A GEOGRAFIA POLÍTICA E A POLÍTICA DE COESÃO TERRITORIAL DA UNIÃO EUROPEIA (2014)

October 12, 2017 | Autor: Aldomar Rückert | Categoria: Geografía Política, Gestão territorial
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1. A GEOGRAFIA POLÍTICA FRENTE A DESAFIOS DE ANÁLISES CONTEMPORÂNEAS
3.3 Desemprego, resiliência das regiões e gastos da União Europeia
Como andam os PIIGS? Entre o discurso da recuperação europeia e a realidade dos fatos: PORTUGAL, IRLANDA, ITALIA, GRÉCIA, ESPANHA: desemprego e dívidas governamentais crescentes; baixa recuperação do PIB e desemprego de jovens com menos de 25 anos
3.3 Desemprego, resiliência das regiões e gastos da União Europeia
O DISCURSO DA RECUPERAÇÃO ECONOMICA DOS PAÍSES DA OECD: DISCURSO:
"Recuperação sustentável".

"As economias da área do euro, (...) parecem estar se recuperando (...) (pg. 2).

"A confiança tem melhorado".

Progressos: redução dos desequilíbrios fiscais.

Melhoria da competitividade em muitos países vulneráveis" (pg. 2).
COMPARATIVO DE INVESTIMENTOS ANUAIS DO FUNDO DE COESÃO DA UE X INVESTIMENTOS NOS PAÍSES PIIGS (2001-2013) (VALORES ABSOLUTOS E RELATIVOS):
OS GOVERNOS NÃO TEM COMO TOMAR OS FUNDOS PORQUE NÃO TEM RECURSOS SUFICIENTES PARA 50 % DE CONTRAPARTIDA (EX-ANTE => ESTABILIDADE FISCAL)
VARIAÇÃO ANUAL DO PIB NOS PAÍSES PIIGS - PORTUGAL IRLANDA, ITÁLIA, GRÉCIA, ESPANHA EM COMPARAÇÃO AOS 28 PAÍSES DA UNIÃO EUROPEIA

FONTE: Data extracted on 11 Sep 2014 18:33 UTC (GMT) from OECD.Stat, 2014.
ORGANIZAÇÃO: Adriana Albanus e Alessandra Kich Cardoso
3.3 Desemprego, "resiliência" (resistência) das regiões e gastos da União Europeia
"Resiliência das regiões segundo estudo da ESPON

Avaliação recente da capacidade de uma economia regional para resistir, absorver ou superar um choque conômico interno ou externo".

Regiões resistentes (RS)- AZUL
(norte de Alemanha e Polônia)
Regiões recuperadas (RC)
Não recuperadas, mas em recuperação
Não recuperadas, ainda em declínio.
ESPON. Economic crisis: resilience of regions. Louxembourg: 2014. Executive Summary.

PALAVRAS FINAIS: O QUE PODEMOS APRENDER A FAZER EM GEOGRAFIA POLÍTICA E GESTÃO TERRITORIAL?
..E NÓS NO BRASIL?
Geografia: um enfadonho campo de conhecimento que caiu no imobilismo epistemológico desde os anos 1980.... ;
Guerras entre correntes epistemológicas tem sido o nosso prato favorito....;
Atoleiros e pântanos teóricos insuportáveis;
Ausência de geografia aplicada.
Somos hoje todos "engajados" ?
Imobilismo ou práxis?


Obrigado!
CAMPOS A DESBRAVAR E A CONSTRUIR EM GEOGRAFIA POLÍTICA E GESTÃO TERRITORIAL
CRIAR REDES TEÓRICO - TÉCNICAS NACIONAIS / INTERNACIONAIS – REDES DE GEOGRAFIA POLÍTICA E GESTÃO TERRITORIAL;
FORTALECER UM PENSAMENTO FEDERATIVO NACIONAL;
RETOMAR ESPAÇOS INSTITUCIONAIS PERDIDOS;
RESGATAR A UTILIDADE PÚBLICA DE NOSSAS DISCIPLINAS E CAMPOS DE ATUAÇÃO.



As consequências:

Desafios para os quais não temos mais tido uma formação adequada;

Trabalhar em geografia política aplicada a gestão territorial.

3.3 Desemprego, "resiliência" das regiões e gastos da União Europeia
Intepretação do gráfico segundo a Espon – European Union , 2007-2010

Situação em deterioração:
Todos os países sofreram com a crise econômica mas os impactos foram diferentes;
Os países bálticos:
LV = Letônia - Latvijua
EE = Estônia - Eesti
LT = Lituânia – Lietuv
Apenas a Alemanha estaria em situação melhor, mas seu PIB também começa a cair.
(ESPON. First ESPON 2013 Synthesis Report. New evidence on smart, sustainable and inclusive territories. Luxembourg, 2010. p. 19-20).
3.3 Desemprego, "resiliência" das regiões e gastos da União Europeia
Desemprego na Europa em 2010;
Zonas de alto desemprego no leste, sul e oeste;
As áreas de desemprego em forma de "U":

Quanto mais vermelho maior é o desemprego : da Península Ibérica ao Leste Europeu e ao norte, vermelhos constantes.
3.2 Revisões da Política de Coesão Territorial nos anos 2000-2014-2020.
Um exemplo das Reformas e ajustes estruturais:
condicionalidade macroeconômica dos governos nacionais a tomar recursos da União Europeia

Governos com déficits excessivos e com má aplicação dos fundos europeus: suspensão dos repasses dos fundos estruturais. Ex: Grécia.

Demonstração dos governo nacionais:

"ex-ante" (não pode ter déficit fiscal);

"ex-post" (comprovar as prestações de contas com resultados de investimentos em competitividade e inovação com reformas estruturais)


2.1. O Novo Regionalismo e suas relações com a política de coesão territorial da União Europeia
DISCURSO DA REEMERGÊNCIA DAS REGIÕES COMO INSTRUMENTOS DE DESENVOLVIMENTO
FONTE: FERNANDEZ, AMIN, VIGIL. 2008.
IKED: International Organisation for Knowledge Economy and Enterprise Development – Nordic Countries;

GDI: German Development Institut, Bonn;

GREMI: Groupe de Recherche Européen sur les Milieux Innovateurs, Grupo franco-italiano (Camagni. 1991);
IDS – Institut of Development Studies

EUROPE INNOVA – Comissão Europeia

DG REGIO – Diretoria Geral Regiões – Comissão Europeia

OECD – The Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) (Paris, Berlim) (34 países, Europa, América do Sul, região Ásia-Pacífico,)

ESPON – European Spatial Planning Obsevration Network – rede de 28 laboratórios em cada país da União Europeia; apoio da Comissão Europeia


2. A POLÍTICA DE COESÃO TERRITORIAL DA UNIÃO EUROPEIA EM CENÁRIO DA CRISE ATUAL
1.1 Usos políticos do território e as dinâmicas territoriais
A recuperação do conceito território tem trazido várias abordagens porém também grandes imprecisões.

O artigo clássico de Bertha Becker: "Uso político do território: questões a partir de uma visão do Terceiro Mundo" (1983): aparentemente esquecido? As dinâmicas do capital internacional sobre o "terceiro mundo"...

Afirmações genéricas de que "não é mais o território em si que importa mas os usos que se faz dele" (SANTOS) isto queria dizer: dinâmicas territoriais?
Não sabemos....discursos...discursos...
1. A GEOGRAFIA POLÍTICA FRENTE A DESAFIOS DE ANÁLISES CONTEMPORÂNEAS
A "reflexão" sobre a natureza do poder continuam relativamente raras (CLAVAL, 1979, 2010).
A reflexão sobre as relações entre a natureza do poder com as dinâmicas territoriais é mais rara ainda.

Menor ainda é a presença da Geo Pol atuando em gestão territorial.
Dinâmicas territoriais:
A dimensão mais geográfica da análise da Geografia Política (ROSIÈRE, 2007). Mas, o que isto quer dizer, afinal?
1. A GEOGRAFIA POLÍTICA FRENTE A DESAFIOS DE ANÁLISES CONTEMPORÂNEAS
A Geogr. Política:
Pouca pragmaticidade.
Baixa produção científica e técnica sobre as políticas territoriais.
Produção técnica em formulações de políticas territoriais : grandes ausências.
Razão de ser: íntima conexão com a raison d'état (AGNEW, 2002).
2.1. O Novo Regionalismo e suas relações com a política de coesão territorial da União Europeia
PRINCIPAIS THINK TANKS DOS PAÍSES CENTRAIS VINCULADOS AOS CONCEITOS DO NOVO REGIONALISMO
FONTE: FERNANDEZ, AMIN, VIGIL. 2008.
DIFUSÃO NAS AMÉRICAS

THINK TANKS ACADÊMICOS

ISC – Institut for Strategy and Competitivenes – Business School – Harvard University

ORGANISMOS SUPRANACIONAIS
UNCTAD – Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento;

ORGANISMOS FINANCEIROS

BANCO MUNDIAL
BID – Banco Interamericano de Desarrollo

CEPAL – Comissão Econômica para a América Latina / GTZ – Ministério Cooperação Econômica – Alemanha;

CAF – Caja Andina de Fomento
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – SEBRAE - BRASIL


2.2 A abordagem territorial no foco da OCDE: políticas "place based"
VISÃO TRADICIONAL DA OCDE – DG REGIO - política dirigida para as regiões em desvantagens- regiões com menos de 75% do PIB médio europeu.
"PLACE BASED TERRITORIAL POLICIES":
Desenvolvimento territorial: desenvolvimento endógeno de cada cidade e região.
Desenvolvimento tecnológico: fator de produção – variável endógena.
Cidades e regiões ganhadoras: aquelas que tem vantagens competitivas, as melhores.
(OECD. OECD Territorial Outlook. Territorial Economy. Paris: OECD, 2001)
2.2 A abordagem territorial no foco da OCDE: políticas "place based"

Reformas e ajustes estruturais pós anos 2008 - na visão da OECD, suas concepções e recomendações:
Em países com reveses econômicos as prioridades tem sido:

políticas orientadas para o mercado e privatizações;

reformas nos sistemas de educação, saúde, habitação, inovação, previdência;

"eficiência" no setor público e "melhoria" no sistema de impostos => equilíbrio fiscal e mais impostos.



(OECD. Structural reforms in times of crisis. Economic policy reforms 2012.Going for growth, 2012)
3.1 O Euroceticismo e o desemprego: pessimismo e otimismo
ALGUNS EXEMPLOS DE SESSÕES DEDICADAS À CRISE DURANTE A OPEN DAYS WEEK EM BRUXELAS EM OUTUBRO DE 2013 (PROMOVIDA PELA DG-REGIO- COMISSÃO EUROPEIA)

"How to make regions and cities more resilient to the economic crisis".
"Youth green jobs - Getting a job in 2013 that will last".
"Inclusive growth: Creating jobs for the young generation".

3.1 O Euroceticismo e o desemprego: pessimismo e otimismo
O euroceticismo ressurge com força:
Visão pessimista:
Em nome da competitividade:
controla-se a dívida pública, rebaixa-se os salários e se precariza o trabalho (BALIBAR, 2014, p. 16).
Visão otimista:
A UE tem grande peso na mundialização representa em torno de 20% do PIB mundial ( DIDELON et alii, 2009; RICHARD, 2012).
3. A POLÍTICA DE COESÃO TERRITORIAL DA UNIÃO EUROPEIA E A CRISE FINANCEIRA
O conceito de coesão territorial. Valorização da geografia ?
"Territory Matters": a geografia importa para a eficiência e equidade das políticas territoriais.



(FALUDI, A. PEYRONNI, J. Cohesion Policy contributing to territorial cohesion – scenarios. 2011, p. 9).
(ESPON. Territory matters for competitiveness and cohesion. Facets of regional diversity and potentials in Europe. Luxembourg, 2006).

3. A POLÍTICA DE COESÃO TERRITORIAL DA UNIÃO EUROPEIA E A CRISE FINANCEIRA
Introdução
1. A geografia política frente a desafios de análise contemporânea;
2. A geografia política e a política de coesão territorial da União Europeia em cenário da crise atual;
3. Dinâmicas territoriais, atores com perspectivas multiescalares: a política de coesão territorial e a crise financeira e institucional da união europeia;
Palavras finais: o que podemos aprender a fazer em geografia política e gestão territorial?
A GEOGRAFIA POLÍTICA E A POLÍTICA DE COESÃO TERRITORIAL DA UNIÃO EUROPEIA

O QUE PODEMOS APRENDER A FAZER?

Prof. Dr. Aldomar A. Rückert - UFRGS – CNPq
Apoio: CNPq, CAPES e FAPERGS
Equipe de apoio: Adriana Albanus – apoio técnico CNPq; Alessandra K. Cardoso – IC CNPq.
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10/9/2014

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% anual dos PIIGS no Fundo de Coesão

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