A interpretação plural da alma

May 24, 2017 | Autor: S. Masi Elizalde | Categoria: Friedrich Nietzsche, ALMA, Nietzsche, Conceito, Multiplicidade, Pluralidade, Múltiplo, Pluralidade, Múltiplo
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VM § 1 (NIETZSCHE 2014)
Ibid. § 1
"A noção de transformação conceitual é possível a partir dessa desqualificação da concepção metafísica de conceito e da associação entre conceito e signo. Trata-se, conforme veremos, de uma noção que tem um lugar central na filosofia de Nietzsche, especialmente em seus escritos posteriores a Assim falou Zaratustra, e que desempenha um papel preponderante em seu livro de 1887, como parte indispensável do seu procedimento genealógico." PASCHOAL, Edmilson - Transformação Conceitual
PASCHOAL, Edmilson - Transformação Conceitual
PASCHOAL, Edmilson - Transformação Conceitual
VM § 1
DELEUZE, Gilles – Nietzsche e a Filosofia
ABM § 17
A realidade dos impulsos e da vontade de poder se encontram no ABM § 36
DELEUZE, Gilles – Nietzsche e a Filosofia (pg 80)
NIETZSCHE, Friedrich - Sobre o Niilismo e o Eterno Retorno § 1067 – Obras Incompletas
"Um mesmo objeto, um mesmo fenômeno muda de sentido de acordo com a força que se apropria dela" DELEUZE, Gilles – Nietzsche e a Filosofia – 2. O Sentido
Quando usamos o termo fenômeno o usamos como sintoma "Um fenômeno não é uma aparência, nem mesmo uma aparição, mas um signo, um sintoma que encontra seu sentido numa força atual." DELEUZE – Nietzsche e a Filosofia - 2. O Sentido
GM - Prólogo § 1
Ao longo da obra de Nietzsche encontramos a importância que se atribui à arte, seja para enfrentar o absurdo da existência (NT § 7 - NIETZSCHE; 2014); para descartar as necessidades dogmáticas impostas pela época (HH §27) ou para afirmar a existência (CI § 6 - NIETZSCHE; 2014)
O eu que pensa (ABM § 16), a vontade e a alma (ABM § 19),
ABM § 19
ABM § 20
Ibid. § 19
Transição do estado sólido para o estado liquido.
ABM § 19
Ibid. § 19
Ibid. - Prefácio
GM § 12
GM - Prefácio § 1
ABM § 40
"O conceito de força é portanto, em Nietzsche, o de uma força que se relaciona com uma outra força." DELEUZE – Nietzsche e a Filosofia - 3. Filosofia da Vontade
ABM § 231
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES





A interpretação plural da alma

Trabalho apresentado à disciplina de História da Filosofia Contemporânea I, do Curso de Filosofia. Ministrada pelo prof. Dr. Edmilson Paschoal











Santiago Masi Elizalde




CURITIBA
2017

Resumo:

Trataremos o conceito de alma na obra de Friedrich Nietzsche. Analisaremos as maneiras de interpretar a alma e as possibilidades que se perdem ou se abrem dependendo da interpretação tomada. Para atentarmos esta investigação, utilizaremos as obras Além do bem e do mal, Humano demasiado humano, Para a genealogia da moral, Sobre verdade e mentira no sentido extramoral, Sobre o Niilismo e o Eterno Retorno e Crepúsculo dos ídolos do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, e comentários dos filósofos Gilles Deleuze e Michel Foucault. Como parte da análise realçamos a importância do confronto ao atomismo, isto é, ao conceito tomado como essência imutável. O trabalho reside em entender o que está por trás do conceito, defendendo que existem duas maneiras de trabalhar uma alma plural, a primeira separando-a em partes, porém ainda ficando preso a um atomismo, e a segunda fundindo o conceito, liquidificando-o, tornando-o maleável. Defendo que está última é o que permite alcançar uma análise mais profunda, anti-dogmática, que deixa sempre em aberto a possibilidade de reinterpretação.



A alma como conceito

Quando usamos a palavra alma, comumente falamos de algo que todos os seres humanos têm em comum - como "algo" que todo ser humano possui, porém com pequenas diferenças entre cada alma. Estamos, portanto, falando de um conceito. De algo que, segundo Nietzsche "tem de convir a um sem-número de casos, mais ou menos semelhantes", consequentemente deparamo-nos com a desigualdade entre as almas, já que "todo conceito nasce por igualação do não-igual."

O conceito por muito tempo foi tratado como se estivesse se referindo a alguma essência imutável, porém em Nietzsche ele se torna plural. Se antes as crenças em ficções, em "agentes e atos", permitiam o surgimento do "conceito metafísico" - do conceito como uma essência fora da experiência - quando colocamos o conceito de volta no conflito constante que constitui a realidade, ele se torna movediço, começa a fluir, assume uma natureza similar a de um signo. A carga do conceito é passível de mudança, aquilo que ele significa não é mais fixo e pode referir-se a uma multiplicidade de coisas, dependendo da interpretação.

Tomando a alma como conceito podemos agora desmantelar a ideia de alma imortal, única, pura, permitindo que aceitemos a alma como a pluralidade de forças que pode representar. Um trecho do aforismo 12 do Além do bem e do mal evidencia as possibilidades que residem na alma tomada fora de um atomismo:

"Está aberto o caminho para novas versões e refinamentos da hipótese da alma: e conceitos como 'alma mortal', 'alma como pluralidade do sujeito', 'alma como estrutura social de impulsos e afetos' querem ter, de agora em diante, direito de cidadania" – Nietzsche, ABM § 12

Para nossa consideração, o essencial do aforismo acima é a possibilidade de falar da alma de múltiplas maneiras, de identificá-la com características que previamente pareciam-lhe distantes, impossíveis. Como explicitado no primeiro aforismo do livro Sobre verdade e mentira no sentido extramoral: as verdades são sempre ilusões, são "batalhões móveis de metáforas", interpretações. Portanto, para falar da alma temos que falar dela de maneira nobre, temos que tomá-la como um conceito a ser interpretado, ou seja, tomá-la na sua pluralidade. Conforme ressaltado por Gilles Deleuze, filósofo francês, "a filosofia de Nietzsche é compreendida quando levamos em conta seu pluralismo essencial." Toda essência, toda verdade, todo conceito, requer uma interpretação, um processo que culmina no erro do conhecer. O filósofo Michel Foucault ressalta como, para Nietzsche, quando obtemos conhecimento de algo só o fazemos através de:

"...um certo número de atos que são diferentes entre si e múltiplos em sua essência, atos pelos quais o ser humano se apodera violentamente de um certo número de coisas, reage a um certo número de situações, lhes impõe relações de força" (FOUCAULT, 2002)

É afirmando que conceituamos, invadimos a realidade dos impulsos, da vontade de poder e a delimitamos, a moldamos em "istos" imutáveis. Se o conceituar é afirmativo, o conhecer é reativo. O pensar e o conhecer são relações de ordem diferente, uma alta a outra baixa. Portanto, é exercendo força que o ser humano molda as suas interpretações do mundo.

O conhecimento, o sujeito, a alma, todas essas verdades, estão agora destituídas da sua essência única, cada um desses conceitos se encontra agora mergulhado em um mar de forças, onde são tomados por diferentes sentidos, onde são ressignificados. A natureza, a finalidade desses fenômenos, vai depender da força que age sobre eles, da maneira como eles são interpretados:

A causa do surgimento de uma coisa e sua utilidade final, seu emprego e ordenação de fato em um sistema de fins, estão toto coelo um fora do outro; que algo de existente, algo que de algum modo se instituiu, é sempre interpretado outra vez por uma potência que lhe é superior para novos propósitos, requisitado de modo novo, transformado e transposto para uma nova utilidade; que todo acontecer no mundo orgânico é um sobrepujar, um tornar-se senhor, e que, por sua vez, todo sobrepujar e tornar-se senhor é um interpretar de modo novo, um ajustamento, no qual o "sentido" e "fim" de até agora tem de ser necessariamente obscurecido ou inteiramente extinto. (NIETZSCHE GM II §12 - Obras Incompletas)

Vemos no aforismo acima que qualquer forma de hierarquia entre forças é temporária, que a possibilidade de reapropriação, de reinterpretação, fica sempre aberta, mais do que aberta, está sempre ocorrendo. Ou seja, por um lado temos os sujeitos como conceitos, como signos, como produtos das forças que agem sobre eles, como sintomas que evidenciam uma pluralidade de relações, sujeitos do conhecimento que nunca se buscaram. Por outro lado, temos sujeitos que conceituam, que estão constantemente interpretando a realidade e atribuindo sentido a ela, sujeitos de processos.

Evidenciamos duas naturezas de grau diferente. A primeira reside no estático, nos conceitos já significados, no conhecimento dogmático, na essência, no átomo. A segunda reside na criação, no agir, na arte, no vir-a-ser. Estabelecemos, portanto, uma distinção, entre uma visão atômica, monadista do mundo e uma visão plural, múltipla. Dentro da primeira podemos identificar uma gama de conceitos que, antes atrelados e inscritos no "eu", se dissolvem na segunda, na perspectiva plural.

Processo e Interpretação

O que diferencia as duas naturezas delimitadas, a que é produto de outras forças e a que produz interpretações, é a relação entre estas duas naturezas e os sintomas que se lhes apresentam. A visão atomista esconde um "preconceito popular", uma interpretação de um processo, interpretação que o limita, o acorrenta, o imobiliza. O lado produtor trespassa a própria interpretação que se tem dos processos, para tentar identifica-los com o processo mesmo.

No aforismo 17 do livro Além do Bem e do Mal Nietzsche evidencia a diferença entre processo e a sua interpretação:

"Isso pensa: mas que este "isso" seja precisamente o velho e decantado "eu" é, dito de maneira suave, apenas uma suposição, uma afirmação, e certamente não uma "certeza imediata". E mesmo com "isso pensa" já se foi longe demais; já o "isso" contém uma interpretação do processo, não é parte do processo mesmo." ABM § 17

Ao tomar uma interpretação como verdade encontramos mais um tipo de atomismo. Já delimitamos um "isso", já interpretamos um processo. Partindo desse ponto de vista monádico estaríamos condenados a alcançar um ponto de essência imutável, seja no sujeito que pensa, na vontade que o rege, no seu querer ou em algum objeto. O atomismo não se refere somente à matéria, mas também à concepção de uma totalidade, de uma essência, de uma verdade. Qualquer limitação absoluta do campo de possibilidades também se encaixa numa visão atomista. Tudo o que ignorar a natureza conceitual do nosso conhecimento, ou seja, a natureza mutável deste, pode ser encaixado na crítica ao atomismo.

Por outro lado, ao partir de uma natureza múltipla, tudo está em movimento. Toda a realidade que conhecemos está em um espaço interpretado, e os processos se escondem por trás das nossas interpretações, por trás das representações, das palavras, das coisas e, por serem conceitos, também das almas. Até mesmo o sistema que possibilita os conceitos é maleável, temporal, portanto, novamente encontramos a mutabilidade dos conceitos.

Ao considerar os processos que constituem a alma no momento prévio à sua interpretação abrimos um território de sensações múltiplas, de instintos que colidem entre si para formar as interpretações. Desta forma, não temos mais uma vontade, um querer. Esse querer que se considerava único, essa vontade atrelada ao "eu", é, "antes de tudo, algo complicado, algo que somente como palavra constitui uma unidade".

O pensamento é um processo que ocorre, uma "força que atua", delimitá-lo, enquadrá-lo em um "isso", em um "algo" é cometer o erro do atomismo, é igualar um acontecimento a uma interpretação. O mesmo ocorre com a alma, interpretá-la como essência é ignorá-la como processo. Devemos então voltar-nos para aquilo que a constitui, aquilo que as máscaras "alma", "eu" e "sujeito" escondem, examinar o que está por traz da sua manifestação, do seu agir.

Despedaçamento ou Fusão da Alma

Temos dois movimentos possíveis, duas maneiras de confrontar o atomismo do conceito de alma. O primeiro seria um despedaçamento, como se pegássemos o que considerávamos alma e a quebrássemos, transformando-a em novas partes menores. Por outro lado, podemos seguir um movimento de fusão, derretendo o conceito, levando-o a um estado líquido e constantemente maleável.

Ao despedaçar o conceito de alma encontramos uma "estrutura social de muitas almas" que se escondia por trás da máscara de uma alma imutável, "subalmas" que interagem umas com as outras. Que por momentos ordenam e por momentos são ordenadas, se relacionando, submetendo e sendo submetidas. Dentro dessa relação "somos ao mesmo tempo a parte que comanda e a parte que obedece", embora o "homem que quer" se identifique somente com a parte que comanda, devido ao conceito sintético, artificial, de "eu", ou de "alma".

Nesse paradigma, do despedaçamento da alma, "o querer" e "a vontade", são o produto dessa relação de obediência e comando, sobre a base de "uma estrutura social de muitas almas". A nossa vontade é sempre múltipla, acreditamos que somos livres e que nosso corpo obedece a nossa vontade somente porque nos identificamos com a parte dela que subjugou a outra, porém, também somos a parte submetida e obediente.

Tal interpretação, isto é, a divisão da alma, se daria através de um despedaçamento do conceito de alma, porém, ainda restariam partes que a constituiriam, partes que obedecem e partes que comandam. Existiria, portanto, um certo resquício do atomismo. Para entender a profundidade do plural podemos recorrer a um movimento de fusão, levando a alma sólida, atômica, para um estado maleável, líquido, ao invés de despedaçá-la, reinterpretando o conceito e alocando-o no mar de forças que a produzem.

Interpretando dessa forma, as partes constituintes da alma também são múltiplas e existem na relação de umas com as outras. Os "algos", isto é, tudo aquilo que antes era estático, agora deve ser considerado múltiplo e móvel. Esse movimento quebra com a "superstição do sujeito, e do Eu", evidencia a interpretação presente em qualquer conceitualização da alma. As "subalmas" e "subvontades" podem então ser tomadas como forças em movimento, relacionando-se umas com as outras.

Retomemos agora o aforismo 12 da segunda dissertação do Genealogia da Moral, no qual Nietzsche menciona que: "a causa do surgimento de uma coisa e sua utilidade final, seu emprego e ordenação de fato em um sistema de fins, estão toto coelo um fora do outro", aqui também encontramos uma separação entre o processo, a causa do surgimento de algo e sua ordenação em um sistema, seu alocamento, sua estruturação.

Ao tomar a alma numa forma líquida, instável, abrimos a possibilidade do conceito ser reinterpretado "por uma potência que lhe é superior para novos propósitos, requisitado de modo novo, transformado e transposto para uma nova utilidade", permitindo que, ao assimilar tal posicionamento frente à alma, mantenhamos aberto as possibilidades de mudança que residem na conceitualização da alma, evitando, assim, cair num atomismo.

O sublime pendor do homem do conhecimento

Quais as consequências que a alma tomada como constante interpretação, como essência fluída, traz para as forças que assim a interpretam? Qual é a profundidade de que se alcança através dessa assimilação da maleabilidade? Estabelecemos no começo do trabalho que o conhecimento é adquirido através da imposição de relações de força, que para conceituar devemos afirmar, devemos moldar a realidade dos impulsos. Vejamos portanto, de que forma a alma plural influência na capacidade de interpretar o mundo.

Tomando o sujeito de um lado como produto, isto é, como consequência de um processo, o trancamos em uma passividade, o enquadramos novamente num conjunto de relações que o modelam e o subjugam, como produto no qual ele não tem influência. As forças que o regem, por outro lado, são produtos da interpretação que este tem dos processos que o moldam, e aqui reside o potencial de exercer força no que diz respeito a seu entorno. Ao analisar o aforismo 230 do Além do Bem e o Mal, encontramos a diferenciação entre o superficial e profundo:

"Contra essa vontade de aparência, de simplificação, de máscara, de manto, enfim, de superfície - pois toda superfície é um manto -, atua aquele sublime pendor do homem do conhecimento, ao tomar e querer tomar as coisas de modo profundo, plural, radical: como uma espécie de crueldade da consciência e do gosto intelectuais, que todo pensador valente reconhecerá em si, desde que tenha endurecido e aguçado longamente seu olhar para si mesmo, como deve, e esteja habituado à disciplina rigorosa e palavras rigorosas." ABM § 230

Vemos que para alcançar o "sublime pendor do homem do conhecimento", a inclinação que permite invadir o sentido dos conceitos, é necessário primeiro voltar os olhos para si, encontrar as múltiplas forças que colidem, perceber o quão desconhecidos somos de nós mesmos, sem escrúpulos morais, até com mesmo crueldade, e desta forma conseguir voltar-se contra a superfície, abarcar a profundidade. "Tudo que é profundo ama a máscara" não como simplificação, mas como evidência desta, ama saber a profundidade que reside por trás de cada imagem.

A profundidade só é alcançada quando se quer, quando a multiplicidade de forças que regem a alma são subjugadas pelo desejo de ir mais fundo. Caso se interprete a alma como essência, a necessidade de quebrar a barreira da imagem de si mesmo para poder ir mais longe não consegue se efetuar, ficará presa à visão de uma alma essencial que assimila o mundo. Ao quebrar essa alma em várias que conflitam podemos então alcançar um outro nível de profundidade, além da simples alma essencial, mas que também estará barrada pelas partes totalizadas que a compõem. Ao fundí-la, porém, a engendramos num processo de constante mudança, as partes que a compõem se entrelaçam umas com as outras, se afetam, se relacionam.

Chegamos às duas formas de analisar a natureza de uma alma composta por uma comunidade de almas. Na primeira, no despedaçamento da alma, cada "subalma" ainda é uma parte concisa, uma totalidade, portanto a fronteira do atomismo se levanta novamente. Na segunda, por outro lado, a alma e suas partes manifestam-se como um líquido, como uma gelatina amorfa em movimento, desta maneira a possibilidade de reinterpretação das coisas está sempre aberta, sempre passível de um trespasse do conceito e proliferando a mudança.


Bibliografia

NIETZSCHE, Friedrich. Além do Bem e do Mal. Trad. de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

NIETZSCHE, Friedrich. Humano demasiado Humano. Trad. de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

NIETZSCHE, Friedrich. Obras Incompletas. Trad. Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Editora 34, 2014.

DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a Filosofia. Trad. de Ruth Joffily Dias e Edmundo Fernandes Dias. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1976.

FOUCAULT, Michel. A verdade e as Formas Jurídicas. Trad. de Roberto Cabral de Melo Machado e Eduardo Jardim Morais. Rio de Janeiro: NAU Editora, 2002

PASCHOAL, Antonio Edmilson. Transformação Conceitual. Revista Trágica: Estudos sobre Nietzsche – 2º semestre 2009 – Vol.2 – nº2 – pp. 17-30

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