A Governança do e-Learning nas Instituições de Ensino Superior Público em Portugal: a dimensão institucional

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A Governança do e-Learning nas Instituições de Ensino Superior Público em Portugal: a dimensão institucional. João Paiva Monteiro, UIDEF-IE – Universidade de Lisboa, [email protected] Neuza Pedro, UIDEF-IE – Universidade de Lisboa, [email protected]

Resumo A presente comunicação decorre de um projeto de investigação cuja finalidade se associa à identificação de princípios orientadores para a governança do e-Learning em Instituições do Ensino Superior (IES) universitárias e politécnicas, assumindo-se como foco particular os fatores organizacionais. Para as IES atuais, o e-Learning assume valor estratégico sendo considerada uma ferramenta fundamental para a competitividade académica, contribuindo para a modernização, inovação e novas abordagens de governação no Ensino Superior. No campo teórico, o estudo fundamenta-se em modelos de organização e gestão universitária e na gestão para a mudança em processos de adoção de metodologias e tecnologias de e-Learning no Ensino Superior (ES). O quadro metodológico estrutura-se em três elementos principais: (1) recolha e análise sistemática da literatura sobre modelos de e-Learning benchmarking/e-maturidade, (2) mapeamento de indicadores associados à dimensão institucional do e-Learning, e (3) implementação de um estudo, pelo método de e-Delphi, realizado junto aos responsáveis institucionais e operacionais associados a atividades de e-Learning em universidades, institutos politécnicos e escolas superiores não integradas de Portugal. Como resultados preliminares identificam-se: (i) 46 modelos ligados a e- benchmarking e à avaliação da qualidade do e-Learning, (ii) um conjunto de dados resultantes do Delphi que sistematizam fatores de relevância para a definição de estratégias institucionais no domínio do e-Learning por parte das IES. Palavras-chave: e-Learning, ensino superior, e-maturidade, e-benchmarking, inovação e mudança organizacional.

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1. Introdução Ao longo da última década, o Ensino Superior (ES) em Portugal tem sido submetido a constantes mudanças de âmbito político, administrativo, financeiro, pedagógico e tecnológico, influenciado por fontes externas e internas de mudança, às quais necessitou dar resposta com alterações de âmbito organizacional/institucional. A necessidade de novos modelos organizacionais e pedagógicos no ES decorre, não só de compromissos políticos, económicos e estratégicos, mas também da necessidade de adaptação do ES à Sociedade de Informação e do Conhecimento, em permanente mudança, bem como a paradigmas de ensino e de aprendizagem ativos e inovadores (Bates & Sangrá, 2011; Sangrá, 2008). Surgem assim novos conceitos e abordagens à gestão das IES e nomeadamente na gestão das tecnologias de informação (TI) em processos de ensino e aprendizagem, enquanto catalisadoras da mudança institucional, mas que necessitam de uma abordagem estruturada, coordenada e integrada com a estratégia e governação das IES (Alaeddini & Kardan, 2010). 1.1

Propósito do Estudo

O presente trabalho (inserido na investigação no âmbito do Doutoramento em Educação e Tecnologias de Informação e Comunicação) assume como propósito geral, sinalizar quais os fatores internos e externos que determinam o menor ou maior desenvolvimento do e-Learning nas IES, com foco na dimensão organizacional/institucional (Monteiro & Pedro, 2014) e a sua influência na governação do e-Learning nas IES em Portugal. Neste âmbito o e-Learning será entendido como: “uma abordagem de ensino e de aprendizagem que pode incluir de forma integral ou parcial um modelo pedagógico suportado por recursos, ferramentas e dispositivos eletrónicos, como forma de enriquecer os processos de comunicação e interação em ambientes educativos”. (traduzido e adaptado de Sangrà, Vlachopoulos, & Cabrera, 2012, p. 152).

2. Ensino Superior e e-Learning Uma das problemáticas passíveis de identificar atualmente no ES, liga-se à forma como as TI são potenciadas para responder à componente organizacional e institucional das IES, perante a Sociedade de Informação (Bryant & Walker, 2013). 2

À necessária modernização do ES

encontram-se subjacentes

as

mudanças

organizacionais nas IES, o que conduz a abordagens transversais sobre a cultura e mudança organizacional nas instituições de ensino superior, sobre modelos de organização e gestão universitária (Teixeira, 2012) e que se repercutem nos processos pedagógicos e tecnológicos. A introdução e adoção plena do e-Learning exige um processo de planificação e mudança organizacional, com alteração/revisão da cultura e missão da Universidade, bem como, das suas estruturas e práticas administrativas e pedagógicas, sendo frequente a emergência de dificuldades relacionadas com a mudança organizacional e a capacidade estratégica. Identifica-se dessa forma, uma relação estreita entre a cultura ou ambiente organizacional e as contingências internas e externas que caracterizam o processo estratégico para a adoção do e-Learning (Boezerooij, 2006). Verifica-se assim que a dimensão organizacional/institucional na implementação de projetos de e-Learning no Ensino Superior possui ampla complexidade e assume particular importância nos projetos de e-Learning no ES, nomeadamente considerandose a sua interligação com as dimensões pedagógica e tecnológica. No contexto português, o Conselho Nacional de Educação (CNE) promoveu a realização de um estudo sobre este tópico (Pedrosa, Santos, Mano & Gaspar, 2012), no qual se refere um novo modelo de organização e gestão que introduziu um conjunto de mudanças nas IES, sendo que cada instituição adotou este modelo aos seus contextos específicos. Ainda no contexto nacional as problemáticas associadas à gestão e governança do ensino superior tem vindo a ser amplamente estudadas, tendo um quadro jurídico-legal vasto, guiado pela Lei nº 62/2007, de 10 de Setembro, que define o regime jurídico das instituições de ensino superior (RJIES). O RJIES está imbuído de uma ideia expressa por Prado (2009, citado por Neave & Amaral, 2012) “For the university time is no more that of savants and philosophers, but rather of administrative staff and their managerial approach” (p. 173), desenhando uma nova forma de gestão do ES, importando modelos e práticas de gestão do sector privado, como forma de aperfeiçoamento da organização e da qualidade de funcionamento do sector público (Mozzicafreddo & Gomes, 2001), neste caso o ensino superior. As IES possuem igualmente a capacidade de se autorreformar, de ser reorganizar de forma autónoma, em função de fatores intrínsecos e extrínsecos, aderindo progressivamente a novas formas de governança (Barrias, 2014) como os

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regimes fundacionais, ou mesmo constituindo parcerias e fusões institucionais, com vista a responder aos desafios do mercado. É neste contexto que se entende importante identificar as contingências e potencialidades associadas a processos organizacionais, procurando-se caracterizar a forma como os programas de e-Learning têm sido assumidos e considerados nos últimos anos no contexto das IES nacionais, olhando tais processos sob uma perspetiva organizacional e consequentemente atendendo a aspectos associados à governança. 2.1

A governança do e-Learning no Ensino Superior

A evolução da Sociedade nas suas múltiplas dimensões, social, económica, tecnológica, entre outras, alterou o conceito de Universidade como centro do saber, descentralizando o papel da universidade tradicional, perante o surgimento de novos meios (media) e recursos de aprendizagem, que dão lugar a uma conceptualização do ensino superior, não como uma instituição, mas sim como uma identidade global, que deve explorar os desafios e oportunidades face à era digital (Altmann & Ebersberger, 2013). Verifica-se assim uma dicotomia entre a forma e função da instituição universitária delineando vetores de mudança nas políticas e de governança do Ensino Superior (Saraiva, Coelho & Rosa, 2007). As Tecnologias de informação (TI) nas organizações não devem restringir-se a suportar as estratégias de negócio, mas devem ser elas próprias modeladoras de novas estratégias (Alaeddini & Kardan, 2010), pelo que a inevitabilidade e a necessidade das tecnologias digitais assumirem e conduzirem um papel central nas instituições universitárias implicará que estas tenham de desenvolver um conjunto de estratégias para a mudança, o que resulta na reestruturação da própria universidade (Campaniço & Pedro, 2014), o que as conduz a refletir sobre questões como: a gestão estratégica, a governança para as tecnologias, a capacidade transformadora das tecnologias, revelando a necessidade de uma melhor análise organizacional das universidades, que contribua para uma melhor gestão de políticas (Altmann & Ebersberger, 2013). Num contexto de caracterização e abordagem à dimensão institucional e estratégica do e-Learning no ES em Portugal releva-se o trabalho desenvolvido por Batista (2011), onde sobressai a identificação de boas práticas de suporte à decisão política, configurando-se a dimensão institucional como um dos pilares que sustenta a estratégia, a adaptação e a mudança das estruturas e processos institucionais sobre o e-Learning,

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criando um contexto organizacional favorável ao seu desenvolvimento (Mendonça, Cassundé, Andrade & Paiva, 2013).

2.1.1 Governança do e-Learning Sistematizando a literatura, a governança do e-Learning refere-se ao estabelecimento de objetivos estratégicos institucionais que incluem explicitamente o e-Learning, no que se refere às políticas de ensino e aprendizagem da instituição. Inclui uma visão prospetiva e a definição de uma missão operacional para a utilização institucional do e-Learning, ambas alinhadas com as estratégias da instituição, com o seu orçamento financeiro, com as expectativas do corpo docente, discente e outros agentes envolvidos (Boezerooij, 2006; Bullen, 2014; Marshall, 2007). A componente mais visível dos mecanismos de governação do e-Learning são as estruturas organizacionais onde se localizam a tomada de decisão- as lideranças (Alaeddini & Kardan, 2010). A necessidade de uma liderança institucional vocacionada para as tecnologias e a sua prática fundamenta-se num cenário de mudança e consequentemente de maior complexidade, sobre o papel que desempenham as tecnologias nas IES. Uma liderança individual e centralizada, como é usual identificar nas IES deixou de ser adequada para ambientes institucionais onde as TI possuem um papel relevante, pelo que deve dar lugar a uma liderança distribuída ou partilhada, onde a ação de liderança de um líder tecnológico, se centra na promoção e valorização das TIC na instituição (Bush & Middlewood, 2013). A falta de estabelecimento de uma liderança tecnológica, de uma equipa e de um plano formal para as TI resulta num dilema institucional no que respeita aos sistemas e infraestruturas tecnológicas (Cifuentes & Vanderlinde, 2015). 2.2

e-Benchmarking e e-maturidade organizacional

Uma das principais questões na implantação do e-Learning com sucesso nas organizações são as multiplas barreiras associadas a esse processo, devendo desenvolver-se recursos e ações que permitam descrever e analisar os processos de gestão de e-Learning nas organizações (Petch, Calverley, Dexter & Cappelli, 2007). Essa análise pode ser fundamentada no quadro da e-maturidade, entendida como a capacidade de uma organização tomar decisões estratégicas no que se refere a uma

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utilização eficaz das tecnologias, com o objectivo de melhorar o se desempenho organizacional e de negócio (Rodrigues, Tarouco & Klering, 2012). No que se refere ao e-Learning, a e-maturidade permite caracterizar através de procedimentos de e-benchmarking, os processos de planeamento e gestão, recursos e resultados que devem sustentar uma tomada de decisão para a efetiva implantação do eLearning (Petch. et al., 2007). Considerando as organizações educativas, nomeadamente as de ensino superior, a ematuridade refere-se à capacidade de uma organização garantir o desenvolvimento do eLearning, tendo em consideração a necessidades dos diversos stakeholders (alunos, docentes, funcionários, instituição, comunidade) no que respeita ao processo de ensino e aprendizagem (Marshall, 2007).

3. Metodologia 3.1

Fase 1 - Revisão de literatura por scoping review

No sentido de identificar o conceito-chave para início do processo de revisão sistemática da literatura tomou-se como referência principal o conceito de ‘e-learning benchmarking’ (Bacsich, 2005; Scepanovic, Devedzic & Kraljevski, 2011) e procurouse identificar o conjunto de modelos e outros referenciais de relevo associados ao design e implementação de programas de e-Learning para o ES, fazendo consequentemente incidir a análise sobre a dimensão organizacional e institucional de tais modelos. De entre os métodos de revisão sistemática da literatura, elegeu-se o scoping review como um método apropriado para o processo de revisão sistemática da literatura a utilizar, na medida em que o mesmo permite um levantamento rigoroso da literatura de modo adaptável à natureza dos trabalhos eleitos para análise e a inclusão de estudos analíticos e de desenvolvimento onde os resultados/conclusões não são representados em expressões numéricas (Arksey & O’Malley, 2005). Com base no propósito central do estudo, enunciou-se uma questão orientadora para o processo de revisão sistemática: Considerando os modelos de e-Learning benchmarking desenvolvidos nos últimos anos, em que medida se revela nestes a presença explícita da dimensão organizacional enquanto indicador de avaliação da e-maturidade nas IES? E como se estrutura a mesma?

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A questão permite identificar os critérios para seleção das fontes de informação, conforme estabelecido por Cummings, Browner e Hulley (2003, citado por Vilelas, 2009). 3.1.1 Resultados obtidos O processo inicial de pesquisa conduziu a um corpo de dados que se materializou em 46 modelos e referenciais de avaliação da qualidade do e-Learning, desenvolvidos entre 1990 e 2014 (Abril) por entidades individuais ou coletivas de países da Europa, EUA, Austrália e Nova Zelândia. Após o estabelecimento do corpo inicial de modelos e referenciais a analisar foi desenhada uma matriz de análise de informação para cada modelo, com base nas questões orientadoras: a. que modelos de e-benchmarking possuem na sua estrutura uma dimensão organizacional e de que modo se estruturam? b. que nomenclatura e terminologia (estrutura, hierarquia) utilizam os modelos de e-Learning benchmarking e e-maturidade? c. que escalas e métricas são utilizados nos modelos? d. existem modelos semelhantes ou com a mesma estrutura de base, nomeadamente na dimensão organizacional? Nesse caso, complementam-se ou evoluem em sentido semelhante? Após sistematização e análise da informação recolhida, procedeu-se à aplicação sequencial dos seguintes critérios de exclusão, avaliando assim a elegibilidade dos modelos para o estudo em causa: C01 – O modelo não revela ter sido desenvolvido para/em ligação ao ensino superior ou para outros contextos educativos. C02 - O modelo ou referenciais não evidencia possuir uma ou mais dimensões organizacionais/ institucionais explícitas. C03 – Não se encontra informação de que o modelo se encontra ativo, em desenvolvimento e/ou em aplicação na atualidade. A aplicação dos critérios conduziu à redução dos 46 modelos iniciais para 11 modelos que encontrando-se atualmente ativos, foram desenvolvidos em relação com o contexto do ensino superior e que integram em si uma dimensão organizacional e/ou institucional explicita.

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3.2

Fase 2 - Mapeamento dos indicadores resultantes da revisão de literatura

Com base na informação dos 11 modelos eleitos procedeu-se, por técnica de análise de conteúdo, ao mapeamento de termos e expressões similares, com o objectivo de identificar e caracterizar os indicadores ou itens relativos à dimensão organizacional do e-Learning, num contexto de ensino superior. 3.2.1 Resultados obtidos Com base neste processo identificaram-se 32 itens organizados em temas como: (i) mudança organizacional para o e-Learning, (ii) política institucional e governança para o e-Learning, (iii) estratégia para o e-Learning, políticas constitucionais de nível financeiro, tecnológico, pedagógico, (iv) desenvolvimento profissional docente para o eLearning, (v) planeamento e gestão institucional, (vi) desenvolvimento institucional com o e-Learning, (vii), comunicação institucional para o e-Learning, (viii) gestão deestruturas e recursos de suporte ao utilizador, (ix) qualidade, acreditação e avaliação de iniciativas de e-Learning e (x) questões legais sobre e-Learning. Sobre os itens identificados foi ainda realizado um trabalho de enunciação sobre o seu significado, por forma a facilitar a sua compreensão no âmbito do estudo e-Delphi. 3.3

Fase 3 - Estudo e-Delphi

Considerando o tipo de estudo, estabeleceu-se como técnica para recolha de dados a método Delphi. Este fundamenta-se no envolvimento de um grupo de especialistas (designado por ‘Painel Delphi’), que de forma anónima responde a um questionário, recebendo em termos quantitativos e estatísticos retorno dos resultados obtidos das opiniões da globalidade do painel de especialistas. Este processo designado por ronda, repete-se o número de vezes necessário, até que se atinja um nível de consenso, pela redução e constrição de respostas obtidas agregando-se os juízos/opiniões individuais através de procedimentos matemáticos com vista a obter desta forma a opinião do grupo (Almenara & Moro, 2014). Este processo iniciou-se com a composição do painel de especialistas a integrar junto das IES da rede pública nacional, definindo neste contexto institucional dois perfis de especialistas: os responsáveis institucionais e os responsáveis operacionais, num total de 81 respondentes.

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A recolha de dados, concretamente a resposta ao Delphi, foi suportada numa plataforma electrónica (e-Delphi) e estruturou-se em duas iterações (rondas), ao longo do ano de 2015, decorrendo atualmente a terceira ronda. 3.3.1 Resultados obtidos Após as duas rondas e-Delphi implementadas, e apesar de os dados ainda não se apresentarem consolidados em termos estatísticos (por um limitado nível de consenso atingido), podem identificar-se preliminarmente um conjunto de indicadores/itens que os especialistas classificam em termos de importância na contribuição para o desenvolvimento do e-Learning nas IES:

Posição 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

Questão/Item

Estratégia institucional para e-Learning Afetação de recursos para as iniciativas de e-Learning Suporte institucional para desenvolvimento do e-Learning Infraestrutura e sistemas de informação para o e-Learning Pessoal de apoio a iniciativas de e-Learning Desenvolvimento profissional docente para o e-Learning Política institucional e governança para o e-Learning Liderança e responsabilidade institucional para o e-Learning Avaliação da qualidade em e-Learning Certificação e acreditação de e-cursos e programas em e-Learning Investigação e inovação em iniciativas de e-Learning Avaliação de necessidades para implementação de iniciativas de e-Learning Partilha institucional de recursos em iniciativas de e-Learning Incentivos aos docentes para a adoção e utilização do e-Learning Estratégia de captação de alunos através da oferta de cursos em e-Learning Resultados das iniciativas de e-Learning como elementos de monitorização e revisão da estratégia e-Learning Gestão formal e estratégica do e-Learning Iniciativas institucionais para o e-Learning Internacionalização de iniciativas de e-Learning Planeamento institucional para as tecnologias de informação e comunicação Colaboração interinstitucional no âmbito das iniciativas de e-Learning Incentivos para a adoção e utilização do e-Learning Impacto estratégico das iniciativas de e-Learning Colaboração interinstitucional no desenvolvimento da qualidade do e-Learning Existência do elemento “Promotor institucional’ de e-Learning Papel do e-Learning na estratégia e tomada de decisão institucional e no suporte à inovação Iniciativas locais ou departamentais para o e-Learning Comunicação interna na instituição sobre o e-Learning 9

29 30 31 32 33 34 35 36 37

Custos e benefícios do e-Learning Comunicação externa, marketing e publicidade para o e-Learning e-Learning e mudança institucional/organizacional Eficiência e sucesso das políticas e estratégias para o e-Learning Processos e mecanismos para a governação do e-Learning Representação e participação de diferentes stakeholders na gestão do e-Learning Questões legais sobre o e-Learning Política de valorização das acessibilidades a iniciativas de e-Learning Análise de risco em iniciativas de e-Learning

4. Conclusões preliminares Em face dos resultados obtidos nas três fases de investigação já realizadas, pode inferirse um conjunto de conclusões prévias. O estudo da dimensão organizacional e institucional das IES, no contexto das TI e do ELearning é escasso, isto é, o conceito ou abordagens sobre o papel das TI nas IES e a sua inclusão nos modelos e práticas de governação, continua reduzido a uma perspectiva tecnológica. O resultado prévio no fim das duas rondas Delphi, evidencia ainda que a perspectiva tecnológica, associada a aspectos como recursos e infraestruturas ainda permanece na visão institucional de algumas das IES. Se considerarmos os 10 itens considerados como mais relevantes, pode verificar-se que um outro conjunto de IES manifesta uma preocupação e um sentido de reflexão sobre a importância de factores de governação do e-Learning, como forma de o integrar e alinhar na governação de uma instituição. Porém observando os 10 itens considerados como menos relevantes-, também se evidencia (e em contraposição com a literatura e modelos de governação de e-Learning e TI) que existe ainda a necessidade de um desenvolvimento intra-institucional neste domínio, quando por exemplo os custos e benefícios, os processos e mecanismos para a governação ou a análise de risco em iniciativas de e-Learning, são itens pouco valorizados.

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