A Modernidade Líquida e a Gestão de Instituições de Ensino Superior no Brasil

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A Modernidade Líquida e a Gestão de IES Zygmunt Bauman e os desafios para os gestores universitários brasileiros no século XXI Belo Horizonte Agosto/2015

Zygmunt Bauman  Nasceu em 1925  Sociólogo polonês que iniciou sua carreira na Universidade de Varsóvia onde teve artigos e livros censurados e em 1968 foi afastado da universidade.  No início da década de 70 ele assumiu o cargo de professor titular da Universidade de Leeds, onde teve contato com o intelectual que inspiraria profundamente seu pensamento, o filósofo islandês Ji Caze.  Atualmente é professor emérito de sociologia das universidades de Leeds e Varsóvia.

Livros obra

Livros Obra

Livros Obra A obra é dividida em 6 partes: • Prefácio • 1º capítulo: Emancipação • 2º capítulo: Individualidade • 3º capítulo: Tempo/Espaço • 4º capítulo: Trabalho • 5º capítulo: Comunidade

Modernidade Líquida

Pós-Modernidade

Modernidade

Pós-Modernidade Grandes Mudanças

• Ordem • Estabilidade

• Multiplicidade • Fragmentação

• Construção

• Desconstrução

Modernidade • • • • •

Final século XIX – meados século XX Raízes no Iluminismo – Século XVIII Centrado no Homem Razão como libertação (dessacralização) Ideologia do Progresso (pela ciência)

Sociedade Moderna • Sociedade Industrial (Capitalista)  Ethos da Modernidade : Racionalidade  Homo Economicus  Burocracia (Instituições, Organizações)/Valores, Costumes  Previsibilidade, ordem, transparência  Mecanização da Sociedade (Morgan,1996)  Taylorismo/ Fordismo: Produção em massa  “Compromisso Fordista” (Paes de Paula,2000)

Sociedade Moderna • Grandes Ideologias / Grandes Certezas • Projetos de Sociedade em Conflito (Dicotomias)

• Capitalismo

• Socialismo/Comunismo

• Continuidade

• Rompimento

• Progresso

• Revolução

Grandes Eventos e Mudanças

Grandes Eventos e Mudanças • Globalização Econômica e Cultural • Multiplicação das conexões em nível mundial • Aceleração do desenvolvimento Tecnológico e do fluxo de informações • Acirramento da Concorrência • Desregulamentação de mercados • Flexibilização de estruturas produtivas, organizacionais, legais e institucionais • Flexibilização de relações sociais e de costumes

Modernidade

• • • • • • • •

Pós-Modernidade

Desterritorialização Transitoriedade Individualismo Era da Informação/Comunicação Alta Velocidade Cultura da Instantaneidade (Hassard, 2001) Pluralidades culturais Hiper-Real (Baudrillard,1997)

Zygmunt BAUMAN Pós-Modernidade

Modernidade Líquida

Modernidade Sólida • Capitalismo Industrial • Produção em massa, burocratizada, verticalizada • Relações / referências de longo prazo

A Metáfora da Liquidez

Modernidade Líquida • Mobilidade e Fluidez • Instituições e mentalidades adaptam-se a novos contextos e demandas em rearranjos velozes • Sem compromisso com permanência ou durabilidade (disfuncional, castrador) • Ex: Carreira; Relacionamento

Modernidade Líquida

Flexibilidade

Liberdade

Emancipação

Criatividade

Modernidade Líquida • Flexibilidade  Ethos da razão e ação contemporânea

Escolhas

Flexibilidade

Risco

Incerteza

Sociedade Líquida Relações Socioeconômicas  Sociedade de Consumidores  Habitat: Mercado

Sociedade Líquida

Liberdade

Satisfazer Desejos Individuais

Consumo Felicidade

Consumo

Reflete valor social e auto estima

Sociedade Líquida

Sociedade Líquida Relações Humanas Relacionamentos: • Laços frágeis, transitórios, superficiais • Satisfação momentânea ; Lógica mercantil • Individuo também se coloca como mercadoria • “Auto-reificação”? • “Corrosão do Caráter” (Sennett, 1999)

Organização e Trabalho na Modernidade Líquida “Não há mais longo prazo” Novidades

• Demanda volátil

• Tempo Instantâneo / Real Time (Tonelli, 2000) • Acirramento da Concorrência Global • Impaciência do Capital : Rápido Retorno Binômio:

Consumo / Retorno do Capital

Organização e Trabalho na Modernidade Líquida Burocracia

Redes

Estrutura Centralizada de Controle Verticalizado

Estruturas Modulares horizontais/autocontroladas

Atividades Repetitivas / Previsíveis

Células multifuncionais agregadas conforme a demanda

Altamente Especializadas

Equipes Flexíveis / Temporárias Pouco Responsivas

Lentas e Disfuncionais

Organização e Trabalho na Modernidade Líquida Redes : • Tarefas compartilhadas e revezadas (ambiguidades e descontinuidades) • Trabalhadores empoderados : Tomada de decisões • Empresas Holográficas (Morgan,1996) • Contraponto: “Organização Pós-burocrática” ? (Motta, 1993)

Modernidade Líquida IMPACTOS NA GESTÃO DE IES NO BRASIL

"Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar" Zygmunt Bauman

Mercado Educacional Superior Privado • • • • • • • • •

Inserção Tardia na “Modernidade Líquida” (anos 1990 / 2000) “Explosão” do mercado – vagas e IES Ampliação do acesso ao Ensino Superior Acirramento da concorrência e competição Grandes investidores Grandes grupos consolidadores Lógica Mercantil Marcos Regulatórios / Normativos Conflito: Mentalidade/Estrutura Tradicional X Mentalidade Capitalista

Target/ Aluno Quem é nossa Persona?

Target / Aluno • • • • •

Educação Superior: produto de consumo Multiplicidade de escolha: commoditização Ausência de comprometimento – “Marca” Falta de visão de longo prazo (vida, carreira) Excesso de referenciais

Tendência à evasão?

Modernidade Líquida DESAFIOS PARA A GESTÃO DE IES

Principal Desafio Permanência em um mundo sem compromisso com a Permanência Como se tornar uma Referência Dinâmica ?

Estrutura Organizacional Incorporar Flexibilidade Estrutural • Maior velocidade e responsividade às necessidades da demanda • Integração acadêmico e administrativo • Novos formatos / Processos / Tecnologias

Estrutura Organizacional MORGAN (1996) ?

Cultura da Inovação • • • •

Novos Produtos (cursos) Novos Projetos Pedagógicos (PPCs) Novas Metodologias Tecnologias Educacionais

Aluno/Egresso • Relacionamento, linguagem, comunicação • Compreender e antecipar necessidades educacionais, projeto de vida e carreira • Monitoramento e integração com o contexto de formação profissional

Referências • • • • • • •

• • •

BAUMAN, Z. Modernidade Líquida - Jorge Zahar Editora, Rio de Janeiro, 2001 BAUMAN, Z. Tempos Líquidos Jorge Zahar Editor Rio de Janeiro, 2007 FREIRE, Jair. O que é pós-moderno, Ed. Brasiliense, 1987 HASSARD, J. Commodification, Construction and Compression: a Review of Time Metaphors in Organizational Analysis In: Internacional Journal of Management Reviews, Vol 3, Issue 2, June 2001 MORGAN, G. Imagens da Organização , São Paulo ,1996 . Editoria Altas Motta, F. P. Controle social nas organizações. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, FGV, 33(5):68-87, set./out. 1993 MURIEL, W. Marketing De Serviços Educacionais Profissionais: Algumas Reflexões Iniciais Para Fomentar os Debates Entre os Acadêmicos do MBA em Administração Acadêmica e Universitária. In: Apostila: Marketing De Serviços Educacionais Profissionais. Belo Horizonte, 2005. Carta Consulta. PAES DE PAULA, A.P. Tragtenberg Revisitado: As Inexoráveis Harmonias Administrativas. In: Enanpad, 24, Florianópolis, 2000. Anais. SENNET, R. A corrosão do caráter: as consequências pessoais do trabalho no novo Capitalismo. 5 ed. Rio de Janeiro: Record, 1999 TONELLI, M.J. Feitas para não durar: emprego e casamento no final do século. In: Enanpad, 24, Florianópolis, 2000. Anais, (CD-Rom). ARH 1097

Muito Obrigado !!!! Clóvis Castelo Júnior

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