A IDADE VAI CHEGAR

May 27, 2017 | Autor: Cleide Silva | Categoria: Idosos, Envelhecimento
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A IDADE VAI CHEGAR

SE AS PESSOAS VIVERÃO MAIS, A LÓGICA INDICA QUE SE DEVE PLANEJAR A VELHICE. MAS POUCOS QUEREM PENSAR SOBRE ISSO POR GABRIELLA SANDOVAL

Já que você tem a sólida possibilidade de chegar aos 80 anos, em decorrência do aumento da expectativa de vida do brasileiro (veja reportagem), é preciso pensar seriamente no que fazer diante da perspectiva de sofrer de algum problema relacionado ao envelhecimento. Nem é preciso pensar em Alzheimer. Basta imaginar uma dificuldade motora ou mesmo a simples rabugice que em muitos casos pode tornar difícil a convivência com pessoas mais jovens. Segundo um estudo da professora de gerontologia da PUC-SP Ursula Karsch, 40% dos brasileiros com mais de 65 anos precisam de algum tipo de ajuda para realizar tarefas do cotidiano. Outro estudo, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ainda inédito e em fase final de preparação, mostra que apenas 100 000 dos 2 milhões de idosos dependentes estão em instituições especializadas. "A sociedade não está preparada para cuidar do parente que envelhece", afirma a pesquisadora Ana Amélia Camarano, do Ipea. "Muitos lares não têm sequer espaço físico, muito menos estrutura emocional e financeira para lidar com esse tipo de situação." Por isso é tão freqüente haver brigas de família para saber quem vai cuidar do vovô – e muitos idosos simplemente perdem o direito a um endereço fixo, morando ora com um filho, ora com outro, sentindo-se um peso para todos. Heudes Regis

A questão precisa ser encarada com realismo e respeito. Em alguns casos, despesas com medicamentos, enfermeiro e um bom plano de saúde podem atingir 3 000 reais mensais. Raríssimas são as famílias que podem despender esse dinheiro, e mais raro ainda é encontrar um plano de saúde que não tenha cláusulas escritas simplesmente para ejetar os idosos ao menor sinal de doença crônica. Para complicar, a saída mais comum, ter o idoso convivendo no meio da família, é geralmente causadora de muitos conflitos. Uma pesquisa da International Stress Management Association do Brasil indica que 40% das pessoas que têm de cuidar de idosos dependentes se sentem "usadas" e "injustiçadas" e 70% se desentendem com o cônjuge e os filhos devido à constante dedicação que a situação exige. "Um contratempo, como um dia sem enfermeiro, ou situações mais complicadas, como a convivência com os sintomas de Parkinson ou Alzheimer, podem acarretar um grande stress familiar", alerta o geriatra Clineu Almada Filho, do Hospital Albert Einstein. A primeira solução é a pessoa ter uma poupança ou aposentadoria que lhe permita continuar tomando decisões sobre o próprio destino mesmo Resid�ncia para idosos em com a idade bem avançada. A segunda passa pela destruição de um Alphaville, S�o Paulo: novos condom�nios para a terceira idade mito – o de que uma casa de repouso para idosos é um depósito de oferecem conforto e atividades gente abandonada pela família. É óbvio que, enquanto a saúde f�sicas permitir, todo idoso tem o direito de viver num endereço comum, de preferência em contato com os objetos e a vizinhança aos quais se habituou. Se, no entanto, os problemas da idade já não permitem que isso aconteça, mudar-se para um asilo pode ter vantagens maiores do que ocupar um quarto na casa de um filho. A primeira é a de conviver com pessoas com os mesmos interesses. Outra é a de ter amparo sem se sentir culpado. Uma terceira é a de ter convivência com filhos e netos não tão intensa a ponto de provocar conflitos. Muito difundidos na Europa, mas já existentes também no Brasil, os condomínios para a terceira idade funcionam como casas de repouso de qualidade. Mais que um abrigo, os moradores encontram nessas instituições de longa permanência um lar – que pode ser mobiliado por eles próprios –, atendimento médico e ambulatorial, fisioterapia e atividades físicas. "A visão dos asilos como locais de abandono está com os dias contatos", diz a pesquisadora Ana Amélia, do Ipea. A mensalidade de um desses condomínios custa a partir de 2 000 reais, mas pode chegar a 7 000 reais conforme os serviços oferecidos.

O número de idosos deverá aumentar no Brasil A diminuição das taxas de natalidade e o aumento da expectativa de vida geram, consequentemente, a elevação do número de idosos no Brasil.

O aumento da expectativa de vida dos brasileiros também é responsável por ocasionar o envelhecimento da população.

A estrutura da população brasileira já passou por diversas mudanças. Houve momentos da história em que tivemos crescimento natural acelerado, com número de jovens maior do que de idosos. Em outros momentos, tivemos queda no crescimento natural, e daí por diante a população oscilou muito quanto à estrutura etária. A partir de 1970, as taxas de natalidade diminuíram gradativamente, em decorrência do ingresso das mulheres no mundo profissional, que passaram a não ter mais tempo para cuidar de filhos e a considerar os altos custos gerados para a educação de crianças. Com a diminuição das taxas de natalidade, a população vai envelhecendo aos poucos. De acordo com estimativas elaboradas e divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de idosos deverá aumentar. Por volta do ano de 2050, haverá, no Brasil, 73 idosos para cada 100 crianças. O estudo divulgou ainda que no ano de 2050 a população brasileira será de aproximadamente 215 milhões de habitantes. Uma tendência mundial, que também serve para o Brasil, é o chamado “crescimento zero”. Segundo estimativas, em torno do ano de 2039, a população brasileira deverá estabilizar o seu crescimento. Isso significa que a população do país irá parar de crescer, ocasionando uma queda na população absoluta. Outro fator que permite o envelhecimento da população é o aumento na expectativa de vida dos brasileiros, hoje de 72,78 anos. Essa média não se irá estabilizar, pois no ano de 2050 a expectativa de vida subirá para 81,29 anos, igualando a de países de elevado IDH, como Islândia (81,80 anos) e Japão (82,60). Por Eduardo de Freitas Graduado em Geografia

ENVELHECIMENTO Até 2025, segundo a OMS, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos. Ainda é grande a desinformação sobre a saúde do idoso e as particularidades e desafios do envelhecimento populacional para com 60 anos ou mais cresceu 7,3 milhões, totali em 2000. O aumento da expectativa média de vida também aumentou acentuadamente no país. Este aumento do número de anos de vida, no entanto, precisa ser acompanhado pela melhoria ou manutenção da saúde e qualidade de vida. O Programa do Ministério da Saúde “Brasil Saudável” envolve uma ação nacional para criar políticas públicas que promovam modos de viver mais saudáveis em todas as etapas da vida, favorecendo a prática de atividades físicas no cotidiano e no lazer, o acesso a alimentos saudáveis e a redução do consumo de tabaco. Estas questões são a base para o envelhecimento saudável, um envelhecimento que signifique também um ganho substancial em qualidade de vida e saúde. Nesse contexto, com o objetivo de produzir material informativo e suporte técnico à mobilização da sociedade para a promoção da saúde, a Secretaria de Vigilância em Saúde reproduziu o documento “Envelhecimento Saudável – Uma Política de Saúde” elaborado pela Unidade de Envelhecimento e Curso de Vida da Organização Mundial de Saúde (OMS) como contribuição para a Segunda Assembléia Mundial das Nações Unidas sobre Envelhecimento realizada em abril de 2002, em Madri, Espanha. Assim, como definido neste documento, acreditamos que a saúde deve ser vista a partir de uma perspectiva ampla, resultado de um trabalho intersetorial e transdisciplinar de promoção de modos de vida saudável em todas as idades. Cabe aos profissionais da saúde liderarem os desafios do envelhecimento saudável para que os idosos sejam um recurso cada vez mais valioso para suas famílias, comunidades e para o país, como afirmado na Declaração da OMS sobre Envelhecimento e Saúde, em Brasília, em Jarbas Barbosa da Silva Júnior Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde

Expectativa de vida do brasileiro aumenta quatro meses a cada ano A expectativa de vida no Brasil aumentou de 62,5 anos, em 1980, para 73,7 anos, em 2010, o que equivale a um acréscimo de 4 meses e 15 dias de vida por ano, em média, ao longo das últimas três décadas. Os dados fazem parte das Tábuas de Mortalidade IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apresentadas nesta sexta-feira (10). EXPECTATIVA DE VIDA AVANÇA, APESAR DE DESIGUALDADE ENTRE REGIÕES

A análise inclui não apenas os resultados do Censo Demográfico de 2010, como também estatísticas provenientes do Registro Civil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde para o ano de 2010. A diferença, em relação a dados divulgados no ano passado pelo próprio IBGE, é que a nova análise traz informações por regiões e Estados, e também envolve o grupo etário de 90 anos ou mais, que não fazia parte das divulgações anteriores. A expectativa de vida das mulheres (77,3 anos) foi superior à dos homens em 7,1 anos. Em 1980, essa diferença era de 6 anos. Segundo o IBGE, o acréscimo é reflexo da maior exposição da população masculina a mortes por causas externas (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos etc). O nível mais alto de mortalidade de homens em relação a mulheres é ainda mais explícito para os jovens: na faixa de 20 a 24 anos, a probabilidade de um homem não chegar aos 25 é 4,4 vezes maior do que a mesma probabilidade para a população feminina. Segundo o Registro Civil, cerca de 10% de todas as mortes registradas em 2010 são consideradas violentas ? sendo 83,9% provenientes da população masculina. Para o total de homens mortos por violência, o grupo de 15 a 29 anos contribuiu com 40,3%.

ECONOMIA E EMPREGO

Aumenta a expectativa de vida do brasileiro, segundo IBGE Expectativa de Vida

Expectativa de vida dos brasileiros passou de 74 anos em 2011 para 74,6 anos em 2012, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (2) A expectativa de vida dos brasileiros de ambos os sexos ao nascer passou de 74,1 em 2011 para 74,6 anos em 2012, com um acréscimo de cinco meses e 12 dias, segundo dados divulgados nesta (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) noDiário Oficial da União. Para a população masculina o aumento foi de 4 meses e 10 dias, passando de 70,6 anos para 71,0 anos. Já para as mulheres o ganho foi maior. Em 2011 e esperança de vida ao nascer delas era de 77,7 anos, elevando-se para 78,3 anos em 2012, 6 meses e 25 dias maior. O número também varia de acordo com a idade. Para um brasileiro de 40 anos, por exemplo, a estimativa é que ele viva até os 78,3 anos. Já para pessoas acima de 80 anos, a expectativa é que vivam mais 9,1 anos. Os dados da tábua de mortalidade podem ser acessados na página do IBGE

Mortalidade das meninas é menor A probabilidade de um recém-nascido do sexo masculino não completar o primeiro ano de vida foi de 0,01703, isto é, para cada 1000 nascidos, aproximadamente 17 deles não completariam o primeiro ano de vida. Se fosse do sexo feminino este valor seria 0,01428, uma diferença de 2,7 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos. Pode-se observar também a maior mortalidade masculina no grupo de adultos jovens, neste caso, de 15 a 30 anos aproximadamente, em relação à população feminina. Este fenômeno pode ser explicado pela maior incidência dos óbitos por causas violentas, que atingem com maior intensidade a população masculina. Entre 2011 e 2012 também diminuiu a mortalidade feminina dentro do período fértil, de 15 a 49 anos de idade. Em 2011, de cada cem mil nascidas vivas, 98.038 iniciariam o período reprodutivo e, destas, 93.410 completariam este período. Já para 2012, de cada cem mil nascidas vivas, 98.105 atingiriam os 15 anos de idade e, destas, 93.568 chegariam ao final deste período. Os níveis de mortalidade já foram bem mais elevados, quando do início do processo de transição demográfica sofrido pela população brasileira. Em 1940, de cada 100.000 crianças nascidas vivas do sexo feminino, 77.777 iniciariam o período reprodutivo e destas, 57.336 completariam este período. Ou seja, a probabilidade de uma recém-nascida completar o período fértil em 1940, que era de 57,3%, passou para 93,6% em 2012. Fase adulta A fase adulta, aqui considerada como o intervalo de 15 a 59 anos de idade, também foi beneficiada com o declínio dos níveis de mortalidade. Em 2011, de cada 1.000 pessoas que atingiriam os 15 anos, 846 aproximadamente completariam os 60 anos de idade. Já em 2012, destas mesmas 1.000 pessoas, 848 atingiriam os 60 anos, isto é, foram poupadas duas vidas neste intervalo de idade. Em todas as idades foram observados aumentos nas expectativas de vida, beneficiadas com a diminuição da mortalidade. Principalmente nos extremos da distribuição, nos menores de um ano de idade e no grupo aberto de 80 anos ou mais e, com maior intensidade na população feminina.

Expectativa de vida no Brasil aumenta 11,24 anos entre 1980 e 2010 A expectativa de vida dos brasileiros aumentou 11,24 anos entre 1980 e 2010. O crescimento entre as mulheres ficou em 11,69 anos, enquanto entre os homens a elevação atingiu 10,59 anos. Os dados são da pesquisa Tábuas de Mortalidade 2010 – Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, divulgada nesta sexta-feira 2 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado de 2010, o Brasil ocupa o 91º lugar no rankingda Organização das Nações Unidas (ONU) sobre expectativa de vida. O Chile está na 34ª posição e a Argentina, na 59ª. No grupo Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o país fica atrás apenas da China (70º). Depois do Brasil, estão Rússia (134º), Índia (149º) e África do Sul (179º). No período analisado, a Região Nordeste foi a que apresentou maior aumento na expectativa de vida. Em 1980, o nordestino tinha a taxa mais baixa do país (58,25 anos). Três décadas depois, essa média subiu 12,95 anos e chegou a 71,20 em 2010. De acordo com o IBGE, esse crescimento ocorreu devido ao aumento de 14,14 anos na expectativa de vida das mulheres da região, que passou de 61,27 anos para 75,41. Segundo o gerente de Componentes de Dinâmica Demográfica do IBGE, Fernando Albuquerque, a aplicação mais eficaz de programas sociais e de projetos de distribuição de renda favoreceram as melhorias na região. “Houve aumento na qualidade de atendimento de pré-natal, transferência de renda pelo Bolsa Família e melhor instrução. O programa Saúde da Família não [previne a mortalidade apenas na infância], mas em todas as faixas de idade. São programas importantes.” A elevação da expectativa de vida entre as mulheres foi o fator que favoreceu também o resultado do Rio Grande do Norte, que apontou a maior elevação entre os estados da região (15,85 anos). Lá, a taxa das mulheres ficou em 17,03 anos. O pior resultado de crescimento entre as regiões foi no Sul (9,83 anos). Apesar disso, a área ainda registra as mais altas taxas de expectativa de vida do País. Em 1980, era de 66,01 anos, a mais elevada daquele ano. Em 2010 atingiu 75,84 anos, também a maior. “Os níveis de mortalidade já eram mais baixos. Os aumentos ocorreram, mas com menor intensidade. Essas expectativas de vida já eram elevadas”, diz o gerente. A segunda região a apresentar maior crescimento nos 30 anos compreendidos entre 1980 e 2010 foi a CentroOeste com elevação de 10,79 anos (de 62,85 para 73,64 anos). Em terceiro ficou o Sudeste que teve elevação de 10,58 anos (de 64,82 para 75,40 anos). A quarta foi a região Norte, que passou de 60,75 para 70,76 anos, representando um aumento de 10,01 anos na taxa. Na avaliação de Albuquerque, no Norte, a dificuldade de acesso aos programas sociais impediu um desempenho melhor. “Os programas sociais existem, mas há uma maior dificuldade em função da extensão da região e dificuldade de acesso. São populações ribeirinhas, onde o indivíduo tem de viajar vários dias para chegar a um posto de saúde.” A pesquisa analisa resultados sobre a esperança de vida por sexo e compara informações sobre as regiões do país e dos estados. O trabalho utiliza dados do Censo Demográfico 2010, das estatísticas de óbitos obtidos no Registro Civil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do ministério da Saúde para o mesmo ano.

Expectativa de vida no Brasil cresce 11 anos entre 1980 e 2010 RIO - Quem nasceu no Brasil em 2010 tinha expectativa de vida de 73 anos, nove meses e três dias - onze anos, dois meses e 27 dias a mais do que os brasileiros nascidos em 1980, que poderiam esperar viver 62 anos, seis meses e sete dias, segundo a edição 2013 da pesquisa "Tábuas abreviadas de mortalidade por sexo e idade". O trabalho, divulgado nesta sexta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que ao longo do período 1980/2010 a esperança de vida do brasileiro recém-nascido cresceu, em média, quatro meses e quinze dias por ano. Também mostra, ao lado de avanços como o aumento do tempo de vida das mulheres e da expansão da sobrevida dos idosos, os limites impostos a esse processo, sobretudo pela violência urbana, causa da grande quantidade de mortos entre homens jovens, com ênfase na faixa de 20 anos

Marcos de Paula/AE

O estudo constatou que em 2010 havia 449.129 habitantes no Brasil com 90 anos ou mais

Uma mudança relevante ocorrida no período foi a redução na desigualdade nas taxas de mortalidade entre as cinco grandes regiões do País, com uma inversão de posições entre o Norte e Nordeste. Em 1980, a expectativa de vida ao nascer do nortista era 60 e nove meses, maior que a do nordestino, que estava em 58 anos e três meses. Trinta anos depois, o indicador no Nordeste chegara a 71 anos, dois meses e 12 dias, contra 70 anos, nove meses e três dias do Norte. De uma "vantagem" de dois anos e meio para os nortistas, passou-se para uma dianteira de 0,44 ano (cinco meses e oito dias) para os nordestinos. Também se reduziu nas mesmas três décadas a diferença na expectativa de vida ao nascer entre o Nordeste (em 1980, região com o pior indicador) e o Sul (em 1980 e 2010, líder no índice). No primeiro ano da série, esses dois conjuntos de Estados brasileiros eram separados por sete anos, nove meses e três dias em esperança de sobrevida no berço, em favor dos sulistas. Já no último ano, esse abismo caíra para quatro anos, sete meses e vinte dias, ainda em favor do Sul. O encurtamento deveu-se ao avanço do indicador no Nordeste (22,2%, correspondente a 12 anos, 11 meses e 12 dias) ter sido maior que o do Sul (14,9%, ou seja, 9 anos, nove meses e 28 dias).

Na liderança do indicador, os sulistas tinham esperança de vida ao nascer de 66,01 anos em 1980 e passaram para 75 anos, dez meses e um dia em 2010. Os três Estados da Região Sul estavam entre os sete primeiros colocados no ranking da expectativa de vida ao nascer tanto em 1980 como em 2010, e , nos dois casos, lideravam a lista: o Rio Grande do Sul, no primeiro caso, e Santa Catarina, no segundo, em números totais como nos relativos a homens e mulheres. Os gaúchos perderam posições relativas - do primeiro lugar em 1980 caíram para o quarto, em 2010 -, enquanto os catarinenses, da segunda colocação no início da série, foram para o primeiro lugar no fim. Outra modificação importante se deu no cálculo da esperança de vida aos 60 anos. Em 1980, quem atingisse essa idade no País poderia esperar viver mais 16 anos, quatro meses e seis dias; em 2010, essa sobrevida se alargara para 21 anos ,sete meses e seis dias, mais quatro anos, oito meses e quinze dias. O Centro-Oeste foi a região com maior ganho relativo de sobrevida nessa faixa. Lá, quem fizesse 60 anos em 1980 poderia esperar viver mais 15 anos, onze meses e dezenove dias. Em 2010, esse período se ampliara para 20 anos, dez meses e 27 dias - uma expansão de quatro anos, onze meses e oito dias. Entre os Estados, o líder nesse quesito foi o Espírito Santo, cujos sexagenários ganharam, de 1980 a 2010, seis anos, nove meses e dezoito dias de expectativa de vida, tendo passado de 16,39 para 22,47 - 22 anos, cinco meses e dezenove dias, a maior sobrevida para recém-sexagenários entre os Estados brasileiros. A sobremortalidade masculina em relação à feminina (probabilidade de um homem morrer em relação a uma mulher) continuou marcante em 2010, tendo aumentado em relação a 1980. "Atinge o máximo no grupo de 20 a 24 anos, onde a probabilidade de um homem de 20 anos não atingir os 25 anos é 4,4 vezes ,maior do que esta mesma probabilidade para a população feminina", diz o estudo. "Entre 1980 e 2010, com exceção dos menores de 1 ano, todos os grupos de idade apresentaram aumento neste indicador. O grupo de 20 a 24 anos foi o que apresentou o maior acréscimo relativo (115,6%), passando de 2,0 para 4,4 vezes (...)." Segundo o trabalho, o Rio de Janeiro, que liderava nesse quesito (com 3,00) em 1980, "cedeu" o lugar para Alagoas (com 7,41) em 2010. No ano inicial da série, o indicador de 1,65 de sobremortalidade masculina dos alagoanos estava entre os mais baixos do País. Seu aumento absoluto foi de 5,8 vezes, e relativo, 348,3% - os mais altos para o período estudado. Os fluminenses também tinham a maior diferença de mortalidade entre os sexos (em 1980 as mulheres viviam 7,9 anos mais que os homens no Estado), mas em 2010 esse primeiro lugar passara para Alagoas, onde o sexo feminino tinha sobrevida de nove anos, quatro meses e treze dias a mais que os homens. Atrás desses dados, está a violência urbana, que atinge mais fortemente os homens jovens em todo o Brasil."Segundo as estatísticas do Registro Civil 2010, do total de óbitos registrados, aproximadamente 10,0% desses (sic) eram considerados violentos", diz o estudo. "Do total de óbitos violentos, 83,9% eram provenientes da população masculina e deste total, o grupo de 15 a 29 anos contribuía com 40,3%. (...) Este comportamento não aparece nas taxas de mortalidade feminina, apesar da tendência de aproximação das taxas observadas em 2010 em direção às de 1980, no grupo de adultas jovens." O estudo constatou também que em 2010 havia 449.129 habitantes do Brasil com 90 e mais de idade. Pela primeira vez na história da pesquisa, essa faixa passou a ser o grupo etário aberto final, indicando o aumento da longevidade dos brasileiros.

Expectativa de vida dos brasileiros O crescimento econômico do país, acesso à água tratada e esgoto, bem como aumento do consumo, foram alguns dos fatores que elevaram a expectativa de vida no Brasil.

A expectativa de vida dos brasileiros aumentou

A esperança de vida dos brasileiros aumentou, isso segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Vários foram os fatores que propiciaram essa ascensão, dentre muitos, o crescimento econômico do país, acesso à água tratada e esgoto, aumento do consumo, entre outros. De acordo com o IBGE, a média de vida de um cidadão brasileiro é de 72,7 anos. Expectativa ou esperança de vida corresponde à quantidade de anos em média que uma determinada população vive. Esse item é um importante indicador social que serve para avaliar a qualidade de vida de uma população de um determinado lugar. Apesar do aumento nos índices desse indicador social, o país ainda se encontra abaixo da realidade de muitos países desenvolvidos. O percentual médio do Brasil no quesito esperança de vida não reflete totalmente a realidade, muitas particularidades regionais são camufladas. Desse modo, temos diversos percentuais de expectativa de vida que oscilam de acordo com cada estado. A seguir, a expectativa de vida da população dos estados brasileiros. Estados do Centro-Sul do Brasil Rio Grande do Sul: 75 anos Santa Catarina: 75,3 anos Paraná: 74,1 anos São Paulo: 74,2 anos Rio de Janeiro: 73,1 anos Goiás: 71,4 anos Mato Grosso do Sul: 73,8 anos Mato Grosso: 73,1 anos Estados do Norte do Brasil Rondônia: 71,2 anos

Acre: 71,4 anos Amazonas: 71,6 anos Roraima: 69,9 anos Amapá: 70,4 anos Pará: 72,0 anos Nordeste Maranhão: 67,6 anos Piauí: 68,9 anos Ceará: 70,3 anos Rio Grande do Norte: 70,4 anos Paraíba: 69,0 anos Pernambuco: 68,3 anos Alagoas: 66,8 anos Sergipe: 70,0 anos. Esses dados refletem a desigualdade existente entre áreas mais desenvolvidas econômica e industrialmente e as menos desenvolvidas. Por isso, estados do Centro-Sul (desenvolvidos) apresentam números mais elevados que estados das regiões Norte e Nordeste (menos desenvolvidos). Por Eduardo de Freitas Graduado em Geografia Equipe Brasil Escola

IDH brasileiro: Expectativa de Vida A expectativa de vida é um dos indicadores sociais que determinam a qualidade de vida da população.

A expectativa de vida no Brasil vem aumentando continuamente

A Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 1990, criou um novo método denominado de IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, que corresponde às análises das condições de vida de uma população. Nesse contexto, um dos indicadores sociais que refletem boa condição de vida de uma população está na expectativa de vida, isto é, o número médio de anos que a população de um determinado país espera viver, mas também pode ser analisado em níveis mais particulares, a de um município, por exemplo. De acordo com a expectativa de vida de uma população, pode-se saber a qualidade de vida das pessoas. Isso fica evidente porque uma sociedade que possui bons rendimentos, aquisição ao conhecimento, saneamento ambiental, saúde de qualidade e habitação tende a ter uma expectativa de vida maior. De acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2009, a esperança de vida ou expectativa de vida dos brasileiros é, em média, de 72,8 anos, essa média varia segundo o sexo, a média de vida das mulheres é de 76,7 anos e de homens é 69,1. A expectativa de vida no Brasil passa por um período de ascensão constante, no entanto, é superado em relação aos países centrais, o Japão possui uma média de 82,5 anos; França, 81,5; Suíça, 81,5; Suécia, 81 anos. O Brasil é superado até mesmo por países menos desenvolvidos economicamente, como a Argentina, 75 anos. A expectativa de vida pode variar de acordo com a classe social, ou seja, quanto melhor o rendimento, maior será a esperança de vida, enquanto a classe de baixa renda detém taxas bem inferiores em relação aos de alto poder aquisitivo. Por Eduardo de Freitas Graduado em Geografia Equipe Brasil Escola

Brasileiro nasce com expectativa de vida de 74,6 anos, aponta IBGE Expectativa em 2012 aumentou 5 meses e 12 dias em relação a 2011. Em 2012, mortalidade infantil (até 1 ano) ficou em 15,69 para mil nascidos. Do G1, em São Paulo 42 comentários

Números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta segunda-feira (2) no Diário Oficial da União mostram que, em 2012, a expectativa de vida ao nascer no Brasil passou para 74,6 anos. A taxa apresenta um pequeno aumento em relação a 2011, quando a esperança de vida do brasileiro era de 74,1 anos. Mas, se comparada há dez anos, a expectativa de vida do brasileiro aumentou mais de três anos. Em 2002, era de 71 anos. De acordo com o IBGE, em 2012 houve um acréscimo de 5 meses e 12 dias em relação ao valor estimado para 2011. Para a população masculina, o aumento foi de 4 meses e 10 dias, passando de 70,6 anos para 71 anos. Já para as mulheres, a esperança de vida ao nascer era de 77,7 anos em 2011 e passou para 78,3 anos em 2012, aumento de 6 meses e 25 dias. Em 2012, a taxa de mortalidade infantil (de crianças com até um ano) ficou em 15,69 mortes para cada mil nascidos vivos - contra 16,13 em 2011. Já a taxa de mortalidade para crianças que têm de um até dois anos caiu para 0,98 para cada mil. Em 2011, era de 1,04. As Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil são divulgadas todo ano pelo IBGE e são usadas pelo Ministério da Previdência para calcular aposentadorias. Os dados também permitem calcular a vida média para cada idade. Em 2012, segundo o IBGE, uma pessoa de 30 anos teria, em média, mais 47,4 anos de vida, enquanto uma de 40 anos viveria, em média, mais 38,3 anos. Já uma pessoa com 50 anos teria, em média, mais 29,6 anos de vida.

Expectativa de vida da mulher sobe para 78,3 anos e a do homem, para 71 As Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil de 2012, do IBGE, têm como base a Projeção da População para o período 2000-2060 02 de dezembro de 2013 | 10h 20

RIO - A esperança de vida ao nascer dos homens brasileiros aumentou em 4 meses e 10 dias, passando de 70,6 anos em 2011 para 71,0 anos em 2012, segundo as Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta segunda-feira, 2. As mulheres, que já vivem mais do que os homens, tiveram aumento ainda maior na expectativa de vida ao nascer, saindo de 77,7 anos em 2011 para 78,3 anos em 2012, um acréscimo de 6 meses e 25 dias. A esperança de vida média ao nascer no Brasil subiu para 74,6 anos em 2012.

Veja também: Esperança de vida ao nascer sobe para 74,6 anos em 2012, diz IBGE

As Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil de 2012 têm como base a Projeção da População para o período 2000-2060 e incorpora dados populacionais do Censo Demográfico 2010, estimativas da mortalidade infantil com base no mesmo levantamento censitário e informações sobre notificações e registros oficiais de óbitos por sexo e idade. Os dados são usados pelo Ministério da Previdência Social como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

Crescimento do IDH brasileiro O IDH brasileiro ocupa o 73° lugar no ranking com o IDH dos países.

O IDH avalia os alcances de todos os países em saúde, aquisição de conhecimento e qualidade de vida.

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), em seu relatório divulgado em novembro de 2010, o Brasil se manteve no grupo de países de “alto desenvolvimento humano”. Desde que foi criada a avaliação do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), na década de 1990, essa é a segunda vez que o país integra o grupo de nações com essas características. O governo Lula e seus apoiadores comemoraram esse constante crescimento da média do IDH nacional, no entanto, os elaboradores da pesquisa visualizaram esse

processo de forma mais prudente, uma vez que alguns países latinos, tais como Argentina, Chile e México, há muito tempo superam o IDH brasileiro. Apesar do crescimento discreto, o Brasil alcançou melhorias nos indicadores sociais que compõem o IDH, salvo o índice de analfabetismo adulto, o país cresceu economicamente, promovendo certa melhoria na qualidade de vida da população, além da esperança de vida da população ter sido elevada. O crescimento econômico, por sua vez, fica evidente: os dados do PIB per capita aumentaram cerca de 4% de 2008 para 2009. O IDH avalia os alcances de todos os países em três setores principais: saúde, aquisição de conhecimento e qualidade de vida. A primeira avalia as taxas de esperança de vida, o segundo é avaliado através da média de anos de estudo da população adulta e por meio do número esperado de anos de estudos (tempo que uma criança ficará matriculada); o terceiro corresponde à Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, que avalia praticamente os mesmos aspectos que o PIB per capita, porém a RNB também considera os recursos financeiros oriundos do exterior. Para um país se enquadrar em um grupo, é necessário avaliar o IDH. O desenvolvimento humano é classificado da seguinte forma: muito alto, alto, médio, baixo. IDH dos principais países: 1° Noruega: 0,938 (Europa); 2° Austrália: 0,937 (Oceania); 3° Nova Zelândia: 0,907 (Oceania); 4° Estados Unidos: 0,902 (América do Norte); 5° Irlanda: 0,895 (Europa); 6° Liechtenstein: 0,891 (Europa); 7° Holanda (Países Baixos): 0,890 (Europa); 8° Canadá: 0,888 (América do Norte); 9° Suécia: 0,885 (Europa); 10 Alemanha: 0,885 (Europa);

11° Japão: 0,884 (Ásia); 12° Coreia do Sul: 0,877 (Ásia); 13° Suíça: 0,874 (Europa); 14° França: 0,872 (Europa); 15° Israel: 0,872 (Oriente Médio); 16° Finlândia: 0,871 (Europa); 17° Islândia: 0,869 (Europa); 18° Bélgica: 0,867 (Europa); 19° Dinamarca: 0,867 (Europa); 20° Espanha: 0,863 (Europa); 73° Brasil: 0,699 (América do Sul).

Eduardo Graduado Equipe Brasil Escola

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Freitas Geografia

Mortalidade infantil cai e expectativa de vida aumenta, segundo o IBGE Em 30 anos, a mortalidade infantil caiu mais de 75 %. E a expectativa de vida aumentou em 11 anos. O professor Orlando, de 91 anos, revela o segredo da longevidade: "você fazer o que você gosta de fazer".

Um estudo divulgado nesta sexta-feira (2) pelo IBGE revelou mudanças no perfil da população brasileira, que têm a ver com melhoria das condições de vida no país. Em 30 anos, a mortalidade infantil caiu mais de 75 %. E a expectativa de vida aumentou em 11 anos. Foi um esforço de décadas, mas os resultados apareceram. Em 1980, a expectativa de vida de homens e mulheres, ao nascer, era de 62,5 anos. Em 2010, subiu para 73 anos. As mulheres continuam vivendo mais: pouco acima dos 77 anos. O Norte do país é onde os brasileiros vivem menos. A região ficou atrás do Nordeste - que tinha a menor esperança de vida em 1980. A expectativa de vida dos nordestinos teve o maior ganho em três décadas: 58 para 71 anos. As mulheres dessa região melhoraram ainda mais. “A vida da mulher nordestina, é uma vida mais dura, ela aprendeu a ter força de vontade, lutar muito, criar, ser responsável e dar conta da família”, afirma a auxiliar de enfermagem Maurina Menezes da Silva. A mortalidade infantil teve a queda mais expressiva: de cada mil crianças nascidas, em 1980, 69 morriam antes de fazer um ano. Em 2010, o número caiu para 16. “Campanhas de vacinação, saneamento, são fatores que exercem forte influência nos níveis da mortalidade infantil”, explica o pesquisador do IBGE Fernando Albuquerque. A expectativa de vida dos brasileiros tem passado por tantas alterações que isso até provocou uma mudança nas tabelas do IBGE. Em 2000, as análises e projeções iam até 80 anos ou mais. Em 2010, foi criado um novo grupo: o dos que tem 90 anos de idade ou mais. Gente como o professor Orlando, 91 anos de pura atividade. Levanta antes do sol nascer para dar aula de ginástica e só volta pra casa à noite. Seria este o segredo da longevidade? “Eu não tenho segredo de vida. O meu trabalho, eu gosto de fazer o que eu faço. Então isso é uma escolha importante na vida, você fazer o que você gosta de fazer. Você sempre produz mais”, ressalta.

Em 50 anos, percentual de idosos mais que dobra no Brasil Em 1960, 3,3 milhões tinham mais de 60 anos; em 2010, eram 20,5 milhões. G1 mostra evolução da pirâmide etária no Brasil em 1960, 2000 e 2010. Do G1, em São Paulo 4 comentários

Ao longo dos últimos 50 anos, a população brasileira quase triplicou: passou de 70 milhões, em 1960, para 190,7 milhões, em 2010. O crescimento do número de idosos, no entanto, foi ainda maior. Em 1960, 3,3 milhões de brasileiros tinham 60 anos ou mais e representavam 4,7% da população. Em 2000, 14,5 milhões, ou 8,5% dos brasileiros, estavam nessa faixa etária. Na última década, o salto foi grande, e em 2010 a representação passou para 10,8% da população (20,5 milhões). A comparação feita pelo G1 se baseia nos censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 1960, de 2000 e de 2010. O envelhecimento da população é uma tendência tão evidente que até mesmo os critérios do IBGE mudaram. Em 1960, todas as pessoas com 70 anos ou mais eram colocadas na mesma categoria. Já nas pirâmides etárias de 2000 e 2010, as faixas etárias foram separadas a partir dos 70 de cinco em cinco anos até os 100 (no gráfico abaixo, os dados foram somados para que pudesse haver a comparação entre os três períodos). "O Brasil ainda é um país com a maioria da população jovem, ainda temos elevado percentual de jovens no mercado de trabalho, mas temos que nos preparar para o envelhecimento da população, principalmente em relação à pressão sobre a Previdência. Entre as iniciativas válidas está a de apoiar a implementação de recursos com Previdência complementar. Precisamos pensar e criar mecanismos que tornem o sistema mais sustentável", diz Bárbara Cobo, pesquisadora de indicadores sociais do IBGE. Ana Amélia Camarano, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), concorda. "O país está se preparando para esse futuro, mas ainda há muito a ser feito", diz. Recentemente, o Congresso aprovou um novo fundo complementar para o servidor público federal com o objetivo de reduzir o déficit da Previdência. O projeto ainda precisa ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff. Há outro projeto em discussão no Congresso para mudar o fator previdenciário, instrumento que visa reduzir o valor do benefício de quem se aposenta antes dos 65 anos, no caso de homens, ou 60, no caso das mulheres. Esse projeto pode aumentar os gastos do governo e, por conta disso, uma proposta que extinguiu o fator foi vetada no governo do expresidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Segundo Bárbara, a maioria da população idosa do país está concentrada próxima a áreas urbanas. "São regiões com maior disponibilidade de serviços médicos qualificados e também uma rede social com atividades de lazer, culturais e religiosas que permitem maior envolvimento dessa faixa etária na sociedade", diz. Um dos indicadores da mudança na pirâmide etária é a queda da taxa de fecundidade, publicada na última sexta-feira (27), entre outros dados do Censo Demográfico 2010. A queda tem feito com que o gráfico que separa os habitantes por idade fique cada vez menos triangular. Censo após censo, ele fica mais volumoso na parte central, que representa a população adulta, e começa a diminuir na base, onde ficam os mais novos.

O envelhecimento da população é uma tendência e grande parte dos países desenvolvidos já chegou nessa etapa" Bárbara Cobo, pesquisadora do IBGE

"O envelhecimento da população é uma tendência e grande parte dos países desenvolvidos já chegou nessa etapa, decorrentes do maior desenvolvimento social e do aumento da expectativa de vida. Isso é fruto do avanço da medicina,

de melhorias nas condições de saneamento nas cidades, da diminuição da taxa de fecundidade, dentre outros fatores", diz Bárbara Cobo, do IBGE. Em 2010, cada brasileira tinha em média 1,9 filho. Foi a primeira vez que o número ficou abaixo do chamado nível de reposição – 2,1 por mulher –, que garante a reposição das gerações. Em outras palavras, a manutenção dessa tendência deve provocar a redução da população brasileira no futuro. O número caiu 20,1% ao longo da última década. Em 2000, cada mulher tinha em média 2,38 filhos. Há 50 anos, a taxa de fecundidade era de 6,3 filhos por mulher - mais que o triplo do que é hoje. "Nos próximos 30, 40 anos, essa tendência de envelhecimento da população brasileira é praticamente irreversível, a menos que a fecundidade volte a aumentar e a aumentar muito", acredita a pesquisadora Ana Amélia Camarano, do Ipea. "Isso ocorre porque a taxa de fecundidade caiu muito desde os anos 90 e a taxa de mortalidade nas idades avançadas também diminuiu", explica.

Isso ocorre porque a taxa de fecundidade caiu muito desde os anos 90 e a taxa de mortalidade nas idades avançadas também diminuiu" Ana Amélia Camarano, do Ipea

"Alguns países com aumento da população idosa começaram a criar políticas públicas de incentivo para as mulheres terem mais filhos. O ideal, para repor a população do país, seria que cada mulher tivesse dois filhos", aponta Bárbara. Dados Apesar do crescimento absoluto de mais de 20 milhões de pessoas entre 2000 e 2010, a quantidade de crianças diminuiu. Em 2000, 32,9 milhões de brasileiros tinham menos de 10 anos; em 2010, o número caiu para 28,7 milhões. Dentre as faixas etárias separadas pelo IBGE, a mais povoada em 2010 era a que fica entre os 20 e os 24 anos – 17,2 milhões (9%) de brasileiros têm essas idades. Em 2000, a maior concentração era na faixa etária imediatamente abaixo – 17,9 milhões (10,6%) tinham entre 15 e 19 anos de idade. Há 50 anos, as crianças pequenas eram a parcela mais significativa da população – 11,1 milhões (15,8%) tinham entre 0 e 4 anos. Mães mais velhas Com os novos padrões, mudam também os hábitos. Os dados divulgados na sexta-feira mostram que a tendência é que as mulheres tenham filhos cada vez mais tarde. Em dez anos, aumentou o percentual de mulheres que se tornaram mães depois dos 30 anos. Em 2000, elas representavam 27,6% do total; em 2010, já eram 31,3%. Enquanto isso, houve queda entre as mais novas. Os grupos de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos de idade, que tinham respectivamente 18,8% e 29,3% das mães em 2000, passaram a concentrar 17,7% e 27,0% do total em 2010. Para Bárbara Cobo, o fato de as mulheres deixarem para ter filhos mais velhas não tem relação direta com o aumento da população idosa. "Não acho que a mulher pensa que, já que as pessoas estão vivendo mais, vou deixar para ter um filho mais tarde. A tendência decorre do avanço da mulher no mercado de trabalho e da implementação dos métodos anticoncepcionais desde a década de 70, que muitas vezes gera uma mudança de comportamento da mulher, que se preocupa em consolidar uma carreira estável primeiro."

Número de idosos no Brasil vai quadruplicar até 2060, diz IBGE Atualizado em 29 de agosto, 2013 - 12:39 (Brasília) 15:39 GMT 

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Maior expectativa de vida explica aumento da população acima de 65 anos no Brasil, diz IBGE

Amparado pela maior expectativa de vida, o número de brasileiros acima de 65 anos deve praticamente quadruplicar até 2060, confirmando a tendência de envelhecimento acelerado da população já apontada por demógrafos. A estimativa faz parte de uma série de projeções populacionais baseada no Censo de 2010 divulgadas nesta quinta-feira pelo IBGE.

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Segundo o órgão, a população com essa faixa etária deve passar de 14,9 milhões (7,4% do total), em 2013, para 58,4 milhões (26,7% do total), em 2060. No período, a expectativa média de vida do brasileiro deve aumentar dos atuais 75 anos para 81 anos. De acordo com o IBGE, as mulheres continuarão vivendo mais do que os homens. Em 2060, a expectativa de vida delas será de 84,4 anos, contra 78,03 dos homens. Hoje, elas vivem, em média, até os 78,5 anos, enquanto eles, até os 71,5 anos.

Bônus demográfico Com a mudança da estrutura etária brasileira, resultado da redução do número de jovens e do aumento da população idosa, o Brasil deve passar por profundas transformações socioeconômicas. A principal delas diz respeito ao que especialistas chamam de "bônus demográfico" ou "janela de oportunidades". O conceito engloba as oportunidades que surgem para o país quando o número de pessoas consideradas economicamente produtivas (as que o IBGE considera em idade de trabalhar, entre 15 a 64 anos) é maior do que a parcela da população dependente (ou seja, menores e idosos que não trabalham). Calcula-se que em 2013 cada grupo de cem indivíduos em idade ativa sustenta 46 indivíduos. Segundo as estimativas do IBGE, até 2022 esse número irá caindo – indicando um grande número de pessoas economicamente ativas. Nesse ano, porém, ocorrerá uma inversão, chegando em 2033 ao mesmo nível de 2013. Já em 2060, a proporção deverá ser de 65,9, ou seja, cada grupo de cem indivíduos em idade ativa sustentará 65,9 indivíduos.

Fecundidade Ainda segundo o IBGE, ao passo que aumentará a expectativa de vida, cairá o número de filhos por mulher. O coeficiente, representado pela taxa de fecundidade total, é, atualmente, de 1,77 filhos em média por mulher. Em 2030, a previsão é de que o índice caia para 1,5. Segundo os especialistas, a taxa já está abaixo da considerada necessária para a reposição natural da população, de 2,1 filhos por mulher. O levantamento destaca que a queda do número de filhos será registrada, inclusive, em Estados que hoje apresentam taxas superiores à média nacional, como o Acre (2,6 filhos por mulher) ou o Amazonas (2,4 filhos por mulher). Neles, o coeficiente passará respectivamente, para 1,8 filho por mulher e 1,4 filho por mulher em 2030. De acordo com o IBGE, o menor número de filhos, tendência registrada desde a década de 70, é explicado pelo adiamento da maternidade. Em 2013, as brasileiras tinham o primeiro filho aos 26,9 anos, em média. Em 2030, ele virá quase três anos depois, aos 29,3 anos.

Crescimento da população A queda no número médio de filhos por mulher terá um impacto negativo sobre o crescimento da população brasileira, indicam as projeções. Segundo os cálculos do IBGE, o número de brasileiros vai crescer até 2042, a partir de quando o número de óbitos superará o de nascimentos. Em 2060, as estimativas apontam que o país terá o mesmo número de habitantes do que 2025 (218,2 milhões). De acordo com o órgão, a população do Brasil já ultrapassou, em 2013, pela primeira vez, a marca de 200 milhões de pessoas, chegando a 201 milhões até o fim do ano.

Pnad: população idosa no Brasil cresce, vive mais e começa a usar a internet 23

Giuliander Carpes Do UOL, no Rio

27/09/201310h00 > Atualizada 27/09/201315h57     Comunicar erroImprimir 

Arquivo pessoal

Odete Callegaro é um exemplo do "novo idoso" desenhado pela Pnad

A gaúcha Odete Callegaro, 75, fez um curso de informática para aprender a domar a internet. Conseguiu. Hoje se comunica com os filhos e netos pelo Facebook e Skype. Sabe das notícias antes do marido, dois anos mais velho, que se apega ao jornal impresso e à televisão como fontes de informação. E não se aflige com qualquer comando desconhecido do computador.

Odete é um exemplo do "novo idoso" desenhado pela Pnad (Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios) 2012, divulgada na manhã desta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): vive mais, está em uma faixa da população cada vez maior e mostra interesse crescente por ultrapassar as barreiras tecnológicas em prol de seu próprio conforto. As pessoas com mais de 60 anos são hoje 12,6% da população, ou 24,85 milhões de indivíduos – em 2011, tratava-se de uma fatia de 12,1% e, em 2002, 9,3%. A maior parte deles é mulher (13,84 milhões) e vive em áreas urbanas (20,94 milhões). "Este aumento no número de idosos é uma tendência que já se observa há bastante tempo. Ocorre devido aos avanços de qualidade de vida, tratamentos médicos etc", afirma Maria Lúcia Vieira, gerente da coordenação de trabalho e rendimento do IBGE. EXPECTATIVA DE VIDA AO NASCER - 2000/2060



2000

69,8 anos

2010

73,9 anos

2020

76,7 anos

2030

78,6 anos

2040

79,9 anos

2050

80,7 anos

2060

81,2 anos

Fonte: IBGE

O grupo com mais de 50 anos ainda é o que apresenta o menor percentual de internautas. Mas eles estão aumentando significativamente. Em 2012, aqueles que não têm medo de computador já eram 20,5% de toda a faixa etária – 2,5 pontos percentuais maior que no ano anterior. É um passo que leva tempo. Odete, que mora em Porto Alegre, demorou um ano. "Fiz um ano de curso. Esperar que alguém te ensine é demais. Filho e neto não têm paciência", conta a gaúcha. "Mas depois que aprende como funciona, tudo fica mais fácil. O resto a gente vai descobrindo." Ela usa basicamente as ferramentas mais populares da rede. Só não se anima ainda a fazer transações financeiras. "Pagar contas eu não faço pela internet. Hoje tenho tanto medo de entrarem nos meus dados. Gente velha não quer se incomodar com essas coisas", diz a

professora aposentada, que acha graça do marido, desinteressado pela tecnologia, como a maior faixa das pessoas da sua idade (79,5%). "Ele só pergunta com quem eu estou falando no Facebook ou no MSN e volta para o jornal. Aqui assinamos dois jornais, mas podíamos ter no tablet. Acumula muito papel." Ampliar

Pnad 2012 mostra o Brasil em números22 fotos 10 / 22

Em 2012, o rendimento médio mensal real de trabalho dos homens foi de R$ 1.698 e das mulheres foi de R$ 1.238. Em termos proporcionais, equivale a dizer que as mulheres recebiam 72,9% do rendimento de trabalho dos homens; em 2011, esta proporção era de 73,7% Leia mais Thinkstock/UOL

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Sul tem mais idosos O Sul do país é a região onde as pessoas com mais de 60 anos representam uma faixa maior da população: 14,2%. Quatro cidades do Rio Grande do Sul, segundo o IBGE, são as recordistas na

proporção de idosos. Em Coqueiro Baixo, a 161 km de Porto Alegre, 20,4% dos habitantes estão nesta faixa de idade – ela é seguida pelas vizinhas Santa Teresa (19,8%), Relvado (19,6%) e Colinas (18,7%). O IBGE prevê que em 2030 a população brasileira, hoje estimada em 196,9 milhões, começará a encolher. Segundo projeções do instituto, então o país terá uma proporção de 13,3% de idosos em relação ao total. INFOGRÁFICOS

 Clique na imagem para ver o perfil dos domicílios brasileiros, segundo a Pnad 2012

 Máquina de lavar e computador ganham mais espaço na casa do brasileiro; clique na imagem

A projeção da população, divulgada em agosto, aponta que os idosos no Brasil deverão representar 26,7% da população (58,4 milhões de idosos para uma população de 218 milhões de pessoas), em 2060, numa proporção 3,6 vezes maior do que a atual. "O envelhecimento da população acima dos 65 anos tem a ver com a diminuição da fecundidade. Você diminui o número de jovens e tem o aumento relativo dos idosos. Mesmo sem o avanço da expectativa de vida, os idosos aumentariam", explica o pesquisador Gabriel Borges, um dos responsáveis pelo estudo. Coqueiro Baixo Em Coqueiro Baixo não há uma churrascaria --a mais próxima dali fica na cidade de Encantado, a cerca de 30 quilômetros. Por outro, no Brasil é difícil encontrar uma churrascaria sem ter em seu histórico um nativo dessa pequena localidade da Serra Gaúcha de 1.528 descendentes de italianos.

Intervalo de confiança Por ser uma pesquisa por amostra, as variáveis divulgadas pela Pnad estão dentro de um intervalo numérico, que é o chamado "erro amostral". Não há uma margem de erro específica para toda a amostra. Diferentemente das pesquisas eleitorais, que têm apenas um indicador em destaque (a intenção de votos de determinado candidato), a Pnad tem dezenas de indicadores e o valor de cada um deles oscila dentro do seu intervalo específico. Isso também se aplica à taxa de analfabetismo, segundo a assessoria do IBGE. Se o intervalo da taxa referente ao ano analisado coincide total ou parcialmente com o intervalo do mesmo coeficiente de anos anteriores, os dados não apresentarão variação significativa do ponto de vista estatístico, ainda que os números sejam diferentes. Isso, no entanto, não invalida o resultado da amostra, de acordo com o órgão.



http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/08/130829_demografia_ibge_populacao_brasil_lgb.shtml

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/08/mortalidade-infantil-cai-eexpectativa-de-vida-aumenta-segundo-o-ibge.html http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,expectativa-de-vida-no-brasil-cresce11-anos-entre-1980-e-2010,1059877,0.htm http://www.cartacapital.com.br/sociedade/expectativa-de-vida-no-brasil-aumenta-1124-anos-entre-1980-e-2010-4437.html http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2013/12/aumenta-a-expectativa-devida-do-brasileiro-segundo-ibge http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/08/02/expectativa-devida-do-brasileiro-aumenta-quatro-meses-a-cada-ano.htm http://veja.abril.com.br/especiais/como_construir_futuro/p_124.html http://www.brasilescola.com/brasil/o-numero-idosos-devera-aumentar-no-brasil.htm

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/04/em-50-anos-percentual-de-idosos-maisque-dobra-no-brasil.html http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/09/27/pnad-populacaoidosa-no-brasil-cresce-vive-mais-e-comeca-a-usar-a-internet.htm

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