A Internet como meio de comunicação local

July 6, 2017 | Autor: Juliano Carvalho | Categoria: Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) na Educação
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A INTERNET COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO LOCAL Adilson Vaz Cabral Filho Mestre e doutorando em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo e Juliano Maurício de Carvalho Mestre em Ciências Políticas pela UNICAMP e doutorando em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo

Mais do que se apresentar como uma janela para o mundo, a Internet promove uma espécie de nova cartografia do local a partir da utilização dos seus vários seus recursos e serviços por parte do público em geral. A ‘Grande Rede’ mundial de computadores, termo pelo qual se fez conhecer e consolidar a Internet no meio de usuários, iniciados e mesmo da sociedade em geral, assume outra dimensão ao reforçar as articulações locais, inclusive para além das conexões digitais de seus usuários. Pretendemos demonstrar essa tese a partir da visibilidade de vários recursos e serviços disponibilizados na Rede com esse fim: canais e programas de chat (bate-papo em tempo real pela Internet), servidores de listas de discussão, sites de âmbito local e canais de grandes portais com foco no local. Trata-se de uma das várias faces que permitem o entendimento da Internet, mais voltada para o estranhamento em relação ao conceito de Grande Rede, pois como veremos, antes mesmo de ser ‘Grande’, a Internet desde o seu princípio nunca deixou de ser Rede. AS VÁRIAS FACES DA INTERNET Se a Internet tal qual a conhecemos se expandiu em todo mundo, não foi exatamente por acaso, nem por benesses dos militares, mas sim por uma combinação de duas forças não necessariamente opostas: a viabilidade de mercado, que delineia a própria Internet a partir de interesses do público e tendências da indústria e a demanda do público, manifestada numa notória visibilidade de uma comunicação sem fronteiras, sem censuras, interativa e imediata, que já se fazia pressentir na evolução dos meios existentes. Pela necessidade de se comunicar sem intermediários, tais como sistemas de comunicação cujas regulamentações são provenientes de gestões bem sucedidas do setor privado sobre o setor estatal, ou mesmo do conluio entre eles (CABRAL, 2000, p.4).

A apresentação da Internet ao grande público e essa interface com o mercado possibilitou o surgimento de várias aplicações, recursos, serviços e empreendimentos que fazem da Internet mais do que uma grande rede mundial de computadores, dando-lhe dinamismo, movimento, possibilidades infinitas de crescimento e visibilidade de

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oportunidades e compreensões, seja como uma grande biblioteca de alcance mundial de produção coletiva e interativa, uma grande conectora de pessoas a partir da telefonia com outros suportes, ou ainda, um grande banco de dados de acesso mundial. A capacidade de aproveitamento da Internet em levantamento de informações para o desenvolvimento de pesquisas faz da Grande Rede uma biblioteca de proporções mundiais à disposição de todos os seus usuários. Além disso, essa biblioteca é constantemente expandida e compartilhada por pessoas que se aproximam a partir dos mais variados interesses. Essa idéia de continuidade e compartilhamento entre usuários fundamenta a concepção de uma cultura digital, originando o termo amplamente conhecido como cibercultura que, de acordo ainda com Pierre Lévy, trata-se do conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o ciberespaço, este o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores (LÉVY, 1999. p.17).

Sendo assim, podemos conceber um fluxo contínuo, infinito e não-linear, partindo da concepção originária da rede de computadores remota e descentralizada, que nos remete a mais um conceito: o de hipertexto. Segundo Vannevar Bush, que primeiro concebeu a idéia de hipertexto num artigo intitulado ‘As We May Think’, esta representa uma lógica mais próxima à do pensamento humano, dessa forma, os mecanismos de busca e indexação de dados deveriam estabelecer princípios mais adequados aos dos seus usuários e, conseqüentemente, beneficiários. Quase cinqüenta anos depois, presenciamos o desenvolvimento de uma rede de alcance mundial que contem o hipertexto como um de seus pilares fundamentais. Textos que remetem a outros textos – além de imagens, sons e vídeos, outros sites, emails - através do recurso dos links, integrando sites dos mais diversos assuntos a serviço dos mais diferentes interesses. Sites que disponibilizam páginas com links de preferência, estabelecendo conexões de afinidade entre produtores de sites e seus visitantes. Palavras-chave utilizadas em buscas com os mais diferentes fins, abrindo inúmeras possibilidades de articulação. A Internet, através desse conteúdo freqüentemente disponibilizado e constantemente enriquecido, serve como uma espécie de teia onde os vários pontos de encontro entre os fios – nós de rede – seriam os usuários. Não é a toa que a interface gráfica da Internet, tida como a cartada definitiva para a adesão dos usuários em grande escala, denominou-se WWW (World Wide Web), ou ainda, teia do tamanho do mundo. Dois grandes fatores, no entanto, são determinantes para entendermos as mudanças que se processam em tantos setores a partir da introdução desse ambiente virtual: a interatividade

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– ou seja, o estabelecimento de um meio de comunicação que tecnicamente coloca usuários em condições similares de interlocução, ou seja, produção e recepção de mensagens, também em tempo real; e multimídia – entendida de modo geral como a convergência de sinais de texto, imagem, áudio e vídeo para o mesmo padrão digital. Dessa forma podemos entender a passagem do analógico – na figura dos meios impressos e das editoras e gráficas, da fotografia, do rádio, da TV e do cinema – para o digital como uma renovação sem precedentes nos modos de pensar e fazer a comunicação. Quando falamos em interatividade, não nos referimos meramente àquela proporcionada pelo rádio que hoje percebemos nos programas de AM e FM, nem mesmo nos radiotransmissores, bidirecionais, mas limitados no acesso. Quando falamos em multimídia, falamos de um suporte novo que incorpora suportes anteriores, não somente acrescenta num mesmo produto. Dessa forma sim, podemos afirmar que estamos assistindo a uma “inédita instauração de um paradigma de comunicação por um padrão tecnológico, incorporado a um modo de produção” (CABRAL, 1999, p.1). E modificando a natureza do meio e a relação com seus usuários potencialmente produtores e receptores, numa interface não mais baseada em telespectadores ou ouvintes, esse novo paradigma de comunicação recoloca antigas indagações e redefine princípios em relação ao que nos acostumamos a entender como meios de comunicação. FACE A FACE COM A COMUNICAÇÃO Diante das características apresentadas acima, não mais podemos tratar a Internet como um meio de comunicação de massa convencional. Essa é a face mais significante da implicação deste novo paradigma na relação entre sistemas e indivíduos no contexto da cibercultura, já que “a massa passa a interagir e se reconfigura como rede” (CABRAL, 1999, p.1). Não podemos mais falar em massificação, na medida em que não mais identificamos os usuários da Internet como receptores passivos diante das mensagens daqueles que detêm os meios e os processos de produção dos bens de comunicação. Se os usuários da Internet se diferenciam por serem potencialmente produtores, esse sentido atribuído ao conceito de massa não pode ser aplicado no contexto digital (informático)/virtual (ligado à Internet). Por outro lado, se considerarmos que a Internet ainda é utilizada por uma parcela ínfima da população, tendo ultrapassado, em poucos países, mais de 50% de seus habitantes, não podemos também concebe-la como um meio massivo. Mas cabe perguntar até quando? Ou seja, saber se realmente a tendência da Internet é ser um meio de comunicação massivo ou

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atingirá um determinado público que fará dela um meio de comunicação elitista a despeito de todas as qualidades democratizantes. Nessa linha de raciocínio é que esta reflexão se posiciona, buscando oferecer respostas para essas questões tão intrigantes. Buscando entender o ciberespaço como um lugar onde o digital se torna virtual, nos dizeres de Pierre Lévy, “universo de possíveis calculáveis a partir de um modelo digital e de entradas fornecidas por um usuário” (LÉVY, 1999, p. 74), não se trata apenas de uma ‘Grande Rede’ de computadores pessoais, acessando a partir de cada domicílio, mas sim uma série de pontos de partida que também são móveis e portáteis: celulares, notebooks, palmtops e os diversos gadgets desenvolvidos para também possibilitar o estar na Rede aos usuários. Dessa forma, a idéia de meio de comunicação como tal, já disseminada e incorporada à literatura deste campo científico se esgota diante do conceito de ambiente comunicacional, proporcionado pelas várias entradas remotas e compartilhadas em todo o planeta. Dessa diversidade é que podemos afirmar que a tendência da Internet (ou do ciberespaço) é sem dúvida se tornar um ambiente comunicacional massivo, até mesmo pela necessidade de sua sobrevivência, mas pautado por outros parâmetros mais adequados ao suporte digital/virtual, dentre eles, a concepção de audiência. No contexto dos meios de comunicação massivos convencionais, a audiência sempre foi medida pela sintonia de um determinado canal ou estação que caracterizava a presença do público. No caso dos meios digitais, a funcionalidade da audiência é determinada pelo uso, pela interação, tendência que inclusive é assimilada por alguns meios convencionais (tv por assinatura, alguns programas de tv aberta, jornais, etc). Sendo assim, é fácil justificar a disparidade entre as estatísticas de usuários da Internet Brasil. A pesquisa mais recente, publicada pelo Instituto DataFolha em setembro de 2001, aponta 23 milhões de usuários, enquanto pesquisa da Nielsen/NetRatings aponta pouco mais de 11 milhões em agosto do mesmo ano. O motivo para essa distância está na metodologia para o levantamento dos dados, enquanto uma utiliza dados provenientes de servidores de email gratuito e provedores de acesso gratuito e pago, acesso de vários locais, o que obtém resultados mais modestos se concentra apenas na movimentação de assinantes de provedores de acesso. No entanto, outra metodologia poderia ser adotada como ponto de partida, a que assimila a qualidade de utilização da Internet por parte de seus usuários. Se entendemos como principais utilizações o email e a visualização de homepages, chegaremos a um número bastante amplo, mas se especificamos outras formas de utilização veremos que o resultado é bem mais restrito.

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Sendo assim, quando mais investigamos a qualidade da relação dos usuários com a Internet, menor será o número de usuários, em seu sentido mais amplo. A tão mencionada divisão digital não somente se percebe entre ricos e pobres ou entre jovens e velhos, mas entre ‘analógicos’ e ‘digitais’. Falar de uma geração digital, nos dizeres de Don Tapscott, não implica em lançar mão de uma expressão presunçosa ou preconceituosa, até porque o despertar para o digital não se manifesta necessariamente num determinada faixa etária, mas sim numa predisposição para o ambiente. A divisão e o lixo digital Os avanços trazidos pelas novas tecnologias da comunicação e pelos sistemas de rede, em específico a Internet, não conseguiu diminuir a distância entre as classes sociais. Vários fatores podem explicar essa distância, entre eles o econômico. É sabido que a maioria da população não tem subsídios para o acesso, desta forma as comunicações mediadas por computador (CMC) têm gerado um processo chamado de exclusão digital, ou seja, a população mais pobre continua não fazendo parte das comunidades virtuais. SILVEIRA (2001, p. 17) explica este processo. Para ele em um país com quase um terço da sociedade abaixo da linha da pobreza, gastar algo em torno de 40 reais por mês pelo uso mínimo de conexão e conta telefônica é impossível para a maioria da população. Essa é a nova face da exclusão social. Enquanto um jovem das camadas abastada da sociedade tem acesso ao ciberespaço e a todas as fontes de informação disponíveis em milhões de sites espalhados pelo globo, o adolescente das camadas pauperizadas fica privado de interagir com os produtores de conteúdo.

Essa divisão entre incluídos e excluídos no ciberespaço tem diminuído na medida em que a Internet vai se consolidando como mídia. O movimento tem se revertido, hoje já se fala em ‘inclusão digital’, ou seja, as organizações governamentais e não governamentais (ONGs) estão preocupadas em disponibilizar o acesso a todas as camadas. Prova disso são as iniciativas de se levar acesso às favelas e às escolas públicas, onde a grande maioria faz parte do quase um terço da sociedade que está na abaixo da linha da pobreza. Esse processo ainda está em fase de implantação visto que a Internet é uma mídia emergente e recente, algo em torno de dez anos. CASTELLS (2000, p. 498), ao explicar os sistemas de rede nos guia ao entendimento do funcionamento dos novos rumos sociais proporcionados pela Internet. Para ele redes são estruturas abertas capazes de expandir de forma ilimitada, integrando novos nós desde que consigam comunicar-se dentro da rede, ou seja, desde que compartilhem os mesmos códigos de comunicação (...) uma estrutura social com base em redes é um sistema aberto altamente dinâmico suscetível de inovação sem

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ameaças ao seu equilíbrio. Redes são instrumentos apropriados para a economia capitalista baseada na inovação, globalização e concentração descentralizada.

Segundo o autor, na opinião de especialistas, a Internet pode ligar algo em torno de 600 milhões de redes de computadores. Outra preocupação constante na ‘Grande Rede’ é o conteúdo das publicações. Ainda existe muito lixo digital. Publicações racistas, exploração sexual, pedofilia, fazem parte do universo virtual. A falta de regulamentação na Internet faz com que não haja limites para o conteúdo veiculado. Há muito se tenta controlar o conteúdo, mas o espaço virtual, por ser ilimitado e de acesso irrestrito torna-se uma barreira para os especialistas. Para CASTELLS (2000, p. 375) “o único modo de controlar a rede é não fazer parte dela, e esse é um preço alto a ser pago por qualquer instituição ou organização, já que a rede se torna abrangente e leva todos os tipos de informação para o mundo inteiro”. É preciso, no entanto, distinguir a predisposição para o digital da qualidade do desenvolvimento de conteúdo a partir da Web. Tal como nos programas que incentivam a ‘interatividade’ nos moldes dos meios de comunicação massivos, a convivência com uma maior quantidade de textos limitados de conteúdo é considerável, o que nos levaria a confirmar que a ‘democratização’ do espaço digital vem contribuindo para uma maior produção de ‘lixo digital’, desqualificando a contribuição da Internet como apoio à comunicação dada a finalidade de suas utilizações. No entanto, da mesma forma que uma nova e cada vez maior leva de pessoas tem acesso ao ciberespaço, maior é a sua capacidade de gerar mais e melhores usos legítimos e, na sua maioria, gratuitos, compartilhados, colaborativos e que também estimulam o autodidatismo, sobretudo em função do fato de que a Internet se traduz num novo suporte digital e virtual, acentuando a necessidade de um enfoque diferenciado para sua análise, que assuma como ponto de partida o seu potencial de aproveitamento, através de seus produtos e serviços. FACES DA COMUNICAÇÃO LOCAL NA INTERNET A comunicação estabelecida através de redes assume um outro papel. Com a rapidez e a interatividade proporcionada por estes sistemas torna-se mais comum a revitalização do local. As comunidades locais ganham força, pois nos últimos anos vem sendo reforçada o conceito “local”, esse processo pode ser explicado. Segundo ORTIZ (1999, p. 35) “as distâncias se encurtaram a tal ponto que já não faria mais sentido afirmar sua existência. Não apenas as

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fronteiras entre as nações teriam sido ultrapassadas, até mesmo o mundo da fabulação se confundiria com o real”. Reforçando a idéia ele diz: “quando nos referimos ao ‘local’, imaginamos um espaço restrito, bem delimitado, no interior do qual se desenrola a vida de um grupo ou de um conjunto de pessoas (...) o ‘local’ se confunde, assim, com o que nos circunda, está ‘realmente presente’em nossas vidas”. O reforço do locus local se dá através da formação de identidade dos grupos locais. As facilidades proporcionadas a esses grupos são enormes, desde serviços simples, como guia de cidades até os mais sofisticados hoje fazem parte do universo local. A regionalização das comunicações ganha força -- com as redes de comunicação, mais especificamente com a Internet -- ao mesmo tempo em que se pensa em globalização se espera que os serviços e facilidades sejam cada vez mais voltados a determinadas comunidades. Segundo IANNI (1999, p. 46) “uns supõem que o regionalismo pode fortalecer a nação, ao passo que outros sabem que o regionalismo é a mediação indispensável entre o nacionalismo e o globalismo”. A diferenciação explorada se explica no fato de que “seria mais acurado pensar numa nova articulação entre ‘o global’ e ‘o local’ ” (HALL, 1998, p. 77). O fortalecimento do local se dá através de várias frentes, segundo HALL (1998, p. 85) esse fortalecimento da identidade “pode ser visto na forte reação defensiva daqueles membros de grupos étnicos dominantes que se sentem ameaçados pela presença de outras culturas”. Todos esses conceitos podem ser aplicados às comunidades online que se acrescentam em torno de interesses comuns, não importando as fronteiras territoriais fixas. Neste contexto o espaço virtual busca novas formas de agregar os conceitos locais dentro de uma perspectiva infinitamente maior, uma vez que o ciberespaço não possui fronteiro espacial e temporal. Neste trabalho nos propomos a aprofundar o aproveitamento da Internet como ambiente comunicacional fortalecedor da articulação local e que, em face do seu suporte, promove uma nova cartografia do espaço local em virtude de sua dimensão virtual. Podemos exemplificar essa espécie de desterritorialização, nos moldes de Felix Guatari e Octávio Ianni, a partir de salas de chats (bate papo em tempo real) e listas de discussão (email gerenciador de articulações temáticas entre usuários), sites locais e com conteúdo local, para ficar nos serviços mais utilizados. São relevantes nesse propósito a investigação de suas principais implementações no Brasil e sua capacidade de utilização, na forma de número de usuários, serviços disponibilizados, mensagens produzidas, etc. Evidenciaremos assim a afirmação dessa vertente da Internet que é a sua vocação para a aproximação de pessoas em temas afins e, em

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sua maioria, no âmbito das ações locais, revelando essa dimensão da Internet como veículo de aquisição e troca de informações – geralmente serviços e eventos - de âmbito local. Ou seja, a metáfora da Internet como Grande Rede esconde na verdade uma teia tecida com as ramificações de múltiplas pequenas comunidades. Os chats - popularmente assimilados como ‘bate papo em tempo real’, os chats são mecanismos de conversação pelo computador em que várias pessoas podem participar ao mesmo tempo, através de ‘canais’ - que são espaços virtuais característicos de uma determinada identidade de grupo e/ou dedicados a assuntos específicos. As frases digitadas por cada usuário no canal são disponibilizadas na tela para todos os demais participantes do canal, seja por programas específicos para esse serviço (como o Mirc, programa disponível em

http://

www.mirc.com/),

seja

por

sites

que

disponibilizam

tais

recursos

(http://www.uol.com.br/ - disponibiliza em sua seção Bate Papo uma série de canais, sendo que 43 de âmbito regional), estando em qualquer computador de qualquer lugar do mundo. A

partir

do

site

de

busca

Yahoo,

na

categoria

Bate-papo

e

fóruns

(http://br.yahoo.com/informatica_e_internet/internet/bate_papo_e_foruns/IRC/) estão dispostos 140 sites de canais de chat pertencentes às redes BrasIRC e BrasNet. Desses, mais da metade são referentes a cidades brasileiras, dentre aglutinações de usuários de uma mesma cidade ou bairro, torcedores de um mesmo time (na sua maioria locais) e amigos de um mesmo colégio ou localidade que também desenvolvem um espaço virtual de encontros. Podemos somar a esses sites os próprios canais de chat a partir dos servidores de IRC que não possuem sites oficiais, as várias listas de discussão disponibilizadas na Rede e que são a atual febre na Web (caso do YahooGroups – http://br.groups.yahoo.com/, do Nosso Grupo, iniciativa da Abril – http://www.nossogrupo.com.br/ - do Meu Grupo – http://www.meugrupo.com.br/, do eGroups - http://www.egroups.com.br/ e do Grupos.com – http://www.grupos.com.br/, esses dois últimos filiados ao YahooGroups), os canais de chat e listas de discussão possibilitados pelos provedores de acesso e sites em geral, sem falar nos softwares de compartilhamento do tipo ICQ (da empresa israelense Mirabillis, em http://www.icq.com/), ComVC (UOL) e Instant Messenger (America Online) e baseados em troca de arquivos, como o Napster e o recente KazaA (http://www.kazaa.com/). Essa profusão de espaços de troca faz a riqueza da Internet e ao mesmo tempo assume uma outra dimensão na relação com usuários, que não mais fazem dela uma janela para o mundo, mas sim um canal de contato com o seu próximo, no amplo sentido que este conceito assume no ciberespaço.

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Se nos remetermos às várias dimensões de mundo virtual apontadas por Pierre Lévy, em especial a que o relaciona a um dispositivo informacional, veremos que “a mensagem é um espaço de interação por proximidade dentro do qual o explorador pode controlar diretamente um representante de si mesmo”, ou seja, virtual não é somente o agente de comunicação, mas sim sua posição no ciberespaço. Apesar das múltiplas possibilidades de abordagem desse fenômeno, a que nos interessa aqui é a possibilidade (potência, também virtual) de formação de mundos virtuais, com seus países, cidades, bairros e pontos de encontro, utilizando-se dos vários recursos disponíveis na Internet para isso. Tanto é determinante essa metáfora entre o mundo real e o virtual que um dos mais conhecidos servidores de páginas Web gratuitas, o Geocities, organiza sua estrutura de pastas e subpastas de arquivos com nomes de localidades e temas de afinidade a partir delas. Um aspecto peculiar, entretanto, no que se refere aos chats, que aponta para outra fundamental categoria de análise, relaciona-se com a volatilidade dos espaços produzidos, acarretando tanto uma grande dificuldade no desenvolvimento de estudos mais sistemáticos, como a indefinição e a ausência de ganhos mais concretos e duradouros a partir de experiências metamórficas por princípio. Não podemos encarar, apesar dessa característica, a movimentação dos usuários em torno de canais de chat e listas de discussão como uma descontinuidade que acaba limitando o potencial da Internet como meio de comunicação massivo. A mutabilidade das experiências deve ser encarada como uma tendência nova na relação entre usuários e produtores de informação, que vem despontando desde o final do século passado, manifestando-se também na tv por assinatura e, de um modo geral, na própria indisposição do público com um grande relato que dê sustentação para suas crenças, sejam políticas, sejam religiosas. Por trás de toda essa movimentação existem pontos de convergência mais amplos entre experiências comuns. No caso dos canais de chat, são articulados em determinados servidores (computadores disponibilizados por provedores de acesso e/ou conteúdo, voltados para esse fim) ou mesmo a partir de sites que oferecem tais recursos como valor agregado (UOL, por exemplo). Os servidores de chat por sua vez são articulados, no caso brasileiro, em duas principais redes: a BRASNET e a BRASIRC, cujas características são bastante semelhantes. A BRASIRC foi fundada em 1994, pautada no foco do bate-papo e do entretenimento na Internet. Conta com uma rede de profissionais que além da manutenção dos servidores, prestam serviços no desenvolvimento de webchats, listas de discussões e realização de estatísticas. Seu site tem um índice de visitação de 100 mil páginas por mês, sem o apoio de empresas publicitárias ou parcerias.

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A BRASNet foi fundada no início do ano de 1996, como diferencial da BRASIRC, buscando oferecer um ambiente nacional com qualidade, velocidade e estabilidade para o bate-papo via Internet. Seus índices cresceram tanto que, nos seis primeiros meses a rede já contava com 10 provedores conectados e cerca de 300 usuários simultâneos nos horários de maior movimento. No início de 2001 chegaram a obter o pico de 22 mil usuários simultâneos e um fluxo diário de 400 mil conexões por dia. Os principais membros de suas estruturas são os Operadores de Servidor (IRCops) e Operadores de Canal (CHANops). São eles os responsáveis pelo pleno estabelecimento da confraternização, da solidariedade e do respeito entre os usuários, orientando-se a partir de regras específicas das redes, dos canais ou mesmo de etiquetas específicas para o ambiente dos chat, que também são apropriados para as listas (ver Quadro 1). Quadro 1 - PUNIÇÃO DE USUÁRIOS POR OPERADORES DE SERVIDOR DE IRC E DE CANAIS ADVERTÊNCIA

KICK

BAN

utilizada para infrações leves, geralmente motivadas por desconhecimento das regras de bom funcionamento dos canais (flood, quando se enviam mensagens repetidas continuamente num pequeno intervalo de tempo; teclar em maiúsculas, que no ambiente dos chats indica agressividade ou que o usuário esteja gritando) retirada temporária do canal - usado em caso de desobediência a advertência dada pelo CHANop ou se estiver fazendo algo que atrapalhe o bom funcionamento do canal (nesse caso, os kicks devem ter o motivo explicitado, para que o usuário saiba qual o motivo da punição, e para que os outros operadores fiquem a par da situação) banimento do canal – acionado em casos extremos, diante de uma ação de má fé por parte do usuário, visando tumultuar o canal. Deve ser usado com parcimônia por parte dos CHANops e também necessita ter seu motivo explicitado.

Algumas dessas regras se referem ao próprio desenvolvimento harmônico da rede, tanto que em certo ponto de seu regulamento, os responsáveis pela BRASNET afirmar categoricamente: “a rede está acima de qualquer problema pessoal”. Não se trata apenas de uma reunião de amigos ou de círculos de amizade, mas em toda a sua diversidade de articulações a rede, enquanto aparato tecnológico e estofo para o convívio social, precisa se manter coesa e contínua e dessa relação temos muito a aprender e apreender para o mundo real. Outro ponto determinante é que tais regras servem para que os usuários as assimilem, não para que os ops as exponham. Se todos assimilarem regras básicas de bom convívio, ‘kickar’ ou banir serão atividades desnecessárias e os ops simples referências de aprendizado e apresentação dos usuários aos canais de sua responsabilidade. Uma boa metáfora para um bom comandante como aquele que não precisa fazer uso de seu poder de comando.

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São por volta de 6000 canais desenvolvidos nos servidores de chat das duas redes, sendo que algo mais que 1500 na BRASIRC e 4500 na BRASNet, sendo que os temas ligados ao prolongamento e reforço do espaço local são geralmente os mais acessados, tendo em sua maioria mais de 100 acessos simultâneos nos horários de pico, evidenciando um campo bastante frutífero para a análise de suas mensagens e articulações. Listas - Uma lista de discussão é um endereço de email para o qual várias pessoas interessadas em um assunto mandam suas mensagens eletrônicas sobre um determinado assunto e os demais participantes dão suas opiniões ou esclarecimentos, interagindo com o grupo que acessa todas as mensagens. A grande vantagem em relação aos emails é que, para acessar todos os participantes é necessário enviar apenas um email para todos os que fazem parte da lista. A grande diferença para os chats é a possibilidade de amadurecimento dos assuntos, visto que existe uma certa continuidade nos tópicos desenvolvidos pelos usuários através de suas mensagens. Costuma-se, ao entrar numa lista, enviar um email de apresentação aos seus usuários com os dados próprios. Não chega a ser exatamente um curriculum, mas o nome, a profissão e a principal razão de ter entrado na lista são indicações que geralmente se incorporam nas mensagens de apresentação. Além disso, existem regras e etiquetas que norteiam a boa convivência em grupo, fundamental para o bom andamento da lista, inclusive para o incremento de sua participação. A mais comum delas chama-se netiqueta, cujo nome oficial é a RFC 1855 (Request for Comments nº 1855, uma espécie de consulta pública por parte do W3C, órgão regulador das práticas e linguagens na Web). A Netiqueta se caracteriza por tudo que se refere ao comportamento de um usuário dentro da internet, e por conseqüência, dentro de uma rede de bate-papo. Alguns itens são determinantes na definição do que se incorporou na etiqueta no IRC, nas listas e na própria Internet: não grite jamais (ou seja, digitar usando a função de CAPSLOCK ligado); evite comentar sexo, religião e política, a menos que estes sejam os assuntos em discussão; nunca tente expulsar alguém do papo por sua inconveniência (exceto os crackers) use a força das idéias... nunca responda de forma grosseira, mesmo que usem de grosseria contra você; no caso de enviar algum aplicativo do tipo executável, (.exe) ou gerados por editores de texto, planilhas ou similares (tipo Word e Excel), certifique-se de que esse arquivo esteja livre de vírus e afins, no caso de dúvida não envie. Tal como nos chats, o intuito na assimilação e aplicação dessas regras é o bom funcionamento das redes, a despeito das múltiplas possibilidades de indisposição

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proporcionadas por seus usuários. Um dos princípios para o estabelecimento de comunidades, que está justamente em sua perspectiva de continuidade, que é o desenvolvimento de relações harmônicas de seus membros e a solução de conflitos em prol do coletivo. As várias articulações de usuários encontram e desenvolvem formatos diferentes de encontro através das listas, seja através de sites gerenciadores, tais como o YahooGroups e o Nosso Grupo, como fóruns ou listas avulsas em sites ou a partir de emails e a USENET, um dos recursos mais antigos da Internet, formador de grupos de discussão, onde as mensagens não são recebidas por email nem por sites, mas são disponibilizadas a partir de uma outra forma de acesso, com programas específicos ou softwares que oferecem esse recurso (ver Quadro 2). Quadro 2 - FORMATOS DE LISTAS DE DISCUSSÃO GERENCIADORES FÓRUNS USENET

Sites que oferecem o recuso de criar e manter listas de discussão: YahooGroups, Nosso Grupo, Meu Grupo, etc Espaços avulsos em sites ou partir de emails: Grandes portais de conteúdo, portais verticais (temáticos), etc mensagens recebidas a partir de programas específicos ou softwares que oferecem esse recurso, tais como o Outlook Express.

Uma análise mais detida sobre as mensagens disponibilizadas nas listas de discussão proporcionaria mais evidências a respeito da importância do aspecto local na Internet. Entretanto, o próprio volume de criação e desenvolvimento de listas para os mais variados fins, com um número cada vez mais crescente de pessoas, já aponta a tendência de uma busca por maior proximidade, por unir pessoas afins em assuntos afins, com todos os aspectos negativos e/ou incômodos que um comportamento desses impõe. Os sites de gerenciamento de listas representam a área de maior crescimento na Web em termos de iniciativas, pautando-se na necessidade de estabelecer a audiência nos grandes portais, mola mestra para os investimentos de publicidade - nesse caso um aspecto do analógico que se percebe no mundo digital - e se determina, no caso da Web, pelas visitações aos sites, ou ainda, para usarmos o nome técnico em inglês, pelos pageviews. Exemplos não nos faltam desses grandes portais: o YahooGroups, que adota estratégia semelhante à dos grandes portais, ‘fagocitando’ investidas de menor dimensão como o egroups e o excelente grupos.com; o Nosso Grupo, pertencente à Abril, que estabelece estratégias de desenvolvimento de comunidades a partir das versões online de seus veículos de comunicação, dentre outros. Em relação aos fóruns, podemos citar os diversos sites temáticos que articulam listas próprias para a continuidade do tema para além da informação disponibilizada no próprio conteúdo na

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Internet. É o caso dos ambientes de trabalho cooperativo do Prossiga, da RITS – Rede de Informação sobre o Terceiro Setor, do CDI – Comitê de Democratização da Informática. E em relação a USENET, temos os mais diversos grupos divididos em amplas categorias de atuação, orientadoras para a definição de suas identidades e, de certa forma, de seu comportamento de grupo. Por exemplo, as listas sci, que se referem à área de cientistas, geralmente de exatas ou biológicas/médicas, geralmente inibem a participação de leigos, por serem bastante especializados. As conferências da USENET podem ser acessadas nas versões mais recentes dos programas de correiro eletrônico, o Outlook Express, por exemplo, e funcionam geralmente a partir de um servidor próprio de newsgroups, sendo conduzidos aos vários usuários a partir de um protocolo de transferência diferente das homepages, o nntp. Uma pesquisa mais expressiva se faz ressentir em relação ao potencial de aproveitamento dos grupos de discussão, visto que as estatísticas disponibilizadas pelos próprios sites gerenciadores são bastante restritas, geralmente número de grupos por categoria. Outras categorias de análise são determinantes no sentido de uma melhor avaliação de seu aproveitamento, tais como o número de pessoas que assinam tais listas, o volume de mensagens, a condução e o conteúdo dos debates, etc. CONCLUSÃO Identidade, grupo, comunidade, rede relacionados a um ambiente comunicacional fundamentado num aparato tecnológico que não permite o contato humano e a mais autêntica sociabilidade seria algo bastante difícil de conceber e conciliar, não fosse o grau de disseminação da Web entre os usuários ao redor do planeta. É certo que a Internet ainda não se fez um meio de comunicação de massa, mas sua capacidade de tecer redes em prol do desenvolvimento de relações de amizade, envolvimento, trabalho, promoção de novas idéias e reflexões, amadurecimento de debates vem promovendo uma nova forma de pensar e fazer a comunicação que nenhum outro meio analógico havia experimentado. A característica singular de um meio que converge suportes de áudio, imagem e texto no formato digital e está disponível a uma boa maioria de usuários virtualmente como unidades de informação que circulam numa rede compartilhada traz a capacidade de aproximar pessoas e realidades distantes, promovendo novos (ciber)espaços de articulação e, conseqüentemente, novos locais. Os recursos que a Internet disponibiliza para isso são vários e vão surgindo e se firmando com o passar do tempo, mas nossa análise aqui buscou se aprofundar nos mais

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conhecidos, por conseqüência mais utilizados, para justamente salientar a evidência de um meio que se faz ambiente, num contexto de comunicação massiva que se fez rede, cabendo a nós todos aproveitá-lo para o bem.

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