a historia da riqueza do homem

July 5, 2017 | Autor: Laiane Ruas | Categoria: Direito Civil
Share Embed


Descrição do Produto





Faculdades Santo Agostinho Curso de Graduação em Administração1º Período/Noturno
Faculdades Santo Agostinho
Curso de Graduação em Administração
1º Período/Noturno








LAIANE GOMES RUAS













FICHAMENTO





















Montes Claros,30 de outubro de 2014.

LAIANE GOMES RUAS























FICHAMENTO




Trabalho apresentado à disciplina Português I, ministrada pela Profª.Geane Sena, para obtenção parcial de nota.

















Montes Claros,30 de outubro de 2014.

Do Feudalismo ao Capitalismo Cap.I Sacerdotes,Guerreiros e Trabalhadores
HUMBERMAN,Leo.História da Riqueza do Homem.Tradução de Walter Dutra.16 ed.Rio de Janeiro:LTC,2010.p.3-33
01


No livro A História da Riqueza do Homem, Humberman coloca que a sociedade feudal consistia em três classes- Sacerdotes, guerreiros, trabalhadores, sendo que o homem que trabalhava produzia para ambas as outras classes.
Segundo o autor, esse trabalho que era exercido pelos servos era agrícola e realizado em áreas chamadas Feudos, cada propriedade feudal tinha um senhor, chamado senhor feudal, (Humberman diz: "O senhor não era proprietário de suas terras,ele também são arrendatários, eram varias as sucessões ate chegar a figura do rei,que seriam os donos da terra realmente,ou então eram arrendatários de outro rei."), que viviam em castelos ou em casas grandes sempre fortificadas, esse feudo se consistia em uma aldeia e várias centenas de áreas de terras agricultáveis nas quais o povo da aldeia(camponeses e servos) deviam trabalhar,levantando ainda outras duas características do feudalismo o autor diz que: As terras agricultáveis não eram contínuas, mas sim, dispersas em faixas ao longo de três campos.
Essas terras agricultáveis se dividiam em duas partes: Uma, a terça parte do todo pertencia ao senhor; a outra se destinava arrendatários (camponeses, vilãos e servos) que trabalhavam a terra esses arrendatários que cultivavam as terras em certos dias deveriam dar privilegio as do senhor, sendo elas sempre as primeiras a serem aradas, plantadas, colhidas e em caso de qualquer ameaça natural a colheita essas que pertenciam do senhor deveriam ser as primeiras a serem salvas.
Havia muitas divisões entre os servos, alguns com mais outros com menos privilegio, "os servos dos domínios" eram aqueles que viviam permanentemente para e pelo o senhor, estavam extremamente ligados a casa do senhor e trabalhavam unicamente em seus campos diariamente. Havia camponeses, esses eram muito pobres e eram chamados de fronteiriços e mantinha um pequeno arrendamento de um hectare a beira da aldeia, e o que nem arrendamento possuía e sim apenas uma cabana, trabalhando para o senhor como contratados em troca de comida, os camponeses eram responsáveis por exercer atividades como reparo de pontes, e pagava para usar os instrumentos do senhor e estava sujeito a diversas imposições.
Havia os "vilãos" que eram os servos com maiores privilégios econômicos e pessoais e


Do Feudalismo ao Capitalismo Cap.I Sacerdotes,Guerreiros e Trabalhadores
HUMBERMAN,Leo.História da Riqueza do Homem.Tradução de Walter Dutra.16 ed.Rio de Janeiro:LTC,2010.p.3-33
02


ainda menores deveres, sendo eles assumidos pelos senhores de maior importância que os demais servos. Alguns pagavam com o dinheiro pelo uso da terra, sendo comparado similarmente pelo autor aos meeiros de hoje, e alguns entre certos grupos chegaram a ser proprietários independentes, tendo somente como encargo o pagamento de simples taxas ao senhor, utilizando de seus próprios arrendamentos.
A autor ressalta ainda que o costume do feudo era a lei local, pois não havia na Idade Média um governo de tamanha força que fosse capaz de se encarregar de tudo, houve inclusive casos relatados por Humberman em que o senhor, desrespeitando os costumes, deveria explicar-se a seu próprio senhor direto, demonstrando que nem todo senhor tinha total autonomia; e que assim como os servos sem distinção tinham obrigações a serem cumpridas, o senhor as tinha também para com o servo, como por exemplo, protegê-lo em caso de guerra.Faz-se necessário lembrar que devido á necessidade do aumento da divisão do trabalho e a acumulação de riquezas por parte de alguns dos mais diversos níveis, foi necessário que algumas pessoas arrendassem a terra e colocassem servos a sua disposição para nela produzirem, enquanto que os eles assumiam mais a função mais administrativa, como é colocado por Humberman, "Havia vários graus de servidão".
Através do estabelecimento de uma estrutura hierárquica entre esses graus a igreja católica teve também uma grande importância, pois se constituiu como o maior proprietário de terra, sendo que destas vários lotes eram doados por nobres pela a sua forte crença. As igrejas dessa maneira ganharam forças e tornaram-se, juntamente dos reis, donos de terras e tinham também seus vassalos, vassalos estes que também pagavam taxas ao seu senhor imediato, e tinha obrigações tais como: viúvas casariam ou permaneceriam viúvas sob consentimento ou pagamento de multa, filho de senhor direto sagrando-se cavaleiro teria as festividades pagas pelos vassalos, senhor refém teria o resgate pago por vassalos, etc. A igreja, no inicio da Idade Media, fundou escolas incentivou o ensino e ajudou os pobres,assim administrava melhor suas riquezas que os nobres leigos. Humberman ressalta de forma , que, o sustendo direto dos senhores feudais (mais mais organizados economicamente que outros) vinha daqueles da parte

Do Feudalismo ao Capitalismo Cap.I Sacerdotes,Guerreiros e Trabalhadores
HUMBERMAN,Leo.História da Riqueza do Homem.Tradução de Walter Dutra.16 ed.Rio de Janeiro:LTC,2010.p.3-33
03


mais baixa da hierarquia, e que, por conseqüência, eram também os mais explorados, inclusive pela própria igreja, o autor descreve o quanto a instituição tirava daqueles "miseráveis medievais menos desprovidos", pois nos feudos da igreja para tudo havia dízimo e ela mostrava-se não melhor que o senhor feudal e em muitos casos, pior que os feudatários.
Apesar de toda cobrança e exploração compulsória por parte da igreja aos servos, deve-se admitir que ela em certos momentos ajudasse os pobres e os doentes, porem, como maior detentor de propriedades e riquezas foi considerado pelo autor que comparado o quê poderia ter feito com detentor de tais riquezas, não chegou a fazer o suficiente nem mesmo a nobreza, pois ao mesmo tempo que pedia ajuda a eles para fazer caridades, tomava cuidado para que não fosse utilizado em grande escala os seus recursos.
Ao final deste pode-se concluir que o autor teve por finalidade ao desenvolver este capitulo mostrar-nos que a sociedade feudal era constituída por três classes e que estas desempenhavam funções diferentes. Havia aqueles que rezavam os que "mandavam" e aqueles que trabalhavam e aqueles que estavam sujeitos a trabalhar para garantir o sustento e conforto dos demais.




Do Feudalismo ao Capitalismo Cap.II Entra em cena o comerciante
HUMBERMAN,Leo.História da Riqueza do Homem.Tradução de Walter Dutra.16 ed.Rio de Janeiro:LTC,2010.p.3-33
01


No período apresentado nesse capitulo pode-se perceber a inicialização e desenvolvimento do comercio. Os senhores de melhores condições nesse período não tinham onde investir suas riquezas, assim como os guerreiros e o clero, a igreja nesse período tinha os seus cofres cheios de ouro e prata, o qual utilizava para comprar enfeites para os altares, por esses motivos o capital por não era muito utilizado ficava estagnado. Humberman nos mostra que nos primórdios da sociedade feudal quase nada era comprado e praticamente toda a alimentação e o vestuário de que o povo precisava eram obtido no feudo. Havia uma economia de consumo, em que cada aldeia feudal era praticamente auto-suficiente, nota-se também a existência de algumas transações, ou seja, um intercambio de mercadorias e foram através dessas transações que segundo o autor provavelmente se efetuou o mercado semanal que era mantido por um mosteiro ou um castelo, sendo que este ainda estava sobre controle da igreja ou dos senhores, nesses mercados erram realizadas trocas dos bens produzidos em excesso tanto dos servos, artesão quanto dos senhores.
O comercio não era muito intenso e por esse motivo não existia tanta razão para que houvesse uma estimulação a produção de excedentes e. Outro grande obstáculo a intensificação seria as condições precárias das estradas, que conforme relatos de Humberman eram mal feitas, estreitas e eram frequentadas por saqueadores, que eram os bandidos comuns e os senhores feudais que obrigavam os mercadores a pagar direitos (pedágios) para trafegar as suas estradas, mesmo que estas estivessem em péssimas condições. Existiam ainda outros obstáculos que atrasavam o desenvolvimento do comercio, dentre os apresentados podemos destacar a escassez da moeda e sua variação conforme o lugar, a longa distancia a ser percorrido com as mercadorias dificultando assim o seu transporte, além do caminho a ser percorrido ser perigoso e o transporte caro, o autor aponta que por todos esses motivos relacionados anteriormente o comercio era pequeno nos mercados feudais locais.
O autor nos relata que comercio ao se desenvolver afetou intensamente a vida da Idade Média, no século XI ele se desenvolvia a passos largos, o quê ocasionou no século seguinte na



Do Feudalismo ao Capitalismo Cap.II Entra em cena o comerciante
HUMBERMAN,Leo.História da Riqueza do Homem.Tradução de Walter Dutra.16 ed.Rio de Janeiro:LTC,2010.p.3-33
02


Europa ocidental o surgimento das cruzadas que levaram a uma nova investida no comercio, já dezenas de milhares de europeus como relato o autor, atravessaram o continente para "arrancar" a Terra Prometida aos mulçumanos, estes precisariam de pessoas a fim de exercer a função de fornecer-lhes tudo o que precisassem durante o seu trajeto a ser percorrido. Aqueles que regressavam das cruzadas traziam consigo um novo gosto por alimentos e vestimenta que tinham visto e experimentado, graças a essa procura criaram-se mercados para esse tipo de produtos a fim de atender a necessidade dessa parcela da população, um significativo aumento populacional no Séc.X também foi registrado e esses novos habitantes precisavam de mercadorias. Além do desenvolvimento do comercio nas cruzadas via-se por parte da população que não obtinha terras uma possibilidade de possuí-las. A igreja se envolveu nas expedições fazendo-as parecerem ser guerras com o intuito de difundir o evangelho e/ou exterminar os pagãos ou ainda defender a Terra Santa, apesar de serem reais esses desejos da igreja como Humberman mostra a orientação fundamental de seu envolvimento era as vantagens que poderiam ser conquistadas por certos grupos.
As cidades italianas Veneza, Gênova e Pisa foram sempre cidades comerciais, em especial Veneza, por possuir uma localização ideal para aquela época tendo o mediterrâneo como saída. Essas cidades comerciais viam as cruzadas como oportunidades para obterem vantagens comerciais, dado isso a terceira cruzada perde o seu objetivo de reconquistar a terra santa para garantir a aquisição de vantagens comerciais para essas cidades.
As cruzadas espalharam todas as classes e por todo o continente, junto aos comerciantes, os quais despertaram o desejo por especiarias, do ponto de vista religioso os resultados das cruzadas duraram pouco, pois os mulçumanos retomaram o reino de Jerusalém, do ponto de vista comercial obteve resultados de extrema importância tirando a Europa do sono feudal como afirma o autor, tomando a rota do mediterrâneo das mãos dos muçulmanos.
Nesse mesmo período (Séc. XI e XII) Humberman nos mostra que houve um renascimento

Do Feudalismo ao Capitalismo Cap.II Entra em cena o comerciante
HUMBERMAN,Leo.História da Riqueza do Homem.Tradução de Walter Dutra.16 ed.Rio de Janeiro:LTC,2010.p.3-33
03


do comercio no mediterrâneo, ao sul, e também de forma significativa um despertar de possibilidades comerciais nos mares do norte, estabelecendo contato com o mundo russo-escandinavo, bem como Veneza constituía o elo da Europa com o Oriente. Havia um encontro entre os mercadores que se conduziam ao norte com aqueles que vindos do sul que cruzavam os Alpes, esse encontro era na planície de Champagne, onde ali realizavam grandes feiras.
As feiras periódicas na Alemanha, França, Bélgica, Inglaterra e Itália para o autor se constituíam como um passo para a estabilidade comercial permanente começou assim a surgir pedidos de permissão ao Rei para estabelecimento de Feiras, e estas eram significativamente maiores e diversificadas comparadas aos mercados anteriores as cruzadas e se era um centro distribuidor dos grandes mercadores que se diferenciavam dos artesões e revendedores locais por trazerem produtos do norte e do sul, do ocidente e do oriente.
Humberman ressalta ainda que essas feiras tinham grande importância não só por causa do comercio e sim porque ali se efetuavam transações financeiras, surgindo nessemeio a profissão dos banqueiros que surgiu a partir dos negócios em dinheiro.
Por meio da leitura desse capitulo se faz perceptível a intenção o autor em demonstrar o surgimento dos comércios e dos comerciantes e transações financeiras, fazendo uma comparação entre o comercio de hoje e o dos Séc. XII e XIII Humberman relata os principais pontos de divergências entre ambos com o intuito de nos mostrar que não havia uma necessidade nesse período de um comercio permanente, por não haver uma procura firme e constante de mercadorias.



Do Feudalismo ao Capitalismo Cap.III Rumo á cidade
HUMBERMAN,Leo.História da Riqueza do Homem.Tradução de Walter Dutra.16 ed.Rio de Janeiro:LTC,2010.p.3-33
01


Através do desenvolvimento do comercio e o constante aumento das suas atividades, a sociedade do período feudal viu-se obrigada a se adequar as muitas mudanças ocasionadas. Um dos mais importantes efeitos do surgimento do comercio foi o crescimento das cidades, que vale ressaltar como dito por Humberman que elas propriamente não surgiram devido a intensificação do comércio, elas já existiam, porém, eram "cidades rurais".
Essas novas cidades que se desenvolveram, ou, as antigas que adotaram uma vida diferente por causa de novo estimulo, que era a intensificação do comercio, adquiriram aspectos diferentes. À medida que a expansão comercial continuava a largos passos, surgiam novas cidades, cidades estas que se localizavam em locais que duas estradas se encontravam ou na foz de algum rio, ou ainda conforme Humberman onde a terra apresentava um declínio adequado, nesses lugares, além disso, havia uma igreja ou um burgo, pois estes asseguravam a proteção em caso de ataque.
Segundo relatos do autor a população nesse período começou a deixar as velhas cidades feudais para ir à busca de uma nova vida nessas cidades que se consolidavam comercialmente, pois sua ampliação comercial geraria maiores oportunidades de trabalho, alem de significarem uma fuga a prisão da atmosfera feudal, sendo vista com uma liberdade.
As terras dessas cidades pertenciam ainda aos senhores, nobres, bispos e reis e estes inicialmente não viam diferenças entre suas terras nas cidades e as demais que possuíam, pois, esperava segundo Humberman arrecadar impostos, criar taxas e serviços, estipular monopólio e ser responsável pela direção dos sistemas de tribunais de justiça, o que não aconteceu, pois todas essas práticas eram de caráter feudal e não deveriam permanecer nas cidades.
Os comerciantes procuraram unir-se, para assim, terem maior poder frente às conservadoras e tradicionais ideias dos senhores feudais. A partir dessa união surgiram as corporações. Com essas organizações ficaria mais fácil de atingirem os seus objetivos que era tão somente a liberdade de comercializar seus produtos, cada vez mais independente dos nobres e do clero.Essa nova população como relata Humberman queria liberdade de ir e vim quando desejasse, desejando algo, mas do que a mera liberdade, desejavam que eles mesmos



Do Feudalismo ao Capitalismo Cap.III Rumo á cidade
HUMBERMAN,Leo.História da Riqueza do Homem.Tradução de Walter Dutra.16 ed.Rio de Janeiro:LTC,2010.p.3-33
02


executassem seus próprios julgamentos em seus tribunais que seriam estes devidamente adequados e capacitados a tratar dos seus problemas, mostrando-se contra as cortes feudais que julgavam ser inadequada a sua nova realidade sociais, desejavam ainda segundo o autor elaborar sua própria legislação criminal, fixação de impostos, desejavam ainda empreender negócios e por isso aboliram taxas de qualquer tipo que o proibisse de existir.
Pelo fato das terras nas quais as cidades de constituíam serem ainda posse do senhor feudal, a sua liberdade das cidades não era concedida de forma total e sim por partes, onde o senhor vendia parcelas do seu direito aos cidadãos por vez, até que essas terras fossem totalmente pagas e ficassem independentes do seu domínio. As mudanças sociais como o próprio Humberman descreve eram de grande importância, e a de se supor que os bispos e senhores feudais a tenham percebido e reconhecido que era praticamente impossível tentar barrar o caminho dessas forças, alguns desses, (principalmente os bispos) não aceitavam essas mudanças ocorridas sociedade e perda de poder e posse estes só chegavam a abrir mão quando a violência eclodia. O autor ressalta que em muitos dos casos não se tratava unicamente de garantir seus antigos privilégios e vantagens das quis usufruíam e sim de uma crença de que se as coisas não permanecessem da maneira como era logo o sistema social se desmoronaria, porém, a população da cidade pensa diferente levando em consideração apenas o desejo de liberdade e por isso muitas só a conseguiram após atos de violência, elas não lutavam para derrubar seus senhores, mas apenas em casos para fazer com eles deixassem de lado essas praticas ultrapassadas do feudalismo, logo as cidades então desejavam libertar-se de qualquer interferência a sua expansão.
Durante essa luta das cidades pela liberdade os mercadores assumiram a liderança, constituindo um grupo muito poderoso e adquirindo assim para as suas associações todos os tipos de privilégios, essas organizações frequentemente exerciam monopólio sobre o comercio

Do Feudalismo ao Capitalismo Cap.III Rumo á cidade
HUMBERMAN,Leo.História da Riqueza do Homem.Tradução de Walter Dutra.16 ed.Rio de Janeiro:LTC,2010.p.3-33
03


local fazendo com os não membros da associação não fizessem bons negócios. Para conseguir essa estrutura monopolista do mercado essas associações exerciam grande influência junto as autoridades, chegando a constituir o grupo mais importante da cidade e o poder dessas associações em casos não se limitavam as suas localidades, mas alcançava regiões distantes estabelecendo inclusive tratados comerciais.
Humberman ressalta ainda que nos primórdios do feudalismo conforme apresentado no capitulo I, a terra constituía a riqueza do homem sozinha e já nessa nova fase com a expansão do comercio surge uma nova riqueza que é o dinheiro. As mudanças de um período para o outro não se restringem unicamente a inserção de uma nova medida de riqueza do homem, surge também um novo grupo social que era a classe média, que vivia de uma forma nova, da compra e da venda.
Fazendo uma comparação aos negócios de hoje Humberman pretende nos mostrar que o empréstimo de dinheiro a juros era repudiável, pois segundo narra o autor, quando alguém, antes da explosão do comércio, pedia algo de empréstimo, era porque realmente não tinha esse objeto, e muito menos a condição de produzi-lo. Devido a tal circunstância, não se deveria aproveitar-se da miséria alheia para aumentar os bens. A igreja era totalmente contra a qualquer forma de juro aplicada, pois isso constituía o pecado da usura. Por ser no princípio da idade média a líder da moral absoluta, as normas da igreja eram obedecidas pelos senhores feudais e principalmente pelos mais pobres, porém, conforme apresentado por Humberman a própria igreja foi a primeira que começou a quebrar essas regras que ela mesma impunha com tanto rigor e fé. Essa doutrina do pecado da usura limitava os processos do novo grupo de comerciantes(os que emprestavam dinheiro a juros- bancários) tornando-se um obstáculo, no desenvolvimento quando o dinheiro tomava aos poucos, maior importância na vida econômica,

Do Feudalismo ao Capitalismo Cap.III Rumo á cidade
HUMBERMAN,Leo.História da Riqueza do Homem.Tradução de Walter Dutra.16 ed.Rio de Janeiro:LTC,2010.p.3-33
04


vendo-se assim a necessidade de ceder parte dessa doutra, o que aconteceu de forma parcial, delimitando espaços que descreveriam atos implícitos de usura para atender as novas condições. Dessa forma aos poucos foi sumindo essa doutrina e a pratica comercial diária segundo o autor passa a predominar e crenças, leis forma de vida em sociedade e relações pessoais se modificaram a fim de ingressarem em uma nova fase de desenvolvimento.
Por meio desse capitulo Humberman mostra o adequamento e desenvolvimento das grandes cidades, nas quais a população tinha anseio a liberdade e esta era conquistada gradativamente, mostra também o surgimento dos bancários que faziam empréstimos a títulos de juros, essa pratica inicialmente condenada pela Igreja como pecado da usura, esta condenação aos poucos foi sendo reformulada para adequar-se a nova realidade e as praticas comerciais.






Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.