A medicalização da vida como estrategia biopolítica

October 18, 2017 | Autor: M. Vásquez Valencia | Categoria: Biopolítica, Medicalização
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Comitê Científico Ary Baddini Tavares (UNIMESP) Daniel Arruda Nascimento (UFF - RJ) Deyve Redyson (UFPB) Eduardo Kickhofel (UNIFESP) Eduardo Saad Diniz (USP, Ribeirão Preto) Jorge Miranda de Almeida (UESB) Marcia Tiburi (Mackenzie) Marcelo Martins Bueno (Mackenzie) Maria J. Binetti (CONICET, ARG) Maurício Cardoso (FFLCH - USP) Miguel Polaino-Orts (Universidade Sevilha) Patrícia C. Dip (UNGS/CONICET, ARG) Saly Wellausen (Mackenzie)

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Sandra Caponi Maria Fernanda Vásquez Valencia Marta Verdi Selvino José Assmann

A MEDICALIZAÇÃO DA VIDA COMO ESTRATÉGIA BIOPOLÍTICA

1ª Edição

Editora LiberArs São Paulo 2013

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Direitos de edição reservados à Editora Liber Ars Ltda ISBN 978-85-64783-24-9 Editores Fransmar Costa Lima Jasson da Silva Martins Lauro Fabiano de Souza Carvalho Revisão Ortográfica Julia Nagle Revisão técnica Jasson Martins Editoração e capa César Costa Impressão e acabamento Gráfica Rotermund Dados Internacionais de Catalogação na Publicação – CIP

Guerra, Elizabete Olinda Carl Schmitt e Hannah Arendt : olhares críticos sobre a política na modernidade / Elizabete Olinda Guerra. – São Paulo, SP : LiberArs, 2013. 134 p. ; 21 cm. 1. Filosofia política. 2. Ciência política. 3. Schmitt, Carl, 1888-1985. 4. Arendt, Hannah, 1906-1975. I. Título. CDU: 32

Bibliotecária responsável Daiane Citadin Raupp - CRB 8/8750

Todos os direitos reservados. A reprodução, ainda que parcial, por qualquer meio, das páginas que compõem este livro, para uso não-individual, mesmo para fins didáticos, sem autorização escrita do editor, é ilícita e constitui uma contrafação danosa à cultura. Foi feito o depósito legal.

Editora Liber Ars Ltda www.liberars.com.br [email protected]

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A medicalização da vida como estratégia biopolítica ©. c 2013, Editora LiberArs Ltda. o

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SUMÁRIO

Apresentação ..................................................................................................... 7 Fora de cena: a loucura, o obsceno e o senso comum Angel Martínez-Hernáez .....................................................................................13 Biopoder e racismo político: uma análise a partir de Michel Foucault Cesar Candiotto Thereza Salomé D’Espíndula ............................................................................29 A abordagem imunitária de Roberto Esposito: Biopolítica e medicalização Marcos Nalli .............................................................................................................45 Acerca de la (no) distinción entre bíos y zoé Edgardo Castro .......................................................................................................55 Utopia/Atopia – alma ata, saúde pública e o “Cazaquistão” Luis David Castiel ..................................................................................................65 A psiquiatria e a medicalização dos anormais: o papel da noção de transtorno de personalidade antissocial Myriam Raquel Mitjavila Priscilla Gomes Mathes .......................................................................................83 Classificar e medicar: a gestão biopolítica dos sofrimentos psíquicos Sandra Caponi .........................................................................................................99 Mercantilização de órgãos humanos para transplantes intervivos sob a ótica da bioética social Fernando Hellmann / Mirelle Finkler Marta Verdi ........................................................................................................... 119

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O problema da medicalização da vida e das sociedades tem sido objeto de estudo frequente entre diversos pesquisadores, tanto das ciências humanas e sociais quanto das ciências da saúde, desde as últimas décadas do século XX, o que o constitui em um objeto de estudo interdisciplinar. Abordado desde múltiplas perspectivas metodológicas e enfoques disciplinares, alguns estudos têm-se concentrado em analisar o impacto da medicina ocidental nas transformações da realidade concreta e material das sociedades, assim como no melhoramento das condições de vida. Outros estudos têm mostrado o papel normalizador da medicina, que junto com o poder, pouco escrupuloso, da indústria farmacêutica, têm multiplicado até o infinito os diversos dispositivos de medicalização da vida. Paradoxalmente, quanto mais e maiores são os avanços da biomedicina, mais é imperante a necessidade de novos olhares e reflexão ética e filosófica que nos permita repensar a saúde e a doença para além de um fenômeno exclusivamente biológico. Pensar a saúde como um fenômeno eminentemente biopolítico implica reconhecermos os impactos políticos e sociais dessa problemática e compreendermos as influências que as desigualdades sociais, as diversas estruturas de poder e os diferentes modelos culturais exercem sobre as concepções modernas da saúde, do corpo e da subjetividade. Não se trata de condenar ou desconhecer o saber biomédico, mas de integrá-lo num conjunto de outros saberes que falam sobre o corpo como objeto, saberes que devem ser aliados de uma compreensão mais ampla do conceito de saúde. Refletir sobre os limites da biomedicina e sobre a maneira como certos processos de construção desse conhecimento se impõem e se consolidam, quase sempre por uma reiterada e abusiva repetição de dados provenientes de pesquisas, algumas vezes pouco conclusivas, é uma tarefa que tanto as ciências sociais e humanas, quanto as ciências da saúde, devem assumir hoje nas suas reflexões filosóficas e epistemológicas. Nesse sentido, o livro que aqui apresentamos é o resultado do diálogo frutífero e instigante de um conjunto de pesquisadores de diversas disciplinas reunidos em torno de um debate enriquecedor sobre a biopolítica e a medicalização da vida. Em agosto de 2012, o Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) organizou a segunda edição do Simpósio “A vida medicada”, que fora realizado por primeira vez em 2009 pelo Núcleo de Estudo em Filosofia e 7

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Saúde (NEFIS) e pelo Núcleo de Pesquisa em Bioética e Saúde Coletiva .c (NUPEBISC) . Nesta segunda edição do Simpósio, foi escolhido como tema central de debate “A biopolítica e a medicalização da vida”, e foi sobre esse eixo temático que foi organizado o presente livro, publicado também como dossiê da Revista eletrônica INTERthesis (número 9, vol. 2, de 2012), do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC. O livro reúne, por um lado, os textos de conferências apresentadas no referido Simpósio, e, por outro, textos escritos por conferencistas presentes, além de artigos escritos por estudiosos que, por motivos diversos, não puderam comparecer ao evento. Além dos textos aqui reunidos, o Simpósio contou com mais de 30 trabalhos apresentados em comunicações coordenadas. Muitos deles correspondem a pesquisas realizadas por alunos, docentes e egressos do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (inclusive do programa DINTER), assim como por professores, alunos e egressos do Programa de Pós-graduação em Sociologia Política e do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, ambos da UFSC. A escolha da temática da biopolítica deve-se ao interesse, compartilhado por diversos professores da área de Condição Humana na Modernidade, em problematizar e esclarecer os alcances, limites, potencialidades e dificuldades inerentes a esse conceito. Para alguns dentre nós a leitura privilegiada da biopolítica centra-se nos estudos de Michel Foucault, enquanto que, para outros, são importantes os aportes dos italianos Roberto Esposito e Giorgio Agamben. É por essa razão que o livro apresenta textos que problematizam a biopolítica a partir de uma perspectiva eminentemente foucaultiana, enquanto outros têm em conta as leituras propostas por Agamben e Esposito. O objetivo do livro, composto de oito artigos, foi reunir o trabalho de diversos especialistas do Brasil, Espanha e Argentina interessados em refletir sobre o tema da biopolítica e da medicalização da vida, apresentando uma rica diversidade de perspectivas e olhares. Em alguns textos a reflexão sobre o próprio conceito de biopolítica aparece como eixo articulador, em outros já não se trata de uma problematização conceitual, mas sim de fazer operar a biopolítica como matriz analítica para compreender problemas vinculados com a medicalização da vida, o sofrimento psíquico, a problemática do risco, a relação entre loucura e criminalidade, ou os problemas da experimentação com seres humanos ou dos transplantes provenientes de doadores vivos. Assim, sem partir de certezas pré-estabelecidas, trata-se, neste livro, de olhar criticamente para as dificuldades que estão implícitas nessas fronteiras difusas que separam o sofrimento normal do sofrimento considerado patológico. Acreditamos que a biopolítica pode ser uma matriz analítica privilegiada para refletir sobre a proliferação de novas doenças vinculadas a condutas cotidianas, sobre a participação da indústria farmacêutica na produção de novos fármacos para doenças antes impensadas, assim como sobre os problemas éticos e políticos vinculados aos fenômenos crescentes da o

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medicalização dos comportamentos. Sem dúvida, a diversidade de w c .d k. perspectivas teóricas presentes no livro enriquecerá esse debate atual e o c u - t r a c permitirá uma melhor compreensão de uma temática que hoje parece suscitar um interesse crescente da comunidade acadêmica, possibilitando um diálogo interdisciplinar entre as ciências humanas e sociais e as ciências da saúde. É nessa perspectiva de análise que se situa o texto de Angel MartínezHernáez, docente da Universidade de Rovira e Virgili, Tarragona – Espanha, que abre o livro. O texto, Fora de cena: A loucura, o obsceno e o senso comum, baseado em dados etnográficos da rede de saúde mental de Barcelona, problematiza a natureza refratária da loucura, mostrando de que modo ela tem levado a um tipo de gestão estigmatizante dos sujeitos afligidos pelos sistemas especialistas, que tendem a reduzir os sofrimentos a categorias nosológicas previsíveis. Tomando como ponto de partida o conceito de biopolítica, o segundo texto apresenta uma reflexão muito bem argumentada sobre uma problemática absolutamente atual como é o problema da experimentação com seres humanos. No texto, denominado Biopoder e Racismo Político: uma análise a partir de Michel Foucault, os professores Cesar Candiotto e Thereza Salomé D’Espíndula, da PUC/PR, analisam um caso clássico de experimento abusivo com seres humanos, como é o “Caso Tuskegee”, nome com que se conhecem os experimentos realizados no Estado do Alabama – EUA, entre 1932 a 1972, com uma comunidade de pessoas negras que padeciam de sífilis. A partir da leitura desse caso, os autores propõem-se a efetuar uma interligação com o que Foucault chama de biopoder, para averiguar em que medida se apresenta uma relação de poder nesse estudo. O livro continua com um belíssimo texto do professor Marcos Nalli, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), denominado A abordagem imunitária de Roberto Esposito: biopolítica e medicalização. O autor apresenta um modo de entender a biopolítica que em muitos sentidos se contrapõe aos trabalhos anteriores na medida em que parte de uma reflexão da biopolítica que já não se inscreve exclusivamente na tradição foucaultiana, mas sim na tradição de estudos inaugurada pelo próprio Roberto Esposito. Como afirma Nalli, o filósofo italiano acredita na possibilidade de conceber a biopolítica numa outra estrutura semântica, que tem a vida não mais como objeto da política e sim como realização da potência inovadora da vida. E é nessa perspectiva que ele se propõe a tarefa de repensar a pertinência hermenêutica do “paradigma da imunização” e suas implicações na medicalização da vida. Ao texto dedicado a Esposito, sucede o artigo de Edgardo Castro, conhecido pesquisador do Centro de Investigaciones Filosóficas – CONICET – Argentina. O artigo, publicado em espanhol, se denomina Acerca de la (no) distinción entre bíos y zoé. E está dedicado a analisar o lugar que o conceito de 9

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biopolítica ocupa na obra de Giorgio Agamben. O artigo defende a distinção .c entre bios e zoé feita por Agamben, apresentando um diálogo instigante entre as leituras que este autor e Michel Foucault dedicam à tematização da vida, objeto privilegiado da biopolítica. O quinto artigo, Utopia/Atopia – Alma Ata, saúde pública e o “Cazaquistão”, de autoria do professor Luis David Castiel da ENSP – FIOCRUZ, constitui um convite para iniciar uma reflexão teórica, necessária e urgente, do modo como está sendo produzido o conhecimento no campo da saúde. O artigo tem como objetivo auxiliar-nos a desmontar as armadilhas instaladas pela proliferação desses discursos tecnocientíficos que, pela mediação de correlações, probabilidades e estatísticas, constroem e legitimam a sociedade do risco. Trata-se de um texto desafiador e crítico, em que o autor, que tem uma ampla e reconhecida trajetória nos estudos epidemiológicos, reflete com crua ironia sobre a necessidade de repensar a produção atual de riscos em perspectiva interdisciplinar e utilizando como auxílio teórico o conceito de biopolítica, que neste caso concreto terá por referência um diálogo entre as leituras de Foucault e de Esposito. Com um texto de Myriam Mitjavila e Priscilla Gomes Mathes, respectivamente docente e doutoranda do Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC, intitulado A Psiquiatria e a medicalização dos anormais: o papel da noção de Transtorno de Personalidade Antissocial, o sexto artigo do livro, as autoras analisam a construção de uma nova classificação psiquiátrica, refletindo sobre a trajetória recente do conceito de transtorno de personalidade antissocial (TPA) no campo da psiquiatria enquanto categoria nosológica. Sustentam que o desenvolvimento do TPA como categoria diagnóstica implica a transferência para o campo da medicina psiquiátrica de funções de controle social de comportamentos, levando a uma redefinição da família, especialmente da família em contextos de pobreza urbana, como agente patogênico. Nessa mesma direção situa-se o texto de autoria da professora Sandra Caponi, do departamento de Sociologia da UFSC, e docente do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, intitulado Classificar e Medicar: a gestão biopolítica dos sofrimentos psíquicos. Tomando como ponto de partida o conceito foucaultiano de biopolítica, discute-se um texto recentemente publicado pelo ex-chefe do grupo de tarefas do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM), onde se questiona o atual processo de elaboração da quinta edição desse Manual. Essas críticas permitem mostrar que o Manual, que se configura como uma estratégia hoje hegemônica de gestão dos sofrimentos psíquicos se articula em torno dos mesmos eixos que caracterizam a biopolítica: a centralidade da oposição normal-patológico; os estudos estatísticos referidos aos fenômenos vitais que caracterizam as populações; o problema do risco e os dispositivos de o

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segurança; e o governo das populações como forma de gestão que exclui wo .c .d o c u -tr a c k governo de si. O livro conclui-se com um artigo elaborado pelos professores Fernando Hellmann, da UNISUL(SC), Marta Verdi, do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFSC e Mirelle Finkler, do Departamento de Odontologia da mesma universidade. Mercantilização de órgãos humanos para transplantes intervivos sob a ótica da Bioética Social apresenta uma reflexão instigante e atual sobre uma problemática poucas vezes discutida: a compra e venda de órgãos humanos para transplantes provenientes de doadores vivos. O artigo discute os argumentos utilizados para justificar tais práticas, seus limites e dificuldades, apontando para o caráter liberal e utilitarista das vertentes justificadoras, criando a possibilidade de aceitar o duplo standard e evidenciando uma apologia às leis de mercado, transformando o corpo e suas partes em uma mercadoria que podem ser compradas e vendidas. Esperamos que o livro possa contribuir para novas pesquisas interessadas neste tema e que as reflexões trazidas aqui permitam repensar nossos problemas contemporâneos sobre saúde, doença e subjetividade em diversos âmbitos acadêmicos, sociais e culturais. Agradecemos ao Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) da UFSC pelo apoio financeiro para a publicação do livro e aos autores por suas maravilhosas contribuições teóricas. Agradecemos também aos participantes do Segundo Simpósio “A vida medicada” e muito particularmente ao professor Fernando Hellmann e a UNISUL por ter disponibilizado suas instalações para a realização do evento. Sandra Caponi María Fernanda Vásquez V.

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