a morte de Deus em Nieztche.docx

May 28, 2017 | Autor: Jose Maphanga | Categoria: Philosophy Of Religion
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A morte de Deus como Condição primária para o Surgimento do Super-homem: uma análise em Friedrich Nietzsche!

A escolha do tema prende-se com o facto da sociedade actual estar a debater com mais vivacidade, a perca dos valores morais, não obstante o aumento exponencial das igrejas nos últimos tempos, um facto que despertou a minha curiosidade em aprofundar mais o assunto, falar de assuntos ligados a religião não é tarefa fácil, pior ainda a criticá-la. A primeira vista pode concluir-se que trata-se de um tema teológico ou sociológico, mas é mais filosófico do que aparenta ser.
Numa sociedade tecnocrata, capitalista e consumista onde o importante é chegar não importando como chegar (maximização maquiavélica), urge reflectirmos sobre a moral, ou melhor a morte dela porque Deus que era o centro da moral está morto, e o homem apropriou-se dos aposentos divinos, ele mesmo é o seu Deus. A questão homem e igreja a muito que tem merecido uma atenção especial por parte dos estudiosos das ciências humanas, contudo a abordagem que tem sido feita não satisfaz as dúvidas da grande maioria, preocupamo-nos em distribuir Deus entre os homens e esquecemos o sono profundo a nível de valores em que a sociedade se encontra embalada, é inadmissível, primeiro reabilitar a religião e depois o homem, pois não é a igreja afinal de contas que moraliza a sociedade? Como um cego pode indicar o caminho a seguir ao outro cego? Os dois só podem cair no abismo, e neste caso o abismo é a "bancarização da igreja como tal.
Referencial teórico
Visando tornar claro o assunto que será tratado, busque pensamento dos filósofos modernos com principal enfoque para Friedrich Nietzsche que convida insensatamente o homem a superar-se, numa das suas obras diz: 'o homem deve ser superado - diz Zaratustra, o Super-homem e o sentido da terra'. Nietzsche, esta afirmação de Nietzsche na boca de Zaratustra é o repúdio de uma moral baseada na existência de um ser superior ao homem , pois esta já não faz mais sentido ao homem , que anseia tomar conta do seu próprio destino e satisfazer os seus instintos , vez de ser obrigado a doma-los . O homem quer viver sem a religião, de acordo com o lema dos humanistas; "torna-te no que és".

De lado contrário a dos humanistas esta Sto. Agostinho e os filósofos medievais, estes são apologistas ferrenhos da moral religiosa como a base da convivência pacífica entre os homens . O principal representante desta corrente é Agostinho de Hipona que afirma; ' se não podeis compreender o que Deus é, compreenda o que não é, se a moral baseada no além físico não responde as nossas reais necessidades neste século, então mais preferível é abandona-la que transforma-la em fonte lucrativa, o que é a deterioração da religião, para não dizer é a morte de Deus ou a confirmação dela. No ponto de vista nietszchiziano a religião prejudica o desenvolvimento científico do homem, impedindo que ele tome conta de sí mesmo, "[...] a fé não transporta montanhas , mas as põe onde não existiam , de tudo isso será elucidação suficiente uma rápida visita a manicómio, não decerto , a um sacerdote. A fé significa não quer saber o que é verdadeiro" (Nietzsche, 51).
Sto Agostinho é da ideia que o homem pela sua ganância, nega o super-natural que é uma coisa óbvia para ele, na sua argumentação diz que ; 'o homem racional não percebe as coisas do Espírito de Deus, que, para ele, são apenas loucura . Não pode compreendê-las, porque essas coisas apreciam-se espiritualmente' . A rebeldia do homem é que o torna amoral e angustiado , porque este sabe da existência do divino , mas o facto de confundir a liberdade com a libertinagem o faz não enxergar a liberdade que a religião o dá.
Nietszch na sua obra Alem do bem e do mal, tece duras críticas ao cristianismo chega dizer que; "fomos maus espectadores da vida, se não vimos também a mão que delicadamente mata" . E esse mal que delicadamente mata é a religião, dai a necessidade do homem emancipar-se dela com urgência, pois ele só se torna amado por aquilo, que é , e , não pela tentativa de vir a ser . De acordo com ele o homem é deste mundo.
Alguns pontos para reflexão:
1.Como o homem moderno pode conviver com a religião sem precisar modificar a sua concepção, porque apesar dos avanços tecnológicos a religião ainda é, e sempre será (hipótese) uma das forças a ter em conta na sociedade.
2. A ciência e a religião podem conviver pacificamente?
3. A moralização da igreja em primeiro lugar, é a base para a moralização da sociedade, ou é o contrário.
4.Até que pontos as igrejas são uma fonte segura para a busca de valores éticos sólidos?
5.A tendência das igrejas em tornarem se capitalistas, não será a confirmação de algum carácter é intrínseco embora negado pelos crentes?



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