A Ilusão Especular - Arlindo Machado

July 24, 2017 | Autor: Giordanna Forte | Categoria: Cinema, Cinema Studies
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Descrição do Produto

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A pesar de paë e indissociâvel de

pr at l capenl e t odas as qt i vi dades pro flsslo nals o u recreatlvas - da ViL i ;

da m oderna,s:ndo m erecedora por. tqntg de atlnçag e estudo,a fotografI! alnda nao foItotalm enle aqreendlda porup segm ento expressllo da

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intelectqalldade,que tem tendencia a epcqra-la com desdenjosa bene-

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Vo Iencla co m o um a especie de pri. m a pobre da pintura.

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Subverteresse eqtado de coisas e res atar o vyrdadelro papelda fotq-

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zando a especificidade de sua Iinguaqem :o pl ''-loto escolhido para es.

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pecular, foi A rlindq M achado, reall-

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zador cinem atografico, professo r

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universitârio e ensaista. G rand: piloto este Arlindo, seu

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vôo nâo e rasante nem cego, e profundo e preciso.

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Da Apïesentaçëo de Pedro Vasquez

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ereleu cada /ïnAtzea Eliçrtmk#o incansâvelpara o fSJlt)go. ..

Ilarotao Je ()anzrow e Laymert t7lrclc dos Santos rolernizarangenvaltosfvel alMnntandolinnitese&JfdJ?.Irenede

Araujo Machadodeuforça e encorajamento ar situaçöes maisdiflceis.Devo reconhecimento cfzzda aos meusalunos docurso deJornalismo da PUC-SP pelo dïlltwoproveitoso nasala deaula. E, hn ' lmente,â Com issâo de Pfvçufçc da PUC-SPPeIOJurorfe/a irzt m cefm Jpesquisg.

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mento minucioso deste lrahll/lo,o tll/la crltl ko com queleu

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tJseem todaitleologia oshomensesuasrelaçxsaparecem invertidoscomoem umacamerqo:ycwrtz,>sefen:menoresponde aum processo histôrico devida'como a inversâo (los objetosao p ojetar-sesobrearetinarespondeaoseu processo devida dire. tarme nteflsieo.''tM arx& Engels ,4ideologiaJlepzt kl

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A PR ESENTA C A-O l

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asatividades-profissl bna, ' sourecreativas- davidazzlo-

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fotograpauuwf; u zlf ib/oftotalmenteapreendidaCzorum seg. ectualidade, quetem fezzzv ncf/zï? m enroexpressivo daintel

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encarâ.lacom desdenhosabenevolêno' acozuoumaewicie

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Pensarporcontaprnpria,,,s/ z. çprovedoraaebonsserwko. ç defl#t VOf$;rl Outrasdrcrz. ç#0 G'onhecim ento /;&FNJ&O cfAm o afz'IfrtRrfWtl gfcouJhistdria porexemplo z

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'ecouaseresgataro veraadeiro subven eresseeszado (/

Papeldafotografia,tï' c/l 'ufz,/ o ,analisando evalorîzandoa especvuuadeufcsua unguagem KFm'L zsaoaozzzyf/rufoNa.

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cionalgcFotosmalb' adaz' csupz' s,queg noinlciodoano

Passado criava a co/eç:o '' Luz e sepex,o''paragarantir u> espaiojïxoparaO debatedJJqNC&/8&N/fJlO#rJ/'C&X. X N1bicionc/do c expdnsâo desse dJ#lfo,GSSOCiGm 0'

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nOJagoradBrgsill' ensen6JXO ISSPUCIJEAP

''erro'' M as,se eontinua'rm os a leitura do trecho

passam os à. dom inaçào abstrata da Ideologia. M as se concordarm osquc ossistem as de representaçào de que se

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sobre aretinarespondeao seu processo devida diretamente fisico''(M arx& Engels1958,p.26).Ora,ninguém poderâ

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valem oshomensestào vinculades de alguma forma às contlkèes m ateriais que os preduzem , entào terem os de concluir que hâ ' tantas idcologias quantas sào as forças

sustentar que,por inverter as imagens na retina o olho

efetivas que se defrontam na vida social. Assim consi-

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i'falsifica''o m undo visivel.A teoria da Gestaltaté pederia demonstrar, eomo o tem feito,que e olho ''vê''inclusive imagensquenào existem concretamente no mundo fisico e ''ignora''outrasqueestào àsua frente,m asnem porisso se podeconcluirque o que o olho vê 1 ,,certo,,ou ,,errado,,

derando as ideologias (lato . ser!. çtI),elas nào têm por que aparecer como algo necessariamente pejorativo, de que fogem osiluminadoscomoodiaboda eruz.E 'nesteeaso.a 'idistew ào''ou a ''inversito''que elasoperam nào ipplica) em to(us as circunstâncias, ulna ''falsificaçiko'' ou um

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'iverdadeiro''ou :Kfalso'''e1e apenastem a sua m aneira de

:ïoeuham cnto''dasrelaçöesefetivasdo m undo m assim a

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vereessaLasua fmicatêcnicaoperativa' Assim como nào sepodeexigirqueoolho sejao que nào é: assim também

marca(ouseja,opontodevista' aperspectiva'aestratégia operativa) da elasse social que as forjou. Endossando

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nàosepodeentenderomundosem invertê-lo ()queMalxe

JacquesRaneiêre ''éprecisopensarastdeologiascemo

''ideologias'' nào sâ() sim ples 'xespelhos'' para reîletir o n4undo de fornaa innçdiata:ao representar. ao construir

assim deseapresentarcom oum conceito escatolôgico para se colocar nosnnesnnosternlos que a extinçào do Estado

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Engelsquerenadizerconaanletâforadaninversào''équeos sistenlas de representaçào agrupados sob o nome geral de

sistem as para operacionalizar o mundo ao articular as relaçöes em que se acha mergulhado o homem neces-

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sistenAas de representaçào de interesses de classe e de exercicio da luta de classes.O fim das ideologias deixarâ '

sad anxente tiinverte'' isto é interfere interpreta e altera o

Na verdade se existe unna diferença radicalentre a

objeio representado porque a açâo do sujeito é senlpre

ideologia donxinanteeisso quepoderianaos denolninaras

produtiva e nào pode serreduzida à atitude do espectador passivo.se a auvidade representativa -- a atividade ideolôgkca -- é ''inversora'' os cdtérios dessa inversào estào dadospelaestratêgiaoperativa decadagrupo,ganguç,clà casta,raça ou,na sociedade de classes,porcada um a das elassesqueseenfrentam naarenasoeial As ideologias nào podena ser tom adas com o outra

ideologiaslibertâriasou revolucienâriasdasclassesoprinai. das ela esté no fato da prim eira ocultar o seu uarâter de classe fazendo.sepassar porum a abstrata universaliâade enquanto a segunda explicita esse carâter desnuda o seu acento ideolôgieo e m anifesta aquilo que 6' .um ponto de vistaopostoeirreconeiliâvelcolno daclassedom inante.D e fatoFpara que a ideologia donainante possa aparecerconAo

coisaqueessaselitlariedadedossistemasdereprcrcntaçào ao grupo social que os forjou numa condkào dada.

dominante,ouseja,paraqueelaseimponhacomoosistema de representaçào detoda asoeiedadeenào de uma classe

Entretanto com o a m aior parte das vezes em que M arx

em particular e1a nào potle se m ostrar com o ideologia,

recorre aesseconceito eleestâtrabalhando porforçado eontexto'con:unlaexpressâoparticularda ideologia -- a

Aquelesqueforjanla ideologia donlînante se dizem e se julga nzforade,l a' .ainzprensasedLz''objetdiv a''' areligiàose (x , .

da classe burguesa -- grande parte dos intérpretes do

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marxismosederaln aliberdadedetomaroparticularpelo

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geral de form aque fizeram com que a lunçào t ' la ideologia da classe dom inante designasse aIdeologia,tom ada entào no seu sentido burguês absolutizado e universalizado. Assim da drminaçà. o histôrica econcreta deuma ideologia

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istoé em hmçliodo fim daluta declasses''(Ranci?re 1971 p.41).

diz universal o sistem a politico se diz denlocrâtico,. a

institukàojur îdicase d,iz tabelecidao sîgno 6sempreum pouco reacionârio e

idefo gica.t'Na verdade,a conseiência s6 pode se desen.

diente necessârio toda e qualquer criaçào ideolôgica'' (Volochinev 1930,p.19).Assim ,partindo de um apremissa

jâbastantediseutivel adequeoprocesso decompreensào C V tOflOS es fenômenos ideol6gicos (visuais, auditïvos, Sensoriais etcq)nàopoueocorrersem o recursoà.linguagem VcvbA1interiorizada no ùldividuo Volochinov tira apressadamente a conclusâo de que toclos os sigcog nâo-verbais banham 'se ne diseurso verbale nào t1m existência autôFlomatm relaçàoa este. M aSCoIn baseeln queevidênciasseptlde afirmarque O disi m rso interior é com pesto apenas de palavras? Acaso

nà' O interiorizamostambém junto com a. s palavras todo

procura con,o que estabghar o nzomento precedente do

LIJD POMPIJXD tv im agens Sons m ovimentos fornlas geon'êtdcas,sentinaentos cheiros puadares sensualisnlo? o

lluxodialético daformaçào wcialevalorizaraverdadede ontem como sendo a verdadcde hoje''(yw ocllinov 19. % p.27). '

Poblema.*Outro:Ocorrequeapalavraéoftnicoskno que Pode 5erexterivrizado por qualquerindivîduo que tenha pulmDtse cordasvocais jâ que a produçà. o dos demais sistenlas de signos pressupöe a propriedade pdvada dos

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meios de produçào (as tintas o pineel o instrumento

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musical a cânaera fotogrâfica osaparelhos de gravaçâo e toda a dem aisparafernâlia mecânico/eletrônica da ideolo-

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giaindugtfializada)eaaquiskào lem sempredemecrâtiea '

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de know'/'t)w para operar instrum entos e cddiges. Em decorrênciadisso ()illdividuoCom tlm jdesarmado de mcios de exteriorizaçào, tende a ser espectador passivo de ideologias alheiasFcendenado que estâ a viver apenas na sua privacidade interior a articulaçào dos signos nào-ver-

bais.Masnàoestarâjustamenteaj'nessesintersticiosque escapam ao verbal,a luta ideolôgica principal? Nào é.por essas breehas que a itieologia dom inante nos atknge com

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ma ioreficâcia,pornàoestarmosaparelhadospararebatê. la e enfrentâ -l a no m esm o nfvel? Nâo estâ ai o grande desafio quo osmodernosmeiosaudiovisuaisde informaçào

noscolocamoao fazerproliterarcem umaseduçàe inu istivelabaladeaçicarda indistliacultural? . .

Osterniosrejleur(otrajat)erefratarùpre/omI/),de que se vale Volochinov, eddentenaente sô podenn ser utiizados enn lingiistica e nos sisten4as verbais enn geral

nunlsentido nAetaf6dco,jâ quea lfngua nào seconaporta segundo as leis da 6ptica. Mas na fotografia (e por extensào,rjocinema e demaismeiosfigurativos modernos)

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jânàoestamosmaisnoterrenodametâfora umavezquea eàmerarehete(atravésdopseudo-espelhoqueLtapclicula) erefrata(atravésdasobjrtivas.quequebram ereorientam o sentidodainformaçâoium inosa)omundovisîvd no sentido etim olôgico m ais prim ordial,com chqualquer corpo crista. liuo.Porisrs e,aplicadas a esses md os, as kdéia. s dt Volochinov nâo se resumem num esforço de enquadramento, mas eneontram o terreno de aplicabilidade m ais exato' . éaique.em flltim ainstância,assuasconcepçöesrevelam os seus lim ites e as suas aberturas m ais radicais. Essa é a fissuraque,dentrodotexto deVolochinov, perfura decabo a rabo o exeeïsivoverbalism o desua abordagem . A atuali-

dadedeSIIASidêiasPrecisaSerbuscadahojtParaalém dOS limitesestreitosem quee1ePr6prioaeneerrou. Paraallm dOs limitesda palavra e de todo substrato Vefba. l,a im agem figurativa Vh' e um dram a que LSô seu e quetem alim entadoasuaexistlnciaPelom enosn()sliltimos CinCO SéCUIOS de histbria do Ocidente:a resoluçâo ïempre

27

impossiveldoproblema daanalogia A perspectivaçentrale .

unilocular inventada no Renascim ento introduziu nos sis. tom tts pkt/rkot t odttetltai: a estratlgix a de klm deilo del

Kxrealidade''efe7trm qtleOsSeusttrtifices mobilizassçm

todos os recursos disponiveisPara Prtlduzir tlm Ctldigt)de reprqsentaçào questlaproximasge Cada VeZ fllaisdo 'dl' Qlal'' visîvel, quefosseoseu analogon m aisperfeito e exato.N7k) setratava apenas- isso Lo maisimportante - debttscar recursespararepresentaro :'real''!nosentido de quetodoe

qualquer sistema de signos busca de algzlma forma se

refvrira algo :xreal'':a estratégiaintrodtzzida Pela perspectivarenascentistavisavasuprim ir- t)upelom enosrepritnir rô ria representaçào, na medida em que esse ap p analogon buscado deveria ter espessura e densidade sufi. cieyltesparasefazerpassarpeloprôprio'sreal''. Na xerftaie mais que. qntzlogftz t3 que a îrtlevgem

fkurath'a buscou esse tempo todo foi uma Itomologia

a bsoluta,aidentidadeperfeitaentreosignoeodesignado. D e fato, a fotografia. no mom ento nlesIno enl que Se m ateriz .iza no daguerreôdpo,perpetuando o nno;ejorenas. centistadecodificaçào dainformaçào visua1, desencadeou

um delirio de aperfekoamentos tecnoùtsgicosdestinadosa Produzir um a im pressào de â'realidade'' cada vez m ais impositiva' . do da guerreôtipo passamos ao eal6tipo e à.

impressào diretano papelbranco;daemtllsào ortocromfk. tica (sensfvelapenas às radiaçöes (lo azul e do violeta)

Passamosttem t zlsào pancrom âtica(sensivela tode o espectrovisîvel):dapelicllla preto ebranca à. sviragense depoisà. representaçào em coresitricromial; da foto plana à erAe' reoseopiaeao holograma;dafoto lixa ao cinem ae,depois. do cinem a mude ao cinema stmoro, do cinem a plano ao cipem a em trêsdimensèes,da tela quadrada à.tela aberta .

om x:ckrkem aseope'', '.Xm ptavision'' e em 180 graus. 0 trabalho da técnica éimpordeform acresceflteum efeito de t lrp tslè , ' : fzr .. ts *t ,, *ik .r .ê iz ' zrr fTo . f rl ts/ Y r r r , z iz a v z z z r t . ' i I ' ' > . $ '% 1 , .&. : , . b b t 1 . $ : % $ $ 2' t r ). .;â..3 â..ttlg't' Yg /yoz r*zu tte ly 'n. C , tcb gar yked .,.4*..0 i v , z q z t g. , v àytrIJ Jwrr ozv tt.).b ,u t. 1t. v: oê, . Wr 3 ..rsê r .r.. , tr yr a . .

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16. Golpe na ra/Mr?(#&'l hvasso da univetsidade

de Fha/vppalar- Hi roshiNakanishillg76)

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Venezuela(1962), m ostraum padre socorrendo um soldado

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mortalmente ferido e os seus olhos voltados para o loc<

onde se supöe estarlem)o(slatiradortes),muito embora a câmera nâo seja capaz eIa prôpria de se voltar para esse extraquadro.Porque ofotôgrafo prelere tom ara cena pelo seu contracampo é algo dificilde responder'mas arriscamosahip6tesem aisprovâvel:em certassituaç& s.limite de extrema periculosidade ou dedificilacesso'nem sempre é possîvelapontaracâmeradiretamentepara o motivo;nesse caso,o fotôgralo procura no contracampo da cena deten minadossinais que gpontem para o cent' ro da representaçào. Nos dois casos citados' a imagem enquadrada no recorte aponta para a sua continuidade no extraquadro e nessa simulaçâo de am espaço infinito e1a esconde a sua prôpria fragmentaç:o e a precariedade desua visào.M ais que isso, invocando a mjstica de uma representaçâo infinita,a fotografianosimpede de perceberaquilo queé o

maisimportante:ascondkX sreaisdeproduçào - hosti-

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yT.)4yyye slqr')l* ,l)l)t .1:)Jty)$:1;)Jl:w Fe oA lv-â:msét 17. O padre J -t// à Manuel/>atf#// aocorfendo

um soldado fer/ kffldurante ' ?innurreiçëo de '/ee/ Cabello - HeGtor R. Lavero

(19:2)

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lidade do exduîdo para com o fotbgrafo, comprom isrsos ' i nconfessâveisentre mspartes,impossibilidade de mudar o ' ângulo de tem ada,etc.- que estào J.ustam ente determ i. nando oesfacelam ento do espaçoeo esquadrinham entotla cena. Num a palavra o feuche do exk aquadro funciona ' com o um curto.circuito da m aterialidade da foto censura ' q t do cesto enunciador e.em todasascjrcunstâneias , refowo d u' ' oeleito especular.O extraquadro nâ o p od e j a ma nesse .a,com o perdais sistem aserencarado como tal ou sel irrepa' . râvel,sem reapropriaçào. Godard caricaturou essa seduçàopelo espaço infinito oferecido pela vonstruçào perspectiva no seu filme Les . carabm.kers quandooespectador,quevaipela prim eiravez L ' m . aocinem a,aovernatelaaim agem da belam u ernua m ms

1 86

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ARLINIIO M ACHA DO

A Il-usi. clESPECULAR

com osseioscensuradogpelasbordasdoquadro levanta-se de sua cadeira e canùnha para a pente na esperança de

' 1 tam bém suprim ido na m edida em queo espaço que e1e ocupa é substibaido pelo espaço hnaginârio refletido no

descobrirunaângulo pddle/ado que 1hepernzitisse oDnar

espeKbo da cena.Essa supressào do espectadorenquante

pelo viés do quadro crentc de que o corpo fenlinino se prolongasseparafora tlo campo.A impressào deinfinitude

um uleitor''autônonlo do texto hgurativo constitui eonao ' verem os a seguir, um dosfenômenosm aisimportantes da

.

produzidapelaperspectivalograapagaranlarcaideolôgica

1 representaçâo entendida como produçào de um efeito de

imprimida pelo recorte do quadro, ou mais exatamente: ocultar o fato de ser teda cena uma constrtwào e uma

i .1realjdade''. Por ora,fica aquiregistrado que a vertigem ' dessa representaçào infinita contagiou tam bbm a foto.

seleçào,intencionalm entearquitetadasporum enunciador, em determinadasrelaçöesdeproduçào,com vistasaum fim determinado.Ocultando arefraçào impostapeloslimitesdo quadro fazendo a cena extravasar para o espaço im aginâriodoextraquadro,aperspectiva esconde aenunciaçào e o papelhandante do côdigo, torna o espaço da fepresentaçào unl espaço autônonlo e independente dascondiçöes

. 1 ' . ' ' '

que o gerarana. O nlundo representado pela estat4ba

l

grafia quando esta descobriu que poderia desdobrar o espaço pict6rico focalizando o modelo e seu duplo através (to reflexo de um espelho, dem odo a estender o seu lugar sim bôlicopara além da prôpria m aterialidade da foto.U m espelho dentro de unaespelho -- conlo nasconstruçöesen abînIe da herM dica -- se eonsiderarnlos que a voeaçào ideolôgicada fotografiaê a produçào do reflexo espeeular. A esse respeito, aliâs,hâ unla foto de Brassaï surproen-

perspectiva carregaj'.>nlpre,essa contradiç:o:ele aparece conlo unlanalogon quasepedeito do reZ ou con;o a sua

dentenzentereveladora,em queo trio colocado no contra. . campo do quadroe projetado no espelhe da cena repete

côpia nzds exata e no entanto paradoxzm ente surge

conzo nunl eco dsual o trio que Ne vê enn cena.Alguns

tanlbénlconlo unlnlundo àparte,autônomo e auto-suhseuOutro.

' anzistasvêenlnessafotoum acaricaturadoprdpdoprojeto : fotogrlfico, entendido conlounadesejodeduplicarserese ' . objetosdomundoem suaimagem especular(Owens1978, ' pp.74-75).

A pintura quevem do Renascimento nospredispôsa im aginar o fetiche desse espaço extraquadro quando descobriu que poderia zfapontar''para ele ou sim ular sua existência através de espelhosespihadospeia cena.Entre os :14meresexenlplosque proliferana durante o Renasci-

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ciente,bzfinito por sinaesnzo sena qualquerligaçào cona o m undo queo gerou a nào serofato de sero seu Reflexo o

1$

naento e o Barroco podedanaos citarO bangr/cfro esua

mulher(1514)deQuentinMetsys,oAuto-retrato(1523)de Parmigianino,ouVênus.VulcanoeM arte(1551)deTinto.

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cenarefleteoqueestariaà.frentedatela,nasuacontinui. dadeimaginâria,ouseja.ocontracampodasala A desnorteanteseduçàoquebrotadessastqhsresidenofatodenos .

forçarem ,enquanto obsen'adores a crer que a cena prossegtzeparaaiém dasbordasdo quadro abrindo-separa um espaço iEnlitado que vem nosroubaro prôprio espaço ena

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retto nosquaisum espelho ctm vexo colocado no fundo da

parece nào ter5na;desaparece o suporte nlatedz da tela desaparecem asbordasdo quadroeoespectadore1eprôprio

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queestamos colocados.O jogo de supressses e censuras :

87

18.Au sayM usette- Brassa' f(10 21,

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A ILUSAO ESPECUIAR 88

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é.acondkàodafotografia;mmsaficçà. o do extraquadro a

Sô que na fotografia ocorre um sério pro'blema: se laço desdobrar o espaço (la cena colocando espelhos em eam poea prôpria câmera pode aparecer refletida nesses cspelhos,comprometendo a inocência do efeito de â:realidade''. Por isso,desde que nâo esteja nos propôsitos do fot6grafo a :tdesconstruçào''da ilusào especular, e1 e deve suprim ir da cena,ou pelo menos ocultar, o seu pr6prio

' excuide fonnairremediâveleliie rouba olugar.A câmera nào pode nunca fotografar-se a simesm aya nào ser que a tomem osatravésdoreflexo deum espelho dacena.M esm o nestecmso a produçào habitualsempre encontra meiosde ' escondl-la,oudisfarçâ-la,poisseacâmeraaparecerefledda

instrumento de inscrkâo,a câmera.Para tanto,ele deve

efeito (le Sxrealidade'', J 'â que ocorre um desvelamente do

' nasuperficiedealgum objeto fotografado o resultado éo com prom etimento senào da fotografia, Pelo m enosdo sett

fixara cena num enquadramento ligeiramente oblfquo em relaçào ao plano do espelhe, ou entào ocultâ.la dentro de

nte enunciador. Sempre queposdvel,na prâtica dom inante, épreciso quetudosepassecom o senào houvesseum age

algum objetodecena.Hâportanto um lugarnacontinuidade do espaço que nRo cabe na infinitude da projeçào

fotygyafodiastedacena,tbprecisoqueacenaapareçaeomo seestivesse lâ entregueà.sua pr6priasorte,adespeito de

perspectiva,um cam po cego,um a zonam arginalizada,um gueto quea fotografia nào tem com o inscrever,a nào ser à .

89

ARLINDO Maclu oo

custa da transgressào de seu efeito ejpecular:trata.se do lugar ocupado pelo prôprio fotôgrafo e sua parafernâlia fotomecânica.Essa zicoisa''estâ radicalmente excluida da

qualquerintervençào (Ieum agenteenunciador. Paraqueo efeîto de Edrealidade''seeompld e, nenhum detalhe da cena

' .

cenaemesmodaceziaextraquadro,muitoemborasejaelaa fow ainstauradoradetoda am itologia figurativa. A ri gor,o

po(jegenunciaraporçàodoextraquadro ondese encontrao fotôgrafo e seu aparato têcnico. O s fot*grafos que trabalham em publicidade,justamenteaquelesquemaistiram

provekto da ilusào especular, acumularam um grande némero de tlcnicas cuja funçRo ê esconder ()Iugar do

fotigrafo e seusinstnzmentostécnicos constituem a linica

extraquadro onde estâ a tâmera.Digamos que eles desel 'em porexemplo, fotografarfrontalmente um a panela de

porçàoinvisiveldafotocujapresençanàoêum fedche,pois

,

Pressào:como evitarqueo prôprio objeto ftmdone como um espell!o, refletindo no seu aço a câm era que o tom a? Para resolver esse problema,o fotôgrafo constrôium verdeiro 'iinvôlllcro''de cartào negro ao redor da panela, CCCCADdo-a tào hermeticamente que e1a possa ficar na obscuritlade total(a juz que a ilunlkna Venl de trâs e 6

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enunciada, a fm ica maneira de ''vê-la,,( detectando ms ouautomaisafotosedeixa marcasqueeladeixa na cena.

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19, Onde eslà o reflexo da câmera nessa foto de uma panel a de presslo?(foto publici tlri asem créditos),

deixando apenms um pequeno orificio,sulkiente apenas

Pa se a clmera nzo pode nunca incluir-se na im agem

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reprim ida, a cena do prôprko trayaiito produtor(1esignos. DZ O d eito hiladante e desm istificador quando Umbo se fotografapraum Alzfo.refrgf' o,apontando a clmeraparasi 6 z i o ma s d e uma t a l f o rma que o so1faz projetar a PlbP ,

90

ARLIND O M ACHAD O .,

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25.Prk àâo em rnas' s' a em Washington - Charles Harbutt 41971).

m entoseessapresençanào énem poderia seriudiferenteou descom prometida,mesmo porque a liberdade para foto. grafar sô se darâ por fowa de um pacto explicito'ou implfcito entre enunciadores e enunciados.O mais belo exemplo desse eomprometim ento, entretanto, estâ numa foto queHenriBureau tirou para aagênciaSygma,em abril de 1974 por ocasiào da queda do regim e salazarista em Portlzgal, e que m ostra um inform ante da PIDE no m om ento em queera preso em Lisboa porum a unidade do exército amotinado. Os soldados fecham um circulo perleito ao redor da vitima e o fotôgrafo - m uito embora

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Telltf0leitorirnaginaroqueseliaumafotodeuma

mtlltidâo de m anifestantes vista do interior da prôpria

multidào,ou seja,personilicandoopontodevista decada '

um dos m antfestantes. ' ral foto nâo teria certamente

' '

nenhumagrandezavisual uenhumaabranglnciaouamplitude:OD'âxinAo que sedadado à visào sedanaascabeças dOSconnpanheirosnzispr6xinzos.Essa visàofragnlentâria

'

e Sen; glôria,essa visâo torbaosa e di:cilde quena vê de dentro da nlultidào ou de quenzestâ solidâdo conlela é o tCn3a de unzasériedefotosobtidasporlosé Roberto Sadek porocasiàodaconlenaoraçRo do Diado Trabaihona cidade

110

ARIINDO MACHADO

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A ILUSZ XO ESPECULAR

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29. Primei ro de Ma/tp;um erlmwb - José Roberto Sadek (1979). 28. Comlcioem Papl ' p- HenriCartl er.Bresson (19rW)

industrial de Sào Bernardo em 1979. Enquanto seus com panheiros de im prensa tom am lugar com odam ente no palanqueoficial,Sadek enfia-senomeio da massa ese p'öe atom â-laem pequenosclosesindivitluaisfdescobrindo uma Personalidade em cada rosào uma ctmfiguraçào particular em cada gesto e toda uma dimellsào micropolitica que (

simplesmentereprimidaquandoamassaéreduzidaacem

.

S

milpunhosfechadosespeladospara cima.Nem m esmo as faixascom suaspalavrasde ordem sâo dadasa ler porque elassào anlplasdenlispara caberenano quadro fragnlen.

târio dessa desconstruçào.Evideutemente tais fotos nào sào consideradas na prâticajornalistica habitaal porque Parecem nàosedarcontadeevento comoseoevtntofosse

palanque.Afinal entre a estratégia totalizadora da xepoli. tica''eosmétodosdflintimidaçàodapolicia a distâncianào Ltàograndeassim . Eisenstein m estre insupeTâveldo uso consciente da câmtracomo arma ideolôgica sempresem ostrou sensivela

essavinculaçàodaposkào flsicada câmeracom aposkào de dasse de seu operador e soube explorâ-la de ferma criativa.Em seu Encouraçado Potemkin os catlhöes (los nlarinheiros sublevados aparecenl apontados para o ini.

'

nligo ou seja cona a base no phnleiro plano e a boca voltada para ofundo do quadro enzdireçàoao ponto de fuga enquantooscanhöesdoinimkoaparecem apontados

aquilo queL dadoà visào atravésdesse lugarprivilegiatlo e originério de poder que t!o palanque Um a das fotos de Sadek curiosamente mostraum ltelicôptcrosobrevoandoo céu e as cabeças sobressaltadas de quatro n:anifestantes voltadasparacim a Supunham ospopulares- etambbm o fotôgrafo provavelmente -- que o veiculo aéreo fosse u1na

para a câm era,com o se esta tîltima personifieasse o ponto devista dosamotinados Isso qlzer dizer que a câmera de Eisenstein estâo tempo todo solidâria com osm azinheiros do Potem kin ela vê a stlcessào dos eventos senlpre do ponto devista destesftltimos nàopassa nunca para o lado de 1â nào aparece qunea conao um olho ''neuke''e totii-

provocaçàodapolicia razàoporquepassaranlavaiâ-lot:o

zador que se sobrepöe ao objeto enfocado. Da nlesnaa

logopassou o susto M as tlào era:o helicôptero havia sido alugado pelo dneasta Leon Hïrszman para film ar a multidâo de um ponto ainda mais privilegiado que o

forma, enquanto a pollcia do tzar é tomada apenas em PlallesfixesE:distanciades''naseqiiência dasescadariasde Odessa,a massa reprimida ê foealizada per um a câmera

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ARu xoo M xcuaoo

A Il-lgslo issivcul-Alt

stllidézia,quecorrecom eiaescada abaixo em frcve/z/w .A

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VURS rotineiras e fowar a sensibilidade a ''estranhar''o ArraAoSimbôlicoquelheéapresentado:odiscursodiflcile

com a mulher no m omento em que esta vaise Jefrontar com oscossaeos.Iura sisenstein tomar oartz o ( ja m assa ' x revelucionâria nào seresunaia nunqa znera retôlca coateu. dista nzasera k/ (1: . .

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Rô cheinsk o el egewuisâo âng litlo a pect queador brar co autdt omat mes da , ee aoulo rarins o ôal o pa dores us

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subseniência ao sujeito da enunciaçào.Rôdtchenko se

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apoiavanasteorias(losformalistasnzssos, sobretudo de Chklôvski,cujoconceitofjeestranhamento 1he sen'ia de

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habitual.Clzklôvskidelençlia um conjunto de técnicasdg eongtruçâo!cljafunçào stdaperturbaras DossasPercep-

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base para uma virada radical na prâtica fotogrâfica

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Seusgenerais.Nào hârevoluçào algum a - dizia ele - em fotografar operârios como se fossem cristos ou virgens

mariasCaptadospelo pincelde um Leonardo:uma nova

.

'tortuesoseinolitosdesnudam afunçâodafotografiaQmo formadeexerciciodoolhar:em poskàoexczntrica aperspectiva age explicitamente como instrumento de 'Jelor-

ilestavacomprometidocom vâriosséqulosde ditadurada arte oddental de m odo que um a sociqdade revolucionâria nâo Poderia fotografarosseusIîderesassumindo o mesmo

praticamente ignorado.o senso comum sô percebe que lu

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113

A 11USXO ESPISCULA R

117

borrado com um a m ancha indistinta o desfocado. Em

fotografia, dâ -seonomedeprofundididedecampoaessa zolta de nitidez da imagem projetada na pelîcula. Os

FIS SU RA S N A PRO FU N D ID A D E DE CA M PO

m anuais de fotografia nos ensinam que e1a é funçào de

algumascondköestéenieasbastanteprecisas:a)distància focal da objetiva utilizada (uma lente de 28 mm, por exem plo produz um a protundidade de cam po m aior que

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um a de 50 m m)'b)recursos de iluminaçào (quanto m ais intensaéafontede1uz maiora profundidade);c)abernzra do diafragma(a maiorprofundidadeé dadano fechanlento

mâ ximo dodade diafra gmal;d deteromi naçsàoefdoc ooposn o de fo ( a' pr ofundi aament a) quant mai et apr oxi mco a do lnfinito).Teoricamente5pensandoy,nos termosdo ideal nninléticOquenOrteia0Projetofotografice,aprofundidade de Cam PO nlais VerGssînàilseria aquela que PoSsibilitasse unAaConstruçà0integraldoeSPaçO longitudinalda cena de m odo aencobrira expressividade do foeo com a ilustraçào

O aparclhofotogrftfieofoiconcebido na sua origem

para produzir automaticamente o côdigo perspectivo,mas

de uma tridim ensionaiidade total.A essa restitukào de

essa protluçào nào sedâ deform alim pida e coerente eom o

côdigo perspectivoem sua integridade teôrica cham aremos

na ane piztôrica renascentista'caracteres particulares (lt: mecanismo técnicointroduzem anomaliasedeformaçöesna

'

aqui para nosso uso particular,profundidade de campo inlïnita:ela éum a das condköes para a plena vigência d()

representaçào do espaço,de modo a fissurar a sua hom o.

efeitodexltransparência''dafotoe.com otal visa cultivara

geneidade. E sabido que, no seu uso conveneional a

sua vocaçào nrealistau.Nào L por acaso,portanto,que o

lotagrafia é sem pre invocada para sim ular um a conti. nuidadeabsoputadoespaço,desdeoprimeiroplanodacena

fot6grafo realiza verdadeiras acrobacias técnicas para obtê.lae assim mascarar a anomalia do espaço desfocado.

atéo ponto defuga.ou seja para permitiruma projeçào

Mascomo,namaioriadasvezes ofotôgrafonàepode

integraldo espaço codificado pela perspeetiva. Essa cir. Cunstâ 'ncia todavia nenn selnpre pode ser obtida satis.

dOm inar todosos quesitosnecessâriespara a obtençào da Profundidade de cannpo infinita,ele faz o foco trabalhar

fatoriamente porque as condköes téenicas resistem a

expressivamente,em benefîcio do olho/sujeitodaenuncia.

Conformâ-la quebrando muitas vezes a integridade do

çà0.Supondo queo espaço ''tridimensional''sugerido pela

espaçocorn rupturas,eompartimentaçào ( Iacena dissolu-

perspectivasejacompostodeinfinitos''planos''paralelosao

çëo das form as e tlesm aterializaçào de zonas inteiras da

plano do quadro.o fotôgrafo deve escolher quais desses

imagem figurativa. Os principais responsâveis por esse verdadeiro detonamento interiordo côdigoperspectivo- e de que passam os a tratar agora - sào três caracteres interdependentes:o foco, a composkào do quadro e as

planoselevaiprivilegiaretornarvisiveis(quaisvào merecer o foco) e quais oatros serào transformados em borrào indistinto (desfoque).A seleçào do espaço revelado à.visào através da profundidade de campo é,como o recorte do

condköesdeiluminaçào. N em L preciso insistir que o foco representa a m ais

evidenteruptura dacontinuidadedaprojeçào perspectiva

na medida em que seleciona naprofunditlade da cena um a' zona denitidez deixando o restante do espaço longitudinal ,

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quadro,um recursodeestabelecimentodesentidoevisa tam bém instituir um a hierarquia na cena. separando o

esseneialpara osinteressesdaenunciaçào do suplrfluo ou doaeessthrio. Numa loto daagência Abri:Press,mostrando O Papa1OàOPaulo 11em visita ao Brasile saudado porum a

118

ARLINDO M ACHADO

A ILUSXO ESPECULAR

multidào,o motivo nào permitia umaproximidade maior do fotôgrafo,o que p obrigolza utilizaruma objetiva de distânciafocallonga(teleobjetiva),portanto umaobjetiva cujoponto defocoLcdtico:conseqzentemente,detodaa

' ' '

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119

tivesseignoradoocentro do espetâculo ejogadoo focona cara de um obscuro espectador qualquer no meio da multidào:entâo,todoo trabalho decompartimentaçâo do espaçopela prohmdidade de cnmpo e o arbgtrio do olho

extensào longitudinal da eena cem pesta de m ilhares de

enunciador saltariam im ediatamente à vista solapando

figurantes (n1ultidào,earros,guardas),apenas unl ûnico

serianaente o efeito especularda foto.2 exatanaente o que

ponto do espaço 1 dado à visào No caso o ponto

faz slurray Riss nunza foto denonlbzada A moça e o - uro

privile#ado pelo foco correspondt exatamente ao ponto prlvilegiadopelacena(o papa) de modo que essacoinci-

de fyo/oy na qualocorreunla blversào da relaçào sgura/ ftmdoeomotivo que,deacordocom a tradkào figurativa

dência garante a &Knataralidade'' da prohandidade de canlpo,inapedindo queo espeetador menosaten$o perceba a lorte codifieaçào do espaço. O foco hnpöe, portanto,

unla isleitura''do evento organiza o espaço de nlodo a tornâ.lo inteligivel, reforça o comando de veneraçà. o à.

'

tijolos Neste caso a foto torna-se desnlatedZiz< ào do .*retrato''e inversào dasexpectativasfigurativas.2 preciso

I

figura m âxim a do catolicism o - tudo isso sem com pro-

metera l'objetividade''do tlagrante fotogrâfico,essencial

deveda ser dado à dsào -- o rosto hunlano -- é desintegrado através do desfoque,enquanto o foco vaipara o hando da cena, revelando a texbara de unla parede de quea intençàodo olho enunciadorcontradiga a hierarquia

I

da cenae subverta aordem que dita o arranjo do motivo

paraoSsrealismo''darepresentaçào.

paraqueofocopossaaparecercomo fissura.

Semprequeopontodeatençàodoolho/sujeito(zona focada)privilegia oponto para onde converge toda a cena odesfoquenàtlchegaaaparecercomoaquiloqueé:quebra

da eontinuidade do espaço,desm aterializaçào doscorpos, dissoluçào da im agem figurativa numa mancha am oda

. '

Imaginemosprovisoriamenteque todasascondköes técnicasestRo dadaspara aobtençào deum aprofundidade decampoinfinita:temosuma objetivade focalcurta ehâ iluminaçào saficientepara permitir o fecham ento mâximo do diafragma.Neste caso, porém , o acréscimo de Exrea-

queLbem o contrârio de uma representaçào iâebjetiva''.

lismo''obtido pela reconstitukàe do campo perspectivo

M astenteo leitorim aginar o que aconteceria se num ato de extrem o atrevim ento o fotigralo dessa m esm a cena

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Vioientava a normalidade ôptiea(Eisenstein 19r. atjy wo - .@* * ' C:?z *)' r ' ' V . : . 3 . t @ ' . g 'oJ; . * * * 'e 4 'Ij . ;. L.

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ou dopapeldereproduçâo(cada marca de pelfcula lançada no mercado produz uma textura de cor diferente)' 2?) o gradiente de tons que os gràos de prata sào capazes de

distinguireanotardecadavez(em geral cerca decem tons diferentes'emboraa escaladecinzasusada pelosfot*grafos sô discriminem dez); 3?) as motivaçses que norteiam o

48. Alanm s é'&êrO de 'Sarza H N9?'0 Méxl. co - AnselAdams (1aœ ).' '

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Asrsalrkoo M acplztoo

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nAente algo cenle unza fotografia 'tabstrata'' se pudesse livrar-se sem preblem as do dem ônio da figuraçào. M as

iluminaçàodirigidae em seguida estudaa densidade t las

t lfh'nt' lnesseterrenoe1anàotem condköesdeeoncorrercom

eom birlaçöes qufm icas e a duraçào de cada etapa tla

!

A ILUSXO ESPECLCLAR

revelar sào corlsideradosartes de extrem o rigor.antes de cada foto ele ncede conz escrupuloso detalhanxente a reflexào da luz em cada pow ào da eena t lom pensa.a eom

revelaçào que podem possibuitar o meluor resultauo. Adamscon'pöe suas texturas luminosas eom()um ctllnpt'-

apinturapropriam entedita que(capazdeatingirosniveis

I i

de radicalidaue desconstrutiva de unastoudrian ou de um polloek, qssa aristoeracia nleeanu.ada se eontenta em azri-

snor colnbîna asnotas sobre a pauta:lodosos eIementos ulateriais que eoncorx m para a configuraçao final da im agem fotogrftfica sào combinadosem tons e proporçöes queperm itam a ocorrêlleia deum a paîsagem plâstica ncpva'

buir à fotografia um valoz positivo. aaxapzaade.a em relaçào aos avanços uas artes plâstieas o que e1a quer enfim ,é recuperar a sua itatlra''perdida,im primindo.lhe un1revestim ento nobre

lodo agaso é domado de nlodp a permisir quc o lugarJ(7 automatismo téenico sejaocupadopela vontadesem fron. teirasdosujeito.

Ouçamos Benjamin' . a partir do momento ern que afott' lsepöe adesaiojaraimagem figurativa do ambiente aristocrâticoedaatmosferareligiosa queerao seu habitat

i

Claro queum trabalhocomo esse tem toda afinidade

natural,sobretudo graçasCtsua possibilidade de reprodu.

com asartesplfsstieaseAdamsrepresenta porissomesmo

çào,eladeixadeeumpriropapelt' leobjetodecultodeuma

o coroam ento de um a eerta concepça. o de iotografia com o

m inoria.perde a sua ''aura''e se eutrega ao usuiruto das

objetode eulto estétieo,segundoessaconcepçào,oeieito especular da foto L negligenciade em beneficio (le uma

I

multidöesemergentes.A ''aura''t,um conceito eentralda Obra benjaminiana,definida um tanto enigmaticamenle

orquestraçào dc tonspietôricos com o se a eseala de cinzas

. '

com o''um a tram a m uito particularde espaço etem po''em

queseparao preto do braneuna futografia mollocromititla tuncionasseeomoumaespéciedeescalamusieal.'âTantoo fotflgrafo quantt)o mûsico''- expliea um adepto dessa

qtle Ocorre '$a f' rretxetfvetaparkâo de algo longfnquo,por maisPréqimoqueesteja''(Benjamin 1977 p.379).Meta. foricamente.seria a irradiaçào manifestada pelosobjetos

corrente - .strabalham com fundamentos similares. A

quando vibtts através da contra-luz;m as L evidente que o

egcaladecinzascontinuosdopreteaobrancoel. nurrzafotgé

CtànEreitoloilomatlotlaesferarelkiosa paradesignarlod. a

Um telhadobrilhantepodeserouvidocomoum tom agudo

dadivindade:esse ake longinquo seria portanto oourro

ouum a nota ruidosacoutra um tecidodesonsou detonsde

daquilo qlze estâ m aterializado na representaçào, a sua

dnza.Essetetrido defundowl 'vecomoestrutura de apoio tanto para (lspadröesmel/ldicosquanto pictôricos''(John.

'ëalma''.Pcisbem:segundoBenjamin a modernidade se Cafttcteriza precisamente pela destruk:o da xTaura'' e a

son 1972 p.3).M asessa corrente estetizante quepoderia

fotoïrafia faz bem opapelde ariete dessa funçào desmisti.

tercreditadoaseufavorofatoderesistirao pesodoefeito

ficadora.Parajustifieartalpontodevista oilustrepensa-

especular,nào favorece entretanto ()conhecim ento critico

doralemàocita a seu favora reproduçào dasobrasde arte

similar à eseala ininterrupta de tonse alturas aa m ûsiea

dolnesmoefeitoqueabomiua E1anàosecolocaporfunçào

repcesentaçàO do transcendente ou do sublimae vale dizer

'

denuneiar,perfurar destruir sem tréguas os m ôdulos da 1.

figuraçàorenaseentista.A questào dafiguraçàoé porela

atfaos do recurso da foftygrafia'zzEssas reproduçöesjé nàO Podem m ais ser consideradas eom o produtos in.

I

'

eolocada entre parênteses como se fosse um a questào de

dividuais:eiasjâseconverteram tm realizaçöescoletivase de talmodo poderosasque para assim ilâ n.las nào hâ outro

inlportânciamenor.f)queelabuscaexploraréo grafismo

f

ren3édLo que passarpela ctmdk&e de reduzi-las.Os m&

em harnlonias ''m usicais''sobre a superficie branca do

2

téCniea:Pedutivas queajudam o homem a alcançar esse

papel de reproduçào. Ela gostaria de fazer tào sim ples.

'

ïpau dedonAinio sobre asobras sem o qualele nào saberia

das form as:volum es linhas cores e tons com bioando-se

tOdOS m ecânicos de reproduçào.em seu efeito final sào

comoutilizâ-las''(Benjamin1977.p.3831.

;i j

l5O

r ïlklINDO MACHADO

.

A ILIJSXO ESPECIILAR

151

'I'erâ razào Benjamin?J. k vimos até aquique a foto. grafia,longedeseopora toda tradkào pictôrica.nâo faz

velha S:aura''aristocrética.A fotografia utilizada em publi. cidade principalmente nosoferece os melhoresexemplos

senào apostar em sua perpetuaçào na m edida enl que

desse enobrechnento repentino do referente atravls de

petdfica os arqu4tipos ideolôgicos que a sustentan:.N1as,

recurses t1cnicos diversos (lentes especiais, filtros trata-

evidentemente Benjamin estâfalando tleoutra coisa:e1e querdizerqueamaterialidadepuraesimplesdafoto nào permite produzir algo que a ultrapassa e que consiste

.

mento quimico do negativo papéis espeeiaispara reproduçào)que possibilitam a aparkiio S'fmica''(mesmo que multiplicâvelpela reproduçào) de um a im agem âselevada''

exatam ente no investim ento nobre. na elevaçào dignificadora,na ''aura''enfim .A inda aquié dificil concordar

ou ''trartscendente''.M esm o rla prâtica cotidiana da arte fotogrâfica destiuada a m useusou publicaçDes espeeiali-

com Benjam inem todososmomentoseparaproblematizar

zadas,esse efeito é um aconstante.Um a miseraparede de

assuasidéiasNam oscitarum caso limite.KurtSchwitters pintor.poeta dadi sta alem ào! ceMam ente conhecido de

favela descascada e carcomida pelo tempo, ganha nova texbzr'a apôs o tratanlento quinlieo fotogrâfico, podendo

Benjamin produziu nocomeço do sécu1ounaa obrapictô.

. '

resultarnuma conlposiçàoxlabstrata'' de coresvivanlente

rica radical conhecidacom ocollage.. 40 invésde utilizaras

saturadas bem ao goste de um a certa sensibilidade pictts

tintas tradicionalmente klomercializadas para taisfins,e1e

riea moderna.2 muite comum que o fotôgrafo se sinta

compunhaseusquadroscolandosobrea telatodoodejeto rejeitado e despejado pela :ivilizaçào moderna:jornais

atraidoporcertaspaisagensi
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