A mudança de perspectiva do novo modelo de desenvolvimento

May 19, 2017 | Autor: D. Borges de Amorim | Categoria: Business Administration
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A mudança de perspectiva do novo modelo de desenvolvimento Não toleramos mais qualquer espécie de desperdício. Queremos a sustentabilidade na vida e nos negócios.

DIEGO FELIPE BORGES DE AMORIM Servidor Público (FGTAS), Bacharel em Administração (FAE), Especialista em Gestão de Negócios (ULBRA), Consultoria e Planejamento Empresarial (UCAM) e pós-graduando em Planejamento Empresarial e Finanças (FAVENI)

[email protected] Artigo publicado em 24 de maio de 2016 http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-mudanca-de-perspectiva-do-novo-modelo-de-desenvolvimento/95626/

Não há sombra de dúvidas que resida no fato de que o atual sistema de desenvolvimento econômico não seja mais aplicável. Muitas frentes de discussões sobre os modelos produtivos tradicionais têm provocado o surgimento de diversos paradigmas sobre o conceito de produtividade e consumo sustentáveis nas sociedades modernas e nos negócios. Em meio à oportunidades de desenvolvimento, desafios e discussões que surgem e levantam os mais diversos paradigmas sociais, econômicos e ambientais, teóricos e sociedade comum são unânimes em creditar o atual cenário mercadológico global ao obsoleto modelo de desenvolvimento que é praticado pelas organizações privadas e públicas e que necessita ser repensado sob as óticas da racionalidade, da escassez, da responsabilidade e da sustentabilidade. Desperdícios não são mais tolerados. E a sociedade comum pressiona as grandes corporações e seus respectivos governos a adotarem medidas que levem ao encontro da racionalidade e da responsabilidade nos termos ambientais e sustentáveis. Estamos atingindo os limites recursais do planeta. Vários especialistas sobre o tema já colocaram suas observações impactantes que levam ao encontro do entendimento que ressalta a legítima "falência dos recursos e dos ambientes naturais". Décadas e centenas de anos de explorações e de desperdícios de produção e de consumo agressivos fizeram com que o tradicional modelo de desenvolvimento orientado ao consumo massivo e irresponsável atingisse seu nível mais acentuado, o que causou graves desequilíbrios nas "balanças" de oferta/demanda, de políticas socioeconômicas e de manutenção de recursos e dos ambientes naturais. Para muitos, o "fundo do poço" chegou. Entretanto, a ampla maioria da sociedade e dos especialistas acordam que há possibilidades de diminuir o impacto final deste grande problema, desde que sejam, tomadas ações necessárias, responsáveis e comprometidas com a causa maior que é a coletividade e o bem comum. E isso é pra ontem, pois não há mais tempo para se perder. Todos os enfoques dominantes sobre modelos de desenvolvimento tradicionais falharam com os mais pobres, enquanto encheram os bolsos de uma parcela mínima da sociedade. De acordo com estudos realizados pela ONG britânica Oxfam em 2015, 62 pessoas detinham, juntas, o equivalente à metade de toda a riqueza global. Além disso, 1% das pessoas mais ricas já detém uma riqueza equivalente a 99% da população mundial. No campo das finanças, mais especificamente no mercado de títulos, os fundos de pensão no Brasil representam cerca de 10% do PIB, de acordo com levantamento da Willis Towers Watson (2015). Entretanto, os modelos de gestão falhos estão levando a um rombo que já perdura por cinco anos consecutivos, e que já causou a falência de vários desses fundos. Em última análise, os acionistas desses fundos, pessoas que contribuem e aposentados, também estão quebrando. Saindo do campo do empoderamento individual, podemos perceber outros pontos que identificam a extrema fragilidade dos tradicionais modelos de desenvolvimento. Entrando no campo dos desperdícios, de acordo com o diretor do Departamento de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, Sérgio Antônio Gonçalves, citado por Cazarré (2016), "no Brasil, 36,4% da água são desperdiçados e apenas 40,8% do esgoto são tratados". Com os alimentos não é diferente. Conforme relatório da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO), citado por Altafin (2016), "de cada três quilos de alimentos produzidos no mundo, pelo menos um é jogado fora. Vai para o lixo todos os anos 1,3 bilhão de toneladas de comida que poderia ajudar a alimentar 795 milhões de pessoas que passam fome". Traduzindo em finanças, isso representa um desperdício de mais de 750 bilhões de dólares anuais. Diante de tantos gargalos, a sociedade comum pressiona organizações públicas e privadas a agirem com maiores responsabilidades. Não ao desperdício é a palavra de ordem! Outros termos também entram nessa perspectiva, como o combate à corrupção e às injustiças sociais. De acordo com Amorim (2016), "esse novo modelo de consumo que vem transformando as estruturas e os processos de mercado vem acompanhado pelas novas tecnologias". E são as tecnologias os termos facilitadores para essa verdadeira revolução de pensamento que busca modelos de desenvolvimento orientados à sustentabilidade. Essa condição não se restringe, apenas, ao ambiente natural, vai além. Ela busca a sustentabilidade nos processos, nas estruturas, nas políticas, nos negócios, etc.

CRARS 047932

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