A importância da educação e do planejamento financeiros

May 19, 2017 | Autor: D. Borges de Amorim | Categoria: Business Administration
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A importância da educação e do planejamento financeiro O primordial é mudarmos nossa mentalidade sobre o dinheiro, ou seja, a forma pela qual o usamos. DIEGO FELIPE BORGES DE AMORIM Servidor Público (FGTAS), Bacharel em Administração (FAE), Especialista em Gestão de Negócios (ULBRA), Consultoria e Planejamento Empresarial (UCAM) e pós-graduando em Planejamento Empresarial e Finanças (FAVENI)

[email protected] Artigo publicado em 27 de setembro de 2016 http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/a-importancia-da-educacao-e-do-planejamento-financeiro/98077/

Nos últimos artigos venho falando sobre a importância de adotarmos uma filosofia de vida que esteja orientada a um planejamento financeiro adequado. Já foi identificado que ao se praticar, ao se exercitar cotidianamente o planejamento financeiro como instrumento de controle e medição de nossas vidas pessoal, social e profissional, adquirimos muito mais do que um simples entendimento de como o mecanismo financeiro funciona na prática, e passamos para um nível de consciência que nos torna muito mais críticos em nossas tomadas de decisões. E ao adquirir esse nível de conhecimento, automaticamente nos tornamos pessoas melhores, pois podemos agir com maior grau de responsabilidade sobre os nossos próprios atos enquanto consumidores que somos. Entretanto, também verificamos nos últimos artigos sobre o tema que o planejamento e a educação financeira não são praticados por grande parte da sociedade, seja o cidadão comum, seja a Organização. Diversos paradigmas podem ser enumerados para relacionar essa situação recorrente, como a falta de uma educação básica sobre o tema desde os primeiros anos escolares ou da necessidade de uma menor complexidade e uma maior transparência de informações financeiras nos produtos e serviços financeiros que adquirimos de bancos, instituições financeiras, lojas, etc. Nesses casos, as informações importantes parecem ficar no rodapé dos contratos e/ou nem chegam a ser "colocadas sobre a mesa" com clareza e objetividade pelo concessor. Aqui, verifica-se alto grau de alienação pelo tomador. As estatísticas gerais sobre a economia atual de nossa sociedade evidenciam elevados índices de inadimplência e endividamento de consumidores. Isso é um efeito clássico devido ao número crescente de desempregados, do aumento das taxas de juros e dos tributos sobre bens e serviços, etc. Como a economia não completa o seu ciclo de forma virtuosa, os impactos, principalmente, nas famílias que têm um orçamento mais "modesto" e são a grande maioria da população, acaba contribuindo para que o efeito da crise seja mais profundo e duradouro. É nessas horas que percebemos a importância de termos uma "poupança", não necessariamente uma "conta poupança" ou uma "reserva contingencial", mas uma "soma ou quantia suficientes" que sirvam de apoio para momentos de "aperto financeiro". E planejar, começa com orçar nossos ganhos e nossos gastos. Isso é fundamental para adquirirmos controle sobre nós mesmos, ou seja, a "consciência" que nos permite reconhecermos a forma real de como lidamos com o dinheiro. Sem essa consciência, nossos problemas são tratados superficialmente. Mas isto não significa que para se obter tal consciência devamos nos munir de planilhas de controle financeiro complexas ou coisas do tipo. Tais planilhas são, apenas, ferramentas úteis que podem facilitar o alcance de nossos objetivos. Mas, por si só, elas não representam nada. O primordial é mudarmos nossa mentalidade sobre o dinheiro, ou seja, a forma pela qual o usamos. E há diversas formas de fazer isso, embora o planejamento exija anotação escrita para que seja passível de medição e controle. Portanto, a educação financeira passa pela mudança de mentalidade que impacta diretamente o modo como lidamos com o nosso dinheiro. O planejamento financeiro é uma questão cultural, seja a nível individual ou a nível organizacional. E educação e planejamento financeiros exigem prática recorrente, ou seja, é preciso que o indivíduo e/ou a Organização estejam altamente comprometidos com a ação efetiva dessa, digamos, filosofia. E embora o dinheiro, assim como ocorre com a política, seja um assunto que muitos preferem evitar, não é "racional" nos abstermos dele e ficarmos à margem de suas exigências. E sua maior "exigência", certamente, é sermos conscientes em seu uso para melhorarmos nossa qualidade de vida, não estritamente no sentido financeiro, mas no sentido de sermos melhores consumidores.

CRARS 047932

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