado o projeto de extensão “Atividades de Aventura”, no contexto de um Programa de Extensão

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mais amplo, denominado “Vivências em Lazer”, desenvolvido no Centro de Ciências da Saúde (CEFID) da Universidade do Estado de Santa Catarina c(UDESC) com carga horária de 200 horas de atividades entre março a dezembro de 2009. Pretende-se com esta iniciativa valorizar uma temática em emergência e de extrema importância para todos os envolvidos com a Educação Física, demarcando novas possibilidades no mercado de trabalho e, mais ainda, evidenciando tais práticas como valiosas oportunidades para mudanças de comportamentos, atitudes e valores nos envolvidos. Desta forma, o referido projeto tem como objetivo geral: oportunizar o desenvolvimento de atividades de aventura, especialmente, em ambientes naturais e, como objetivos específicos: 1) oferecer vivências de atividades de aventura (trilha, surfe, remo, escalada e arvorismo) para a comunidade, em particular, crianças e adolescentes de uma escola pública da comunidade; 2) educar para a necessidade da existência do cuidado ambiental ao longo do desenvolvimento das atividades de aventura, por meio de técnicas específicas da Educação Ambiental e da Educação ao ar livre; e 3) disseminar as atividades de aventura como ricas oportunidades de aprendizado sobre as atividades de aventura em questão e sobre as questões ambientais. O projeto prevê o desenvolvimento de atividades em contato com a natureza em diferentes ambientes, praias, parques e na universidade, atendendo aos diferentes objetivos propostos, tais como: aulas teóricas, expositivas e participativas, vivências lúdicas específicas das atividades de aventura. Todas as ações propostas serão constantemente avaliadas pelos professores e acadêmicos responsáveis, por meio de questionários, diários de campo e conversas informais. É importante destacar que são raras as disciplinas da graduação, da grade curricular do CEFID, contemplam o tema desta iniciativa. Assim, a proposta deste projeto de extensão visa, além de ampliar os conteúdos disseminados na graduação, oportunizar espaços de atuação dos alunos, por meio de estágios nas

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atividades de aventura programadas. Além disso, vários trabalhos acadêmicocientíficos poderão ser desenvolvidos por meio do projeto, uma vez que o mesmo desenvolverá atividades inovadoras, aguçando a curiosidade e o interesse dos alunos por pesquisas na área. Pesquisas estas que poderão ser publicadas e disseminadas em artigos científicos, anais de congressos, entre outras oportunidades acadêmico-científicas. Portanto, o projeto prevê, também, o desenvolvimento de atividades que vislumbrem a tríade ensino-pesquisaextensão. Palavras-chave: Extensão, Lazer, Aventura.

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PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA NA NATUREZA, EDUCAÇÃO FÍSICA E RESPONSÁVEIS

Felipe Machado Odete Leonel Rodrigues Irany Marques dos Santos Escola Superior São Francisco de Assis (ESFA)

A presente pesquisa surgiu pelo interesse pessoal nas Práticas Corporais de Aventura na Natureza, que no decorrer de nossa vida acadêmica tivemos inúmeras experiências, através de vivências nas modalidades de arvorismo, rapel, trekking, corridas de orientação, entre outras, proporcionadas pelo curso de Educação Física da Escola Superior São Francisco de Assis (ESFA). Com base na experiência de estágios e programas proporcionados pela ESFA, e, ainda em eventos e na disciplina Estágio Supervisionado III e IV, focamos nossos olhares a inclusão das PCAN’s na escola, em específico na cidade de Santa Teresa/ES, contextualizando, na história dos colonizadores vemos que essas práticas sempre estiveram presentes em suas vidas, fazendo com que utilizassem dessas práticas para ultrapassar obstáculos e no escoamento agrícola. Ao longo do tempo essas atividades sempre estiveram presentes no cotidiano dos habitantes de Santa Teresa, tendo significados diferentes em cada época. Atualmente, percebemos grupos emergentes praticantes das PCAN’s, como o ST Bike, Os Trilheiros de Santa Teresa e também o grupo de Parapente, que junto com os locais propícios a essas práticas contribuindo para seu crescimento. Paralelo a esse processo temos a ESFA que investe nesse processo que contemplam essas práticas como um diferencial para uma melhor formação dos profissionais envolvidos na área de Educação Física, capacitando profissionais pedagogicamente para exercerem tais práticas nos

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vários campos de intervenção educativa, Além da disciplina, a faculdade também investe nas PCAN’s por meio de campos de estágios para os acadêmicos, o que é feito através do Núcleo Universitário de Ar Livre (NUAr), que desenvolve projetos relacionados as PCAN’s, como o ESFA na Minha Escola, e o Portas Abertas, tendo tais projetos o objetivo principal de, proporcionar aos alunos da rede pública e privada de diversas regiões do Espírito Santo ou até mesmo além do estado, vivências em atividades físicas de lazer ao ar livre, com o intuito de possibilitar atividades que venham a melhorar o processo educativo dessas escolas e o auto-conhecimento desses alunos. Ressaltando a importância de tais práticas de um modo geral, e no cotidiano dos habitantes de Santa Teresa, nos questionamos sobre o porquê não incluir essas práticas nas aulas de Educação Física escolar, de modo a diversificar as aulas, tornando-as mais atrativas e dinâmicas aos alunos, uma vez que essas práticas são dotadas de um forte valor educativo. As PCAN’s possuem um caráter diferenciado comparado a outros conteúdos oferecendo uma gama diversificada de emoções e sentimentos, pois resgatam valores como beleza, auto-realização, liberdade, cooperação e solidariedade, valores que são omitidos pelas práticas mecanizadas do esporte-espetáculo. Embora as PCAN’s possuam grandes possibilidades pedagógicas e aceitação por parte dos alunos, observamos sua tímida apropriação no espaço das aulas de Educação Física Escolar. Sendo a escola uma instituição dinâmica que influência, e, é influenciada, trazemos a tona uma dos principais sujeitos influenciadores

quanto

à

inserção

desse

conteúdo

nas

aulas,

“os

responsáveis”, tidos como sujeitos diretos da aceitação desse conteúdo dentro da disciplina de Educação Física. Buscando identificar sua visão quanto aos seus filhos vivenciarem modalidades diferenciadas, que fogem da dita “normalidade” do que acontece nas aulas. Diante disso, a problemática da pesquisa seria identificar e analisar: Qual a visão dos responsáveis quanto à

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inclusão das PCAN’s nas aulas de Educação Física da ESFA em Santa Teresa? Para responder nossa problemática, estabelecemos como objetivo geral, analisar a visão dos responsáveis dos alunos quanto à inclusão dos esportes de aventura na educação física escolar, com fins educativos. Para tanto, temos como objetivos específicos: tecer considerações sócio-históricas dos PCAN’s na cidade de Santa Teresa e em suas escolas; identificar e analisar o conhecimento que os pais possuem quanto as PCAN’s; refletir sobre a influência da visão dos pais na adoção do conteúdo PCAN’s em âmbito escolar; repensar o papel do professor de Educação Física, diante da não inclusão de tal conteúdo. A partir desse interesse trazemos breves resultados da pesquisa que é diferenciada pela vivência e nível de conhecimento desses responsáveis quanto as PCAN’s, sendo que eles possuem uma visão positiva em partes de tais práticas, quando muitos deles á conhecem de forma leiga, basicamente por meios de informação, salvo alguns que tiveram uma pequena vivência, mas mesmo as aceitando como conteúdo da Educação Física Escolar mostram um receio tímido de precaução e medo quanto a elas. Palavras-chave: PCAN’s, Educação Física Escolar, Responsáveis.

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ATIVIDADES DE AVENTURA E PRÓ-ATIVIDADE NO LAZER

Gisele Maria Schwartz LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER Órgão financiador CNPq

A gama de variáveis que permeia o processo pelo qual as pessoas são estimuladas a terem condutas passivas ou ativas e a optarem por aderir ou não a determinadas atividades do contexto do lazer tem como foco os motivos de ordem psicológica, ambiental, social e genética. Entretanto, o filtro principal recai sobre a motivação, a consciência das oportunidades, o tempo disponível e o custo, fatores decisivos no delineamento dos atuais padrões de estilos vigentes. Uma das formas em evidência entre as vivência do lazer contemporâneo é a busca ou a necessidade implícita do reencontro do ser humano consigo mesmo, com o outro e com a natureza, propiciado pelas atividades de aventura. Esse estudo, de natureza qualitativa, objetivou refletir sobre a potencialidade dos aspectos persuasivos da participação em atividades de aventura, na sistematização do comportamento pró-ativo no lazer e foi desenvolvido com base em revisão bibliográfica realizada nos últimos cinco anos em periódicos e livros nacionais sobre as temáticas em questão. Pode-se perceber que os textos pesquisados apontam diferentes perspectivas que estimulam o interesse na busca por vivências na natureza e reiteram um apelo para além da atividade em si, da contemplação, da fruição, ressaltando legendas subliminares, que envolvem, desde o colocar-se em risco controlado para testar a auto-superação, até a perpetuação de modismos, entre outros subtextos interditos. A aderência a estas atividades foi evidenciada sendo pautada

especialmente

na

alteração

do

significado

do

tempo,

nas

necessidades de extravasamento e controle dos níveis de estresse, na procura

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por novidades, no acompanhamento de modismos, na vivência de novas emoções, no aprimoramento dos níveis de saúde, aspectos que surgem como apelos intuitivos, representando motivos desencadeadores de mudanças axiológicas, uma vez que tal busca supera a simples procura pelo lazer, fomentando, inclusive mudanças estruturais nos estilos de vida, na qualidade de vida, nas relações humanas e na própria concepção de corpo, cuja natureza emocional e sensível o detecta, inclusive, como possibilidade de ser um verdadeiro espaço ecológico. O processo de participação em atividades que suscitam aventura, risco controlado e emoção no âmbito do lazer parece permitir o confronto individual humano com suas próprias limitações, compreensão de seus comportamentos e escolhas, podendo favorecer o aprimoramento de inúmeros elementos psicossociais intervenientes nestas experiências, nas quais há uma efetiva catalisação dos níveis de participação das emoções e dos órgãos dos sentidos, ampliando a integração entre contemplação, percepção e ação. O processo de experimentação se traduz também na aquisição de conhecimento, por meio das informações sensíveis, com afastamento temporário da realidade. O lazer, então, por suas características como elemento cultural, especialmente ao se focalizar as atividades de aventura na natureza, pode favorecer elementos privilegiados para outros estilos poderem ser experienciados, transformados e assimilados, representando um espaço rico de promoção dos veículos comunicativos e de socialização, que podem interferir nos vetores dos padrões de estilos pró-ativos de vida, tendo em vista que a auto-identidade, a noção de subjetividade e a identidade grupal são bastante exploradas. A formulação de condutas próativas no lazer, portanto, pode se desencadear efetivamente, tendo em vista todo esse prisma motivacional e persuasivo envolvendo as atividades de aventura na natureza. Palavras-chave: aventura, lazer, atividade

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SENSAÇÕES E EMOÇÕES VIVENCIADAS NA PRÁTICA DE ATIVIDADES DE AVENTURA NO CONTEXTO ACADÊMICO

Giselle H. Tavares Cristiane Naomi Kawaguti Priscila Raquel Tedesco da Costa Trevisan Danilo Roberto Pereira Santiago LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER/UNESP – Rio Claro

As atividades de aventura vivenciadas no contexto do lazer privilegiam, entre outros, o elemento lúdico, com o risco controlado pelo avanço tecnológico, motivando a prática por pessoas de diferentes faixas etárias e níveis de habilidades, principalmente jovens, que procuram se colocar à prova e testar seus limites, buscando as vivências que propiciam novos tipos de emoções. A vivência deste tipo de atividade dentro do contexto acadêmico dos cursos de formação em Educação Física e outros pode gerar elementos que favoreçam, não apenas o aprimoramento dos aspectos pessoais, mas também, que possibilitem reflexões importantes, no sentido do enriquecimento pedagógico de práticas profissionais mais consistentes. Entretanto, bem pouco se tem explorado deste universo das atividades de aventura nos contextos acadêmicos, o que motivou o desenvolvimento deste estudo. O objetivo principal desta pesquisa foi analisar as sensações e emoções vivenciadas por alunos de graduação de um curso de Educação Física, durante a prática de atividades de aventura na natureza.

O estudo, de natureza qualitativa foi

realizado em duas etapas, sendo a primeira referente a uma pesquisa bibliográfica acerca das atividades físicas de aventura na natureza e a formação profissional em Educação Física e a segunda relativa a uma pesquisa exploratória, desenvolvida por meio da apreensão de relatos verbais

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como instrumento para a coleta de dados, sendo a amostra constituída por 46 alunos do segundo ano do Curso de Educação Física na Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho, de ambos os sexos e com idades variando entre 18 e 22 anos. A vivência aconteceu na cidade de Brotas, no interior

de

São

Paulo,

considerada

um

dos

pólos

reconhecidos

internacionalmente das atividades de aventura no Brasil e a atividade realizada foi o Bóia-cross. Os dados foram analisados descritivamente, por meio da Técnica de Análise de Conteúdo Temático e os resultados do estudo evidenciaram que durante a vivência da atividade envolvendo o bóia-cross, a falta de preparo físico foi um dos aspectos que mais chamou a atenção dos alunos, tendo em vista a necessidade de adaptação ao ambiente e suas características. Este dado foi constatado especialmente nos relatos de participantes do sexo feminino. Outro fator citado pelos alunos foi o sentimento de medo desencadeado especialmente no início da atividade, devido ao desconhecimento das exigências locais e técnicas. Além disso, foram relatadas também, sensações e emoções consideradas menos intensas do que o medo, como a ansiedade, a insegurança e a tensão. Entretanto, estes sentimentos foram vencidos pela motivação e cooperação do grupo presente, salientando, assim, a importância desse tipo de atividade na promoção da integração grupal. Foram evidenciados, ainda, sentimentos prazerosos, como alegria, desafio, aventura, sentido de liberdade e sentimento de “querer vivenciar mais”, sendo estes fatores decisivos na manutenção e no retorno às atividades. Os participantes também relataram a percepção mais detalhada do ambiente de prática e das técnicas e tecnologias materiais aplicadas durante a vivência, considerando estes aspectos como importantes quando da ação profissional. Com base nos resultados do estudo, pode-se observar que a vivência desse tipo de atividade foi considerada relevante, tanto para a ampliação das experiências do grupo com o ambiente natural, assim como, para o

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aprimoramento dos conceitos e significados das intervenções profissionais necessárias para o desenvolvimento da atividade com qualidade. Palavras-chave: Atividades de aventura, sensações, emoções.

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ATIVIDADES DE AVENTURA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO

Viviane Kawano Dias Graziela Pascom Caparroz Jossett Campagna Norma Ornellas Montebugnoli Catib Priscila Raquel Tedesco da Costa Trevisan Danilo Roberto Santiago Pereira LEL- Laboratório de Estudos do Lazer- DEF/IB/UNESP - Rio Claro, SP, Brasil

Dentro da comunidade acadêmica, a produção de conhecimento, em termos de qualidade e relevância para as suas respectivas áreas, é o eixo central que sustenta o seu devido reconhecimento e valor, como também, a sobrevivência de seus grupos de estudos e pesquisas. No que concerne à área de conhecimento em atividades de aventura, os estudos e pesquisas são primordiais para o fomento de novas estruturas, preparo profissional especializado e preservação da área explorada, estimulando, dessa forma, a disseminação dessas práticas. Com o objetivo de averiguar o interesse e empenho, tanto de acadêmicos, quanto de Programas de Pós-Graduação de universidades públicas do Estado de São Paulo, mais especificamente, Universidade de São Paulo – USP, Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de Rio Claro e Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, este estudo, de natureza qualitativa, realizou, por intermédio de análise documental, um levantamento de dados da produção de conhecimento, junto aos seus respectivos bancos de teses e dissertações on line, utilizando-se palavraschave relativas ao tema – atividades de aventura - e, compreendo o período de 2003 a 2008. Os resultados obtidos nesse levantamento indicam que, no ano

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de 2003, não houve a produção de conhecimento nesta área, nos programas de Pós-Graduação da USP; houve 1 produção na UNESP; na UNICAMP foram produzidos 2 trabalhos. Em 2004, não houve produção, tanto na USP quanto na UNICAMP, no entanto, na UNESP foram produzidos 3 trabalhos. Em 2005, apenas a UNICAMP produziu, sendo apenas 1 trabalho. Já em 2006, todas produziram trabalhos relativos ao estudo, sendo 1 pela USP, 1 pela UNICAMP e 2 pela UNESP. Em 2007, a produção foi de apenas 1 trabalho pela UNESP, assim como também, em 2008, houve a elaboração de 1 trabalho nesta Instituição. A produção de conhecimento, tendo as atividades de aventura como tema central, no período de 6 anos (2003-2008), totalizou 13 trabalhos, sendo 1 trabalho elaborado no Programa de Pós-Graduação da USP, 7 trabalhos produzidos no Programa de Pós-Graduação da UNESP – Campus de Rio Claro e, 4 trabalhos confeccionados pelo Programa de Pós-Graduação da UNICAMP. Diante disso e, com base nos resultados, assim como também, pelo evidente aumento da procura por essas práticas e necessidade de estruturação, tanto desses espaços, como da especificidade profissional, o número de produção científica é muito baixo, comparado com a demanda dessas práticas. Fomentar e estimular estudos e pesquisas para a produção de conhecimento tornou-se uma premência dos Programas de Pós-Graduação, no sentido de proporcionar maior organização, segurança, preparo profissional especializado e, principalmente, a preservação dessas áreas, já tão degradadas pela exploração indevida, colaborando, inclusive, de forma significativa, para a conscientização do público envolvido, tanto os que atuam na oferta dos serviços prestados, dos que habitam essas áreas, quanto dos que procuram por essas práticas. Palavra-Chave: Atividades de Aventura, Produção do Conhecimento, PósGraduação.

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ATIVIDADES DE AVENTURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

Kaciane Fernandez Espinoza Pós-Graduanda / Educação Física Escolar: Ênfase em Aventura e Ludicidade UNESA Eliete Maria Silva Cardozo Doutora em Educação Física / Pós-Graduação - UNESA Julio Vicente da Costa Neto Mestre em Educação Física / Pós-Graduação – UNESA

A criança satisfaz algumas de suas necessidades básicas, tanto no campo físico como no psíquico e social, através do jogo, da ludicidade e do brinquedo, estimulando o autoconhecimento, a percepção corporal, a interação com o grupo e o prazer de brincar de forma descomprometida e gratuita. Neste universo as operações mentais fluem e as inteligências múltiplas podem fazer parte desse grande mosaico.O ser humano é dotado de inteligências múltiplas que incluem as dimensões: lingüística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésico-corporal, naturalista, intrapessoal e interpessoal. Juntando-se a estas dimensões inclui-se também a inteligência pictórica. A dimensão lingüística se expressa no orador, no escritor, constroem imagens com palavras e com a linguagem de maneira geral. A dimensão lógico-matemática se apresenta no ato de desenvolver raciocínios dedutivos e em construir cadeias causais, símbolos matemáticos e números.

A dimensão espacial da

inteligência está desenvolvida nas pessoas que percebem de forma conjunta o espaço, a administração e utilização do mesmo, através da elaboração de mapas, plantas baixas, estando mais presentes nos cartógrafos e arquitetos. A competência musical se apresenta de maneira formal no mundo sonoro e o

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papel desempenhado pela música como forma de compreensão desse mundo. A manifestação gestual do corpo se apresenta nitidamente no atleta, durante a execução dos movimentos corporais que englobam a dimensão cinestésicocorporal. Uma das últimas competências é a inteligência naturalista, também chamada de biológica que está ligada ao meio ambiente, a compreensão do mesmo, bem como a sua utilização e a afinidade que os seres humanos possuem por outras formas de vida, tais como plantas, animais e espécies. Finalmente apresentaremos as inteligências pessoais, manifestadas como interpessoal e intrapessoal. A manifestação interpessoal é desenvolvida através do bom relacionamento com outras pessoas, o crescimento de sua auto-estima e suas motivações, onde são observadas a empatia entre as pessoas, que são características da liderança. Já na dimensão intrapessoal, está bem nítida nas pessoas de “bem com a vida”, que conseguem administrar os sentimentos, emoções e projetos de vida com bom astral. A inteligência pictórica é encontrada na forma dos desenhos, dos símbolos e nas suas identificações. Assim, o objetivo da pesquisa foi identificar as possibilidades do desenvolvimento das inteligências múltiplas na prática das atividades de aventura. O estudo apresenta características descritivas e a amostra foi formada por um conjunto de atividades de aventura, praticadas por um grupo de 12 alunos da Escola Infantil Ponta-Porã, localizada no Mato Grosso do Sul, durante um mês, com a freqüência de duas vezes por semana. As atividades foram fotografadas e no término da prática a professora registrava de forma detalhada o desenvolvimento da atividade. Posteriormente, os relatos foram analisados de acordo com a técnica de análise do conteúdo. A prática começava com uma história, chamada de história interativa, onde fluía a categoria do jogo denominada de mimicry. A criança se transformava temporariamente no personagem apresentado na história, estimulando o interesse para a prática das atividades de aventura. Dentre as atividades

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desenvolvidas encontramos o andar sobre cordas em linhas retas e curvas, travessias de obstáculos diversos, falsa baiana com variações, prática de ascensão, caminhadas junto à natureza, entre outras. Os resultados indicaram que a prática dos esportes de aventura estimula o desenvolvimento das Inteligências múltiplas. A criança interpreta a informação que lhe é apresentada por meio da inteligência lingüística, identifica o local através da inteligência espacial, aceita a opinião dos outros para executar a tarefa utilizando a inteligência interpessoal, o prazer de trabalhar em grupo naquela tarefa aflora através da inteligência intrapessoal, o contato com o meio ambiente por meio da inteligência naturalista e quando reproduz o trabalho realizado utiliza a inteligência pictórica, entre outras. Concluímos que a utilização das atividades de aventura para as crianças do segmento de educação infantil desperta o interesse e estimula o desenvolvimento das inteligências múltiplas. Palavras-chave: Educação Infantil, Inteligências Múltiplas e Esporte de Aventura.

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ATIVIDADES DE AVENTURA E SUSTENTABILIDADE NAS AÇÕES EXTENSIONISTAS DA UESB/BA

Marcial Cotes Prof. Assistente do DCN/UESB Celeste Dias Amorim Coord. de Esporte da Proex/UESB José Dirceu Campos Góes Prof. Auxiliar DFCH/UESB Marcia Morel Prof.ª Assistente do DCS/UESC

A história da humanidade está, intrinsecamente, relacionada à prática de atividades físicas e ao contato com a natureza. A relação da sociedade com o mundo natural tem sido norteada por uma prática que visa dominação. Esse mesmo homem que busca domar a natureza enfrenta conflitos internos, onde seu norte deve ser pela responsabilidade de definir uma relação ética e sustentável com o planeta. Durante essa transformação, a sociedade humana vivenciou vários ciclos até chegar ao ciclo da intuição, que pode ser demarcado pela introdução de valores éticos associados à ecologia, natureza, lazer e ao tempo, retrocedendo aos princípios essenciais como tendências de evolução das sociedades humanas após os ciclos da produção agrícola, industrial, da informática e da qualidade. Essa nova mentalidade ecológica aparece sinalizando uma inequívoca relação com o surgimento de novas modalidades esportivas que utilizam o ambiente natural para suas práticas. As atividades físicas em contato com a natureza são preferencialmente de aventura e sua concepção, de cunho hedonista, prega um estilo de vida saudável, fundamentado na saúde e no prazer, não por um período, mas sim durante a

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vida toda. Essas atividades físicas são denominadas pela mídia como esportes outdoor, por serem praticadas ao ar livre em ambientes naturais. Na década de noventa, após a Conferência sobre o Meio Ambiente Rio-92, surge no Rio de Janeiro os primeiros 27 km de ciclovias do país. A humanidade tem no século XXI dois grandes desafios, reverter o nível de degradação do meio ambiente natural e viabilizar uma vida mais saudável nos grandes centros urbanos. As grandes cidades com o número crescente da população, aumento da frota de veículos que circulam diariamente nas vias, inviabilidade de expansão de ruas e avenidas devido à falta de planejamento urbano, tem dificuldade em programar ações do poder público para dirimir estas questões, mesmo com a existência de programas de incentivos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social, como o de Infra-Estrutura para a Mobilidade Urbana. Na atualidade existe uma demanda por programas de implantação de ciclovias e o fomento do uso de bicicletas como alternativa economicamente viável e sustentável para a mobilidade urbana. No entanto, a falta de subsídios e programas de transportes urbanos eficientes tem onerado o proletário, com exceção daqueles que estão empregados na economia formal e são beneficiados pelo valetransporte, enquanto grande parte da população encontra-se fora do processo produtivo na economia informal. Uma expressiva parcela da população tem como alternativa de transporte deslocar-se a pé ou de bicicletas, necessitando maior atuação do poder público na implantação de infra-estrutura para minimizar as condições de risco e desgastes destes usuários, além de estimular a mudança de hábito de deslocar-se a pé para a modalidade cicloviária. É sabido que a extensão deve ser desempenhada considerando o compromisso social da universidade enquanto instituição pública. Para atender este compromisso a ação extensionista do “Projeto Ciclismo na UESB: uma prática saudável e ecologicamente sustentável” propõe fomentar o uso das ciclovias que estão sendo implantadas, incentivando a prática do ciclismo em

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suas diversas modalidades. A proposta dos eventos ciclísticos visa incentivar a inter-relação e a identidade comunitária, flexibilizando o cotidiano por meio do lúdico, entre pais, filhos, familiares, vizinhos e amigos. O projeto pretende implementar dez ações, tais como: (1) oficina de mecânica para bicicletas, (2) oficina de regras de trânsito voltada para educação do ciclistas, (3) oficina básica de cinesiologia do ciclismo e orientações de fisiologia, (4) oficina de práticas educativas desejáveis em ambiente natural para mountain bike (Educação Ambiental), (5,6) duas etapas do Circuito UESB/Cachorro do Mato de mountain bike, válidas como etapas do Campeonato Conquistense realizado pela Associação de Ciclismo do Sudoeste da Bahia, (7) competição de Ciclismo de Velocidade, (8) competição de Duathlon terrestre, (9,10) dois passeios ciclísticos para pais e filhos. Pretende-se durante o período letivo de 2009 promover com as ações extensionistas o uso da bicicleta como alternativa de mobilidade urbana segura, sustentável e saudável, oferecendo informações que venham contribuir para esta prática de forma consciente. Uma vez implantado o projeto e desenvolvendo suas ações, o registro deste processo deve sinalizar o benefício junto à comunidade atendida pelo acesso ao lazer, com o fortalecimento das relações identitárias do grupo envolvido e uma frequência maior na utilização da bicicleta de forma lúdica, saudável e esportiva. Até o presente momento, implementou-se a primeira ação do projeto, que consistiu na realização da oficina de mecânica básica de bicicletas, com participação de 31 ciclistas inclusive com presença de donos e mecânicos de oficinas da cidade de Vitória da Conquista, atingindo os objetivos propostos. Palavras-chave: Atividades de Aventura, Sustentabilidade, Extensão, Meio Ambiente, Mountain Bike.

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CONFRONTANDO FREQUÊNCIA CARDÍACA COM DISCURSO DOS VISITANTES EM PASSARELAS SUSPENSAS

Marcial Cotes Prof. Assistente do DCN/UESB Marcia Morel Prof.ª Assistente do DCS/UESC Apoio: UESC, IESB, CAPES

Este trabalho não pretende discutir implicações acerca do gênero nas atividades

de

aventura.

O

intuito

é

apresentar

aporte

para

alguns

questionamentos surgidos durante os pré-testes no trabalho de campo, para elaborar a metodologia de graduação do nível de dificuldade da trilha interpretativa da Reserva Particular do Patrimônio Natural Ecoparque de Una, no sul da Bahia. Durante o levantamento preliminar dos dados para elaboração da metodologia foi proposto analisar e comparar o discurso e dados dos visitantes no que concerne a vertigem diante do trecho de aproximadamente 97 m de comprimento de passarelas suspensas no dossel florestal com as variações de frequência cardíaca (FC). Nossa hipótese surgiu em função da presença de vertigem ou não nos visitantes diante do equipamento construído entre copas de árvores. Os dados foram coletados de agosto de 2003 a abril de 2004 com esclarecimentos a respeito da participação voluntária. A amostra continha um total de 72 voluntários divididos em gênero, nível de treinamento (NTR) e faixa etária (FE). No início da trilhas, o aparelho Polar S710 era disparado em sincronia com o cronômetro do pesquisador com o objetivo de anotar nas planilhas dos voluntários o exato momento de início da passagem no trecho das passarelas suspensas, para posterior identificação das variações da FC. Foram fixadas etiquetas no visor dos monitores para não haver

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interferência na coleta de dados. A única abordagem feita pelo pesquisador era no momento que os voluntários chegavam ao início das passarelas suspensas para indagar se eles apresentavam a sensação de vertigem ou não. Faz-se necessário ressaltar que o trecho anterior era descida, e antes dos visitantes passarem pelas passarelas suspensas, os guias faziam a interpretação do trecho, demorando em média de cinco a dez minutos. O que permitiu o retorno da FC aos valores de aquecimento. Na análise foi adotado o delineamento experimental totalmente causalizado, num arranjo fatorial 3x3x2 (3 faixas etárias, 3 níveis de treinamento e 2 sexos), com quatro repetições, sendo cada sujeito considerado como uma unidade experimental. Em algumas situações o aumento da FC é devido a um menor ritmo de estímulo nos nervos vagos, ou de maior estímulo nos nervos cardioaceleradores simpáticos, ou ainda de ambos. Em situações de alarme, medo, antes e durante os exercícios liberam, além da noradrenalina, a adrenalina, produzindo o aumento da FC. Alguns autores sugerem que fatores emocionais do tipo nervosismo e apreensão podem determinar o aumento da FC para trabalhos de intensidade leve ou moderada. Nesse contexto, alguns voluntários poderiam mascarar a vertigem, por isso considerou-se que o tipo de abordagem utilizada na pesquisa para detectar tal fato, poderia apresentar informações distorcidas. Decidiu-se recorrer às planilhas de FC no trecho das passarelas suspensas para averiguar as oscilações. Foram estipuladas que variações iguais ou superiores a 20 batimentos por minuto (bpm) como expressivo quando comparadas ao maior valor de FC no trecho anterior as passarelas suspensas, e dentro deste universo, mensurar as variações iguais ou superiores a 30 bpm. Entre os 72 visitantes, apenas 15 voluntários, ou seja, dois do sexo masculino e 13 do feminino, admitiram ter sentido vertigem no trecho de passarelas. Por outro lado, as análises da FC dos indivíduos durante este trecho, dentro da variação proposta de ≤ 20 bpm, sugerem poder ter havido uma alteração da FC em

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função da vertigem. Observou-se nos gráficos do programa que 26 visitantes apresentaram variações ≤ 20 bpm e 22 visitantes variações ≤ 30 bpm, durante o trecho. Totalizando 48 sujeitos com variações de FC, sendo 25 do sexo masculino e 23 do feminino, evidenciando uma maior quantidade de homens com alterações. A par destas informações, sugere-se que apesar do discurso dos visitantes apontarem não ser uma atividade radical, o imaginário da vertigem no trecho analisado, poderia estar presente em 48 visitantes da amostra ou sugerir uma indicação de emoção (a surpresa, o amor e ou o prazer) e não vertigem. O estado da arte sinaliza problemas para identificar emoções devido à dificuldade para descrever sensações no repertório do nosso vocabulário. E sugere uma lista complexa de emoções do vocabulário humano: a ira, a tristeza, a vergonha, a surpresa, o amor, o medo, o nojo e o prazer. Os dados referentes ao imaginário de vertigem nas passarelas suspensas podem estar mascarados devido à possibilidade dos visitantes terem ocultado a sensação de vertigem na abordagem. A análise dos dados tentou estabelecer outro critério para mensurar o imaginário da vertigem além verbalização, pois a questão cultural do gênero levantou dados não comprovados que os voluntários do sexo masculino podem ter mascarado o discurso. Identificamos como limitação desta investigação a análise do discurso em comparação com as variações de FC. Desse modo sugerimos uma pesquisa mais ampla utilizando outros elementos de confrontação. Palavras-chave: Imaginário, Trilha Interpretativa, Passarelas Suspensas, Vertigem, Dossel.

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ESPORTE DE ORIENTAÇÃO E O MEIO AMBIENTE

Maria Luísa Alves Secretaria Municipal de Políticas e Ações Sociais e Cidadania/Campo Grande (MS) Priscila Roberta Alves Lemos Bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) Educação Física/UFMS

O esporte Orientação se desenvolve como uma caça ao tesouro, onde o praticante deverá passar por pontos específicos determinados anteriormente e para isso o praticante terá posse de um mapa cartográfico que lhe indicará o percurso. Este esporte é realizado em pleno contato com a natureza, o que o torna uma ferramenta essencial para o ensino-aprendizagem sobre as questões ambientais, pelos cuidados e preservação da fauna e flora, onde a vida selvagem não pode ser perturbada, tampouco causar danos à vegetação e ao solo. Colocando-se em prática as Normas de Proteção Ambiental de Competição e as Ações Educativas do Esporte Orientação é possível desfrutar da prática de um esporte e do contato com a natureza em harmonia e sem danificações. Com a visão de promover a vertente ambiental, entre outras que a Orientação oferece, é que desde 2007 a Unidade de Assistência Social (UNIDAS) “Leila Jallad Dias”, unidade da Prefeitura Municipal de Campo Grande (MS), desenvolve este esporte com crianças e adolescentes entre 06 e 15 anos, através de parcerias com o Programa de Educação Tutorial (PET) de Educação Física da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e o Centro de Orientação e Desporto de Aventura de Campo Grande (CODAC). Esta UNIDAS procura proporcionar aos seus participantes o conhecimento de questões ambientais, o despertar para a preservação e utilização adequada do meio ambiente através de atividades diferenciadas e lúdicas. Os conteúdos

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relativos à questão ambiental são desenvolvidos de forma teórica e prática, relacionando-os a outros temas transversais desenvolvidos pela unidade em seu planejamento anual, de acordo a realidade da comunidade. São realizadas palestras sobre questão ambiental, onde são abordados problemas como a degradação, preservação e sustentabilidade do meio ambiente para se ter qualidade de vida, com ênfase nas questões sobre a dengue e as queimadas, por serem problemas presentes na comunidade. Na questão da dengue as crianças/adolescentes têm contato com material concreto como lâminas contendo larvas do mosquito Aedes Aegypti, com o objetivo de aprenderem a identificar o mosquito transmissor da dengue. Também são estimulados a realizarem levantamentos da problemática das queimadas para levar à comunidade a conscientização dos males causados a saúde da população e o dano ao meio ambiente por esta prática. Ao término de cada atividade, seja teórica

ou

prática,

é

realizada

uma

roda

de

conversa

onde

as

crianças/adolescentes expressão suas dúvidas e curiosidades, em seguida lançam sugestões para resolverem problemas apresentados sobre o tema abordado. O contato com a natureza através do esporte Corrida de Orientação proporciona às crianças e adolescentes a conscientização dos problemas e necessidades relacionadas ao cuidado do meio ambiente e as ações a serem executadas na comunidade. Palavras-chave: esporte, meio ambiente, educação.

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OS “NOVOS” ESPORTES NA DISCUSSÃO ACADÊMICA

Marília Martins Bandeira UFSCar

Identificada no fazer jornalístico contemporâneo a divulgação de certas práticas esportivas sendo caracterizadas como “novas”, entendeu-se que a localização do discurso social acerca destas atividades é fundamental para problematizar mudanças no comportamento de lazer de nossas sociedades. Em um primeiro momento, um estudo exploratório levantou os tipos e freqüência de publicações acerca dos “novos” esportes nos jornais impressos de maior tiragem do país como O Globo, A Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo. Os novos esportes foram apresentados por estes veículos em categorias temáticas, a saber: esportes de risco, esportes radicais, esportes na natureza ou esportes de aventura. Isto suscitou uma discussão que se refere ao significado de cada um destes termos. Contudo, foi observado que a forma como a produção acadêmica mais recente caracteriza estes esportes também se serve de tal terminologia e os apresenta como “novos”. Empreendemos, pois, uma revisão bibliográfica, uma tentativa de apresentação dos usos da terminologia antes identificada. Autores se propõem a colocar historicamente os “esportes radicais” identificando seu possível surgimento e as características que os tornam dotados de certa singularidade em relação aos esportes tradicionais. Apontando a dificuldade em sugerir uma definição rigorosa para este conjunto de práticas corporais com um grande número de atividades associadas, entendendo o termo como “em construção”. Mas, ao que tudo indica, ainda vivemos este processo de definição. Nos anos 1980, teria havido um grande desenvolvimento destes esportes, devido principalmente à contribuição dos meios de comunicação, que atingiram em 1990 um maior nível de organização

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e controle dos riscos envolvidos. A característica primordial deste tipo de atividade seria a busca por certo transe emocional na quebra das regras sociais. Outra investigação empírica sobre a emergência de uma nova “subcultura” esportiva entre os jovens portugueses, optou pelo termo “desportos radicais” para designar as recentes modalidades. Sua justificativa foi que o termo seria mais facilmente reconhecido pelos jovens em análise. Neste estudo pôde-se averiguar que há uma tendência juvenil à valorização da prática esportiva relacionada ao meio natural, a aventura e ao risco. Entendendo que este fenômeno se encontra associado a processos das sociedades

contemporâneas.

Trabalho

ensaístico

sugere

que

o

empreendimento esportivo como se conheceu na modernidade em larga escala, não deixou de existir no campo do lazer. Mas, o investimento viril e quase

artesanal

do

corpo

dos

esportistas

tradicionais,

colocando

concretamente à prova suas qualidades de força e de resistência, divide espaço com propostas esportivas alternativas (da exploração de energias exteriores ao corpo, uso de inovadores equipamentos, controles sutis de equilíbrio,

experiência

da

mobilidade

acrobática

e

vertiginosa).

As

características principais das novas práticas seriam: os gestos de força direta sobre matérias duras tendendo a serem substituídos pelos gestos de domínio de controle informacional do corpo e a produção de novos gestos esportivos em novos espaços de exercício com a individualização dos comportamentos esportivos, produção de esportes inéditos e um processo de invenção insólita de máquinas lúdicas. Esta colocação do autor está diretamente relacionada à caracterização de tais práticas como “novas”, assim como sugerimos. Desta forma, as instabilidades são as fontes de prazer; as ações são o mergulho, a queda, os desequilíbrios; e os cenários são os elementos fundamentais da natureza. Alguns autores falam ainda de uma renovação simbólica propiciada pelas “novas” práticas esportivas de lazer, no esforço que exigem e nas

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eventuais fatalidades que provocam. Afirmam que os praticantes apresentam a busca de adrenalina, se possível em lugares inacessíveis, como enfrentar o pior, para encontrar o melhor. Convertem seu medo, seu cansaço, em prazer, em determinação de caráter. Para outros, a experiência da aventura ficaria mais além da vida, no âmbito do sonho “experienciado”. Neste caso, a sorte e a superstição seriam introduzidas nos sistemas de significação dos aventureiros. Estas formas lúdicas jogam com o arriscar da própria existência, gerando fortes sentimentos de coragem e manifestando-se como força interior, como que determinando seu poder sobre a vida. Em um momento em que o campo esportivo passa por uma viragem e ainda acomoda “novas” modalidades e sofre disputas políticas; tornou-se fundamental discutir a construção de tais definições. Entendemos que os pesquisadores que se propõem a pensar tais práticas são também atores sociais envolvidos em sua dinâmica e que há um intercâmbio de idéias e apropriações de conceitos entre praticantes, jornalistas, espectadores e acadêmicos convivendo nas fronteiras ainda indefinidas de tais expressões. Palavras-chave: aventura, natureza, risco, radical, conceitos.

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VISITAS À NATUREZA EM FAMÍLIA: REDIMENSIONANDO A AVENTURA

Mey de Abreu van Munster Departamento de Educação Física e Motricidade Humana - UFSCar

A chegada de um novo membro à família é sempre esperada com muita alegria e ansiedade. Todavia implica na ruptura da rotina dos pais e demanda um período inicial de adaptação e cuidados intensivos com o bebê. Passado esse período crítico, onde todas as atenções se voltam para o novo integrante, a rotina familiar vai se reestruturando e, com ela, são retomados os relacionamentos sociais, as atividades profissionais e de lazer. Nesse contexto, ressurge também o desejo de resgatar a aventura e as viagens à natureza, deixadas temporariamente em segundo plano. O presente ensaio visa compartilhar as experiências de aventura na natureza em família, discorrendo sobre a reconfiguração e a ressignificação destas após a chegada de um filho. Trata-se de um relato de experiência, com característica descritiva, tendo a observação participante como instrumento de coleta de dados. As observações assistemáticas foram realizadas ao longo de um período de três anos, tendo sido estabelecidas as seguintes categorias de análise: os parceiros e companheiros de aventura passam a ser, predominantemente, outros casais com filhos pequenos, pois a compreensão, a colaboração e a ajuda mútua de pessoas na mesma situação demonstram ser importantes aliados; os destinos continuam variando, porém passam a ser mais próximos, visando diminuir o tempo de permanência no interior dos veículos (o número de paradas para apreciação cênica, descanso e cuidados com higiene e alimentação tende a aumentar); os roteiros de aventura passam a ser ainda melhor planejados, envolvendo análise de toda a logística e preparação mais cuidadosa; a seleção dos meios de hospedagem torna-se mais criteriosa, priorizando a praticidade e

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o conforto do bebê; a bagagem, antes reduzida às necessidades básicas, passa a incorporar os mais variados acessórios e equipamentos, incluindo alguns itens considerados supérfluos; a disposição e o desprendimento dos envolvidos também precisam ser proporcionalmente maiores, visto que algumas vezes torna-se inviável a aproximação dos pontos e atrativos mais aguardados, devido a imprevistos. Apesar de todas as reconfigurações necessárias, o desejo de aventura permanece ou é até mesmo intensificado. As viagens e experiências na natureza em família adquirem novo significado. Pela qualidade da experiência sensível envolvida, a interação dos bebês e crianças com os elementos da natureza revela-se extremamente saudável e estimulante. Os pequenos aprendem desde cedo a apreciar a fauna, a flora, relacionando-se de forma harmônica com os elementos da natureza (água, areia, seixos rolados, folhas de diferentes formas, cores e texturas, insetos e pequenos animais, sol, chuva, lua, estrela entre outros), cujos estímulos são determinantes para o seu desenvolvimento cognitivo e psicomotor. Os pais redescobrem os detalhes e a grandiosidade da natureza e do universo através do encantamento de seus filhos frente a estes elementos. A afetividade e o vínculo familiar são reforçados por meio das situações de compartilhamento e cumplicidade. O conceito de aventura se transforma e adquire uma nova dimensão, impregnada por valores e atitudes de solidariedade, amor e respeito. Sugerem-se estudos ulteriores, envolvendo amostras mais representativas e outros métodos de investigação, que possam aprofundar a temática aqui abordada.

Palavras-chave: aventura, natureza, família.

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ATIVIDADES FÍSICAS DE AVENTURA NA NATUREZA E SAÚDE: NOVAS PERSPECTIVAS

Michel Binda Beccalli Ms. Andreia Silva ESFA/NUAr

A saúde é um tema que vem sido exaustivamente debatido em várias esferas da sociedade, bem como no meio acadêmico. A dimensão que as problemáticas relacionadas ao tema tomaram são de uma magnitude preocupante no que diz respeito à subsistência do ser humano. A saúde não deve ser entendida apenas como um estado com ausência de doenças, mas deve ser entendida num conceito mais amplo, abrangendo também as dimensões cognitiva e social do ser humano, bem como a interação deste com o meio do qual faz parte. A partir desse entendimento, voltamos nossos olhares para as atividades físicas de aventura na natureza (AFAN) destacando seu potencial no sentido de contribuir com a saúde dos indivíduos para além dos benefícios fisiológicos proporcionados pela prática das mesmas, uma vez que estas contribuem num contato maior com o meio natural, podendo reaproximar ser humano e natureza, e contribuindo na sensibilização do indivíduo no que diz respeito ao estabelecimento de relações de amizade, enxergando o outro enquanto parceiro na aventura. Portanto, pode-se inferir que uma relação social salutar, que pode ser propiciada pela prática das AFAN, pode contribuir positivamente na esfera multifatorial que compõe a saúde, entendida aqui num conceito amplo. Ainda nessa perspectiva apontamos para as AFAN como uma vivência que pode servir como “válvula de escape da vida cotidiana e do estresse da vida urbana”, bem como uma “fuga de valores que são vividos no cotidiano das pessoas”. Contudo, uma das preocupações que se faz presente

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no âmbito das AFAN é a maneira como essas atividades são encaradas pelos praticantes, pois deve-se atentar para o fato de que, muitas vezes, alguns padrões vividos no meio urbano são levados para o meio natural. Amparados no acima exposto e conscientes da importância da adoção de ações preventivas cada vez mais cedo, apontamos para o espaço das aulas de Educação Física no ambiente escolar como meio promissor no sentido de disseminação dos conhecimentos básicos necessários à construção de uma autonomia no que tange promoção e manutenção de saúde. Para tanto, o presente estudo tem por objetivo central verificar o potencial das AFAN no processo de construção de uma autonomia voltada para a promoção e manutenção de saúde, para além da perspectiva fisiológica, dentro do ambiente escolar. A pesquisa foi de caráter qualitativo do tipo exploratória, com procedimento de pesquisa de campo. Como instrumentos de coleta, foram adotadas observação participante e entrevistas semi-estruturadas. Para a análise de dados utilizamos a análise de conteúdo. A amostra da pesquisa corresponde a jovens regularmente matriculados no Ensino Médio da Escola São Francisco de Assis (ESFA). O feedback dos educandos em relação às aulas desenvolvidas legitimam todos os pressupostos apresentados até então, apontando para a necessidade latente do desenvolvimento de aulas de Educação Física com vistas a propiciar esse tipo de vivência, bem como a (re)construção

coletiva

de

valores

pertinentes

a

elas,

buscando

o

desenvolvimento de uma prática contextualizada e efetivamente significativa e, portanto, capaz de gerar mudanças efetivas de hábitos de vida, incluindo, dessa maneira, as relações sociais e com o meio ambiente no entendimento que se tem acerca da saúde. A partir das considerações apresentadas, faz-se necessário enfatizar o papel da escola enquanto instituição educacional, de correlacionar os saberes construídos dentro dela com a vida cotidiana dos educandos, o que facilita o processo de (re)significação do conhecimento

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produzido. Portanto, o conteúdo deve transcender a esfera escolar e levar em consideração as diversas dimensões que permeiam o ser humano (cognitiva, biológica e social), as quais influenciam diretamente na saúde do indivíduo. Palavras-chave: Atividades de aventura na natureza, Educação Física escolar, saúde.

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PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE ATIVIDADES DE AVENTURA EM ANAIS DE EVENTOS Viviane Kawano Dias Priscila Raquel Tedesco da CostaTrevisan Norma Ornellas Montebugnoli Catib Jossett Campagna Graziela Pascom Caparroz Cristiane Naomi Kawaguti LEL – Laboratório de Estudos do Lazer /UNESP – Rio Claro

Reflexões acerca das relações entre o ser humano e a natureza têm sido foco de interesse em diversas áreas do conhecimento, especialmente no que concerne às atividades de aventura, temática que vem se tornando uma perspectiva crescente como opção no âmbito do lazer e muito difundida no campo acadêmico. Entretanto, a disseminação da produção do conhecimento sobre esta temática, ainda é esparsa, necessitando ser agrupada, no sentido de favorecer informações mais precisas. Sendo assim, o presente estudo, caracterizado por uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa, teve como objetivo, investigar a produção de conhecimento em forma de pesquisas científicas, referentes a trabalhos concernentes às atividades de aventura, apresentados em forma de comunicações orais e pôsteres, publicados em anais pertinentes a 3 dos principais congressos consolidados no Brasil, ocorridos nos últimos três anos (2007-2009), limitando-se exclusivamente, à área de Educação Física. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi a análise documental, realizada em trabalhos divulgados e classificados de acordo com os títulos. Com base na Técnica de Análise de Conteúdo Temático, evidenciou-se a incidência de 47 trabalhos, sendo que as temáticas de maior incidência foram: Biomecânica e Fisiologia relacionadas às atividades de

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aventura, com 14 trabalhos, seguido das temáticas envolvendo a Produção do conhecimento e significados das atividades de aventura, com 9 trabalhos; 6 trabalhos relacionados à questão do corpo; 4 trabalhos sobre história, políticas públicas e espaços; 4 sobre ensino, formação profissional e treinamento; 4 sobre psicologia, gênero e sociologia; 5 trabalhos relacionados com a temática do risco; apenas 1 trabalho referindo-se às atividades de aventura e o público idoso. Os resultados do estudo apontam uma ligeira predominância da produção científica acerca das Atividades de Aventura relacionada à temática da biomecânica e de aspectos fisiológicos, quando tomados individualmente. Entretanto, quando somados todos os outros temas, pode-se perceber a grande

atenção

psicológicos,

dos

políticos

pesquisadores e

de

dada

formação.

aos

aspectos

Curiosamente,

sociológicos,

os

resultados

demonstram uma discrepância em relação às pesquisas sobre o risco, aspecto que tem direta relação com a temática da aventura. Algumas lacunas em relação à produção do conhecimento acerca das práticas de atividades de aventura pode-se perceber, quando se observou apenas 1 estudo referente à relação das atividades de aventura e o público idoso. Interessante notar-se uma limitação do estudo, no sentido de que o título dos trabalhos podem não conter informações precisas sobre o teor real do assunto tratado ao longo da pesquisa. Neste sentido, torna-se premente que novos estudos sejam definidos no intuito de ampliar as reflexões acerca desta temática, procurando gerir as informações advindas da produção do conhecimento a este respeito e promover melhor configuração para o campo do estudo das atividades de aventura. Palavras-Chave: Atividades de Aventura, Produção Científica, Eventos.

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PRÁTICAS CORPORAIS NA NATUREZA: UMA PROPOSTA PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Priscilla Pinto Costa da Silva Universidade de Pernambuco/Universidade Federal da Paraíba Cheng Hsin Nery Chao Universidade Estadual da Paraíba

Este estudo é um recorte da pesquisa Educação Ambiental nas Práticas de Atividades Outdoor. As práticas corporais na natureza estão em crescimento desde os anos de 1960/70, como viés na promoção do lazer, sendo este um fenômeno interdisciplinar, possibilitando contribuições para o desenvolvimento pessoal e social, no qual está inserido a busca pelo prazer. Associar tais práticas ao lazer desperta o desejo do homem citadino, a busca de novas descobertas, aventurando-se através da natureza desconhecida, além de possibilitar a compreensão dos valores e significados evidenciados a uma ética sustentável, preocupando-se com a não dominação do homem nos espaços explorados e a sua conservação. No entanto, os praticantes nem sempre se encontram em uma posição ética e sensibilizadora frente aos espaços naturais. Tendo alicerce nestas premissas, o presente estudo tem como objetivo analisar possibilidades de sensibilização ambiental por meio de uma proposta pedagógica baseada em uma metodologia educativa através de atividades lúdicas e reflexivas, sensibilizando os indivíduos que vivem em uma rotina agitada, encontrada nos espaços urbanos. Como metodologia, foi desenvolvida a pesquisa-ação, aplicada em estudantes universitários com idade entre 17 a 25 anos, de ambos os gêneros. Foram realizadas cinco intervenções, sendo os momentos 2, 3 e 4, foi aplicada uma adaptação ao aprendizado sequencial, considerando as quatro fases caracterizadas por: I despertar o entusiasmo; II

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concentrar a atenção; III dirigir a experiência e IV compartilhar a inspiração. Nas fases I, II e IV foram respeitadas as atividades lúdicas sugeridas pelo autor, e na fase III foi incluída a prática do rapel.

A intervenção 2 foi

desenvolvida em ambiente artificial, e as intervenções 3 e 4 desenvolvidas em ambientes naturais. Como técnicas e recursos para a coleta de dados foram utilizados questionário, entrevista semi-estruturada, observação participante, diário de campo e uma câmera digital. As entrevistas foram transcritas, e analisadas na forma de análise de discurso, interpretando o que foi presenciado, relacionado com o que vem sendo encontrado nas fontes de informações visitadas (livros, periódicos, em bases de dados eletrônicas, e impressas). Vale ressaltar que foram respeitados os aspectos éticos regulamentados pela Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde/MS, assegurando os direitos e deveres que dizem respeito à comunidade científica, ao(s) sujeito(s) da pesquisa e ao Estado. Os resultados encontrados apontaram que 66% dos atores sociais não tinham vivência em práticas corporais na natureza, mas todos eram cientes dos problemas ambientais por ações antrópicas. As expectativas mais citadas foram acerca da aprendizagem, vencer desafios, diversão, autocontrole, oportunidade e outros aspectos. Os atores sociais declaram que as atividades lúdicas revelam sensibilização e aproximação do “eu” com a natureza, e desenvolveram confiança diante o grupo, além disso, eles destacaram que estas atividades, permitiram uma melhor compreensão a luz dos problemas ambientais, e como o homem pode minimizar alguns impactos ambientais, seja em espaços naturais, como na própria cidade. Os aspectos emocionais foram bastante destacados, encontrando uma bipolaridade entre os sentimentos, os que foram considerados positivos: prazer, desafio, alegria; e os destacados como negativos: medo, ansiedade, angústia, os quais concomitantemente estavam envolvidos em uma mesma lógica. Portanto, o estudo permite observar que as

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práticas corporais na natureza têm relações intrínsecas com a educação ambiental. O aprendizado sequencial fornece subsídios educacionais frente à ética ambiental e sensibilizadora, além de despertar criticamente ponderações a luz de uma reaproximação do homem enquanto elemento da natureza. Palavras-chave: Práticas corporais na natureza, Educação ambiental, Sensibilização

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COMPORTAMENTO AMBIENTAL DE TURISTAS MOTIVADOS POR AMBIENTES NATURAIS

Clóvis Piau Santos Deise Danielle Neves Dias Piau Sérgio Souza Magalhães Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC/BA

De menor impacto em degradação ambiental quando comparado a empresas em todo o mundo, o cidadão passou a ser responsável por mudanças de valores, atitudes e comportamentos nos locais em que vive, sendo um agente reverberador sistêmico de uma engrenagem maior, o planeta terra. Área de estudo em destaque nos últimos anos, evidenciado principalmente pela crise climática instalada em níveis globais, o meio ambiente recebeu diversos conceitos que procuraram trazer com maior interação o seu significado, assim, a noção de meio ambiente engloba, ao mesmo tempo, os meios cósmicos, geográficos, físicos e sociais com suas instituições, culturas e valores. O presente estudo objetivou analisar o comportamento de turistas motivados por ambientes naturais junto às questões ambientais, comparando o perfil comportamental por época de visitação. Foi escolhida a Chapada Diamantina para o estudo, região que engloba a área central do Estado da Bahia, onde o Parque Nacional da Chapada Diamantina está localizado, ocupa uma área de 41.751km² que engloba 33 municípios. Para coleta de dados e aplicação do estudo, foi selecionado intencionalmente o município de Mucugê, localizado no centro-sul desta região. Por este motivo abriga 52% do Parque Nacional da Chapada Diamantina, local de grande potencial turístico natural e histórico. O estudo assumiu um caráter descritivo com uma abordagem quantitativa. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado o questionário Pentáculo do Meio

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Ambiente, composto por 5 componentes ambientais, proposto por Santos e Magalhães (2006). A população foi definida pelo número de visitantes do Parque Municipal de Mucugê tomando à média dos últimos 05 anos (n=10.170), assim, a amostra assumiu um erro de 5%. Foram entrevistados 290 turistas de ambos os gêneros, masculino (n=166) e feminino (n=124), com idade média de 29,96 anos (± 13,74) variando entre 11 e 72 anos, compostos numa subcategoria por época de visitação (n= 72) 24,8% na baixa estação, (n= 132) 45,5% na alta estação e (n= 86) 29,7% nos feriados. Durante o processo de pesquisa realizaram-se 16 intervenções distribuídas entre o período de agosto de 2007 a julho de 2008, a fim de que pudessem ser avaliados turistas da baixa estação e dos feriados. Para tratamento dos dados foi utilizado o pacote estatístico SPSS for Windows versão 7.5. Para comparação das médias foi feita a análise de variância ANOVA com testes de Tukey para as significâncias (p
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