A história fantasma: Onde está o passado pré-colonial de Rio Grande?

July 25, 2017 | Autor: Cleiton Silveira | Categoria: Archaeology, Museology, Museum archaeology
Share Embed


Descrição do Produto

Edição Especial – ANAIS I Semana de Arqueologia - Unicamp “Arqueologia e Poder” ISSN 2237-8294



 

A história fantasma: Onde esta o passado pré-colonial de Rio Grande? CARLETTO, André D.B.; 1 SILVEIRA, Cleiton S.; 2 Orientador: Prof. Dr. Artur H. F. Barcelos3 Resumo O presente trabalho visa trazer a tona a atual conjuntura da arqueologia pré-colonial, exposta nos museus no município de Rio Grande/RS. Partindo da premissa da Arqueologia que visa uma inclusão social, buscamos instituições relacionadas á memória e que interagem com o público para observarmos como se dá a relação Museu – Arqueologia Pré-colonial – Sociedade. Cabe salientar que a Arqueologia brasileira, desde os seus primórdios se preocupou quase que unicamente com os estudos da chamada pré-história, entretanto não houve uma preocupação com extroversão deste conhecimento. Por este motivo propomos esta análise em relação ao passado pré-colonial. A região de Rio Grande é caracterizada por ter sido alvo de trabalhos pioneiros da Arqueologia brasileira como a tese de Pedro I. Schmitz, que caracterizou a tradição Vieira e trouxe um destaque para a questão dos “cerritos”, outros arqueólogos também trabalharam na região tais como: Basile Becker, Guilherme Naue, La Salvia, Maria Helena A. Schorr, Mentz Ribeiro, José Brochado entre outros. Atualmente a cidade possui em sua universidade federal (FURG) um curso de graduação em Arqueologia sendo, portanto, um núcleo formador de pesquisadores. A ideia central aqui proposta é trazer uma análise sincrônica feita em instituições museais do município. Observou-se se há remanescentes pré-coloniais em exposição e/ou se há material em acervo (e se houve exposição anterior). Esta análise é pertinente no cenário atual tendo em vista as questões levantadas acerca da extroversão do conhecimento arqueológico e de temas sobre patrimônio desenvolvido com os alunos de graduação em sala de aula. Palavras-chave: Museus, pré-colonial, Arqueologia.

                                                             1

Graduando em Arqueologia pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Graduando em Arqueologia pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG. 3 Mestre e Doutor em História pela PUCRS (1997, 2005). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Rio Grande – FURG no curso de Bacharelado em Arqueologia e nos Programas de Pós-Graduação em História da FURG e da Universidade Federal de Pelotas - UFPEL. 2

 

Anais I Semana de Arqueologia. “Arqueologia e Poder”. Campinas: LAP/NEPAM. 2013. 

Edição Especial – ANAIS I Semana de Arqueologia - Unicamp “Arqueologia e Poder” ISSN 2237-8294



 

Introdução Quando conversamos sobre a tal ‘Arqueologia’ com diversas pessoas, muitas vezes ouvimos: “Mas afinal, o que vocês fazem mesmo?”. E então, a dúvida: o que fazemos mesmo? Olhamos, analisamos, medimos, escavamos, enfim - mexemos. Mas isso não responde, só aumenta a curiosidade: “Por quê?”. Eis que já começa a bola de neve, que tende a aumentar. Mexemos nas coisas dos outros, coisas velhas e até esquecidas. Porém “nada vem de graça”, isso afeta a nós e a sociedade. Temos de refletir em nossas ações como construtores de interpretações de um passado, pois essa ‘Arqueologia’ tem um peso social e político (REIS, 2004). Com as mudanças da prática arqueológica nas últimas décadas, novas metodologias foram necessárias para integrar a comunidade à pesquisa (MENEZES, 2010). Para tal, um dos modelos propostos é a relação com os museus, pois estes devem atuar de forma permanente, preservando e comunicando (CURY, 2006). Mas isto não é o suficiente, estas ‘coisas’ do passado quando não ligadas à memoria social (BRUNO, 1999), são apenas coisas velhas guardadas. Ao olharmos pelo viés legal, perante nossa constituição, todos os bens arqueológicos ou pré-históricos de qualquer natureza são bens da união. E esta mesma propõe: Art. 215. ‘O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais’ (...) Art. 23. ‘É competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: (...) V- proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência’.4

Com a ressalva de que temos que diferenciar a teoria da prática (FERRAJOLI, 1995), cabe a dúvida: partindo da premissa que há registros pré-coloniais regionais, então há acesso da comunidade? Entraremos nesta discussão posteriormente, primeiro é necessário contextualizarmos sobre a trajetória dos estudos arqueológicos no município.

                                                             4

 

 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm 

Anais I Semana de Arqueologia. “Arqueologia e Poder”. Campinas: LAP/NEPAM. 2013. 

Edição Especial – ANAIS I Semana de Arqueologia - Unicamp “Arqueologia e Poder” ISSN 2237-8294



 

O passado pré-colonial de Rio Grande Rio Grande é um município gaúcho localizado na porção meridional da Lagoa dos Patos, entre as coordenadas -33.03°, -52.09°. Foi fundado em 1737, sendo um dos quatro municípios iniciais do Rio Grande do Sul. No turismo local, a expressão “Cidade Histórica” é algo frequente, assim como a ligação da cidade com o Mar5. Além desse passado ilustrado pelos prédios ao longo da cidade e presente na memória da população, a região do município de Rio Grande possui outra história, esquecida, ou simplesmente ignorada na concepção que se têm do passado local: a época pré-colonial, milhares de anos atrás onde não havia a distinção de cidades, estados, províncias como conhecemos hoje. Os estudos de arqueologia no município de Rio Grande iniciaram em meados da década de 1960 com os estudos de José Proenza Brochado e Pedro Ignácio Schmitz sobre aterros (Cerritos), dunas ocupadas e sítios Tupiguarani (SCHMITZ, 2011: 67). Entre 1968 e 1976 outros arqueólogos como Guilherme Naue, Fernando La Salvia, Wander Valente, Itala Irene Basile Becker e Maria Helena Abrahão Schorr também trabalharam na região de Rio Grande (idem, p.68). Outras pesquisas foram realizadas por pesquisadores diversos, entre professores da universidade, funcionários da prefeitura e outros relacionados á arqueologia de contrato. Trabalhos como o de Tagliani (TAGLIANI, 2000) estudam aspectos da arqueologia num contexto que sai dos limites municipais, abrangendo a restinga da Lagoa dos Patos numa perspectiva geográfica mais ampla. Trabalhos de arqueologia para a porção central da planície costeira também são recorrentes (PESTANA 2006, PESTANA 2007 e RIBEIRO 1997). Conforme o Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA6 (mantido pelo IPHAN) consta em torno de 112 sítios arqueológicos pré-coloniais na área da cidade de Rio Grande.

                                                             5

http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=431560# acesso em 05/03/2013, http://www.fee.tche.br/sitefee/pt/content/resumo/pop_4primeiros.php?KeepThis=true&TB_iframe=true&height= 300&width=500 acesso em 05/03/2013, http://www.riograndeturismo.com.br/site/ acesso em 05/03/2013. 6 http://portal.iphan.gov.br/portal/montaPaginaSGPA.do acesso em 05/03/2013.

 

Anais I Semana de Arqueologia. “Arqueologia e Poder”. Campinas: LAP/NEPAM. 2013. 

Edição Especial – ANAIS I Semana de Arqueologia - Unicamp “Arqueologia e Poder” ISSN 2237-8294



 

Schmitz fala de duas principais culturas existentes na região na época pré-contato. Por um lado temos a cultura dos construtores de Cerritos, ao tempo da colonização europeia, conhecidos como Charruas e Minuanos (SCHMITZ et. al., 2006:101). Possuindo uma ocupação na região datada de 500 a.C. até 1750 d.C. (idem p.103), ocupavam barrancos, dunas, elevações e construíam aterros circulares, ovais ou elípticos, que destacam-se na paisagem. Possuem no registro arqueológico uma abundância em restos de alimentação, cerâmica, podendo ou não conter enterramentos e apresentam-se solitários ou em agrupamentos (idem p.103). Por outro lado, temos a cultura Tupiguarani: horticultores ceramistas vindos da Amazônia, possuindo sítios constituídos por manchas de sedimentos escuros, vivendo contemporaneamente com os construtores dos cerritos (SCHMITZ, 2011: 74). O Laboratório de Ensino e Pesquisa em Arqueologia e Antropologia – LEPAN – da Universidade Federal do Rio Grande há muitos anos realiza pesquisas na área: [...] inicialmente sob a coordenação do Professor Dr. Pedro Augusto Mentz Ribeiro, envolvendo o levantamento, a realização de coletas superficiais sistemáticas e escavações em sítios arqueológicos históricos e pré-históricos, autorizadas pelo IPHAN7. Estes trabalhos, alguns realizados através de contratos com a iniciativa privada, possibilitaram a identificação de sítios antes desconhecidos e reforçaram a consideração, já existente, do grande potencial arqueológico da área (THIESEN, 2011: 17).

Atualmente a universidade conta com um curso de bacharelado em arqueologia que está em funcionamento desde 20088. Possui um quadro de profissionais da área realizando novas pesquisas, com três laboratórios e um projeto de museu em implantação (Museu do Homem e da Técnica – sem previsão de inauguração), (IBRAM, 2011: 558).

A pesquisa: motivações e metodologia Diante do quadro apresentado a respeito do potencial arqueológico da região de Rio Grande, buscamos visitar todas as instituições museais da cidade e identificar se há material                                                              7

“Mentz Ribeiro e Weska, 2003; Mentz Ribeiro e Oliveira, 2003; Mentz Ribeiro, Penha e Pestana, 2003; Mentz Ribeiro, Pestana e Penha, 2004” apud Thiesen, 2011: 17. 8 http://www.furg.br/bin/cursos/informacoes.php?cd_curso=098 acesso em 05/03/2013.

 

Anais I Semana de Arqueologia. “Arqueologia e Poder”. Campinas: LAP/NEPAM. 2013. 

Edição Especial – ANAIS I Semana de Arqueologia - Unicamp “Arqueologia e Poder” ISSN 2237-8294



 

arqueológico pré-colonial em acervo e/ou em exposição. Além disso, esboçamos um perfil sobre a relação museu – museologia pois: A Museologia, enquanto disciplina aplicada, pode colaborar com a sociedade contemporânea na identificação de suas referências culturais, na visualização de procedimentos preservacionistas que as transformem em herança patrimonial e na implementação de processos comunicacionais que contribuam com a educação formal. O Museu, por sua vez, corresponde ao modelo institucional vocacionado à construção e à administração da memória, a partir de estudo, tratamento, guarda e extroversão dos indicadores culturais, materiais e imateriais (referências, fragmentos, expressões, vestígios, objetos, coleções, acervos), mediante o cumprimento de três funções básicas: científica, educativa e social (LÉON, 1978 apud BRUNO, 2006: 7 e 8).

Buscamos observar a interação do passado pré-colonial com a sociedade contemporânea através dos museus. Não entraremos, no entanto, na discussão sobre o que é museu, usamos como critério de seleção a lista de museus da cidade que consta no IBRAM. Recentes mudanças sobre a prática museológica ocorrem no Brasil, e por isso nossa pesquisa tentou abranger esse aspecto para delinear a prática dos museus na cidade. Como método de pesquisa pensamos primeiro nas visitas as instituições, através de observações, porém vimos que isto seria inconclusivo, tendo em vista que poderia haver materiais em acervo, ou museus fechados etc. Assim optamos pela análise através de perguntas previamente formuladas, podendo ser um questionário ou formulário que, segundo Goode e Hatt (GOODE & HATT, 1979:172) se diferenciam, pois no primeiro o próprio entrevistado responde e no segundo seria o entrevistador. Para melhor entendimento posterior, optamos pelo formulário9, pois se houvesse dúvida quanto às perguntas poderíamos tirá-las durante a entrevista.

Os museus A cidade de Rio Grande orgulha-se de ser a cidade mais antiga do Rio Grande do Sul e também de seus “inúmeros museus”. Mas quantos são? Segundo o catálogo do Ibram (IBRAM, 2011), possui 14 (quatorze) museus, onde três estão no mesmo endereço (fototeca, pinacoteca e Centro Municipal de Cultura) e para melhor visualização, contabilizamos as três                                                              9

 

 Anexo I 

Anais I Semana de Arqueologia. “Arqueologia e Poder”. Campinas: LAP/NEPAM. 2013. 

Edição Especial – ANAIS I Semana de Arqueologia - Unicamp “Arqueologia e Poder” ISSN 2237-8294



 

instituições como apenas uma, pois o Centro Municipal de Cultura engloba as outras junto com o Núcleo de Pesquisa Arqueológica, entre outros. Além destas, a cidade possui um museu virtual que não será contabilizado, pois quando feito contato, os responsáveis não responderam o formulário. Para melhor entendimento apresentamos uma tabela com as instituições: Memorial Sport Club Rio Grande ‘Johannes Christian Moritz Minnemann’ Ecomuseu da Picada Museu da comunicação ‘Rodolfo Martensen’ Museu da Natureza (Colégio Santa Joana D’Arc) Núcleo de Memórias ‘Eng. Francisco Martins Bastos’ Museu Naval do Rio Grande Museu da Cidade do Rio Grande Museu Oceanográfico Prof. Eliezer de Carvalho Rios Museu Antártico Ecomuseu da Ilha da Pólvora Museu do Porto Centro Municipal de Cultura Inah Emil Martensen /Fototeca e Pinacoteca Municipal

Devido a problemas, principalmente dos museus, nem todas as instituições puderam ser visitadas, como ambos os ecomuseus que estavam fechados e o Museu da Cidade, que possui duas coleções (Histórica e Arte Sacra), das quais a histórica não está disponível ao público. O museu da Natureza não foi encontrado, tanto por telefone, correio digital ou pela visita, onde o colégio em que funcionava, atualmente está sob outra administração que desconhece a existência do museu. Os antigos responsáveis não foram encontrados. Segundo consta no Guia dos Museus Brasileiros (IBRAM, ibdem) existem dois museus com as tipologias que interessavam a esta pesquisa: o Museu da Natureza e o Museu da Cidade. Porém, já sabíamos que a cidade possui o Núcleo de Pesquisas Arqueológicas (NPA), que é vinculado ao Centro Municipal de Cultura, e que este também possui material pré-colonial, bem como uma sala de exposição.

 

Anais I Semana de Arqueologia. “Arqueologia e Poder”. Campinas: LAP/NEPAM. 2013. 

Edição Especial – ANAIS I Semana de Arqueologia - Unicamp “Arqueologia e Poder” ISSN 2237-8294



 

Em nossas visitas vimos diversas controvérsias, principalmente em relação às informações do IBRAM, pois estas estão disponíveis ao público e se mostraram bem defasadas. O Museu da Cidade relatou que não possuía mais nenhum artefato arqueológico pré-colonial e que estes teriam sido doados ao LEPAN - FURG. Como já relatado, o Museu da Natureza não foi encontrado e sua coleção permanece uma incógnita. O Centro Municipal de Cultura atualmente está em reforma, não sendo possível visitar a sala de exposição. Em suma está evidente que a comunidade não possui acesso ao passado pré-colonial de Rio Grande. Como nosso trabalho não tem a pretensão de avaliar os museus da cidade, não colocaremos todas as informações das visitas. Porém achamos necessário salientar que ainda há poucos museólogos atuantes, em diversos não há profissional da área. Outro aspecto, em relação ao funcionamento, é a existência do plano museológico, segundo a constituição definido por: O Plano Museológico é compreendido como ferramenta básica de planejamento estratégico, de sentido global e integrador, indispensável para a identificação da vocação da instituição museológica para a definição, o ordenamento e a priorização dos objetivos e das ações de cada uma de suas áreas de funcionamento, bem como fundamenta a criação ou a fusão de museus, constituindo instrumento fundamental para a sistematização do trabalho interno e para a atuação dos museus na sociedade.

E sendo este um dever, como descrito na Lei N° 11.904, de 14 de Janeiro de 2009, Capitulo II, Seção III. Ainda assim, há menos instituições com planos museológicos do que com museólogos atuantes. Menos ainda possuem estudos de público. Porém nota-se um evidente ímpeto de mudança, sendo que diversos museus da cidade estão ou recentemente passaram por mudanças estruturais, e a maioria está formulando seus planos. Curiosamente, o aumento da atuação no mercado de trabalho e formação de arqueólogos no Brasil (BEZERRA, 2008) não está refletido na nova realidade relacionada à museologia e aos museus brasileiros no contexto da cidade de Rio Grande.

Conclusões

 

Anais I Semana de Arqueologia. “Arqueologia e Poder”. Campinas: LAP/NEPAM. 2013. 

Edição Especial – ANAIS I Semana de Arqueologia - Unicamp “Arqueologia e Poder” ISSN 2237-8294



 

Como estudantes de Arqueologia não temos como descrever tal situação sem pensar nos trabalhos de Bruno ao se referir a Arqueologia com palavras como “abandono” e “esquecimento” (BRUNO, 1999). Pois estas disciplinas desde cedo estiveram entrelaçadas, desde os gabinetes de curiosidade (GIRAUDY & BOUILHET, 1990: 23, TRIGGER, 2004: 45). No Brasil essa relação sempre ocorreu, levando a um movimento cíclico de esquecimento. E como disse Bruno, ao afirmar que “a estratigrafia do abandono sufocou os vestígios arqueológicos” (idem p.28) fica a nossa dúvida: até que ponto estes vestígios ficarão assim? Como uma cidade rica em fontes para esse passado como os famosos cerritos da chamada “tradição Vieira”, descritos como “Monumentos” e que perduraram por até cinco mil anos de transformações sociais (GIANOTTI, 2000) pode tê-los esquecido? Layton pergunta: “Who Needs the Past?” (LAYTON, 1989) com o fim de demonstrar que este passado não é só dos arqueólogos. E para não concluir: este passado que nós (cientistas) chamamos de pré-colonial é uma história de fantasma. Pois tal como um, tem gente que viu, mas nem sabe. Outros que não viram, juram que existe. E quem sabe o que viu só conta para quem sabe também. Por isso trazemos as palavras de André Penin em sua Tese: “A paisagem da Arqueologia precisa mudar” (LIMA, 2010).

BIBLIOGRAFIA CITADA BEZERRA, M. Bicho de nove cabeças: os cursos de graduação e a formação de arqueólogos no Brasil. Revista de Arqueologia, 21, n. 2, p. 139-154, 2008. BRUNO, M. C. O. Musealização da Arqueologia. Lisboa: Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia, 1999. BRUNO, M. C. O. MUSEOLOGIA E MUSEUS: os inevitáveis caminhos entrelaçados In: CADERNOS DE SOCIOMUSEOLOGIA Nº 25 – 2006. CURY, M. X. Para saber o que o público pensa sobre arqueologia. Arqueologia Pública, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 31-48, 2006. FERRAJOLI, L. Capítulo 13 ¿Qué es el garantismo?. In: FERRAJOLI, L. Derecho y Razon: Teoría del garantismo penal. Tradução: Perfecto Andrés Ibáñez. Madrid: Trotta, 1995.

 

Anais I Semana de Arqueologia. “Arqueologia e Poder”. Campinas: LAP/NEPAM. 2013. 

Edição Especial – ANAIS I Semana de Arqueologia - Unicamp “Arqueologia e Poder” ISSN 2237-8294



 

FERREIRA, L. M. . Arqueología Comunitaria, Arqueología de Contrato y Educación Patrimonial en Brasil. Jangwa Pana: Revista del Programa de Antropología de la Universidad del Magdalena (Colombia), v. 9, p. 95-102, 2010. GIANOTTI, C. Monumentalidad, ceremonialismo y continuidad ritual. TAPA 19 - Paisajes culturales Sudamericanos. De las practicas sociales a las representaciones. GIANOTTI, Camila (coord.): 87-102. 2000. GIRAUDY, D. BOUILHET, H. O Museu e a Vida. Rio de Janeiro: Fundação Nacional PróMemória; Porto Alegre: Instituto Estadual do Livre – RS; Belo Horizonte: UFMG, 1990. GOODE, W. J, HATT, P.K. Métodos em pesquisa social (7° Ed.). São Paulo: Ed. Nacional, 1979. LAYTON, R. ‘Introduction: who needs the past?’ In: LAYTON, R. (ed.) Who Needs the past? Indigenous Values and Archaeology, pp1-20. London: One World Archaeology :5, 1989. LIMA, André Penin Santos de. Academia, contrato e patrimônio: visões distintas da mesma disciplina. 2010. Tese (Doutorado em Arqueologia) - Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade

de

São

Paulo,

São

Paulo,

2010.

Disponível

.

Acesso

em: em:

2013-03-14. FERREIRA, L. M. . Arqueología Comunitaria, Arqueología de Contrato y Educación Patrimonial en Brasil. Jangwa Pana: Revista del Programa de Antropología de la Universidad del Magdalena (Colombia), v. 9, p. 95-102, 2010 PESTANA, M. B. PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO NORTE, RS In: V Encontro do Núcleo Regional Sul da SAB, Rio Grande: 2006. (Programação e Livro de Resumos). PESTANA, M. B. A Tradição Tupiguarani na Porção Central da Planície Costeira do Rio Grande do Sul, Brasil. 2007 Dissertação (Mestrado em História) - UNISINOS. São Leopoldo: Instituto Anchietano de Pesquisas, 2007. REIS J.A. Não pensa muito que dói: Um palimpsesto sobre teoria na arqueologia brasileira. 2004. Tese (Doutorado em História) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2004. RIBEIRO, Pedro A. M. et al. LEVANTAMENTOS ARQUEOLÓGICOS NA PORÇÃO CENTRAL DA PLANÍCIE COSTEIRA DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL In: IX

 

Anais I Semana de Arqueologia. “Arqueologia e Poder”. Campinas: LAP/NEPAM. 2013. 

Edição Especial – ANAIS I Semana de Arqueologia - Unicamp “Arqueologia e Poder” ISSN 2237-8294

10 

 

CONGRESSO DA SOCIEDADE DE ARQUEOLOGIA BRASILEIRA - Arqueologia e suas Interfaces Disciplinares, Rio de Janeiro: 1997. SCHMITZ, P.I. (ed.). Arqueologia Pré-Histórica do Rio Grande do Sul (2ªEd.). São Leopoldo: Instituto Anchietano de Pesquisas, 2006. SCHMITZ, P.I. Sítios de Pesca Lacustre em Rio Grande, RS Brasil. Erechim: Ed. Habilis, 2011. TAGLIANI, P. R. A. ; TORRES, L. H. ; ALVES, F. N. ; RIBEIRO, P. A. M. . Arqueologia, história e sócio-economia da restinga da Lagoa dos Patos. Uma contribuição para o conhecimento e manejo da Reserva da Biosfera. (1°Ed). Rio Grande: FURG, 2000. THIESEN, B. V. DIAGNÓSTICO ARQUEOLÓGICO NA ÁREA DO ANTIGO JOCKEY CLUB, A SER DIRETAMENTE IMPACTADA PELA INSTALAÇÃO DE UM COMPLEXO IMOBILIÁRIO MULTIUSO, NO MUNICÍPIO DO RIO GRANDE, RS. Rio Grande: 2011. TRIGGER, B. G. História do Pensamento Arqueológico. São Paulo: Odysseus Editora, 2004. Referências na Internet BRASIL, Constituição Federal do Brasil. Congresso Nacional. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm acesso em 05/03/2013. Guia dos Museus Brasileiros/ Instituto Brasileiro de Museus. Brasília: Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM 2011. Disponível em http://www.museus.gov.br%2Fpublicacoes-edocumentos%2Fguia-dos-museus-brasileiros-2%2F&h=NAQERKVuN acesso em 05/03/2013. http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=431560# acesso em 05/03/2013 http://www.fee.tche.br/sitefee/pt/content/resumo/pop_4primeiros.php?KeepThis=true&TB_ifr ame=true&height=300&width=500 acesso em 05/03/2013 http://www.riograndeturismo.com.br/site/ acesso em 05/03/2013. http://www.furg.br/bin/cursos/informacoes.php?cd_curso=098 acesso em 05/03/2013. http://portal.iphan.gov.br/portal/montaPaginaSGPA.do acesso em 05/03/2013. http://www.furg.br/bin/cursos/informacoes.php?cd_curso=098 acesso em 05/03/2013. http://www.historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=arqueologia&id=26 05/03/2013.

acesso

http://www.praxisarchaeologica.org/issues/PDF/2008_131138.pdf acesso em 05/03/2013.

 

Anais I Semana de Arqueologia. “Arqueologia e Poder”. Campinas: LAP/NEPAM. 2013. 

em

Edição Especial – ANAIS I Semana de Arqueologia - Unicamp “Arqueologia e Poder” ISSN 2237-8294

11 

 

ANEXO I:

Formulário de análise ‘A história fantasma: Onde esta o passado pré-colonial de Rio Grande?’  Perguntas gerais Nome da Instituição: Órgão financiador: Qual a tipologia do acervo? Contém Plano Museológico? A instituição possui Museólogo? Caso positivo em que situação? (Por exemplo: efetivo, temporário, colaborador, etc.). A instituição possui profissional na área de conservação? (Por exemplo: efetivo, temporário, colaborador, etc.). A instituição possui estudo de público? Quais os serviços oferecidos pelo museu? (Por exemplo: Oficinas, visitas guiadas, ações educativas etc.). Qual o percentual do acervo inventariado? A instituição possui reserva técnica? A instituição oferece endosso para a “Arqueologia de Contrato”?

 Objeto da pesquisa: Acervo pré-colonial A instituição possui Arqueólogo? Caso positivo - em que situação? (Por exemplo: efetivo, temporário, colaborador, etc.). Como se deu a aquisição do acervo? (Por exemplo: pesquisa, doação, descarte, transferência, etc.). Há exposição permanente de material pré-colonial? Caso negativo se já houve e se foi de longa ou curta duração.

 

Anais I Semana de Arqueologia. “Arqueologia e Poder”. Campinas: LAP/NEPAM. 2013. 

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.